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Cristiano Caporezzo<br />
O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER<br />
PARA NÃO SER UM ABORTISTA<br />
2018
Cristiano Caporezzo<br />
O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER<br />
PARA NÃO SER UM ABORTISTA<br />
Borda da Mata - MG<br />
04 de agosto de 2018
Às razões <strong>que</strong> levam <strong>um</strong>a mulher a abortar são totalmente<br />
irrelevantes. Se os nascituros <strong>não</strong> são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos,<br />
nenh<strong>um</strong>a justificativa <strong>para</strong> o aborto é necessária. Se eles são<br />
<strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos, nenh<strong>um</strong>a justificativa <strong>para</strong> o aborto é<br />
possível.<br />
Pro-Life Answers
INTRODUÇÃO<br />
De tempos em tempos os debates a respeito do aborto ressurgem na sociedade<br />
brasileira. O motivo? A indústria do aborto, assim como nos Estados Unidos, também<br />
<strong>que</strong>r faturar bilhões por terras brasileiras. Por exemplo, a Planned Parenthood, principal<br />
centro aborteiro norte-americano, faz cerca de 3 mil abortos por dia, por preços <strong>que</strong><br />
variam entre 300 até alguns milhares de dólares cada <strong>um</strong>. Só de repasses de impostos<br />
do governo federal dos EUA, a Planned Parenthoode recebeu cerca de 1.5 bilhão de<br />
dólares entre 2013 e 2015. É claro <strong>que</strong> a abertura do mercado da morte no Brasil é de<br />
grande interesse dos comerciantes desse verdadeiro holocausto silencioso. Isto sem falar<br />
em outras formas de faturar dinheiro, como na venda de órgãos de nascituros abortados<br />
<strong>para</strong>, por exemplo, o desenvolvimento de cosméticos. Como aconteceu na Rússia, em<br />
2012, quando 248 fetos <strong>que</strong> <strong>ser</strong>iam usados <strong>para</strong> tal sinistra finalidade foram encontrados<br />
nos bos<strong>que</strong>s da região dos Montes Urais, conforme denúncia da parlamentar russa Elena<br />
Mizulina. No mercado negro, o preço do cérebro de <strong>um</strong> feto h<strong>um</strong>ano pode passar dos<br />
700 dólares.<br />
Além das razões comerciais, sempre existirão imbecis políticos com desculpas<br />
estapafúrdias <strong>para</strong> o aborto. Este é o caso das feministas e o seu slogan sem sentido:<br />
meu corpo, minhas regras. Essas verdadeiras traidoras do sexo feminino <strong>que</strong> fingem<br />
exaltar as mulheres por aquilo <strong>que</strong> elas <strong>não</strong> são, fazendo-as parecer com os homens.<br />
Seja dizendo-as <strong>que</strong> são tão fisicamente fortes quanto eles, seja mandando-as deixar os<br />
pelos do sovaco crescer e adorarem condutas promíscuas como certos tipos nojentos de<br />
cafajestes metidos a garanhão. Agora, nada é mais repulsivo do <strong>que</strong> transformar em<br />
bandeira da luta pelo feminino, o ato de matar os próprios filhos dentro do sagrado<br />
ventre materno.<br />
No meio de toda a loucura envolvendo o tema aborto, existem muitas pessoas<br />
com dúvidas legítimas e <strong>que</strong> desejam entender o <strong>que</strong> realmente vem a <strong>ser</strong> o aborto. O<br />
presente trabalho tem justamente o objetivo de sanar essas dúvidas. Consciente de <strong>que</strong> o<br />
aborto é <strong>um</strong>a realidade já antiga nos EUA, procurei conteúdo norte-americano de<br />
qualidade, <strong>que</strong> pudesse <strong>ser</strong>vir de orientação <strong>para</strong> nós brasileiros tanto nos casos em <strong>que</strong><br />
temos de similar com eles, como nos <strong>que</strong> <strong>não</strong> temos, justamente <strong>para</strong> o leitor conseguir<br />
antecipar os efeitos desastrosos de <strong>um</strong>a potencial liberação. Encontrei então a<br />
organização Life Dynamics e o seu <strong>que</strong>stionário chamado Pró-Life Answers, <strong>que</strong> visa<br />
<strong>ser</strong> <strong>um</strong> guia completo de perguntas e respostas a respeito do tema. Gostaria de fazer<br />
constar aqui o nome do autor do <strong>que</strong>stionário, todavia como ele <strong>não</strong> consta nem mesmo<br />
na página do Life Dynamics, agradeço de maneira ampla a toda a organização.<br />
Segue abaixo <strong>um</strong> exemplo de padrão de proposição e resposta <strong>que</strong> <strong>ser</strong>á<br />
encontrado no Pró-Life Answers:<br />
Certos direitos só surgem após o nascimento e <strong>um</strong> feto<br />
ainda <strong>não</strong> nasceu.<br />
É evidente <strong>que</strong> muitos direitos só surgem após o nascimento<br />
com vida, porém este, definitivamente, <strong>não</strong> é o caso do direito à<br />
vida. Um <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano possui a condição de vivo
independentemente de <strong>um</strong> pedaço de papel afirmando tal<br />
realidade patente. Se, porém, a lei nega essa verdade, passa a <strong>ser</strong><br />
<strong>um</strong> objeto de injustiça e loucura. Assim como certas leis <strong>que</strong><br />
regulavam a escravidão no mundo. Não é por<strong>que</strong> é legal <strong>que</strong><br />
algo é correto e muito menos moral.<br />
Respostas pró-vida é <strong>um</strong> material norteador <strong>que</strong> visa abranger as mais diversas<br />
áreas de <strong>que</strong>stionamento. Fiz <strong>que</strong>stão de se<strong>para</strong>r os mais variados tipos de repostas <strong>para</strong><br />
facilitar o estudo específico por tema e dúvida. Deixei <strong>para</strong> o final as respostas próprias<br />
do contexto Norte-americano. Estou ciente de <strong>que</strong> <strong>um</strong> assunto tão complexo e amplo<br />
<strong>não</strong> poderá <strong>ser</strong> plenamente exaurido nas pouco mais de 85 páginas deste trabalho. Mas<br />
com certeza ele se constitui em <strong>um</strong> guia de ótima qualidade <strong>para</strong> <strong>que</strong>m deseja ter base<br />
mínima <strong>para</strong> opinar sobre o aborto.<br />
Absolutamente todas as imagens <strong>que</strong> constam nesse trabalho foram selecionadas<br />
por mim e têm por finalidade mostrar o <strong>que</strong> é a realidade do aborto, pois toda a teoria<br />
destituída da prática pode <strong>ser</strong>vir <strong>para</strong> o engano.<br />
Inicialmente, O mínimo <strong>que</strong> <strong>você</strong> <strong>precisa</strong> <strong>saber</strong> <strong>para</strong> <strong>não</strong> <strong>ser</strong> <strong>um</strong> <strong>abortista</strong>, era a<br />
junção de dois escritos: Resposta Pró-Vida da Life Dynamics e o meu texto, Aborto é<br />
Homicídio. Todavia, o senhor Vinícuis Mangili fez <strong>um</strong>a magnífica tradução de <strong>um</strong><br />
arg<strong>um</strong>ento filosófico de Peter Kreeft intitulado, O arg<strong>um</strong>ento da maçã contra o aborto,<br />
e, gentilmente, o disponibilizou <strong>para</strong> compor a presente obra. Como a lógica do<br />
arg<strong>um</strong>ento da maçã é avassaladora e irrefutável, oferecendo fundamentos racionais<br />
substantivos <strong>para</strong> demonstrar <strong>que</strong> o aborto é errado pelas perspectivas científica, moral e<br />
legal, optei por iniciar o presente trabalho com esse precioso arg<strong>um</strong>ento.<br />
O título escolhido é <strong>um</strong>a clara referência ao livro Best-Seller de <strong>um</strong> grande<br />
professor e filósofo brasileiro, Olavo de Carvalho, tendo sido organizado pelo jornalista<br />
Felipe Moura Brasil, O mínimo <strong>que</strong> <strong>você</strong> <strong>precisa</strong> <strong>saber</strong> <strong>para</strong> <strong>não</strong> <strong>ser</strong> <strong>um</strong> idiota. Minha<br />
vida intelectual divide-se em antes e depois de conhecer o trabalho do filósofo Olavo de<br />
Carvalho e esta é <strong>um</strong>a excelente oportunidade <strong>que</strong> aproveito <strong>para</strong> externar a minha<br />
eterna gratidão.<br />
Agradeço imensamente aos meus compadres Thiago da Gama Santos, <strong>que</strong><br />
traduziu as respostas do Pró-life answers, e Hugo Francisco de Jesus, <strong>que</strong> fez toda a<br />
revisão gramatical. A ajuda e apoio deles foram determinantes <strong>para</strong> a celeridade e<br />
qualidade da presente obra, bem como suas amizades são <strong>um</strong>a imensa benção em minha<br />
vida.<br />
Agradeço, especialmente, ao amor e apoio da minha esposa Jany Caporezzo e<br />
dos meus filhos Sofia Caporezzo e Vincenzo Caporezzo. Vocês são o melhor da minha<br />
vida.<br />
Que Deus, por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo, e Nossa Senhora do<br />
Bom Parto, abençoem o Brasil.
O ARGUMENTO DA MAÇÃ CONTRA O ABORTO<br />
Autor: Peter Kreeft<br />
Tradução: Vinícuis Mangili<br />
1 | Sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maçã.<br />
Nossa primeira premissa deve <strong>ser</strong> tão inegável quanto possível, pois os<br />
arg<strong>um</strong>entos cost<strong>um</strong>am regressar ás suas primeiras premissas. Se a nossa primeira<br />
premissa for <strong>um</strong>a muralha <strong>que</strong> <strong>não</strong> pode <strong>ser</strong> derrubada quando nos apoiamos contra ela,<br />
então nosso arg<strong>um</strong>ento <strong>ser</strong>á consistente. As tradições h<strong>um</strong>anas e o senso com<strong>um</strong><br />
sustentam a nossa premissa de <strong>que</strong> sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maçã. Quase ninguém jamais<br />
duvidou disso, até bem recentemente. Mesmo hoje em dia somente filósofos,<br />
estudiosos, "especialistas", influenciadores digitais, professores, jornalistas e<br />
formadores de opinião se atrevem a afirmar <strong>que</strong> <strong>não</strong> sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maçã.<br />
2 | De fato sabemos o <strong>que</strong> de fato é <strong>um</strong>a maçã.<br />
A partir da premissa de <strong>que</strong> "sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maçã", eu avanço à segunda<br />
proposição <strong>que</strong> é apenas <strong>um</strong>a explicação da significância da primeira: <strong>que</strong> de fato<br />
sabemos o <strong>que</strong> de fato é <strong>um</strong>a maçã. Se isso fosse negado, nossa primeira premissa <strong>ser</strong>ia<br />
refutada. Seria dizer: "Sabemos, mas <strong>não</strong> de fato, o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maçã". A segunda<br />
premissa ratifica: "Não há possibilidade de rejeitar o fundamento da primeira premissa e<br />
negá-la é ir contra a realidade".<br />
3 | De fato sabemos o <strong>que</strong> alg<strong>um</strong>as coisas de fato são.<br />
Da segunda premissa deduzo a terceira – também como <strong>um</strong>a consequência<br />
lógica imediata – de <strong>que</strong> de fato sabemos o <strong>que</strong> alg<strong>um</strong>as coisas (outras além de maçãs)<br />
de fato são. Isto decorre de apenas adicionarmos a premissa menor de <strong>que</strong> <strong>um</strong>a maçã é<br />
alg<strong>um</strong>a coisa.<br />
Esta terceira premissa claramente é <strong>um</strong>a rejeição ao ceticismo. Desde Sócrates<br />
debate-se <strong>que</strong> o ceticismo é logicamente autocontraditório. Dizer "<strong>não</strong> sei" é dizer <strong>que</strong><br />
"eu sei <strong>que</strong> <strong>não</strong> sei". A sabedoria de Sócrates <strong>não</strong> se apoiava no ceticismo. Ele <strong>não</strong> era o<br />
único homem no mundo <strong>que</strong> sabia <strong>que</strong> <strong>não</strong> sabia. Ele possuía conhecimento, contudo<br />
afirmou <strong>não</strong> ter sabedoria, dessarte ele entendia <strong>que</strong> <strong>não</strong> era sábio. Esse é <strong>um</strong> caso<br />
completamente diferente e <strong>não</strong> autocontraditório. Ademais todas as formas de ceticismo<br />
são logicamente autocontraditórias.<br />
Todos falamos de direitos, de certo e errado, de justiça. O pressuposto é <strong>que</strong><br />
realmente sabemos o <strong>que</strong> alg<strong>um</strong>as coisas de fato são. Não podemos arg<strong>um</strong>entar sobre
qual<strong>que</strong>r coisa <strong>que</strong> seja - <strong>que</strong> <strong>não</strong> abstrata - a menos <strong>que</strong> aceitemos essa premissa.<br />
Podemos falar de sentimentos sem isso, mas <strong>não</strong> podemos falar de justiça.<br />
4 | Nós sabemos o <strong>que</strong> os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são.<br />
Nossa quarta premissa é <strong>que</strong> sabemos o <strong>que</strong> somos. Se sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a<br />
maçã, certamente sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano. Pois <strong>não</strong> somos maçãs; nós <strong>não</strong><br />
vivemos como maçãs, nós <strong>não</strong> sentimos o <strong>que</strong> as maçãs sentem (se é <strong>que</strong> sentem). Nós<br />
<strong>não</strong> experimentamos a existência ou o crescimento ou a vida como maçãs, mas sabemos<br />
o <strong>que</strong> são maçãs. Por <strong>um</strong>a razão, sabemos o <strong>que</strong> somos, pois temos “informações<br />
inatas”, privilegiadas, melhores e em maior quantidade.<br />
Nós obviamente <strong>não</strong> temos <strong>um</strong> conhecimento total, ou mesmo adequado, de nós<br />
mesmos, ou de maçãs, ou (se ouvimos a Tomás de Aquino) de até mesmo <strong>um</strong>a pulga.<br />
Há obviamente mais mistério em <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano do <strong>que</strong> em <strong>um</strong>a maçã, mas há também<br />
mais conhecimento. Repito este ponto por<strong>que</strong> sei <strong>que</strong> muitas vezes ele <strong>não</strong> é<br />
compreendido: afirmar <strong>que</strong> "sabemos o <strong>que</strong> somos" <strong>não</strong> é reivindicar <strong>que</strong> sabemos tudo<br />
o <strong>que</strong> somos ou mesmo <strong>que</strong> sabemos de forma adequada ou completa ou com total<br />
compreensão o <strong>que</strong> somos. Nós somos <strong>um</strong> mistério vivo, mas também sabemos muito<br />
deste mistério. Conhecimento e mistério <strong>não</strong> são mais incompatíveis do <strong>que</strong> comer e<br />
fome demais.<br />
5 | Nós temos Direitos H<strong>um</strong>anos por<strong>que</strong> somos h<strong>um</strong>anos.<br />
A quinta premissa é a base indispensável, com<strong>um</strong> e sensível <strong>para</strong> os direitos<br />
h<strong>um</strong>anos: temos direitos h<strong>um</strong>anos por<strong>que</strong> somos <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos.<br />
Nós ainda <strong>não</strong> dissemos o <strong>que</strong> os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são (por exemplo: temos<br />
alma?), ou o <strong>que</strong> os direitos h<strong>um</strong>anos são (por exemplo: temos o direito de "vida,<br />
liberdade e busca da felicidade"?), apenas expomos o simples ponto de <strong>que</strong> nós temos<br />
todos os direitos h<strong>um</strong>anos <strong>que</strong> temos por<strong>que</strong> nós somos aquilo <strong>que</strong> nos faz <strong>ser</strong>es<br />
h<strong>um</strong>anos.<br />
Isso certamente soa inocente, mas implica <strong>um</strong> princípio geral. Vamos chamar<br />
isso de nosso sexto princípio.<br />
6 | A moralidade é baseada na metafísica.<br />
Metafísica significa simplesmente filosofar sobre a realidade. O sexto princípio<br />
significa <strong>que</strong> os direitos dependem da realidade, e o nosso conhecimento dos direitos<br />
depende do nosso conhecimento da realidade.
Chegando a este ponto em nosso arg<strong>um</strong>ento, creio <strong>que</strong> alg<strong>um</strong>as pessoas<br />
provavelmente estão se sentindo impacientes. Provavelmente são pessoas de senso<br />
com<strong>um</strong>, <strong>não</strong> viciadas pelas classes falantes e “intelectuais”. Dirão elas: "É claro, nós<br />
sabemos de tudo isso, vamos logo <strong>para</strong> o assunto controverso". Ah! Mas eu suspeito <strong>que</strong><br />
começamos com as coisas controversas. Decerto nem todos são impacientes, contudo<br />
sempre há alguns inquietos. "Muito simplista" ou "<strong>um</strong> problema muito complexo" -<br />
essas frases saltam à mente destes como desculpas <strong>para</strong> livrar-se do desfecho final do<br />
arg<strong>um</strong>ento?<br />
O princípio de <strong>que</strong> a moralidade depende da metafísica significa <strong>que</strong> os direitos<br />
dependem da realidade, ou o <strong>que</strong> é certo depende do <strong>que</strong> se é. Mesmo se <strong>você</strong> se<br />
considerar cético em metafísica, ainda assim <strong>você</strong>, eu, todos nós, empregamos, <strong>que</strong>r<br />
<strong>que</strong>ira ou <strong>não</strong>, esse princípio em arg<strong>um</strong>entos morais ou legais. Por exemplo, no atual<br />
debate sobre os "direitos dos animais", alguns pensam <strong>que</strong> os animais têm direitos e<br />
alguns pensam <strong>que</strong> <strong>não</strong>, mas todos concordamos <strong>que</strong>, se tiverem direitos, terão “direitos<br />
animais”, <strong>não</strong> direitos h<strong>um</strong>anos ou direitos de vegetais, por<strong>que</strong> eles são animais, <strong>não</strong><br />
<strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos ou plantas. Por exemplo, <strong>um</strong> cão <strong>não</strong> tem o direito de votar, como os<br />
h<strong>um</strong>anos, por<strong>que</strong> os cães <strong>não</strong> são racionais, como os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são. Mas <strong>um</strong> cão<br />
provavelmente tem o direito de <strong>não</strong> <strong>ser</strong> torturado. Por quê? Por causa do <strong>que</strong> <strong>um</strong> cão é, e<br />
por<strong>que</strong> nós realmente sabemos <strong>um</strong> pouco sobre o <strong>que</strong> <strong>um</strong> cão realmente é: nós de fato<br />
sabemos <strong>que</strong> <strong>um</strong> cão sente dor e <strong>um</strong>a árvore <strong>não</strong>. Os cães têm sentimentos, ao contrário<br />
das árvores, e os cães <strong>não</strong> têm razão, como os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos; é por isso <strong>que</strong> é errado<br />
<strong>que</strong>brar <strong>um</strong> membro de <strong>um</strong> cão, mas <strong>não</strong> é errado <strong>que</strong>brar <strong>um</strong> membro de <strong>um</strong>a árvore, e<br />
é por isso <strong>que</strong> os cães <strong>não</strong> têm o direito de votar, mas os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm.<br />
7 | Arg<strong>um</strong>entos morais pressupõem princípios metafísicos.<br />
A principal razão pela qual alguns negam <strong>que</strong> a moralidade deve (ou mesmo<br />
pode) basear-se na metafísica é <strong>que</strong> estes se fundam na afirmativa de <strong>que</strong> <strong>não</strong> sabemos o<br />
<strong>que</strong> é a realidade, só temos opiniões. Eles apontam, corretamente, <strong>que</strong> somos muito<br />
mais discordantes sobre a moralidade do <strong>que</strong> sobre ciência ou fatos do cotidiano. Nós<br />
<strong>não</strong> divergimos sobre se o sol é <strong>um</strong> planeta ou se nós <strong>precisa</strong>mos comer <strong>para</strong> viver, mas<br />
nós discordamos sobre coisas como o aborto, a pena de morte e os direitos dos animais.<br />
Mas o próprio fato de <strong>que</strong> discutimos sobre isso - <strong>um</strong> fato <strong>que</strong> o cético aponta<br />
como <strong>um</strong>a razão <strong>para</strong> o ceticismo - é <strong>um</strong>a refutação do ceticismo. Nós <strong>não</strong> discutimos<br />
sobre como nos sentimos, sobre coisas subjetivas. Você nunca ouve <strong>um</strong> arg<strong>um</strong>ento<br />
como este: "nós nos sentimos ótimos", "<strong>não</strong>, nós nos sentimos péssimos."<br />
Por exemplo, tanto pró-vida quanto pró-escolha geralmente concordam <strong>que</strong> é<br />
errado matar pessoas inocentes contra a sua vontade e <strong>que</strong> <strong>não</strong> é errado matar “partes”<br />
de pessoas, como células de câncer. E os defensores e opositores da pena de morte<br />
geralmente concordam <strong>que</strong> a vida h<strong>um</strong>ana é de grande valor; é por isso <strong>que</strong> o primeiro<br />
<strong>que</strong>r proteger a vida do inocente executando assassinos e é também por isso <strong>que</strong> o
segundo <strong>que</strong>r proteger a vida do assassino. Eles discordam radicalmente sobre como<br />
aplicar o princípio de <strong>que</strong> a vida h<strong>um</strong>ana é valiosa, mas ambos ass<strong>um</strong>em e apelam a<br />
esse mesmo princípio.<br />
8 | A lei do mais forte.<br />
Todos esses exemplos até agora são controversos. Como aplicar princípios<br />
morais a estas <strong>que</strong>stões é controverso. Espero <strong>que</strong> o <strong>que</strong> <strong>não</strong> seja controverso seja o<br />
próprio princípio de <strong>que</strong> os direitos h<strong>um</strong>anos são possuídos pelos <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos por<br />
causa do <strong>que</strong> estes são, por causa de seu <strong>ser</strong> em si mesmos - e <strong>não</strong> por<strong>que</strong> alguns outros<br />
<strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos detêm o poder de impor suas vontades. Isso <strong>ser</strong>ia, literalmente, "a lei do<br />
mais forte". Em vez de sujeitar o poder sob os limites do direito, <strong>ser</strong>ia fixar o rótulo de<br />
"direito" na face do poder: justificando a força em vez de fortificar a justiça. Essa é a<br />
única conjuntura, <strong>não</strong> importa qual seja a estrutura do poder político, <strong>não</strong> importa <strong>que</strong>m<br />
ou quantos detêm o poder, seja <strong>um</strong> único tirano, ou <strong>um</strong>a aristocracia, ou <strong>um</strong>a maioria do<br />
público livremente votante, ou o vago sentimento o qual Rousseau chamou de "a<br />
vontade geral". A estrutura política <strong>não</strong> muda o princípio. Uma monarquia<br />
constitucional, na qual o rei e o povo estão sujeitos à mesma lei, é <strong>um</strong> sistema de<br />
direito, <strong>não</strong> de poder; <strong>um</strong>a democracia desprovida de leis, na qual a vontade da maioria<br />
<strong>não</strong> é ob<strong>ser</strong>vada, é <strong>um</strong> sistema de poder, <strong>não</strong> de direito.<br />
9 | Ou todos têm direitos ou apenas alguns têm direitos.<br />
A razão pela qual todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm direitos h<strong>um</strong>anos é <strong>que</strong> todos os<br />
<strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são h<strong>um</strong>anos. Somente duas filosofias de direitos h<strong>um</strong>anos são<br />
logicamente possíveis. Ou todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm direitos, ou apenas alguns <strong>ser</strong>es<br />
h<strong>um</strong>anos têm direitos. Não há terceira possibilidade. Mas a razão <strong>para</strong> acreditar em<br />
qual<strong>que</strong>r <strong>um</strong>a dessas duas possibilidades é ainda mais importante do <strong>que</strong> em qual delas<br />
acreditar.<br />
Suponha <strong>que</strong> <strong>você</strong> acredite <strong>que</strong> todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm direitos. Você<br />
acredita <strong>que</strong> todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm direitos por<strong>que</strong> são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos? Você ousa<br />
usar a metafísica? Os direitos h<strong>um</strong>anos são "inalienáveis" por<strong>que</strong> são inerentes à<br />
natureza h<strong>um</strong>ana, à essência h<strong>um</strong>ana, ao <strong>que</strong> os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos, de fato, são? Ou <strong>você</strong><br />
acredita <strong>que</strong> todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm direitos por<strong>que</strong> alguns <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos dizem<br />
isso, ou seja, por<strong>que</strong> alguns h<strong>um</strong>anos declararam <strong>que</strong> todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm<br />
direitos? Se é a primeira razão, <strong>você</strong> está seguro contra a usurpação dos seus direitos. Se<br />
é a segunda razão, <strong>você</strong> está vulnerável à tirania. Pois a natureza h<strong>um</strong>ana <strong>não</strong> muda,<br />
mas as vontades h<strong>um</strong>anas sim. As mesmas vontades h<strong>um</strong>anas <strong>que</strong> hoje dizem <strong>que</strong> todos<br />
os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm direitos podem dizer amanhã <strong>que</strong> só alguns têm direitos.
10 | Por <strong>que</strong> o aborto é errado.<br />
Alg<strong>um</strong>as pessoas desejam morrer. Não vou abordar a moralidade da eutanásia<br />
voluntária aqui. Mas, claramente, a eutanásia involuntária é errada; claramente há <strong>um</strong>a<br />
diferença entre impor <strong>um</strong>a vontade sobre outra pessoa e fazer livremente <strong>um</strong> contrato<br />
com alguém. O contrato ainda pode <strong>ser</strong> <strong>um</strong> mal, pode <strong>ser</strong> <strong>um</strong> contrato com fins nocivos,<br />
e o mero fato de <strong>que</strong> as partes no contrato acordaram livremente <strong>não</strong> automaticamente<br />
justifica concretizar seus propósitos. Mas prejudicar ou matar outra pessoa contra sua<br />
vontade, <strong>não</strong> por livre contrato, é claramente errado; se isso <strong>não</strong> é errado, o <strong>que</strong> é?<br />
No entanto isso é o <strong>que</strong> é o aborto. Madre Teresa arg<strong>um</strong>entou, simplesmente:<br />
"Se o aborto <strong>não</strong> é errado, nada é errado." O feto <strong>não</strong> <strong>que</strong>r <strong>ser</strong> morto; ele luta pela<br />
sobrevivência. Você já chegou a assistir “O Grito Silencioso” 1 ? A mídia toca nesse<br />
assunto? Não, eles censuram nada de mais exceto a operação mais com<strong>um</strong> na América.<br />
11 | O arg<strong>um</strong>ento da <strong>não</strong>-existência de <strong>não</strong>-pessoas.<br />
As pessoas são <strong>um</strong>a subclasse de <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos, ou são os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos <strong>um</strong>a<br />
subclasse de pessoas? A importante <strong>que</strong>stão de distinguir <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos e pessoas surge<br />
apenas por duas razões: a possibilidade de <strong>que</strong> existam pessoas <strong>não</strong>-h<strong>um</strong>anas, como<br />
extraterrestres, elfos, anjos, deuses, Deus ou as Pessoas da Trindade, ou a possibilidade<br />
de <strong>que</strong> existam alguns <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos <strong>não</strong>-pessoas, h<strong>um</strong>anos sem direitos.<br />
O senso com<strong>um</strong> e a moralidade dizem <strong>que</strong> todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são pessoas e<br />
têm direitos. O relativismo moral moderno diz <strong>que</strong> somente alguns <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são<br />
pessoas, pois somente a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> receberam direitos através de outros (isto é, da<strong>que</strong>les<br />
<strong>que</strong> estão no poder) têm direitos. Assim, se temos o poder, podemos "despersonificar"<br />
qual<strong>que</strong>r grupo <strong>que</strong> desejarmos: negros, escravos, judeus, inimigos políticos, liberais,<br />
fundamentalistas - ou bebês intrauterinos.<br />
Uma forma com<strong>um</strong> de promoção desta filosofia é a afirmação de <strong>que</strong> pertencer a<br />
<strong>um</strong>a determinada espécie biológica <strong>não</strong> confere direitos. Ouvem-se arg<strong>um</strong>entos de <strong>que</strong><br />
<strong>não</strong> tratamos qual<strong>que</strong>r outra espécie da maneira tradicional - isto é, <strong>não</strong> atribuímos<br />
direitos iguais a todos os ratos, por exemplo. Alguns nós matamos (a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> entram<br />
em nossas casas trazendo doenças); outros cuidamos bem e pre<strong>ser</strong>vamos (os <strong>que</strong><br />
julgamos úteis <strong>para</strong> experimentos de laboratório ou <strong>que</strong> adotamos como animais de<br />
estimação); ainda outros simplesmente ignoramos (a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> habitam em ambientes<br />
silvestres). O arg<strong>um</strong>ento conclui <strong>que</strong>, portanto, a atribuição de direitos a todos os<br />
1<br />
O Grito Silencioso (originalmente em inglês The Silent Scream) é <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>entário americano<br />
de 1984 produzido pelo médico obstetra e ex-<strong>abortista</strong> Dr. Bernard N. Nathanson. O filme mostra<br />
mediante <strong>um</strong>a ultrassonografia <strong>um</strong> aborto real e a agitação desesperada e angustiante de <strong>um</strong> bebê<br />
intrauterino contra sua morte iminente. O doc<strong>um</strong>entário dublado está disponível em:<br />
https://www.youtube.com/watch?v=T-cND3VXy-E.
membros da nossa própria espécie <strong>não</strong> passa de sentimentalismo ou tradição (ambos<br />
muitas vezes são confundidos, como se nada racional pudesse <strong>ser</strong> transmitido pela<br />
tradição).<br />
12 | Três premissas pró-vida e três alternativas pró-escolha.<br />
Nós temos ass<strong>um</strong>ido três premissas, e elas são os três pressupostos fundamentais<br />
do arg<strong>um</strong>ento pró-vida. Qual<strong>que</strong>r <strong>um</strong> deles pode <strong>ser</strong> negado, isto é, <strong>para</strong> <strong>ser</strong> pró-escolha<br />
<strong>você</strong> deve negar pelo menos <strong>um</strong> deles, por<strong>que</strong> juntos eles implicam por lógica a<br />
conclusão pró-vida. Adiante existem três tipos diferentes de posições pró-escolha,<br />
dependendo de qual das três premissas pró-vida é negada.<br />
A primeira premissa é científica, a segunda é moral, e a terceira é legal. A<br />
premissa científica é <strong>que</strong> a vida de cada membro individual de cada espécie animal<br />
começa na concepção (este truísmo foi ensinado por todos os livros de biologia antes do<br />
caso judicial norte-americano “Roe contra Wade” 2 e por nenh<strong>um</strong> depois do caso Roe,<br />
todavia Roe e seus advogados <strong>não</strong> descobriram nem apelaram <strong>para</strong> quais<strong>que</strong>r novas<br />
descobertas científicas). Em outras palavras, todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são h<strong>um</strong>anos, <strong>que</strong>r<br />
embrionário, fetal, criança, jovem, adulto, idoso ou em fase terminal.<br />
A premissa moral é <strong>que</strong> todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm o direito à vida, por<strong>que</strong> todos os<br />
<strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são h<strong>um</strong>anos. É <strong>um</strong>a dedução da mais óbvia de todas as regras morais (a<br />
“Regra de Ouro” 3 ), ou da justiça, ou da igualdade. Se <strong>você</strong> <strong>não</strong> deseja <strong>ser</strong> morto, <strong>não</strong><br />
mate. Não é justo. Todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm a essência h<strong>um</strong>ana e, portanto, são<br />
essencialmente iguais. A premissa legal é <strong>que</strong> a lei deve proteger os direitos h<strong>um</strong>anos<br />
mais básicos. Se todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos são h<strong>um</strong>anos, e se todos os <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos têm<br />
direito à vida, e se a lei deve proteger os direitos h<strong>um</strong>anos, então a lei deve proteger o<br />
direito à vida de todos <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos.<br />
Se todas as três premissas forem verdadeiras, tem-se a conclusão pró-vida. Do<br />
ponto de vista pró-vida, há apenas três razões <strong>para</strong> <strong>ser</strong> pró-escolha: ignorância científica<br />
– desconhecimento de <strong>um</strong> fato científico tão básico <strong>que</strong> quase todos no mundo o<br />
conhecem; ignorância moral - insciência da mais básica de todas as regras morais; ou<br />
2<br />
Roe contra Wade é o emblemático caso judicial norte-americano transcorrido entre 1970 a 1973<br />
pelo qual a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu pela legalização do aborto em âmbito nacional.<br />
Jane Roe (pseudônimo de Norma McCorvey) foi a litigante pró-aborto, e Henry Wade o opositor<br />
anti<strong>abortista</strong> no processo. Anos mais tarde a própria Roe confessou <strong>que</strong> mentira no processo ao dizer <strong>que</strong><br />
sua terceira gravidez fora resultado de <strong>um</strong> estupro, e <strong>que</strong> ela fora persuadida por suas advogadas, Linda<br />
Coffee e Sarah Weddington, a mentir.<br />
3<br />
Conceito sob a perspectiva bíblica de Matheus 7:12: “Portanto, tudo o <strong>que</strong> vós <strong>que</strong>reis <strong>que</strong> os<br />
homens vos façam, fazei-lho também vós a eles.”. A ética da reciprocidade.
ignorância legal – ignorância de <strong>um</strong>a das mais básicas de todas as funções da lei. Mas<br />
há diferenças significativas entre esses diferentes tipos de ignorância.<br />
A ignorância científica, se <strong>não</strong> for por desconhecimento ou negação deliberada<br />
ou desonestidade, é, talvez, lamentável, mas <strong>não</strong> moralmente condenável. Você <strong>não</strong> tem<br />
<strong>que</strong> <strong>ser</strong> perverso <strong>para</strong> <strong>ser</strong> indouto. Se <strong>você</strong> acredita <strong>que</strong> <strong>um</strong> bebê intrauterino é apenas<br />
"vida em potencial" ou <strong>um</strong> "grupo de células", então <strong>você</strong> <strong>não</strong> acredita <strong>que</strong> está matando<br />
<strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano quando <strong>você</strong> aborta e pode ficar sem peso na consciência por isso, (mas<br />
por <strong>que</strong>, então, a maioria das mães <strong>que</strong> abortam sentem terríveis dores de consciência,<br />
muitas vezes por toda a vida?).<br />
A maioria dos arg<strong>um</strong>entos pró-escolha, durante as duas primeiras décadas após o<br />
caso Roe contra Wade, contestou a premissa científica do arg<strong>um</strong>ento pró-vida. Talvez<br />
fosse quase sempre por desonestidade em vez de apenas pura ignorância, ou talvez <strong>não</strong>,<br />
mas pelo menos <strong>não</strong> negava diretamente a segunda premissa essencial, o princípio<br />
moral. Porém os apologistas pró-escolha hoje em dia cada vez mais o negam.<br />
Talvez os pró-escolha percebam <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> têm alternativa se<strong>não</strong> fazer isso, pois eles<br />
<strong>não</strong> têm outro recurso se estão a arg<strong>um</strong>entar no todo. Fatos científicos são muito bem<br />
fundamentados <strong>para</strong> negar, e <strong>não</strong> faz sentido negar o princípio legal, pois se a função<br />
primária da lei <strong>não</strong> é a defesa do direito à vida, o <strong>que</strong> mais poderia <strong>ser</strong>? Em vista disso,<br />
eles são obrigados a negar o princípio moral <strong>que</strong> leva à conclusão pró-vida. Isto, eu<br />
suspeito, é <strong>um</strong>a imensa mudança de r<strong>um</strong>o. O camelo adentrou <strong>não</strong> apenas seu focinho,<br />
mas seu torso debaixo da tenda 4 . Acho <strong>que</strong> a maioria das pessoas se recusa a pensar ou<br />
arg<strong>um</strong>entar sobre o aborto por<strong>que</strong> elas se dão conta <strong>que</strong> a única maneira de permanecer<br />
pró-escolha é abortar a razão primeiro. Ou, como muitos pró-escolha insistem <strong>que</strong> o<br />
aborto é sobre sexo, <strong>não</strong> sobre bebês, a única maneira de justificar seu desprezo pela<br />
castidade é <strong>um</strong> desprezo pela pureza intelectual. A única maneira de justificar a perda<br />
da inocência moral é perder a inocência intelectual.<br />
Se o parágrafo acima o ofende, eu desafio <strong>você</strong> a acalmar-se e honestamente<br />
perguntar à sua própria consciência racionalmente: se, onde e por <strong>que</strong> o <strong>que</strong> eu disse é<br />
falso.<br />
4<br />
Fábula árabe <strong>que</strong> faz analogia a <strong>um</strong> problema <strong>que</strong>, <strong>não</strong> tratado enquanto pe<strong>que</strong>no e<br />
aparentemente inofensivo, pode vir a tornar-se grande e perigoso.
