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REVISTA OMO IFA EDIÇÃO 102

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Edição 101<br />

27/07/2018<br />

ÌYÀMMÌ ỌȘỌRỌNGÁ<br />

O PÁSSARO NOTURNO<br />

ÀWỌ IFÁKÀIYỌDẸ<br />

JÚLIO CÉSAR<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

IFÁBUNMILÁYỌ FÁTỌNÁ<br />

HEVERTON<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

ÀWỌ<br />

IFÁBÙNMÌ FÁTÙMBÍ<br />

MARCO RODRIGUES<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

ÀWỌ ỌLADẸLẸ<br />

JOSÉ RODRIGUES<br />

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Sempre me perguntaram o que é Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá, esta pergunta me fez levar muito<br />

tempo para responder uma questão ampla<br />

como o universo. Responder está pergunta eu<br />

precisaria realmente compreender e entender<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá é seu culto, e principalmente<br />

viver e adquiri experiência vivenciando,<br />

estudando ouvindo pessoas, presenciando e<br />

predicando para poder ter esta resposta.<br />

Quando apresentado a um Sacerdote e pela<br />

primeira fez ouvi este nome eu já era iniciado no<br />

culto de Ifá, e pude assistir a uma cerimônia<br />

voltada a este Ọrìșà. Com o tempo, fui praticando e conhecendo cada vez<br />

mais e melhor o que é este assunto tão fascinante que é estar magia, depois<br />

deste dia nunca mais deixei de aprofundar-me e de utilizar a força de<br />

Ìyàmmì para as mais diversas finalidades, e até hoje, nada tenho a reclamar.<br />

Por isto tento responder a pergunta o que é Ìyàmmì Ọsọrọngá? Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá é uma divindade, um Ọrìșà – Ser intermediário de comunicação<br />

com Ọlọdùmàrẹ e os homens na cultura Yọrùbà. Representa todo o poder<br />

e o conjunto ancestral do que é feminino. Está divindade é o símbolo do<br />

poder da magia, seja para o bem ou para o mal. Ìyàmmì Ọsọrọngá é a<br />

“Senhor do Pássaros da Noite”, e “A<br />

Poderosa Mãe Ancestral”. Entretendo<br />

através desta forma, o ser humano<br />

descobriu a capacidade de utilizar<br />

determinados poderes internos e externos<br />

para sobreviver em qualquer tipo de<br />

ambiente. E todos que consegue ter esta<br />

proeza são chamados de Àjẹ (Bruxa) ou Ọṣọ<br />

(Bruxo). Ìyàmmì Ọsọrọngá detém o poderes<br />

sobre os animais e aos seres humanos, desta<br />

forma todo Sacerdote precisa rende<br />

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homenagem a estas Senhoras, que são conquistadas através da natureza<br />

bipolar que é a Luz e a Escuridão, Beleza e o terror. Ìyàmmì Ọsọrọngá é a<br />

força anímica de todo a natural e material, é o campo psíquico gerando pela<br />

totalidade de seres vivos neste planta, indelével mas significante entre a<br />

vida e a morte, entre a criação e a destruição, o seu fluir de viés entre o<br />

mamífero e o réptil, flores, inseto, bactéria e os grande pássaros, espirito e<br />

a necrose, é o que podemos entender por Magia funcional, a causa e origem<br />

das maiorias das religiões, esta força<br />

não pode ser domesticada, pois<br />

sendo ela mesma amoral, é a lei<br />

maior deste pequeno planeta que dança sobre o prumo do Caminho do<br />

leite materno, e o sangue menstrual, onde também está Ọṣà Mẹjì. Bela e<br />

angustiante Deusa do pássaro Ọsọrọngá que paira no ar, proprietária da<br />

árvores que nasce, tanto quanto da carcaça, Ìyàmmì Ọsọrọngá e onde os<br />

seres humanos pode sutilmente reconhecer neste ciclo, a presença não<br />

apenas do feminino, mas principalmente de algo que possa ser considerado<br />

da mesma forma como consideraríamos os nossos progenitores, ou seja,<br />

formadores de vida. Ọbàtàlà que modelou o Àrá – Corpo físico, e que deu<br />

vida a toda a natureza é considerado o maior dos Ọrìșà por sua força de<br />

magia, é o Ọṣọ (Bruxo), por excelência do bem, que ao mesmo tempo se<br />

veste de branco, a cor do luto e da morte<br />

na cultura Yọrùbà. Ìyàmmì Ọsọrọngá, na<br />

superstição dos simplificadores que<br />

sempre existiram, sendo mulher, é a Àjẹ<br />

(Bruxa), por excelência do mal que no<br />

entanto, nunca é anti-vida mesmo<br />

quando mata. Sendo desta forma, é clara<br />

a presença constante de Ọbàtàlà, pois do<br />

bem se sabe, o espirito e reabsorção,<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá e Ọbàtàlà, são o<br />

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anco e o preto, sendo onde os seres humana saída da escuridão para a<br />

luz e vice-versa, as forças da vida<br />

neste planeta através de suas<br />

variadas formas, que nada mais são<br />

do que a Magia Pratica no culto de<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá, em seu eterno<br />

do bem e mal. São mães de<br />

Ẹgùngùn, e as Ọṣùn mais antigas<br />

que existem. O certo é que não<br />

devemos pronunciar seus nomes sem um motivo justo ou mesmo<br />

proferirmos seu Ọríkì, palavras litúrgicas, sagradas, que tem o poder de<br />

invocá-las independentemente do local que estejamos. Ensinavam que não<br />

se deviam cultuar esses seres em residências onde houvesse crianças.<br />

Muitos deles tinham verdadeiro pavor até mesmo em proferir seus nomes.<br />

Isso era tabu. Seu culto sempre foi um dos mais secretos em Ifá e sua<br />

cerimônia de padê, somente é presenciado pelos iniciados. Muitos<br />

acreditam que sem a preparação do encantamento do Ọrìșà em nossas<br />

cabeças, elas podem até mesmo nos matar. São seres de poder imenso e,<br />

que uma vez invocados nada nem ninguém poderá subjugá-las. Em sua<br />

cerimônia de padê, geralmente as mulheres é que participam, assim<br />

mesmo, dependendo da qualidade de seu santo. Uma pessoa de Ọbàtàlà,<br />

por exemplo, participa da cerimônia, mas tão somente como observador e<br />

não como parte ativa. Suas oferendas são entregues em primeiro lugar,<br />

para depois então agradarmos as demais entidades, antes de iniciarmos os<br />

festejos de um terreiro de Candomblé somente neste caso, no culto Ifá o<br />

procedimento seria outro. Quando provocadas, causam terrores<br />

inimagináveis na vida de quem às provocou.<br />

Dado a isso, alguns sacerdotes sem o menor<br />

preparo sempre tentam manipular as Ìyáàmi<br />

sem buscar alternativas diversas antes de<br />

invocarem seus nomes e sua presença, uma<br />

pessoa, sem o devido preparo e<br />

conhecimento necessário, jamais deve se<br />

atrever a invocar essas poderosas feiticeiras.<br />

As Senhoras dos Pássaros da Noite quando se<br />

pronuncia o nome de Ìyàmmì Ọșọrọngá,<br />

quem estiver sentado deve levantar, quem<br />

estiver de pé fará uma reverência, pois se<br />

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trata de temível Ọrìșà, a quem se deve apreço e encantamento. Ìyàmmì<br />

Ọșọrọngá é a síntese do poder feminino, claramente manifesto na<br />

possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o<br />

mundo. Quando os Yòrùbà dizem ―nossas<br />

mães queridas para se referirem às Ìyáàmi,<br />

tentam, na verdade, apaziguar os poderes<br />

terríveis dessa entidade. Donas de um àṣẹ<br />

tão poderoso quanto o de qualquer Ọrìșà, as<br />

Ìyàmmì tiveram seu culto difundido por<br />

sociedades secretas de mulheres e são as<br />

grandes homenageadas do famoso festival<br />

Gẹlẹdẹ, na Nigéria, realizado entre os meses<br />

de março e maio, que antecedem o início<br />

das chuvas do país, remetendo<br />

imediatamente para um culto relacionado à<br />

fertilidade e a fartura. Poder procriador tornou-se conhecidas como às<br />

senhoras dos pássaros e sua fama de grandes feiticeiras as associou à<br />

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escuridão da noite; por isso também<br />

são chamadas de Ẹlẹyẹ. A sua relação<br />

mais evidente é com o poder genital<br />

feminino, que é o aspecto que mais<br />

aproxima a mulher da natureza, ou<br />

seja, dos acontecimentos que fogem à<br />

explicação e ao controle humano. Toda<br />

mulher é poderosa porque guarda um<br />

pouco da essência das Ìyàmmì; a<br />

capacidade de gerar filhos, expressa nos órgãos genitais femininos, sempre<br />

assustou os homens e as cantigas entoadas durante o festival Gẹlẹdẹ fazem<br />

alusão a esse terrível poder que não pertence apenas às Ìyàmmì, mas a<br />

qualquer mulher Mãe destruidora, hoje te glorifico. As mães são<br />

compreendidas como a origem da humanidade e seu grande poder reside<br />

na decisão que tomar sobre a vida de seus filhos. É a mãe que decide se o<br />

filho deve ou não nascer e, quando ele nascer, ainda decide se ele deve<br />

viver. A mulher, especialmente nas sociedades antigas, tinha inúmeros<br />

recursos para interromper uma gravidez. E, até os primeiros anos de vida,<br />

uma criança depende totalmente de sua mãe; se faltarem seus cuidados a<br />

criança não vinga. Em síntese, todo ser humano deve a vida a uma mulher.<br />

Se todas as mulheres juntas decidissem não mais engravidar, a humanidade<br />

estaria fadada a desaparecer. Esse é o poder de Ìyàmmì Ọsọrọngá. Mostrar<br />

que todas as mulheres juntas decidem sobre o destino dos homens. Mãe<br />

todo poderosa, mãe do pássaro da noite. Grande mãe com quem não<br />

ousamos coabitar Grande mãe cujo corpo<br />

não ousa olhar. Mãe de belezas secretas<br />

que esvazia a taça Que fala grosso como<br />

homem, Grande, muito grande, no topo da<br />

árvore Ìrọkọ, Mãe que sobe alto e olha para<br />

a terra Mãe que mata o marido, mas dele<br />

tem pena. Ìyàmmì Ọsọrọngá é a<br />

sacralização da figura materna, por isso seu<br />

culto é envolvido por tantos tabus. Seu<br />

grande poder se deve ao fato de guardar o<br />

segredo da criação. Tudo que é redondo<br />

remete ao ventre e, por consequência, as Ìyàmmì Ọsọrọngá. O poder das<br />

grandes mães é expresso entre os Ọrìșà por Ọṣùn, Iyẹmànjá e Nànà, Oba,<br />

Ẹwá, Ọyá, mas o poder de Ìyàmmì Ọsọrọngá é manifesto em toda mulher,<br />

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que, não por acaso, em quase todas as<br />

culturas, é considerada tabu. As<br />

denominações de Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

expressam suas características<br />

terríveis e mais perigosas e por essa<br />

razão seus nomes nunca devem ser<br />

pronunciados; mas quando se disser<br />

um de seus nomes, todos devem fazer<br />

reverencias especiais para aplacar a<br />

ira das grandes Mães e,<br />

principalmente, para afugentar a morte. As feiticeiras mais temidas entre<br />

os Yọrùbà são as Àjẹ e, para referir-se à elas sem correr nenhum risco, diga<br />

apenas Ẹlẹyẹ, Dona do Pássaro. O aspecto mais aterrador das Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá e o seu principal nome, com o qual se tornou conhecida nos<br />

terreiros, é Ọsọrọngá, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro de<br />

mesmo nome e rompe a escuridão da noite com seu grito assustador. As<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da<br />

vida é a morte. Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas em<br />

seu aspecto benfazejo, é o grande ventre que povoa o mundo. Não podem,<br />

porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo tipo de maldição e tornamse<br />

senhoras da morte. O lado bom de Ìyàmmì é expresso em divindades de<br />

grande fundamento, como Àpàọkán,<br />

Ìrọkọ, Ọṣẹ, Bàọbà, entre outras árvores.<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá ficam juntos as<br />

grandes árvores e, mostrando a sua<br />

relação com os ancestrais, sendo<br />

também uma nítida representação do<br />

ventre. As Ìyàmmì, juntamente com Èṣú<br />

e os ancestrais. É evocado nos ritos de<br />

Ìpádẹ, um complexo ritual que, entre<br />

outras coisas, ratifica a grande realidade<br />

do poder feminino na hierarquia em Ifá,<br />

denotando que as grandes mães é que<br />

detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem à vida,<br />

integrarão o corpo das Ìyàmmì Ọsọrọngá, que são, na verdade, as mulheres<br />

ancestrais. A grande mãe feiticeira. O grande segredo de todas as nações<br />

que envolvem Ọrìșà, sabedoria encantamento. Aprendam sobre a grande<br />

mãe só assim começaram a entender os grandes mistérios que envolvem o<br />

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culto de Ifá, a magia que encanta o feitiço que apavora a realidade de cada<br />

ser humano espelhados no mistério das Ìyàmmì Ọsọrọngá. Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá não é feito individual (para uma determinada pessoa) e sim para<br />

uma coletividade e não se manifesta em nenhuma pessoa. Muitos falam<br />

que a primeira Ìyáàmi foi Ọdú e outros Ọlọkùn, as Ìyàmmì Ọsọrọngá podem<br />

ser em algumas culturas o seguinte:<br />

Fùnfùn – Só praticam o bem.<br />

Pùpá – Praticam o bem e o mal<br />

Dudu – Só praticam o mal<br />

Mais na verdade como qualquer Ọrìșà, se tem o poder de fazer qualquer<br />

tipo de Ẹbọ, utilizando a energia de<br />

contraído ou expandir qualquer de<br />

elemento em função para o bem como<br />

para o mal. A sociedade Gẹlẹdẹ é uma das<br />

mais famosas organizações artísticas e<br />

religiosas. Compõe-se de um grupo<br />

pessoas devotas do culto de Àjẹ as<br />

feiticeiras que são chamadas Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá – minha mãe ancestral. Entre<br />

os Yọrùbà as Àjẹ representam uma<br />

aspecto amedronta-te dos poderes<br />

ocultos das mulheres. Juntos com os Àjọgùn, (Doença, destruição humana<br />

entre outros), Ṣìgìdì, (Perturbador da mente humana, traz a loucura), Àrájẹ<br />

(O corpo que sangra) e Ìkù (A morte). Elas<br />

constituem as forças maléficas que devem<br />

ser temidas e agradadas para não<br />

atrapalharem o complexo equilíbrio<br />

universal. Mas, como as Àjẹ são também<br />

seres humanos que, afora as divindades e os<br />

Àjọgùn, fazem parte das sociedades humana<br />

aqui na terra, elas possuem também<br />

atributos humanas. E podem assim, ser<br />

benevolentes para com os seres humanos,<br />

quando elas querem. Desta forma,<br />

desempenham uma dupla função no<br />

universo, e podem operar em dois planos humanos e sobrenatural, assim,<br />

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não nos surpreende que Gẹlẹdẹ sejam devotadas à adoração e agrado das<br />

