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Edição <strong>103</strong><br />
01/10/2018<br />
SOCIEDADE ỌGBỌNI<br />
ÀWỌ<br />
IFÁBÙNMÌ FÁTÙMBÍ<br />
MARCO RODRIGUES<br />
ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />
IFÁȘỌLÁ IFÁDÀHÚNȘÍ<br />
CLAUDIO FILADELFO<br />
ÁWỌGBÁMÍPẸ<br />
ÀWỌ ỌLADẸLẸ<br />
JOSÉ RODRIGUES<br />
ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />
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Na cultura Yọrùbà, a mulher é vista de diferentes<br />
maneiras: como mãe, esposa, filha, deusa e até<br />
bruxa. Para os Yọrùbà, o maior valor dado a<br />
mulher é o de mãe, porque o povo Yọrùbà<br />
reverenciam as mães, que eles também chamam<br />
de Ìyà nlá (grandes mães) ou de Ìyáàmi (nossas<br />
mães ancestral). Acredita-se que as mães<br />
possuem poderes espirituais e divinos, elas são<br />
muito importantes na cultura Yọrùbà, porque<br />
delas, depende a continuidade da humanidade.<br />
O papel da mulher Yọrùbà vai além do papel de<br />
mãe. Ela atua ativamente nas atividades<br />
econômicas da família e o lugar social ocupado<br />
pela mulher Yọrùbà, sem dúvida, possibilita-lhe o exercício de um poder<br />
fundamental para a vida africana. As mulheres se desenvolveram na cultura,<br />
na economia e até mesmo na administração de reinos Yọrùbà. Elas ocupam<br />
postos importantes e fiscalizam o funcionamento do Estado. Foi criada a<br />
Sociedade de Gẹlẹdẹ, para honrar e homenagear as Grandes Mães. Essa<br />
Sociedade demonstra o reconhecimento ao<br />
poder especial das mulheres e que pode ser<br />
usado para malefícios e para benefícios. São<br />
poderes e força espiritual de vida, entre outros.<br />
Essas poderosas mães precisam se acalmadas,<br />
homenageadas e agradadas. Na cultura Yọrùbà,<br />
as mulheres sempre estão ligadas à Deusas<br />
Africanas, como Ọṣùn, Iyẹmànjá, Ọyá, entre<br />
outras. Todas são associadas às águas de alguma<br />
forma. A água, na cultura Yọrùbà representa a<br />
indispensabilidade e a fonte de vida, exatamente<br />
como as mães são para os Yọrùbà. As mulheres<br />
são indispensáveis para os Yọrùbà, elas são como<br />
a água. A água é benevolente para a vida, mas pode também ser malevolente,<br />
causando enchentes e até tsunami. Assim é o poder das mães, das mulheres.<br />
A virtude que as mulheres têm de poder trazer filhos ao mundo, um fato<br />
maravilhoso e quase mágico, as aproxima do divino. Em muitos povos<br />
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antigos, esse fato era inexplicável, por isso as mulheres sempre foram vistas<br />
como possuidoras de certo poder<br />
especial. Fala-se da famosa intuição<br />
feminina", mas, em todas as culturas<br />
há sempre uma tendência a<br />
transformá-la em "bruxa", no sentido<br />
de crer que tem poderes inatos para<br />
comunicar-se com forças além do<br />
alcance do entendimento do homem.<br />
O mito da "bruxa" que voa na vassoura<br />
acompanhada por pássaros macabros<br />
é quase mundial. Também temos a relação da fecundidade com o misterioso<br />
sangue menstrual, que é o marco da passagem da menina numa mulher, daí<br />
em mais algum tempo, será considerada também uma Ìyàmmì, aquela que a<br />
qualquer momento inchará o ventre, revelando que tem em seu interior a<br />
"cabaça da existência", o caminho pelo qual todos vêm do Ọrùn para o Àyẹ.<br />
Porém, percebe-se que o poder das Ìyàmmì, representa o próprio poder<br />
criador, criativo, que para trazer o novo, precisa destruir o velho. É a própria<br />
ordem natural, o ciclo de vida e morte que é a síntese do poder feminino.<br />