13 | O arg<strong>um</strong>ento do ceticismo<br />
A resposta mais provável a isso <strong>ser</strong>á a acusação de dogmatismo. Como me<br />
atrevo a pontificar com certeza infalível, e chamar a todos <strong>que</strong> discordam mental ou<br />
moralmente de mim de ilógicos! Bem, aqui está <strong>um</strong> arg<strong>um</strong>ento até mesmo <strong>para</strong> o cético<br />
em metafísica, <strong>que</strong> <strong>não</strong> concordaria nem com a minha primeira e mais simples premissa,<br />
a <strong>que</strong> realmente sabemos o <strong>que</strong> alg<strong>um</strong>as coisas realmente são, como o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maçã<br />
(somente depois <strong>que</strong> alguém fica contra a parede por ter <strong>que</strong> justificar algo como o<br />
aborto é <strong>que</strong> vem a se tornar <strong>um</strong> cético <strong>que</strong> nega <strong>um</strong> princípio tão autoevidente).<br />
Roe usou tal ceticismo <strong>para</strong> justificar <strong>um</strong>a posição pró-escolha. Como <strong>não</strong><br />
sabemos quando a vida h<strong>um</strong>ana começa, o arg<strong>um</strong>ento foi <strong>que</strong> <strong>não</strong> podemos impor<br />
restrições (por <strong>que</strong> é mais restritivo dar a vida do <strong>que</strong> tirá-la é <strong>um</strong> engodo curioso).<br />
Então, aqui está minha refutação à Roe em suas próprias premissas céticas:<br />
suponha <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong> princípio deste ensaio seja verdadeiro, começando com o<br />
primeiro. Suponha <strong>que</strong> nem se<strong>que</strong>r sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maçã. Ainda assim o aborto<br />
<strong>ser</strong>ia injustificável. Em vez de <strong>um</strong> ceticismo dogmático (o qual é autocontraditório),<br />
vamos ass<strong>um</strong>ir <strong>um</strong> ceticismo parcial. Vamos supor também <strong>que</strong> <strong>não</strong> sabemos, em<br />
nossas mentes subjetivas, se <strong>um</strong> feto é <strong>um</strong>a pessoa ou <strong>não</strong>. Logicamente como fatos<br />
objetivos, ou é ou <strong>não</strong> é (a menos <strong>que</strong> o superior tribunal tenha revogado a Lei da Não<br />
Contradição enquanto estávamos de férias), mas subjetivamente podemos <strong>não</strong> <strong>saber</strong> o<br />
<strong>que</strong> o feto é de fato, objetivamente. Sabemos, no entanto, <strong>que</strong> ou é ou <strong>não</strong> é por simples<br />
lógica formal.<br />
Um segundo ponto <strong>que</strong> sabemos por lógica formal é <strong>que</strong> ou nós sabemos ou <strong>não</strong><br />
sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong> feto. Ou há objetivamente "algo além", isto é, <strong>um</strong>a vida h<strong>um</strong>ana,<br />
independente de nossas mentes, ou <strong>não</strong> há; e ou há conhecimento em nossas mentes<br />
deste fato objetivo, ou <strong>não</strong> há.<br />
Deste modo, existem quatro possibilidades:<br />
1. O feto é <strong>um</strong>a pessoa, e nós sabemos disso;<br />
2. O feto é <strong>um</strong>a pessoa, mas <strong>não</strong> sabemos disso;<br />
3. O feto <strong>não</strong> é <strong>um</strong>a pessoa, mas <strong>não</strong> sabemos disso;<br />
4. O feto <strong>não</strong> é <strong>um</strong>a pessoa, e nós sabemos disso.<br />
O <strong>que</strong> é o aborto em cada <strong>um</strong> destes quatro casos?<br />
No caso 1, onde o feto é <strong>um</strong>a pessoa e <strong>você</strong> sabe disso, o aborto é assassinato.<br />
Homicídio doloso, de fato. Você mata deliberadamente <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano inocente.<br />
No caso 2, onde o feto é <strong>um</strong>a pessoa e <strong>você</strong> <strong>não</strong> sabe disso, o aborto é homicídio<br />
culposo. É como dirigir e passar por cima de <strong>um</strong> casaco em forma de homem na rua à<br />
noite ou implodir <strong>um</strong> edifício <strong>que</strong> <strong>você</strong> <strong>não</strong> tem nenh<strong>um</strong>a certeza se está totalmente
evacuado. Você <strong>não</strong> tem certeza se há <strong>um</strong>a pessoa lá, como <strong>você</strong> <strong>não</strong> tem certeza se <strong>não</strong><br />
há, e simplesmente ocorre de existir <strong>um</strong>a pessoa lá, e <strong>você</strong> o mata. Você <strong>não</strong> pode<br />
alegar ignorância. Com efeito, <strong>você</strong> <strong>não</strong> sabia <strong>que</strong> havia <strong>um</strong>a pessoa, mas <strong>você</strong> <strong>não</strong><br />
sabia <strong>que</strong> <strong>não</strong> havia, então seu ato foi literalmente o auge da irresponsabilidade. Este é<br />
o ato <strong>que</strong> Roe permitiu.<br />
No caso 3, o feto <strong>não</strong> é <strong>um</strong>a pessoa, mas <strong>você</strong> <strong>não</strong> sabe disso. Assim, o aborto é<br />
tão irresponsável quanto no caso anterior. Você acelerou sobre o casaco ou implodiu o<br />
edifício sem <strong>saber</strong> se havia pessoas lá. Você teve sorte, <strong>não</strong> havia. Mas <strong>você</strong> <strong>não</strong> se<br />
importou, <strong>você</strong> <strong>não</strong> teve cuidado, <strong>você</strong> foi irresponsável. Você <strong>não</strong> pode legalmente <strong>ser</strong><br />
acusado de homicídio, já <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong> homem foi abatido, mas <strong>você</strong> pode e deve <strong>ser</strong><br />
acusado de negligência criminosa.<br />
Apenas no caso 4 o aborto é <strong>um</strong>a escolha razoável, admissível e responsável.<br />
Mas perceba: o <strong>que</strong> torna o caso 4 admissível <strong>não</strong> é apenas o fato de <strong>que</strong> o feto <strong>não</strong> é<br />
<strong>um</strong>a pessoa, mas também o seu conhecimento de <strong>que</strong> <strong>não</strong> é; em outras palavras, a sua<br />
superação do ceticismo. Portanto, o ceticismo <strong>não</strong> justifica o aborto, mas arg<strong>um</strong>enta<br />
contra ele. Só se <strong>você</strong> <strong>não</strong> é <strong>um</strong> cético, somente se <strong>você</strong> é dogmático, somente se tiver<br />
certeza de <strong>que</strong> <strong>não</strong> há nenh<strong>um</strong>a vida no feto, nenh<strong>um</strong> homem no casaco ou nenh<strong>um</strong>a<br />
pessoa no edifício, <strong>você</strong> pode abortar, passar por cima ou implodir.<br />
Isso enfra<strong>que</strong>ce até mesmo a nossa fuga mais fraca e menos honesta: fingir <strong>que</strong><br />
nem se<strong>que</strong>r sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maçã, de modo a termos <strong>um</strong>a desculpa <strong>para</strong> suplicar<br />
<strong>que</strong> <strong>não</strong> sabemos o <strong>que</strong> é <strong>um</strong> aborto.<br />
Um último apelo.<br />
Espero <strong>que</strong> alg<strong>um</strong> leitor possa me mostrar onde eu me perdi na sequência dos<br />
treze passos <strong>que</strong> constituem este arg<strong>um</strong>ento. Eu honestamente desejo <strong>que</strong> <strong>um</strong> dia alg<strong>um</strong><br />
apologista pró-escolha me mostre <strong>um</strong> arg<strong>um</strong>ento <strong>que</strong> prove <strong>que</strong> os fetos <strong>não</strong> são<br />
pessoas. Isso iria me poupar e poupar outros apologistas pró-vida de enorme dor, tempo,<br />
esforço, preocupações, orações e dinheiro. Mas até lá, vou continuar contraarg<strong>um</strong>entando,<br />
por<strong>que</strong> é o <strong>que</strong> eu faço como <strong>um</strong> filósofo. É o meu grito de angústia <strong>que</strong><br />
algo terrível está acontecendo: os bebês estão sendo massacrados. Farei isso por<strong>que</strong>,<br />
como Edmund Burke declarou: "Tudo <strong>que</strong> é preciso <strong>para</strong> o triunfo do mal é <strong>que</strong> os bons<br />
<strong>não</strong> façam nada".
Autor: Cristiano Caporezzo<br />
ABORTO É HOMICÍDIO<br />
Para assassinos <strong>que</strong> possuem plena consciência do <strong>que</strong> é o aborto, a melhor<br />
forma <strong>que</strong> existe <strong>para</strong> convencer as pessoas a fazê-lo é através do vil e ardiloso desvio<br />
de foco. Deve-se trazer a discussão <strong>para</strong> o campo das ideias, do direito e, pior, <strong>para</strong> a<br />
ênfase na falsa compaixão diante do grande sofrimento de alg<strong>um</strong>as mulheres <strong>que</strong><br />
buscam, de maneira equivocada e por vezes contraproducente, se livrar de vivências<br />
difíceis matando os seus próprios filhos <strong>não</strong> nascidos.<br />
Por isto é fundamental começar o presente trabalho mostrando a verdadeira face<br />
do <strong>que</strong> realmente é o aborto e de alg<strong>um</strong>as consequências nefastas <strong>que</strong> ele<br />
invariavelmente acarreta. Portanto, antes de dar prosseguimento ao presente texto, segue<br />
abaixo diversas imagens <strong>que</strong> considero importantes <strong>para</strong> a elucidação do tema. As<br />
figuras foram dispostas de maneira a abranger abortos realizados desde as primeiras<br />
semanas de gravidez (período em <strong>que</strong> a indústria do aborto afirma <strong>para</strong> as mães <strong>que</strong> os<br />
filhos <strong>que</strong> elas carregam são apenas <strong>um</strong> aglomerado disforme de células) até os últimos<br />
meses.<br />
AVISO:<br />
As imagens são realmente muito fortes! Recomendo, mesmo assim, <strong>que</strong> todos as vejam se pretendem sair<br />
distribuindo <strong>para</strong> o mundo opiniões a respeito do assunto. Aos mais fracos: pulem 7 páginas.<br />
Quadro de desenvolvimento fetal por semanas, <strong>ser</strong>ve <strong>para</strong> orientação quanto alg<strong>um</strong>as imagens abaixo.
17 Semanas
Aborto tardio feito por envenenamento salino
Em 2012 na Rússia, Elena Mizulina, presidente da Comissão pela Família, Mulheres e Infância da D<strong>um</strong>a<br />
(Câmara russa), denunciou a existência de <strong>um</strong>a filial clandestina <strong>que</strong> negociava fetos de abortos tardios<br />
<strong>para</strong> a produção de cosméticos. Nos barris da foto foram encontrados 248 fetos <strong>que</strong> <strong>ser</strong>iam vendidos <strong>para</strong><br />
a produção de produtos como cremes <strong>para</strong> o rejuvenescimento.<br />
Nos EUA a empresa Senomyx utilizou fetos h<strong>um</strong>anos <strong>para</strong> desenvolver novos tipos de adoçantes <strong>para</strong> a<br />
indústria alimentícia.<br />
A Senomyx utilizou células embrionárias HEK293, <strong>que</strong> são encontradas em rins de crianças abortadas.
Aborto é homicídio. As imagens acima simplesmente <strong>não</strong> deixam a menor<br />
sombra de dúvidas quanto a essa verdade. Quem entende tal fato e, mesmo assim, é<br />
favorável ao aborto, sabe <strong>que</strong> a imensa maioria da população, se for conscientizada,<br />
jamais aceitará a liberação. É por isto <strong>que</strong> a estratégia <strong>para</strong> liberar o assassinato de<br />
crianças <strong>não</strong> nascidas é desviar o foco desta tenebrosa realidade. Se é pró-escolha<br />
(escolher abortar), <strong>para</strong> <strong>não</strong> dizer <strong>ser</strong> pró-aborto. A <strong>que</strong>stão <strong>não</strong> <strong>ser</strong>ia destruir a vida<br />
h<strong>um</strong>ana do <strong>não</strong> nascido, mas sim pre<strong>ser</strong>var o direito das mulheres como tão assevera o<br />
ignóbil slogan feminista: “meu corpo, minhas regras”.<br />
Os casos mais extremos, <strong>que</strong> sempre são maliciosamente lembrados, <strong>ser</strong>vem<br />
como porta de entrada <strong>para</strong> o debate visando a liberação geral a respeito do aborto. E se<br />
a mulher foi estuprada? E se o feto é defeituoso? E quando a gravidez coloca em risco a<br />
vida da mulher? Não coincidentemente, o Supremo Tribunal Federal concedeu<br />
liberações <strong>para</strong> aborto em todos esses três casos, sendo a concessão parcial apenas <strong>para</strong><br />
o caso de deficiência do nascituro (anencefalia).Qual<strong>que</strong>r pessoa com conhecimento<br />
jurídico trivial sabe <strong>que</strong> <strong>não</strong> cabe ao poder judiciário legislar, mesmo assim o lobby do<br />
aborto tenta a liberação por intermédio da suprema corte brasileira, pois sabe <strong>que</strong> no<br />
congresso a representatividade popular, ainda <strong>que</strong> muito enfra<strong>que</strong>cida dentro do<br />
contexto nacional, dificilmente permitiria a promulgação de <strong>um</strong>a lei neste sentido.<br />
Antes de adentrar o mérito da infame liberação do STF quando ao <strong>que</strong> se chama,<br />
insanamente, de aborto h<strong>um</strong>anitário (caso de estupro). Lanço a seguinte pergunta: o<br />
nascituro é ou <strong>não</strong> <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano vivo? Ora, o feto possui o seu próprio DNA e tipo<br />
sanguíneo, nenh<strong>um</strong> deles correspondentes aos da mãe. Se pudesse <strong>ser</strong> identificado,<br />
muito antes do ponto onde a maioria dos abortos são realizados, o bebê <strong>não</strong> nascido já<br />
possui impressão digital própria. No momento da concepção, quando o óvulo é<br />
fertilizado, <strong>um</strong>a nova vida é criada. Chamada inicialmente de zigoto, depois de<br />
blastocisto, embrião, feto, bebê, criança, adulto, idoso, etc. São todos nomes diferente<br />
<strong>para</strong> as diferentes etapas da vida h<strong>um</strong>ana. Quando <strong>um</strong> aborteiro fala <strong>que</strong> a gestante só<br />
possui <strong>um</strong>a bolha de sangue em seu ventre, além de estar mentindo, omite o fato de <strong>que</strong><br />
nunca na história da h<strong>um</strong>anidade essa bolha se transformou em <strong>um</strong> ornitorrinco. O <strong>que</strong><br />
se tem ali é <strong>um</strong>a vida h<strong>um</strong>ana, <strong>um</strong> corpo próprio, ainda <strong>que</strong> momentaneamente<br />
dependente do organismo de sua mãe.<br />
É, portanto, <strong>um</strong>a verdade até mesmo óbvia <strong>que</strong> o nascituro é <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano<br />
vivo. Acontece <strong>que</strong> isto nos leva a <strong>um</strong>a consequência lógica e totalmente incontornável.<br />
Se o nascituro é <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano vivo, nenh<strong>um</strong>a justificativa <strong>para</strong> o aborto é possível.<br />
A<strong>que</strong>la pe<strong>que</strong>na vida <strong>não</strong> é mais importante do <strong>que</strong> a vida de sua mãe. De igual forma, a<br />
vida de sua mãe <strong>não</strong> é mais importante do <strong>que</strong> a do nascituro. O surpreendente é <strong>que</strong> a<br />
maioria das pessoas concordam com tal fato e por isto são contrárias ao aborto, mas<br />
quando se fala de casos terríveis como o estupro, meio <strong>que</strong> por <strong>um</strong> passe de mágica,<br />
<strong>que</strong>m deve decidir sobre a vida de <strong>um</strong> nascituro inocente e indefeso passa a <strong>ser</strong> a pobre<br />
mulher estuprada <strong>que</strong> se encontra em <strong>um</strong> estado psicológico extremamente frágil e<br />
vacilante.<br />
Na prática, o <strong>que</strong> se está dizendo é <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mãe <strong>não</strong> tem o direito de matar o<br />
seu filho <strong>não</strong> nascido. Mas se ela for vítima de <strong>um</strong> crime, pode decidir fazer do seu<br />
próprio filho a próxima vítima pelo simples fato dele <strong>ser</strong> <strong>um</strong>a pessoa indesejada. Se a<br />
lógica justificante é essa, então <strong>um</strong> idoso com Alzheimer pode ficar à mercê da morte<br />
facultativa por parte dos seus filhos. Afinal, ele possui em com<strong>um</strong> dois pontos
determinantes com o nascituro oriundo de estupro: tanto os seus responsáveis <strong>não</strong><br />
contribuíram <strong>para</strong> o estado atual em <strong>que</strong> eles se encontram, como as suas vida são<br />
claramente indesejadas.<br />
Com certeza <strong>um</strong>a gravidez decorrente de estupro é <strong>um</strong>a realidade terrível. Com<br />
certeza a mulher <strong>que</strong> se encontra nesse estado possui <strong>um</strong> peso psicológico enorme sobre<br />
si. É evidente <strong>que</strong> as mulheres vítimas de estupro devem <strong>ser</strong> protegidas e ajudadas de<br />
toda a forma possível. O <strong>que</strong> está sendo defendido aqui é a simples verdade de <strong>que</strong> <strong>um</strong>a<br />
má origem <strong>não</strong> é capaz de fazer alterar a essência mesma da natureza de <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano<br />
vivo, ainda <strong>que</strong> <strong>não</strong> nascido. Por exemplo, o nascituro de dois meses de vida, sendo<br />
oriundo de estupro, é exatamente igual a <strong>um</strong> nascituro amado e desejado pelos seus pais<br />
e <strong>que</strong> possua a mesma idade intrauterina. O seu aborto é tão assassino quando o de<br />
qual<strong>que</strong>r <strong>um</strong> outro.<br />
É falso o arg<strong>um</strong>ento de <strong>que</strong> <strong>ser</strong>ia <strong>um</strong>a agressão psicológica obrigar a mulher a<br />
dar a vida ao filho fruto de estupro. Falso por<strong>que</strong> a mulher <strong>não</strong> vai decidir dar a vida. A<br />
vida simplesmente já existe e a sua decisão <strong>ser</strong>á matá-la ou <strong>não</strong>. Quanto ao fator<br />
psicológico, <strong>não</strong> existe absolutamente nada <strong>que</strong> garanta, como <strong>um</strong> passe de mágica, <strong>que</strong><br />
o fim da vida do nascituro significará o fim do sofrimento psicológico de sua mãe<br />
violentada. Esta é <strong>um</strong>a hipócrita e sinistra forma de compaixão. Inclusive, o aborto pode<br />
até mesmo agravar, e muito, o já sensível quadro psíquico da mulher. Só a título de<br />
exemplo, muitas mulheres já ficaram estéreis por terem feito aborto. E se <strong>um</strong>a jovem<br />
fragilizada pelo estupro acabe revolvendo abortar o filho indesejado, como se com tal<br />
ato pudesse se livrar das desgraçadas memórias do <strong>que</strong> lhe ocorreu, e acabe se<br />
condenando a nunca mais segurar a vida em seu ventre? Isto <strong>não</strong> apenas agravaria<br />
grandiosamente o seu caso como estaria fazendo surgir <strong>um</strong> novo e imenso problema.<br />
Assim sendo, além de também <strong>ser</strong> homicídio, o aborto em caso de estupro pode <strong>ser</strong><br />
totalmente contraproducente. Então, o correto a <strong>ser</strong> feito em relação à mulher, é prestarlhe<br />
todo o apoio emocional e psicológico possível durante todo o período gestacional;<br />
explicar <strong>para</strong> ela <strong>que</strong> a criança <strong>não</strong> tem culpa de simplesmente existir; e <strong>que</strong>, caso ela<br />
deseje, poderá colocá-la <strong>para</strong> adoção assim <strong>que</strong> nascer. Afinal <strong>não</strong> existe determinismo,<br />
nem todo o órfão vai se tornar <strong>um</strong>a pessoa amargurada. Pelo menos a criança terá<br />
chance de viver a sua vida.Isto é compaixão. Falar <strong>que</strong> <strong>um</strong> órfão deve morrer por<strong>que</strong> vai<br />
ter <strong>um</strong>a vida difícil é algo, no mínimo, macabro.<br />
Mas também existem os outros dois tipos de aborto em casos excepcionais: feto<br />
deficiente (anencefalia) e quando a vida da mulher está em risco. Seria a vida de <strong>um</strong>a<br />
pessoa saudável mais valiosa do <strong>que</strong> a vida de <strong>um</strong> deficiente? Então, assim como a<br />
Alemanha Nazista, agora a maioria decidirá <strong>que</strong> os deficientes <strong>não</strong> merecem viver <strong>para</strong><br />
assim desenvolvermos <strong>um</strong>a sociedade mais forte? Poderia, a sociedade mais forte, <strong>ser</strong><br />
a<strong>que</strong>la <strong>que</strong> massacra os mais fracos? Ah, mas o STF só falou do caso de anencefalia,<br />
eles irão morrer de qual<strong>que</strong>r jeito. Será? Segue abaixo a imagem de duas crianças com
anencefalia:<br />
Tendo visto essas imagens segue a pergunta: o leitor favorável ao aborto de<br />
crianças com anencefalia acha <strong>que</strong> essas crianças deveriam morrer? Acha <strong>que</strong> matar<br />
essas crianças <strong>ser</strong>ia mi<strong>ser</strong>icordioso? Teria sido bom então tirar a vida delas ainda no<br />
útero? Seria <strong>um</strong> homicídio menor e aceitável? Se as respostas forem positivas, <strong>você</strong> é<br />
<strong>um</strong> sujeito degenerado e abjeto. Não existem arg<strong>um</strong>entos capazes de defender o<br />
indefensável.<br />
E quanto ao caso em <strong>que</strong> o feto <strong>não</strong> tem a metade de cima do corpo? Bem, casos<br />
de gestantes <strong>que</strong> geraram apenas duas pernas h<strong>um</strong>anas com <strong>um</strong>a barriga são<br />
extremamente raros. Mas <strong>para</strong> respondê-lo basta utilizar a lógica elementar: pernas<br />
h<strong>um</strong>anas, por si só, <strong>não</strong> são <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano, mas apenas membros de<strong>um</strong> corpo. Como<br />
tal, <strong>não</strong> podem se manter vivo sem o resto do conjunto (o <strong>que</strong> <strong>ser</strong>ia diferente de <strong>um</strong><br />
corpo destituído de pernas). Não há, portanto, <strong>que</strong> se falar em homicídio aqui, inclusive<br />
na maior parte desses casos o próprio corpo da mulher vai expelir esse erro por<br />
intermédio de <strong>um</strong> aborto espontâneo. Na minha concepção, isso se<strong>que</strong>r deve <strong>ser</strong><br />
chamado de aborto, o <strong>que</strong> é feito nesses casos trata-se apenas da correção médica de<br />
<strong>um</strong>a anomalia bizarra.<br />
Para finalizar os pontos mais polêmicos, vem o caso da mãe <strong>que</strong> está em claro<br />
risco de vida. Como falado anteriormente, a vida h<strong>um</strong>ana deve <strong>ser</strong> protegida em sua<br />
integralidade. Nenh<strong>um</strong>a vida deve <strong>ser</strong> mais importante do <strong>que</strong> outra. O problema neste<br />
caso <strong>não</strong> está no procedimento fático (médico) a <strong>ser</strong> tomado, mas sim na <strong>que</strong>stão do<br />
posicionamento jurídico a <strong>ser</strong> esperado por parte do Estado. O entendimento a respeito<br />
disto é de importância crucial <strong>para</strong> ter-se coerência no direito. Uma das afirmativas mais<br />
elementares do direito é <strong>que</strong> <strong>não</strong> existem direitos absolutos. Por exemplo: tanto no juízo<br />
universal normativo contido no mandamento bíblico, <strong>não</strong> matarás, quanto no artigo 121<br />
do Código Penal Brasileiro, matar alguém, pena: reclusão de 6 a 20 anos, é possível<br />
perceber <strong>que</strong> o objetivo do direito é tutelar <strong>um</strong> bem jurídico relevante, no caso, a vida.<br />
Em ambos os casos existem exceções: na bíblia <strong>um</strong>a pessoa <strong>que</strong> mata <strong>para</strong> proteger-se<br />
<strong>não</strong> é culpada pelo sangue do criminoso (Êxodo 22:2); já no código penal existem as<br />
excludentes de ilicitude do artigo 23, <strong>não</strong> há crime quando o agente pratica o fato em:<br />
estado de necessidade, legítima defesa, estrito c<strong>um</strong>primento do dever legal e exercício<br />
regular do direito. Já pensou se a lei resolve falar <strong>que</strong> todo a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> for pego furtando<br />
deve <strong>ser</strong> morto? Isto <strong>ser</strong>viria, necessariamente, <strong>para</strong> a prática de muitos abusos. A<br />
mesma coisa acontece com a gravidez <strong>que</strong> coloca em risco a vida da mulher, o aborto
vai continuar sendo totalmente proibido, apenas deve-se analisar cada caso concreto em<br />
especial <strong>para</strong> <strong>saber</strong> se <strong>ser</strong>á ou <strong>não</strong> necessário fazer <strong>um</strong> aborto am<strong>para</strong>do por alg<strong>um</strong>a<br />
excludente de ilicitude. Neste caso específico a opinião da mãe deve sim possuir <strong>um</strong>a<br />
grande relevância, devendo o médico agir levando em conta a vontade dela. Logo, <strong>não</strong><br />
cabe ao Estado forçar nenh<strong>um</strong> tipo de conduta.<br />
Tendo esclarecido todas as <strong>que</strong>stões mais polêmicas <strong>que</strong>, como falado, são a<br />
porta de entrada <strong>para</strong> a liberação total do aborto, <strong>ser</strong> integralmente pró-vida torna-se <strong>um</strong><br />
caminho bastante óbvio. Se vivemos em <strong>um</strong>a sociedade onde os ovos das tartarugas tem<br />
imenso valor, o <strong>que</strong> dirá <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano <strong>não</strong> nascido? Um <strong>ser</strong> <strong>que</strong> os médicos<br />
recomendam <strong>que</strong>, ainda na barriga da mãe, os pais conversem com ele e até leiam<br />
histórias. Um <strong>ser</strong> <strong>que</strong> já sai do sagrado ventre materno com personalidade e<br />
comportamento próprios. Por mais <strong>que</strong> deve-se evitar mani<strong>que</strong>ísmos, <strong>ser</strong> pró-vida ou<br />
pró-escolha sempre <strong>ser</strong>á <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão de <strong>ser</strong> moral ou imoral, justo ou injusto e benigno<br />
ou maligno. A sociedade <strong>que</strong> <strong>não</strong> se levanta <strong>para</strong> proteger os seus membros mais<br />
indefesos é <strong>um</strong>a sociedade totalmente desgraçada e fadada à própria destruição.<br />
Quanto às mães, <strong>não</strong> custa salientar: é preciso amar as mulheres! A sociedade<br />
moderna vive <strong>um</strong>a crise de emasculação sem precedente na história. No momento em<br />
<strong>que</strong> as mulheres <strong>precisa</strong>m de homens mais fortes <strong>para</strong> amá-las e protegê-las, eles<br />
simplesmente agem como egoístas <strong>que</strong> só pensam no próprio prazer, usando e<br />
dispensando suas parceiras como se fossem <strong>um</strong> produto descartável ou, então, agindo<br />
como crianças tão sensíveis e choronas <strong>que</strong> apoiar-se neles os levaria à destruição. É<br />
preciso <strong>ser</strong> homem <strong>para</strong> dizer <strong>que</strong> o aborto <strong>não</strong> é só <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão de escolha apenas da<br />
mulher; é preciso <strong>ser</strong> homem <strong>para</strong> dizer <strong>que</strong> as mulheres <strong>não</strong> devem <strong>ser</strong> enganadas a<br />
<strong>ser</strong>vir de maquinário <strong>para</strong> a indústria da morte; é preciso <strong>ser</strong> homem <strong>para</strong> proteger as<br />
mulheres de políticas mentirosas <strong>que</strong> gritam liberdade de regras <strong>para</strong> o próprio corpo,<br />
mas com o objetivo único de destruí-lo. Afinal, é isto o <strong>que</strong> o aborto faz, destrói a saúde<br />
corporal e psicológica da mulher; É necessário <strong>que</strong> os homens comprem essa briga e<br />
qual<strong>que</strong>r outra briga <strong>para</strong> o bem das mulheres, dos seus filhos e de toda a sociedade<br />
h<strong>um</strong>ana.
RESPOSTAS PRÓ-VIDA<br />
(PRÓ-LIFE ANYWERS)<br />
DA ORGANIZAÇÃO NORTE-AMERICA<br />
LIFE DYNEMICS<br />
Autor: Life Dynemics<br />
Tradução e adaptação: Thiago da Gama Santos e<br />
Cristiano Caporezzo<br />
PERGUNTAS GERAIS<br />
ÍNDICE DE TEMAS E RESPOSTAS<br />
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Ninguém pode provar quando a vida começa. Cabe à mulher decidir.<br />
Não gosta de aborto? É só <strong>não</strong> fazer.<br />
Nenh<strong>um</strong>a mulher jamais quis <strong>um</strong> aborto. Elas só fazem isso quando têm boas razões.<br />
Proibir o aborto <strong>não</strong> vai acabar ele. As mulheres sempre farão abortos.<br />
Não gosta de aborto? É só <strong>não</strong> fazer.<br />
O feto é apenas <strong>um</strong>a vida h<strong>um</strong>ana em potencial.<br />
A<strong>que</strong>las imagens gráficas do aborto <strong>não</strong> são reais. Eles são natimortos e abortos espontâneos.<br />
Eu pessoalmente me oponho ao aborto, mas <strong>não</strong> posso infligir minhas crenças aos outros.<br />
Conheci várias mulheres <strong>que</strong> abortaram e absolutamente <strong>não</strong> se arrependeram.<br />
Vocês, pró-vida, já pensaram na possibilidade de estarem errados?<br />
Sou pró-escolha, mas me sinto desconfortável com a ideia de mulheres tendo vários abortos.<br />
Qual é o grande problema? O aborto é apenas <strong>um</strong> procedimento simples de cinco minutos.<br />
Ninguém tem o direito de dizer a <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> ela tem <strong>que</strong> ter <strong>um</strong> filho.<br />
Esta é a decisão mais difícil <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher jamais tomará. Ninguém tem o direito de interferir.<br />
Com o aborto proibido, as mulheres são mortas em abortos clandestinos.<br />
Quando a filha de <strong>um</strong> pró-vida engravida, ela rapidamente se converte em pró-escolha.<br />
Que tal <strong>um</strong>a menina de 14 anos <strong>que</strong> se encontra grávida?<br />
Alguém pode se opor ao aborto, mas ainda <strong>ser</strong> pró-escolha?<br />
E quanto à superpopulação?<br />
O fato de a Ku Klux Klan <strong>ser</strong> pró-vida mostra apenas <strong>que</strong> tipos de fanáticos se opõem ao aborto<br />
legal.<br />
DESIGUALDADE SOCIAL E ASSISTÊNCIA À SAÚDE<br />
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E o caso da mulher <strong>que</strong> <strong>não</strong> pode sustentar outra criança ou <strong>não</strong> está pronta <strong>para</strong> <strong>ser</strong> mãe?<br />
Proibir o aborto irá impor <strong>um</strong> fardo desigual às mulheres pobres. Mulheres ricas só vão <strong>para</strong><br />
outros países.<br />
Como <strong>você</strong> pode negar a assistência à saúde das mulheres?<br />
O governo tem a obrigação de financiar o aborto <strong>para</strong> as mulheres pobres.<br />
Eu prefiro pagar R$ 300 pelo aborto de <strong>um</strong>a mãe pobre do <strong>que</strong> milhares em auxílios <strong>para</strong> os seus<br />
filhos.<br />
O POSICIONAMENTEO DO ESTADO EM RELAÇÃO AO ABORTO<br />
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A <strong>que</strong>stão é <strong>que</strong>m decide: a mulher ou o Estado. É sobre liberdade de escolha.<br />
O governo <strong>não</strong> tem o direito de interferir nas escolhas pessoais das pessoas.
O governo deve ficar de fora da <strong>que</strong>stão do aborto. Não a favorecer e nem proibir.<br />
O <strong>que</strong> lhe dá o direito de dizer a <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> ela <strong>não</strong> pode interromper sua gravidez?<br />
As mulheres devem <strong>ser</strong> livres <strong>para</strong> controlar suas vidas reprodutivas.<br />
O governo <strong>não</strong> tem o direito de entrar em nossos quartos.<br />
O governo <strong>não</strong> deve estar envolvido em demasia na prática da medicina.<br />
QUANTO AOS POLÍTICOS QUE APOIAM O ABORTO<br />
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Devemos ter testes decisivos <strong>para</strong> políticos e juízes.<br />
Eu sou contra o aborto, mas vejo também outros problemas. Além disso, a maioria dos gabinetes<br />
políticos <strong>não</strong> tem nada a ver com o aborto.<br />
RESPONDENDO AS FEMINISTAS<br />
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O aborto é sobre empoderar as mulheres.<br />
É o corpo da mulher. É a decisão dela (meu corpo, minhas regras).<br />
O aborto é <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão feminina. Os homens <strong>não</strong> têm o direito de se envolverem.<br />
O <strong>que</strong> os outros acreditam sobre o aborto é irrelevante. Tudo o <strong>que</strong> importa é o <strong>que</strong> a mulher<br />
acredita.<br />
A <strong>que</strong>stão é se confiamos <strong>que</strong> as mulheres sejam seus próprios agentes morais.<br />
QUESTÃO JURÍDICA<br />
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Por <strong>que</strong> <strong>um</strong> feto deveria ter mais direitos do <strong>que</strong> a mulher?<br />
Como pode <strong>um</strong> feto ter direitos constitucionais antes de <strong>ser</strong> viável?<br />
Como <strong>um</strong> tecido com apenas <strong>um</strong> quarto de polegada de diâmetro tem direitos?<br />
Em alguns países, certas leis antigas diziam <strong>ser</strong> legal o aborto.<br />
Não há consenso <strong>para</strong> proibir o aborto. A maioria do povo brasileiro aceita o aborto em alg<strong>um</strong>a<br />
de suas formas (é pró-escolha).<br />
A resposta ao aborto <strong>não</strong> está em fazê-lo contra a lei, mas em mudar ideias. Você <strong>não</strong> pode<br />
legislar a moralidade.<br />
Você <strong>não</strong> tem o direito de dizer aos outros em <strong>que</strong> acreditar. Vocês são apenas extremistas antiescolha<br />
(anti-aborto).<br />
Como os con<strong>ser</strong>vadores podem justificar <strong>que</strong> o governo tire os direitos de <strong>um</strong> cidadão?<br />
O aborto deve <strong>ser</strong> seguro, legal e raro.<br />
AS QUESTÕES MAIS POLÊMICAS<br />
(Aborto em caso de estupro, feto com alg<strong>um</strong>a deficiência, oriundo de incesto ou quando<br />
a vida da mulher está em risco).<br />
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Eu sou pró-vida, mas acho <strong>que</strong> o aborto deveria <strong>ser</strong> permitido em certas situações.<br />
Por <strong>que</strong> o aborto deveria <strong>ser</strong> ilegal se a gravidez ameaça a vida da mulher?<br />
Como <strong>você</strong> pode dizer a <strong>um</strong>a mulher cujo feto é deficiente <strong>que</strong> ela <strong>precisa</strong> tê-lo?<br />
Por <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> foi vítima de estupro ou incesto tem <strong>que</strong> ter o filho?<br />
Por <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher cujo bebê vai morrer de qual<strong>que</strong>r maneira <strong>não</strong> deveria fazer <strong>um</strong> aborto?<br />
OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E A EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS<br />
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O aborto <strong>não</strong> é usado como controle de natalidade.<br />
A contracepção é a resposta ao aborto.<br />
Por <strong>que</strong> as mesmas pessoas <strong>que</strong> se opõem ao aborto sempre lutam contra a educação sexual nas<br />
escolas e o controle da natalidade?<br />
Por <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> está agindo com responsabilidade deve <strong>ser</strong> forçada a <strong>ser</strong> mãe apenas<br />
por<strong>que</strong> seu controle de natalidade falhou?<br />
O aborto é mais seguro <strong>que</strong> o parto.
QUANTO ÀS PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO<br />
<br />
Por <strong>que</strong> <strong>você</strong> se opõe à pesquisa de tecidos fetais e pesquisas com células-tronco embrionárias<br />
quando tantas vidas poderiam <strong>ser</strong> salvas?<br />
FALSA COMPAIXÃO E HIPOCRISIA<br />
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Alg<strong>um</strong>as crianças são obrigadas a levar <strong>um</strong>a vida terrível. O aborto <strong>não</strong> é melhor <strong>que</strong> isso?<br />
Para acabar com o abuso infantil, <strong>precisa</strong>mos ter certeza de <strong>que</strong> toda criança é <strong>um</strong>a criança<br />
desejada.<br />
Se <strong>um</strong> bebê <strong>não</strong> é <strong>um</strong> recém-nascido branco e saudável, tem poucas chances de <strong>ser</strong> adotado.<br />
Nos EUA, onde o aborto é liberado, há mais abortos do <strong>que</strong> pessoas esperando <strong>para</strong> adotar. O<br />
<strong>que</strong> fazemos depois <strong>que</strong> essas pessoas tiverem <strong>um</strong> bebê?<br />
E as crianças <strong>que</strong> são adotadas por pessoas <strong>que</strong> as abusam ou as negligenciam?<br />
E quando <strong>um</strong>a mulher diz <strong>que</strong> <strong>não</strong> pode carregar <strong>um</strong>a criança por nove meses e depois desistir<br />
dela <strong>para</strong> adoção?<br />
Por <strong>que</strong> <strong>você</strong> <strong>não</strong> ajuda pessoas <strong>que</strong> já estão aqui, como os moradores de rua?<br />
Nós temos <strong>um</strong>a nação de bebês tendo bebês.<br />
Milhões de crianças já estão morrendo de fome.<br />
QUANTO À QUESTÃO RELIGIOSA E O CRISTIANISMO<br />
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Esta é <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão religiosa e <strong>você</strong> <strong>não</strong> tem o direito de forçar suas crenças a outras pessoas.<br />
Mantenha seus Rosários longe dos meus ovários!<br />
É possível <strong>que</strong> alguém seja pró-escolha e cristão?<br />
A Bíblia <strong>não</strong> condena o aborto e Jesus nunca falou contra ele.<br />
Eu sei <strong>que</strong> o aborto é errado, mas eu <strong>não</strong> sinto o Senhor me levando a tomar <strong>um</strong>a posição sobre<br />
isso.<br />
Deus nos deu livre arbítrio e <strong>não</strong> cabe a nós julgar mulheres <strong>que</strong> abortam.<br />
O aborto é apenas <strong>um</strong> dos muitos problemas com os quais a igreja deve se preocupar.<br />
Eu acredito <strong>que</strong> o aborto é errado, mas a solução é a oração.<br />
Meu trabalho é salvar almas, <strong>não</strong> corpos. Além disso, esses bebês vão <strong>para</strong> o céu de qual<strong>que</strong>r<br />
maneira.<br />
Se <strong>um</strong>a mulher <strong>não</strong> está pronta <strong>para</strong> <strong>um</strong> bebê, talvez seja melhor <strong>que</strong> ela aborte e peça a Deus<br />
<strong>para</strong> trazer a criança de volta em <strong>um</strong> momento melhor.<br />
Quando <strong>um</strong>a mulher aborta, Deus fez <strong>um</strong> aborto nela?<br />
Teólogos <strong>não</strong> podem afirmar quando <strong>um</strong>a alma entra no corpo.<br />
QUESTÕES PRÓPRIAS DA REALIDADE NORTE-AMERICANA<br />
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Se o aborto é ilegal, como as mulheres <strong>que</strong> abortam convencem as autoridades de <strong>que</strong> <strong>não</strong><br />
fizeram abortos ilegais?<br />
Nos EUA a Suprema Corte resolveu isso de <strong>um</strong>a vez por todas. Eles dis<strong>ser</strong>am <strong>que</strong> as mulheres<br />
têm direito constitucional ao aborto.<br />
Eu defendo o aborto sob demanda conforme o compromisso em Roe v. Wade.<br />
Se o aborto é ilegal, qual deve <strong>ser</strong> a penalidade <strong>para</strong> <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> o faça?<br />
Eu <strong>não</strong> gosto de abortos cirúrgicos, mas <strong>não</strong> há nada de errado com a pílula do aborto.<br />
Abortos tardios <strong>não</strong> são feitos a menos <strong>que</strong> a vida da mulher esteja em perigo ou o bebê já esteja<br />
morto ou <strong>não</strong> possa sobreviver.<br />
Eu <strong>não</strong> <strong>que</strong>ro pagar por todos os problemas sociais criados por crianças indesejadas.<br />
Para acabar com o abuso infantil, <strong>precisa</strong>mos ter certeza de <strong>que</strong> toda criança é <strong>um</strong>a criança<br />
desejada.<br />
Vamos deixar de lado nossas diferenças e procurar <strong>um</strong> ponto com<strong>um</strong>. Devemos procurar<br />
maneiras de acabar com a necessidade do aborto.<br />
Como certas pessoas podem se chamar pró-vida e apoiar <strong>que</strong> o seu país entre em guerras?<br />
Pró-vidas falam sobre a santidade da vida h<strong>um</strong>ana, mas a maioria apoia a pena de morte.