Ìyáàmi, para atingirem a harmonia, paz e a tranquilidade, numa sociedade<br />

que lida com tais seres incontroláveis, meio humano e meio sobrenaturais.<br />

Através do Ọdú Ọṣà Mẹjì tomamos conhecimento da chegada das mãe<br />

ancestral, seus Ìtàn, que fazem parte do corpo literário de Ifá em seus<br />

mistérios. Segundo a milenar tradição religiosa Yọrùbà, a primeira mulher a<br />

descer do Ọrùn para Àìyẹ foi Ọdú que na encruzilhada que liga os dois<br />

mundos fez um juramento junto aos homens que não os trairia, porém<br />

foram eles que a traíram e o caso foi levado a Ọlọdùmàrè, que ouvir<br />

atentamente as duas versões, ou seja, da mulher e dos homens. Resolveu,<br />

então dar poderes a Ọdú de marcar os homens, de tudo que eles fizessem<br />

e também de envenenar a vida dos mesmos, num dos ita de Ifá<br />

encontramos a palavras de Ọlọdùmàrè que diz:<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá ju Ẹnìyàn lọ, ni<br />

àgbàrà lati ṣẹ ọhunkọhun ti o bá fẹ<br />

pẹlu rẹ.<br />

Ìyáàmi é superior ao homem, tem<br />

poder para fazer o que quiser com<br />

ele.<br />

1 – É a divindade que recebe de Ọlọdùmàrè a cabaça representa o mundo,<br />

onde está contido o pode.<br />

2 – Mulher velha, dona de uma cabaça que contém um pássaro e se<br />

metamorfoseia nele, organiza encontros na madrugada dentro da floresta<br />

para se alimentar de sangue humano e se entrega a trabalhos somente para<br />

o mal.<br />

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As Ìyàmmì Ọsọrọngá são<br />

agente moderadores em<br />

relação aos abusos de<br />

Ọlọdùmàrè, Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá e os homens<br />

prometeram não trair uns<br />

aos outros e<br />

principalmente que jamais<br />

se matariam, porém num<br />

momento muito difícil no<br />

Àìyẹ, onde os homens não<br />

tinham nada para comer, começaram a morrer de inanição. Somente os<br />

Ẹlẹyẹ, conseguiam sobreviver. Ẹṣù então os pergunta porque estavam<br />

passando fome se haviam tantas aves? Mas, os homens lembraram do<br />

juramento que haviam feito anteriormente. Ẹṣù foi embora e os homens<br />

ficaram excitados com o que Ẹṣù tinha sugerido e resolveram que para não<br />

morrer de fome passariam a comer os Ẹlẹyẹ, estes imediatamente foram a<br />

Ọlọdùmàrè lhes relatar o poder de verem tudo, de fazer o que quisessem<br />

com os homens. Ainda de tomarem conhecimento de tudo através da<br />

cabaça Ìgbà Àìyẹ ou Ìgbà Ìwà do mundo, além disso tudo que falassem se<br />

tornaria realidade. No Odú Ẹgbẹ encontramos o relato da chegada das<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá ao Àìyẹ que queriam ter sete casas nos sete pilares da<br />

terra, que anda mais são do que sete árvores, imediatamente se agarraram<br />

as árvores e ao serem inqueridas responderam que em três fariam o mal,<br />

destruiriam, matariam e propagaria doenças e desgraças, em outras três<br />

fariam o bem, proporcionariam vida longa, saúde, alegria e na sétima<br />

arvores instalariam a essência dos seus<br />

poderes, ou seja, fariam o que<br />

quisessem, tanto o bem quanto o mal. A<br />

cabaça representa o poder genitor<br />

feminino, o útero repositório do mundo<br />

e de sua força, a união e a ligação entre<br />

o Ọrùn e Àìyẹ, o compromisso de gerar<br />

a vida humana e a morte. Significa todo<br />

um processo de equilíbrio e de<br />

harmonia. Para se entender bem tal<br />

relação, se faz necessário situar as mulheres do ritual Gẹlẹdẹ, que<br />

representam o culto às Ìyàmmì Ọsọrọngá, as grandes mães ancestrais,<br />

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encabeçadas por: Nànà, Iyẹmànjá, Ọsun,<br />

Oba, Ìyẹwà, Òyà, Ìyẹmọwọ, yẹmọọ e Ọlọkùn.<br />

Ọlọkùn simboliza a grande representante do<br />

princípio feminino, sendo o elemento<br />

responsável por todo o poder criador, do<br />

poder das mulheres, liderando o movimento<br />

das Ìyàmmì Ọsọrọngá, grandes mães<br />

ancestrais, que tudo criaram, transformaram<br />

e transmutaram desde o princípio dos<br />

princípios da formação do universo. A<br />

sociedade Gẹlẹdẹ, que já existiu no Brasil, é<br />

um ritual de mulheres que vestem panos coloridos – diferentes panos<br />

mostrando diferentes procedências. São as diferentes raízes que as pessoas<br />

podem ter na maternidade. A máscara Ẹfẹ - Gẹlẹdẹ que cobre a cabeça da<br />

mulher vai representar o mistério, o maravilhoso, na cultura negra. O uso<br />

da máscara significa o símbolo de outro espaço, um espaço vivo, um espaço<br />

invisível que não se conhece, mas sente-se! Esta mascararas e utilizada por<br />

homens. No Brasil está sociedade existiu, sua última sacerdotisa suprema<br />

foi Ọmọ ník é Ìyàlọdẹ Ẹrẹlú que tinha o nome católico Maria Julia<br />

Figueiredo, uma das Ìyálà se do Ìlẹ Ìyánássọ, com sua morte cessaram-se as<br />

festividades, que eram realizadas no bairro da Boa Viagem. O propósito da<br />

sociedade Gẹlẹdẹ é propiciar os poderes míticos das mulheres, cuja boa<br />

vontade deve ser cultivada porque é essencial a continuidade da vida para<br />

esta sociedade. Sem o poder feminino, sem o princípio de criação não<br />

brotam plantas, os animais não se reproduzem, a humanidade não tem<br />

continuidade. Assim, o princípio feminino é o princípio da criação e<br />

preservação do mundo: sem a mulher não<br />

existe vida, sendo, segundo os mitos, ser<br />

reverenciada e respeitada pelos Ọrìșà e<br />

pelos homens. As Gẹlẹdẹ e suas máscaras<br />

se tornam uma metáfora, sendo uma<br />

linguagem para a mãe natureza. O Gẹlẹdẹ é<br />

um símbolo porque personifica o útero,<br />

pois ele carrega as crianças e as protege.<br />

Através das Ìyàmmì (mães ancestrais) a arte<br />

das máscaras é usada para aglutinar as<br />

pessoas que se relacionam como filhos de<br />

uma mesma mãe, fazendo com que o espírito se manifeste através desta<br />

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máscara, seguindo e<br />

alimentando o espírito<br />

humano. Representam o não<br />

uso da violência para resolver<br />

questões. Nas culturas negras a<br />

mulher está presente em todos<br />

os lugares. As máscaras têm<br />

grande importância na vida<br />

religiosa, social e política da<br />

comunidade, mostrando as<br />

diferentes categorias de mulher: mulher secreta – ligada ao divino, serve<br />

como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar<br />

frutos. -mulher símbolo político – não usa violência para resolver as<br />

questões, aglutinando as pessoas, vivendo o cotidiano. – mulher sagrada –<br />

símbolo de todos os tempos, pois está virada para o futuro, sempre<br />

vulnerável e frágil, mas é aquela que abre o céu (Ọrùn) e deixa lugar para a<br />

mudança, o futuro, e para a transformação. A sexualidade da mulher negra<br />

faz parte da sua essência de princípio feminino, sendo muitos os mitos que<br />

representam a função e o papel mulher vista como útero fecundado, cabaça<br />

que contem e é contida, responsável pela continuidade da espécie e pela<br />

sobrevivência da comunidade. Não se encontra<br />

pecado nesta sexualidade. Através das Ìyà as<br />

comunidades – terreiros se constituam num<br />

verdadeiro sistema de alianças. Desde a simples<br />

condição de irmão de santo até a mais complexa<br />

organização hierárquica, há o estabelecimento<br />

de um parentesco comunitário, como uma<br />

recriação das linhagens e da família extensiva<br />

africana. Os laços de sangue são substituídos<br />

pelos de participação na comunidade, de<br />

acordo com a antiguidade, as obrigações e a<br />

linhagem iniciativa. Todos estão unidos por<br />

laços de iniciação às divindades cultuadas, aos<br />

demais iniciados, às autoridades, aos antepassados e aos ancestrais da<br />

comunidade. Através do rito se tem todo um sentido de manifestação das<br />

mulheres do grupo: rodando, dançando, se integrando com o cosmos,<br />

mostrando que temos consciência de que somos elementos dinâmicos, de<br />

que o movimento da roda – já que as mulheres são os elementos que<br />

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dançam em círculo – representa o altar da<br />

criação, da vida, já que a terra está em<br />

movimento, o universo está em<br />

movimento e só se conseguirá estar em<br />

sintonia com o universo através do<br />

movimento. Gẹlẹdẹ é originalmente uma<br />

forma de sociedade secreta feminina de<br />

caráter religioso, existente nas sociedades<br />

tradicionais Yọrùbà, que expressam o<br />

poder feminino sobre a fertilidade da<br />

terra, a procriação e o bem estar da<br />

comunidade. O culto Gẹlẹdẹ visa apaziguar<br />

e reverenciar as mães ancestrais para assegurar o equilíbrio do mundo. As<br />

principais representações do culto também nos fala um Ìtàn de Ọṣẹ Ọyẹkù,<br />

que Ọbàtàlà e Ọdú Ọgbẹ são uma única coisa e no culto a Ọbàtàlà, Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá é diretamente participante, o próprio Ìtàn nos fala: Tudo aquilo<br />

que o homem vier a conseguir na terra, o será através das mãos das<br />

mulheres. Esta é uma tradição do culto a Ọbàtàlà, pela relação direta de<br />

Iyẹmànjá, Ọọdùà. Ìtàn Ọṣà Mẹjì (o mito da roupa de Ẹẹgùn), quanto ao culto<br />

Ẹfẹ Gẹlẹdẹ, os homens participam, até nas chamadas incorporações em<br />

trance - dàpọ sọkún – e umas das principais diferenças estão nas próprias<br />

danças rituais, quando as femininas e lenta e nobre, quando ao masculino<br />

é firme e agressiva, e cabe aos Ọṣọ de Ọbàtàlà’ esta função. Seja Àkọ, bàká,<br />

mùdiá, tẹtẹdẹ, Ọkúnrín, Ọnìlù e às outras. Mas quando se trata da essência<br />

da filosofia, na relação Ọbàtàlà (símbolo da<br />

ancestralidade masculina) e, Iyẹmànjá<br />

Ọọdùà (Ọsọrọngá símbolo da<br />

ancestralidade feminina) como uma relação<br />

perfeita, trazida por Ọṣẹ Ọyẹkù, e também<br />

pela relação de ambos com Ìkù. O culto<br />

anual de Ẹfẹ Gẹlẹdẹ, originário da cidade de<br />

Kẹtú no décimo quarto século, é organizado<br />

no começo da estação agrícola exatamente<br />

por uma importante questão dentro da<br />

cultura Yọrùbà a Fertilidade. Este culto se<br />

organiza da seguinte forma- sua parte<br />

diurna é exatamente Gẹlẹdẹ e sua parte noturna é Ẹfẹ (o pássaro). Os<br />

dançarinos são homens, contudo representam homens e mulheres em suas<br />

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epresentações. Isto prova que o culto das Gẹlẹdẹ não é vetado aos<br />

Homens. Quando Ọọdùà viu Ẹẹgùn andando e falando, percebeu que foi O<br />

bàrìsà a quem tornou isto possível. Ela reverenciou e prestou homenagem<br />

a Ẹẹgùn e a O bàrìsà, conformando-se com a vitória dos homens e aceitando<br />

para si a derrota. Ela mandou então seu poderoso pássaro pousar em<br />

Ẹẹgùn, e lhe outorgou o poder: tudo o que Ẹẹgùn disser acontecerá. Ọọdùà<br />

retirou-se para sempre do culto de Ẹgùngùn, e partiu para partir o culto<br />

Gẹlẹdẹ. Só e Ẹlẹyẹ, indicara seu poder e marcara a relação entre Ẹgùngùn e<br />

Ìyáàmi. Gbọgbọ àgbàrà ti Ẹgùngùn si nlọ àgbàrà e Ẹlẹyẹ ni. (Todo o poder<br />

que utilizara Ẹgùngùn é o poder do pássaro). O<br />

conjunto homem-mulher dá vida a Ẹgùngùn<br />

(ancestralidade), mas restringe seu culto aos<br />

homens, os quais, todavia, prestam homenagem<br />

às mulheres, castigadas por Ọlọdúnmẹrẹ<br />

através dos abusos de Ọọdùà. Também por esta<br />

razão é que as mulheres mortas são cultuadas<br />

coletivamente e somente os homens têm direito<br />

à individualidade, através do culto de Ẹgùngùn.<br />

AS SENHORAS DO PÁSSARO DA NOITE<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá é o termo que designa as terríveis Àjẹ, feiticeiras<br />

africanas, uma vez que ninguém as conhece por seus nomes. As Ìyáàmi<br />

representam o aspecto sombrio das coisas: a inveja, o ciúme, o poder pelo<br />

poder, a ambição, a fome, o caos o descontrole. No entanto, elas são<br />

capazes de realizar grandes feitos quando devidamente agradadas. Podemse<br />

usar os ciúmes e a ambição das Ìyáàmi em favor próprio, embora não<br />

seja recomendável lidar com elas. O poder de Ìyáàmi é atribuído às<br />

mulheres velhas, mas pensa-se que, em certos casos, ele pode pertencer<br />

igualmente a moças muito jovens, que o recebem como herança de sua<br />

mãe ou uma de suas avós. Uma mulher de qualquer idade poderia também<br />

adquiri-lo, voluntariamente ou sem que o saiba, depois de um trabalho<br />

feito por alguma Ìyáàmi empenhada em fazer proselitismo. Ìyàmmì possui<br />

uma cabaça e um pássaro, é este pássaro quem leva os feitiços até seus<br />

destinos. Ele é pássaro bonito e elegante, pousa suavemente nos tetos das<br />

casas, e é silencioso. ―Se ela diz que é pra matar, eles matam, se ela diz pra<br />

levar os intestinos de alguém, levarão. Ìyàmmì Ọsọrọngá está sempre<br />

encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres<br />

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humanos. Está sempre irritada, seja ou não maltratada, esteja em<br />

companhia numerosa ou solitária, quer se fale bem ou mal dela, ou até<br />

mesmo que não se fale,<br />

deixando-a assim num<br />

esquecimento desprovido<br />

de glória. Tudo é pretexto<br />

para que Ìyáàmi se sinta<br />

ofendida. Ìyàmmì é muito<br />

astuciosa; para justificar<br />

sua cólera, ela institui<br />

proibições. Não as dá a<br />

conhecer<br />

voluntariamente, pois<br />

assim poderá alegar que<br />

os homens as<br />

transgredem e poderá punir com rigor, mesmo que as proibições não sejam<br />

violadas. É preciso muito cuidado com elas. E só Ọrùnmìlà consegue acalmála.<br />