Representam os poderes místicos da mulher em seu duplo aspecto – protetor<br />
e generoso/perigoso e destrutivo. Sem o poder feminino, sem o princípio de<br />
criação, não brotam plantas, os animais não se reproduzem, a humanidade<br />
não tem continuidade. Assim, a mulher é o princípio da criação e preservação<br />
do mundo. Sem a mulher não existe vida, e por esse motivo deve ser<br />
reverenciada e respeitada. A mulher está diretamente ligada ao divino, serve<br />
como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar vida.<br />
A mulher é vista como o útero fecundado, a cabaça que contém a vida, a<br />
responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da<br />
comunidade. A mulher tem o poder<br />
da vida, pois todos são gerados no<br />
ventre feminino, todos nasceram de<br />
uma mulher, sendo<br />
fundamentalmente importante se<br />
curvar ante à poderosa mãe. Todas as<br />
mulheres e todas as Divindades<br />
femininas, principalmente Ọṣùn,<br />
Iyẹmànjá, Ọyá e Nanã, possuem uma<br />
grande ligação com Ìyàmmì. O poder<br />
feminino também é falado no Odù Ọṣẹtùrà. Ifá diz nesse Odù, que se não<br />
damos as honras e respeito às mulheres, elas tem a capacidade de destruir o<br />
mundo. A vida da humanidade está no ventre de uma mulher. Ọṣẹtùrà nos<br />
ensina que não devemos desprezar o valor das mulheres. Todos os Ọrìșà<br />
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sabem do poder que Ọlọdùmàrẹ deu a Ọṣùn, e por esse motivo devemos darlhe<br />
grande respeito.<br />
No Odù Ọṣà Mẹjì, Ifá diz que todas as pessoas devem sempre respeitar as<br />
mulheres, pois a sabedoria do mundo pertence a elas.<br />
O Odù Ọyẹkù Mẹjì simboliza o princípio feminino. Quando Ẹjìọgbẹ<br />
(principio masculino) e Ọyẹkù deram à luz outros quatorze Odù<br />
Principais.<br />
No Odù Ọdì Mẹjì, Ifá diz que nesse Odù nasceram os órgãos genitais<br />
feminino.<br />
A figura feminina na Pré-História tinha um enorme peso nas sociedades de<br />
todo o mundo. Não eram sociedades<br />
matriarcais, e sim matricêntricas, pois a mulher<br />
não dominava, mas as sociedades eram<br />
centradas nela por causa da fertilidade. Assim,<br />
pela sua inexplicável habilidade de procriar, as<br />
mulheres eram elevadas à categoria de<br />
divindades. Vestígios paleolíticos revelam que o<br />
feminino ocupava um lugar primordial, pois<br />
deste período foram encontradas estatuetas<br />
femininas, pinturas e objetos, que mostram que<br />
cultuavam a mulher como um ser sagrado. A<br />
mulher no Egito possuía um status privilegiado<br />
em comparação aos de outras civilizações<br />
antigas, dado pela igualdade entre os sexos como um fato natural, sendo<br />
comum aparecer claramente a visão feminina em alguns textos de Instruções<br />
de Sabedoria. E quando casadas podiam intervir na gestão do patrimônio<br />
familiar. Os Ọrìșà são considerados nossos genitores, uma vez que associados<br />
a elementos cósmicos ou à natureza. Dessas energias que interagem e se<br />
entrelaçam, emanam as formas<br />
materiais que abrigam a nossa<br />
existência individualizada na Terra,<br />
desta forma representado pelos nossos<br />
Ìgbà que representa o Àrá (corpo<br />
físico). O Poder Feminino foi, desde<br />
que o ser humano tomou consciência<br />
de si, associado à capacidade de criar e<br />
destruir a Vida, reverenciado como<br />
controlador das grandes energias<br />
sobrenaturais. Suas imagens, sob diversas formas, são as primeiras<br />
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manifestações artísticas nos sítios arqueológicos desde o Paleolítico, sempre<br />
representando a fertilidade e primeiro<br />
