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<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong><br />
4 www.jornal<strong>do</strong>reboucas.com.br<br />
Coluna Jurídica<br />
Carta de uma<br />
advogada<br />
Divórcio e Separação: nem sempre é a<br />
melhor opção para sua família<br />
Dra. Suellen K. Silveira<br />
Advogada<br />
Hoje em dia vivemos em um mun<strong>do</strong> totalmente<br />
deturpa<strong>do</strong> de seus valores, onde<br />
as pessoas ao invés de consertarem aquilo<br />
que se quebrou preferem jogar fora.<br />
Sim, este é o caso de muitos divórcios<br />
que vem acontecen<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os dias no<br />
MUNDO inteiro. Seja por problemas financeiros,<br />
seja por quebra da confiança, seja<br />
por traições ou por incompatibilidade de<br />
pensamentos, as situações são inúmeras e<br />
cada dia mais os escritórios de advocacia se<br />
enchem de casais e ex-casais que querem o<br />
divórcio, a quebra da relação familiar.<br />
Muitas vezes o casal acha que o divórcio<br />
é a principal resolução para seus problemas,<br />
mas muitos estão apenas trocan<strong>do</strong><br />
uma série de problemas por outros.<br />
Geralmente os casais que optam pelo<br />
divórcio não abriram o “leque” de opções<br />
que possam levar a uma saída aquém <strong>do</strong><br />
divorcio, estão sob a influência muitas vezes<br />
daquilo que vem “de fora” ouvin<strong>do</strong> conselhos<br />
muitas vezes de quem sequer sabe da<br />
situação real que existe dentro <strong>do</strong> seu lar,<br />
apenas dan<strong>do</strong> meros “palpites”. Normalmente,<br />
essas pessoas por acaso são solteiras<br />
ou ainda divorciadas, não sabem e nem tem<br />
ideia <strong>do</strong> que se passa, deixam de analisar no<br />
abalo que um divórcio, uma separação, causa<br />
em uma criança que esteja envolvida neste<br />
meio. Essas pessoas que oferecem estes<br />
conselhos, sempre esboçam uma felicidade<br />
que nem sempre está de fato sen<strong>do</strong> vivida,<br />
ou você acha mesmo que as pessoas que<br />
estão infelizes irão se mostrar infelizes.<br />
Acredite, as pessoas te querem bem,<br />
mas NUNCA melhores <strong>do</strong> que ela, e muitas<br />
vezes o fato de você possuir uma família<br />
pode incomodar muita gente. Então, antes<br />
de partir para o meio litigioso procurem to<strong>do</strong>s<br />
os meios possíveis para resolução <strong>do</strong>s<br />
conflitos. Pois quan<strong>do</strong> as pessoas se casam,<br />
com absoluta certeza não casam para divorciar-se,<br />
mas na intenção de viverem para<br />
sempre como UM. Claro, é imprescindível<br />
que ainda exista amor, como disse, o mun<strong>do</strong><br />
e seus valores estão deturpa<strong>do</strong>s e muitas<br />
vezes as pessoas não querem mais consertar<br />
o que se estragou, apenas jogar fora, sem<br />
analisar to<strong>do</strong> o contexto, ou anos que existiram<br />
de cumplicidade e amor.<br />
Muitas histórias extraordinárias são<br />
destruídas por decisões que são tomadas<br />
de cabeça quente. Então, meu caro, colega,<br />
amigo e cliente, ainda existem muitos profissionais<br />
que não visam apenas o valor que<br />
irão receber realizan<strong>do</strong> um divórcio, mas<br />
pensam sim, no instituto familiar que Deus<br />
criou para ser eterno. Deixo-me valer que<br />
este conteú<strong>do</strong> é de opinião pessoal, jamais<br />
in<strong>do</strong> contra a ideologia de cada indivíduo,<br />
mas talvez abrin<strong>do</strong> os olhos <strong>do</strong> ser humano<br />
para que possam resolver seus conflitos da<br />
melhor forma possível.•<br />
Garantir a aposenta<strong>do</strong>ria<br />
mesmo se perder a carteira<br />
O trabalha<strong>do</strong>r que perde<br />
a carteira de trabalho<br />
pode ter dificuldades na<br />
hora da aposenta<strong>do</strong>ria. O<br />
motivo é que esse <strong>do</strong>cumento<br />