Como <strong>você</strong>s podem chamar-se pró-vida quando seu movimento é tão violento?<br />
Os médicos <strong>não</strong> fazem abortos pelo dinheiro. Abortos são cerca de US$ 300, mas <strong>um</strong> médico<br />
pode ganhar milhares por <strong>um</strong> parto.<br />
Nossa clínica de aborto rotineiramente recebe cartas de mulheres nos dizendo como elas são<br />
gratas pelo <strong>ser</strong>viço <strong>que</strong> lhes prestamos.
PERGUNTAS GERAIS<br />
Ninguém pode provar quando a vida começa. Cabe à mulher decidir.<br />
Tentar racionalizar o aborto usando esse arg<strong>um</strong>ento é <strong>um</strong> absurdo total. Se <strong>não</strong><br />
sabemos quando a vida começa, então <strong>não</strong> podemos dizer <strong>que</strong> começou no nascimento,<br />
ou aos cinco anos, ou aos 50 anos. Por essa lógica, a lei nunca poderia condenar alguém<br />
por assassinar <strong>um</strong>a mulher de 30 anos de idade, por<strong>que</strong> <strong>não</strong> há como provar <strong>que</strong> ela<br />
estava viva.<br />
O fato é <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong> livro científico, biológico ou médico diz <strong>que</strong> a vida começa<br />
em qual<strong>que</strong>r outro ponto <strong>que</strong> <strong>não</strong> a concepção. Além disso, o raciocínio dedutivo<br />
simples prova <strong>que</strong> a vida começa na concepção, por<strong>que</strong> essa é a única vez em <strong>que</strong> pode<br />
começar. Qual<strong>que</strong>r outro ponto é estritamente arbitrário.<br />
No entanto, mesmo se fosse verdade <strong>que</strong> ninguém pode provar quando a vida<br />
começa, isso <strong>não</strong> é <strong>um</strong>a justificativa <strong>para</strong> o aborto legalizado.<br />
A posição pró-vida é <strong>que</strong> o <strong>não</strong> nascido deve <strong>ser</strong> deixado sozinho. Obviamente,<br />
<strong>um</strong>a pessoa <strong>não</strong> <strong>precisa</strong> provar nada sobre o nascituro <strong>para</strong> justificar essa visão. Por<br />
outro lado, a posição pró-escolha é <strong>que</strong> deve <strong>ser</strong> legal matar os nascituros aos milhões<br />
por<strong>que</strong> ninguém pode provar <strong>que</strong> eles são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos. Para avaliar o quanto<br />
isso é irracional, imagine <strong>que</strong> o juiz e o júri em <strong>um</strong> caso de assassinato condenaram <strong>um</strong><br />
homem à morte por<strong>que</strong> ninguém poderia provar <strong>que</strong> ele <strong>não</strong> era culpado. O público<br />
ficaria justificadamente enfurecido. Eles entendem <strong>que</strong> o Estado é <strong>que</strong>m está agindo e<br />
<strong>que</strong>, portanto, o ônus da prova pertence a eles. À acusação é necessário provar <strong>que</strong> o<br />
homem é culpado <strong>para</strong> condená-lo, mas a defesa <strong>não</strong> tem obrigação de provar nada <strong>para</strong><br />
justificar a sua ausência.<br />
Em outras palavras, nosso sistema judicial é projetado <strong>para</strong> errar do lado da vida.<br />
Preferimos deixar mil assassinos livres a <strong>que</strong> executar <strong>um</strong>a pessoa inocente.<br />
A <strong>que</strong>stão é por <strong>que</strong> <strong>não</strong> aplicamos esse padrão ao <strong>não</strong>-nascido. Por <strong>que</strong> <strong>não</strong><br />
estamos dizendo à turba pró-escolha: “Antes de deixarmos <strong>você</strong> matar o feto, <strong>você</strong> tem<br />
<strong>que</strong> provar <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos.” Afinal, dizer <strong>que</strong> ninguém sabe<br />
quando a vida começa é, no mínimo, <strong>um</strong> reconhecimento de <strong>que</strong> poderia começar na<br />
concepção. Não deveríamos deixar o feto em paz até descobrirmos com certeza? Dizer<br />
<strong>que</strong> podemos executar o feto por<strong>que</strong> ninguém pode provar quando a vida começa <strong>não</strong> é<br />
diferente do <strong>que</strong> dizer <strong>que</strong> podemos executar <strong>um</strong> acusado por assassinato por<strong>que</strong><br />
ninguém pode provar <strong>que</strong> ele é inocente.<br />
Surpreendentemente, quando encurralados sobre isso, alguns defensores do<br />
aborto arg<strong>um</strong>entarão <strong>que</strong> o aborto deve <strong>ser</strong> permitido mesmo se aceitarmos <strong>que</strong> os <strong>não</strong>nascidos<br />
sejam <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos. Então, se a h<strong>um</strong>anidade do nascituro é irrelevante<br />
ao decidir se podem <strong>ser</strong> mortos, por <strong>que</strong> a h<strong>um</strong>anidade de <strong>um</strong>a criança de cinco anos é<br />
relevante ao tomar a mesma decisão?<br />
Quanto a esta afirmação sem cérebro de <strong>que</strong> as mulheres devem ter permissão<br />
<strong>para</strong> decidir quando as vidas de seus filhos começaram, imagine duas crianças <strong>que</strong> são<br />
concebidas no mesmo momento. Três meses depois, <strong>um</strong>a mãe fala sobre seu bebê, sabe
seu sexo, nomeou-o e até o viu em <strong>um</strong>a tela de ultrassom. A outra mãe acredita <strong>que</strong> a<br />
vida de seu filho ainda <strong>não</strong> começou e decide matá-lo por meio de aborto. A<br />
mentalidade pró-escolha é <strong>que</strong> ambas as mães estão certas, apesar do fato de <strong>ser</strong><br />
logicamente impossível <strong>que</strong> isso seja verdade.<br />
Além disso, se as mulheres são a<strong>que</strong>las <strong>que</strong> decidem quando a vida começa, por<br />
<strong>que</strong> elas deveriam perder esse direito ao dar à luz? Se <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> acredita<br />
sinceramente <strong>que</strong> a vida <strong>não</strong> começa até <strong>que</strong> a criança fale, e mate a filha de três meses,<br />
ela deveria <strong>ser</strong> acusada de assassinato? O <strong>que</strong> faz a crença dela de <strong>que</strong> a vida começa<br />
após a criança poder falar menos válida do <strong>que</strong> a crença de outra mulher de <strong>que</strong> a vida<br />
começa no segundo trimestre, ou no nascimento, ou em qual<strong>que</strong>r outro ponto<br />
arbitrariamente escolhido? E o <strong>que</strong> dá à sociedade o direito de acusar essa mulher de<br />
assassinato, enquanto diz <strong>que</strong> as mulheres são as <strong>que</strong> decidem quando a vida começa?<br />
Não gosta de aborto? É só <strong>não</strong> fazer.<br />
Esse tipo de arrogância é típico de pessoas <strong>que</strong> reconhecem <strong>que</strong> sua posição próescolha<br />
<strong>não</strong> pode <strong>ser</strong> defendida por seus próprios méritos. É claro <strong>que</strong> deve <strong>ser</strong> difícil<br />
tentar tornar atraente a prática de transformar mães de bebês vivos em mães de bebês<br />
mortos.<br />
No entanto, essa ideia de “<strong>não</strong> gosta - <strong>não</strong> faça” tem possibilidades. Na verdade,<br />
é <strong>um</strong> conceito <strong>que</strong> o movimento pró-vida poderia apoiar entusiasticamente. Tudo o <strong>que</strong><br />
pedimos é <strong>que</strong> a mesma oferta seja estendida aos nascituros. Isso só parece justo, dado<br />
<strong>que</strong> toda vez <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mãe faz <strong>um</strong> aborto, seu bebê também possa fazer <strong>um</strong>. Já <strong>que</strong><br />
parece improvável <strong>que</strong> crianças <strong>não</strong>-nascidas gostem de aborto, sob essa filosofia “<strong>não</strong><br />
gosto - <strong>não</strong> faço”, elas deveriam ter a opção de <strong>não</strong> fazer <strong>um</strong>.<br />
Isso levanta <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão interessante. Todas essas pessoas <strong>que</strong> se dizem próescolha<br />
ainda <strong>ser</strong>iam pró-escolha se pudessem voltar no tempo e <strong>ser</strong>em escolhidas? Se<br />
fosse possível colocá-los de volta no útero da mãe e depois entrevistá-los lá, eles ainda<br />
teriam essa atitude cínica de “<strong>não</strong> gostar do aborto é só <strong>não</strong> fazer <strong>um</strong>”? Eles ainda<br />
estariam fazendo esse tipo de declaração idiota se fossem eles a <strong>ser</strong>em destruídos vivos,<br />
enterrados em <strong>um</strong> triturador de lixo e jogados no sistema de esgoto da cidade?<br />
Nenh<strong>um</strong>a mulher jamais quis <strong>um</strong> aborto. Elas só fazem isso quando têm boas<br />
razões.<br />
Se é verdade <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong>a mulher jamais quis <strong>um</strong> aborto, por <strong>que</strong> o aborto é a<br />
solução inevitável da máfia pró-escolha <strong>para</strong> mulheres com gravidez <strong>não</strong> planejada? É<br />
como dizer <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong> indivíduo depressivo e autodestrutivo <strong>que</strong>r cometer suicídio,<br />
então vamos ajudá-lo vendendo <strong>um</strong>a pistola. A <strong>que</strong>stão é, se o lobby do aborto se<br />
preocupa tanto com as mulheres, por <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> estão ajudando-as a <strong>não</strong> fazer o <strong>que</strong><br />
todos concordam <strong>que</strong> <strong>não</strong> <strong>que</strong>rem fazer? É por<strong>que</strong> eles estão no ramo de armas?<br />
Quanto às razões pelas quais as mulheres fazem abortos, isso é irrelevante. Se os<br />
nascituros <strong>não</strong> são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos, nenh<strong>um</strong>a justificativa <strong>para</strong> o aborto é<br />
necessária. Se eles são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos, nenh<strong>um</strong>a justificativa <strong>para</strong> o aborto é<br />
possível.
Proibir o aborto <strong>não</strong> vai acabar ele. As mulheres sempre farão abortos.<br />
Usando esse tipo de lógica sem sentido, nada deveria <strong>ser</strong> ilegal. Afinal, proibir<br />
estupro, assalto à mão armada, assassinato e roubo de carros também <strong>não</strong> os impediu.<br />
Então, se vamos apenas implementar as leis <strong>que</strong> são 100% eficazes, pelo raciocínio da<br />
gangue pró-escolha, devemos tornar essas coisas legais também.<br />
A realidade é <strong>que</strong> as leis são promulgadas por<strong>que</strong> a sociedade determinou <strong>que</strong> o<br />
comportamento em <strong>que</strong>stão é abominável, <strong>não</strong> por<strong>que</strong> a sociedade acredita <strong>que</strong> a lei<br />
pode erradicá-lo completamente.<br />
O feto é apenas <strong>um</strong>a vida h<strong>um</strong>ana em potencial.<br />
Somente através da estupidez entorpecente alguém poderia sugerir <strong>que</strong>, quando<br />
o esperma h<strong>um</strong>ano e os óvulos h<strong>um</strong>anos se unem, eles produzem algo <strong>que</strong> é apenas<br />
"vida h<strong>um</strong>ana em potencial".<br />
Se a palavra "potencial" está sugerindo <strong>que</strong> o feto só é potencialmente vivo, isso<br />
é facilmente desmentido. Mesmo nos primeiros estágios da gravidez, os exames de<br />
ultrassom mostram movimentos e batimentos cardíacos <strong>que</strong> <strong>não</strong> pertencem à mulher.<br />
Qual<strong>que</strong>r <strong>que</strong> seja o feto, é impossível arg<strong>um</strong>entar logicamente <strong>que</strong> <strong>não</strong> está, pelo<br />
menos, vivo.<br />
Por outro lado, <strong>para</strong> o “potencial” estar se referindo à palavra h<strong>um</strong>ano, <strong>um</strong> feto<br />
teria <strong>que</strong> ter o potencial de se tornar <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano ou alg<strong>um</strong>a outra forma de vida.<br />
Talvez <strong>um</strong> papagaio ou <strong>um</strong>a aranha. Claro, o problema é <strong>que</strong> <strong>não</strong> há registro de tal coisa<br />
ter ocorrido.<br />
Assim, embora possa <strong>ser</strong> razoável dizer <strong>que</strong> <strong>um</strong> feto é <strong>um</strong>a potencial estrela da<br />
liga principal de beisebol ou <strong>um</strong> professor em potencial, é idiota dizer <strong>que</strong> <strong>um</strong> feto é <strong>um</strong><br />
<strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano em potencial. Se <strong>não</strong> por outro motivo, o feto é <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano vivo por<strong>que</strong><br />
é a única coisa <strong>que</strong> pode <strong>ser</strong>.<br />
Além disso, se a <strong>que</strong>stão é "desenvolvimento", <strong>não</strong> vamos es<strong>que</strong>cer <strong>que</strong> os <strong>ser</strong>es<br />
h<strong>um</strong>anos se desenvolvem por toda a vida. Um feto é menos desenvolvido do <strong>que</strong> <strong>um</strong><br />
recém-nascido, assim como a criança é menos desenvolvida <strong>que</strong> <strong>um</strong> adulto. Mas <strong>ser</strong><br />
menos desenvolvida do <strong>que</strong> <strong>um</strong> adulto <strong>não</strong> significa <strong>que</strong> <strong>um</strong>a criança seja menos <strong>um</strong> <strong>ser</strong><br />
h<strong>um</strong>ano. Isso também é verdade <strong>para</strong> o nascituro.<br />
Pró-vidas <strong>não</strong> são os únicos <strong>que</strong> sabem <strong>que</strong> é <strong>um</strong> bebê <strong>que</strong> é morto em <strong>um</strong><br />
aborto. Em <strong>um</strong>a conferência da Federação Nacional do Aborto na Filadélfia em<br />
setembro de 1994, a diretora da clínica de aborto do Texas, Charlotte Taft, disse:<br />
“Quando [<strong>um</strong>a ativista pró-escolha na comunidade de Dallas] entrou em nossa clínica -<br />
nós a convidamos <strong>para</strong> aprender mais sobre abortos - esta é <strong>um</strong>a citação dessa mulher -<br />
ela disse: "Se eu acreditasse <strong>que</strong> o aborto era o fim deliberado de <strong>um</strong>a vida h<strong>um</strong>ana em<br />
potencial, eu <strong>não</strong> poderia <strong>ser</strong> pró-escolha". Eu disse: 'Seria melhor <strong>você</strong> <strong>não</strong> ver <strong>um</strong><br />
ultrassom'”.
Menos de dois anos depois, em outra conferência da Federação Nacional do Aborto em<br />
São Francisco, Merle Hoffman, diretora da clínica de abortos de Nova York, declarou<br />
“… Quer dizer, estamos falando de <strong>um</strong> aborto aqui. E também <strong>que</strong> a equipe está<br />
desconfortável quando <strong>um</strong> paciente disse: "Acho <strong>que</strong> estou matando meu bebê". Então<br />
estou confortável em dizer: 'Sim, <strong>você</strong> está, e como <strong>você</strong> se sente sobre isso?'”<br />
A<strong>que</strong>las imagens gráficas do aborto <strong>não</strong> são reais. Eles são natimortos e abortos<br />
espontâneos.<br />
Para começar, por <strong>que</strong> <strong>precisa</strong>ríamos usar fotos falsas quando bebês mortos<br />
podem <strong>ser</strong> encontrados em lixeiras de clínicas de aborto?<br />
Mais importante, onde teríamos bebês natimortos <strong>para</strong> fotografar? Bebês<br />
nascidos mortos são legalmente obrigados a <strong>ser</strong>em enviados <strong>para</strong> <strong>um</strong>a casa funerária<br />
<strong>para</strong> embalsamamento e enterro ou cremação. Além disso, se a<strong>que</strong>les bebês mortos<br />
eram natimortos e <strong>não</strong> abortados, de onde vieram todas as feridas e partes do corpo<br />
arrancadas? Alguém acredita <strong>ser</strong>iamente <strong>que</strong> os hospitais nos fornecem cadáveres de<br />
bebês, os quais nós então batemos até virar <strong>um</strong>a polpa, desmembramos e fotografamos?<br />
Quando ocorrem os abortos espontâneos, o padrão médico de atendimento é <strong>que</strong><br />
o material é enviado <strong>para</strong> <strong>um</strong> relatório de patologia. Então, por <strong>que</strong> <strong>um</strong> médico o daria<br />
ao movimento pró-vida <strong>para</strong> fotografar? Talvez a multidão pró-escolha esteja<br />
insinuando <strong>que</strong> essas fotos vêm de mulheres <strong>que</strong> têm abortos espontâneos em casa.<br />
Poderia <strong>ser</strong>. Afinal, quando <strong>um</strong>a mulher perde o bebê, a primeira coisa em <strong>que</strong><br />
provavelmente pensa é alertar o movimento pró-vida <strong>para</strong> <strong>que</strong> possamos nos apressar<br />
com nossas luzes e câmeras.<br />
Naturalmente, a verdadeira <strong>que</strong>stão é por <strong>que</strong> o lobby do aborto fica tão histérico<br />
com essas fotos. Se o aborto legal é <strong>um</strong>a coisa tão positiva, <strong>para</strong> <strong>não</strong> mencionar <strong>um</strong><br />
"direito constitucional fundamental", essas fotos deveriam <strong>ser</strong> encontradas em todos os<br />
anúncios da clínica de aborto e em cartazes pendurados nos escritórios de todos os<br />
políticos pró-escolha nos Estados Unidos.<br />
É o máximo em hipocrisia essas pessoas se oporem quando mostramos os corpos<br />
dos bebês <strong>que</strong> eles mataram e <strong>não</strong> somos os únicos <strong>que</strong> reconhecem isso. Em <strong>um</strong> artigo,<br />
Nossos Corpos, Nossas Almas, publicado na revista The New Republic em 16 de<br />
outubro de 1995, a raivosa pró-<strong>abortista</strong> Naomi Wolf declarou: “Essas fotografias são<br />
de fato fotografias de dilatação e curetagem reais; essas pegadas são na verdade as<br />
pegadas de <strong>um</strong> feto de 10 semanas de idade; o slogan pró-vida: "o aborto <strong>para</strong> n<strong>um</strong><br />
coração pulsante" é incontestavelmente verdadeiro. Enquanto as imagens de morte fetal<br />
violenta trabalham magnificamente <strong>para</strong> os pró-vida como polêmicas políticas, as<br />
imagens <strong>não</strong> são polêmicas em si: são fatos biológicos… Como podemos dizer <strong>que</strong> é vil<br />
e repulsivo <strong>para</strong> os pró-vida brandir imagens vis e repulsivas se as imagens são reais?<br />
Insistir <strong>que</strong> a verdade é de mau gosto é o cúmulo da hipocrisia”.<br />
A multidão pró-escolha faz <strong>um</strong>a birra sobre essas fotografias pela mesma razão<br />
<strong>que</strong> elas entram em pânico com tecnologias como o ultrassom 4-D e colorido. Ambas<br />
expõem realidades <strong>que</strong> a indústria do aborto <strong>precisa</strong> desesperadamente manter<br />
escondidas. A ultrassonografia transforma o arg<strong>um</strong>ento de <strong>que</strong> crianças <strong>não</strong>-nascidas<br />
são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos de <strong>um</strong>a crença <strong>para</strong> <strong>um</strong> fato ob<strong>ser</strong>vável e as fotos provam <strong>que</strong>
o aborto é o assassinato brutal dessas crianças. Para os pró-abortos, isso é <strong>um</strong> golpe<br />
devastador. Eles percebem <strong>que</strong> quando as pessoas vêem essas imagens, a única maneira<br />
de apoiar o +aborto legalizado é negar o <strong>que</strong> estão vendo com seus próprios olhos ou<br />
endurecer o coração delas.<br />
Eu pessoalmente me oponho ao aborto, mas <strong>não</strong> posso infligir minhas crenças aos<br />
outros.<br />
A única base <strong>para</strong> se opor ao aborto é o reconhecimento de <strong>que</strong> é o assassinato<br />
de <strong>um</strong>a criança. Portanto, quando alguém ass<strong>um</strong>e essa posição “pessoalmente oposta”, o<br />
<strong>que</strong> ele está dizendo é: “Eu entendo <strong>que</strong> o aborto é o massacre intencional de crianças<br />
indefesas, mas <strong>não</strong> vou fazer nada <strong>para</strong> pará-lo”.<br />
Isso levanta a <strong>que</strong>stão: <strong>que</strong> outros <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos inocentes essa pessoa acha <strong>que</strong><br />
deveria <strong>ser</strong> permitido matar? Além disso, ele é igualmente tolerante em outras <strong>que</strong>stões?<br />
Pres<strong>um</strong>ivelmente, também “se opõe pessoalmente” ao estupro, roubo à mão armada,<br />
discriminação racial e espancamento de esposas. Ele tem alg<strong>um</strong> problema em infligir<br />
suas crenças pessoais em relação a esses problemas?<br />
Que discurso hipócrita! É especialmente fraudulento <strong>para</strong> os políticos tomarem<br />
essa posição. Infligir suas opiniões sobre os outros é, <strong>precisa</strong>mente, <strong>para</strong> isso <strong>que</strong> os<br />
legisladores são eleitos e cada voto <strong>que</strong> eles dão <strong>ser</strong>ve exatamente a esse fim. Além<br />
disso, se <strong>um</strong> político <strong>não</strong> for guiado por seus pontos de vista pessoais, então a) por <strong>que</strong><br />
ele se importaria em nos dizer quais são suas opiniões pessoais e b) exatamente dos<br />
pontos de vista pessoais de <strong>que</strong>m ele <strong>ser</strong>á guiado?<br />
Os políticos <strong>que</strong> dizem <strong>que</strong> são cristãos, mas <strong>que</strong> <strong>não</strong> imporão suas crenças<br />
religiosas aos outros, também são fraudes. Se alg<strong>um</strong> sujeito alegar <strong>ser</strong> cristão enquanto<br />
possuir <strong>um</strong>a cadeia de cinemas triplo X e lojas pornôs, ninguém acreditaria <strong>que</strong> ele é<br />
sincero sobre sua fé. Isso também se aplica aos políticos. Quando <strong>um</strong>a pessoa diz <strong>que</strong> se<br />
sua fé colide com sua política, é sua fé <strong>que</strong> <strong>ser</strong>á preterida, o <strong>que</strong> ele está realmente<br />
dizendo é <strong>que</strong> Deus <strong>não</strong> pode confiar nele. Então, por <strong>que</strong> deveríamos?<br />
É claro <strong>que</strong>, quando se trata dessa <strong>que</strong>stão de “forçar crenças”, o ponto mais<br />
importante é <strong>que</strong> de 45 a 50 milhões de bebês mortos tiveram as crenças da máfia próescolha<br />
forçadas a eles.<br />
Conheci várias mulheres <strong>que</strong> abortaram e absolutamente <strong>não</strong> se arrependeram.<br />
Adolf Eichmann foi <strong>para</strong> sua execução dizendo <strong>que</strong> <strong>não</strong> se arrependia de sua<br />
participação no holocausto nazista. Isso <strong>não</strong> faz o <strong>que</strong> ele fez defensável. A falta de<br />
arrependimento relaciona-se com a consciência da pessoa <strong>que</strong> age, <strong>não</strong> com a correção<br />
do ato. Se alg<strong>um</strong> pervertido agride sexualmente a filha de cinco anos do vizinho, se ele<br />
lamenta ou <strong>não</strong>, isso é irrelevante.<br />
Agora, se realmente qui<strong>ser</strong>mos ver o papel <strong>que</strong> o arrependimento desempenha na<br />
<strong>que</strong>stão do aborto, vamos entrevistar as mulheres <strong>que</strong> lidaram com gestações <strong>não</strong><br />
planejadas no passado. Vamos perguntar à<strong>que</strong>las <strong>que</strong> abortaram se agora desejaram ter<br />
dado à luz, e perguntar à<strong>que</strong>las <strong>que</strong> deram à luz se agora desejariam ter abortado. O <strong>que</strong><br />
vamos descobrir é <strong>que</strong> <strong>para</strong> cada mulher <strong>que</strong> diz <strong>que</strong> lamenta dar vida a seu filho,
milhares dirão <strong>que</strong> se arrependem de ter matado a deles. Isso explica por <strong>que</strong> agora<br />
existem literalmente milhares de grupos de apoio em todos os EUA <strong>para</strong> ajudar as<br />
mulheres a superar o desastre emocional do aborto, mas ninguém achou necessário<br />
iniciar <strong>um</strong> grupo de apoio <strong>para</strong> ajudar as mulheres a lidar com o impacto emocional de<br />
deixar seus filhos viverem.<br />
O fato é <strong>que</strong>, depois de mais de 30 anos de aborto legal, se há <strong>um</strong>a coisa <strong>que</strong><br />
sabemos com certeza, é <strong>que</strong> os arrependimentos de <strong>um</strong>a decisão de aborto são<br />
experimentados apenas por mulheres <strong>que</strong> os fazem – jamais por a<strong>que</strong>las <strong>que</strong> <strong>não</strong>.<br />
Vocês, pró-vida, já pensaram na possibilidade de estarem errados?<br />
Qual<strong>que</strong>r <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano racional considera essa possibilidade em qual<strong>que</strong>r posição<br />
<strong>que</strong> tome. No entanto, esta <strong>que</strong>stão é mais adequada <strong>para</strong> os nossos adversários. Se o<br />
movimento pró-vida está errado, então somos culpados de tentar negar às mulheres <strong>um</strong><br />
direito constitucional. Mas se o lado pró-escolha está errado, então eles são diretamente<br />
responsáveis pelo assassinato em massa de crianças inocentes. Então a <strong>que</strong>stão é, <strong>ser</strong>ia<br />
melhor <strong>ser</strong> pró-vida e estar errado ou pró-escolha e estar errado?<br />
Sou pró-escolha, mas me sinto desconfortável com a ideia de mulheres tendo vários<br />
abortos.<br />
Hoje, até mesmo as próprias estatísticas da indústria do aborto mostram <strong>que</strong><br />
quase metade de todos os abortos é repetida por <strong>que</strong>m já fez e <strong>que</strong> <strong>não</strong> é incom<strong>um</strong> <strong>que</strong><br />
as mulheres façam vários abortos. Essas revelações forçaram a multidão pró-escolha a<br />
entrar no modo “controle de danos”. Eles sempre dis<strong>ser</strong>am <strong>que</strong> o aborto nunca <strong>ser</strong>ia<br />
usado como controle de natalidade e <strong>que</strong> as mulheres o usariam de forma responsável e<br />
apenas nas mais raras circunstâncias. Para eles defenderem agora repetidos abortos <strong>não</strong><br />
apenas confirmariam o fato de <strong>que</strong> estavam mentindo todos esses anos, mas também<br />
<strong>ser</strong>ia <strong>um</strong> pesadelo <strong>para</strong> a <strong>que</strong>stão das relações públicas.<br />
Assim, a estratégia de controle de danos dos pró-abortos é criar a ilusão de <strong>que</strong><br />
nem eles apoiam mulheres com múltiplos abortos. A boa notícia é <strong>que</strong> sua nova posição<br />
é ilógica e facilmente exposta.<br />
Imagine <strong>que</strong> cinco mulheres tenham feito seu primeiro aborto hoje e <strong>um</strong>a sexta<br />
mulher teve seu quinto aborto. De acordo com o padrão recém-inventado do lobby do<br />
aborto, o <strong>que</strong> as cinco mulheres fizeram está bem, mas o comportamento da sexta<br />
mulher é inaceitável. A falha óbvia é <strong>que</strong>, em ambos os casos, o mesmo número de<br />
abortos aconteceu. Em res<strong>um</strong>o, pelo raciocínio da indústria do aborto, <strong>não</strong> há problema<br />
em cinco mulheres matarem cinco crianças, mas é errado <strong>um</strong>a mulher matar cinco<br />
crianças.<br />
A realidade é <strong>que</strong> os abortos repetidos são <strong>um</strong>a progressão natural e lógica da<br />
mentalidade pró-escolha. Afinal, se o aborto voluntário é moralmente defensável e se<br />
<strong>não</strong> é a tomada de <strong>um</strong>a vida h<strong>um</strong>ana inocente, então <strong>não</strong> há base racional <strong>para</strong> dizer <strong>que</strong><br />
é errado <strong>um</strong>a mulher ter 10 ou 20 ou <strong>um</strong>a centena de abortos.<br />
Na análise final, o aborto está certo ou <strong>não</strong>, e a frequência com <strong>que</strong> isso acontece<br />
<strong>não</strong> tem relação com essa <strong>que</strong>stão. Além disso, é <strong>um</strong>a hipocrisia nua <strong>para</strong> a máfia da
escolha defender o aborto como <strong>um</strong> direito constitucional <strong>que</strong> protege as mulheres <strong>para</strong><br />
então virar e criticar a<strong>que</strong>las mulheres <strong>que</strong> exercem livremente - ou mesmo<br />
repetidamente - esse direito.<br />
Qual é o grande problema? O aborto é apenas <strong>um</strong> procedimento simples de cinco<br />
minutos.<br />
E daí? Um criminoso pode segurar <strong>um</strong>a loja de conveniência e matar todo<br />
mundo no local em menos de cinco minutos. Um motorista bêbado pode matar <strong>um</strong>a<br />
família inteira em <strong>um</strong>a fração de segundo. Em cinco minutos, <strong>um</strong>a mulher pode <strong>ser</strong><br />
estuprada e assassinada. Estes são apenas alguns exemplos de “procedimentos simples”<br />
<strong>que</strong> levam pouco tempo <strong>para</strong> <strong>ser</strong>em realizados. Então, qual é o significado de quanto<br />
tempo leva <strong>um</strong> aborto?<br />
Imagine <strong>que</strong> <strong>um</strong>a menina está prestes a <strong>ser</strong> abortada, mas em vez de fazê-lo<br />
dentro do útero, ela é retirada e colocada em <strong>um</strong>a mesa. Então, seus braços são<br />
arrancados, suas pernas são arrancadas, seu peito é esmagado, seu crânio é destroçado,<br />
fazendo com <strong>que</strong> seu cérebro se derrame, etc. Haverá também <strong>um</strong> monitor ligado a ela<br />
<strong>para</strong> <strong>que</strong> possamos ver seu coração dis<strong>para</strong>r quando este procedimento simples começa.<br />
A única diferença entre este aborto extra-uterino e os outros 3.000 abortos intrauterinos<br />
<strong>que</strong> acontecem hoje é <strong>que</strong> este <strong>ser</strong>á apresentado ao vivo na televisão nacional.<br />
A <strong>que</strong>stão é: a reação do público ao <strong>que</strong> viram foi influenciada pelo fato de <strong>que</strong> levou<br />
apenas cinco minutos?<br />
Ninguém tem o direito de dizer a <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> ela tem <strong>que</strong> ter <strong>um</strong> filho.<br />
O movimento pró-vida nunca sugeriu <strong>que</strong> as mulheres deveriam ter filhos. No<br />
entanto, é <strong>um</strong> fato biológico <strong>que</strong> quando <strong>um</strong>a mulher está grávida ela já tem <strong>um</strong> filho.<br />
Nosso arg<strong>um</strong>ento é <strong>que</strong> essa criança inocente <strong>não</strong> deve <strong>ser</strong> assassinada.<br />
Esta é a decisão mais difícil <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher jamais tomará. Ninguém tem o<br />
direito de interferir.<br />
Assassinar seu filho deve <strong>ser</strong> <strong>um</strong>a decisão difícil. Imaginem como <strong>um</strong>a mulher<br />
teria sangue frio <strong>para</strong> dizer <strong>que</strong> <strong>não</strong> é grande coisa. Mas simplesmente por<strong>que</strong> <strong>um</strong>a<br />
decisão é dura, <strong>não</strong> significa <strong>que</strong> seja moralmente defensável ou <strong>que</strong> vá além do<br />
interesse legítimo da lei. Se <strong>um</strong> homem está pensando em matar sua filha de 10 anos<br />
<strong>para</strong> cobrar <strong>um</strong>a apólice de seguro, pode <strong>ser</strong> a decisão mais difícil <strong>que</strong> ele já teve <strong>que</strong><br />
tomar, mas isso <strong>não</strong> significa <strong>que</strong> deva <strong>ser</strong> legal.<br />
Naturalmente, a verdadeira <strong>que</strong>stão é: por <strong>que</strong> o aborto é a decisão mais difícil<br />
<strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher tomará? Talvez seja por<strong>que</strong> dentro de cada mulher <strong>que</strong> se submete a<br />
<strong>um</strong> aborto, há a percepção de <strong>que</strong> ela está assassinando seu próprio bebê.<br />
Com o aborto proibido, as mulheres são mortas em abortos clandestinos.<br />
Praticamente todos os estudos sobre este assunto concluíram <strong>que</strong> as mortes e<br />
ferimentos devido ao aborto ilegal são exagerados e <strong>que</strong> a grande maioria dos abortos<br />
ilegais é feita por médicos licenciados <strong>que</strong> estão simplesmente infringindo a lei.
Nos EUA, os apologistas do aborto <strong>não</strong> só mentem quando dizem <strong>que</strong> milhares de<br />
mulheres morriam todos os anos de abortos de fundo de quintal, mas a própria pesquisa<br />
prova isso. Números divulgados em 1986 pelo Instituto Alan Guttmacher (o braço de<br />
pesquisa da Planned Parenthood) mostram <strong>que</strong> nos 15 anos anteriores à legalização do<br />
aborto, o número médio de mulheres <strong>que</strong> morreram de abortos ilegais era de 136 por<br />
ano e caindo.<br />
Obviamente, é <strong>um</strong>a tragédia quando <strong>um</strong>a mulher jovem perde a vida dessa<br />
maneira. No entanto, existe <strong>um</strong>a maneira de proteger as mulheres contra abortos ilegais<br />
sem massacrar milhões de crianças indefesas.<br />
A primeira coisa a ter em mente é <strong>que</strong> os pró-vida <strong>não</strong> fazem abortos. Se o<br />
aborto for banido hoje e <strong>abortista</strong>s ilegais começarem a surgir na próxima semana, cada<br />
<strong>um</strong> deles <strong>ser</strong>ia alguém pró-escolha. De fato, toda mulher <strong>que</strong> foi morta ou mutilada<br />
durante <strong>um</strong> aborto - seja legal ou ilegal - foi morta ou mutilada por alguém <strong>que</strong> era próescolha.<br />
Em outras palavras, quando o lobby do aborto diz: “Se o aborto é ilegal, as<br />
mulheres vão morrer”, o <strong>que</strong> elas estão dizendo é: “Se <strong>você</strong> nos impedir de matar bebês,<br />
vamos começar a matar mulheres”.<br />
Então, claramente, a solução <strong>para</strong> o problema do aborto clandestino é <strong>que</strong> a corja<br />
pró-escolha concorde em <strong>não</strong> fazê-lo. Eles também poderiam nos ajudar a aprovar leis<br />
<strong>que</strong> exigem <strong>que</strong>: a) as pessoas <strong>que</strong> cometem abortos ilegais sejam processadas sob os<br />
mesmos estatutos de homicídio <strong>que</strong> se aplicam a qual<strong>que</strong>r outro assassino contratado e,<br />
b) qual<strong>que</strong>r pessoa <strong>que</strong> coage <strong>um</strong>a mulher a fazer <strong>um</strong> aborto ilegal, ou ajuda a organizar<br />
<strong>um</strong> aborto ilegal, deve <strong>ser</strong> acusado como <strong>um</strong> cúmplice <strong>para</strong> o homicídio.<br />
Claro, essas pessoas nunca vão concordar com isso por<strong>que</strong> eles nunca se<br />
preocu<strong>para</strong>m com essa <strong>que</strong>stão <strong>para</strong> começar. Eles simplesmente <strong>que</strong>riam fazer parecer<br />
<strong>que</strong> somos responsáveis pelas mulheres grávidas <strong>que</strong> eles estão ameaçando matar. O<br />
fato é <strong>que</strong> toda vez <strong>que</strong> <strong>um</strong> desses fanáticos radicais pró-escolha grita sobre cabides<br />
sujos e abortos clandestinos, o sangue está em suas mãos - <strong>não</strong> nas nossas.<br />
Além disso, se a motivação <strong>para</strong> o aborto legalizado é realmente salvar as vidas<br />
das mulheres, por <strong>que</strong> <strong>não</strong> legalizamos o estupro? Afinal, <strong>não</strong> é incom<strong>um</strong> <strong>que</strong> <strong>um</strong>a<br />
mulher seja morta por <strong>um</strong> estuprador <strong>para</strong> impedi-la de identificá-lo às autoridades. O<br />
estupro legalizado salvaria essas mulheres tirando essa motivação. Nós também<br />
poderíamos criar clínicas de estupro, onde estupradores poderiam levar suas vítimas.<br />
Esses centros poderiam oferecer salas limpas, máquinas de pre<strong>ser</strong>vativos, contracepção<br />
de emergência e talvez até médicos com equipe, caso o estuprador ferisse sua vítima.<br />
Poderíamos até emitir licenças <strong>para</strong> estupradores, exigindo <strong>que</strong> eles passassem por<br />
testes de rotina <strong>para</strong> a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis.<br />
Lembre-se, o arg<strong>um</strong>ento pró-escolha é <strong>que</strong> as mulheres vão ter abortos,<br />
independentemente do <strong>que</strong> a lei diga e <strong>que</strong> manter o aborto legal fará com <strong>que</strong> eles<br />
ocorram em <strong>um</strong> ambiente limpo e seguro. Essas dinâmicas também se aplicam ao<br />
estupro. Manter o estupro ilegal <strong>não</strong> impediu <strong>que</strong> as mulheres fossem estupradas, então<br />
por <strong>que</strong> <strong>não</strong> tentar, pelo menos, prevenir estupros no beco? Por mais ridícula e absurda<br />
<strong>que</strong> seja essa sugestão, se o objetivo é salvar a vida das mulheres, faz exatamente tanto<br />
sentido quanto legalizar o aborto.