contato do ser humano com o Divino. A<br />
Terra precisa ser aguada constantemente,<br />
recebendo o “sangue branco” da chuva -<br />
para propiciar nossa alimentação e<br />
sobrevivência. Então a Mãe Terra – na<br />
cultura africana conhecida por vários<br />
nomes, sendo o mais popular atualmente,<br />
Ọnìlẹ - passa a ser reconhecida como<br />
organismo vivo e cultuada como<br />
Divindade. Èlà é Àgbà-nlá, a grande<br />
cabaça doadora de Vida que precisa ser sempre ressarcida, pois o equilíbrio é<br />
mantido através de um constante sistema de compensação. Alimenta-se dos<br />
corpos mortos para que lhe seja restituída a capacidade geradora. Restituição<br />
e renascimento são a espinha dorsal dos ensinamentos de Ifá, que por sua vez<br />
sustentam a concepção Yọrùbà das relações entre o Ọrùn (o universo<br />
espiritual) e o Àìyẹ (a manifestação material). Então, Ìkù (a morte) restitui à<br />
Terra o que lhe pertence, permitindo, assim, os renascimentos e, sob esse<br />
aspecto, seria simbolicamente importante como instrumento de restituição de<br />
àṣẹ (energia vital). Toda restituição demanda destruição da matéria<br />
individualizada que, uma vez reabsorvida, vai nutrir a massa geradora,<br />
restauradora de àṣẹ – num ciclo contínuo que perdurará enquanto o planeta<br />
existir. Sendo a Terra aquela que, desde os primórdios, tudo vem<br />
testemunhando e até hoje nada acontece fora da sua presença, costuma-se<br />
realizar pactos em Seu nome e a esse testemunho recorremos quando nos<br />
sentimos injustiçados. Talvez esteja nessa necessidade imperiosa de ser<br />
constantemente ressarcida e aguada para poder<br />
procriar com abundância, a razão da<br />
ambiguidade do Poder Feminino, tão<br />
frequentemente expressada em mitos e rituais<br />
de vida e morte. Daí a importância da<br />
ancestralidade, que é a corrente que garantiu a<br />
continuidade da nossa existência na Terra. Os<br />
renascimentos dependem dos ancestrais e sua<br />
matéria de origem é a lama. Logo após o<br />
Neolítico, ou seja, no início da Idade dos<br />
Metais, na transição quando o nômade caçador<br />
se estabelece como agricultor e funda os<br />
primeiros agrupamentos humanos, a<br />
Divindade Feminina responde por todos os<br />
processos da nossa existência neste planeta. Com o estabelecimento e a posse<br />
da terra, a sociedade torna-se patriarcal /patrilinear e clãs familiares são<br />
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fundados e chefiados por linhagens masculinas e as mulheres vão perdendo o<br />
seu poder. Segundo os mitos, Ọgùn - a<br />
tecnologia – teria arrebatado a<br />
liderança, numa disputa com todas as<br />
Ìyàbà (Divindades femininas), com o<br />
auxílio de Ẹlẹgbàrà, Ọrùnmìlà e<br />
Ṣàngọ. Antepassados divinizados<br />
assumiram papel de divindades<br />
primordiais e houve uma<br />
redistribuição de tarefas entre os<br />
inúmeros Ọrìșà. Aí começa a fase<br />
patriarcal na história da humanidade.<br />
A sacralidade da Terra e tudo o que<br />
nela vive, é o ponto de partida da concepção Yọrùbà do mundo. Mesmo<br />
conscientes da existência de um Poder Universal Absoluto (Ọlọdùmàrè) que<br />
rege todas as galáxias no céu e as próprias Divindades na Terra (Ọrìșà), essas<br />
energias da natureza que nos tocam e influenciam o nosso cotidiano é que são<br />
cultuadas. É a elas que se recorre nos momentos de aflição e se reverencia nas<br />
ocasiões de júbilo. As Divindades femininas do panteão Yọrùbà, as Ìyàbà<br />
(rainha) possuem os mesmos atributos das Deusas nas demais civilizações<br />
arcaicas, pois as diferenças são apenas culturais, uma vez que os arquétipos –<br />