Ọṣùn: Grande protetora da gestação é a Ìyáàmi-Àkókó, mãe ancestral<br />

suprema. Ọṣùn Ìjimù e Ìyálà: A duas mais velhas Ọṣùn, são as duas<br />

ancestrais das mulheres. Nànà: patrona da lama e dos primórdios da criação<br />

do Àìyè é a Ọmọ Àtíọrọ ọkẹ Ọfà. Ọyá e Ìyẹwà: são todas Ìyà Ẹlẹyẹ<br />

possuidoras da cabaça com pássaro símbolo do poder feminino. Ọlọrí Ìyà<br />

Àgbà Àjé Ẹlẹyẹ, chefe supremo de nossas mães ancestrais possuidoras de<br />

pássaros. Ọgágùn àtì Ọ gájùlọ nìnù awọn Ìyàmmì Ọsọrọngá. Chefe supremo,<br />

comandante entre todas as Ìyáàmi. Ọrùnmìlà: Este foi o único Ọrìșà que<br />

quando as Ìyàmmì estavam<br />

zangadas conseguiu apaziguar<br />

sua fúria e desta forma salvou<br />

o Àìyẹ e restabeleceu a<br />

Harmonia, entre os Homens e<br />

Mulheres. Toda mulher é uma<br />

Àjẹ, porque as Ìyàmmì<br />

controlam o sangue menstrual<br />

elas representaram poderes<br />

místicos das mulheres no seu<br />

aspecto mais perigoso. São as Avós, as mães em cólera que em sua boa<br />

vontade a própria vida na terra não teria continuidade Ìtàn do Ọdú Ọṣà Mẹjì<br />

Ọọdùà TORNA-SE Ìyàmmì. As Ọrìșà femininas cultuadas nos candomblés<br />

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E kúnlẹ è o, e Kúnlẹ è ọbìnrìn o<br />

E ọbìnrìn l’ó bí wa, k’àwa tó d’enia<br />

Ogbon àiyé t’obinrin ni, e<br />

kúnlẹ è ọbìnrìn E ọbìnrìn l’o bí wá o,<br />

k’àwa tó d’enia<br />

brasileiros representam aspectos<br />

socializados deste poder conforme a visão de<br />

mundo negro africana segundo a qual<br />

homens e mulheres se equivalem e<br />

controlam determinadas forças da natureza<br />

Porém a continuidade da vida sobre a terra,<br />

atributo eminentemente feminino nesta<br />

tradição é reverenciado de modo especial.<br />

Por isso O bàrìsà o grande ancestral<br />

masculino canta:<br />

Ajoelhem-se para as mulheres.<br />

A mulher nos colocou no mundo, nós somos seres humanos.<br />

A mulher é a inteligência da terra.<br />

A mulher nos colocou no mundo, nós somos seres humanos).<br />

Ìyàmmì Ọșọrọngá é uma energia ancestral coletiva feminina, cultuada pelas<br />

Gẹlẹdẹ; sociedade feminina fechada da Ìyàmmì<br />

Ẹlẹyẹ (minha mãe senhora dos pássaros), que<br />

têm poderes de se transformarem em<br />

determinados pássaros húrù, e lúùlú, àtíọrọ,<br />

Àgbigbọ e Ọșọrọngá, este último refere-se ao<br />

próprio som que a ave emite e dá nome a<br />

Sociedade. Exercem sua força máxima nos<br />

horários mais críticos meio-dia e meia-noite –<br />

ocasiões em que é preciso muita cautela para<br />

que elas não pousem na cabeça de ninguém.<br />

Suas cerimônias são realizadas no início da<br />

estação do plantio relacionado à fertilidade.<br />

Estas cerimônias tiveram início na região de<br />

Kẹtú, dividindo-se em duas partes a diurna e a<br />

noturna. Afirma a tradição que as Ìyáàmi segue o rastro do sangue do fígado<br />

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e do coração, isto se deve pôr os chamados<br />

Àṣẹ das oferendas são de Ọșọrọngá! Estes<br />

órgãos se classificam em comportamentos<br />

Ọfù (aqueles que produzem a fazem circular<br />

a energia no corpo) estômago, bexiga,<br />

vesícula biliar, intestino grosso e o intestino<br />

delgado, como também em<br />

comportamentos como coração, pulmões,<br />

rins, fígado e baço – pâncreas. Estes detalhes<br />

são importantíssimos no culto à Ọșọrọngá e<br />

principalmente no culto Ẹfẹ Gẹlẹdẹ ainda<br />

mais se falamos do sacrifício de Ẹlẹdẹ<br />

(porco). Relacionam-se com Ọșọrọngá: Ẹṣù:<br />

somente com sua ajuda é que conseguimos a<br />

comunicação com as Ìyàmmì, além de ser a prova viva do poder das Ìyàmmì.<br />

Ọgùn: o senhor da cabaça de ẹẹdù (carvão) – ọna Ìwọ Ọọrùn (caminho do<br />

oeste) é bem mais íntimo de Ọșọrọngá, se não fosse ele o senhor do sagrado<br />

ato da oferenda de animais, juntamente com Ẹṣù e Ọșọrọngá. Iyẹmànjá<br />

Ọọdùà (Ìyẹmòwò) Grande Ìyà, Senhora do Ìgbà Ẹlẹyẹ (cabaça dos pássaros)<br />

é a Ìyálà seu nome é modificação da palavra Ọdú Lọgbọjẹ, a mulher<br />

primordial, também denominada Ẹlẹyínjú Ẹgbẹ, a dona dos olhos delicados<br />

fazendo parte das divindade segadoras representada pelo Preto, fundadora<br />

do culto e sociedade Gẹlẹdẹ. Segundo os mitos da tradição<br />

afrodescendente, já que o mito é o discurso em que se fundamentam todas<br />

as justificativas da ordem e da<br />

contraordem social negra, a luta<br />

pela supremacia entre os sexos é<br />

constante, simbolizada na Ìgbàdù<br />

(cabaça da criação), já que o Ọrí s à<br />

Iyẹmànjá Ọọdùà, princípio feminino<br />

de onde tudo se cria –<br />

representação coletiva das Ìyáàmi<br />

ou mães ancestrais é a metade<br />

inferior da cabaça e Ọbàtàlà ou<br />

Ọṣàlà, princípio masculino, a<br />

metade superior. A relação Ọọdùà Ọbàtàlà, entendida simbolicamente, não<br />

representa uma simples relação de acasalamento do princípio feminino<br />

com o masculino. Há um princípio de completude do outro, de que a vida<br />

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se constrói de mãos dadas e de<br />

que cada um de nós na medida<br />

em que estabelece esta relação,<br />

estabelece um elo mais completo<br />

com as coisas que estão à volta. E<br />

se isto não responder a pergunta.<br />

O QUE E ÌYÀMMÌ ỌSỌRỌNGÁ?<br />

Então eu pergunto. O QUE E<br />

ÌYÀMMÌ ỌSỌRỌNGÁ? Ẹlá é o<br />

princípio da ordem da retificação<br />

de destinos infelizes, sua afinidade com Ìyàmmì Ọsọrọngá relaciona-se aos<br />

mitos da criação do mundo, quando Ìyà se torna a mãe de todos os Ọrìșà e<br />

proprietária de seus poderes especiais, ou seja, o da manutenção ou<br />

destruição do ciclo de fertilidade no mundo. Sob muitos aspectos práticos<br />

Ẹlá é um polo equivalente a Ìyàmmì Ọsọrọngá, pois a ideia de ordem e<br />

harmonia, sendo intermediadas por Ẹṣu para a prova do bom caráter e<br />

merecimento dos seres humanos, portanto passiveis de desordem e<br />

desarmonia em seus destinos, pois assim no mostra a dialética de Magia de<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá. Ẹlá e Ìyàmmì Ọsọrọngá são uma só, como único ciclo<br />

maior do ritmo universal. Se nós aceitarmos que Ẹlá é um princípio<br />

primordial, que estava presente no início da criação, estando no mundo e<br />

preenchendo-o de bons trabalhos,<br />

estabelecendo a ordem e colocando as<br />

coisas em seus devidos lugares, poderemos<br />

dizer que em um determinado momento o<br />

homem de alguma forma acordou de seu<br />

estado de letargia em um mundo perfeito e<br />

sem atropelos, e neste momento se rebelou<br />

conta Ẹlá, crescimento à ela a<br />

responsabilidade de ter retardado o<br />

crescimento do mundo e então a<br />

difamaram. Em função disso, conta a<br />

tradição que Ẹlá se ofereceu e ascendeu aos<br />

céus através de uma corda esticada. Foi somente assim que os habitantes<br />

do mundo perceberam que era realmente impossível viver sem Ẹlá e, assim<br />

desde então, se tem rezado por suas bênçãos. Aspecto importante é<br />

percebermos que através de Ìyàmmì Ọsọrọngá, o poder de Ẹlá se<br />

demonstra de forma muito mais forte, pois a força construtiva ou destrutiva<br />

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de Ẹṣù sempre irá depender de Ìyàmmì Ọsọrọngá, e de Ẹlá, que poderá<br />

estar presente nos rituais. Pois mesmo para a destruição, o ritual deverá<br />

respeitar determinadas regras ligadas a<br />

ordem maior do mundo, a qual é<br />

representada por Ẹlá, e que pode ser evocada<br />

durante os cultos para que venha e abençoe<br />

os oferecimentos, tornando-os aceitáveis. Ẹlá<br />

também é denominada como o princípio que<br />

inspira a aceitação de alguns sacrifícios, que<br />

inspira o culto correto e é por este objetivo<br />

que a vida tem sido oferecida. Pois como nos<br />

diz a frase, “Que é a paz que eu não quero<br />

conservar para tentar ser feliz”, Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá afirma este sentido e Ẹṣù o realiza. Devermos escolher entre fazer<br />

a “VOSSA VONTADE OU A MINHA VONTADE”, e nesta escolha, é<br />

importantíssimo sermos lúcidos de nossas escolhas e sacrifícios, toda a<br />

consequência de um ato ritual pode depender disto, ou seja, “Vossa<br />

vontade”, participação de Ẹlá “Minha Vontade”, sem Ẹlá, pois quem pode<br />

ter certeza absoluta de sua razão e direito, quando falamos de<br />

determinados Ọrìșà que podem punir ou salvar. Na sociedade Yòrùbà mais<br />

antiga, as mulheres são consideradas como representante de poderes<br />

capazes de controlar reservatórios de energias espirituais imensas dentro<br />

de si. Este imenso poder pode ser dirigido para criar ou destruir a vida. Os<br />

homens da comunidade reconhecem este poder cultuando Ẹfẹ Gẹlẹdẹ. O<br />

culto possui como principal característica, as famosas máscaras Ẹfẹ Gẹlẹdẹ.<br />

O ser semi-animal, semi-humano que tem, como intermediário, entre os<br />

mundos sua pele. Este fato permite compreender a importância da<br />

máscaras – essência espiritual do<br />

Totem, as máscaras masculina no<br />

culto Ẹfẹ Gẹlẹdẹ, chamam-se Àkọgí<br />

e as femininas Àbọgí – Pois o<br />

iniciador que dança é o espírito<br />

luminoso do animal, a máscara<br />

conduz a dança, esforço coletivo<br />

do clã, não para invocar a uma<br />

divindade, mas para representar<br />

uma espécie de mimica mágica que<br />

visa proteger e fertilizar a toda<br />

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comunidade. Por causa da ideia de<br />

vida e fertilidade, o culto anual de Ẹfẹ<br />

Gẹlẹdẹ é organizado no começo da<br />

estação agricultura em março na<br />

África. O culto Ẹfẹ Gẹlẹdẹ surgiu na<br />

cidade de Ketu no décimo quarto<br />

século e foi adotado por todas as<br />

comunidades situadas no corredor<br />

comercial do estado Yọrùbà, a oeste<br />

sendo diferente do culto a Ẹgunguẹn<br />

que influenciou e influencia até hoje,<br />

todo o território Yọrùbà de uma forma em geral. Ẹfẹ Gẹlẹdẹ é apenas uma<br />

parte do culto de Ìyàmmì Ọsọrọngá, a parte diurna, Ẹfẹ Gẹlẹdẹ é a parte<br />

noturna e seu complemento. Ẹfẹ é Ọrìșà Ẹṣù em sua manifestação de<br />

pássaro noturno. Nas máscaras Gẹlẹdẹ, quase sempre estão representados<br />

pássaros e serpentes, a por ser um animal essencialmente noturna e os<br />

pássaros por possuírem uma potência espiritual equivalente as das<br />

mulheres, neste sentido, as aves visível do corpo de Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

porque viajam no ar – símbolo do voo noturno – Projeção Astral<br />

característico da prática da magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá, enquanto as<br />

pessoas que não são Ọṣọ (Bruxo) ou Àjẹ (Bruxa) só conseguem viajar no<br />

corpo físico e visível da terra, para viajar no mar, as pessoas precisam criar<br />

barcos, que com sua forma semelhante a um útero, adquirem o caráter de<br />

fêmeas. E como estas aves faltam sob a forma de canto os idioma dos<br />

pássaros – Ẹdẹ Ẹyẹ, podem trazer a sabedoria codificada de Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá. Assim aves nos ligam ás serpentes sempre aparecem como<br />

imagens primárias e fundamentais da energia feminina superior do<br />

universo e nem sempre são<br />

inimigas, pois se enquanto as<br />

aves voam em direção a magia<br />

das alturas e do sutil, as<br />

serpentes rastejam seu ventre<br />

carinhosamente aprofundandose<br />

nos mistérios da terra. De<br />

certa forma é fácil perceber que<br />

as aves e as serpentes<br />

representam o eterno troca<br />

entre a consciente e o inconsciente tornando-se óbvio percebermos que o<br />

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encanto das aves – Particularmente nas aves noturnas é a sua capacidade<br />

de voar – Transitar nos aspectos mais<br />

sutis da natureza, e principalmente,<br />

neste aspectos mais sutis na condições<br />

noturna – Fonte de medo e apreensão<br />

inconsciente relacionada aos temores<br />

mais profundos dos seres humanos. No<br />

caso das serpentes, elas precisam trocar<br />

sua pele periodicamente e isto lhes<br />

proporciona uma aura de imortalidade.<br />

Possuem uma qualidade andrógina,<br />

esticadas, parecem falos, enroladas,<br />

assemelham-se ás dobras da vulva<br />

vaginal. Com este imenso símbolo<br />

andrógino, as serpentes são a própria<br />

sexualidade encarnada e fortemente<br />

vivificada na natureza, por isso, quando<br />

vejo as serpentes enroladas nas máscaras Gẹlẹdẹ ou mesmo, participando,<br />

ativamente da magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá – Ọsọrọngá mesmo é o nome de<br />