Quando a filha de <strong>um</strong> pró-vida engravida, ele rapidamente se converte em próescolha.<br />
Implicar <strong>que</strong> é com<strong>um</strong> <strong>que</strong> os pró-vida façam aborto é <strong>um</strong>a mentira descarada,<br />
mas quando isso acontece simplesmente reforça a posição pró-vida. Se mesmo pessoas<br />
<strong>que</strong> sabem <strong>que</strong> o aborto é assassinato, se receberem a pressão correta, se submetem a<br />
ele, então fica ainda mais óbvio <strong>que</strong> os nascituros devem ter suas vidas protegidas pela<br />
lei. Além disso, sugerir <strong>que</strong> a posição pró-escolha é justificada por<strong>que</strong> alguns pró-vida<br />
levaram suas filhas <strong>para</strong> o aborto, é tão ilógico quanto dizer <strong>que</strong> o estupro é justificado<br />
por<strong>que</strong> alguns policiais cometeram estupro.<br />
Que tal <strong>um</strong>a menina de 14 anos <strong>que</strong> se encontra grávida?<br />
Nenh<strong>um</strong>a menina de 14 anos "se encontrou" grávida. Ela ficou grávida. Esta<br />
retórica enganosa destina-se a racionalizar o aborto, projetando mulheres como vítimas<br />
de suas gravidezes, em vez de participantes ativas delas.<br />
Alguém pode se opor ao aborto, mas ainda <strong>ser</strong> pró-escolha.<br />
Isso definitivamente é mentira. As únicas pessoas neste país <strong>que</strong> realmente se<br />
opõem ao aborto são a<strong>que</strong>las <strong>que</strong> pedem <strong>que</strong> o nascituro seja protegido por lei. Esta é<br />
simplesmente a retórica das pessoas <strong>que</strong> <strong>que</strong>rem ter seu bolo e comê-lo também. Por <strong>um</strong><br />
lado, eles reconhecem e <strong>que</strong>rem <strong>para</strong> si a superioridade moral da posição pró-vida. Por<br />
outro lado, eles <strong>não</strong> têm o caráter e coragem <strong>para</strong> lutar por isso.<br />
Essa posição é semelhante à “pessoalmente oposta”, discutida acima.<br />
Novamente, <strong>não</strong> há razão <strong>para</strong> se opor ao aborto, exceto o reconhecimento de <strong>que</strong> é o<br />
assassinato de <strong>um</strong>a criança. Então, o <strong>que</strong> essas pessoas estão realmente dizendo é: “Eu<br />
nunca mataria meu bebê, mas <strong>não</strong> impediria <strong>que</strong> alguém matasse o bebê deles”.<br />
Para ver quão verdadeiramente asinino é isso, imagine alguém <strong>que</strong> diz: "Eu<br />
nunca possuiria <strong>um</strong> escravo, mas eu <strong>não</strong> impediria <strong>que</strong> outra pessoa possuísse <strong>um</strong>."<br />
Podemos honestamente concluir <strong>que</strong> tal pessoa se opõe à escravidão?<br />
E quanto à superpopulação?<br />
É discutível se a superpopulação é <strong>um</strong> problema ou <strong>não</strong>. Alguns dados recentes<br />
sugerem <strong>que</strong> <strong>um</strong> problema maior é o declínio das taxas de natalidade <strong>que</strong> se<strong>que</strong>r<br />
recompõe as populações existentes. No entanto, se a superpopulação é <strong>um</strong> problema,<br />
por <strong>que</strong> limitar nossas opções a apenas matar o feto? Seria fácil estabelecer <strong>um</strong> limite<br />
legal <strong>para</strong> a vida na outra extremidade e reforçá-la por meio da eutanásia obrigatória em<br />
<strong>um</strong>a idade pré-determinada. No mínimo, deveríamos imediatamente proibir qual<strong>que</strong>r<br />
pesquisa médica <strong>que</strong> tenha a intenção de prolongar a vida. Afinal, se a superpopulação é<br />
realmente <strong>um</strong> problema, <strong>não</strong> faz sentido gastar bilhões de dólares todos os anos<br />
procurando maneiras de fazer as pessoas viverem mais.
Na verdade, sejam proibições de pesquisa ou eutanásia obrigatória, a eliminação<br />
dos idosos faz mais sentido do <strong>que</strong> matar os <strong>não</strong>-nascidos. Os idosos consomem mais<br />
recursos e sobrecarregam nosso sistema de saúde. Com a nossa população crescendo e<br />
muitos se aposentam todos os anos, esse plano pode <strong>ser</strong> exatamente o <strong>que</strong> <strong>precisa</strong>mos<br />
<strong>para</strong> poupar o Medicare (SUS) e a Previdência Social.<br />
O fato de a Ku Klux Klan <strong>ser</strong> pró-vida mostra apenas <strong>que</strong> tipos de fanáticos se<br />
opõem ao aborto legal.<br />
Para entender como declarações absurdamente estúpidas como essa são, imagine<br />
<strong>que</strong> a KKK anunciou <strong>que</strong> se opõem ao adultério. Deveríamos então concluir <strong>que</strong> <strong>que</strong>m<br />
se opõe ao adultério é racista?<br />
Na verdade, o <strong>que</strong> esses apologistas do aborto <strong>precisa</strong>m pensar é sobre o fato de<br />
<strong>que</strong> até mesmo os homens da KKK têm moral suficiente <strong>para</strong> <strong>ser</strong> contra o abate de<br />
crianças. Enquanto isso <strong>não</strong> pode dizer muito sobre o Klan, certamente fala muito sobre<br />
a multidão pró-escolha.
DESIGUALDADE SOCIAL E ABORTO<br />
E o caso da mulher <strong>que</strong> <strong>não</strong> pode sustentar outra criança ou <strong>não</strong> está pronta <strong>para</strong><br />
<strong>ser</strong> mãe?<br />
Para começar, quando <strong>um</strong>a mulher está grávida, esteja ela pronta ou <strong>não</strong>, ela já é<br />
mãe. Nesse ponto, sua única “escolha” é <strong>ser</strong> mãe de <strong>um</strong> bebê vivo ou de <strong>um</strong> bebê morto.<br />
Em segundo lugar, a pobreza <strong>não</strong> é <strong>um</strong>a justificativa <strong>para</strong> matar seus filhos.<br />
Ninguém desculparia <strong>um</strong> pai por matar sua filha de cinco anos por<strong>que</strong> ele <strong>não</strong> podia<br />
mais sustentá-la.<br />
Além disso, as próprias estatísticas da indústria do aborto provam <strong>que</strong> quase<br />
todo aborto praticado <strong>não</strong> guarda relação com a pobreza, mas é vendido a <strong>um</strong>a mulher<br />
<strong>que</strong> simplesmente <strong>não</strong> <strong>que</strong>ria ter engravidado.<br />
Uma ob<strong>ser</strong>vação interessante sobre a relação entre pobreza e aborto é <strong>que</strong> as<br />
mulheres pobres raramente são as <strong>que</strong> estão optando pelo aborto. Em vez disso, sempre<br />
há <strong>um</strong> rico, branco, elitista e engenheiro social liberal (es<strong>que</strong>rdista) <strong>que</strong> fica angustiado<br />
e ávido em defender o acesso das mulheres pobres ao aborto.<br />
Proibir o aborto irá impor <strong>um</strong> fardo desigual às mulheres pobres. Mulheres ricas<br />
só vão <strong>para</strong> outros países.<br />
Esse arg<strong>um</strong>ento absurdo é como dizer <strong>que</strong> <strong>não</strong> devemos ter leis sobre drogas,<br />
pois os ricos podem obtê-las em outros países. Os governos <strong>não</strong> podem se esquivar de<br />
suas responsabilidades com base no <strong>que</strong> outros países fazem. Se o Canadá legaliza o uso<br />
de cocaína, prostituição ou incesto, isso <strong>não</strong> significa <strong>que</strong> tenhamos de fazê-lo também.<br />
Se isso acontecer, então <strong>precisa</strong>mos abolir todo o nosso processo legislativo, já <strong>que</strong><br />
virtualmente tudo o <strong>que</strong> tornamos ilegal é legal em outro lugar.<br />
Além disso, <strong>não</strong> estamos limitados a passar apenas as leis <strong>que</strong> sabemos de<br />
antemão <strong>que</strong> <strong>ser</strong>ão aplicadas uniformemente a todos os grupos socioeconômicos.<br />
Sabemos <strong>que</strong> as leis contra o roubo e as drogas afetam mais os pobres do <strong>que</strong> os ricos,<br />
enquanto o abuso de informação privilegiada, a manipulação de ações e as leis de<br />
evasão fiscal afetam mais os ricos do <strong>que</strong> os pobres. Ainda assim aplicamos todas elas.<br />
Agora, se o ponto é <strong>que</strong> proibir o aborto é discriminatório, isso é correto.<br />
Quando o aborto é ilegal, <strong>um</strong>a criança está mais segura no ventre de <strong>um</strong>a mulher pobre<br />
do <strong>que</strong> rica, <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> os pais ricos podem se dar ao luxo de levar seus filhos <strong>para</strong><br />
fora do país com o objetivo de matá-los.<br />
Como <strong>você</strong> pode negar a assistência à saúde das mulheres?<br />
Só por<strong>que</strong> <strong>um</strong> procedimento é realizado em <strong>um</strong>a instalação médica, isso <strong>não</strong><br />
significa automaticamente <strong>que</strong> se faça a assistência médica. A<strong>um</strong>ento de mama por<br />
implante de prótese de silicone é <strong>um</strong> bom exemplo disso.<br />
Cuidados de saúde dizem respeito ao tratamento de doenças, lesões e outras<br />
enfermidades. Como a gravidez <strong>não</strong> é nenh<strong>um</strong>a dessas, o aborto <strong>não</strong> pode <strong>ser</strong> rotulado
de maneira <strong>precisa</strong> como cuidados de saúde. Na verdade, o aborto tem a mesma relação<br />
com a saúde e a medicina <strong>que</strong> a prostituição tem com amor e o romance.<br />
O governo tem a obrigação de financiar o aborto <strong>para</strong> as mulheres pobres.<br />
Por <strong>um</strong> lado, o lobby do aborto diz <strong>que</strong> o aborto é <strong>um</strong>a decisão privada na qual o<br />
governo <strong>não</strong> tem o direito de se envolver. Então, eles exigem <strong>que</strong> o governo pague por<br />
abortos (SUS), obrigando, conse<strong>que</strong>ntemente, <strong>que</strong> todos os contribuintes também o<br />
façam (inclusive os pró-vida).<br />
No entanto, a posição do lobby do aborto é <strong>que</strong> ninguém deveria ter o direito de<br />
se envolver na decisão da mulher. Então, por <strong>que</strong> todos deveriam contribuir com o seu<br />
financiamento governamental? Além disso, só por<strong>que</strong> alguém tem o direito de fazer<br />
algo <strong>não</strong> significa <strong>que</strong> o governo tenha <strong>que</strong> pagar por isso. Os norte-americanos têm o<br />
direito de possuir armas, mas o governo <strong>não</strong> fornece pistolas gratuitas <strong>para</strong> as pessoas<br />
pobres. Também temos garantido o direito à liberdade de religião, mas <strong>ser</strong>ia absurdo<br />
dizer <strong>que</strong> o governo tem a obrigação de comprar Bíblias <strong>para</strong> as igrejas pobres.<br />
Eu prefiro pagar R$ 300 pelo aborto de <strong>um</strong>a mãe pobre do <strong>que</strong> milhares em<br />
auxílios <strong>para</strong> os seus filhos.<br />
Poucas <strong>que</strong>stões falam tão claramente sobre a imoralidade da mentalidade próescolha<br />
do <strong>que</strong> o arg<strong>um</strong>ento de <strong>que</strong> o aborto deveria <strong>ser</strong> usado <strong>para</strong> nos poupar dinheiro<br />
dos impostos. Imagine <strong>que</strong> a filha de dois anos de <strong>um</strong>a família <strong>que</strong> recebe auxílio<br />
assistencialista do estado caiu em <strong>um</strong> poço abandonado. As autoridades calculam <strong>que</strong>,<br />
como <strong>um</strong> funeral é mais barato do <strong>que</strong> <strong>um</strong> resgate, e como essa menininha, em<br />
decorrência de lesões sofridas, pode gerar gastos públicos ao estado pelo resto de sua<br />
vida, a coisa financeiramente mais clara a fazer é inundar o poço com água <strong>para</strong> <strong>que</strong> o<br />
corpo da criança flutue até o topo. Então o médico legista pode recolher seu corpo,<br />
enterrá-lo e os contribuintes terão economizado verba pública. Essa é obviamente <strong>um</strong>a<br />
ideia monstruosa, mas <strong>não</strong> é mais do <strong>que</strong> dizer às mulheres pobres <strong>que</strong>, se elas matarem<br />
seus filhos <strong>para</strong> nos poupar dinheiro, pagaremos o assassino.<br />
Agora, se devemos levar a sério <strong>um</strong>a política social baseada na filosofia de <strong>que</strong> é<br />
mais barato executar <strong>um</strong>a criança do <strong>que</strong> apoiá-la, então devemos começar a encorajar<br />
as famílias pobres a matarem <strong>não</strong> apenas seus filhos ainda <strong>não</strong> nascidos, mas também os<br />
<strong>que</strong> já nasceram. Lembrem-se, o princípio orientador aqui <strong>não</strong> é moralidade, mas sim<br />
economizar dinheiro. Se estivermos dispostos a ignorar o fato biológico de <strong>que</strong> <strong>um</strong>a<br />
criança em seu ventre materno é <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano vivo, por <strong>que</strong> devemos nos importar<br />
com a vida de outra <strong>que</strong> possui como diferença apenas o fato de já estar fora da barriga?<br />
Que os pais decidam se devem ou <strong>não</strong> matar os seus próprios filhos! Absurdo, mas essa<br />
é a consequência lógica e macabra da defesa do aborto.
O POSICIONAMENTEO DO ESTADO EM RELAÇÃO AO<br />
ABORTO<br />
A <strong>que</strong>stão é <strong>que</strong>m decide, a mulher ou o Estado. É sobre liberdade de escolha.<br />
O lobby do aborto sempre percebeu <strong>que</strong> o aborto em si é indefensável. Isso os<br />
obrigou a arg<strong>um</strong>entar <strong>que</strong> o aborto, seja a morte deliberada de <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano vivo ou<br />
<strong>não</strong>, <strong>não</strong> está relacionado à <strong>que</strong>stão de <strong>saber</strong> se deve <strong>ser</strong> legal. Em s<strong>um</strong>a, eles têm <strong>que</strong><br />
desviar a atenção <strong>para</strong> os conceitos filosóficos de “escolha” e “<strong>que</strong>m decide”, por<strong>que</strong><br />
eles <strong>não</strong> podem permitir <strong>que</strong> o público veja o <strong>que</strong> está sendo escolhido e decidido: a<br />
morte de <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano.<br />
Insinuar <strong>que</strong> a <strong>que</strong>stão <strong>não</strong> é o aborto, mas a escolha é dizer <strong>que</strong> o <strong>que</strong> está sendo<br />
escolhido é irrelevante. Isso é claramente ilógico, dado <strong>que</strong> todas as escolhas <strong>não</strong> são<br />
iguais. Escolher comprar <strong>um</strong> carro novo é muito diferente do <strong>que</strong> escolher produzir<br />
pornografia infantil. E a moralidade dessas escolhas <strong>não</strong> é afetada pela eventual decisão.<br />
No entanto, a posição pró-escolha (pro-choice) é <strong>que</strong> o aborto se torna aceitável<br />
simplesmente pelo ato de escolher fazê-lo.<br />
Defensores da escravidão também usaram essa mesma estratégia. Durante os<br />
debates entre Abraham Lincoln e Stephen Douglas em 1858, Douglas disse <strong>que</strong> <strong>não</strong><br />
apoiava o fim da escravidão dizendo: “Estou falando agora de direitos sob a<br />
Constituição, e <strong>não</strong> de direitos morais ou religiosos. Não discuto a moral das pessoas<br />
<strong>que</strong> são a favor da manutenção da escravidão legalizada, mas deixemos <strong>que</strong> elas<br />
resolvam o assunto por si mesmas. Sustento <strong>que</strong> as pessoas favoráveis à escravidão são<br />
civilizadas, <strong>que</strong> elas têm consciência e <strong>que</strong> são responsáveis perante Deus e sua<br />
posteridade e <strong>não</strong> por nós. Cabe a eles decidir, portanto, o direito moral e religioso da<br />
<strong>que</strong>stão da escravidão por si mesmos dentro de seus próprios limites”.<br />
Apenas substitua a palavra aborto em todos os lugares em <strong>que</strong> a palavra<br />
escravidão aparece e essa declaração define perfeitamente a posição pró-escolha na<br />
América de hoje. A resposta de Lincoln à posição pró-escolha de Douglas sobre a<br />
escravidão foi: “Ele <strong>não</strong> poderia dizer <strong>que</strong> é favorável (a manutenção da escravidão<br />
legalizada) tão logo visse no voto algo errado. Quando o juiz Douglas diz <strong>que</strong> qual<strong>que</strong>r<br />
pessoa, ou qual<strong>que</strong>r comunidade, <strong>que</strong>r escravos, <strong>que</strong> eles têm direito, ele é<br />
perfeitamente lógico se <strong>não</strong> houver nada de errado no instituto (na lei); mas se <strong>você</strong><br />
admitir <strong>que</strong> está errado (antes do aspecto legal, a escravidão em si), ele <strong>não</strong> pode<br />
logicamente dizer <strong>que</strong> alguém tem o direito de fazer algo errado”.<br />
Lincoln reconheceu <strong>que</strong> <strong>não</strong> há nada intrinsecamente nobre sobre o conceito de<br />
escolha e <strong>que</strong> há escolhas <strong>que</strong> <strong>um</strong>a sociedade <strong>não</strong> pode permitir <strong>que</strong> o indivíduo faça.<br />
O fato é <strong>que</strong>, antes de se poder afirmar corretamente <strong>que</strong> a <strong>que</strong>stão é "escolha"<br />
ou "<strong>que</strong>m decide", ele deve primeiro examinar o <strong>que</strong> está sendo escolhido. Se é <strong>que</strong> cor<br />
de sapatos usar, isso é <strong>um</strong>a coisa; se é <strong>para</strong> matar outro <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano, isso é outra. Exceto<br />
em autodefesa, a decisão sobre se <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano pode matar outro <strong>não</strong> pode <strong>ser</strong><br />
deixada <strong>para</strong> o indivíduo <strong>que</strong> <strong>que</strong>r matar.
Além disso, essa retórica de “<strong>que</strong>m decide deve <strong>ser</strong> a mulher e <strong>não</strong> o Estado” é<br />
totalmente idiota. As leis contra o aborto <strong>não</strong> devem deixar o Estado decidir <strong>que</strong>m<br />
aborta, pois isso <strong>ser</strong>ia como o governo decidir, no caso de estupro, qual o tipo de pessoa<br />
<strong>que</strong> poderá <strong>ser</strong> estuprada. Ao invés disso, o Estado deve estabelecer <strong>que</strong> certos<br />
comportamentos são tão inaceitáveis <strong>que</strong> devem <strong>ser</strong> ilegais.<br />
Finalmente, como usado pelos defensores do aborto, o termo "pró-escolha" é<br />
impreciso e desonesto. Em <strong>um</strong> aborto, pelo menos três pessoas são diretamente<br />
afetadas: a mãe, o pai e a criança. O arg<strong>um</strong>ento pró-escolha é <strong>que</strong> apenas a mulher tem<br />
direito a <strong>um</strong>a escolha. Além disso, nunca fez parte de sua agenda oferecer outras opções<br />
além do aborto. Neste sentido, as propostas dos <strong>abortista</strong>s negam às mulheres “o direito<br />
de escolher” tanto quanto as leis <strong>que</strong> as impedem de abortar.<br />
O governo <strong>não</strong> tem o direito de interferir nas escolhas pessoais das pessoas.<br />
Dizer <strong>que</strong> o governo deve permitir <strong>que</strong> as pessoas façam todas as suas próprias<br />
escolhas <strong>não</strong> é prático nem desejável. Não podemos deixar <strong>que</strong> as pessoas façam suas<br />
próprias escolhas <strong>para</strong> estuprar, roubar ou dirigir embriagado. Não podemos deixá-los<br />
fazer as escolhas <strong>para</strong> desviar, fraudar, escrever che<strong>que</strong>s sem fundo, dirigir seus carros<br />
acima do limite de velocidade, caluniar, difamar, etc. Por definição, o objetivo de toda<br />
lei é negar a capacidade legal de escolher <strong>um</strong>a atividade em particular e muitas escolhas<br />
proibidas podem até <strong>ser</strong> consideradas “pessoais”. Por exemplo, é ilegal ter relações<br />
sexuais com <strong>um</strong> irmão, <strong>um</strong>a criança, <strong>um</strong> animal ou <strong>um</strong> corpo morto.<br />
Quanto ao aborto, <strong>não</strong> é papel do governo proteger a escolha de <strong>um</strong> indivíduo de<br />
matar seus semelhantes (ou de <strong>um</strong>a mãe matar o seu filho). Dado o fato biológico de<br />
<strong>que</strong> os nascituros são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos, a <strong>que</strong>stão <strong>não</strong> é se o governo tem o direito<br />
de proibir o aborto, mas se ele tem o direito de <strong>não</strong> proibir.<br />
O governo deve ficar de fora da <strong>que</strong>stão do aborto. Não a favorecer e nem proibir.<br />
Isso é tão irracional quanto dizer <strong>que</strong> o governo <strong>não</strong> deve favorecer ou proibir o<br />
homicídio. Afinal de contas o aborto nada mais é <strong>que</strong> a morte de <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano.<br />
O <strong>que</strong> lhe dá o direito de dizer a <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> ela <strong>não</strong> pode interromper sua<br />
gravidez?<br />
Esta é mais <strong>um</strong>a conversa dupla pró-escolha. Essas pessoas sabem <strong>que</strong> <strong>não</strong><br />
estamos tentando impedir as finalizações na gravidez. Todas as gravidezes terminam! A<br />
única <strong>que</strong>stão é se eles terminam com <strong>um</strong> bebê vivo ou morto. O aborto <strong>não</strong> é sobre o<br />
término da gravidez, mas o término da vida h<strong>um</strong>ana.<br />
Agora, se a <strong>que</strong>stão é: o <strong>que</strong> nos dá o direito de dizer a <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> ela <strong>não</strong><br />
pode fazer <strong>um</strong> aborto? Ninguém tem permissão <strong>para</strong> decidir em quais atividades os<br />
outros podem ou <strong>não</strong> se envolver. Como indivíduos, <strong>não</strong> temos direito de dizer a <strong>um</strong>a<br />
mulher <strong>que</strong> ela <strong>não</strong> pode contratar alguém <strong>para</strong> matar seu feto tanto quanto <strong>para</strong> dizerlhe<br />
<strong>que</strong> ela <strong>não</strong> pode roubar lojas de conveniência. No entanto, é certo <strong>que</strong> existam leis<br />
<strong>que</strong> digam <strong>que</strong> ela <strong>não</strong> pode fazê-lo. Assim como o governo tem a responsabilidade e o<br />
direito de impedir o assalto à mão armada, tem a responsabilidade e o direito de impedir<br />
a morte de <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos inocentes, incluindo a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> estão esperando <strong>para</strong> nascer.
As mulheres devem <strong>ser</strong> livres <strong>para</strong> controlar suas vidas reprodutivas.<br />
Primeiro, o aborto <strong>não</strong> é sobre reprodução. Quando <strong>um</strong>a mulher está grávida, a<br />
reprodução já ocorreu. O aborto é sobre matar a criança <strong>que</strong> foi produzida. Segundo,<br />
<strong>que</strong> tipo de mente pervertida vê o direito de matar a própria descendência como <strong>um</strong><br />
símbolo de liberdade?<br />
O governo <strong>não</strong> tem o direito de entrar em nossos quartos.<br />
Abortos <strong>não</strong> são feitos nos quartos. Mas mesmo <strong>que</strong> fossem, <strong>um</strong> quarto <strong>não</strong> é <strong>um</strong><br />
santuário protegido da lei mais do <strong>que</strong> <strong>um</strong> milharal.<br />
A realidade é <strong>que</strong> muitos atos ilegais acontecem nos quartos. De fato, alguns -<br />
abusos de cônjuges, incesto, estupro de vulneráveis e pedofilia, só <strong>para</strong> citar -<br />
geralmente acontecem nos quartos. Não vamos es<strong>que</strong>cer também <strong>que</strong> quando o aborto<br />
era ilegal, o público <strong>não</strong> corria maior risco de ter seus quartos invadidos pelo estado do<br />
<strong>que</strong> hoje em dia.<br />
O governo <strong>não</strong> deve estar envolvido em demasia na prática da medicina.<br />
Dizer aos médicos <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> podem matar pessoas <strong>não</strong> é medicina prática.<br />
Além disso, o governo já está envolvido em demasia na prática da medicina. Com<br />
exceção do aborto, a medicina é <strong>um</strong>a das indústrias mais fortemente regulamentadas no<br />
Brasil e no mundo.
QUANTO AOS POLÍTICOS QUE APOIAM O ABORTO<br />
Devemos ter testes decisivos <strong>para</strong> políticos e juízes.<br />
Teste decisivo é a postura comprometedora adotada por determinado agente<br />
quanto a <strong>um</strong> assunto de natureza crucial. Um político poderia <strong>ser</strong> atraente, inteligente,<br />
experiente e ter todas as respostas certas <strong>para</strong> as <strong>que</strong>stões importantes do dia, mas se ele<br />
fosse considerado <strong>um</strong> membro da Ku Klux Klan, a maioria das pessoas veria isso como<br />
<strong>um</strong> teste decisivo <strong>para</strong> <strong>não</strong> o apoiar. Se <strong>um</strong> juiz fosse nomeado <strong>para</strong> a Suprema Corte e<br />
se descobrisse <strong>que</strong> ele havia escrito <strong>um</strong> artigo de revisão de lei dizendo <strong>que</strong> as mulheres<br />
<strong>não</strong> deveriam poder votar, isso <strong>ser</strong>ia <strong>um</strong> teste decisivo. Se <strong>um</strong> político dissesse <strong>que</strong> a<br />
corrupção endêmica descoberta pela operação Lava Jato é justificável quando feita em<br />
nome da causa ou do partido, isso também <strong>ser</strong>ia <strong>um</strong> teste decisivo.<br />
Na verdade, existem muitas razões legítimas e positivas <strong>para</strong> os testes decisivos.<br />
E a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> afirmam o contrário simplesmente <strong>não</strong> têm <strong>um</strong> sistema de crenças bem<br />
desenvolvido. Em ambos os casos, essas pessoas nunca devem <strong>ser</strong> confiadas a posições<br />
de poder ou influência.<br />
Eu sou contra o aborto, mas vejo também outros problemas. Além disso, a maioria<br />
dos gabinetes políticos <strong>não</strong> tem nada a ver com o aborto.<br />
Para as pessoas <strong>que</strong> acreditam <strong>que</strong> o aborto é assassinato, a posição de <strong>um</strong><br />
candidato em outras <strong>que</strong>stões é irrelevante. O abate de crianças <strong>não</strong> pode <strong>ser</strong> equi<strong>para</strong>do<br />
a qual<strong>que</strong>r outra <strong>que</strong>stão social, cultural ou política. Também é irrelevante <strong>que</strong> a maioria<br />
dos cargos políticos <strong>não</strong> tenha impacto sobre o aborto. Se <strong>um</strong> candidato é <strong>um</strong> membro<br />
do crime organizado, os eleitores <strong>não</strong> devem ignorar isso só por<strong>que</strong> o cargo <strong>que</strong> ele está<br />
procurando <strong>não</strong> tem impacto sobre <strong>que</strong>stões criminais. Essa dinâmica também se aplica<br />
no caso do aborto. As pessoas <strong>que</strong> apoiam a legalização do aborto <strong>não</strong> são moralmente<br />
qualificadas <strong>para</strong> <strong>ser</strong>vir em qual<strong>que</strong>r cargo público.<br />
É interessante notar <strong>que</strong> o número de mortos durante os ata<strong>que</strong>s terroristas no<br />
World Trade Center é praticamente o mesmo <strong>que</strong> o número de crianças <strong>não</strong> nascidas<br />
assassinadas diariamente nas clínicas aborteiras dos Estados Unidos. Em outras<br />
palavras, <strong>para</strong> o feto, todos os dias são o 11 de setembro. Se o resto de nós estivesse<br />
sendo atingido de tal maneira, ninguém estaria dizendo <strong>que</strong> há outras <strong>que</strong>stões a<br />
considerar.
RESPONDENDO AS FEMINISTAS<br />
O aborto é sobre empoderar as mulheres.<br />
Essa conversa de <strong>que</strong> aborto é empoderamento feminino <strong>não</strong> passa de <strong>um</strong><br />
imenso devaneio. É <strong>um</strong>a afirmativa retórica totalmente desconexa da realidade. Se <strong>você</strong><br />
qui<strong>ser</strong> ver as mulheres mais fracas e mais sub<strong>ser</strong>vientes, basta olhar <strong>para</strong> os rostos das<br />
pessoas <strong>que</strong> entram em <strong>um</strong>a clínica de aborto nos Estados Unidos. O <strong>que</strong> <strong>você</strong> verá é<br />
tristeza, desespero, medo e resignação. Isto ao falar-se de aborto em <strong>um</strong> local onde a<br />
prática é, infelizmente, legalizada. O <strong>que</strong> <strong>você</strong> jamais verá é mulheres <strong>que</strong> se sentem<br />
fortalecidas ou sob controle.<br />
Esses rostos deixam claro <strong>que</strong>, como o suicídio, o aborto é <strong>um</strong>a escolha trágica<br />
feita por pessoas <strong>que</strong> estão convencidas de <strong>que</strong> simplesmente <strong>não</strong> têm outra escolha.<br />
Melhor do <strong>que</strong> ninguém, as mulheres <strong>que</strong> se submetem ao aborto compreendem por <strong>que</strong><br />
nenh<strong>um</strong>a mulher foi admirada por ter feito <strong>um</strong> aborto e por <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong>a mulher se<br />
vangloriava do seu aborto. Ou por <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong>a mulher desceu da mesa de <strong>um</strong> aborteiro<br />
com <strong>um</strong>a opinião mais elevada sobre si mesma do <strong>que</strong> tinha quando subira. Esse<br />
absurdo de <strong>que</strong> as mulheres devem ter o direito de matar seus filhos <strong>para</strong> <strong>ser</strong>em iguais<br />
aos homens é <strong>um</strong>a invenção da indústria do aborto. Com quase nenh<strong>um</strong>a exceção, os<br />
pioneiros do movimento feminista como Susan B. Anthony, Mattie Brinkeroff, Sarah<br />
Norton, Emma Goldman e Elizabeth Cady Stanton foram francas opositoras ao aborto<br />
legal. Alice Paul, <strong>que</strong> escreveu a Emenda dos Direitos Iguais original, chamou o aborto<br />
de exploração final das mulheres. Mesmo os jornais sufragistas, como o de Woodhull e<br />
Claflin's Weekly, tinham políticas editoriais <strong>que</strong> abertamente atacavam aborto e<br />
<strong>abortista</strong>s.<br />
Essas primeiras feministas viram <strong>que</strong> o aborto é machista e <strong>que</strong> a disposição de<br />
<strong>um</strong>a mulher <strong>para</strong> se submeter a ele <strong>não</strong> a liberta, isso a desvaloriza. Elas entenderam<br />
<strong>que</strong> o aborto legalizado nada mais é do <strong>que</strong> <strong>um</strong>a rede de segurança <strong>para</strong> homens<br />
sexualmente predadores e sexualmente irresponsáveis. Hoje, depois de mais de 30 anos<br />
de legalização do aborto, essa visão tem sido tão completamente comprovada <strong>que</strong><br />
alguns defensores do aborto <strong>não</strong> se incomodam mais em negá-la. De fato, alguns dizem<br />
<strong>que</strong> deve <strong>ser</strong> comemorada.<br />
Em 11 de maio de 1990, o programa de rádio Spectr<strong>um</strong> da PBS apresentou a<br />
afirmação de pró-aborto de Ann Taylor-Flemming: “Eu cresci com o movimento<br />
feminista. Deu licença às minhas ambições e sonhos, e me encheu de fervor pela<br />
igualdade <strong>que</strong> permeia tudo o <strong>que</strong> faço. Mas desta vez, <strong>que</strong>ro virar a mesa <strong>um</strong> pouco.<br />
Tome <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão <strong>que</strong> sempre pareça <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão feminina e lance-a diretamente <strong>para</strong><br />
os homens <strong>que</strong> estão por aí. E essa <strong>que</strong>stão é o aborto... agora é hora de convidar os<br />
homens da América <strong>para</strong> pedir-lhes <strong>que</strong> levantem suas vozes por escolha... Eu ouso<br />
dizer <strong>que</strong> muitos deles engravidaram mulheres ao longo do caminho e então se livraram<br />
de <strong>um</strong> jeito grande, bem grande - emocionalmente, economicamente e de qual<strong>que</strong>r outra<br />
forma - quando as mulheres iam em frente e faziam abortos... a sensação de alívio <strong>para</strong><br />
si mesmos era misturada com simpatia e gratidão <strong>para</strong> com a<strong>que</strong>las mulheres cuja<br />
responsabilidade final era aliviá-los da imensa responsabilidade de ter filhos. Em alguns<br />
casos, até mesmo de <strong>um</strong> filho fora do casamento... com certeza <strong>ser</strong>ia bom ouvir isso de<br />
todos a<strong>que</strong>les homens cujas vidas foram mudadas, melhoradas e substancialmente<br />
facilitadas por<strong>que</strong> eles <strong>não</strong> foram forçados à paternidade indesejada.”
É difícil imaginar <strong>que</strong> mesmo o homem chauvinista mais intolerante sugerisse<br />
<strong>que</strong> as mulheres têm a responsabilidade de “livrar a barra” dos homens <strong>que</strong> as<br />
engravidam, submetendo-as ao aborto. No entanto, aqui está esse mesmo arg<strong>um</strong>ento<br />
sendo defendido por alguém <strong>que</strong> afirma <strong>ser</strong> <strong>um</strong>a defensora das mulheres.<br />
Hoje, os defensores do aborto continuam a insistir na ideia de <strong>que</strong> ter <strong>um</strong> lugar<br />
limpo <strong>para</strong> matar seus bebês é a base da igualdade das mulheres. Essa mentira é <strong>um</strong>a<br />
perversão egoísta dos valores básicos da luta feminina por igualdade. Como a feminista<br />
pró-vida Melissa Simmons-Tulin disse <strong>um</strong>a vez: "As mulheres nunca vão subir à<br />
igualdade sobre os cadáveres de seus filhos".<br />
É o corpo da mulher. É a decisão dela (meu corpo, minhas regras).<br />
Primeiro, é <strong>um</strong> absurdo sugerir <strong>que</strong> a lei nunca diz às pessoas o <strong>que</strong> elas podem<br />
ou <strong>não</strong> fazer com seus corpos. De fato, há muitas coisas <strong>que</strong> as pessoas <strong>não</strong> podem<br />
legalmente fazer com seus corpos. Para citar apenas duas: elas <strong>não</strong> podem vender seus<br />
órgãos <strong>para</strong> <strong>que</strong>m <strong>precisa</strong> de transplantes e <strong>não</strong> podem colocar certas drogas ilícitas em<br />
seus corpos.<br />
Em segundo lugar, afirmações como essa ignoram o fato de <strong>que</strong>, por qual<strong>que</strong>r<br />
padrão racional, o feto é <strong>um</strong> indivíduo se<strong>para</strong>do de sua mãe.<br />
Na verdade, se <strong>um</strong> feto tiver a capacidade de cometer <strong>um</strong> crime, ele terá tudo o<br />
<strong>que</strong> for necessário <strong>para</strong> <strong>que</strong> <strong>um</strong> especialista forense o identifi<strong>que</strong> no tribunal. Muito<br />
antes do ponto em <strong>que</strong> a maioria dos abortos é feita, o feto tem seu próprio código de<br />
DNA, suas próprias impressões digitais e seu próprio tipo de sangue - nenh<strong>um</strong> dos quais<br />
corresponde à mãe.<br />
A individualidade do feto foi evidente em 1999, quando <strong>um</strong> cirurgião do<br />
Tennessee tinha acabado de completar <strong>um</strong>a operação em <strong>um</strong> feto e estava prestes a<br />
fechar a incisão no abdômen da mãe. Antes <strong>que</strong> ele pudesse fazer isso, a criança passou<br />
o braço pela incisão e segurou o dedo do médico. Uma foto deste evento acabou em<br />
capas de revistas e televisores em todo o mundo. A <strong>que</strong>stão é: <strong>que</strong>m agarrou o dedo do<br />
médico?
O aborto é <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão feminina. Os homens <strong>não</strong> têm o direito de se envolverem.<br />
Primeiro, as pessoas <strong>que</strong> pensam <strong>que</strong> os homens <strong>não</strong> têm o direito de se envolver<br />
na <strong>que</strong>stão do aborto devem ter cuidado com o <strong>que</strong> elas pedem. Pesquisas<br />
consistentemente descobrem <strong>que</strong> as mulheres se opõem ao aborto em <strong>um</strong>a taxa muito<br />
mais alta do <strong>que</strong> os homens, são mais contrárias ao financiamento governamental do<br />
aborto, mais ativas no movimento pró-vida e são mais propensas a favorecer a proibição<br />
total do aborto. Está claro <strong>que</strong>, se os homens fossem excluídos, o apoio ao aborto cairia.<br />
Segundo, os homens <strong>não</strong> <strong>precisa</strong>m ter o direito de falar contra o aborto. Eles já<br />
têm a responsabilidade de fazê-lo. Homens de verdade <strong>não</strong> ficam apenas com as mãos<br />
nos bolsos enquanto crianças indefesas são massacradas por dinheiro ou conveniência.<br />
Terceiro, a multidão pró-escolha nunca diz aos homens <strong>que</strong> apoiam o aborto legal <strong>para</strong><br />
ficarem calados e nunca dis<strong>ser</strong>am <strong>que</strong> a Suprema Corte de 1973 (<strong>que</strong> legalizou o aborto<br />
nos EUA) <strong>não</strong> tinha o direito de se envolver na decisão Roe vs. Wade, apesar de cada<br />
membro <strong>ser</strong> homem.<br />
Eles também <strong>não</strong> parecem se importar <strong>que</strong> a esmagadora maioria dos <strong>abortista</strong>s<br />
são homens e nunca dizem nada sobre os “acompanhantes” masculinos fora dos<br />
moinhos de aborto ou até mesmo os homens <strong>que</strong> forçam as mulheres a fazerem abortos.<br />
Evidentemente, os únicos homens <strong>que</strong> essas pessoas <strong>que</strong>rem censurar são a<strong>que</strong>les <strong>que</strong><br />
acham <strong>que</strong> as mulheres merecem mais do <strong>que</strong> o aborto.<br />
Finalmente, se o arg<strong>um</strong>ento é <strong>que</strong> os homens <strong>não</strong> deveriam poder participar<br />
simplesmente por<strong>que</strong> <strong>não</strong> podem engravidar, então e as mulheres <strong>que</strong> <strong>não</strong> podem<br />
engravidar? Somente as mulheres jovens, sexualmente ativas e férteis <strong>que</strong> <strong>não</strong> estão<br />
praticando o controle da natalidade podem ter <strong>um</strong>a opinião sobre o aborto?<br />
O <strong>que</strong> os outros acreditam sobre o aborto é irrelevante. Tudo o <strong>que</strong> importa é o<br />
<strong>que</strong> a mulher acredita.<br />
Em outras palavras, <strong>não</strong> importa se o aborto é assassinato ou <strong>não</strong>, desde <strong>que</strong> a<br />
pessoa <strong>que</strong> contrata o assassino pense <strong>que</strong> <strong>não</strong> é. Usando essa lógica louca, os nazistas<br />
estariam certos ao praticar o holocausto, desde <strong>que</strong> afirmassem acreditar, honestamente,<br />
<strong>que</strong> os judeus <strong>não</strong> são gente.<br />
Obviamente, <strong>não</strong> podemos permitir <strong>que</strong> os indivíduos criem suas próprias<br />
realidades <strong>para</strong> justificar a matança de outras pessoas. Utilizando a lógica mais<br />
elementar, é evidente <strong>que</strong> no caso do aborto, se a mulher “A” acredita <strong>que</strong> é assassinato<br />
e a mulher “B” acredita <strong>que</strong> é apenas <strong>um</strong>a escolha, é impossível <strong>que</strong> ambas estejam<br />
corretas.<br />
A <strong>que</strong>stão é se confiamos <strong>que</strong> as mulheres sejam seus próprios agentes morais.<br />
Entre os milhões de pessoas no movimento pró-vida, a grande maioria são<br />
mulheres, incluindo a maioria de seus líderes. Sugerir <strong>que</strong> esta entidade dominada por<br />
mulheres procura esmagar outras mulheres ou <strong>não</strong> confiar nelas, <strong>ser</strong>ia tolo se <strong>não</strong> fosse<br />
tão condescendente. Esta é apenas outra tática <strong>que</strong> o lobby do aborto usa <strong>para</strong> evitar ter<br />
<strong>que</strong> defender a <strong>que</strong>stão central na temática do aborto.