pertencendo ao inconsciente coletivo da espécie humana - são os mesmos.<br />
Nanã é a mãe ancestral, importada das terras do Dàọmé. É a mulher sábia, a<br />
anciã que atingindo a menopausa, já não verte sangue. Por isso retém em si o<br />
poder da procriação. Como associada à lama e às águas contidas na terra, ligase<br />
ao processo de fertilidade da terra. Simboliza a maternidade arcaica<br />
indiferença da, pois é a mãe de todos os seres, à partir dos moluscos dos<br />
pântanos. São seus filhos os mortos e os ancestrais. Já Iyẹmànjá surge como<br />
Mãe do homo sapiens. Ìyẹmọwọ ou Ẹyẹmọwọ, simboliza a vida que veio do<br />
mar e também daqueles que saíram<br />
do líquido amniótico. É uma<br />
divindade do rio que emigra para o<br />
mar (domínio de Ọlọkùn, sua mãe,<br />
que fica então relegado às regiões<br />
abissais. Abrange todas as civilizações<br />
do planeta e enriquece o folclore<br />
ligado aos seres encantados do mar.<br />
Como maternidade educadora, rege<br />
a consciência e, portanto, é<br />
reverenciada como mãe de todos os seres pensantes - Mãe do homo sapiens.<br />
Ọyá é uma Divindade do rio. Seu nome significa “aquela que rasga” – no caso,<br />
o rio Niger. É o arquétipo da guerreira, plena de atributos, todos conquistados<br />
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por esforço próprio, assim como da transformação. Por isso, embora<br />
Iyẹmànjá seja a “dona” das<br />
mentes, é à Ọyá que<br />
recorremos nos processos de<br />
autoconhecimento e<br />
superação de crises. Ọyá é a<br />
própria eletricidade dos raios<br />
que transmutam as energias<br />
na atmosfera do planeta.<br />
Como Senhora dos ventos,<br />
distribui as sementes<br />
expandindo a Vida e, por<br />
outro lado, dissemina as<br />
doenças. Como transita entre<br />
as nove dimensões da Terra, preside e está presente também no portal da<br />
morte. Associada ao irrefreável poder animal representado pelo búfalo,<br />
carrega chifres, como todas as Divindades lunares nas diversas civilizações.<br />
Ọyá é a contraparte feminina do Ọrìșà Ṣàngò. De Ọṣùn provem as águas, pois<br />
ela é o próprio útero da Terra. Senhora da fertilidade, dela depende a Vida<br />
no planeta. É interessante considerar que todas as águas, mesmo as dos mares<br />
e das chuvas, provem dela – e que toda a água existente na Terra, sempre foi<br />
a mesma. Ela vem das profundezas, dos mananciais que guardam os tesouros<br />
- por isso é a dona do ouro e das pedras preciosas – e o segredo da Vida. Ọṣùn<br />
é a mãe de todos os seres porque preside o processo da gestação, que assegura<br />
a continuidade da Vida. Assim, é também a Deusa do amor e da beleza. É a<br />
grande força oculta que opera em silêncio, para irromper na violência das<br />
cachoeiras que tudo arrasta e dissolve.<br />
Ocultando o segredo da geração - que é o<br />
"milagre" supremo é que até hoje a ciência<br />
reproduz, mas não cria, Ọṣùn torna-se<br />
também a Senhora da Magia. Esse poder<br />
gerador associa todas as Deusas e, por<br />
extensão, todas as mulheres, pois elas<br />
detém autoridade decisiva de vida e morte<br />
- já que delas depende a sobrevivência das<br />
crianças - e são, no plano humano, as<br />
representantes naturais da Magia<br />
Ancestral. Esta Magia é associada aos<br />
pássaros (símbolo da projeção astral), que<br />
em todas as culturas surgem como seres alados, imagens fundamentais da<br />
energia feminina superior no Universo. A representação máxima deste poder<br />
são as Ìyáàmi Àgbà, Senhoras da noite e também das fogueiras, arquétipos da<br />