uma pássaro noturno, posso ver a força de nossos mais antigos primórdios<br />

unindo-se a imagem original de Ọlọdùmàrẹ no universo, ou como alguns<br />

preferem Ìyàmmì Ọsọrọngá. Voar e trocar de pele são uma magia infinita,<br />

original, arcaica e totalmente plena, sendo de força incomensurável,<br />

poucos podem transitar entre estes aspectos sutis e densos da natureza de<br />

uma forma plena sem arriscarem-se ao voo noturno. Para entendemos esta<br />

equivalência espiritual, é importante detalharmos uma das principais<br />

características da magia das Àjẹ – a<br />

capacidade de realizarem rituais<br />

projetadas o seu corpo astral, o qual<br />

é constituído e amplamente<br />

influenciado pelas energias vitais,<br />

emoções e sensações, que a pessoa<br />

sentiu e captou durante a vigília. O<br />

culto anual Gẹlẹdẹ, oferece tributo a<br />

potência mística dosa antepassados<br />

das pessoas idosas e líderes da<br />

comunidade. As Gẹlẹdẹ são conhecidas como Mães Ancestrais – Ìyà Àgbà.<br />

A imensa força destas Mães Anciãs, está em garantir uma vida construtiva,<br />

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elacionando-se a fertilidade e a sabedoria do segredos da vida, no entanto,<br />

elas também possuem o mesmo poder da vida o mesmo poder em<br />

polaridade destrutiva, e neste momento elas são Àjẹ! Os dançarinos de<br />

Gẹlẹdẹ são homens, contudo representam homens e mulheres em suas<br />

representações. Na dança feminina Gẹlẹdẹ é poderosa e contida,<br />

entretanto, na dança masculina e violenta e agressiva. As Gẹlẹdẹ possuem<br />

uma ordem de entrada nas suas ritualidade, pois seu culto diurno é sempre<br />

feito na praça do mercado na medida em que o ato de negociar mercadorias<br />

da cultura Yọrùbà é especialmente feito por mulheres. O status de uma<br />

mulher Yọrùbà deriva em maior parte pela sua reputação em saber<br />

negociar do que pela sua riqueza, ou o grau de – mimo, que dá ao seu<br />

marido. Desde que a principal ocupação das mulheres Yọrùbà está em<br />

negociar. Muitas máscaras Gẹlẹdẹ descrevem comércios femininos. Estas<br />

mulheres são economicamente independentes de seus maridos e possuem<br />

o potencial de ganhar mais dinheiro do que eles. Por isso tais aspectos como<br />

a paciência, autocontrole, reverencia e riqueza, são simbolizados como<br />

mulheres. Portanto a praça do mercado representa simbolicamente o<br />

universo e o poder feminino atuando dentro dele – Agora é fácil entender,<br />

porquê Ẹṣu e conhecido como Ọlọjà “Dono do Mercado”, e por isso mesmo<br />

sua grande relação com Gẹlẹdẹ.<br />

AS ÁRVORES DE ÌYÀMMÌ ỌSỌRỌNGÁ<br />

Lembrando os leitores que vou somente colocar as árvores e seus especifico<br />

nomes, mas todo ritual requer muita experiência e todos os rituais nestas<br />

árvore se faz necessário marcar os Ọdú correspondente e seus Ọfọ, que não<br />

será colocando aqui nesta revista, somente o entendimento de cada<br />

árvores.<br />

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Sọ, ti wọn ba gun ọkẹ igi Ìwọ<br />

Ti wọn ba rọnú Ẹníkán,<br />

Sọ, rọnú Àyọ rẹ<br />

O gbà lọrì Ìwọ<br />

Sọ, oun yọọ dúrọ ni Pípẹ ni Àyẹ.<br />

Oun yọọ jẹ ẹtọ lọrì ìlẹ Àìyẹ.<br />

Dizei, se elas sobem na árvore de Ìwọ<br />

Se elas pensam em alguém,<br />

Dizei, pensai em sua felicidade<br />

Vós se subirdes no Ìwọ<br />

Dizei, ele ficará muito tempo na terra<br />

Ele será direito na terra.<br />

As Àjẹ da árvore Ìwọ são todo as de uma encantadora beleza e<br />

imensamente forte de atração o que se torna um risco considerável na<br />

prática de sua magia, todas as antigas lendas de ninfas, sereias e etc., que<br />

atraem as pessoas para o fundo das águas, carmas ou florestas mediantes<br />

a sua beleza, correspondem exatamente aos seres desta árvore, através do<br />

pilar de magia da árvore Ìwọ, Ìyàmmì interage com Ọṣànyíàn e pode<br />

controlar todo o reino vegetal. Por isso todas as Àjẹ deste pilar possuem<br />

nomes relacionados a plantas. Dentro os vários aspectos do que<br />

poderíamos supor no estilo de magia da árvore Ìwọ, torna-se importante<br />

esclarecer que aqui, o significado de felicidade, é a ideia de que uma pessoa<br />

passa pela vida de bem com todas as pessoas, e desta pessoa torna-se<br />

alguém feliz em receber e dar felicidade ao redor de sua vida, nesta árvore<br />

podemos fazer as magias de amor assim como também as magias de<br />

finalidade sexual.<br />

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Sọ, ẹyi ti o yọọ rọ<br />

Nígbátí o wá ni Àrẹrẹ<br />

Gbọgbọ awọn òhùn ti o wu ọ<br />

Ìwọ yọọ run.<br />

Dizei, aquele em que pensareis<br />

Quando estiverdes no Àrẹrẹ<br />

Todas as coisas que lhe agradarem<br />

Vós destruíeis.<br />

A árvore Àrẹrẹ, devo salientar que<br />

enquanto a árvore Ìkọkọ relacionase<br />

com a violência e a guerra, aqui no<br />

estilo Arerê, é plenamente afirmado<br />

o conceito de Destruição – Aqui não,<br />

há guerra, aqui, a ideia é de<br />

genocídio. Neste manifestação, a<br />

grande Ìyáàmi, nos aparece sob o<br />

título de Ìyà Alààlẹ – Mãe senhora da<br />

norte, e desta forma ela controla e manipula livremente os perigosos jẹ ni<br />

Ìyà ou como também são conhecidos Dàmàgọmì. O poder das Àjẹ, assim<br />

como de seu equivalente Ọṣọ, provém de Ìyà Alààlẹ – Mãe senhora da n<br />

que é o nome verdadeiro do aspecto mais temível de Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

como dona da magia. Ìyàmmì Ọsọrọngá, na pratica do dia a dia das Àjẹ e<br />

dos Ọṣọ, na verdade não tem nome, ela<br />

está por toda parte e nada que<br />

queiramos usar para representa-la<br />

poderá refletir sua grandeza e poder.<br />

Ela e a verdadeira, que recebeu<br />

diretamente de Ọlọdùmàrẹ Àlàgbàrà - o<br />

Senhor do firmamento o todo<br />

poderoso, a cabaça do poder, e que por<br />

isso, está acima de todos os awọn, o<br />

pássaro Ọsọrọngá é apenas um de seus<br />

mensageiros que transmitem os ensinamento, mas qualquer outro animal<br />

pode ser mensageiro. Pois quando concede poder. Ìyà Alààlẹ diz ao Ọṣọ que<br />

busque auxilio na Ẹjọ – serpente, no Àdàn – morcego, no Kìnìùn – leão, no<br />

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Àkọ Ọyìn – abelhão, ou em qualquer outro animal, ave, ou inseto. Mas<br />

torna-se importante acrescentar a isso, os Dàmàgọmì ou je ni iya – castigar<br />

- no sentido de sofrimento e dor através de um castigo, que são concebidos<br />

ao mesmo tempo como fonte de poder e causa de doenças – um dos<br />

exemplos mais clássicos sobre este assunto, é o famoso “Ṣìgìdì” – pesadelo,<br />

divinizado. Estes “Jẹ ni Ìyà”, são vivos e possuem personalidades e métodos<br />

de ação. Não possuem forma humana, mas seu resultado na magia é<br />

extremamente concreto. Na prática eles são de todas as feições: Alguns se<br />

parecem com um pedaço de carne crua, outros como – gosmas escuras,<br />

outros como caranguejos, antílopes pequenos e até mesmo, pedaços de<br />

madeira ou pedra. Um Ọṣọ - novato pode possuir de um a três deste Jẹ ni<br />

Ìyà, ao passo que um Ọṣọ experiente, deve ter pelo menos uns vinte.<br />

A ideia de que todas as coisa que<br />

agradarem a esta pessoa vós<br />

concedereis, parte do conceito<br />

que no mundo de hoje – assim<br />

como no de ontem, ter acesso ás<br />

coisas que lhe agradam,<br />

implicam necessariamente num<br />

forte comprometimento com a<br />

riqueza e a abundância. Entretanto, não se deve medir riqueza em termos<br />

de propriedades, mas sim, em termos de controle sobre pessoas e<br />

materiais. Portanto, em último instancia, devemos medi-la em na sua<br />

própria experiência. Dinheiro é um conceito abstrato usado para qualificar<br />

atividade econômica. A riqueza é uma medida de quão bem você controla<br />

sua experiência com o dinheiro. Assumindo que experiências variadas,<br />

excitantes, incomuns e estimulantes são preferíveis aquelas que estúpidas<br />

e monótonas e que tendem a ser caras, o principal problemas para muitas<br />

pessoas é encontrar forma altamente eficiente de entrada de dinheiro que<br />

possua as qualidades agradáveis acima. Uma dos principias objetivos da<br />

magia da árvore Ọṣẹ é estabelecer um grande movimento de dinheiro que<br />

permita experiências agradáveis em ambos os estágios de entrada e de<br />

saída, isto requer aquilo que é conhecido como a principal característica da<br />

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magia da árvore Ọṣẹ, que é a consciência da satisfação. Quando<br />

exercitamos esta consciência da<br />

satisfação, torna-se fácil<br />

percebermos que o dinheiro<br />

adquiriu todas as características de<br />

um ser espiritual, ele é invisível e<br />

intangível. Moedas, notas e<br />

números eletrônicos não são<br />

dinheiro. Ele somente<br />

representações ou talismã de algo<br />

que os economistas não podem<br />

definir de forma coerente, além<br />

disso, embora seja ele próprio intangível e invisível, pode criar efeitos<br />

poderosos na nossa realidade. O dinheiro tem suas próprias preferência e<br />

personalidade. Ele evita aquele que blasfemam e flui em direção aquele que<br />

tratam da maneira que ele gosto. Em ambiente apropriado, ele irá, até<br />

mesmo, reproduzir-se. A natureza do espirito do dinheiro é movimento, o<br />

dinheiro gosta de se mover, assim como Ẹṣù. Se ele for armazenado e não<br />

usados, lentamente morrerá. Assim, o dinheiro prefere manifestar-se como<br />

uma propriedade mutável e inexplorada, inutilizada, ele e a riqueza,<br />

atrelada à satisfação, possuem uma natureza essencialmente feminina, e<br />

por isso são controlados por Ìyáàmi Ọsọrọngá. Aquele que conhecem a<br />

magia da árvore Ọṣẹ e possuem esta consciência de usar sempre uma parte<br />

do dinheiro para os rituais, pois<br />

proporcionara um retorno<br />

satisfatório, e são generosos<br />

naturalmente. Oferta para eles e um<br />

investimento. Apenas não peça<br />

migalhas, a obtenção da consciência<br />

da magia do dinheiro e ligado a<br />

árvore Ọṣẹ é que consiste na<br />

aquisição de um conhecimento<br />

completo sobre as preferência do<br />

espirito do dinheiro e na exploração dos desejo pessoas. Quando ambos os<br />

fatores forem compreendidos, uma verdadeira riqueza e profunda<br />

satisfação irá se manifestar sem esforço. Tais rituais da árvore Ọṣẹ devem<br />

ser realizados com cuidado. Este tipo de magia associada a satisfação e a<br />

riqueza cria aspectos negativo tão facilmente quanto gera os positivos.<br />

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Sọ, ti o ba lọ si Ìrọkọ, nibẹ ni iṣaro<br />

O yọọ jẹ lile lori Ẹníkán<br />

Mọ ti yọọ fa ijamba pẹlu rẹ<br />

Ìwọ yọọ di lile.<br />

Dizei, se subirdes no Ìrọkọ, ali meditareis<br />

Sereis duro com alguém<br />

Provocarei acidentes com ele<br />

Agarrareis com força.<br />

O grande pilar da magia para os rituais de combate e violência.<br />

Esta controla e emana força<br />

extremamente poderosas, e é<br />

muito perigosa para qualquer um<br />

que pretenda usufruir de seu<br />

poder, sem o domínio prévio das<br />

árvores precedentes e suas<br />

respectivas magias, por esse<br />

motivo aconselho que se for<br />

realizar magia nesta árvores tenha<br />

muito cuidado, porquê podem evocar as trinta e seis Àjẹ deste pilar, até<br />

porque neste caso, elas sempre vem acompanhadas dos Àjọgùn, seres<br />

destruidores, pais do ódio e da guerra, irmão amaldiçoados de Ọgùn pelo<br />

próprio Ọlọdùmàrẹ, e com ele ainda temos Àrájẹ, Ṣìgìdì e Ìkù. Entendam<br />

que com o conhecimento apropriado deste rituais muitos poderiam vir a<br />

cometer abusos o que seria na verdade mais perigoso para eles mesmos,<br />

pois estas Àjẹ em combinação com os Àjọgùn controlam totalmente o amor<br />

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apaixonado, o erotismo, as energias sobrenaturais, as guerras, a morte,<br />

violência, homicídio, o roubo, os incêndios e muito mais, e somente alguém<br />

devidamente preparado e seguro de seu poder, conhecimento pode evocalas<br />

sem nenhum risco, quer dizer, com quase sem nenhum risco, pois<br />

mesmo para aqueles capacitados é arriscado, na medida em que a devida<br />

preparação, podem produzir imediatamente a morte repentina da pessoa.<br />

Mas independente disto, vamos comentar a natureza e estilo deste tipo de<br />

magia, a magia de Ìrọkọ. A magia da árvore Ìrọkọ tem dois principais<br />

aspectos:<br />

- O Primeiro é a invocação de vitalidade, agressão e estado de ânimo para<br />

nos manter em qualquer conflito da vida.<br />

- o Segundo é a realização, e a consequente vitória em um combate seja ele<br />

de magia ou não.<br />

A maior expressão de Ọlọdùmàrẹ na forma de Ọrìșà que mostra estas<br />

características é o grande Ọgùn. E por isso<br />

a árvore Ìrọkọ e sua magia, é o ponto de<br />

encontro com Ìyàmmì Ọsọrọngá e Ọgùn.<br />

Ìyàmmì Ọsọrọngá regem juntos vários<br />

elementos ritualísticos dos culto Yọrùbà,<br />

entre eles temos por exemplo os rituais de<br />

sacrifícios de animais – Ìyàmmì Ọsọrọngá é<br />

dona do sangue e Ọgùn é dono da faca<br />

ritual, o encaminhamento de energia para<br />

que atinjam o fim desejado – Ìyàmmì<br />

Ọsọrọngá é dona da fertilidade de qualquer<br />

ritual, o que significa sua potencialidade, para dar certo e Ọgùn é o<br />

condutor desta energia sobre o terreno fértil. Quando os rituais ou<br />

assentamento de Ìyàmmì Ọsọrọngá e Ọgùn, são realizados juntos, aos pés<br />

desta árvore Ìrọkọ, temos ai, o maior pilar da magia de guerra que nos ritos<br />