Para entender o quão verdadeira é essa retórica de “confiar nas mulheres”,<br />
imagine alguém se opondo às leis contra estupro ou incesto por<strong>que</strong> “confia <strong>que</strong> os<br />
homens sejam seus próprios agentes morais”.<br />
Ou imagine <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher está programada <strong>para</strong> fazer <strong>um</strong> aborto amanhã, mas<br />
dá à luz em sua casa hoje. Se o bebê sobreviver, ela deveria <strong>ser</strong> autorizada a matá-lo?<br />
Afinal, a criança <strong>ser</strong>ia morta no dia seguinte de qual<strong>que</strong>r maneira. Por <strong>que</strong> ela deveria<br />
perder seu “direito de escolha” por causa de <strong>um</strong> parto prematuro <strong>que</strong> estava<br />
completamente além de seu controle? Ela só pode pagar alguém <strong>para</strong> matar seu bebê,<br />
mas <strong>não</strong> pode matá-lo sozinha? Estamos dizendo <strong>que</strong> só confiamos <strong>que</strong> as mulheres<br />
tomem boas decisões morais enquanto estão grávidas?<br />
Se devemos confiar cegamente nas mulheres, por <strong>que</strong> <strong>não</strong> confiar nelas de<br />
maneira geral? Que cada mulher faça sua própria escolha moral sobre <strong>para</strong>r nos sinais<br />
vermelhos, desviar dinheiro de seu empregador, passar che<strong>que</strong>s sem fundos, usar<br />
cocaína ou se tornar prostituta. Vamos também isentar todas as mulheres empresárias de<br />
leis contra discriminação, <strong>que</strong> tornam ilegal as empresas recusarem emprego ou<br />
praticarem a distinção salarial em razão do sexo. De fato, <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> toda lei impede<br />
<strong>que</strong> as mulheres escolham se engajar em <strong>um</strong>a atividade específica e diz <strong>que</strong> <strong>não</strong> se pode<br />
confiar nas mulheres <strong>para</strong> tomar essa decisão, <strong>não</strong> deveria a multidão pró-escolha estar<br />
gritando <strong>que</strong> as mulheres deveriam <strong>ser</strong> isentas de leis? Eles confiam em mulheres ou<br />
<strong>não</strong>?<br />
A realidade é <strong>que</strong> a única razão <strong>para</strong> a lei existir é por<strong>que</strong> as pessoas - homens e<br />
mulheres - <strong>não</strong> podem <strong>ser</strong> confiáveis <strong>para</strong> sempre fazer o <strong>que</strong> é certo. Leis são<br />
necessárias <strong>para</strong> impedi-las de infligir suas decisões imorais aos outros.<br />
Claramente, essa retórica de “confiar nas mulheres” é <strong>um</strong>a farsa. Ao usar o<br />
termo “agentes morais” <strong>para</strong> descrever as mulheres <strong>que</strong> se submetem ao aborto, os<br />
sanguinários pró-escolha esperam criar a ilusão de <strong>que</strong> as mulheres <strong>que</strong> resolvem matar<br />
os seus filhos o fazem por alg<strong>um</strong> tipo de convicção moral. É apenas <strong>um</strong> “jogo dos<br />
copinhos” retórico <strong>para</strong> fazer o aborto parecer moralmente defensável.
QUESTÃO JURÍDICA<br />
Por <strong>que</strong> <strong>um</strong> feto deveria ter mais direitos do <strong>que</strong> a mulher?<br />
Não deveria. A posição pró-vida nunca foi <strong>para</strong> <strong>que</strong> os direitos do bebê sejam<br />
superiores aos da mãe, mas <strong>que</strong> sejam iguais. Se nosso país estivesse intencionalmente<br />
matando mães aos milhões, só <strong>para</strong> <strong>que</strong> as crianças pudessem levar a vida <strong>que</strong><br />
prefeririam viver, o movimento pró-vida estaria lutando com a mesma intensidade com<br />
<strong>que</strong> agora luta contra o aborto.<br />
Nosso ponto é <strong>que</strong>, enquanto todos têm o direito de viver suas vidas como<br />
qui<strong>ser</strong>em, eles <strong>não</strong> podem matar outras pessoas <strong>para</strong> fazê-lo. Quando dizemos a <strong>um</strong><br />
homem <strong>que</strong> ele <strong>não</strong> pode matar alguém <strong>para</strong> conseguir dinheiro <strong>para</strong> comprar <strong>um</strong> carro<br />
novo, <strong>não</strong> estamos dizendo <strong>que</strong> ele <strong>não</strong> tem o direito de comprar <strong>um</strong> carro novo ou <strong>que</strong><br />
ele tem menos direitos do <strong>que</strong> a pessoa <strong>que</strong> ele pode matar. Estamos simplesmente<br />
dizendo a ele <strong>que</strong> o direito de <strong>um</strong>a pessoa à vida é mais valioso do <strong>que</strong> o direito de outra<br />
pessoa de comprar <strong>um</strong> carro novo. Esta mesma dinâmica se aplica no caso do aborto.<br />
Lembrem-se, os próprios dados da indústria do aborto provam <strong>que</strong> virtualmente<br />
todo aborto (realizado nos EUA) é feito por razões <strong>não</strong> médicas em <strong>um</strong> bebê saudável e<br />
<strong>um</strong>a mulher saudável <strong>que</strong> simplesmente <strong>não</strong> <strong>que</strong>r estar grávida. Isso prova claramente<br />
<strong>que</strong> a <strong>que</strong>stão do aborto é <strong>um</strong> conflito entre o direito à vida do bebê e o desejo da mãe<br />
de <strong>não</strong> engravidar. Esse desejo é totalmente razoável, o <strong>que</strong> <strong>não</strong> podemos permitir é <strong>que</strong><br />
ela mate alguém <strong>para</strong> realizá-lo.<br />
Por mais de 30 anos, o lobby do aborto disse ao público <strong>que</strong> proteger o nascituro<br />
iria atropelar os direitos das mulheres. Isso é <strong>um</strong>a grande mentira. Ass<strong>um</strong>indo <strong>que</strong> há<br />
<strong>um</strong> direito fundamental à liberdade, antes <strong>que</strong> a lei possa dizer <strong>que</strong> o direito de alguém<br />
de participar de <strong>um</strong>a determinada atividade é protegido por esse direito, deve primeiro<br />
perguntar: “A liberdade <strong>para</strong> fazer o quê?”<br />
Um dos princípios do Direito Constitucional é <strong>que</strong> os direitos nunca são<br />
absolutos. Todos eles têm limites. Por exemplo, as leis de difamação e calúnia impõem<br />
<strong>um</strong> limite à liberdade de expressão, assim como alg<strong>um</strong>as leis de proteção ao<br />
cons<strong>um</strong>idor e de fixação de preços.<br />
Também temos o direito ao livre exercício da religião, mas <strong>não</strong> podemos<br />
legalmente matar alguém, mesmo <strong>que</strong> nossa religião exija sacrifícios h<strong>um</strong>anos.<br />
Os direitos também têm valor relativo <strong>um</strong> ao outro. Por exemplo, o dono de <strong>um</strong>a<br />
loja <strong>não</strong> tem o direito de atirar em <strong>um</strong> ladrão - mesmo <strong>que</strong> seja a única maneira de<br />
recuperar sua propriedade. Nossa sociedade diz <strong>que</strong> o direito de <strong>um</strong> ladrão à vida é<br />
superior ao direito de propriedade do dono da loja, só sendo justificável a morte do<br />
ladrão caso ele represente <strong>um</strong> risco de vida <strong>para</strong> alguém (legítima defesa). Esta violação<br />
dos direitos de propriedade baseia-se na relatividade de direitos <strong>que</strong> a lei e qual<strong>que</strong>r<br />
pessoa racional apoia.
Este princípio de direitos tendo limites e relatividade é como a lei deve pesar os<br />
direitos de <strong>um</strong> indivíduo contra o de outro. No caso do aborto, a <strong>que</strong>stão <strong>não</strong> deve <strong>ser</strong> se<br />
a mulher tem ou <strong>não</strong> o direito de praticá-lo, mas sim se o seu direito substitui o direito<br />
da criança à vida.<br />
Em última análise, é absurdo sugerir <strong>que</strong> a morte intencional de <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano<br />
inocente é <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão de liberdade, quanto mais dizer <strong>que</strong> é <strong>um</strong> direito da mulher.<br />
Como pode <strong>um</strong> feto ter direitos constitucionais antes de <strong>ser</strong> viável?<br />
Viabilidade é <strong>um</strong> problema falso. Sabemos também <strong>que</strong> a viabilidade é <strong>um</strong>a<br />
função da tecnologia médica e <strong>não</strong> está relacionada à <strong>que</strong>stão de se os nascituros são<br />
<strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos vivos ou <strong>não</strong>. Isso é comprovado pelo fato de <strong>que</strong> bebês prematuros<br />
agora estão sobrevivendo rotineiramente em períodos gestacionais <strong>que</strong> <strong>ser</strong>iam<br />
impensáveis há cem anos, apesar da realidade de <strong>que</strong> os nascituros <strong>não</strong> são<br />
biologicamente diferentes do <strong>que</strong> jamais foram.<br />
Finalmente, se o arg<strong>um</strong>ento é de <strong>que</strong> os nascituros <strong>não</strong> são viáveis por<strong>que</strong> são<br />
dependentes de outras pessoas <strong>para</strong> sobreviver, então <strong>um</strong> bebê de <strong>um</strong> ano <strong>não</strong> é mais<br />
viável do <strong>que</strong> <strong>um</strong> feto. Nenh<strong>um</strong> deles pode sobreviver sozinho. Isso também poderia <strong>ser</strong><br />
dito sobre pessoas <strong>que</strong> são severamente deficientes ou sofrem de alg<strong>um</strong>a doença<br />
debilitante, bem como pessoas <strong>que</strong> estão senis, em coma, inconscientes ou sob anestesia<br />
geral. Se a capacidade de sobreviver sem os outros é o <strong>que</strong> cria o direito à vida, essas<br />
pessoas <strong>não</strong> têm mais direito à vida do <strong>que</strong> as <strong>que</strong> <strong>não</strong> nasceram.<br />
Como <strong>um</strong> tecido com apenas <strong>um</strong> quarto de polegada de diâmetro tem direitos?<br />
Em primeiro lugar, a maioria dos abortos acontece bem depois <strong>que</strong> o feto é tão<br />
pe<strong>que</strong>no quanto e apenas <strong>um</strong> idiota pode ver <strong>um</strong>a imagem ultrassonográfica de <strong>um</strong> feto<br />
e descartá-lo como mero tecido.<br />
Além disso, se o tamanho é o parâmetro <strong>para</strong> os direitos constitucionais, qual<br />
<strong>ser</strong>á o tamanho do <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano antes de começar a ter esses direitos? O peso ou altura é<br />
o fator determinante? Esses direitos surgem gradualmente à medida <strong>que</strong> o tamanho<br />
a<strong>um</strong>enta e, em caso afirmativo, qual é a proporção entre tamanho e direitos? Os homens<br />
devem ter mais direitos <strong>que</strong> as mulheres, <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> são geralmente maiores? Se<br />
alguém perde peso, perde direitos?<br />
Em alguns países, certas leis antigas diziam <strong>ser</strong> legal o aborto.<br />
Se antigamente, em alguns países, o aborto era legal ou <strong>não</strong> isso é irrelevante.<br />
Temos muitas leis <strong>que</strong> existiam antigamente e eram totalmente absurdas. Exemplo: leis<br />
sobre o comércio de escravos e a proibição legal do sufrágio feminino. Além disso, o<br />
Brasil é <strong>um</strong> país soberano e, portanto, tem total liberdade <strong>para</strong> fazer leis completamente<br />
diversas de outros países.
Não há consenso <strong>para</strong> proibir o aborto. A maioria do povo brasileiro aceita o<br />
aborto em alg<strong>um</strong>a de suas formas (é pró-escolha).<br />
A posição pró-escolha é <strong>que</strong> o aborto deve <strong>ser</strong> legal sob demanda durante todos<br />
os nove meses de gravidez. Nunca houve se<strong>que</strong>r <strong>um</strong>a pesquisa <strong>que</strong> mostrasse apoio<br />
majoritário <strong>para</strong> essa posição. O máximo <strong>que</strong> se pode dizer é <strong>que</strong> a maioria das pessoas<br />
pode apoiar o aborto nas situações extremamente raras de “casos difíceis”. Uma vez <strong>que</strong><br />
até mesmo estudos da indústria do aborto mostram <strong>que</strong> virtualmente nenh<strong>um</strong> aborto é<br />
feito por estas razões, é claro <strong>que</strong> a maioria dos brasileiros, conse<strong>que</strong>ntemente, <strong>não</strong><br />
apoia a imensa maioria dos abortos <strong>que</strong> são realizados.<br />
Dizer o contrário nada mais é do <strong>que</strong> propaganda política e as próprias ações da<br />
indústria do aborto provam isso. Qual<strong>que</strong>r <strong>um</strong> <strong>que</strong> acredite <strong>que</strong> seu ponto de vista tenha<br />
apoio majoritário conduzirá suas batalhas em direção ao poder legislativo, onde as<br />
maiorias governam. Mas o lobby do aborto faz o <strong>que</strong> for preciso <strong>para</strong> manter o assunto<br />
aborto fora da<strong>que</strong>les <strong>que</strong> têm a competência constitucional <strong>para</strong> legislar, lançando-a,<br />
assim, <strong>para</strong> dentro dos tribunais. Querem <strong>que</strong> o poder judiciário fuja da sua competência<br />
agindo de maneira usurpadora e abusiva, qual seja, legislando aquilo <strong>que</strong> eles sabem<br />
<strong>que</strong> jamais o povo, representado pelos congressistas, aprovará.<br />
Não vamos es<strong>que</strong>cer também <strong>que</strong>, antigamente, <strong>não</strong> havia consenso <strong>para</strong> proibir<br />
a escravidão ou permitir <strong>que</strong> as mulheres votassem. Houve também <strong>um</strong>a época em <strong>que</strong><br />
o consenso era de <strong>que</strong> a Terra era o centro do universo. De fato, a história mundial está<br />
repleta de exemplos em <strong>que</strong> “consenso” significa simplesmente <strong>que</strong> a maioria dos tolos<br />
estava de <strong>um</strong> lado. Além disso, se o consenso é o <strong>que</strong> deveria impulsionar a política do<br />
aborto, essa é mais <strong>um</strong>a razão <strong>para</strong> proibi-lo já <strong>que</strong> certamente <strong>não</strong> haverá consenso<br />
<strong>para</strong> legalizar o aborto de maneira irrestrita.<br />
A resposta ao aborto <strong>não</strong> está em fazê-lo contra a lei, mas em mudar ideias. Você<br />
<strong>não</strong> pode legislar a moralidade.<br />
A resposta <strong>para</strong> todos os problemas da h<strong>um</strong>anidade está em mudar ideias. Na<br />
verdade, <strong>não</strong> <strong>precisa</strong>ríamos de leis se todos fizessem sempre o <strong>que</strong> é certo, em vez do<br />
<strong>que</strong> é errado. Mas como esse dia nunca irá chegar, o papel da lei <strong>não</strong> é mudar ideias,<br />
mas restringir as cruéis. Como Martin Luther King disse <strong>um</strong>a vez, a lei pode <strong>não</strong> fazer<br />
as pessoas amá-lo, mas poderia impedi-las de linchá-lo.<br />
Em relação ao aborto, o governo <strong>não</strong> tem o direito de permitir <strong>que</strong> suas vítimas<br />
sejam abatidas, esperando <strong>que</strong> os assassinos mudem de opinião. Além disso, se o aborto<br />
<strong>não</strong> é assassinato, <strong>não</strong> <strong>precisa</strong>mos de <strong>um</strong>a mudança de ideias. Se é assassinato, a lei <strong>não</strong><br />
tem o direito de permitir <strong>que</strong> pessoas o façam.<br />
Embora seja verdade <strong>que</strong> a lei <strong>não</strong> pode tornar moral <strong>um</strong> alguém imoral, dizer<br />
<strong>que</strong> <strong>não</strong> legislamos a moralidade é idiota. Toda lei aprovada está solidificada sobre ideia<br />
de certo e errado. A lei é o mecanismo <strong>que</strong> a sociedade usa <strong>para</strong> decidir quais<br />
comportamentos ela tolerará ou <strong>não</strong>. Se essas decisões <strong>não</strong> forem baseadas em<br />
moralidade, em <strong>que</strong> elas deveriam se basear?
Vocês <strong>não</strong> têm o direito de dizer aos outros em <strong>que</strong> acreditar. Vocês são apenas<br />
extremistas anti-escolha (anti-aborto).<br />
Dado <strong>que</strong> a “escolha” é agora definida como o direito de matar milhões de<br />
crianças indefesas, somos de fato anti-escolha. Se isso também nos torna extremistas,<br />
<strong>que</strong> assim seja.<br />
No entanto, afirmar <strong>que</strong> estamos tentando dizer às pessoas em <strong>que</strong> acreditar é<br />
absurdo. Leis são passadas <strong>para</strong> controlar o comportamento, <strong>não</strong> o pensamento. As leis<br />
<strong>que</strong> proíbem o assalto à mão armada <strong>não</strong> estão de forma alg<strong>um</strong>a preocupadas com o <strong>que</strong><br />
as pessoas pensam sobre o assalto à mão armada, desde <strong>que</strong> <strong>não</strong> cometam. É assim <strong>que</strong><br />
vemos o aborto. Nós realmente <strong>não</strong> nos importamos com o <strong>que</strong> as pessoas pensam sobre<br />
os nascituros, contanto <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> os matem.<br />
Como os con<strong>ser</strong>vadores podem justificar <strong>que</strong> o governo tire os direitos de <strong>um</strong><br />
cidadão?<br />
A liberdade de intervenção do governo <strong>não</strong> significa <strong>que</strong> o governo esteja<br />
disposto a desviar o olhar enquanto <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano abate outro. De fato, <strong>um</strong> princípio<br />
básico do con<strong>ser</strong>vadorismo é <strong>que</strong>, se existe apenas <strong>um</strong>a razão <strong>para</strong> o governo existir, é<br />
<strong>para</strong> proteger as vidas da<strong>que</strong>les <strong>que</strong> são governados.<br />
O aborto deve <strong>ser</strong> seguro, legal e raro.<br />
Esta é a retórica de <strong>um</strong> covarde <strong>que</strong> sabe <strong>que</strong> o aborto é assassinato, mas <strong>não</strong> tem<br />
o caráter e a coragem <strong>para</strong> se levantar contra ele. Políticos pró-escolha convictos<br />
recorrem fre<strong>que</strong>ntemente a esse absurdo, em <strong>um</strong> esforço <strong>para</strong> <strong>não</strong> parecer tão extremos<br />
diante de <strong>um</strong> público americano <strong>que</strong> eles sabem <strong>que</strong> está enjoado com o aborto.<br />
O fato é <strong>que</strong>, se o aborto é a morte intencional de <strong>um</strong>a criança, <strong>não</strong> há defesa<br />
<strong>para</strong> <strong>que</strong> seja legal e se <strong>não</strong> for a morte intencional de <strong>um</strong>a criança, <strong>não</strong> há necessidade<br />
de <strong>ser</strong> rara. Além disso, se o aborto legalizado é <strong>um</strong>a coisa tão poderosa <strong>para</strong> as<br />
mulheres, por <strong>que</strong> <strong>que</strong>remos <strong>que</strong> seja raro? Se o aborto <strong>não</strong> é o assassinato intencional<br />
de <strong>um</strong>a criança, por <strong>que</strong> seu uso - mesmo em números extremamente altos - <strong>ser</strong>ia <strong>um</strong><br />
problema? E se realmente é <strong>um</strong> direito constitucional, os EUA deveriam estar<br />
celebrando isso, <strong>não</strong> tentando tornar isso raro. Ninguém diz <strong>que</strong> a liberdade de<br />
expressão ou a liberdade religiosa devem <strong>ser</strong> raras. Então, por <strong>que</strong> aplicar esse padrão<br />
irracional ao aborto?
AS QUESTÕES MAIS POLÊMICAS<br />
(Aborto em caso de estupro, feto com alg<strong>um</strong>a deficiência, oriundo de incesto ou quando<br />
a vida da mulher está em risco).<br />
Eu sou pró-vida, mas acho <strong>que</strong> o aborto deveria <strong>ser</strong> permitido em certas situações.<br />
Alg<strong>um</strong>as pessoas se dizem pró-vida, apesar de dizer <strong>que</strong> o aborto deveria <strong>ser</strong><br />
permitido em alguns casos. Os mais comuns são quando a gravidez ameaça a vida ou a<br />
saúde da mãe, quando a gravidez é resultado de estupro ou incesto, ou quando o feto<br />
está deficiente. Outras pessoas até se dizem pró-vida simplesmente por<strong>que</strong> dizem <strong>que</strong> o<br />
aborto voluntário deve <strong>ser</strong> legal apenas durante o primeiro trimestre.<br />
Para ver quão intelectualmente desonestas são essas posições, <strong>para</strong>fraseie-as. Por<br />
exemplo: "Eu sou pró-vida, mas <strong>não</strong> há problema em matar bebês <strong>que</strong> foram concebidos<br />
em estupro" ou "sou pró-vida, mas <strong>não</strong> há problema em matar crianças com síndrome<br />
de Down" ou "sou pró-vida", mas <strong>não</strong> há problema em matar bebês durante os primeiros<br />
estágios de suas vidas”, etc. Quando <strong>para</strong>fraseada dessa forma, a filosofia “pró-vida<br />
com exceções” sempre se contradiz. É tão irracional quanto dizer: “Todo mundo tem o<br />
direito de <strong>ser</strong> livre, mas a escravidão deve <strong>ser</strong> legal em certas situações”.<br />
Para <strong>ser</strong> exato, quando alguém diz <strong>que</strong> eles são “pró-vida com exceções”, o <strong>que</strong><br />
eles realmente estão dizendo é <strong>que</strong> eles apoiam a “escolha” de matar alguns bebês<br />
(a<strong>que</strong>les fruto de estupros, deficientes físicos, etc.), mas se opõem à "escolha" <strong>para</strong><br />
matar os outros. Em outras palavras, a única maneira honesta de definir sua posição é<br />
“pró-aborto com exceções”.<br />
Por <strong>que</strong> o aborto deveria <strong>ser</strong> ilegal se a gravidez ameaça a vida da mulher?<br />
No momento em <strong>que</strong> concordamos <strong>que</strong> existem alg<strong>um</strong>as circunstâncias em <strong>que</strong> é<br />
permitido matar intencionalmente <strong>um</strong>a criança, adotamos, de fato, a posição próescolha.<br />
Isso é algo compreendido até mesmo pela líder da mais prolífica máquina de<br />
matar bebês <strong>que</strong> o mundo já conheceu. Em 4 de agosto de 2004, a presidente da Planned<br />
Parenthood, Gloria Feldt, estava na rádio KABC em Los Angeles e disse isso sobre os<br />
pró-vida: “… se <strong>você</strong> pressioná-los, eles quase sempre dirão <strong>que</strong> acreditam em qual<strong>que</strong>r<br />
caso onde a vida da mulher - se a vida de <strong>um</strong>a mulher está em jogo - <strong>que</strong> deve<br />
prevalecer ... então eles já são, em alg<strong>um</strong> grau, pró-escolha, eles simplesmente <strong>não</strong><br />
sabem disso.”<br />
No front legal, alguns estudiosos sugeriram <strong>que</strong> se a lei alg<strong>um</strong>a vez proibisse o<br />
aborto, exceto <strong>para</strong> salvar a vida da mãe, se <strong>um</strong>a mulher alegasse <strong>que</strong> ela cometeria<br />
suicídio se fosse negado <strong>um</strong> aborto, isso satisfaria a definição legal de <strong>um</strong>a ameaça à<br />
sua vida.<br />
Do ponto de vista pró-vida, quando se mostra ao público <strong>que</strong> <strong>um</strong> arg<strong>um</strong>ento<br />
legítimo pode <strong>ser</strong> feito contra o aborto mesmo nessa situação, fica mais fácil <strong>para</strong><br />
entenderem por <strong>que</strong> <strong>não</strong> deveria haver exceções sob nenh<strong>um</strong>a circunstância. Afinal,<br />
esse é o “padrão ouro” <strong>para</strong> exceções.<br />
A defesa dessa posição começa com o reconhecimento de <strong>que</strong>, com a medicina<br />
moderna, as chances de <strong>que</strong> a continuação de <strong>um</strong>a gravidez até o ponto onde possa
matar a mãe são extraordinariamente raras. No entanto, nos casos em <strong>que</strong> essa<br />
possibilidade possa existir, a <strong>que</strong>stão crucial é a intenção.<br />
Se <strong>um</strong> acidente de carro encurralou dois passageiros de tal maneira <strong>que</strong> salvar<br />
<strong>um</strong> deles poderia tirar a vida do outro, o pessoal de emergência, no local, nunca mataria<br />
intencionalmente <strong>um</strong> <strong>para</strong> tirar o outro. Em vez disso, eles fariam todo o possível <strong>para</strong><br />
salvar ambos. Se nesse processo alguém perde a sua vida, isso <strong>ser</strong>ia visto como <strong>um</strong><br />
resultado lamentável, mas inevitável. Essa dinâmica se aplica quando <strong>um</strong>a gravidez<br />
ameaça a vida da mãe. O médico da mulher deve <strong>ser</strong> orientado a fazer todo o possível<br />
<strong>para</strong> salvar a mãe e o bebê. Se nesse esforço a criança morre, isso deve <strong>ser</strong> considerado<br />
<strong>um</strong> desfecho inevitável, portanto legal. No entanto, é tão moralmente indefensável<br />
matar o bebê <strong>para</strong> salvar a mãe quanto <strong>ser</strong>ia matar a mãe <strong>para</strong> salvar o bebê.<br />
Em s<strong>um</strong>a, a posição de “sem exceções” <strong>não</strong> é <strong>que</strong> os direitos do bebê sejam<br />
superiores aos da mãe, mas <strong>que</strong> sejam iguais. É <strong>um</strong>a posição <strong>que</strong> protege as mulheres<br />
sem ceder à visão irracional e moralmente falida de <strong>que</strong> às vezes é “necessário” matar<br />
seus filhos.<br />
Como <strong>você</strong> pode dizer a <strong>um</strong>a mulher cujo feto é deficiente <strong>que</strong> ela <strong>precisa</strong> tê-lo?<br />
Para começar, quando <strong>um</strong>a mulher está grávida, ela <strong>não</strong> tem escolha a <strong>não</strong> <strong>ser</strong><br />
“ter o bebê”. A <strong>que</strong>stão é se ela terá <strong>um</strong> bebê vivo ou <strong>um</strong> bebê morto. Além disso, os<br />
médicos às vezes cometem erros e <strong>não</strong> é incom<strong>um</strong> as mulheres darem à luz bebês<br />
saudáveis após <strong>ser</strong>em previamente informadas de <strong>que</strong> seus filhos tinham problemas.<br />
Alguns médicos erram até mesmo na hora de dizer qual sexo o bebê possui.<br />
O mais importante, no entanto, é <strong>que</strong> as pessoas com deficiências <strong>não</strong> são menos<br />
valiosas do <strong>que</strong> as <strong>que</strong> <strong>não</strong> têm. E ninguém tem o direito de decidir <strong>que</strong> suas vidas <strong>não</strong><br />
valem a pena viver ou proteger - nem mesmo suas mães.<br />
Um dos aspectos mais incríveis da abordagem do lobby do aborto <strong>para</strong> os<br />
deficientes é <strong>que</strong> eles tentam vendê-lo como algo compassivo. O <strong>que</strong> muitas vezes é<br />
es<strong>que</strong>cido em tudo isso é o fato de <strong>que</strong> a “escolha” <strong>que</strong> eles oferecem <strong>não</strong> é entre <strong>um</strong>a<br />
vida com deficiências ou <strong>um</strong>a sem, mas entre <strong>um</strong>a vida com deficiências ou nenh<strong>um</strong>a<br />
vida. Quando os apologistas do aborto clamam essa compaixão, vamos reconhecer <strong>para</strong><br />
<strong>que</strong>m esta compaixão está sendo mostrada. Não se enganem, o aborto de deficientes são<br />
feitos <strong>para</strong> nós, <strong>não</strong> <strong>para</strong> eles.<br />
Agora, se isso <strong>não</strong> é verdade e se realmente acreditamos nessa filosofia “melhor<br />
morto <strong>que</strong> incapacitado”, por <strong>que</strong> limitar nossa compaixão apenas aos <strong>não</strong>-nascidos?<br />
Talvez, como as seguintes pessoas estão sugerindo, "o direito de escolher" deve <strong>ser</strong><br />
estendido <strong>para</strong> além do útero.<br />
“Há poucas evidências de <strong>que</strong> o término da vida de <strong>um</strong>a criança nos primeiros meses após sua extração<br />
do útero pudesse <strong>ser</strong> encarado como assassinato... Parece mais des<strong>um</strong>ano matar <strong>um</strong> chimpanzé adulto<br />
do <strong>que</strong> <strong>um</strong> bebê recém-nascido, já <strong>que</strong> o chimpanzé tem maior consciência mental. O assassinato <strong>não</strong><br />
pode logicamente se aplicar a <strong>um</strong>a forma de vida com menos consciência mental do <strong>que</strong> <strong>um</strong> primata”.
Winston L. Duke<br />
Artigo: A Nova Biologia<br />
Revista Reason, agosto de 1972<br />
“Nenh<strong>um</strong> recém-nascido deve <strong>ser</strong> declarado h<strong>um</strong>ano até <strong>que</strong> tenha passado em certos testes com relação<br />
a sua herança genética e, se falhar nesses testes, perde o direito à vida.”<br />
Dr. Francis Crick<br />
Ganhador do prêmio Nobel<br />
Pacific News Service, janeiro de 1978<br />
“Em nosso livro Should the Baby Live, minha colega Helga Kuhse e eu sugerimos <strong>que</strong> <strong>um</strong> período de 28<br />
dias após o nascimento poderia <strong>ser</strong> permitido antes <strong>que</strong> <strong>um</strong> bebê fosse aceito como tendo o mesmo<br />
direito à vida <strong>que</strong> os outros.”<br />
Peter Singer<br />
Professor de Bio-Ética<br />
Universidade de Princeton<br />
“É razoável descrever o infanticídio como aborto pós-natal… O infanticídio é, na verdade, <strong>um</strong>a coisa<br />
muito h<strong>um</strong>ana quando se está lidando com bebês mal-educados. Podemos encorajá-lo sob certas<br />
condicionalidades do excesso populacional, especialmente quando <strong>você</strong> está lidando com crianças<br />
defeituosas”.<br />
Joseph Fletcher<br />
Professor de Ética<br />
Harvard Divinity School<br />
O infanticídio e o valor da vida<br />
Prometheus Books, 1978<br />
“O infanticídio tem <strong>um</strong>a continuidade lógica com o aborto e até mesmo com a contracepção”.<br />
Edward Pohlman, pesquisador<br />
Paternidade Planejada<br />
Psicologia do planejamento familiar<br />
Shankman Publishing<br />
Cambridge MA, 1967<br />
“Se <strong>um</strong>a criança <strong>não</strong> fosse declarada viva até três dias após o nascimento, então todos os pais poderiam<br />
ter a escolha <strong>que</strong> apenas alguns têm sob o sistema atual. O médico poderia permitir <strong>que</strong> a criança<br />
morresse se os pais assim escolhessem e poupar muita miséria e sofrimento”.<br />
Dr. James D. Watson<br />
Ganhador do prêmio Nobel<br />
Revista Time, 28 de maio de 1973<br />
Essas citações e muitas mais como elas, vêm de pessoas com credenciais próescolha<br />
muito bem estabelecidas. Lamentavelmente, atitudes como as deles são agora<br />
comuns dentro da chamada comunidade “bioética” e nos forçam a considerar quanto<br />
tempo levará até <strong>que</strong> o direito de matar <strong>um</strong>a criança imperfeita se torne a obrigação de<br />
fazê-lo. Em 1986, em <strong>um</strong> simpósio chamado “Diagnóstico pré-natal e seu impacto na<br />
sociedade”, o Dr. James Sorenson, professor de Ciências Sócio-Médicas da<br />
Universidade de Boston, ob<strong>ser</strong>vou <strong>que</strong> “a opinião americana está se movendo<br />
rapidamente <strong>para</strong> o ponto onde os pais <strong>que</strong> têm filhos anormais podem <strong>ser</strong> considerados
irresponsáveis”. Para ver <strong>que</strong> essa ob<strong>ser</strong>vação <strong>não</strong> é de todo improvável, compare sua<br />
citação com a <strong>que</strong>stão do tamanho da família.<br />
No passado, era com<strong>um</strong> os americanos terem famílias grandes. Mas agora, a<br />
atitude predominante é <strong>que</strong> os casais <strong>que</strong> têm mais de <strong>um</strong> ou dois filhos estão sendo<br />
egoístas e irresponsáveis. De fato, <strong>não</strong> é inédito <strong>para</strong> as pessoas <strong>que</strong> têm quatro ou cinco<br />
filhos <strong>ser</strong>em confrontados publicamente por estranhos. Isso é verdade mesmo <strong>para</strong><br />
a<strong>que</strong>les casais <strong>que</strong> <strong>que</strong>rem - e podem facilmente pagar - <strong>um</strong>a família grande.<br />
Essa atitude foi criada pela visão de <strong>que</strong> as famílias n<strong>um</strong>erosas <strong>não</strong> são mais<br />
“necessárias” e usam muitos <strong>ser</strong>viços e recursos públicos. O problema é <strong>que</strong> essas<br />
mesmas coisas também podem <strong>ser</strong> ditas sobre os deficientes.<br />
Hoje, nos EUA, existem estudos indicando <strong>que</strong> 90% de todos os nascituros <strong>que</strong><br />
são diagnosticados com síndrome de Down são executados no útero. Claramente,<br />
chega-se ao ponto em <strong>que</strong> quando o teste pré-natal revela <strong>um</strong> bebê menos <strong>que</strong> perfeito,<br />
o aborto é a posição padrão. Na verdade, as mulheres nessa situação cost<strong>um</strong>am dizer<br />
<strong>que</strong> sentem <strong>precisa</strong>r justificar <strong>que</strong> <strong>não</strong> haja <strong>um</strong> aborto. Agora parece <strong>que</strong> quando as<br />
pessoas ouvem <strong>que</strong> <strong>um</strong>a criança deficiente vai nascer, <strong>para</strong> muitos, seu primeiro<br />
pensamento é: “A mãe <strong>não</strong> sabia disso quando estava grávida?” Se é onde estamos - e<br />
estou convencido - então a previsão de Sorenson já se tornou realidade.<br />
Finalmente, se é <strong>ser</strong> compassivo executar <strong>um</strong> feto <strong>que</strong> pode ter <strong>um</strong>a deficiência e<br />
pode viver <strong>um</strong>a vida desagradável, <strong>ser</strong>ia ainda mais compassivo executar <strong>um</strong>a criança<br />
de cinco anos <strong>que</strong> sabemos <strong>que</strong> é deficiente e <strong>que</strong> está vivendo <strong>um</strong>a vida desagradável.<br />
Em outras palavras, enquanto as citações dadas anteriormente sugerem a extensão do<br />
“direito de escolha” apenas a <strong>um</strong> curto período de tempo após o nascimento, se o<br />
princípio subjacente é sólido, por <strong>que</strong> deveríamos <strong>para</strong>r por aí? Novamente, por <strong>que</strong><br />
colocar limites arbitrários em nossa compaixão?<br />
Lembre-se, quando os nazistas começaram a criar a “Raça Pura”, eles<br />
começaram executando os deficientes e vendendo isso como compaixão. Se vamos<br />
abraçar essa mesma filosofia, executar <strong>um</strong> nascido faz tanto sentido quanto executar <strong>um</strong><br />
nascituro.<br />
Por <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> foi vítima de estupro ou incesto tem <strong>que</strong> ter o filho?<br />
Quando a gravidez ocorre como resultado de estupro ou incesto, o bebê <strong>não</strong> é<br />
apenas o filho do estuprador, mas também da mulher. Hoje, <strong>não</strong> é incom<strong>um</strong> <strong>que</strong> as<br />
vítimas de estupro <strong>que</strong> abortaram seus filhos afirmem ter sido vítimas da violência de<br />
outra pessoa, mas <strong>não</strong> podem aceitar <strong>que</strong> inflijam violência a seu próprio bebê. Por<br />
outro lado, nunca se ouve dizer <strong>que</strong> <strong>um</strong>a vítima de estupro <strong>que</strong> <strong>não</strong> fez <strong>um</strong> aborto disse<br />
mais tarde <strong>que</strong> gostaria de tê-lo feito. De fato, elas fre<strong>que</strong>ntemente vêem o bebê como a<br />
única coisa boa <strong>que</strong> veio da situação.<br />
Há <strong>que</strong>m arg<strong>um</strong>ente <strong>que</strong> esse bebê <strong>ser</strong>ia <strong>um</strong> lembrete constante do estupro.<br />
Quando a adoção é sugerida, a resposta é <strong>que</strong> muitas mulheres <strong>não</strong> são emocionalmente<br />
capazes de carregar <strong>um</strong>a criança por nove meses e, depois, oferecê-la a outra pessoa<br />
<strong>para</strong> criar.