coletividade ancestral feminina desde a criação do planeta. É um poder que,<br />
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mesmo atribuído às mulheres velhas, pode, em certos casos, pertencer<br />
igualmente a jovens que o recebam por<br />
herança ou o adquiram por direito de<br />
linhagem espiritual, através de rituais. O<br />
poder do Sagrado Feminino é supremo no<br />
Àìyẹ (plano material), mas para que o<br />
equilíbrio seja mantido, está submetido ao<br />
triunvirato supremo logo abaixo de<br />
Ọlọdùmàrè (Deus / Absoluto Arquiteto do<br />
Universo): Ọbàtàlà (Logos solar), Ọrùnmìlà<br />
(Senhor da sabedoria e do oráculo) e<br />
Ẹlẹgbàrà (o Ọrìșà Ẹṣù – transformador da<br />
energia em matéria). Este é apenas um resumo introdutório. Um<br />
aprofundamento requer o estudo dos Ìtàn (mitos) do corpo literário de Ifá,<br />
pois o assunto é riquíssimo e bastante complexo.<br />
Texto adaptado por:<br />
Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />
Marco rodrigues<br />
Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />
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No início da criação do mundo, Ìyáàmi Ọṣọrọngá, a grande mãe ancestral deu<br />
à luz a 16 filhos. A sociedade secreta é derivada dos<br />
nomes Ọgbọnì (sábio) Ọnì (que é) dois filhos de<br />
Ìyáàmi. Ọgbọnì (também conhecido como Ọsúgbọ<br />
em Ìjẹbù) é uma instituição fraterna indígena para<br />
os de língua Yọrùbà políticos de que fala a Nigéria,<br />
República do Benin e Tọngọ. A sociedade realiza<br />
uma série de funções políticas e religiosas, inclusive<br />
exercendo uma profunda influência sobre os<br />
regentes e servindo como altos tribunais de<br />
jurisprudência em crimes capitais. Seus membros<br />
são geralmente consideradas como parte da<br />
nobreza dos vários Yọrùbà reinos da África<br />
Ocidental. A sociedade Ọgbọnì de acordo com um<br />
itã Ifá (Ìrọsùn Ọwọnrín) foi acionada quando a<br />
Terra estava um caos imenso, as pessoas não se respeitavam, principalmente<br />
a divindade Ọbàtàlà que perdeu o controle da situação na cidade de Ilê Ifé.<br />
Ìyáàmi Ọṣọrọngá ao perceber que esta luta<br />
entre seus filhos mais velhos poderia causar<br />
a completa destruição, obrigou-os a fazer<br />
um pacto de irmandade, jurando sobre<br />
determinado amuleto sagrado que nunca<br />
mais lutariam entre si, desta forma então<br />
nasceu a primeira sociedade secreta do<br />
mundo que seria nomeada, conforme os<br />
nomes dos irmãos, Sociedade Ọgbọnì. Os<br />
Ọgbọnì falam a língua Yọrùbà, mas<br />
internamente possuem um vocabulário<br />
secreto com o qual realizam determinados<br />
rituais. Os Ọgbọnì são chamados de Ọmọ Ọdùdùwà, Ọdùdùwà é o Deus<br />
criador da Terra. Eles são chamados assim devido ao fato de seus rituais terem<br />
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a terra, como elemento principal de culto e força espiritual. A maioria dos<br />
instrumentos sagrados da sociedade Ọgbọnì é<br />
confeccionada em bronze e cobre, que é u símbolo da<br />
força que não se deteriora ou se corrompe. Ideais estes<br />
da própria sociedade para seus membros. Na sociedade<br />
Ọgbọnì a terra é venerada com o intuito de assegurar a<br />
sobrevivência, a paz, a felicidade, o respeito e a<br />
estabilidade social no mundo, assim como também a<br />
longevidade e o bem estar. Os iorubas são conhecidos<br />
historicamente pelas suas sociedades secretas. A<br />
sociedade Ọgbọnì é composta principalmente por<br />
homens, e algumas vezes por mulheres, é um conselho<br />
de anciões. Seu papel na sociedade é mediar os conflitos dentro da<br />
comunidade quando a autoridade dos governantes se prova inadequada. Seus<br />