Yọrùbà. Entretanto, a habilidade mais positiva da magia de Ìrọkọ é ser capaz<br />

de apresentar tão irresistível glamour de vitalidade pessoal, estado de<br />

ânimo e potencial de agressão, que o exercício desta magia não seja nunca<br />

necessário no sentido de produzir violência real.<br />

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Sọ, ti o ba lọ sinu igi Iya,<br />

Ìwọ yọọ yara mu Ẹníkán lọ si<br />

Ìwọ yọọ pa o mọ<br />

Dizei, se subirdes na árvore Ìyà,<br />

Rapidamente levareis alguém ao além<br />

Vós o mantereis<br />

Semelhante a magia de Ìrọkọ, a magia da árvore Ìyà é também muito difícil<br />

de ser dominada, pelo que somente um Ọṣọ – Bruxo, com muitos anos de<br />

prática nesta arte poderia exercer o direito da vida e da morte sobre os<br />

outros, sem correr riscos de se ver preso ou, devendo favores, a força que<br />

o possibilitou a alcançar seus intentos, ou a ter o retorno justo pelo seu<br />

ritual, normalmente caindo por sobre as pessoas que mais ama. Aqui<br />

estamos em plana casa da arte da<br />

necromancia e do assassinato a distância,<br />

mas não do assassinato violento, seria na<br />

verdade mais uma degeneração contínua<br />

que gradativamente ou por que não dizer<br />

sadicamente, acaba levando o inimigo a<br />

morte. Que é compreendido por magia negra<br />

no Ocidente, é o pilar que esta árvore<br />

representa. Esta magia pode ser aplicada<br />

tanto ao bem como para o mal, como tudo<br />

na vida e na morte, e por isso, mesmo aquele<br />

de bom coração devem estudar, pratica e<br />

por fim dominar este tipo de magia, pois não<br />

mais de um vez, eu pessoalmente já pude<br />

diversas pessoas utilizando-me desta magia e seu poder. Afirma a antiga<br />

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tradição que é nesta árvore<br />

que o Grande Ọrìșà Ìkù –<br />

Ọrìșà da morte, amarra seu<br />

cavalo para ir em busca de<br />

suas vítimas. Para o Ọṣọ –<br />

bruxo, ou Àjẹ bruxa que<br />

deseja dominar a arte da<br />

árvore Ìyà, deverá esta pessoa passar com sucesso por uma grande prova<br />

iniciatíca. Essa experiência exige uma longo esforço de ascese física e de<br />

contemplação mental cujo objetivo é a observação da capacidade de verse<br />

como esqueleto. Embora nenhum iniciado ou iniciada saiba explicar<br />

exatamente como nem por quê, é capaz de, graças ao poder de suas Àjẹ e<br />

Ọṣọ pessoais, despojar seu corpo da carne e do sangue, de tal mencionar<br />

que só fiquem osso pelo nome místico do culto de Ìkù, não deve utilizar a<br />

linguagem humana comum, mas unicamente a linguagem especial e<br />

sagrada de Ìyàmmì Ọsọrọngá a dos animais. Ao contemplar-se assim, nu e<br />

completamente despojado da carne do sangue perecíveis e efêmeros, ele<br />

consagra, sempre na língua sagrada, à sua grande missão através dessa<br />

parte de seu corpo que está destinada a resistir mais à ação do sol do vento<br />

e do tempo. Estes elementos são importantes, pois no horizonte espiritual<br />

de alguém realmente inserido na magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá o osso<br />

representa a própria fonte da<br />

vida, tanto da vida humana<br />

quando da vida animal. Por<br />

isso, mesmo entre os Yọrùbà<br />

não-iniciados. Estes rituais,<br />

entre muitos outros de cunho<br />

iniciático na magia da árvore<br />

Ìyà, lida diretamente com os<br />

programas de morte<br />

construídos dentro de nossa<br />

estrutura emocional e<br />

comportamental, ambas<br />

genéticas e hereditárias, nesta árvore tem os espíritos que não vou poder<br />

colocar aqui para que as pessoas não preparada invoque estes espíritos.<br />

Somente são imortais aqueles organismos que se reproduzem inúmeros<br />

cópias idênticas de suas próprias formas, extremamente simples. O poder<br />

da árvores Ìyà são, o lançamento de feitiços de morte e o ato de se evitar a<br />

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morte prematura, seja a sua ou a de qualquer outra pessoa. Os rituais da<br />

árvore Ìyà em vários sentido, são ensaio rituais da morte, onde a<br />

manifestação da morte em seu<br />

Ọrí, que é chamada de Ọjù-Ọkù<br />

“Olho do morto” é invocado para<br />

manifestar seu conhecimento o<br />

dia da morte já está gravada no<br />

Ọrí - A consciência, ou seja,<br />

cabeça física e espiritual,<br />

particularmente em um dos lados<br />

que compõem o Ọrí, a área da<br />

nuca, Ìkọkọ Ọrí. Este Ọjù-Ọkù é<br />

responsável pelo ministério do envelhecimento, senilidade, morbidez,<br />

necrose, entropia e decadência. Ele também possui um senso de humor<br />

pervertido e que denota enfado em relação ao mundo. No decorrer deste<br />

rituais então, descobrimos como expulsar elementos que são as bases<br />

energéticas de várias utilidades em diagnose médica e também na<br />

adivinhação. A magia da árvore Ìyà é muito diferente da magia da árvore<br />

Ìrọkọ, pois neste caso, o tipo de ritual é sempre realizado como completa<br />

discrição, na fúria fria de Ìkù – morte. O objetivo é um golpe cruel e cirúrgico<br />

sobre o qual a pessoa não tem nenhum aviso. Aqui não nos interessa uma<br />

luta mais, sim, uma morte rápida e eficiente da vítima.<br />

Sọ, ti o ba lọ soke ninu igi Àṣùrìn.<br />

Ohun gbogbo ti ẹnyin o ṣe, ẹnyin o ṣe.<br />

Ti o ba fẹ ṣiṣẹ fun ayọ.<br />

Sise fun ayọ.<br />

Ti o ba fẹ ṣiṣẹ fun aibanuje.<br />

Sise fun aibanujẹ.<br />

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Fun gbogbo iṣẹ ti o wu o ṣe lati ṣe ni Àṣùrìn.<br />

O yoo ṣe o.<br />

Sọ, igi Arun.<br />

O jẹ agbara rẹ.<br />

Sọ, ti o ba lọ soke Arindu.<br />

Nibẹ ni o ni agbara.<br />

Ọhunkọhun ti o fẹ ṣe pẹlu Ẹníkán.<br />

Ati gbogbo awọn ti o dara ti o fẹ ṣe si Ẹníkán.<br />

Sọ, o jẹ igi rẹ, iwọ kii yoo fi silẹ.<br />

Sọ, ninu gbogbo igi miiran, iwọ wa.<br />

Sugbon ni igi Adari<br />

Ṣe ile akọkọ rẹ.<br />

Dizei, se subirdes na árvore Àṣùrìn.<br />

Todas as coisas que quiserdes fazer, vós a fareis.<br />

Se quiserdes trabalhar para a felicidade.<br />

Trabalhar para a felicidade.<br />

Se quiserdes trabalhar para a infelicidade.<br />

Trabalhar para a infelicidade.<br />

Para todo o trabalho que vós agradar fazer no Àṣùrìn.<br />

Vós o realizareis.<br />

Dizei, a árvore Àṣùrìn.<br />

Ela é vosso poderio.<br />

Dizei, se subirdes o Àṣùrìn.<br />

Lá vós tendes poderio.<br />

Tudo o que quiserdes fazer pôr alguém.<br />

E todo o bem que quiserdes fazer a alguém.<br />

Dizei, é vossa árvore, vós não a deixareis.<br />

Dizei, em todas as outras árvores, vós chegais.<br />

Mas na árvore Àṣùrìn<br />

Fazei vossa casa principal.<br />

Quando fazei vossa casa na árvore Àṣùrìn<br />

Quando chegais lá cantais.<br />

Como Ọrùnmìlà que criou esta canção.<br />

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Nesta árvore deverão ser feito os<br />

ritos para todos os tipos de feitiços,<br />

sejam para o bem ou para o mal.<br />

Dentro os vários tipos de magias no<br />

culto de Ìyàmmì Ọsọrọngá, a magia<br />

da arvore Àṣùrìn é a que<br />

tecnicamente é mais complexa e de<br />

difícil manipulação. Isto ocorre<br />

porque são inúmeras as possibilidades de rituais que são possíveis, pois o<br />

raio de poder deste tipo de magia é tão abrangente e fascinante, que se<br />

torna muito fácil, cair em armadilhas, ou em interpretações equivocadas. A<br />

quantidade e variedade de forças físicas e espiritual que aqui estão<br />

envolvidas chegam as raias do infinito. Uma palavra errada na hora errada,<br />

dita próxima de uma árvore Àṣùrìn sacralizada, pode causar estragos<br />

inimagináveis. Ao utilizar-me através dos anos deste tipo de magia, obtive<br />

inúmeros sucessos, mas também, várias vezes cheguei a queimar s dedos<br />

ao lidar com fogo. Hoje após tanto tempo, amadurecido e já controlando<br />

plenamente o Àṣùrìn, vejo que valeu a pena, mas, por isso mesmo, sei do<br />

risco que corri. Como diz o próprio Ìtàn de Ìyàmmì Ọsọrọngá “Não é<br />

qualquer um que pode manter-se lá”. Ao obter resposta verdadeiramente<br />

íntimas a estas perguntas, você poderá com total segurança utilizar-se da<br />

magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá. Pois a partir daí nascerá em você uma nova<br />

personalidade, uma personalidade de pássaro ou alma de pássaro, e a<br />

forma que nos possibilita de sair do corpo<br />

físico conscientemente enquanto<br />

dormimos, este tipo de magia é a básica e<br />

principal na magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá, pois<br />

é por causa disso que ela é representada por<br />

pássaros noturnos. Desta forma você poderá<br />

fazer rituais de magia reescrevam sua<br />

história pessoal como ela define<br />

amplamente nosso futuro, podemos mudar<br />

o nosso futuro redefinido nosso passado.<br />

Todas as pessoas certa capacidade para<br />

reinterpretar as coisas que deram errado no<br />

passado sob uma luz mais favorável, porém muitas falham em perseguir o<br />

processo até o final. Nós não podemos eliminar as memórias limitantes e<br />

incapacitantes, por esforço de aprimoramento pessoal através do contanto<br />

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direto com Ìyàmmì Ọsọrọngá, podemos escrever em paralelo, memórias<br />

edificantes e capacitastes do que<br />

também poderia ter acontecido. Isso<br />

irá neutralizar as originais negativas.<br />

Nos rituais iniciais e iniciáticos da<br />

magia de Ìyáàmi Ọsọrọngá e é na<br />

árvore Àṣùrìn que eles são feitos, a<br />

mudança de personalidade vem como<br />

consequência natural do fato de<br />

experimentar dentro de si mesmo, o<br />

imenso poder de Ìyáàmi Ọsọrọngá e sua enorme força revolucionária. Assim<br />

naturalmente, modificações no vestuário, tons de fala, gestos, maneirismos<br />

e na postura do corpo vão surgindo. Todas estas modificações são na<br />

verdade ferramenta que vão corresponder de uma melhor forma ao novo<br />

ego, surgido de dentro do ‘Ovo” e debaixo das asas de Ìyàmmì Ọsọrọngá.<br />

Quaisquer rituais de iniciação, que não produzam estas mudanças, indicam<br />

que a pessoa não foi realmente iniciadas, pois ser iniciado, significa: Morre<br />

para viver ou seja, o renascimento para uma nova vida. Seja qual for a<br />

iniciação, independentemente se o ritual aconteceu em uma roça de<br />

candomblé para um Ọrìșà, ou em qualquer outro forma de iniciação. Se este<br />

ritual não lhe deu uma nova visão de mundo interior e isso não se refletiu<br />

nos detalhas da sua vida diária, esta pessoa não foi iniciada, no sentido<br />

único, real e verdadeira do terno do<br />

seu EU interior e o alinhamento com<br />

seu destino. Por isso, nesta fase da<br />

magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá, e em<br />

qualquer magia séria, o neófito<br />

recebe uma novo nome, este nome, é<br />

na verdade um pequeno “Mantra”,<br />

um “Gatilho” psicológico e mágico,<br />

que pode fazer vibrar plenamente a<br />

manifestação da personalidade alternativa quando pronunciado, no<br />

contexto da magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá, este novo terá sempre alguma<br />

relação com o lado instintivo da pessoa, – um dos nossos três cérebros<br />

como já expliquei, e por isso, sempre trará alguma algum animal como<br />

símbolo, da manifestação do poder instintivo da pessoa. Ẹmì – Este aspecto<br />

chama a atenção para as mudanças que a magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá causa<br />

em nós mesmos, enfatiza a importância da descoberta do seu lado, Àjẹ ou<br />

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Ọṣọ e nos mostra em que parte de nosso<br />

íntimo, o poder da magia esteve<br />

adormecido desde o nosso nascimento.<br />

Este processo aprimora e acrescenta no<br />

que conhecemos por auto imagem, que é<br />

basicamente, o modelo que a mente tem<br />

da personalidade em geral. Nesta hora<br />

existem quatro perguntas cruciais a serem<br />

respondidas.<br />

1 – Por que você quer lidar com a magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá?<br />

2 – Para que você quer lidar com a magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá?<br />

3 – Como você quer lidar com magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá?<br />

4 – No que quer se tornar, ao lidar com a magia de Ìyàmmì Ọsọrọngá?<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