Em outras palavras, somos chamados a crer então <strong>que</strong> o tipo de mulher <strong>que</strong><br />
ficaria tra<strong>um</strong>atizada ao deixar seu filho com <strong>um</strong>a família amorosa ficaria mais feliz se<br />
seu bebê fosse brutalmente rasgado, jogado em <strong>um</strong>a lixeira e levado <strong>para</strong> <strong>um</strong> aterro<br />
sanitário.<br />
Mesmo <strong>que</strong> acreditássemos nisso, imaginemos <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher foi se<strong>que</strong>strada e<br />
mantida em cativeiro por dois anos, durante os quais ela deu à luz o filho de seu<br />
se<strong>que</strong>strador. Quando resgatada, a mulher diz <strong>que</strong> o bebê é <strong>um</strong> lembrete constante de<br />
sua provação, mas <strong>que</strong> ela <strong>não</strong> podia suportar entregá-lo a outra pessoa <strong>para</strong> criar. Nós<br />
permitiríamos <strong>que</strong> ela o matasse? Afinal, os mesmos fundamentos usados <strong>para</strong> justificar<br />
o aborto também existem nessa situação.<br />
Outras pessoas racionalizam o aborto por estupro e incesto por<strong>que</strong> a gravidez<br />
estava além do controle da mulher. Isso também é ilógico. Permitir <strong>que</strong> <strong>um</strong>a vítima de<br />
violência e brutalidade infligisse violência e brutalidade em seu próprio filho <strong>não</strong><br />
retornará o controle <strong>que</strong> o estuprador tomou dela, nem o dano físico ou psicológico <strong>que</strong><br />
lhe foi causado.<br />
Finalmente, nunca devemos es<strong>que</strong>cer <strong>que</strong> o feto criado por meio de <strong>um</strong> ato de<br />
violência <strong>não</strong> é <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano vivo menos do <strong>que</strong> a<strong>que</strong>le criado por meio de <strong>um</strong> ato de<br />
amor. E assim como <strong>não</strong> discriminaríamos <strong>um</strong>a criança de cinco anos <strong>que</strong> foi concebida<br />
em estupro ou incesto, tampouco devemos discriminar <strong>um</strong> nascituro <strong>que</strong> tenha sido<br />
concebido dessa maneira.<br />
Por <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher cujo bebê vai morrer de qual<strong>que</strong>r maneira <strong>não</strong> deveria fazer<br />
<strong>um</strong> aborto?<br />
Os médicos nem sempre têm razão quando fazem esse diagnóstico, mas, mesmo<br />
quando têm, há <strong>um</strong>a enorme distinção moral entre a morte natural e a morte intencional<br />
de <strong>um</strong>a criança. É o mesmo <strong>que</strong> a distinção entre <strong>um</strong> homem morrendo de <strong>um</strong> ata<strong>que</strong><br />
cardíaco ou sendo morto em <strong>um</strong> assalto.<br />
A <strong>que</strong>stão é, <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> adotamos esse padrão de <strong>que</strong> "vai morrer de qual<strong>que</strong>r<br />
maneira", por <strong>que</strong> aplicá-lo apenas aos <strong>não</strong> nascidos? Se <strong>um</strong> homem é acusado de<br />
homicídio, <strong>não</strong> deveríamos desistir das acusações se descobrirmos <strong>que</strong> a vítima tinha<br />
<strong>um</strong>a doença fatal? Ou quando certas experiências médicas são muito perigosas <strong>para</strong><br />
<strong>ser</strong>em tentadas em circunstâncias normais, por <strong>que</strong> <strong>não</strong> deveríamos forçar prisioneiros<br />
no corredor da morte a participar, já <strong>que</strong> eles vão morrer de qual<strong>que</strong>r jeito?
OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E A EDUCAÇÃO<br />
SEXUAL NAS ESCOLAS<br />
O aborto <strong>não</strong> é usado como controle de natalidade.<br />
Estatísticas publicadas por organizações pró-aborto, como o Instituto Alan<br />
Guttmacher, assim como os Centros de Controle de Doenças do governo dos EUA,<br />
expõem essa afirmação como <strong>um</strong>a mentira. Os dados mostram <strong>que</strong>: a) cerca de 35% de<br />
todas as mulheres americanas em idade fértil tiveram pelo menos <strong>um</strong> aborto até os 45<br />
anos. b) aproximadamente metade de todos os abortos são abortos repetidos; e c) apenas<br />
<strong>um</strong>a pe<strong>que</strong>na fração de abortos são feitos <strong>para</strong> os chamados “casos difíceis”, como<br />
estupro, incesto, risco à vida da mãe ou anomalias fetais.<br />
Em <strong>um</strong>a conferência da Federação Nacional de Aborto de 1994 em Ohio, a<br />
especialista em contracepção Paula Hillard, professora da Universidade de Cincinnati,<br />
citou <strong>um</strong> estudo mostrando <strong>que</strong> mais de <strong>um</strong> quarto das mulheres <strong>que</strong> faziam abortos<br />
usavam pílulas anticoncepcionais. A <strong>abortista</strong> Suzanne Poppema declarou: “… a visão<br />
geral <strong>que</strong> Paula fez foi fabulosa… é o tipo de informação <strong>que</strong> <strong>precisa</strong>mos mostrar às<br />
pessoas <strong>que</strong> as mulheres <strong>não</strong> usam o aborto como método de controle de natalidade,<br />
por<strong>que</strong> todas elas eram contraceptivas antes do mês <strong>que</strong> engravidaram”.<br />
Incrivelmente, esta mulher desnorteada está dizendo <strong>que</strong>, por<strong>que</strong> muitas<br />
mulheres <strong>que</strong> abortaram eram contraceptivas, isso prova <strong>que</strong> elas <strong>não</strong> estão usando o<br />
aborto como contracepção. Na verdade, isso prova exatamente o contrário! Os números<br />
de Hillard mostram claramente <strong>que</strong> o aborto está sendo rotineiramente usado como<br />
controle de natalidade de “backup”.<br />
Outra <strong>que</strong>stão <strong>que</strong> <strong>não</strong> deve <strong>ser</strong> es<strong>que</strong>cida é o fato de <strong>que</strong> ter o aborto disponível<br />
quando o controle de natalidade falha <strong>não</strong> protege as mulheres, mas torna-as mais fáceis<br />
de <strong>ser</strong>em exploradas sexualmente. Isso fica evidente quando oradores pró-vida visitam<br />
escolas <strong>para</strong> conversar com adolescentes sobre o aborto. Eles inevitavelmente<br />
descobrem <strong>que</strong> são os meninos <strong>que</strong> mais cruelmente defendem o aborto. Assim como os<br />
homens adultos, esses caras descobriram <strong>que</strong> o aborto é <strong>um</strong>a ferramenta de vendas <strong>para</strong><br />
convencer as garotas a fazer sexo e <strong>um</strong>a rede de segurança <strong>para</strong> evitar a<br />
responsabilidade se essas mesmas garotas acabarem grávidas. Isso pode ajudar a<br />
explicar por <strong>que</strong> as pesquisas consistentemente encontram maior apoio <strong>para</strong> o aborto<br />
legal de homens do <strong>que</strong> de mulheres.<br />
O aborto legalizado também tornou mais fácil <strong>para</strong> homens mais velhos<br />
explorarem sexualmente meninas menores de idade. Nos Estados Unidos, hoje, esse é<br />
<strong>um</strong> problema de proporções epidêmicas e sabemos agora <strong>que</strong> <strong>um</strong> grande contribuinte<br />
<strong>para</strong> isso é o fato de <strong>que</strong> a indústria do aborto conscientemente protege os homens <strong>que</strong><br />
atacam essas meninas. (Para obter informações sobre este assunto, acesse o<br />
ChildPredators.com ou entre em contato com a Life Dynamics <strong>para</strong> obter <strong>um</strong> relatório<br />
gratuito.)
A contracepção é a resposta ao aborto.<br />
Embora isso possa parecer lógico, na prática, agora está claro <strong>que</strong> a<br />
contracepção a<strong>um</strong>enta a atividade sexual em <strong>um</strong>a taxa maior do <strong>que</strong> a do uso de<br />
métodos contraceptivos. Isso se tornou aparente a partir da década de 1960, quando o<br />
dramático a<strong>um</strong>ento do uso da contracepção pelos Estados Unidos foi acompanhado por<br />
<strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento igualmente dramático na atividade sexual, gravidez <strong>não</strong> planejada, aborto e<br />
doenças sexualmente transmissíveis.<br />
Apesar disso, o lobby do aborto e os vendedores de pílulas continuam a<br />
comercializar a contracepção como o santo graal da prevenção da gravidez. Em privado,<br />
no entanto, o discurso é outro. O Dr. Robert Hatcher é <strong>um</strong> especialista amplamente<br />
reconhecido no campo da contracepção, professor de Obstetrícia e Ginecologia e autor<br />
do livro, Contraception Technology. Em 1995, em <strong>um</strong>a reunião da Federação Nacional<br />
de Aborto realizada em Nova Orleans, o Dr. Hatcher citou <strong>um</strong> estudo conduzido em<br />
Cornell e na Universidade da Pensilvânia, dizendo: “… metade das mulheres colocou<br />
Norplant e metade usou anticoncepcionais orais - agora escutem estes números - No<br />
final de 15 meses, de todas essas mulheres <strong>não</strong> <strong>que</strong>rendo engravidar, 38% das pacientes<br />
estavam grávidas! Trinta e oito por cento! O <strong>que</strong> estamos fazendo? Estamos dando a<br />
elas <strong>um</strong>a pílula da fertilidade!”<br />
A ob<strong>ser</strong>vação do Dr. Hatcher sobre a relação entre controle de natalidade e taxas<br />
de gravidez <strong>não</strong> é nova. Após <strong>um</strong>a conferência da Planned Parenthood de 1958, <strong>um</strong><br />
relatório foi publicado sobre suas descobertas, <strong>que</strong> incluiu a seguinte declaração: “Foi<br />
reconhecido pelos participantes da conferência <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong>a evidência científica foi<br />
desenvolvida <strong>para</strong> apoiar a alegação de <strong>que</strong> a maior disponibilidade de <strong>ser</strong>viços<br />
contraceptivos resultará claramente em <strong>um</strong>a diminuição na taxa de abortos ilegais.” (O<br />
fato desta citação se referir ao aborto ilegal é irrelevante. A <strong>que</strong>stão de como o uso da<br />
contracepção afeta as taxas de gravidez <strong>não</strong> é influenciada pelo status legal do aborto).<br />
Este relatório foi editado pela Dra. Mary Calderone, Diretora Médica da Planned<br />
Parenthood, e pelo Presidente do Comitê de Declarações, Alan Guttmacher, nomeado<br />
<strong>para</strong> o ramo de pesquisa da Planned Parenthood. Um dos participantes desta conferência<br />
foi o Dr. Alfred Kinsey. Quando <strong>um</strong> dos participantes continuou a incitar a<br />
contracepção como forma de erradicar o aborto, Kinsey respondeu: “Correndo o risco<br />
de <strong>ser</strong> repetitivo, eu lembro ao grupo <strong>que</strong> nós encontramos a maior frequência de aborto<br />
induzido no grupo <strong>que</strong>, em geral, mais fre<strong>que</strong>ntemente usa contraceptivos.”<br />
Outro problema com este arg<strong>um</strong>ento da “contracepção como <strong>um</strong>a cura <strong>para</strong> o<br />
aborto” é <strong>que</strong> muitos métodos comuns de contracepção são, na realidade, abortos.<br />
Quando o óvulo de <strong>um</strong>a mulher é fertilizado, <strong>um</strong>a nova vida h<strong>um</strong>ana é criada.<br />
Dentro de 24 horas, a divisão celular começa e, alguns dias depois, esse pe<strong>que</strong>nino <strong>ser</strong><br />
h<strong>um</strong>ano terá viajado <strong>para</strong> o ventre de sua mãe e se fixado lá. Essa nova vida é primeiro<br />
chamada de zigoto, depois <strong>um</strong> blastocisto, <strong>um</strong> embrião, <strong>um</strong> feto, <strong>um</strong> bebê, <strong>um</strong>a criança,<br />
<strong>um</strong> adolescente, <strong>um</strong> adulto, etc. Esses rótulos identificam os estágios do<br />
desenvolvimento h<strong>um</strong>ano, mas nenh<strong>um</strong> estágio é mais ou menos h<strong>um</strong>ano do <strong>que</strong> os<br />
outros.
Qual<strong>que</strong>r coisa <strong>que</strong> impeça esse processo de começar pode <strong>ser</strong> descrita com<br />
precisão como contracepção. No entanto, <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> a fertilização tenha ocorrido, a<br />
única coisa <strong>que</strong> pode <strong>para</strong>r o processo é a morte. Os fabricantes de pílulas<br />
anticoncepcionais, adesivos, injeções, pílulas do dia seguinte, etc., dizem <strong>que</strong> seus<br />
produtos se destinam a impedir a concepção, mas admitem <strong>que</strong>, quando isso falha, as<br />
drogas também podem impedir a implantação (do óvulo fecundado no ovário).<br />
Nesses casos, isso significa <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> impediram a gravidez, mas impediram<br />
<strong>que</strong> continuasse. Isso é aborto, <strong>não</strong> contracepção. Além disso, embora os dispositivos<br />
intra-uterinos (DIUs) sejam comercializados como contraceptivos, eles são projetados<br />
apenas <strong>para</strong> impedir a implantação. Novamente, isso é aborto, <strong>não</strong> contracepção.<br />
Em <strong>um</strong> esforço <strong>para</strong> esconder tudo isso das mulheres americanas, o lobby do<br />
aborto usa o termo inventado “pré-embrião” <strong>para</strong> descrever o estágio da vida h<strong>um</strong>ana,<br />
desde a fertilização até a implantação. Então eles afirmam <strong>que</strong>, <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> a mulher<br />
<strong>não</strong> está grávida até <strong>que</strong> ocorra a implantação, destruir esse “pré-embrião” ou impedi-lo<br />
de se implantar <strong>não</strong> é <strong>um</strong> aborto. Isto é pura bobagem. Não existe <strong>um</strong> “pré-embrião” e,<br />
mesmo <strong>que</strong> houvesse, <strong>ser</strong>ia irrelevante. Você poderia inventar o termo "pré-adulto" <strong>para</strong><br />
descrever adolescentes, mas isso <strong>não</strong> significaria <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> são <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos.<br />
Por <strong>que</strong> as mesmas pessoas <strong>que</strong> se opõem ao aborto sempre lutam contra a<br />
educação sexual nas escolas e o controle da natalidade?<br />
O movimento pró-vida nunca se opôs à educação sexual. O <strong>que</strong> nos opomos é<br />
aos programas de educação sexual <strong>que</strong> causaram a epidemia de gravidez na<br />
adolescência, doenças sexualmente transmissíveis e aborto.<br />
Na década de 1960, organizações como a Planned Parenthood começaram a<br />
pressionar por algo <strong>que</strong> chamavam de educação sexual baseada em contracepção “de<br />
valor neutro”. Eles alegaram <strong>que</strong> a maneira de reduzir a taxa relativamente pe<strong>que</strong>na de<br />
gravidez na adolescência, da<strong>que</strong>la época, era isolar a moralidade do sexo e ensinar às<br />
crianças a mecânica de ter relações sexuais sem engravidar. Com efeito, essa abordagem<br />
<strong>não</strong> era absolutamente neutra em termos de valor, simplesmente substituiu os valores<br />
tradicionais pelos valores da Planned Parenthood.<br />
Seu arg<strong>um</strong>ento <strong>para</strong> deixar valores morais fora da educação sexual é <strong>que</strong> ensinar<br />
a moralidade sexual é responsabilidade dos pais. No entanto, eles originalmente<br />
comercializaram a ideia de educação sexual nas escolas públicas dizendo <strong>que</strong> os pais<br />
<strong>não</strong> estavam conversando com seus filhos sobre sexo. Isso levanta a <strong>que</strong>stão: se os pais<br />
<strong>não</strong> estivessem conversando com seus filhos sobre sexo antes de <strong>ser</strong> ensinado nas<br />
escolas, o <strong>que</strong> os faria começar a fazer isso depois? Além disso, como essa mensagem é<br />
absorvida pelas crianças <strong>que</strong> moram em lares onde os pais falam sobre moralidade<br />
sexual? O <strong>que</strong> essas crianças pensam quando seus pais dizem <strong>que</strong> o sexo antes do<br />
casamento está errado, enquanto os professores dizem <strong>que</strong> <strong>não</strong> é certo nem errado?<br />
É claro, quando a filosofia de <strong>que</strong> o sexo pode <strong>ser</strong> moralmente neutro é entregue<br />
aos adolescentes, o resultado garantido é <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento na taxa em <strong>que</strong> são sexualmente<br />
ativos e foi exatamente o <strong>que</strong> aconteceu.
A<strong>que</strong>les <strong>que</strong> defendem essa abordagem baseada em contracepção de valor<br />
neutro dizem <strong>que</strong>, se o controle de natalidade fosse ensinado e seguido, a gravidez na<br />
adolescência <strong>não</strong> <strong>ser</strong>ia <strong>um</strong> problema. Isso <strong>não</strong> é apoiado pela experiência do mundo<br />
real. Depois <strong>que</strong> as escolas públicas dos Estados Unidos começaram a introduzir o sexo<br />
baseado em contracepção de valor neutro na década de 1960, nosso problema<br />
relativamente pe<strong>que</strong>no de gravidez na adolescência explodiu em <strong>um</strong>a epidemia de<br />
promiscuidade, gravidez na adolescência, aborto e doenças sexualmente transmissíveis.<br />
Além disso, as crianças agora estão fazendo sexo muito mais jovens. Quarenta anos<br />
atrás, <strong>para</strong> <strong>um</strong>a menina de 12 anos engravidar, teria sido notícia de primeira página.<br />
Hoje, nem é incom<strong>um</strong>.<br />
Apesar de seus fracassos bem doc<strong>um</strong>entados, o lobby do aborto continua a<br />
promover educação sexual baseada em contracepção de valor neutro, enquanto<br />
arg<strong>um</strong>enta <strong>que</strong> os programas baseados na abstinência são irrealistas por<strong>que</strong> os<br />
adolescentes vão fazer sexo <strong>não</strong> importando o <strong>que</strong> fizermos. Para entender a falácia<br />
disso, imagine <strong>que</strong> <strong>um</strong>a adolescente diga aos pais <strong>que</strong> ela <strong>não</strong> está interessada em fazer<br />
sexo, mas o namorado dela está pressionando-a.<br />
Nesse caso, seus pais devem dizer <strong>que</strong> ela está sendo irrealista por esperar <strong>que</strong><br />
ele seja abstinente? Eles devem aconselhá-la a pular na cama com ele ou simplesmente<br />
aceitar <strong>que</strong> ele sairá e fará sexo com outras garotas?<br />
Obviamente, nenh<strong>um</strong> pai decente diria isso à sua filha. Eles diriam a ela <strong>que</strong> a<br />
abstinência é inteiramente razoável.<br />
Então, se é realmente realista <strong>que</strong> <strong>um</strong> adolescente se abstenha por<strong>que</strong> sua<br />
namorada <strong>não</strong> <strong>que</strong>r fazer sexo, então é tão real <strong>para</strong> ele também se abster, por<strong>que</strong><br />
aprendeu <strong>que</strong> é a coisa certa a <strong>ser</strong> feita. O arg<strong>um</strong>ento de <strong>que</strong> as crianças vão fazer sexo<br />
<strong>não</strong> importando o <strong>que</strong> fizermos é <strong>um</strong>a mentira. O máximo <strong>que</strong> se pode dizer é <strong>que</strong><br />
alg<strong>um</strong>as crianças fazem sexo, <strong>não</strong> importa o <strong>que</strong> façamos.<br />
Hoje, muitos engenheiros sociais liberais reconhecem <strong>que</strong> estão entre a cruz e a<br />
espada. Eles detestam a mensagem de abstinência, mas veem <strong>que</strong> ela ganhou<br />
popularidade entre os pais <strong>que</strong> viram <strong>que</strong> a educação sexual baseada em contracepção<br />
de valor neutro tem sido <strong>um</strong> desastre. Então, agora eles estão estimulando o<br />
“Abstinence-Plus” ou o “Comprehensive Sex Education”. Tentando parecer razoáveis,<br />
agora afirmam apoiar programas baseados em abstinência como <strong>um</strong> complemento aos<br />
programas baseados em contracepção. Alguns até mesmo concordam relutantemente<br />
<strong>que</strong> a abstinência pode <strong>ser</strong> primária.<br />
Isto é <strong>um</strong>a fraude. Essas pessoas sabem <strong>que</strong> empurrar a contracepção e a<br />
abstinência juntas neutralizam a mensagem da abstinência. Não é diferente dos pais<br />
dizerem aos seus filhos adolescentes: "Não beba e dirija, mas, se fizer isso, <strong>não</strong> derrube<br />
nada nos bancos do carro" ou "Não f<strong>um</strong>e, mas se fizer isso, use cigarros com filtro" ou<br />
“Não use heroína, mas se fizer isso, <strong>não</strong> deixe agulhas por aí onde seu irmãozinho pode<br />
pegá-las” ou “Não dirija o meu carro novo enquanto eu estiver fora da cidade, mas se<br />
<strong>você</strong> fizer isso, reponha a gasolina <strong>que</strong> <strong>você</strong> usou”.<br />
O fato é <strong>que</strong> a epidemia de gravidez na adolescência, aborto e doenças<br />
sexualmente transmissíveis foi causada por <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento dramático na atividade sexual
entre crianças e nem todos os pre<strong>ser</strong>vativos e pílulas anticoncepcionais no mundo <strong>não</strong><br />
vão mudar isso. A única solução <strong>para</strong> reduzir a taxa de atividade sexual das crianças é<br />
acabar com as mensagens confusas a esse respeito.<br />
Alg<strong>um</strong>as pessoas arg<strong>um</strong>entam <strong>que</strong> os programas <strong>para</strong> manter abstinência<br />
desconsideram as crianças <strong>que</strong> <strong>não</strong> permanecem abstinentes e as colocam em maior<br />
risco de gravidez, doenças e aborto. Até certo ponto, isso pode <strong>ser</strong> <strong>um</strong> arg<strong>um</strong>ento<br />
válido. No entanto, <strong>não</strong> significa <strong>que</strong> programas somente de abstinência <strong>não</strong> devam <strong>ser</strong><br />
adotados.<br />
Quando as leis <strong>que</strong> exigem <strong>que</strong> as crianças sejam colocadas em assentos de<br />
segurança infantil estavam sendo votadas, já se sabia <strong>que</strong> em alguns casos crianças<br />
morreriam por estarem utilizando tais assentos. Por exemplo, quando os carros<br />
acidentalmente entram em <strong>um</strong> rio ou lago, alg<strong>um</strong>as crianças se afogam quando seus pais<br />
entram em pânico e <strong>não</strong> conseguem tirá-los de seus assentos. Outras crianças morrerão<br />
em incêndios veiculares por<strong>que</strong> seus pais ficarão inconscientes durante o acidente e <strong>não</strong><br />
estarão disponíveis <strong>para</strong> tirá-los do banco de segurança. Em alguns acidentes, crianças<br />
<strong>que</strong> poderiam ter sido jogadas dos carros e sobrevivido morrerão amassadas nas<br />
ferragens por estarem presas ao assento.<br />
Os legisladores <strong>que</strong> apoiaram essas leis de contenção de crianças estavam<br />
cientes desses riscos. Mas, ao aprovar essas leis, eles <strong>não</strong> estavam dizendo: "Estamos<br />
dispostos a descartar a<strong>que</strong>las crianças <strong>que</strong> vão morrer por<strong>que</strong> estarão usando <strong>um</strong>a<br />
cadeirinha". Ao invés disso, eles reconheceram <strong>que</strong> os assentos de segurança infantil<br />
salvam mais vidas do <strong>que</strong> <strong>não</strong>. Em <strong>um</strong> mundo perfeito, eles <strong>ser</strong>iam capazes de aprovar<br />
<strong>um</strong>a lei <strong>para</strong> salvar todas as crianças <strong>que</strong> sofressem <strong>um</strong> acidente de carro, mas acontece<br />
<strong>que</strong> nós <strong>não</strong> vivemos em tal mundo, sendo assim temos <strong>que</strong> salvar o máximo de vidas<br />
possíveis.<br />
Essa dinâmica também se aplica à educação sexual baseada na abstinência.<br />
Ninguém acredita <strong>que</strong> salvará todas as crianças, mas salvará o maior número possível de<br />
crianças. Por outro lado, é pura loucura acreditar <strong>que</strong> a educação sexual baseada em<br />
contracepção de valor neutro é <strong>um</strong>a solução <strong>para</strong> os enormes problemas sociais <strong>que</strong><br />
foram criados pela própria educação sexual baseada em contracepção.<br />
A verdadeira <strong>que</strong>stão é por <strong>que</strong> organizações como a Planned Parenthood<br />
continuam a incentivá-la? A resposta é <strong>que</strong>, <strong>para</strong> eles, <strong>não</strong> falhou. Ela forneceu <strong>um</strong><br />
fluxo constante de clientes <strong>para</strong> suas pílulas anticoncepcionais, abortos e tratamentos<br />
<strong>para</strong> doenças sexualmente transmissíveis.<br />
Para ver <strong>que</strong> o objetivo real do sistema de educação sexual da Planned<br />
Parenthood é criar <strong>um</strong> mercado <strong>para</strong> o seu negócio de “cuidados de saúde reprodutiva”,<br />
lembre-se de <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão das décadas de 1950 e 1960. Na<strong>que</strong>la época, os ditos-cujos da<br />
Planned Parenthood estavam constantemente reclamando sobre o <strong>que</strong> eles chamavam de<br />
“duplo padrão”. Eles dis<strong>ser</strong>am <strong>que</strong> era injusto <strong>que</strong> garotas sexualmente ativas fossem<br />
rotuladas como vagabundas, enquanto garotos sexualmente ativos eram vistos apenas<br />
como garanhões espalhando sua semente selvagem. E mesmo <strong>que</strong> suas objeções a essa<br />
hipocrisia fossem certamente aprovadas, foi a solução <strong>para</strong> o problema <strong>que</strong> expôs sua<br />
agenda oculta.
Uma vez <strong>que</strong> eles foram autorizados a entrar nas salas de aula da nação, eles <strong>não</strong><br />
trabalharam em prol dos padrões mais elevados dos meninos, eles levaram a sociedade a<br />
aceitar padrões mais baixos de suas meninas. Eles entenderam <strong>que</strong> padrões mais altos<br />
<strong>para</strong> meninos reduziriam a demanda por seus produtos, mas padrões mais baixos <strong>para</strong><br />
meninas a<strong>um</strong>entariam a demanda.<br />
Com efeito, a educação sexual baseada em contracepção de valor neutro <strong>não</strong> era<br />
<strong>um</strong>a política social tanto quanto <strong>um</strong> plano de negócios. A parte “de valor neutro”<br />
garantiria <strong>um</strong>a explosão na atividade sexual de adolescentes e criaria a base <strong>para</strong> <strong>um</strong>a<br />
indústria de “saúde reprodutiva” <strong>que</strong> eles pretendiam dominar.<br />
Infelizmente, o plano deles funcionou. Hoje, as adolescentes são tão “liberadas”<br />
<strong>para</strong> <strong>ser</strong>em sexualmente promíscuas quanto os adolescentes e o resultado tem sido <strong>um</strong>a<br />
bonança financeira <strong>para</strong> a Planned Parenthood. Todos os anos, arrecadam centenas de<br />
milhões de dólares em impostos <strong>para</strong> re<strong>para</strong>r problemas <strong>que</strong> o sistema de educação<br />
sexual deles criou em primeiro lugar. Os Estados Unidos estão aprendendo da maneira<br />
mais difícil <strong>que</strong> permitir <strong>que</strong> pilantras amorais da indústria da "saúde reprodutiva"<br />
ensinem crianças sobre sexo é como contratar traficantes de crack <strong>para</strong> ensiná-los sobre<br />
drogas.<br />
Embora possa <strong>ser</strong> difícil <strong>para</strong> alg<strong>um</strong>as pessoas aceitar <strong>que</strong> a Planned Parenthood<br />
infligiria esse tipo de miséria às crianças <strong>para</strong> obter ganhos políticos ou financeiros, elas<br />
devem ter em mente <strong>que</strong> as corporações <strong>não</strong> trabalham contra seus próprios interesses.<br />
Todos nós já vimos <strong>que</strong> as empresas de álcool e tabaco já tiveram como alvo crianças e<br />
<strong>ser</strong>ia ingênuo pensar <strong>que</strong> essas corporações multinacionais gigantescas<br />
comercializariam produtos prejudiciais <strong>para</strong> crianças, mas outras <strong>não</strong>. A realidade é <strong>que</strong><br />
a gravidez na adolescência é <strong>um</strong>a vaca da Planned Parenthoode e seu sistema de<br />
educação sexual escolar a mantém bem alimentada.<br />
Por <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> está agindo com responsabilidade deve <strong>ser</strong> forçada a <strong>ser</strong><br />
mãe apenas por<strong>que</strong> seu controle de natalidade falhou?<br />
A ideia de <strong>que</strong> quando alguém está "agindo com responsabilidade" deve <strong>ser</strong><br />
imune às consequências é <strong>um</strong> dis<strong>para</strong>te. Mesmo quando as pessoas estão dirigindo seus<br />
carros com responsabilidade, elas ainda podem entrar em acidentes e ainda são<br />
responsáveis pelos danos <strong>que</strong> causam. No caso da atividade sexual, agir<br />
responsavelmente vai além de apenas tomar medidas <strong>para</strong> evitar a gravidez. Também<br />
está aceitando - antes de fazer sexo - <strong>que</strong> <strong>um</strong>a criança pode <strong>ser</strong> concebida. O aborto é<br />
permitir <strong>que</strong> as pessoas evitem essa parte de sua responsabilidade.<br />
Além disso, se as mulheres <strong>não</strong> devem <strong>ser</strong> forçadas a ass<strong>um</strong>ir as<br />
responsabilidades de ter <strong>um</strong> filho simplesmente por<strong>que</strong> seu controle de natalidade<br />
falhou, nós estendemos essa mesma opção aos homens? Se <strong>um</strong> homem estava “agindo<br />
com responsabilidade” usando <strong>um</strong> pre<strong>ser</strong>vativo e sua parceira estava “agindo com<br />
responsabilidade” usando <strong>um</strong> método de controle de natalidade, se resulta em <strong>um</strong>a<br />
gravidez e ele se oferece <strong>para</strong> pagar por <strong>um</strong> aborto, deveríamos dizer <strong>que</strong> ele c<strong>um</strong>priu<br />
suas obrigações legais? Isto é especialmente relevante, dado <strong>que</strong> se ela decidir abortar<br />
ele é legalmente impotente <strong>para</strong> impedi-la, mas se ela <strong>não</strong> abortar ele pode <strong>ser</strong> forçado a<br />
sustentar <strong>um</strong>a criança cuja execução intencional ele <strong>não</strong> poderia legalmente impedir. Se
o aborto é sobre direitos iguais - como afirma a corja pró-escolha - como a “paternidade<br />
forçada” pode estar certa se a “maternidade forçada” estiver errada?<br />
O aborto é mais seguro <strong>que</strong> o parto.<br />
Para começar, o aborto certamente <strong>não</strong> é mais seguro <strong>para</strong> o bebê. Quanto à mãe,<br />
se acreditarmos nesse mito de <strong>que</strong> o aborto é mais seguro <strong>que</strong> o parto e se o nosso<br />
objetivo é proteger as mulheres, por <strong>que</strong> <strong>não</strong> estamos encorajando as mulheres a abortar<br />
todas as suas gestações? Obviamente, isso salvaria a maioria das mulheres. Além disso,<br />
se estamos tentando proteger as mulheres de seus filhos, devemos permitir <strong>que</strong> as<br />
mulheres matem legalmente seus filhos também. Afinal de contas, os filhos às vezes<br />
causam a morte de <strong>um</strong> dos pais por <strong>um</strong> acidente e alguns até chegam a abusar ou<br />
assassinar <strong>um</strong> dia seus pais.
QUANTO ÀS PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO<br />
Por <strong>que</strong> <strong>você</strong> se opõe à pesquisa de tecidos fetais e pesquisas com células-tronco<br />
embrionárias quando tantas vidas poderiam <strong>ser</strong> salvas?<br />
O movimento pró-vida nunca se opôs à pesquisa médica responsável. Mas<br />
também sabemos <strong>que</strong> <strong>não</strong> há mais força maligna ou perigosa na terra do <strong>que</strong> a ciência<br />
sem moralidade. Se a pesquisa de tecido fetal ou a pesquisa com células-tronco<br />
embrionárias é moralmente defensável ou <strong>não</strong>, depende de como o tecido e as células<br />
são obtidos. Se o material vem de cordões <strong>um</strong>bilicais, ou placenta, ou de bebês <strong>que</strong><br />
morreram de alg<strong>um</strong>a maneira natural (aborto espontâneo, natimorto, acidente, etc.),<br />
poucas pessoas levantariam <strong>um</strong>a objeção moral.<br />
No entanto, os EUA cruzaram a linha quando começaram a usar partes retiradas<br />
de bebês <strong>que</strong> foram intencionalmente mortos por aborto e nós obliteramos a linha<br />
quando começamos a criar vida h<strong>um</strong>ana com o propósito declarado de destruí-la e usála<br />
em experimentos médicos.<br />
Imagine <strong>que</strong> <strong>um</strong>a equipe de pesquisadores desenvolveu <strong>um</strong>a droga <strong>que</strong> curaria câncer,<br />
doenças cardíacas e diabetes. Este medicamento milagroso é produzido a partir de <strong>um</strong>a<br />
substância química encontrada em pessoas saudáveis entre os 15 e os 55 anos e a<br />
quantidade necessária <strong>para</strong> tratar todo o país exigiria apenas cerca de 500 doadores por<br />
ano. Além disso, ensaios clínicos provaram <strong>que</strong> a droga era 100% eficaz e perfeitamente<br />
segura.<br />
A única desvantagem é <strong>que</strong> a colheita deste produto químico sempre mata o<br />
doador. Então, dado <strong>que</strong> milhões de pessoas poderiam <strong>ser</strong> salvas, deveríamos criar <strong>um</strong>a<br />
loteria nacional <strong>para</strong> selecionar 500 pessoas por ano <strong>para</strong> <strong>ser</strong>em mortas <strong>para</strong> fabricar a<br />
droga? De <strong>um</strong>a população de milhões, as chances de cada indivíduo de <strong>ser</strong> selecionado<br />
são pe<strong>que</strong>nas e alguns teriam morrido de acidentes ou doenças de qual<strong>que</strong>r maneira.<br />
Além disso, <strong>um</strong> certo número deles <strong>não</strong> teria levado vidas produtivas.<br />
Então, por <strong>que</strong> <strong>não</strong> sacrificar <strong>um</strong> punhado dessas pessoas todos os anos <strong>para</strong><br />
salvar milhões do horror do câncer, doenças cardíacas e diabetes? Tudo o <strong>que</strong> temos a<br />
fazer é estar disposto a dizer <strong>que</strong> de onde vem o produto químico é irrelevante, o <strong>que</strong> é<br />
<strong>precisa</strong>mente o <strong>que</strong> alg<strong>um</strong>as pessoas dizem atualmente sobre a pesquisa de tecidos fetais<br />
e a pesquisa com células-tronco embrionárias.<br />
Não pense por <strong>um</strong> momento <strong>que</strong> a situação hipotética acima é exagerada. Se<br />
pudéssemos voltar 50 anos e dizer às pessoas o <strong>que</strong> está acontecendo agora no campo da<br />
pesquisa médica e da biotecnologia, elas nos chamariam de insanas. Eles nunca<br />
acreditariam <strong>que</strong> as coisas <strong>que</strong> vemos acontecendo todos os dias ao nosso redor <strong>ser</strong>iam<br />
toleradas neste país. E só <strong>um</strong> tolo pensaria <strong>que</strong> isso é outra coisa se<strong>não</strong> a ponta do<br />
iceberg.<br />
Alg<strong>um</strong>as pessoas tentam racionalizar a pesquisa com células-tronco<br />
embrionárias sugerindo <strong>que</strong> é <strong>um</strong>a maneira de “fazer algo de bom” vir do aborto. Eles<br />
arg<strong>um</strong>entam <strong>que</strong> essas crianças já estão mortas e <strong>ser</strong>ão descartadas, <strong>que</strong>r as exploremos<br />
ou <strong>não</strong>. No momento em <strong>que</strong> compramos essa filosofia, <strong>não</strong> nos tornamos diferentes dos
andidos nazistas <strong>que</strong> roubaram os preenchimentos de ouro nos dentes dos judeus <strong>que</strong><br />
mataram em seus campos de concentração.<br />
O fato é <strong>que</strong> é moralmente repugnante <strong>que</strong> nós intencionalmente abatemos essas<br />
crianças inocentes em primeiro lugar e quando nós roubamos suas sepulturas tentando<br />
melhorar nossas vidas, nós nos desgraçamos ainda mais. Então, se a <strong>que</strong>stão é se<br />
deveríamos “descartar” esses bebês mortos ao invés de usá-los em experimentos<br />
médicos projetados <strong>para</strong> nos beneficiar, a resposta é <strong>um</strong> sim incondicional. Não temos o<br />
direito de nos beneficiar do nosso próprio mal.