anciões, considerados os mestres da Terra, por terem como protetor a<br />
divindade Ilê, a Terra. A palavra Ọgbọnì, deriva de "Ọgbá", que pode ser<br />
traduzida por companheiro. Os Ọgbọnì deliberavam sobre quaisquer assuntos<br />
de interesse da sociedade, tais como comercio e casamento. Uma vez tomada<br />
a decisão sobre algum tema em discussão, não havia possibilidade de<br />
mudança. O poder dessa sociedade variava de Estado para Estado, mas<br />
nenhum assunto de relevância poderia ser resolvido sem o consentimento<br />
deles. Embora versões ou lojas deste grupo fraternal são encontrados entre os<br />
vários tipos de Yọrùbà políticos - desde altamente centralizados reinos e<br />
impérios, como Ọyọ, para as cidades e aldeias independentes da Ẹ̀gbá e Ẹkìtì<br />
(Ẹ̀dọ) cidade de bẹní) - O Ọgbọnì é reconhecível por sua veneração da terra<br />
personificada e sua ênfase em ambos autoridade e<br />
serviço benevolente para a comunidade.<br />
Enquanto membro da Ọgbọnì geralmente<br />
significava um alto nível de poder e prestígio, a<br />
sociedade realizou autoridade política<br />
preeminente entre os grupos descentralizados,<br />
como a EGBA, onde eram intimamente<br />
envolvidos na seleção de governantes que serviram<br />
pouco mais do que figuras na prática. Em<br />
contemporânea Yọrùbà, os membros Ọgbọnì<br />
ainda comandam grande poder e influência nos<br />
assuntos de suas sociedades, embora esta seja, em<br />
grande parte devido à história de suas respectivas<br />
chefias e não a qualquer autoridade pública.<br />
Lọdgẹ Ọgbọnì foram um dos principais comissários de bronze joias e<br />
escultura em Yọrùbà pré-colonial, usando da metálicas ferrugem qualidades<br />
resistente como um metáfora para os imortais funções e crenças dos adeptos<br />
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Ọgbọnì. O mais reconhecível destes símbolos era um par de iniciados Ọgbọnì,<br />
um macho e uma fêmea, presa por uma corrente<br />
e usado ao redor do pescoço. O par são<br />
pensados para simbolizar a ligação entre os sexos<br />
na procriação e na sociedade equilibrada.<br />
Geralmente, um ou ambos os números irá<br />
realizar um polegar no aperto da mão oposta,<br />
demonstrando a Ọgbọnì primordial denotando<br />
iniciação e filiação. Ẹdàn, os anciões da<br />
sociedade secreta Ọgbọnì, conselho de altas<br />
funções, uma espécie de corte de Justiça do<br />
império de Ọyọ e dos reinos Yọrùbà, usavam na<br />
cintura uma peça chamada Ẹdàn. Esse adereço<br />
é uma corrente de cerca de 30 cm, em cujas duas<br />
extremidades há um pequeno bastão de bronze: um representa o sexo<br />
feminino, outro, o masculino. O Ẹdàn, bastão ritual, era o símbolo usado<br />
como representação física da sociedade Ọgbọnì. Pendurado no pescoço dos<br />
iniciados até a altura do peito, simbolizando seu papel e afiliação dentro da<br />
sociedade. Ocorrida a iniciação o Ẹdàn permaneceria em posse de seus<br />
iniciados como uma herança. Esses objetos eram feitos de bronze fundido,<br />
um metal caro. Duas imagens conectadas por uma corrente. Cada Ẹdàn<br />
consistia de duas figuras macho e fêmea, que representavam “a independência<br />
dos poderes do homem e da mulher”. Acredita-se<br />
também que essas duas estatuetas representassem a união<br />
do céu e da terra, sendo a terra feminina e o céu<br />
masculino. As cinco funções desses Ẹdàn eram: judicial,<br />
oracular, restauradora, protetora e comutativa, em outras<br />
palavras, anti-feitiçaria. Ao participarem das reuniões da<br />
sociedade, os membros depositariam seu Ẹdàn no solo<br />