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“Quem abusa da confiança do próximo, enganando-o e<br />

manipulando-o através da ignorância religiosa, sofrerá<br />

graves consequências pelos seus atos. A natureza se<br />

incumbirá de cobrar os erros cometidos e isto se<br />

refletirá em sua descendência consanguínea e<br />

espiritual”.<br />

Para ser um sacerdote, são necessários inúmeros atributos morais,<br />

intelectuais, procedimentais e vocacionais. A simples iniciação de um ser<br />

profano, desprovido destes atributos básicos e essenciais, não o habilita<br />

como um sacerdote legítimo e legitimado. Da má interpretação e<br />

inobservância deste mandamento resulta a<br />

grande quantidade de maus sacerdotes que<br />

proliferam hoje em dia dentro do culto de<br />

Orunmilá/Ifá é Ọrìșà. Observa-se a diferença<br />

entre “ser Sacerdote” e “estar Sacerdote”.<br />

Aquele que se submete à iniciação visando tão<br />

somente o status de Sacerdote, jamais será um<br />

verdadeiro sacerdote de Ọrùnmìlà. “Estará”<br />

Sacerdote, cargo adquirido pela iniciação, mas<br />

jamais “será” Sacerdote, condição imposta por<br />

sua vocação, dedicação e desprendimento. Cabe<br />

ao sacerdote que procede a iniciação escolher,<br />

com muito critério, aqueles que são realmente<br />

dignos do sacerdócio. Uma das mais importantes funções do sacerdote é<br />

orientar seu discípulo, conduzindo-o ao caminho correto, ao encontro do<br />

“Iré” (boa sorte), de acordo com os ditames estabelecidos por seu Ọdú<br />

pessoal e seus Ọrìșà de cabeça. Quem chega aos pés de Ọrùnmìlà/Ifá e Ọrìșà<br />

para consultar seu oráculo em busca de soluções, deve ser orientado pelo<br />

sacerdote corretamente, independente do interesse deste como olhador.<br />

A pessoa que chega com um problema deve ter seu problema solucionado<br />

e não vê-lo acrescentado de outros criados artificialmente com o fito de<br />

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proporcionar a quem a consulta, vantagens financeiras ou possibilidade de<br />

conquistas e abusos. O sacerdote não pode, em nenhuma condição, utilizarse<br />

de falsos recursos, fornecendo coisas sem validade religiosa como<br />

elementos de segurança ou de culto. Os<br />

procedimentos litúrgicos devem ser<br />

observados integralmente e a ninguém cabe o<br />

direito de fazer “isto” por “aquilo” quando em<br />

“aquilo” é que está a solução. Aquele que se<br />

utiliza de meios escusos e enganosos contra<br />

seus semelhantes, será culpado do crime de<br />

abuso de confiança. Usando de artifícios e<br />

mentiras contra as pessoas inocentes e de bom<br />

coração, o sacerdote provoca o<br />

descontentamento de Ọrùnmìlà/Ifá e Ọrìșà e a<br />

consequente ira de Ẹlẹgbàrà, e isto não é bom. Cada entidade espiritual<br />

possui um nome individual, de acordo com a determinação de Ọlọfìn, da<br />

mesma forma, cada Ẹṣu Ẹlẹgbàrà possui nome e identidade própria, assim<br />

como atributos específicos. É inadmissível, portanto, que esta entidade tão<br />

sagrada e importante dentro do culto, seja assentada e entregue de<br />

maneira irresponsável, e que aqueles que a recebem permaneçam<br />

ignorantes do seu nome, qualidade, forma de tratamento e especificidade<br />

de função. “Ọrùnmìlà é aquele que nos olha com amor, não façamos por<br />

onde possa nos olhar com desprezo”. O sacerdote não pode proceder a<br />

liturgias para as quais não seja habilitado através do processo iniciativo ou<br />

cuja prática desconheça ou domine apenas<br />

parcialmente. O Sacerdote não deve ostentar<br />

uma sabedoria que na verdade não possua.<br />

Procurar saber não avilta, mas, pelo<br />

contrário, exalta o ser humano. O saber é<br />

condição básica para que se possa fazer. Tudo<br />

deve ser feito integralmente e com<br />

legitimidade total. Se houver dúvidas sobre<br />

algum procedimento, deve-se pesquisar<br />

profundamente sobre ele. Cabe ao sacerdote<br />

ensinar tudo o que sabe àqueles que o<br />

cercam e que nele confiam. A sonegação de<br />

ensinamentos corretos e completos implica<br />

na responsabilidade da prática de suicídio cultural. Da mesma forma, buscar<br />

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orientação em quem sabe, nada tem de humilhante e enaltece tanto àquele<br />

que busca como ao que fornece a<br />

orientação. A verdadeira sabedoria<br />

consiste na consciência da própria<br />

ignorância. Só os tolos se exibem e<br />

sabem tudo! Ọlọdùmàrẹ não deu ao<br />

ignorante o direito de aprender sem<br />

antes tomar de quem sabe a<br />

obrigação de ensinar. (Da sabedoria<br />

oriental). A vaidade transforma o<br />

homem fraco de espírito num pavão<br />

que faz questão de exibir sua bela<br />

plumagem sem a consciência de que é<br />

a sua beleza que, despertando a atenção de terceiros, irá provocar a sua<br />

morte. No Ọdú Ọgùndà Ìrẹtẹ, encontramos Ìtàn que falam do exibicionismo<br />

do pavão que, ostentando a beleza de sua plumagem, atrai para si a atenção<br />

de todos que, depois de sacrificá-lo, transformam suas penas em belos<br />

leques e adornos. O verdadeiro sacerdote, o eleito de Orunmilá/Ifá e Ọrìșà,<br />

não se preocupa em exibir seu poder nem o seu saber em disputas vãs e<br />

inconsequentes. Acumula em si uma grande carga de sabedoria que<br />

transmite com dedicação a quem merece saber. O exibicionismo é um dos<br />

maiores defeitos não ser humano e inadmissível num sacerdote. Já dizia o<br />

velho jargão: “num burro carregado de açúcar, até o suor é doce”. É assim<br />

que, aos olhos do sábio, parecem os exibicionistas: “burros carregando<br />

açúcar”. A iniciação não pode ser motivada por interesses que não sejam<br />

puramente religiosos. As verdadeiras<br />

intenções do iniciando devem ser<br />

cristalinas como a água pura, e desprovidas<br />

de qualquer outro objetivo que não seja<br />

servir à humanidade através de<br />

Orunmilá/Ifá e Ọrìșà. Querer iniciar-se no<br />

culto por simples vaidade, para obter<br />

status social ou ostentar títulos sacerdotais<br />

é profanar o sagrado. Aquele que profana<br />

o sagrado tabernáculo de Ifá, movido por<br />

qual for o motivo, pagará com duras penas<br />

o sacrilégio praticado. Adentra impunemente o Ìgbọdù Ifá, e os Ìgbà de<br />

Ọrìșà. O conhecimento corresponde à responsabilidades que nem todos<br />

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estão preparados para assumir. E<br />

muito melhor errar por não saber do<br />

que saber e persistir no erro. O<br />

conceito mais amplo simboliza a<br />

atitude de um predador que esconde<br />

suas garras procurando adquirir a<br />

confiança e os conhecimentos de sua<br />

vítima para ter base de agir no<br />

momento mais propício aos seus<br />

objetivos. A mesma responsabilidade<br />

assume aquele que inicia pessoas que não possuam os requisitos básicos<br />

exigidos para tal, visando aí, a simples vantagem financeira. Os sagrados<br />

fundamentos não podem ser usados com objetivos vãos. Os tabus devem<br />

ser integralmente observados sob pena de severas consequências. O<br />

sacerdote deve submeter-se de bom grado às interdições impostas por seu<br />

Ọdú ou Ọrìșà pessoal, assim como os tabus de seu Ọlọrí. A observância<br />

destes ditames está diretamente ligada ao estado de submissão às deidades<br />

cultuadas. As obediências totais às orientações de Ifá/Ọrìșà conduzem o<br />

homem à plenitude das bênçãos. Utilizar-se dos sagrados conhecimentos<br />

de forma leviana corresponde à profanar o sagrado. A figura aqui utilizada<br />

representa muito bem tal atitude. “Limpar o traseiro com penas Àkọdìdẹ”<br />

é o mesmo que usar coisas sagradas com objetivos condenáveis e fúteis.<br />

Não se deve utilizar o poder da magia para prejudicar a quem quer que seja.<br />

A prática do mal, invariavelmente,<br />

apresenta resultados mais rápidos,<br />

mas conduz a caminhos tortuosos que<br />

não têm volta. Da mesma forma,<br />

aquele que se utiliza destes poderes<br />

visando unicamente auferir vantagens<br />

econômicas, está em desacordo com<br />

os sagrados ditames e será<br />

responsabilizado por isto. O Ẹpọ<br />

(azeite de dendê) corresponde ao<br />

sangue vegetal. Elemento sagrado e indispensável no ritual, há de ser<br />

sempre muito puro e limpo. Da mesma forma, tudo deve ser limpo, os<br />

instrumentos, os ambientes, os assentamentos, as pessoas e,<br />

principalmente, as atitudes. Não se admite, sob nenhuma hipótese, a falta<br />

de limpeza e de higiene em qualquer aspecto, quer seja físico, ambiental ou<br />

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moral, seus instrumentos<br />

litúrgicos, os assentamentos<br />

das entidades cultuadas, seu<br />

corpo, suas atitudes e seu<br />

caráter hão de permanecer,<br />

sempre, impecavelmente<br />

limpos, nenhum Ọrìșà<br />

admite a sujeira, seja ela<br />

física ou moral. Tudo aquilo<br />

que antecede a um rito e<br />

que a ele faça referência, deve ser realizado com limpeza e religiosidade.<br />

Da mesma forma que o ritual deve ser cercado de cuidados de limpeza, a<br />

confecção das comidas e oferendas deve seguir os mesmos princípios.<br />

Preparar as comidas ritualísticas é também um rito e deve ser realizadas em<br />

total circunspecção e concentração religiosa. Durante a preparação das<br />

oferendas e comidas ritualísticas a atitude de quem dela participa deve ser<br />

a mesma de quem participa do ritual em si, é inadmissível que, neste<br />

momento sagrado, as pessoas estejam consumindo bebidas alcoólicas,<br />

falando coisas vulgares, discutindo, brigando ou tentando exibir seus<br />

conhecimentos, humilhando a quem sabe menos. A postura será sempre<br />

sacerdotal, o silêncio e a concentração devem ser mantidos e, ensinar a<br />

quem não sabe ou a quem sabe menos, é uma obrigação sagrada, uma das<br />

mais importantes missões do sacerdote é ensinar e orientar. Muitas vezes<br />

surgem pessoas que nada sabem e julgam saber. São neste momento que<br />

o sábio aflora no sacerdote e a<br />

orientação correta e o<br />

ensinamento certo são<br />

passados, com doçura, sutileza<br />

e humildade, sem melindrar a<br />

quem os recebe e sem<br />

provocar confusões em sua<br />

cabeça. Tudo deve ser<br />

ensinado com clareza e lógica.<br />

Assim, o Sacerdote, no exercício de seu sacerdócio, assume também a<br />

missão de mestre. O respeito aos mais velhos é um dos principais<br />

fundamentos de uma religião onde, reconhecidamente, antiguidade é<br />

posto. Faltar-lhes com o devido respeito e atenção é como retirar-lhes o<br />

bastão em que se apoiam. Aquele que sabe respeitar, acatar e amar aos<br />

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seus mais velhos, sem dúvida receberá o<br />

mesmo tratamento quando também<br />

caminhar apoiado no seu próprio bastão.<br />

Os velhos, pelas experiências vividas,<br />

representam verdadeiros mananciais de<br />

sabedoria onde cada um deve procurar<br />

beber um pouco, saciando a sede de<br />

saber. São livros sagrados, cujas páginas<br />

devem ser lidas com paciência e carinho.<br />

Uma religião que, durante séculos<br />

incontáveis, teve seus fundamentos<br />

transmitidos oralmente, deve valorizar, sobremaneira, aqueles que são<br />

depositários destes conhecimentos. Um velho, por mais obtuso que possa<br />

parecer à primeira vista, sempre terá algo, obtido nos longos anos vividos,<br />

a ensinar. Devemos lembrar sempre que, se antiguidade é posto, saber é<br />

poder! O “Ọgbọnì” da sentença representa, genericamente, as autoridades<br />

e as leis por elas estabelecidas. O sacerdote, como homem de bem, deverá<br />

pautar sua vida de acordo com os ditames das leis dos homens e das<br />

sagradas leis de Ifá. O homem religioso não pode viver à margem da lei e da<br />

sociedade da qual deve fazer parte como célula importante. Pugnar pela<br />

obediência às leis é uma das obrigações de um sacerdote que, neste<br />

sentido, deve também orientar os seus seguidores. Da mesma forma, as leis<br />

de Ifá, devem ser observadas<br />

integralmente e a ninguém cabe o<br />

direito de manipulá-las em<br />

benefício próprio ou de outrem.<br />

“Deitar com a esposa de um amigo”<br />

é a maior injúria que o sacerdote<br />

pode praticar contra esta pessoa. A<br />

sentença busca valorizar o<br />

sentimento de amizade que deve ser pautado sempre, no respeito mútuo<br />

e na reciprocidade ética, que em hipótese alguma, podem ser esquecidos.<br />

“Um amigo vale mais do que um parente”. Esta afirmativa da sabedoria<br />

popular fundamenta-se no fato de que os parentes nos são impostos pelo<br />

destino, ao passo que, os amigos, cabe-nos escolher dentre as inúmeras<br />

pessoas que surgem no decorrer de nossas vidas. Se elegemos, de livre e<br />

espontânea vontade, os nossos amigos, por que traí-los? por que não dar a<br />

eles o mesmo tratamento que gostaríamos que nos dessem? conservar as<br />

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amizades tratá-las com respeito e carinho é, acima de tudo, uma<br />

demonstração de sabedoria. As<br />

amizades devem ser cultuadas e<br />

ninguém deve criar animosidade<br />

entre amigos colocando em risco<br />

uma relação que pode representar<br />

um grande tesouro. “Mais vale um<br />

amigo na praça do que dinheiro no<br />

banco”. (Da sabedoria popular). A<br />

religião tem por finalidade única<br />

unir os homens através de deus. Não é concebível, portanto, que possa ser<br />

utilizada como elemento apartado dos seres humanos. Mesmo no âmbito<br />

de uma mesma religião pode-se verificar a atuação de pessoas que, de<br />

forma nefasta e visando seus próprios interesses, jogam uns contra os<br />

outros, semeando a desconfiança e a discórdia entre sacerdotes, irmãos e<br />

adeptos. Muitas guerras, incorretamente denominadas “guerras santas”,<br />

têm feito derramar o sangue de inocentes, enlutando famílias e<br />

propagando a dor e o pranto. A motivação religiosa que as incentiva é, no<br />

entanto, uma máscara para o seu motivo real: a obtenção do poder. O<br />

verdadeiro sacerdote deve pugnar pela união dos homens,<br />

independentemente de seu credo religioso. Ọlọdùmàrẹ é um só e todos os<br />

homens são seus filhos e, por consequência, irmãos entre si. Da mesma<br />

forma, os sacerdotes de uma mesma religião devem agir dentro de uma<br />

ética que os impeça de falarem mal uns dos outros, utilizando-se de meios<br />

condenáveis para atrair os seguidores<br />

de seus coirmãos. A falta de ética<br />

entre os sacerdotes de nossa religião,<br />

muito tem colaborado para o seu<br />

enfraquecimento e falta de<br />

credibilidade pública. O sacerdote<br />

dotado de postura ética, jamais abre<br />

a boca para apontar erros e defeitos<br />

em seus irmãos. Se os constata,<br />

procura corrigi-los de forma sutil e, se possível, despercebida aos olhos<br />

alheios, sem alardear aquilo que considera errado. Muitas pessoas tentam<br />

encobrir os próprios erros e esconder a própria incompetência, apontando,<br />

de forma espalhafatosa, o erro e a incompetência dos outros. Esta é uma<br />

atitude incorreta que só tem prejudicado e impedido um maior<br />

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desenvolvimento da nossa religião. Pode-se ouvir todas as noites, em<br />

programas de rádio produzidos e apresentados por sacerdotes e<br />

sacerdotisas do culto aos orixás, verdadeiros absurdos praticados em nome<br />

de nossa religião. As pessoas que se ocupam neste tipo de divulgação<br />

deveriam refletir um pouco mais sobre sua atuação, na maior parte das<br />

vezes exageradas e motivadas por problemas de ordem pessoal, e os<br />

malefícios que produz, não somente aos alvos de suas críticas, mas na<br />

religião dos orixás como um todo que, a cada denúncia feita pelo ar, cai no<br />

descrédito e na execração pública. Cada denúncia divulgada publicamente<br />

representa uma nova arma para o arsenal dos detratores de nossa religião.<br />

A seleção será feita, naturalmente, por Ọrùnmìlà e os orixás, através da<br />

ação de Èṣú. Só a eles cabe julgar o que é certo e o que é errado. Só a eles<br />

cabe separar o joio do trigo. Ele próprio tomará sempre o dourado caminho<br />

mediano, o caminho da verdadeira perfeição.<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Àdìsá makoale<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá.<br />