FALSA COMPAIXÃO E HIPOCRISIA<br />
Alg<strong>um</strong>as crianças são obrigadas a levar <strong>um</strong>a vida terrível. O aborto <strong>não</strong> é melhor<br />
<strong>que</strong> isso?<br />
Em outras palavras, o aborto é feito por compaixão por <strong>que</strong>m está sendo rasgado<br />
em pedaços. Usando essa lógica pervertida, a escravidão também poderia <strong>ser</strong><br />
racionalizada. De <strong>um</strong> ponto de vista puramente utilitarista, pode-se arg<strong>um</strong>entar <strong>que</strong> <strong>um</strong>a<br />
pessoa é melhor como <strong>um</strong>a escrava bem cuidada nos Estados Unidos, do <strong>que</strong> morrendo<br />
lentamente de AIDS em alg<strong>um</strong>a ditadura do terceiro mundo.<br />
Além disso, como identificaremos quais crianças <strong>não</strong>-nascidas conduzirão essas<br />
vidas terríveis, <strong>para</strong> <strong>que</strong> nós, inadvertidamente, <strong>não</strong> façamos a carnificina de alg<strong>um</strong>as<br />
pessoas <strong>que</strong> possam ter <strong>um</strong>a vida boa? Só as mulheres <strong>que</strong> prometem dar a seus filhos<br />
vidas terríveis podem matá-los?<br />
Também sabemos <strong>que</strong> muitas crianças nascidas já vivem vidas terríveis. Então,<br />
por <strong>que</strong> <strong>não</strong> começamos a matá-las também? Afinal, se é compassivo matar gente <strong>que</strong><br />
possa viver <strong>um</strong>a vida terrível <strong>um</strong> dia no futuro, certamente é ainda mais compassivo<br />
matar alguém <strong>que</strong> sabemos estar vivendo <strong>um</strong>a vida terrível agora.<br />
Para acabar com o abuso infantil, <strong>precisa</strong>mos ter certeza de <strong>que</strong> toda criança é<br />
<strong>um</strong>a criança desejada.<br />
Primeiro, isso ignora completamente o fato de <strong>que</strong> o aborto em si é o melhor<br />
exemplo de abuso infantil. Segundo, o direito à vida de <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano <strong>não</strong> é<br />
determinado pelo fato de alg<strong>um</strong> outro <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano <strong>que</strong>rer ou <strong>não</strong>. Há muitas pessoas<br />
nascidas no mundo <strong>que</strong> poderíamos rotular como indesejadas, mas isso <strong>não</strong> significa<br />
<strong>que</strong> podemos matá-las. Quanto ao aborto, a vontade é <strong>um</strong>a função da h<strong>um</strong>anidade e do<br />
caráter da mãe. Não tem absolutamente nada a ver com o direito à vida de seu filho.<br />
Em terceiro lugar, essa ideia de prevenir o abuso infantil <strong>que</strong> pode ocorrer em<br />
alg<strong>um</strong> momento no futuro, executando as vítimas em potencial hoje, faz tanto sentido<br />
quanto tentar erradicar a violência doméstica contra esposas executando todas as<br />
mulheres casadas.<br />
Esse problema também pressupõe <strong>que</strong> as gravidezes indesejadas sempre<br />
produzem filhos indesejados. A verdade é <strong>que</strong>, mesmo entre as mulheres cujas<br />
gravidezes eram as mais indesejadas, é raro <strong>que</strong> elas <strong>não</strong> desejem seu bebê.<br />
Além disso, <strong>não</strong> há evidências de <strong>que</strong> crianças <strong>não</strong> planejadas - ou mesmo<br />
indesejadas - tenham mais probabilidade de <strong>ser</strong>em abusadas do <strong>que</strong> as planejadas ou<br />
desejadas. Pelo contrário, em 1980, o professor Edward Lenoski, da Universidade de<br />
Southern Califórnia, estudou mais de 600 casos de abuso infantil. Ele descobriu <strong>que</strong> em<br />
mais de 90% desses casos, os pais dis<strong>ser</strong>am <strong>que</strong> a criança <strong>que</strong> eles abusaram era <strong>um</strong>a<br />
criança desejada.
Se <strong>um</strong> bebê <strong>não</strong> é <strong>um</strong> recém-nascido branco e saudável, tem poucas chances de <strong>ser</strong><br />
adotado.<br />
Nos EUA, o National Counsel for Adoption (Conselho Nacional de Adoção) diz<br />
<strong>que</strong>, embora haja, de fato, <strong>um</strong>a longa lista de espera <strong>para</strong> bebês brancos e saudáveis, há<br />
também pais em listas de espera <strong>para</strong> bebês portadores de deficiências físicas e de<br />
minorias. Isto é confirmado pela Christian Homes and Special Kids, <strong>um</strong>a organização<br />
sem fins lucrativos fundada <strong>para</strong> apoiar famílias com crianças portadoras de<br />
necessidades especiais. Eles têm <strong>um</strong> banco de dados de centenas de famílias esperando<br />
<strong>para</strong> adotar crianças, mesmo com as mais sérias deficiências, incluindo crianças em<br />
condições terminais e a<strong>que</strong>las <strong>que</strong> nascem viciadas em drogas. A verdade é <strong>que</strong> as<br />
chances de <strong>um</strong> recém-nascido <strong>não</strong> <strong>ser</strong> adotado são minúsculas, independentemente das<br />
circunstâncias.<br />
Hoje, o problema com a adoção <strong>não</strong> são os bebês, mas crianças mais velhas e,<br />
como já nasceram, esse problema <strong>não</strong> tem nada a ver com o aborto. O lobby do aborto<br />
arg<strong>um</strong>enta <strong>que</strong> se os recém-nascidos <strong>não</strong> estiverem disponíveis, as famílias teriam maior<br />
probabilidade de adotar essas crianças mais velhas. Em outras palavras, a solução próescolha<br />
é forçar as pessoas a adotarem as crianças <strong>que</strong> a sociedade <strong>não</strong> <strong>que</strong>r adotar,<br />
matando brutalmente as crianças <strong>que</strong> elas <strong>que</strong>rem adotar.<br />
Se o lobby do aborto deseja <strong>que</strong> acreditemos <strong>que</strong> eles estão apenas matando<br />
bebês <strong>que</strong> ninguém <strong>que</strong>r, aqui está <strong>um</strong>a sugestão <strong>que</strong> resolverá todo o debate sobre o<br />
aborto de <strong>um</strong>a vez por todas. Vamos criar <strong>um</strong> banco de dados nacional de pessoas <strong>que</strong><br />
<strong>que</strong>rem adotar <strong>um</strong> bebê. Qual<strong>que</strong>r mulher grávida <strong>que</strong> <strong>não</strong> <strong>que</strong>ira seu bebê teria acesso a<br />
esse banco de dados. Se houver alguém no banco de dados <strong>que</strong> <strong>que</strong>ira adotar seu bebê,<br />
ela <strong>não</strong> poderia fazer <strong>um</strong> aborto. Mas se ninguém estiver disposto a levar seu bebê, ela<br />
poderia legalmente ter a criança morta por aborto.<br />
É claro <strong>que</strong> a indústria do aborto nunca aceitará este acordo por<strong>que</strong> eles sabem<br />
<strong>que</strong> isso iria arruinar imediatamente todos os seus campos de extermínio. Eles percebem<br />
<strong>que</strong> <strong>não</strong> existe tal coisa como <strong>um</strong> bebê indesejado e <strong>que</strong> cada criança <strong>que</strong> eles matam é<br />
procurada por alguém. Sua retórica de “nem toda criança é <strong>um</strong>a criança desejada” e a<br />
“doença da rejeição” são simplesmente golpes conjurados <strong>para</strong> justificar o aborto e criar<br />
<strong>um</strong> mercado <strong>para</strong> seu produto.<br />
Nos EUA, onde o aborto é liberado, há mais abortos do <strong>que</strong> pessoas esperando<br />
<strong>para</strong> adotar. O <strong>que</strong> fazemos depois <strong>que</strong> essas pessoas tiverem <strong>um</strong> bebê?<br />
Isso pressupõe <strong>que</strong>, <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> o aborto seja ilegal, toda mulher com <strong>um</strong>a<br />
gravidez <strong>não</strong> planejada colocará seu bebê <strong>para</strong> adoção. Isso claramente <strong>não</strong> é verdade,<br />
dado <strong>que</strong> mesmo as gravidezes mais indesejadas <strong>não</strong> produzem automaticamente bebês<br />
indesejados.<br />
Esta <strong>que</strong>stão também ass<strong>um</strong>e erroneamente <strong>que</strong> as pessoas nas listas de espera<br />
de adoção adotariam apenas <strong>um</strong> filho. Se a oferta de bebês a<strong>um</strong>entasse, o custo de<br />
adoção diminuiria e a maioria dessas pessoas adotaria mais de <strong>um</strong>a criança. Além disso,<br />
o custo reduzido de adoção a<strong>um</strong>entaria o número de famílias de baixa e média renda<br />
<strong>que</strong> poderiam adotar. Outros fatores <strong>que</strong> a<strong>um</strong>entam o número de potenciais pais
adotivos são o crescente problema da infertilidade e o fato de <strong>que</strong> agora há menos<br />
estigma associado às adoções por pais solteiros.<br />
E as crianças <strong>que</strong> são adotadas por pessoas <strong>que</strong> as abusam ou as negligenciam?<br />
Somente a máfia pró-escolha tentaria vender esse conceito de <strong>que</strong> as pessoas<br />
gastam milhares de dólares, sofrem com <strong>um</strong> processo de adoção desgastante e esperam<br />
por anos, apenas <strong>para</strong> <strong>que</strong> possam ter <strong>um</strong> filho <strong>para</strong> abusar sexualmente, torturar,<br />
abandonar, negligenciar ou matar. Mesmo na<strong>que</strong>les casos incrivelmente raros onde o<br />
abuso pode ocorrer em famílias adotivas, ele <strong>não</strong> pode se aproximar do horror de <strong>ser</strong><br />
brutalmente cortado por alg<strong>um</strong> <strong>abortista</strong>. É seguro ass<strong>um</strong>ir <strong>que</strong> crianças <strong>não</strong> nascidas<br />
prefeririam arriscar-se na pior família adotiva do <strong>que</strong> na melhor clínica de aborto.<br />
Vamos deixar outra coisa clara. A solução pró-escolha <strong>para</strong> a incrivelmente rara adoção<br />
ruim <strong>não</strong> é <strong>um</strong>a boa adoção, mas <strong>um</strong> aborto. Como sempre acontece, a única solução<br />
<strong>que</strong> essas pessoas têm <strong>para</strong> qual<strong>que</strong>r problema é matar bebês. Neste exemplo, a sugestão<br />
de <strong>que</strong> podemos resolver problemas de adoção executando os adotados é como dizer<br />
<strong>que</strong> podemos evitar os estupros executando as mulheres.<br />
E quando <strong>um</strong>a mulher diz <strong>que</strong> <strong>não</strong> pode carregar <strong>um</strong>a criança por nove meses e<br />
depois desistir dela <strong>para</strong> adoção?<br />
Se <strong>um</strong> homem dissesse à polícia <strong>que</strong> ele espancou sua ex-namorada até a morte<br />
por<strong>que</strong>, "se eu <strong>não</strong> posso tê-la, ninguém mais pode", ninguém iria aceitar isso como<br />
<strong>um</strong>a defesa <strong>para</strong> o <strong>que</strong> ele fez. Isso por<strong>que</strong> a sociedade espera <strong>que</strong> os homens aceitem<br />
<strong>que</strong> <strong>não</strong> são donos de suas esposas ou namoradas e <strong>que</strong> tenham força emocional <strong>para</strong><br />
lidar com o fato de <strong>que</strong> “a mulher deles” está com outro alguém. Mas a mentalidade<br />
pró-escolha é <strong>que</strong> as mulheres são muito histéricas e fracas <strong>para</strong> viver de acordo com<br />
esse padrão. Em vez disso, o comportamento <strong>que</strong> é repreensível e criminoso nos<br />
homens deve <strong>ser</strong> tratado como <strong>um</strong>a “escolha” <strong>para</strong> as mulheres. Também é interessante<br />
<strong>que</strong> as mesmas pessoas <strong>que</strong> dizem <strong>que</strong> as mulheres arriscam ficar tra<strong>um</strong>atizadas ao<br />
colocar seus bebês <strong>para</strong> a adoção, também vendem a ideia de <strong>que</strong> as mulheres nunca são<br />
tra<strong>um</strong>atizadas por terem aceitado <strong>que</strong> massacrassem os seus bebês.<br />
Por <strong>que</strong> <strong>você</strong> <strong>não</strong> ajuda pessoas <strong>que</strong> já estão aqui, como os moradores de rua?<br />
Primeiro, crianças <strong>não</strong> nascidas já estão aqui. Se <strong>não</strong> fosse esse o caso, <strong>não</strong><br />
haveria nada <strong>para</strong> matar. Em segundo lugar, há cerca de 3.000 centros de gravidez de<br />
risco nos Estados Unidos, cada <strong>um</strong> financiado e provido de pessoal pelo movimento<br />
pró-vida e cada <strong>um</strong> fornecendo seus <strong>ser</strong>viços gratuitamente. Terceiro, quando grupos<br />
pró-vida solicitam dinheiro <strong>para</strong> financiar esses centros, nosso maior problema é <strong>que</strong><br />
quase todos os <strong>que</strong> nos aproximamos também estão contribuindo <strong>para</strong> outras<br />
organizações cujo único propósito é ajudar pessoas.<br />
Essa afirmação de <strong>que</strong> os pró-vida só se importam com o aborto é <strong>um</strong>a mentira<br />
descarada. No entanto, vamos supor <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong> profissional em qual<strong>que</strong>r parte do<br />
mundo esteja envolvido em apenas <strong>um</strong> esforço <strong>para</strong> ajudar outras pessoas. O <strong>que</strong> isso<br />
tem a ver com nossos esforços <strong>para</strong> impedir <strong>que</strong> a máfia pró-escolha mate todos os<br />
bebês <strong>que</strong> eles conseguirem colocar em suas mãos? Onde está escrito <strong>que</strong> quando<br />
alguém tenta impedir <strong>que</strong> <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos inocentes sejam massacrados, eles são
esponsáveis por resolver todos os problemas sociais do mundo? Se <strong>um</strong> homem tenta<br />
impedir <strong>que</strong> <strong>um</strong>a criança pobre seja assassinada em <strong>um</strong> tiroteio, dizemos <strong>que</strong> <strong>não</strong> é da<br />
sua conta, a menos <strong>que</strong> ele tenha <strong>um</strong> plano <strong>para</strong> acabar com a pobreza?<br />
Existe <strong>um</strong> grupo legal chamado Projeto Inocência, <strong>que</strong> representa prisioneiros<br />
<strong>que</strong> alegam ter sido falsamente condenados. Eles foram bem sucedidos em n<strong>um</strong>erosos<br />
casos em <strong>que</strong> puderam provar <strong>que</strong> <strong>um</strong> homem estava no corredor da morte por <strong>um</strong><br />
assassinato <strong>que</strong> <strong>não</strong> cometeu.<br />
Quando estão tentando salvar a vida de <strong>um</strong> prisioneiro condenado <strong>que</strong> pode <strong>ser</strong><br />
inocente, eles deveriam <strong>ser</strong> aconselhados a desistir, a menos <strong>que</strong> estivessem fazendo<br />
algo sobre falta de moradia, abuso infantil, fome e todos os outros problemas sociais do<br />
mundo? Por mais ridículo <strong>que</strong> isso pareça, é <strong>precisa</strong>mente isso o <strong>que</strong> a multidão próescolha<br />
diz sobre o aborto. Eles dizem <strong>que</strong>, a menos <strong>que</strong> o movimento pró-vida possa<br />
resolver todos os problemas <strong>que</strong> <strong>um</strong>a garota por nascer possa enfrentar em sua vida, <strong>não</strong><br />
temos o direito de impedi-los de matá-la.<br />
A realidade é <strong>que</strong>, quando a escolha é entre ajudar pessoas <strong>que</strong> <strong>não</strong> têm onde<br />
morar ou ajudar pessoas <strong>que</strong> estão sendo massacradas aos milhões, temos <strong>que</strong> escolher<br />
o último.<br />
No entanto, se o público pró-escolha está tão preocupado com a falta de<br />
moradia, eles têm o poder de acabar com isso quando qui<strong>ser</strong>em. Tudo o <strong>que</strong> eles têm a<br />
fazer é escolher <strong>um</strong> morador de rua e levá-lo <strong>para</strong> casa. Como há mais defensores do<br />
aborto do <strong>que</strong> de pessoas sem-teto, isso acabaria com o problema instantaneamente, sem<br />
controvérsia e sem dinheiro dos impostos. Na verdade, eles poderiam usar esse plano de<br />
"adoção adulta" <strong>para</strong> eliminar a fome, a pobreza, o desemprego ou qual<strong>que</strong>r outro<br />
problema social.<br />
É claro <strong>que</strong> a multidão pró-escolha nunca vai <strong>que</strong>rer isso. Seu único interesse<br />
nos sem-teto, nos pobres, nos desempregados, nos famintos ou em qual<strong>que</strong>r outro grupo<br />
desfavorecido é usá-los como <strong>um</strong>a saia <strong>para</strong> se esconder, <strong>para</strong> <strong>que</strong> <strong>não</strong> tenham <strong>que</strong><br />
defender aquilo <strong>que</strong> fazem: o aborto.<br />
Nós temos <strong>um</strong>a nação de bebês tendo bebês.<br />
Por <strong>que</strong> <strong>um</strong>a grávida de 14 anos <strong>que</strong> <strong>que</strong>r dar à luz é apenas “<strong>um</strong> bebê tendo <strong>um</strong><br />
bebê”, mas <strong>um</strong>a adolescente de 14 anos <strong>que</strong> se submete ao aborto é “<strong>um</strong>a jovem<br />
exercendo os direitos sobre o seu corpo?” E por <strong>que</strong> a indústria do aborto <strong>não</strong> se refere a<br />
essas meninas como “bebês fazendo aborto”? Eles estão comercializando o aborto como<br />
alg<strong>um</strong> tipo de rito de passagem doentio? Se <strong>você</strong> tem 14 anos e dá a luz <strong>você</strong> é <strong>um</strong> bebê,<br />
mas é só se submeter ao aborto e de repente <strong>você</strong> se tornará <strong>um</strong>a mulher.<br />
Milhões de crianças já estão morrendo de fome.<br />
Só nos Estados Unidos, são abatidas mais de 3.000 crianças todos os dias pelo<br />
aborto, a porcentagem <strong>que</strong> teria vivido com fome é pe<strong>que</strong>na e o número <strong>que</strong> teria <strong>um</strong><br />
dia morrido de fome é, <strong>para</strong> todos os efeitos práticos, zero. As crianças <strong>que</strong> passam<br />
fome neste mundo vivem quase <strong>que</strong> exclusivamente em nações do terceiro mundo com<br />
regimes políticos corruptos <strong>que</strong> às vezes deixam o povo sem propósito e em países com
tecnologias agrícolas ineficientes e sistemas pobres de distribuição de alimentos.<br />
Poderíamos matar todos os bebês em gestação nos Estados Unidos pelos próximos 50<br />
anos e isso <strong>não</strong> resolveria nenh<strong>um</strong> desses problemas nem forneceria <strong>um</strong>a única<br />
colherada de comida <strong>para</strong> <strong>um</strong>a criança faminta.<br />
Além disso, se o derramamento de sangue é a solução <strong>para</strong> a fome, <strong>não</strong> faz<br />
sentido matar o feto. Nós deveríamos estar matando adultos, já <strong>que</strong> comem mais.<br />
Poderíamos economizar ainda mais alimentos estabelecendo <strong>um</strong>a idade pré-estabelecida<br />
onde determinaríamos <strong>que</strong> os mais velhos retirem mais calorias da cadeia alimentar do<br />
<strong>que</strong> a quantidade de bens <strong>que</strong> eles produzem <strong>para</strong> a sociedade. Quando alguém atingisse<br />
essa idade, nós simplesmente "os abateríamos" e tomaríamos a comida <strong>que</strong> eles teriam<br />
comido <strong>para</strong> nós. Dado <strong>que</strong> as clínicas de aborto já estão pre<strong>para</strong>das <strong>para</strong> esse tipo de<br />
coisa, expandir seus <strong>ser</strong>viços <strong>para</strong> incluir os idosos <strong>ser</strong>ia fácil e altamente lucrativo. O<br />
governo pode até estar disposto a dar alguns dólares em impostos, já <strong>que</strong> matar essas<br />
pessoas <strong>ser</strong>ia consideravelmente mais barato do <strong>que</strong> mantê-las no Medicare (SUS) e no<br />
Seguro Social.
QUANTO À QUESTÃO RELIGIOSA E O CRISTIANISMO<br />
Esta é <strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão religiosa e <strong>você</strong> <strong>não</strong> tem o direito de forçar suas crenças a<br />
outras pessoas. Mantenha seus Rosários longe dos meus ovários!<br />
Uma pessoa <strong>não</strong> <strong>precisa</strong> <strong>ser</strong> religiosa <strong>para</strong> dizer <strong>que</strong> é errado matar <strong>um</strong>a criança,<br />
assim como <strong>não</strong> é preciso <strong>ser</strong> religioso <strong>para</strong> dizer <strong>que</strong> é errado roubar dinheiro. Apenas<br />
por<strong>que</strong> muitos pró-vida são motivados por crenças religiosas, isso <strong>não</strong> faz do aborto<br />
<strong>um</strong>a <strong>que</strong>stão religiosa. Lembre-se, o movimento pelos direitos civis era fre<strong>que</strong>ntemente<br />
liderado por pastores e sediado em igrejas, mas isso <strong>não</strong> tornava os direitos civis <strong>um</strong>a<br />
<strong>que</strong>stão religiosa.<br />
Dizer <strong>que</strong> o aborto deve estar fora dos limites da lei, por<strong>que</strong> a maioria das<br />
pessoas pró-vida é cristã, é tão ilógico quanto dizer <strong>que</strong> devemos abolir as leis contra<br />
roubo, por<strong>que</strong> <strong>um</strong> dos Dez Mandamentos é: "Não roubarás". Vão começar a rejeitar as<br />
leis simplesmente por<strong>que</strong> são apoiadas pela religião, dado <strong>que</strong> <strong>não</strong> há praticamente nada<br />
ilegal <strong>que</strong> <strong>não</strong> seja também proibido pelas Escrituras, então teremos <strong>que</strong> acabar com<br />
todas as nossas leis.<br />
Quanto à <strong>que</strong>stão do ovário, nós, pró-vida, somos tão indiferentes aos ovários<br />
dos nossos oponentes quanto ao baço, vesícula biliar e amígdalas.<br />
É possível <strong>que</strong> alguém seja pró-escolha e cristão?<br />
Não. A doutrina cristã declara <strong>que</strong> Deus é o autor da vida e <strong>que</strong> Ele é incapaz de<br />
cometer erros. A partir dessas crenças, a única conclusão lógica <strong>que</strong> se pode tirar é <strong>que</strong>,<br />
quando a vida existe no útero, é da vontade de Deus <strong>que</strong> ela esteja lá. Dado <strong>que</strong> o apoio<br />
ao aborto legal nega essas duas realidades, por definição, é incompatível com a crença<br />
cristã.<br />
As pessoas <strong>que</strong> afirmam <strong>ser</strong> pró-escolha e cristãs estão, basicamente, afirmando<br />
três coisas. A primeira é <strong>que</strong> a vida <strong>não</strong> é <strong>um</strong> direito herdado de Deus, mas <strong>um</strong><br />
privilégio dado pelos <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos <strong>que</strong> podem tomá-la se “escolherem” fazê-lo. A<br />
segunda é <strong>que</strong> Deus é neutro se <strong>um</strong>a criança <strong>que</strong> Ele criou é brutalmente despedaçada.<br />
Finalmente, eles estão dizendo <strong>que</strong> é possível rejeitar as novas vidas inocentes <strong>que</strong> Deus<br />
cria sem rejeitar o próprio Deus. De <strong>um</strong>a perspectiva cristã, esses arg<strong>um</strong>entos são<br />
absurdos.<br />
A conclusão é <strong>que</strong>, <strong>um</strong> cristão <strong>não</strong> pode <strong>ser</strong> pró-escolha sobre a destruição<br />
intencional da vida h<strong>um</strong>ana inocente tanto quanto pode <strong>ser</strong> pró-escolha sobre estupro,<br />
roubo, escravidão, incesto, pedofilia, etc.<br />
A Bíblia <strong>não</strong> condena o aborto e Jesus nunca falou contra ele.<br />
Sugerir <strong>que</strong> a Bíblia é silenciosa sobre o aborto é <strong>um</strong>a mentira. Tanto no Antigo<br />
como no Novo Testamento, a linguagem usada <strong>para</strong> descrever pessoas nascidas e <strong>não</strong><br />
nascidas é a mesma. Por exemplo, em Lucas 1:41, o <strong>não</strong>-nascido João Batista é
chamado de “brephos”, <strong>que</strong> significa “bebê” em grego. Então, no próximo capítulo, o<br />
Jesus nascido também é chamado de "brephos". Também nos é dito <strong>que</strong> o bebê de<br />
Isabel pulou em seu ventre ao estar na presença de Maria. Devemos concluir <strong>que</strong> isso<br />
<strong>não</strong> faz nenh<strong>um</strong>a declaração sobre o nascituro? Se assim for, se a Bíblia é silenciosa<br />
sobre o aborto, então é lógico concluir também <strong>que</strong> a Escritura é indiferente sobre se<br />
essas mulheres teriam abortado Jesus e João Batista. Afinal de contas, pelo raciocínio<br />
pró-escolha, neste ponto eles nem existiam. (Alg<strong>um</strong>as referências bíblicas <strong>para</strong> o<br />
nascituro incluem: Gênesis 25: 22-24; Jó 31:15; Salmo 22: 9-10; Salmo 139: 13-16;<br />
Jeremias 1: 5; Oséias 12: 2-3; Lucas 1: 15; Lucas 1:41 e Êxodo 21: 22-24.)<br />
Além disso, nem todas as palavras proferidas por Jesus estão registradas nas<br />
Escrituras, de modo <strong>que</strong> <strong>não</strong> há como <strong>saber</strong> se Ele alg<strong>um</strong>a vez abordou o aborto ou <strong>não</strong>.<br />
Devemos lembrar também <strong>que</strong> <strong>não</strong> há registro de Jesus falando contra a escravidão - <strong>um</strong><br />
ponto <strong>que</strong> os apologistas da escravidão lembravam rotineiramente. De fato, a maioria de<br />
nossas leis se relaciona com comportamentos <strong>que</strong> nem Jesus nem a Bíblia abordaram<br />
especificamente.<br />
Eu sei <strong>que</strong> o aborto é errado, mas eu <strong>não</strong> sinto o Senhor me levando a tomar <strong>um</strong>a<br />
posição sobre isso.<br />
Imagine <strong>que</strong> <strong>um</strong> grupo de homens está do lado de fora de sua igreja em <strong>um</strong>a<br />
manhã de domingo, quando eles testemunham <strong>que</strong> <strong>um</strong>a jovem gritando está sendo<br />
estuprada e assassinada em <strong>um</strong> campo vizinho. Quando a polícia chega, eles perguntam<br />
a esses homens o <strong>que</strong> eles fizeram quando viram o <strong>que</strong> estava acontecendo. Eles<br />
respondem: “Bem, nós nos reunimos e oramos por ela e oramos <strong>para</strong> <strong>que</strong> o estuprador<br />
mudasse de opinião. Mas <strong>você</strong> sabe, somos cristãos e <strong>não</strong> sentimos o Senhor nos<br />
chamando <strong>para</strong> fazer algo a respeito.”<br />
Ninguém <strong>ser</strong>ia estúpido o suficiente <strong>para</strong> comprar esse absurdo. Todos <strong>saber</strong>iam<br />
<strong>que</strong> esses caras <strong>não</strong> se envolveram por<strong>que</strong> estavam mais preocupados com eles do <strong>que</strong><br />
com a garota. Era seguro e confortável dentro da igreja e a menina <strong>não</strong> valia os riscos<br />
<strong>que</strong> enfrentariam tentando salvá-la.<br />
Essa é <strong>um</strong>a analogia perfeita de como a igreja abordou o holocausto do aborto.<br />
Deus nos deu livre arbítrio e <strong>não</strong> cabe a nós julgar mulheres <strong>que</strong> abortam.<br />
Primeiro, <strong>não</strong> estamos julgando mulheres <strong>que</strong> se submetem a abortos - estamos<br />
tentando impedi-las. Segundo, devemos aplicar esse padrão de “livre arbítrio” a <strong>um</strong><br />
homem <strong>que</strong> está sendo julgado por matar sua esposa? Devemos dizer <strong>que</strong> <strong>não</strong> temos o<br />
direito de julgá-lo? Essa filosofia aplica-se indistintamente ou somente ao nascituro?<br />
Questões como estas são bons exemplos de como as pessoas de “mente aberta”<br />
podem <strong>ser</strong> a respeito do assassinato quando sabem <strong>que</strong> <strong>não</strong> são <strong>ser</strong>ão as assassinadas.<br />
De fato, o maior fator na batalha pelo aborto legalizado é <strong>que</strong> as pessoas <strong>que</strong> o<br />
defendem já nasceram. Em essência, essa batalha é sobre arrogância e egoísmo. É o<br />
outrora <strong>não</strong> nascido virando as costas <strong>para</strong> o <strong>que</strong> está por nascer e dizendo-lhe: “Você<br />
<strong>não</strong> é tão bom quanto nós. Você <strong>não</strong> merece viver em nosso mundo.” Claro, se essas<br />
pessoas pudessem <strong>ser</strong> transportadas de volta <strong>para</strong> o útero, <strong>um</strong>a aposta bastante segura é
<strong>que</strong> suas visões sobre “escolha” e “livre-arbítrio” <strong>ser</strong>iam bem diferentes - a menos até<br />
<strong>que</strong> eles nascessem.<br />
O aborto é apenas <strong>um</strong> dos muitos problemas com os quais a igreja deve se<br />
preocupar.<br />
Se o aborto é a tomada de <strong>um</strong>a vida h<strong>um</strong>ana - e mesmo muitos pró-aborto agora<br />
admitem abertamente <strong>que</strong> é - então os Estados Unidos está envolvido no maior<br />
holocausto da história mundial. Sugerir <strong>que</strong> isso está mesmo no mesmo universo <strong>que</strong><br />
qual<strong>que</strong>r outro assunto é indefensável. Se a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> dizem <strong>que</strong> o aborto é apenas "<strong>um</strong><br />
dos muitos problemas" fossem a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> poderiam <strong>ser</strong> fatiados vivos e terem seus<br />
crânios esmagados, <strong>você</strong> pode ter certeza de <strong>que</strong> eles estariam falando de outra maneira.<br />
A estratégia por trás da equalização do aborto com outras <strong>que</strong>stões é neutralizar<br />
a <strong>que</strong>stão do aborto e silenciar os pró-vida. É geralmente usado por: a) pessoas próaborto<br />
“no armário” tentando esconder sua posição, b) agnósticos do aborto, c) próvidas<br />
mornos desesperados por alg<strong>um</strong>a maneira de desculpar a sua própria inação - ou a<br />
de sua igreja - e d) pessoas <strong>que</strong> se dizem cristãs, mas <strong>que</strong>rem justificar o voto <strong>para</strong> <strong>um</strong><br />
político pró-aborto. Para expor exatamente o quão enganoso é esse arg<strong>um</strong>ento, pergunte<br />
a alguém <strong>que</strong> o faz se alg<strong>um</strong> dia votaria em <strong>um</strong> supremacista branco, tomando como<br />
base <strong>que</strong> a raça é apenas “<strong>um</strong>a de muitas <strong>que</strong>stões”.<br />
Eu acredito <strong>que</strong> o aborto é errado, mas a solução é a oração.<br />
Para começar, a crença é irrelevante se <strong>não</strong> controlar o comportamento. Um<br />
estuprador pode acreditar <strong>que</strong> o <strong>que</strong> ele está fazendo é errado, mas isso <strong>não</strong> significa<br />
nada <strong>para</strong> sua vítima. Da mesma forma, hoje <strong>não</strong> é inédito trabalhadores de clínicas de<br />
aborto dizerem <strong>que</strong> acreditam <strong>que</strong> o aborto é errado. Claro, essa crença é <strong>um</strong> pouco de<br />
conforto <strong>para</strong> <strong>que</strong>m sabe o local onde cabeças de bebês estão sendo arrancadas e,<br />
mesmo assim, nada faz a esse respeito.<br />
Em segundo lugar, a oração <strong>não</strong> pretende <strong>ser</strong> <strong>um</strong> substituto <strong>para</strong> a ação. Imagine<br />
<strong>que</strong> <strong>um</strong>a menina de cinco anos tenha sido atropelada por <strong>um</strong> carro e esteja<br />
possivelmente morrendo na rua. Como cristãos, acreditamos <strong>que</strong> Deus tem o poder de<br />
descer do céu e instantaneamente curá-la. Mas isso significa <strong>que</strong> <strong>não</strong> devemos chamar<br />
<strong>um</strong>a ambulância ou fazer qual<strong>que</strong>r outra ação em seu nome? Deveríamos apenas ficar<br />
de pé e orar?<br />
Obviamente, nem mesmo o mais sincero cristão no poder da oração sugeriria tal<br />
coisa. Então a <strong>que</strong>stão começa: se acreditarmos <strong>que</strong> o <strong>não</strong>-nascido tem o mesmo direito<br />
à vida <strong>que</strong> os nascidos, por <strong>que</strong> estamos tão dispostos a dizer <strong>que</strong> tudo o <strong>que</strong> faremos<br />
<strong>para</strong> salvar suas vidas é orar por eles? Como podemos justificar <strong>um</strong> padrão <strong>para</strong><br />
proteger o feto, mas <strong>um</strong> diferente <strong>para</strong> proteger nossos próprios filhos nascidos,<br />
enquanto afirmamos <strong>que</strong> ambos têm o mesmo direito à vida?<br />
Esse duplo padrão é hipócrita, covarde e inconsistente com o princípio pró-vida.<br />
Embora a oração deva permanecer sempre como parte central do esforço pró-vida, ela<br />
<strong>não</strong> deve <strong>ser</strong> usada como desculpa <strong>para</strong> a inação.
Meu trabalho é salvar almas, <strong>não</strong> corpos. Além disso, esses bebês vão <strong>para</strong> o céu de<br />
qual<strong>que</strong>r maneira.<br />
Em outras palavras, o aborto pode <strong>ser</strong> tolerado por<strong>que</strong> as vítimas são sem<br />
pecado. Essa teologia pervertida é muitas vezes o refúgio de <strong>um</strong> cristão <strong>que</strong> está<br />
procurando <strong>um</strong>a maneira de justificar sua covardia e inação sobre o aborto.<br />
A <strong>que</strong>stão é: ele aplicaria esse padrão a alguém <strong>que</strong> <strong>não</strong> fosse o <strong>não</strong>-nascido? Se<br />
sua própria filha estivesse prestes a <strong>ser</strong> assassinada, ele tentaria impedir ou<br />
simplesmente desistiria por<strong>que</strong> ela iria <strong>para</strong> o céu? Se ele estivesse em <strong>um</strong> júri e ficasse<br />
claro <strong>que</strong> o acusado era culpado de assassinato, mas o pastor da vítima testemunhou <strong>que</strong><br />
a vítima foi <strong>para</strong> o céu, ele deixaria o assassino escapar livre? Se <strong>um</strong> assassino com <strong>um</strong><br />
machado entrasse em sua igreja e começasse a atacar pessoas <strong>que</strong> foram salvas, ele<br />
apenas olharia com <strong>um</strong> sorriso confortável <strong>para</strong> as vítimas <strong>que</strong> iriam <strong>para</strong> o céu?<br />
Melhor ainda, ele estaria disposto a colocar essa filosofia em ação matando<br />
imediatamente todos <strong>que</strong> ele conduz ao Senhor, removendo assim a possibilidade de<br />
<strong>que</strong> <strong>um</strong> dia pudessem rejeitá-Lo?<br />
Se <strong>um</strong>a mulher <strong>não</strong> está pronta <strong>para</strong> <strong>um</strong> bebê, talvez seja melhor <strong>que</strong> ela aborte e<br />
peça a Deus <strong>para</strong> trazer a criança de volta em <strong>um</strong> momento melhor.<br />
Quando <strong>um</strong>a mulher está grávida, <strong>não</strong> importa se ela está pronta <strong>para</strong> <strong>um</strong> bebê<br />
ou <strong>não</strong>. Ela já tem <strong>um</strong> bebê. A única <strong>que</strong>stão é se ela vai manter o bebê, colocá-lo <strong>para</strong><br />
adoção ou matá-lo. Além disso, é pura idiotice pensar <strong>que</strong> <strong>um</strong> bebê pode <strong>ser</strong> abortado e<br />
depois “trazido de volta” mais tarde. A mãe dessa criança morta pode ter outro bebê <strong>um</strong><br />
dia, mas a <strong>que</strong> ela aborta está morto <strong>para</strong> sempre.<br />
Finalmente, nem por <strong>um</strong> momento acredite <strong>que</strong> Deus conspirará com <strong>um</strong>a mulher <strong>para</strong><br />
abater <strong>um</strong> bebê <strong>que</strong> Ele deu a ela.<br />
Quando <strong>um</strong>a mulher aborta, Deus fez <strong>um</strong> aborto nela?<br />
Se <strong>um</strong> homem morre de ata<strong>que</strong> cardíaco, de <strong>um</strong>a perspectiva moral, é bem<br />
diferente do <strong>que</strong> se ele tivesse sido morto a tiros por <strong>um</strong> assaltante de carros. Essa<br />
distinção também existe entre <strong>um</strong> aborto espontâneo e <strong>um</strong> aborto induzido. Há muitas<br />
coisas <strong>que</strong> Deus pode fazer <strong>que</strong> o homem <strong>não</strong> pode fazer. A recusa em aceitar essa<br />
realidade é a base da mentalidade pró-escolha.<br />
Teólogos <strong>não</strong> podem afirmar quando <strong>um</strong>a alma entra no corpo.<br />
E daí? Teólogos <strong>não</strong> fazem lei. Além disso, <strong>não</strong> podemos legalmente ou<br />
cientificamente provar <strong>que</strong> as almas existem, muito menos mostrar <strong>que</strong> alguém entrou<br />
em <strong>um</strong> corpo. Então, se pudermos matar os <strong>não</strong>-nascidos, por<strong>que</strong> <strong>não</strong> sabemos se as<br />
almas entraram em seus corpos, também podemos matar pessoas de 30 anos na mesma<br />
base.