é o mais importante<br />
para o INSS para contar o<br />
tempo total de contribuição<br />
<strong>do</strong> segura<strong>do</strong>. Na Carteira de<br />
Trabalho devem estar os registros<br />
de trabalho e os valores<br />
de salários.<br />
Segun<strong>do</strong> o advoga<strong>do</strong><br />
Rômulo Saraiva, se está próximo<br />
de se aposentar e perde<br />
a carteira, o primeiro passo<br />
<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r é acessar<br />
o extrato <strong>do</strong> Cnis (Cadastro<br />
Nacional de Informações<br />
Sociais) para saber se os<br />
empregos estão no <strong>do</strong>cumento.<br />
O Cnis deve conter<br />
to<strong>do</strong>s os registros <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r,<br />
com data de entrada<br />
e saída das empresas, além<br />
<strong>do</strong> valor <strong>do</strong>s salários de cada<br />
perío<strong>do</strong>.<br />
"É preciso pedir uma<br />
cópia <strong>do</strong> Cnis de vínculos e<br />
remunerações", ensina ele. O<br />
<strong>do</strong>cumento poder ser obti<strong>do</strong><br />
pela internet ou em uma<br />
agência da Previdência.<br />
Caso ainda precise da<br />
carteira, seja porque os da<strong>do</strong>s<br />
não estão no Cnis ou<br />
porque pretende continuar<br />
no merca<strong>do</strong> de trabalho,<br />
o segura<strong>do</strong> deve solicitar<br />
a emissão da segunda via.<br />
Com o novo <strong>do</strong>cumento em<br />
mãos, terá que "bater perna",<br />
lembra Saraiva. "Amistosamente,<br />
ele deve pedir<br />
para cada ex-emprega<strong>do</strong>r<br />
fazer anotações cronológicas",<br />
explica.<br />
O advoga<strong>do</strong> Alan Balaban<br />
afirma que ter o registro<br />
na carteira é um direito<br />
que não prescreve, ou seja, a<br />
qualquer momento pode ser<br />
solicita<strong>do</strong>. No entanto, se o<br />
expatrão se recusar a fazer,<br />
é preciso entrar com uma<br />
ação na Justiça <strong>do</strong> Trabalho.<br />
Alternativa<br />
Porém, antes de ir à<br />
Justiça, o trabalha<strong>do</strong>r tem<br />
outra alternativa, segun<strong>do</strong><br />
o Ministério <strong>do</strong> Trabalho. Ele<br />
pode procurar uma unidade<br />
<strong>do</strong> ministério e solicitar as<br />
anotações na carteira com<br />
base na Rais (relação de informações<br />
sociais) ou no<br />
Caged (cadastro de emprega<strong>do</strong>s).<br />
•<br />
Trabalha<strong>do</strong>res<br />
podem sacar cotas<br />
<strong>do</strong> Pis/Pasep<br />
O prazo ficará aberto<br />
até 28 de setembro.<br />
Para saber se tem direito,<br />
o trabalha<strong>do</strong>r pode<br />
acessar os sites <strong>do</strong> CEF e <strong>do</strong><br />
BB. Para os cotistas <strong>do</strong> PIS,<br />
também é possível consultar<br />
a CEF no 0800-726-0207<br />
ou nos caixas eletrônicos da<br />
instituição com Cartão Cidadão.<br />
No caso <strong>do</strong> Pasep, a<br />
consulta é feita ao BB, nos<br />
fones 4004-0001 ou 0800-<br />
729-0001.<br />
Têm direito ao saque<br />
trabalha<strong>do</strong>res com carteira<br />
assinada antes de 1988. As<br />
cotas são os rendimentos<br />
anuais deposita<strong>do</strong>s nas contas<br />
de trabalha<strong>do</strong>res criadas<br />
entre 1971, ano da criação<br />
<strong>do</strong> PIS/Pasep, e 1988.<br />
Quem contribuiu após<br />
04/10/88 não tem direito<br />
ao saque. Isso ocorre porque<br />
a Constituição, passou<br />
a destinar as contribuições<br />
<strong>do</strong> PIS/Pasep das empresas<br />
para o Fun<strong>do</strong> de Amparo ao<br />
Trabalha<strong>do</strong>r, que paga o seguro-desemprego<br />
e o abono<br />
salarial, e para o BNDES.<br />
Até 2017, o saque das<br />
cotas era permiti<strong>do</strong> quan<strong>do</strong><br />
o trabalha<strong>do</strong>r completasse<br />
70 anos, em caso de aposenta<strong>do</strong>ria<br />
e em outras situações<br />
específicas.•