Dos mil nomes.<br />

Do poder infinito e dos múltiplos dons.<br />

Manifestadas na diversidade das minhas faces.<br />

Honradas e veneradas ao longo dos milênios.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá.<br />

Mãe da terra.<br />

Coloquei ordem na vastidão do caos.<br />

Criando o universo no ritmo da minha pulsação.<br />

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Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

Ofereço a cura e a transformação.<br />

Para quem as procura,<br />

Pois tenho o poder de plasmar um novo mundo.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

No meu caldeirão mágico guardo o alinhamento da alma.<br />

A fonte inesgotável de sabedoria e inspiração.<br />

Quanto mais eu dou, mais eu recebo.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá.<br />

Conhecida por minha sabedoria.<br />

Como meu totem os pássaros.<br />

Ouço e vejo tudo o que se passa ao meu redor.<br />

Sou forte como o Carvalho.<br />

Ou pacificadora como a oliveira.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

Protetora das mulheres e das crianças,<br />

Guardiã das florestas e dos animais.<br />

Acerto as fechas no alvo dos meus desejos.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

Graciosa, sinuosa, brincalhona e afetuosa.<br />

Irradio o calor e a luz do glorioso sol.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

A bem amada<br />

Sobrevoando o mundo, então alegremente,<br />

Celebrando os laços entre amigos e amantes.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

Guardiã da encruzilhadas,<br />

Escolho o caminho que eu quero trilhar.<br />

Permeando a razão com brilho da intuição.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

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A Rainha do Mundo subterrâneo,<br />

Para crescer, desfaço-me da velha pele,<br />

Sou detentora do profundo poder da renovação.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

Ouço e consolo ás dores do mundo.<br />

Protegendo as mães e seus filhos.<br />

Ensinando a magia da mutação.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá.<br />

Verdade, justiça e lei são regras do meu universo.<br />

Estabeleço a harmonia com meu poder divino.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

Viajo livre, serena e segura no mundo.<br />

Com minha voz melodiosa.<br />

Acordo os mortos e adormeço os vivos.<br />

Eu sou Ìyàmmì Ọsọrọngá<br />

Conheço-me e honre-me através dos animais.<br />

Ursos, baleias, focas, peixes e pássaros.<br />

Todas as criaturas da terra e do mar.<br />

São partes de mim e têm o direto de viver.<br />

Abençoadas sejam todas as Ìyàmmì Ọsọrọngá em mim!<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

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No mês de agosto no Brasil as casas de<br />

candomblé realizam a grande festa ao Ọrìșà<br />

Ọbàlùwàíyẹ denominada Ọlùbàjẹ, o<br />

banquete do rei,) na verdade está cerimônia<br />

é um grande Ẹbọ coletivo. Em 1835 quando<br />

começa o culto aos Ọrìșà no Brasil os<br />

senhores de escravos também começaram a<br />

opressão ao culto dos escravos nas senzalas<br />

e posteriormente nos terreiros está<br />

perseguição perdurou até 1960 (apesar de<br />

até hoje isso ainda aconteça porém de forma<br />

maquiada) Esta perseguição forçou os escravos a fazem associações aos<br />

santos da igreja católica e a divindade Ọbàlùwàíyẹ foi sincretizado como<br />

São Lázaro que na tradição católica seria um homem velho doente com<br />

muitas feridas e seguido pela companhia de muitos cães. Esta associação<br />

em nada se compara ao vigoroso guerreiro das terras de Ẹmpẹ, no território<br />

Tapá, também chamado Núpẹ. Era um guerreiro terrível que, seguido de<br />

suas tropas, conquistou muitas terras escravos e riquezas Ele massacrava<br />

sem piedade aqueles que se opunham à sua passagem. Seus inimigos saíam<br />

dos combates mutilados ou morriam de peste. Assim, chegou Ọbàlùwàíyẹ<br />

em território Mahi, no Dàọmé. A terra dos mahis abrangia as cidades de<br />

Savalú e Dassa Zumẹ. Onde foi chamado de Azonsu, (homem das<br />

enfermidades) e de Sakpatá o povo Fọngbẹ, (Jẹjẹ,) quando tomaram<br />

conhecimento da aproximação de Ọbàlùwàíyẹ entraram em pânico e foram<br />

consultar um adivinho.<br />

E assim ele falou:<br />

"Ah! O grande Guerreiro chegou de Ẹmpẹ!<br />

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Aquele que se tomará o senhor do país!<br />

Aquele que tomará este terra rica e próspera, chegou!<br />

Se o povo não aceitá-lo, ele o destruirá!<br />

É necessário que supliquem a Ọbàlùwàíyẹ que adivinho.<br />

E assim ele falou:<br />

"Ah! O grande Guerreiro chegou de Ẹmpẹ!<br />

Aquele que se tomará o senhor do país!<br />

Aquele que tomará este terra rica e próspera, chegou!<br />

Se o povo não aceitá-lo, ele o destruirá!<br />

É necessário que supliquem a Ọbàlùwàíyẹ que vos poupe.<br />

Façam-lhe muitas oferendas; todas as que ele goste: inhame pilado, feijão,<br />

farinha de milho, azeite de dendê, picadinho de carne de bode e muita,<br />

muita pipoca!<br />

Será necessário, também, que todos se curvem diante dele, que o<br />

respeitem e o sirvam.<br />

Desde que o povo o reconheça como pai, Ọbálúáìyẹ não o combaterá, mas<br />

protegerá a todos!"<br />

Como poderia um homem caquético doente e cheio de feridas ser um<br />

grande conquistador? Ele tentou diversas vezes<br />

invadir Ọyọ pois tinha direito ao trono pois<br />

também era filho de Ọrànyíàn logo era meio<br />

irmão de Ṣàngọ por parte de pai Ọbàlùwàíyẹ era<br />

um pesquisador da natureza e percebeu uma<br />

utilidade naqueles corpos dos enfermos que<br />

ardiam em febre e tinham o corpo coberto com<br />

bolas de pus)(varíola) Ele arrastava esses corpos<br />

para o leito dos rios longe de sua cavalaria os<br />

sangrava e passava a ponta das flechas e lanças<br />

nesse sangue contaminado assim quando as<br />

flechas não matavam pelo ferimento com<br />

certeza infectava o atingido Ọbàlùwàíyẹ<br />

também fazia fogueiras na entrada da cidade que iria invadir e dançava com<br />

roupas de palha para que os habitantes pensassem que seriam atacados<br />

por espíritos maléficos. Mesmo usando palha da costa nessas danças<br />

pavorosas no culto tradicional essa é sua vestimenta ele se veste de panos<br />

brancos pretos roxos e vermelhos também não usa búzios como aqui no<br />

candomblé mas isso de forma alguma descaracteriza a beleza desse Ọrìșà.<br />

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Em África na região Tapá é chamado de<br />

Sàpọnà (aquele que queima tudo ao seu<br />

redor ou aquele que é quente como o<br />

fogo) entre os Fọn era chamado de<br />

Sapata-Ainon, que significa ‘Dono da<br />

Terra’; já os Yọrùbà o chamam<br />

Ọbálúáìyẹ e Ọmọlù. Sua saudação é<br />

Átọtọ (silêncio) é aquele que pode curar<br />

o enfermo e adoecer o saudável está<br />

ligado a Ọnìlẹ a Àrún (doença) e a Ìkù (morte,). É preciso esclarecer, no<br />

entanto, que Ọmọlù está ligado ao interior da terra (ninù ilé) e isso denota<br />

uma íntima relação com o fogo, já que esse elemento, como comprovam os<br />

vulcões em erupção, domina as camadas mais profundas do planeta. Toda<br />

a reflexão em torno de Ọmọlù ocorreu colocando-o como um orixá ligado à<br />

terra, o que é correto, mas não deixa de ser um erro desconsiderar a sua<br />

relação com o fogo do interior da terra, com as lavas vulcânicas, como os<br />

gases etc. o que pode ser mais devastador que o fogo? Só as epidemias, as<br />

febres, as convulsões lançadas por Ọmọlù!<br />

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que<br />

a cultura do Dàọmé é muito mais antiga<br />

que a Yọrùbà, o que pode ser sentido em<br />

seus mitos: A antiguidade dos cultos de<br />

Ọmọlù/Ọbálúáìyẹ e Nanã (Ọrìșà<br />

feminino), frequentemente confundidos<br />

em certas partes da África, é indicada por<br />

um detalhe do ritual dos sacrifícios de<br />

animais que lhe são feitos. Este ritual é<br />

realizado sem o emprego de instrumentos<br />

de ferro, indicando que essas duas<br />

divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à<br />

chegada de Ọgùn. Como parte do temor dos Yọrùbà, eles passaram a<br />

enxergar a divindade (Ọmọlù/Ọbálúáìyẹ) mais sombria dos dominados<br />

como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos<br />

chamar de malignação de um Ọrìșà do povo subjugado, que não encontrava<br />

correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de<br />

Ọṣẹ). Ọmọlù/Ọbálúáìyẹ seria o registro da passagem de doenças<br />

epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de<br />

cada vez.<br />

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DIA: Segunda-feira<br />

CORES: Preto, branco e vermelho.<br />

SÍMBOLOS: Ṣaṣarà ou Íleo, lança de madeira, Làgẹdìgbà.<br />

Ọbàlùwàíyẹ é um dos Ọrìșà mais temidos pelos<br />

iorubas isso se comprova com sua saudação<br />

Átọtọ Ájíbẹrú! (Silêncio para o senhor do medo)<br />

Ọmọlù nasceu com o corpo coberto de chagas<br />

(varíola) segundo o Ìtàn ele nasceu assim<br />

porque sofreu um castigo que na verdade foi<br />

por causa de seus pais Nànà e Ọṣàlà pois Nanã<br />

seduziu Ọṣàlà e este estava interditado devido<br />

seu matrimônio com Iyẹmànjá devido a<br />

enfermidade sua mãe o rejeitou Nanã Bùrùkù,<br />

na beira da praia. Nesse contratempo, um<br />

caranguejo provocou graves ferimentos na sua<br />

pele. Iemanjá encontrou aquela criança e ao ver que o único animal que<br />

não reconheceu Ọbàlùwàíyẹ e o atacou ela jogou uma maldição no<br />

caranguejo dizendo você foi o único que não reconheceu o rei da terra a<br />

partir de hoje você nunca mais caminhará para<br />

frente e todos aqueles que comerem sua carne<br />

também não caminharão é por isso que os<br />

adeptos do candomblé não comem caranguejo<br />

Iyẹmànjá aquela criança e criou-a com todo<br />

amor e carinho; com folhas de bananeira curou<br />

as suas feridas e pústulas e transformou-a num<br />

grande guerreiro e hábil caçador aprendeu<br />

feitiçarias e tornou-se respeitado e temido em<br />

suas cabaças carrega Ọọgùn (medicinas,) mas<br />

também pode matar como se relata em seus<br />

cânticos que diz que ele é aquele que seca as cabeças dos homens.<br />

CANTIGAS<br />

Dagò lu nà ke wa Saworo<br />

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Dagò lelé<br />

Tradução<br />

-nos licença para tocar o Saworo para que nos acuda<br />

Pedimos licença humildemente<br />

Lá o pè rè ní sò dá<br />

Èjó e sò èjó<br />

Tradução<br />

Temos em nós a gratidão por ti que nos<br />

criastes. Nos purifique<br />

descarregue-nos e nos livre das doenças<br />

Ọmọlù aráiye ba jeun ba ekó<br />

Òní e Omolu ba jeun ba ekó<br />

Tradução<br />

Ọmọlù, ajude a humanidade (filhos de santo)<br />

que se alimentam com ẹkọ<br />

Ọmọlù, ajude a quem (filhos de santo) se<br />

alimenta com ẹkọ<br />

Omolu pè olóre a wù rè a kú abò<br />

Ja npènpè e lò gbé wà layè<br />

Tó ní gbón mì o<br />

Tradução<br />

Ọmọlù, seja bem-vindo! Nosso benfeitor! O<br />

chamamos para agradá-lo!<br />

O chamamos para que use suas folhas<br />

medicinais para nos socorrer nesta vida<br />

Para o senhor, tocamos o adja o tempo que<br />

for preciso<br />

Ago nile ní lè ma dagò<br />

Sakpata, Ajunsun ma Dagò<br />

Ago ní lè ma dagò<br />

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Tradução<br />

A humanidade lhe pede licença pelo seu poder<br />

Sempre pedimos licença para Sakpatá e Ajunsun<br />

A humanidade lhe pede licença pelo seu poder<br />

Por:<br />

Àwọ Ifákàiyọdẹ<br />

Júlio César<br />

Olá! me chamo: Hugo Lins Lourenço Santana antes de tudo. Gostaria de<br />

agradece esse espaço cedido por meu grande amigo Àwọ Ifábùnmì (Marco<br />

Rodrigues) e também pelos meus líderes do grupo i9 Life (Alessandra Rafael<br />

e tia Tuta) que confiam em mim e apostam no meu no seu no nosso sucesso<br />

porque essa empresa é NOSSA. O que eu vol mostrar aqui é uma grande<br />

oportunidade de negócio. Eu tenho a honra de voz lhe apresentar I9 LIFE!<br />

Uma empresa 100% brasileira e atualmente GLOBAL, dirigida pelos<br />

melhores empresários humildes que já conhece até hoje: São eles.<br />

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Nossa missão é inovar vidas e trazer uma<br />