QUESTÕES PRÓPRIAS DA REALIDADE NORTE-<br />
AMERICANA<br />
Se o aborto é ilegal, como as mulheres <strong>que</strong> abortam convencem as autoridades de<br />
<strong>que</strong> <strong>não</strong> fizeram abortos ilegais?<br />
A polícia <strong>não</strong> investiga casos em <strong>que</strong> ninguém pode <strong>ser</strong> acusado de <strong>um</strong> crime.<br />
Como ninguém está pedindo <strong>que</strong> as mulheres sejam processadas por terem abortos<br />
ilegais, <strong>não</strong> há motivo <strong>para</strong> as autoridades investigarem abortos espontâneos. Como<br />
prova, confira quantas vezes os abortos foram investigados pela polícia e quantas<br />
mulheres foram processadas antes da legalização do aborto em 1973.<br />
Nos EUA a Suprema Corte resolveu isso de <strong>um</strong>a vez por todas. Eles dis<strong>ser</strong>am <strong>que</strong><br />
as mulheres têm direito constitucional ao aborto.<br />
Embora a palavra “aborto” <strong>não</strong> apareça na Constituição dos EUA, no caso Roe<br />
v. Wade, a Suprema Corte determinou <strong>que</strong> o direito constitucional à privacidade<br />
abrange o direito ao aborto. No entanto, a palavra “privacidade” também <strong>não</strong> é<br />
encontrada na Constituição. Apesar disso, a Corte afirmou <strong>que</strong> o direito à privacidade é<br />
encontrado em <strong>um</strong>a “pen<strong>um</strong>bra” (sombra) da Constituição. Esse pe<strong>que</strong>no exemplo de<br />
ginástica verbal é conhecido como "ativismo judicial", o <strong>que</strong> significa simplesmente <strong>que</strong><br />
o Tribunal começou com a conclusão <strong>que</strong> eles <strong>que</strong>riam e distorceram a Constituição<br />
<strong>para</strong> torná-la adequada.<br />
Depois <strong>que</strong> morreu, as notas de Harry Blackmun - o juiz da Suprema Corte <strong>que</strong><br />
escreveu Roe v. Wade - foram liberadas e tornaram inegável <strong>que</strong> Blackmun, e a maioria<br />
da Suprema Corte, encontrou o direito ao aborto por<strong>que</strong> foi isso <strong>que</strong> eles estabeleceram.<br />
Quando viram <strong>que</strong> a Constituição <strong>não</strong> continha nenh<strong>um</strong> fundamento <strong>para</strong> apoiar sua<br />
agenda política, eles simplesmente fabricaram <strong>um</strong>. Isso é melhor exemplificado em sua<br />
afirmação de <strong>que</strong> o aborto é constitucional por<strong>que</strong> os <strong>não</strong>-nascidos <strong>não</strong> são “pessoas”.<br />
Essa é a versão moderna de <strong>um</strong>a tática <strong>que</strong> a Corte usou no passado <strong>para</strong> tornar certos<br />
grupos constitucionalmente invisíveis. Na decisão do caso Dred Scott, de 1857, eles<br />
decidiram <strong>que</strong> a escravidão era constitucional por<strong>que</strong> os negros <strong>não</strong> eram "cidadãos".<br />
Quanto à alegação de <strong>que</strong> a <strong>que</strong>stão do aborto foi resolvida pelo caso Roe v.<br />
Wade, a Suprema Corte tem <strong>um</strong>a longa história de descobrir <strong>que</strong> alg<strong>um</strong>as de suas<br />
decisões anteriores estavam erradas. Nós <strong>não</strong> temos <strong>que</strong> aceitar <strong>que</strong> o aborto é <strong>um</strong>a<br />
<strong>que</strong>stão resolvida por causa de Roe v. Wade mais do <strong>que</strong> nossos ancestrais tiveram <strong>que</strong><br />
aceitar <strong>que</strong> a escravidão era <strong>um</strong> problema resolvido por causa de Dred Scott.<br />
Eu defendo o aborto sob demanda conforme o compromisso em Roe v. Wade.<br />
Esta retórica é projetada <strong>para</strong> esconder o fato de <strong>que</strong> Roe v. Wade legalizou o<br />
aborto sob demanda <strong>para</strong> todos os nove meses de gravidez. Por mais de 30 anos, o<br />
lobby do aborto, com a ajuda de seus cachorrinhos da mídia, defende essa loucura por<br />
causa de <strong>um</strong>a fraude perpetrada pela Suprema Corte em 1973.<br />
Harry Blackmun - o juiz da Suprema Corte <strong>que</strong> escreveu Roe vs. Wade -<br />
entendeu claramente <strong>que</strong> o país <strong>não</strong> apoiaria o aborto ilimitado sob demanda. No
entanto, seus escritos provam <strong>que</strong> esse era o objetivo político <strong>que</strong> ele e outros na Corte<br />
buscavam. Assim, eles emitiram Roe v. Wade, <strong>que</strong> incluía a seguinte linguagem: “A<br />
regulação estatal da vida fetal após a viabilidade tem duas justificativas lógicas e<br />
biológicas: se <strong>um</strong> estado está interessado em proteger a vida fetal após a viabilidade,<br />
pode proibir o aborto durante esse período, exceto quando é necessário pre<strong>ser</strong>var a vida<br />
ou a saúde da mãe”.<br />
Obviamente, isso parece permitir <strong>que</strong> os estados proíbam o aborto após a<br />
viabilidade. O problema é <strong>que</strong>, embora seja normal <strong>que</strong> decisões legais como essa<br />
incluam definições das palavras e termos importantes usados na decisão, em Roe, a<br />
Suprema Corte decidiu omitir qual<strong>que</strong>r definição da palavra “saúde”. No entanto, no<br />
mesmo dia <strong>que</strong> eles emitiram Roe, eles também emitiram o <strong>que</strong> é conhecido como <strong>um</strong>a<br />
"decisão companheira". É onde duas ou mais decisões sobre <strong>um</strong> assunto com<strong>um</strong> são<br />
liberadas e <strong>que</strong> devem <strong>ser</strong> lidas em conjunto <strong>para</strong> obter o efeito completo da decisão. A<br />
companheira de Roe é chamada Doe v. Bolton e contém essa definição <strong>para</strong> a saúde: “...<br />
à luz de todos os fatores - físicos, emocionais, psicológicos, familiares e da idade da<br />
mulher - relevantes <strong>para</strong> o bem-estar do paciente. Todos esses fatores podem estar<br />
relacionados à saúde ”.<br />
Assim, o tribunal cria a ilusão de <strong>um</strong> compromisso ao decidir em Roe <strong>que</strong> os<br />
estados podem proibir o aborto sob certas circunstâncias, a menos <strong>que</strong> a gravidez<br />
ameace a vida ou a saúde da mulher. Na<strong>que</strong>le mesmo momento, eles enterram em Doe<br />
<strong>um</strong>a definição de saúde tão ampla <strong>que</strong>, literalmente, cobre qual<strong>que</strong>r circunstância em<br />
<strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher possa estar grávida, removendo assim todos os elementos do falso<br />
compromisso.<br />
A Suprema Corte contava com a probabilidade de <strong>que</strong> a decisão <strong>que</strong> legalizava o<br />
aborto recebesse toda a atenção, enquanto sua “companheira” <strong>ser</strong>ia ignorada - exceto<br />
por advogados, juízes e legisladores. A evidência de quão bem esta fraude funcionou é<br />
<strong>que</strong>, hoje, a maioria das pessoas sabe sobre Roe v. Wade, mas poucos já ouviram falar<br />
de Doe v. Bolton.<br />
O ponto é, quando <strong>um</strong> político ou ativista pró-escolha diz <strong>que</strong> apoia o<br />
compromisso alcançado em Roe, eles estão mentindo. Eles estão plenamente<br />
conscientes de <strong>que</strong> tal compromisso <strong>não</strong> existe. Eles também sabem <strong>que</strong> a legislação<br />
<strong>que</strong> restringe o aborto, <strong>que</strong> inclui <strong>um</strong>a exceção <strong>para</strong> a “saúde” da mulher, <strong>não</strong> tem<br />
sentido. Na verdade, é exatamente por isso <strong>que</strong> eles sempre exigem <strong>um</strong>a exceção de<br />
saúde em qual<strong>que</strong>r legislação relacionada ao aborto.<br />
Se o aborto é ilegal, qual deve <strong>ser</strong> a penalidade <strong>para</strong> <strong>um</strong>a mulher <strong>que</strong> o faça?<br />
As leis <strong>que</strong> proíbem o aborto visam o aborteiro, <strong>não</strong> a mulher. Isto é evidenciado<br />
pelo fato de <strong>que</strong>, antes de Roe v. Wade, as mulheres americanas nunca foram indiciadas<br />
por terem abortos ilegais. Por várias razões pragmáticas, essa mesma abordagem deve<br />
<strong>ser</strong> adotada quando o aborto for novamente ilegal.<br />
Primeiro, exceto no caso extremamente improvável de <strong>que</strong> <strong>um</strong>a mulher seja<br />
realmente flagrada no ato de realizar <strong>um</strong> aborto ilegal, <strong>um</strong>a condenação <strong>ser</strong>ia<br />
virtualmente difícil.
Segundo, a mulher é a melhor fonte de informação necessária <strong>para</strong> denunciar o<br />
<strong>abortista</strong>. Se ela também enfrentasse a acusação, <strong>não</strong> iria cooperar com as autoridades,<br />
impedindo-as de obter as provas necessárias <strong>para</strong> condenar o <strong>abortista</strong>. Isso o deixaria<br />
livre <strong>para</strong> matar novamente.<br />
Isso <strong>não</strong> desculpa a mulher por ter participado de <strong>um</strong> ato ilegal <strong>que</strong> tirou a vida<br />
de seu filho. Simplesmente reconhece <strong>que</strong> o interesse público é mais bem <strong>ser</strong>vido<br />
removendo o <strong>abortista</strong> da sociedade e <strong>que</strong> as sanções legais contra a mulher reduziriam<br />
as chances de isso acontecer. Não é diferente das autoridades darem imunidade a <strong>um</strong><br />
pe<strong>que</strong>no usuário de drogas em troca de informações sobre <strong>um</strong> grande traficante.<br />
Lembre-se, o objetivo do movimento pró-vida é <strong>para</strong>r o aborto. Aprisionar <strong>um</strong>a<br />
mulher <strong>que</strong> teve <strong>um</strong> aborto ilegal <strong>não</strong> previne nada já <strong>que</strong> seu filho já está morto. No<br />
entanto, aprisionar o <strong>abortista</strong> pode salvar milhares de bebês no futuro.<br />
A <strong>que</strong>stão é <strong>que</strong> a cadeia é exatamente onde todo <strong>abortista</strong> merece estar. Se dar<br />
às mulheres <strong>um</strong> alívio no processo é a melhor maneira de isso acontecer, vale a pena.<br />
Quanto ao movimento pró-vida, nós simplesmente <strong>não</strong> conhecemos <strong>um</strong> incentivo<br />
prático <strong>para</strong> prender mulheres <strong>que</strong> se submetem a abortos. O mais estranho é <strong>que</strong><br />
sempre parece <strong>ser</strong> alguém da multidão pró-escolha <strong>para</strong> dizer o contrário.<br />
Eu <strong>não</strong> gosto de abortos cirúrgicos, mas <strong>não</strong> há nada de errado com a pílula do<br />
aborto.<br />
É como <strong>um</strong> homem <strong>que</strong> envenenou sua esposa tentando se mostrar moralmente<br />
superior ao homem <strong>que</strong> preferiu matar a sua com golpes de machado. No caso do<br />
aborto, pode <strong>ser</strong> mais esteticamente agradável matar crianças com substâncias químicas<br />
do <strong>que</strong> com bisturis, mas as vítimas estão igualmente mortas e os <strong>abortista</strong>s ainda são<br />
assassinos em série contratados por covardes e <strong>que</strong> matam sangue-frio.<br />
Em relação à “pílula do aborto” RU-486, existe <strong>um</strong>a associação assustadora<br />
entre o holocausto alemão e o holocausto aborteiro.<br />
Quando os nazistas deixaram de atirar em suas vítimas, <strong>para</strong> envenená-las, o<br />
produto químico escolhido foi o chamado Zyklon B, desenvolvido e fabricado por <strong>um</strong>a<br />
empresa chamada IG Farben.<br />
Após a guerra, a IG Farben mudou seu nome <strong>para</strong> Hoechst AG. Hoje, a Hoechst<br />
é <strong>um</strong>a gigante farmacêutica com subsidiárias em todo o mundo, inclusive nos Estados<br />
Unidos. Uma dessas subsidiárias é <strong>um</strong>a empresa francesa chamada Roussel Uclaf,<br />
desenvolvedora do RU-486. Em outras palavras, a mesma corporação <strong>que</strong> criou o<br />
Zyklon B <strong>para</strong> os campos de extermínio da Alemanha, mais tarde criou o RU-486 <strong>para</strong><br />
os campos de extermínio dos Estados Unidos.<br />
Abortos tardios <strong>não</strong> são feitos a menos <strong>que</strong> a vida da mulher esteja em perigo ou o<br />
bebê já esteja morto ou <strong>não</strong> possa sobreviver.<br />
Em abril de 1995, George Tiller - o famigerado <strong>abortista</strong> tardio de Wichita,<br />
Kansas - falou no 19º Encontro Anual da Federação Nacional de Aborto em Nova<br />
Orleans, onde declarou: “Temos alg<strong>um</strong>a experiência com eliminações tardias, cerca de
10.000 pacientes entre 24 e 36 semanas e algo por volta de 800 anomalias fetais entre<br />
26 e 36 semanas nos últimos cinco anos.”<br />
Tiller admite <strong>que</strong> das 10.000 crianças <strong>que</strong> ele matou entre 24 e 36 semanas em<br />
<strong>um</strong> período de cinco anos, 8% tinham anomalias fetais. E <strong>não</strong> podemos supor <strong>que</strong> os<br />
outros 92% foram <strong>para</strong> proteger a vida das mães, <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> a moderna tecnologia<br />
médica torna extremamente raro <strong>que</strong> a gravidez seja fatal e <strong>que</strong> abortos <strong>para</strong> proteger a<br />
vida ou a saúde das mães sejam feitos mais cedo.<br />
As admissões de Tiller foram confirmadas na Reunião Anual da Federação<br />
Nacional de Aborto em São Francisco em 1996. Martin Haskell - o aborteiro de Ohio<br />
<strong>que</strong> inventou o aborto por nascimento parcial (D&X) - declarou: “Duas das críticas<br />
<strong>que</strong> tenho ouvido ultimamente sobre como nosso lado está estruturando seu debate é<br />
<strong>que</strong>, parece <strong>que</strong> estamos ass<strong>um</strong>indo <strong>um</strong>a posição <strong>que</strong> - no caso dos D&X - os fetos<br />
estão mortos no início do procedimento, o <strong>que</strong> geralmente <strong>não</strong> é o caso. A segunda<br />
crítica tem sido <strong>que</strong> estamos realmente distorcendo o debate <strong>para</strong> <strong>um</strong>a porcentagem<br />
muito pe<strong>que</strong>na de mulheres <strong>que</strong> têm anomalias fetais ou alg<strong>um</strong> outro problema <strong>que</strong><br />
realmente <strong>precisa</strong> do procedimento versus os 90% <strong>que</strong> são voluntários, pelo menos<br />
durante o período de 20 a 24 semanas e, então, à medida <strong>que</strong> <strong>você</strong> avança <strong>para</strong> 28<br />
semanas, ele se aproxima de cem por cento. Mas estes parecem <strong>ser</strong> assuntos muito<br />
desconfortáveis <strong>para</strong> as pessoas do nosso lado do debate lidar.”<br />
Haskell está admitindo <strong>que</strong> seus colegas pró-escolha têm mentido sobre os bebês<br />
em abortos tardios estarem mortos antes dos procedimentos começarem e mentindo<br />
sobre as mulheres terem esses procedimentos por motivos de saúde. Ele até mesmo<br />
admite <strong>que</strong>, à medida <strong>que</strong> as gravidezes avançavam, a porcentagem de procedimentos<br />
voluntários a<strong>um</strong>entava, com abortos de 28 semanas ou mais sendo de praticamente<br />
100%.<br />
Eu <strong>não</strong> <strong>que</strong>ro pagar por todos os problemas sociais criados por crianças<br />
indesejadas.<br />
A multidão pró-escolha teve mais de 30 anos <strong>para</strong> eliminar todas as “pessoas<br />
indesejáveis”, mas ninguém pode arg<strong>um</strong>entar <strong>que</strong> eles foram mesquinhos em c<strong>um</strong>prir as<br />
sentenças de morte. Até agora, eles massacraram entre 45 e 50 milhões de bebês e<br />
continuam a matá-los a <strong>um</strong>a taxa de mais de 3.000 por dia. Enquanto isso, somos<br />
convidados a ignorar o fato de <strong>que</strong>, desde o início do holocausto, os Estados Unidos<br />
sofreram enormes a<strong>um</strong>entos na gravidez na adolescência, falta de moradia, fome,<br />
assistência social, divórcio, pobreza, abuso infantil, abuso sexual, pais gays, gangues,<br />
drogas ilegais, doenças sexualmente transmitidas, abandono escolar e a lista continua.<br />
O fato é <strong>que</strong> todos os problemas sociais <strong>que</strong> a máfia pró-escolha diz <strong>que</strong> vão<br />
piorar se tornarmos o aborto ilegal, na verdade pioraram depois <strong>que</strong> tornamos o aborto<br />
legal. Além disso, o ônus financeiro desses problemas sociais é esmagador. De qual<strong>que</strong>r<br />
forma, o contribuinte americano está subsidiando a indústria do aborto.<br />
No entanto, digamos <strong>que</strong> por <strong>um</strong> momento, em vez de piorar, nossos problemas<br />
sociais fossem ajudados pela morte de bebês. Isso justificaria? Queremos realmente <strong>ser</strong>
o tipo de país <strong>que</strong> usa o sacrifício de crianças como <strong>um</strong>a ferramenta de engenharia<br />
social? O massacre por atacado de pessoas inocentes e indefesas é justificado se<br />
resolver nossos problemas? E se essa vai <strong>ser</strong> a nossa atitude, por <strong>que</strong> matar o feto? Eles<br />
são a única categoria de <strong>ser</strong>es h<strong>um</strong>anos <strong>que</strong> <strong>não</strong> têm nada a ver com a criação desses<br />
problemas e cuja morte <strong>não</strong> os resolveria.<br />
O resultado final é, como <strong>um</strong>a solução <strong>para</strong> os problemas sociais, o aborto é<br />
ineficaz e moralmente indefensável. É também o melhor exemplo de egoísmo. Para<br />
provar, ob<strong>ser</strong>ve <strong>que</strong> ninguém nunca se oferece <strong>para</strong> dar sua própria vida <strong>para</strong> resolver<br />
problemas sociais, eles apenas insistem <strong>que</strong> os outros o façam.<br />
Para acabar com o abuso infantil, <strong>precisa</strong>mos ter certeza de <strong>que</strong> toda criança é<br />
<strong>um</strong>a criança desejada.<br />
O fato é <strong>que</strong>, desde <strong>que</strong> o aborto foi legalizado em 1973, mata-se crianças <strong>não</strong><br />
nascidas em dezenas de milhões, mas o abuso infantil a<strong>um</strong>entou dramaticamente.<br />
Segundo o Departamento de Saúde, Educação e Assistência Social, em 1973, havia 167<br />
mil casos de abuso infantil relatados nos Estados Unidos. Em 2002, o Departamento de<br />
Saúde e Serviços H<strong>um</strong>anos relatou 1.694.756 investigações de abuso infantil nos<br />
Estados Unidos. Em 450.817 casos, o abuso foi confirmado e em outro 58.964 foi<br />
determinado <strong>que</strong> o abuso foi "apontado".<br />
Parte desse a<strong>um</strong>ento de 10 vezes do abuso infantil pode <strong>ser</strong> devido a melhores<br />
registros, mas isso <strong>não</strong> poderia explicar <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento dessa magnitude. Não há outra<br />
conclusão racional além da <strong>que</strong> nosso país sofreu <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento impressionante de casos<br />
de abuso infantil desde <strong>que</strong> legalizamos o aborto. Esse fato exige <strong>que</strong> forcemos a<br />
gangue pró-escolha a responder a <strong>um</strong>a pergunta muito simples. Se o aborto legalizado<br />
reduz o abuso infantil, certificando-se de <strong>que</strong> cada criança é <strong>um</strong>a criança desejada – já<br />
<strong>que</strong> <strong>você</strong>s executaram entre 45 e 50 milhões de crianças até agora - de onde vieram<br />
todas essas crianças <strong>que</strong> estão sendo abusadas hoje?<br />
Vamos deixar de lado nossas diferenças e procurar <strong>um</strong> ponto com<strong>um</strong>. Devemos<br />
procurar maneiras de acabar com a necessidade do aborto.<br />
Desde o dia em <strong>que</strong> esta batalha começou, o lobby do aborto compreendeu duas<br />
realidades. Primeiro, eles <strong>não</strong> <strong>precisa</strong>m convencer o público de <strong>que</strong> sua posição é<br />
moralmente superior à nossa, apenas <strong>que</strong> é moralmente defensável. Segundo, esse<br />
objetivo é muito mais fácil de realizar quando se percebe <strong>que</strong> os abortos são feitos por<br />
necessidade e <strong>não</strong> por falha. Toda vez <strong>que</strong> mordemos a isca do “ponto com<strong>um</strong>”, nós os<br />
ajudamos a vender essas duas mentiras <strong>para</strong> o povo americano.<br />
Quando nos juntamos a eles <strong>para</strong> procurar maneiras de reduzir a necessidade de<br />
aborto, por definição estamos concordando <strong>que</strong> às vezes há necessidade de aborto.<br />
Afinal, as pessoas <strong>não</strong> procuram formas de reduzir a necessidade de algo, a menos <strong>que</strong><br />
acreditem <strong>que</strong> tal necessidade exista.<br />
A verdade é <strong>que</strong> até mesmo estudos realizados por irredutíveis defensores do<br />
aborto provam <strong>que</strong> quase todo aborto realizado nos Estados Unidos é por razões <strong>não</strong><br />
médicas e envolvem <strong>um</strong> bebê saudável <strong>que</strong> <strong>não</strong> foi concebido por estupro ou incesto e
<strong>um</strong>a mulher saudável cuja gravidez <strong>não</strong> ameaça sua vida ou saúde. Em s<strong>um</strong>a, os abortos<br />
são feitos por desejo, <strong>não</strong> por necessidade.<br />
Sempre <strong>que</strong> fazemos ou dizemos qual<strong>que</strong>r coisa <strong>que</strong> sugira o contrário,<br />
apoiamos a posição do lobby do aborto. O fato é <strong>que</strong>, <strong>para</strong> esses assassinos de bebês,<br />
dizerem <strong>que</strong> devemos ajudá-los a reduzir a necessidade de abortar é como <strong>um</strong> cafetão<br />
dizer à Delegacia de Cost<strong>um</strong>es <strong>que</strong> eles deveriam ajudá-lo a reduzir a necessidade de<br />
prostituição.<br />
O outro problema é <strong>que</strong> <strong>não</strong> podemos procurar <strong>um</strong> ponto com<strong>um</strong> com essas<br />
pessoas sem dar a impressão de <strong>que</strong> até acreditamos <strong>que</strong> sua posição tenha alg<strong>um</strong>a<br />
validade moral. Não é diferente do <strong>que</strong> se o povo judeu concordasse em procurar <strong>um</strong><br />
ponto com<strong>um</strong> com os nazistas enquanto os fornos de Auschwitz ardiam dia e noite.<br />
Fazê-lo simplesmente daria credibilidade à posição nazista.<br />
Quando as pessoas estão ameaçando fazer o mal, as discussões com eles podem<br />
<strong>ser</strong> razoáveis. Mas <strong>um</strong>a vez <strong>que</strong> eles começaram a fazer o mal, <strong>não</strong> há mais nada <strong>para</strong><br />
falar. Nesse ponto, o único objetivo é detê-los. Lembre-se, antes da Segunda Guerra<br />
Mundial, tivemos intensas discussões com os japoneses tentando evitar a guerra. Mas<br />
em Pearl Harbor, a conversa terminou.<br />
Outra coisa sobre “ponto com<strong>um</strong>” é <strong>que</strong> sempre re<strong>que</strong>r <strong>um</strong>a aceitação da<br />
premissa fundamental do lobby do aborto. Em tais discussões, a declaração de abertura<br />
<strong>ser</strong>ia algo como: "Todos concordaram em deixar de lado qual<strong>que</strong>r discussão sobre se o<br />
aborto deve <strong>ser</strong> legal ou <strong>não</strong> e simplesmente procurar por áreas de interesse com<strong>um</strong> e<br />
por maneiras de reduzir a necessidade de abortos".<br />
Se o objetivo real for <strong>um</strong> ponto com<strong>um</strong>, <strong>ser</strong>ia igualmente legítimo dizer: “Todos<br />
concordaram <strong>que</strong> o aborto deveria <strong>ser</strong> ilegal, por isso nosso objetivo hoje é procurar<br />
formas de reduzir a incidência de abortos ilegais assim <strong>que</strong> isso acontecer”. Essa nunca<br />
é a base sobre a qual procuramos esse ponto com<strong>um</strong> indescritível por<strong>que</strong> o lobby do<br />
aborto nunca concordaria em discutir sua posição sobre os termos de seu oponente. Nós<br />
parecemos <strong>ser</strong> os únicos <strong>que</strong> caem nesse tru<strong>que</strong>.<br />
O fato é <strong>que</strong> os pró-vida <strong>precisa</strong>m deixar de <strong>ser</strong> facilmente manipulados. Nosso<br />
trabalho <strong>não</strong> é sentar em volta da fogueira e cantar K<strong>um</strong>baya com pessoas <strong>que</strong> torturam<br />
e matam bebês desam<strong>para</strong>dos por dinheiro. Nosso trabalho é detê-los.<br />
Como certas pessoas podem se chamar pró-vida e apoiar <strong>que</strong> o seu país entre em<br />
guerras?<br />
É simplesmente <strong>um</strong>a mentira implicar <strong>que</strong> os pró-vida sempre apoiam a decisão<br />
do governo de entrar em guerra. Há dezenas de milhões de pró-vida e, quando a guerra é<br />
contemplada, eles sempre expressam muitas opiniões sobre os dois lados da <strong>que</strong>stão. De<br />
fato, nos últimos anos, alguns dos mais poderosos arg<strong>um</strong>entos contra o envolvimento<br />
dos Estados Unidos na guerra vieram de pessoas com credenciais pró-vida inatacáveis.<br />
Além disso, enquanto a decisão de ir à guerra é levada a cabo em público com<br />
<strong>um</strong> debate muitas vezes acalorado, com o aborto <strong>não</strong> há discussão. Se por qual<strong>que</strong>r<br />
motivo, ou sem razão alg<strong>um</strong>a, a mãe decide unilateralmente matar o bebê, ninguém -
nem mesmo o pai da criança - pode intervir. Se os defensores do aborto <strong>que</strong>rem fazer<br />
<strong>um</strong>a analogia entre a guerra e o aborto, então vamos exigir os mesmos padrões <strong>para</strong> <strong>um</strong><br />
aborto dos <strong>que</strong> <strong>precisa</strong>mos <strong>para</strong> ir à guerra. Até <strong>que</strong> façamos isso, a analogia é <strong>um</strong>a<br />
fraude. Neste momento, a única com<strong>para</strong>ção legítima é o fato de <strong>que</strong>, a cada dia, mais<br />
pessoas são mortas no útero do <strong>que</strong> em todos os campos de batalha do mundo.<br />
Pró-vidas falam sobre a santidade da vida h<strong>um</strong>ana, mas a maioria apoia a pena de<br />
morte.<br />
Para começar, há muitas pessoas pró-vida - incluindo o autor deste livro - <strong>que</strong> se<br />
opõem fortemente à pena de morte.<br />
No entanto, a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> apoiam <strong>não</strong> são desqualificados de se declarar<br />
legitimamente pró-vida. Não é incoerente arg<strong>um</strong>entar <strong>que</strong> os assassinos condenados<br />
deviam <strong>ser</strong> executados, mas bebês inocentes <strong>não</strong> deveriam <strong>ser</strong>. O interessante é <strong>que</strong> a<br />
multidão pró-escolha acha <strong>que</strong> se opor ao aborto enquanto apoia a pena de morte é<br />
inconsistente, mas apoiar o aborto <strong>para</strong> os inocentes enquanto se opõe à pena de morte<br />
<strong>para</strong> os culpados é <strong>ser</strong> “esclarecido”.<br />
Um exemplo desse tipo de hipocrisia pró-escolha foi visto em janeiro de 2000,<br />
quando o governador de Illinois emitiu <strong>um</strong>a moratória sobre a pena de morte alegando<br />
preocupações de <strong>que</strong> o Estado poderia estar executando pessoas inocentes.<br />
Políticos de toda a América - muitos deles apologistas do aborto - elogiaram sua ação e<br />
pediram a outros governantes <strong>que</strong> sigam o exemplo. A <strong>que</strong>stão é: onde está a moratória<br />
do aborto? Por <strong>que</strong> essas pessoas, corretamente, <strong>não</strong> estão dispostas a ter a menor<br />
chance de executar <strong>um</strong> <strong>ser</strong> h<strong>um</strong>ano inocente no corredor da morte, mas estão indispostas<br />
a considerar a possibilidade de <strong>que</strong> a América possa estar executando milhões de <strong>ser</strong>es<br />
h<strong>um</strong>anos inocentes no útero? Como eles podem justificar estarem tão ansiosos <strong>para</strong><br />
defender a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> podem <strong>ser</strong> inocentes, enquanto ignoram completamente o<br />
massacre indiscriminado da<strong>que</strong>les <strong>que</strong> são inegavelmente inocentes?<br />
Como <strong>você</strong>s podem chamar-se pró-vida quando seu movimento é tão violento?<br />
A representação do lobby do aborto sobre trabalhadores da clínica sitiados tendo<br />
<strong>que</strong> se esquivar de <strong>um</strong>a rajada de arma de fogo automática apenas <strong>para</strong> ir de seu carro<br />
<strong>para</strong> a porta da clínica é pura ficção.<br />
Em mais de 30 anos, três <strong>abortista</strong>s e outros quatro funcionários de clínicas de<br />
aborto foram mortos. Quando o Departamento de Justiça ou o FBI publicam estudos<br />
sobre a violência no local de trabalho, a taxa de violência nas clínicas de aborto é tão<br />
estatisticamente insignificante <strong>que</strong> nem chega aos relatórios finais. Na verdade, mesmo<br />
<strong>que</strong> as estatísticas sejam limitadas a incluir apenas profissionais de saúde, os <strong>abortista</strong>s<br />
ainda <strong>não</strong> estão na tela do radar.<br />
Mesmo <strong>que</strong> <strong>você</strong> se concentre apenas no período de tempo durante o qual<br />
ocorreu a maior violência pró-vida, fica claro como esse problema tem sido exagerado.<br />
Dos sete assassinatos totais <strong>que</strong> ocorreram nos moinhos de aborto na América, cinco<br />
ocorreram apenas em 1993 e 1994. De acordo com estatísticas do governo do Instituto<br />
Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional, durante esses dois anos houve 2.154
outras pessoas mortas em homicídios relacionados ao trabalho nos Estados Unidos,<br />
incluindo sete professores, quatro membros do clero, dez advogados, nove fornecedores<br />
de jornais. sete escritores, seis corretores de imóveis, vinte e dois garçons ou garçonetes,<br />
quatro jardineiros, cinco arquitetos, quarenta atendentes de garagem ou posto de<br />
gasolina, vinte e três mecânicos de automóveis, vinte e <strong>um</strong> zeladores, dez cabeleireiros,<br />
quatro carpinteiros e seis agricultores.<br />
Em outras palavras, durante o pior período de violência pró-vida na história<br />
americana, mais fazendeiros e duas vezes mais cabeleireiros foram assassinados no<br />
trabalho do <strong>que</strong> trabalhadores de clínicas de aborto e <strong>abortista</strong>s juntos.<br />
E lembre-se, as cinco mortes em clínicas de aborto durante 1993 e 1994 são<br />
responsáveis por todos os assassinatos <strong>que</strong> ocorreram em toda a história do movimento<br />
pró-vida, com exceção de dois deles. Durante os outros 30 anos, apenas dois<br />
funcionários do aborto foram assassinados.<br />
Em com<strong>para</strong>ção com os milhares de motoristas de táxi, funcionários de lojas de<br />
conveniência, policiais, bombeiros e outros trabalhadores <strong>que</strong> foram mortos durante<br />
esse período, é óbvio <strong>que</strong> todo esse esforço e agito de violência pró-vida contra os<br />
<strong>abortista</strong>s é <strong>um</strong> completo absurdo.<br />
É claro <strong>que</strong>, quando alg<strong>um</strong> funcionário de <strong>um</strong>a loja de conveniência é abatido, a<br />
história é enterrada na seção “Metropolitana” do jornal. Mas quando <strong>um</strong> aborteiro é<br />
baleado, é a história principal de todos os noticiários nacionais e locais nos Estados<br />
Unidos. Então, pelo menos <strong>um</strong>a das revistas nacionais de notícias publicará <strong>um</strong> relatório<br />
especial catalogando a violência pró-vida. Isso <strong>ser</strong>á logo seguido por várias conferências<br />
de notícias do Departamento de Justiça, cerco de pró-vidas, audiências no Congresso,<br />
alg<strong>um</strong>a nova legislação e centenas de oficiais federais estacionados nos campos da<br />
morte do país.<br />
Então, a legião de lacaios da mídia do setor de abortos fará com <strong>que</strong> a <strong>que</strong>stão<br />
permaneça na frente do público por anos. Todos os artigos sobre aborto mencionarão<br />
este tiroteio e todos os relatórios sobre terrorismo em qual<strong>que</strong>r parte do mundo incluirão<br />
referências a “terroristas domésticos como a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> visam clínicas de aborto legal”.<br />
Essa é <strong>um</strong>a tática <strong>que</strong> tem sido usada extensivamente desde os ata<strong>que</strong>s de 11 de<br />
setembro. Quando a mídia é forçada a relatar <strong>que</strong> <strong>um</strong> ato de terrorismo está ligado aos<br />
muçulmanos, eles raramente deixam passar a oportunidade de fazer com<strong>para</strong>ções com<br />
"cristãos pró-vida <strong>que</strong> atiram em médicos por fornecerem abortos legais".<br />
O cenário descrito aqui é <strong>precisa</strong>mente como a reputação de violência do<br />
movimento pró-vida foi fabricada. Despercebido em tudo isso é o fato de <strong>que</strong> a mídia só<br />
é capaz de fazer <strong>um</strong> grande negócio sobre a violência pró-vida, por<strong>que</strong> é tão raro.<br />
Mesmo se remotamente fosse com<strong>um</strong>, eles <strong>não</strong> poderiam fazer tanta pressão. Também<br />
se perdeu nesta discussão o fato de <strong>que</strong> se os tiroteios, agressões, atentados a bomba e<br />
outros atos de violência na clínica de aborto fossem tão comuns quanto o lobby do<br />
aborto afirma, <strong>não</strong> haveria <strong>um</strong>a companhia de seguros nos Estados Unidos <strong>que</strong> lhes<br />
vendesse cobertura.<br />
Qual<strong>que</strong>r análise objetiva desta <strong>que</strong>stão mostrará <strong>que</strong> o nível de violência<br />
cometido por pessoas <strong>que</strong> se opõem ao aborto tem sido grosseiramente exagerado e <strong>que</strong>
o movimento pró-vida é o movimento sócio-político mais pacífico de seu tamanho e<br />
estabilidade na história americana. Para ver a verdade disso, estude as outras causas<br />
mais semelhantes: a anti-escravidão, os direitos civis e as lutas trabalhistas. O total<br />
ac<strong>um</strong>ulado da violência <strong>que</strong> ocorreu na história de mais de 30 anos do movimento próvida,<br />
<strong>não</strong> se com<strong>para</strong> a muitos casos isolados de violência <strong>que</strong> ocorrem nesses<br />
movimentos.<br />
Também é interessante notar <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong> dos assassinatos de <strong>abortista</strong>s ou<br />
funcionários de clínicas de aborto ocorreu antes da posse de Bill Clinton. Imediatamente<br />
após tomar posse, Clinton e sua Procuradora Geral, Janet Reno, começaram a pagar suas<br />
dívidas de campanha ao lobby do aborto. Enquanto Clinton aprovava a legislação <strong>para</strong><br />
varrer as ruas de manifestantes pacíficos, Reno literalmente transformou o escritório do<br />
Procurador Geral e o FBI em <strong>um</strong>a força policial privada <strong>para</strong> a indústria do aborto.<br />
Quando surgiram r<strong>um</strong>ores sobre a caça às bruxas de Reno, ela negou a existência deles.<br />
Mas doc<strong>um</strong>entos foram eventualmente descobertos, provando <strong>que</strong> ela estava mentindo.<br />
O projeto ainda tinha <strong>um</strong> nome: VAAPCON.<br />
Dado esse ambiente, <strong>não</strong> é de surpreender <strong>que</strong> menos de três meses depois de<br />
Clinton e Reno terem começado a rachar crânios, o primeiro tiroteio ocorreu. Não é<br />
sugerir <strong>que</strong> essa atmosfera justificava a violência. No entanto, <strong>não</strong> podemos fingir <strong>que</strong><br />
ocorreu isoladamente. Se <strong>um</strong>a mulher mata seu marido abusivo, mesmo a<strong>que</strong>les <strong>que</strong><br />
arg<strong>um</strong>entam <strong>que</strong> o abuso <strong>não</strong> justifica o assassinato, pelo menos reconhecem <strong>que</strong> pode<br />
ter sido <strong>um</strong> fator motivador. Neste caso, <strong>ser</strong>ia ilógico ignorar o fato de <strong>que</strong> nenh<strong>um</strong><br />
tiroteio ocorreu até depois do início da inquisição de Clinton / Reno.<br />
Os médicos <strong>não</strong> fazem abortos pelo dinheiro. Abortos são cerca de US$ 300, mas<br />
<strong>um</strong> médico pode ganhar milhares por <strong>um</strong> parto.<br />
Primeiro, apenas os primeiros abortos podem <strong>ser</strong> comprados por US$ 300. Os<br />
posteriores podem atingir US$ 5.000 a US$ 10.000. Mas mesmo <strong>que</strong> <strong>um</strong> <strong>abortista</strong><br />
apenas mate os bebês mais novos, <strong>não</strong> é necessário <strong>um</strong> diploma em economia <strong>para</strong><br />
descobrir <strong>que</strong> US$ 300 por dez minutos de trabalho é mais de US $ 5.000 por nove<br />
meses de trabalho.<br />
Segundo, quando <strong>você</strong> olha <strong>para</strong> a história da maioria dos <strong>abortista</strong>s, o <strong>que</strong> <strong>você</strong><br />
descobre é <strong>que</strong> eles <strong>não</strong> são apenas degenerados morais, mas também os <strong>que</strong> sofrem e<br />
perdem a medicina. Quando a carreira médica de <strong>um</strong>a pessoa se deteriorou a ponto de<br />
trabalhar em <strong>um</strong>a clínica de aborto, a escolha <strong>que</strong> ele tem <strong>não</strong> é entre fazer abortos ou<br />
partos, mas entre fazer abortos ou ficar sem trabalho. O fato é <strong>que</strong>, sem o negócio do<br />
aborto, essas pessoas estariam lavando BMWs, <strong>não</strong> dirigindo-os.<br />
Nossa clínica de aborto rotineiramente recebe cartas de mulheres nos dizendo<br />
como elas são gratas pelo <strong>ser</strong>viço <strong>que</strong> lhes prestamos.<br />
E daí? O homem <strong>que</strong> está tendo <strong>um</strong> caso é grato a seus vizinhos <strong>que</strong> mantêm sua<br />
esposa sem <strong>saber</strong>. O motorista <strong>que</strong> causa atropelamento, foge e mata <strong>um</strong> pedestre é<br />
grato aos amigos <strong>que</strong> estavam no carro e <strong>não</strong> ligaram <strong>para</strong> a polícia. O alcoólatra <strong>que</strong><br />
está sempre atrasado <strong>para</strong> o trabalho é grato aos colegas de trabalho <strong>que</strong> o cobrem.<br />
Gratidão significa apenas <strong>que</strong> alguém fez o <strong>que</strong> outra pessoa <strong>que</strong>ria <strong>que</strong> eles fizessem,<br />
<strong>não</strong> <strong>que</strong> o <strong>que</strong> eles faziam estava certo. A gratidão de <strong>um</strong>a mulher em relação ao
assassino em série sem remorso <strong>que</strong> ela contratou <strong>para</strong> abater seu filho é <strong>um</strong> exemplo<br />
clássico desse fenômeno.