para indicar que haviam chegado a alguma decisão. O<br />
processo de iniciação na sociedade Ọgbọnì era<br />
obrigatório. Uma vez escolhido o indivíduo, e<br />
considerado suficientemente merecedor para entrar na<br />
sociedade, um banho era preparado. E um novo par de<br />
Ẹdàn era mergulhado grande recipiente e banhado.<br />
Segundo um Ìtàn do Ọdú Ìrọsùn Ìwọrì, num antigo<br />
período da hist6ria da humanidade, está vivia em total anarquia, promovendo<br />
sucessivos incidentes de roubos, assassinatos e violações de toda ordem de<br />
abuso aos códigos éticos ditados pelos ancestrais. Alguns habitantes pediram<br />
a interferência de Ọrùnmìlà, para que colocasse um paradeiro naquela<br />
situação alarmante. Ọrùnmìlà ordenou que se realizassem sacrifícios e aqueles<br />
que cumpriram as instruções de Ifá prosperaram em segurança. Depois disso,<br />
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Ọrùnmìlà retirou-se aos céus, entregando a Ẹdàn a responsabilidade sobre a<br />
Terra. Ẹdàn firmou um pacto e aqueles<br />
que juraram mantê-lo, puderam viver em<br />
paz, harmonia, justiça e prosperidade.<br />
Após longo tempo de permanência na<br />
Terra, Ẹdàn retornou aos céus, delegando<br />
a um grupo de pessoas responsáveis a<br />
tarefa de supervisionar e fazer cumprir as<br />
leis estabelecidas. Este grupo se uniu em<br />
fraternidade, tornando-se conhecidos<br />
como Ọgbọnì. Essas peças do culto<br />
Ọgbọnì, que tem como Ọrìșà protetor<br />
Ọṣùn, podem ter servido como inspiração<br />
para outros adereços que se tornaram<br />
muito conhecidos na Bahia do século XIX, os balangandãs. Sabe-se que<br />
muitos reis e príncipes africanos vieram como escravos para o Brasil. Foram<br />
eles que trouxeram as coisas mais importantes: a memória e as tradições<br />
passadas por gerações, e aqui aquelas peças foram tomando vida. Era essa vida<br />
que sacudia nas cinturas das chamadas mulheres de ganho, negras que saíam<br />
com tabuleiros para vender quitutes, precursoras das baianas de acarajé.<br />
Vaidosas, faziam questão de sair sempre bem vestidas e enfeitadas, como é<br />
possível perceber na iconografia dos séculos XVIII e XIX com joias que, além<br />
da beleza, funcionavam como amuletos. Na Nigéria existe uma tendência<br />
muito forte de formar associações e corporações devido a sua grande extensão<br />
de terras e também uma forte expressão política. Estas associações são<br />
formadas com o interesse comum de proteger a população em economia,<br />
política, recriação e religião. Ainda hoje, Ọgbọnì mantém ritual iniciativo<br />
baseado num pacto que estabelece e faz cumprir o seu elevado código ético,<br />
zelando pela justiça, verdade,<br />
lealdade e proteção. A justiça de<br />
Ọgbọnì é firmada com a própria<br />
Terra, sendo Ọnìlẹ que detém a<br />
prioridade em todos os ritos. Dela<br />
sai o sustento de todos os seres que<br />
nela habitam, dela saiu o barro<br />
primordial com que Ọbàtàlà<br />
modelou o ser humano. Dela<br />
viemos, nela nascemos e recebemos<br />
a oportunidade da vida, dela somos<br />
alimentados e a ela alimentaremos, por ocasião da morte. Conta o Ìtàn que<br />
Ọlọdùmàrẹ concedeu cada reino da natureza a um Ọrìșà, assim, sempre que<br />
um ser humano expressasse alguma necessidade relacionada a um dos reinos,<br />
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deveria pagar uma prenda em forma de sacrifício ao Ọrìșà correspondente.<br />
Restou de todos os reinos, o próprio planeta Terra, que foi concedido a Ọnìlẹ.<br />
O seu tributo seria a própria vida, pois nela repousam os corpos e restos de<br />