oportunidade de você conhecer o mundo,<br />

fazendo uma coisa que se você não gostar hoje<br />

vai aprender a gostar na verdade vai se<br />

apaixonar.<br />

de ganho eu prefiro chamar de<br />

fórmulas de ganho.<br />

Bem só aqui você percebe que essa<br />

empresa já é sólida. Esses dados já são<br />

outros essa empresa conquistou em 4<br />

anos o que muitas querem conquistar.<br />

Nosso fundador Renato Mattos que<br />

até uns dias atrás era o nosso<br />

presidente passou a bola para outro<br />

maravilho ser humano de MG Márcio<br />

Bento. Sugiro que Vcs pesquisem<br />

sobre esse cara. Temos nove formas<br />

Agora vou mostrar quais<br />

produtos esta empresa<br />

maravilhosa fabrica e distribui e<br />

forma de ganho.<br />

fabuloso.<br />

Este são o melhor investimento que<br />

você pode investir e sem sombra de<br />

dúvida com o seu desempenho é força<br />

de trabalho vai adquirir muito mais<br />

que o dobro desse primeiro<br />

investimento. Existe outras forma<br />

menores de se egressa nesse negócio<br />

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Más Sem dúvida esse é o melhor! Só pra<br />

esclarecer: Ou seja tudo o que essa empresa<br />

fornece nós utilizamos só ai já fica mais nítido<br />

que você será a alma do seu próprio negócio.<br />

Essa imagem foi o mais recente evento com a<br />

participação do nosso fundador Renato<br />

Matos. Explicando algumas mudanças e<br />

premiando um dos nossos maiores<br />

patrocinadores da I9Life aqui na PB João<br />

Pessoa. Nosso querido Carlos Dias ganhador<br />

por mérito desse prêmio maravilhoso em<br />

apenas em menos de 4 anos de i9.<br />

Bem é isso aí maiores detalhes peço que entrem em contato comigo. Esse<br />

negócio só entra com a<br />

nossa participação<br />

sozinho você não<br />

consegue. Agora com a<br />

minha ajuda e de<br />

outros patrocinadores<br />

já cadastrados você<br />

entra e vai ser mais um<br />

vencedor e ganhador<br />

de tudo o que seu trabalho desenvolver aqui conosco. Segue em abaixo o<br />

meu contato obrigado por sua atenção.<br />

Venho observando que, nos mitos há<br />

constatações que podem ser<br />

contraditórias, uma vez que neles tudo<br />

pode acontecer. Não há regras lógicas<br />

na sucessão dos eventos e muitas<br />

vezes também não existe<br />

continuidade. Porém, constata o<br />

antropólogo, há algo que é constante<br />

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nas diversas regiões do mundo sobre os mitos, sendo assim, seu valor não<br />

estaria então, no modo de como a história é contada, mas sim em seu<br />

conteúdo. Nas antigas sociedades o<br />

mito podia ser considerado como falso<br />

quando fábula, invenção ou ficção e<br />

como “verdadeiro”, precioso por seu<br />

caráter sagrado, exemplar e<br />

significativo. Já nas sociedades atuais e<br />

ocidentais o mito foi, desde cedo,<br />

rejeitado. Passamos a questionar a<br />

veracidade dos mitos relatados. No<br />

entanto, o problema do mito vem<br />

unindo diversas ciências no intuito de<br />

desvendar-lhe a persistência e a “aura” misteriosa: arqueólogos, etnólogos,<br />

historiadores e psicólogos procuram, à seu modo, dar sua contribuição. É<br />

quase impossível encaixar os mitos de um povo em um tempo histórico. De<br />

forma geral, os mitos teriam acontecido num tempo primordial, distante e<br />

fabuloso, não pertencendo ao mundo quotidiano e suas consequências<br />

poderiam ser observadas até os dias de hoje. Resultado e prova disso seria<br />

um ser humano “mortal, organizado em sociedade, obrigado a trabalhar<br />

para viver, e trabalhando de acordo com determinadas regras”. O mito<br />

conta uma história sagrada; ele relata um acontecimento ocorrido no<br />

tempo primordial, o tempo fabuloso do “princípio”, narrado como, graças<br />

modo algo foi produzido e começou a ser revelam, portanto, sua atividade<br />

criadora e desvendam a sacralidade. Os mitos<br />

têm caráter dinâmico, foram “remanipuladas<br />

pelos sacerdotes e bardos e foram finalmente<br />

transmitidos através de textos escritos, se<br />

transformaram e enriqueceram no curso dos<br />

séculos”. Além disso, como nos interessa nesse<br />

tema, são “testemunhas” ou “ecos” dos<br />

costumes e tradições das sociedades que<br />

permanecem preservados no relato mitológico<br />

(mesmo que de forma distorcida ou<br />

fragmentada). A importância do mito para as<br />

sociedades ágrafas é basilar. Sem eles, não<br />

seria possível explicar por que as coisas “são como são” e o que a<br />

humanidade deve realizar para que elas continuem “sendo como são”.<br />

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Essas sociedades se viam obrigadas<br />

então, a memorizar e rememorar as<br />

histórias míticas de suas tribos e com<br />

isso ritualizá-las constantemente, o<br />

indivíduo, não podendo ter o<br />

conhecimento da vida na totalidade,<br />

necessita recorrer ou tomar ciência das<br />

histórias e saberes alheios. Do grupo [o<br />

homem] derivou suas técnicas de vida,<br />

a língua por meio da qual pensa, as ideias por meio das quais prospera; do<br />

passado da sociedade procedem os genes que lhe formam o corpo. Se se<br />

atrever a apartar-se, por meio de ações ou em termos de pensamento e<br />

sentimento, ele apenas romperá o vínculo com as fontes de sua existência.<br />

Então, o conjunto mitológico ou mitologia poderiam ser definidos como:<br />

uma organização de imagens concebidas como uma interpretação do<br />

sentido da vida e que esse sentido pode ser apreendido de duas maneiras:<br />

1) pelo pensamento<br />

2) pela experiência.<br />

Como pensamento, a mitologia aproxima-se – ou é um prelúdio primitivo –<br />

da ciência; como experiência, ela é precisamente arte. Nesse sentido, a<br />

mitologia teria uma função principal “revelar os modelos exemplares de<br />

todos os ritos e atividade humanas significativa: tanto a alimentação ou o<br />

casamento, quanto o trabalho, a educação, a arte ou a sabedoria”. Essa<br />

função é desdobrada em quatro básicas: função mítica - despertar e<br />

sustentar um sentimento de admiração diante do mistério da existência;<br />

função cosmológica - oferecer uma cosmologia de fácil acesso a diferentes<br />

compreensões; função sociológica -<br />

garantir uma certa ordem às façanhas<br />

dos Entes Sobrenaturais, uma<br />

realidade passou a existir, seja na<br />

realidade total, o Cosmo, ou apenas<br />

um fragmento: uma ilha, uma espécie<br />

vegetal, um comportamento humano,<br />

uma instituição. Ele relata de que<br />

uma era em que todas as coisas eram<br />

inocentes do destino da vida no tempo. Mas ocorreu um fato naquela<br />

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época, o ‘fato mitológico’, que<br />

pôs fim ao modo eterno de<br />

existência e realizou uma<br />

transformação de todas as<br />

coisas. Em consequência dele, a<br />

morte e a vida surgiram no<br />

mundo como correlatos básicos<br />

da temporalidade”. As Máscaras<br />

de Deus: mitologia primitiva. Social, além de integrar cada indivíduo em seu<br />

grupo de referência e, finalmente, o indivíduo se ver a lidar com seus<br />

próprios problemas dentro da sua individual tentando se encontrar com<br />

sigo mesmo e alinhar com seu destino.<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

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Filosofia de vida é a expressão que serve para descrever um conjunto de<br />

ideias ou atitudes que fazem parte da vida de um indivíduo ou grupo. A<br />

filosofia de vida também pode ser definida por uma conduta que rege a<br />

forma de viver de uma pessoa. Muitas vezes essas normas são marcadas<br />

por uma religião, como por exemplo: filosofia de vida do candomblé,<br />

filosofia de vida de Ifá, e filosofia de umbanda. Entre outras. É importante<br />

referir que a filosofia de vida varia de acordo com o contexto de cada um,<br />

e pode ser influenciada ou alterada de acordo com fatores sociais,<br />

econômicos, pensamento, entendimento. etc. Esta expressão também está<br />

relacionada com o sentido crítico e define a forma como cada pessoa<br />

constrói o seu sistemas de valores que fazem parte da sua vida e indicam<br />

como ela vai ser vivida. Por vezes as filosofias de vida entram em choque,<br />

quando pessoas discordam sobre vários temas. A principal razão para<br />

conflitos de filosofia de vida são diferenças culturais. Frequentemente esta<br />

expressão é usada como sinônimo de estilo de vida. Ex: Ninguém gosta dele<br />

porque ele tem uma filosofia (estilo) de vida muito estranha. O conceito de<br />

filosofia está relacionado com a busca incessante pela sabedoria. Assim,<br />

uma filosofia de vida também inclui a busca pelo autoconhecimento, o<br />

encontro com seu EU, com sua subconsciência e por normas que atribuam<br />

estabilidade para um determinado indivíduo.<br />

Mọ gbàgbọ ni Ifá, kii ṣe nitoripe, a bi mi ni Ifá; Ṣugbọn, nitori Ifa ti a bi ninu<br />

mi.<br />

Eu acredito em Ifá, não por que, eu nasci em Ifá; Mas, por que Ifá nasceu<br />

em mim.<br />

Ọrùnmìlà diz que prefere uma pessoa sem conhecimentos a uma pessoa<br />

sem caráter no sacerdócio. Ọrùnmìlà está dizendo que nossa religião não é<br />

para copiar o que os outros fazem, ela tem que ser entendida e para tanto<br />

precisamos estudá-la, interpretá-la e praticá-la. Sem conhecimento,<br />

estaremos agindo de forma empírica, entendendo que nosso ouvido tem<br />

vida própria e que não precisamos de mais nada. Orunmilá diz, viver sem<br />

filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver<br />

tentado abrir. Portanto, um pouco de filosofia leva a mente humana ao<br />

ateísmo, mas a profundidade da filosofia leva-a para a religião.<br />

Por: Àwọ Ifá Ọladẹlẹ<br />

José Rodrigues<br />

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Vendas de produtos<br />

Yọrùbà<br />

Ọbí Ọrọgbọ Àgbẹ Àlùkọ Àkọdìdẹ Lẹkẹlẹkẹ<br />

Ìlẹkẹ Roupas Tecidos<br />

Iyẹrọṣùn Ọṣù Wàjì Ẹfùn<br />

Venha compra temos ótimos preços e vários produtos estes são uma<br />

amostra de nossos produtos.<br />

Contatos para venda:<br />

adekunleadeyemi@hotmail.com<br />

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Falar: Adekuli<br />

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"Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta. "(Ọkànràn<br />

Ọtùrùpòn)<br />

"É através do estudo de Ifá que a pessoa entende Ifá/Ọrìșà. É perdendo-se<br />

pelo caminho que a pessoa se familiariza com o mesmo. A pessoa sempre<br />

perambula ao longo de uma estrada que ela nunca passou".<br />

Ifá foi consultado para Ọsànyìn no<br />

dia em que Ọlọdùmàrẹ cobriu uma<br />

cabaça e convidou a Ọrùnmìlà ir e<br />

descobri-la através da consulta ao<br />

oráculo. Ọsànyìn insistiu em<br />

acompanhar Ọrùnmìlà, mesmo<br />

sendo aconselhado a ficar porque<br />

ele estava em dificuldade. Ọsànyìn,<br />

porém, foi inflexível. Antes que eles<br />

chegassem lá, Ọlọdùmàrẹ tocou o sangue de sua esposa com um tecido<br />

branco de algodão, guardou em uma cabaça sobre a esteira na qual<br />

Ọrùnmìlà foi se sentar enquanto consultava Ifá. Ọrùnmìlà consultou Ifá e<br />

disse, “Ọkànràn Ọtùrùpòn”. Após a consulta Ọrùnmìlà soube o que tinha<br />

dentro da cabaça branca. Ọlọdùmàrẹ o louvou. Ọrùnmìlà então pediu que<br />

Ọlọdùmàrẹ sacrifica-se um cão e uma cabra. Ọlọdùmàrẹ sacrificou. Ọsànyìn<br />

emocionadamente se juntou a Ọrùnmìlà na procura dos materiais para o<br />

sacrifício. Enquanto estava se esforçando para ajudar a matar o cachorro, a<br />

faca que ele estava segurando escapou de sua mão e caiu sobre a sua perna<br />

fazendo uma ferida muito grande.<br />

Ọrùnmìlà pediu que levassem<br />

Ọsànyìn para a casa de Ọrùnmìlà.<br />

Ọrùnmìlà o curou, mas Ọsànyìn<br />

nunca poderia usar novamente a<br />

perna para trabalhos árduos.<br />

Ọrùnmìlà teve pena dele e deu-lhe<br />

vinte folhas de Ifá para cada tipo de<br />

enfermidade, para proporcionar-lhe<br />

uma fonte de renda. Foi assim que Ọṣanyìn se tornou um herbolário."<br />

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Muitas e muitas vezes, manifestamos nossa gratidão porque finalmente<br />

soubemos que Ọlọrùn existe, e de alguma forma, sabe-se lá por qual<br />

'Graça', estamos começando, a perceber que nós, como o direito de<br />

nascimento, temos o potencial de experimentar, verdadeiramente, a<br />

Divindade de nosso ser. "E que este é o potencial para este momento, está<br />

vida, nesta vida, não para um futuro, um renascimento mais auspicioso,<br />

quando as circunstâncias forem mais favoráveis." Vamos refletir? "Nós<br />

todos parecemos estar dispostos a ouvir, as boas novas, de que somos<br />

aquilo que procuramos, que nunca estivemos<br />

separados de 'Quem Somos', e que esta<br />

realidade é nossa, porém ocorre apenas e<br />

sempre que estamos dispostos a sair de<br />

nossas criações mentais e emocionais<br />

temporárias, e penetrar na Presença<br />

Eternamente Presente." O abandono final<br />

chega quando nos permitimos perceber que<br />

cada momento pode ser preenchido com esse<br />

calor, quando permitimos que as coisas sejam<br />

exatamente como são.<br />

'Não podemos fazê-lo, encontrá-lo ou ganhálo.'<br />

'Mas podemos sê-lo.<br />

Porque já somos isso.'<br />

Consegue perceber?<br />

O que poderia ser mais fácil do que ser o que<br />

realmente somos?<br />

Precisamos apenas parar com as tentativas, e<br />

o que sobrará será a vastidão do Ser.<br />

Sem luta, sem esforço, apenas Ser.<br />

Vamos tentar? Vamos praticar?<br />

Meu Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí sempre me falou:<br />

Ifá - Ọrùnmìlà é mais que uma filosofia de vida, Ifá e modo de vida, Ifá e o<br />

encontro com seu destino.<br />

IFÁ GBẸ WÁ Ọ Ọ<br />

IFÁBUNMILÁYỌ FÁTỌNÁ<br />

ÀDÌSÁ MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

HEVERTON.<br />

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Realização:<br />

INSTITUTO ỌMỌ IFÁ<br />

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