tudo o que já não vive. Ọnìlẹ deveria ser propiciada sempre, para que o<br />
mundo continuasse a existir, gerando continuamente, nova vida e assegurando<br />
a continuidade do planeta. Com o objetivo de promover a harmonia com a<br />
natureza, Ọgbọnì venera Ọnìlẹ – os senhores da Terra - como fonte da Vida,<br />
simbolizada pelo Ọrìșà Ẹdàn. Daí resulta que todo aquele que transgredir o<br />
pacto estabelecido pela Lei de Ọgbọnì, deverá, – incondicionalmente, prestar<br />
contas à Ẹdàn – a própria Terra. Outra atividade dessa sociedade é a de<br />
detectar as ofensas feitas aos Ọrìșà, para logo penalizar rigorosamente os<br />
culpados. Para ser torna um Ọgbọnì e necessário ser Bàbàlàwọ que passa por<br />
uma cerimônias feitas por essa sociedade mística se<br />
realizam em um lugar sagrado e nesse lugar são<br />
depositadas inúmeras oferendas. Graças a seu poder<br />
espiritual os Ọgbọnì podem alcançar posições em<br />
nível social e políticos. Eles são facilmente<br />
reconhecidos porque usam um Opa-Ẹdàn, feito de<br />
ferro nas extremidades ressalta as figuras de uma<br />
mulher e outra de um Homem. O chefe do culto de<br />
Ọgbọnì é um iniciado que atinge o grau de Ọlúwọ<br />
(senhor do sagrado/segredo) e é portador do shaki –<br />
uma estola que o distingue como detentor de honra e<br />
respeito. Houve um período na história do homem<br />
que aconteceu uma grande desarmonia no mundo.<br />
Durante este período de desarmonia grave, os<br />
roubos, mentiras, assassinatos, conspirações,<br />
violações e outras formas de comportamento<br />
perverso reinaram soberanamente na Terra. Ọrùnmìlà que já estava na Terra<br />
neste momento, tentava encontrar alguma solução para a situação caótica. Os<br />
Anciãos Sagrados foram ao encontro de Ọrùnmìlà levando-o a encontrar uma<br />
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solução eficaz para o estado de ilegalidade e corrupção da Terra. Ọrùnmìlà<br />
consultou Ọlọdùmàrẹ através do sagrado oráculo Ifá. "Ọrùnmìlà deveria voltar<br />
ao mundo superior e divino (céu) para invocar<br />
Ọrìșà Ẹdàn. É Ìrùnmọlẹ Ẹdàn, quem deve colocar<br />
a vida de volta ao normal sobre a Terra". As pessoas<br />
da Terra tentaram, através de um árduo esforço<br />
reparar o caos como se consertasse uma cabaça<br />
quebrada. Mas todos os esforços foram inúteis. Na<br />
verdade, as pessoas quebraram o mundo como se<br />
quebra uma cabaça. Ọrùnmìlà foi, então, pedir<br />
ajuda para o mundo divino dos Ìrùnmọlẹ (céu),<br />
para que Ẹdàn viesse ajudar a reparar os danos<br />
causados na Terra e trazer restauração e ordem.<br />
Ẹdàn concordou em acompanhar Ọrùnmìlà de<br />
volta à Terra para conter e eliminar as atividades<br />
pecaminosas da humanidade. Em sua chegada a<br />
terra, as pessoas estavam gratas a Ọrùnmìlà e deram<br />
a Ẹdàn uma recepção calorosa. Armado com paciência, inteligência,<br />
autoridade e poder, sem perder tempo, Ẹdàn, foi em cumprimento de sua<br />
missão divina. Ordenou que todos os povos da Terra prometessem sob<br />
juramento a voltar ao bom comportamento e só então, a ordem, cura,<br />
bênçãos, paz, harmonia e prosperidade seriam restaurados. O não<br />
cumprimento do comando de Ẹdàn faria com que o inadimplente pagasse<br />
com a maior pena, a morte. Depois que todos fizeram o juramento perante<br />
Ẹdàn, a tranquilidade e a ordem voltaram. O espírito de benevolência,<br />
retidão, a integridade e a ordem foram predominantes nos corações e mentes<br />
de todos. Depois de uma longa permanência na<br />
Terra, estabelecendo a ordem e a lei, Ẹdàn<br />
deveria retornar ao mundo divino. Mas não antes<br />
de estabelecer sua ordem sagrada e confiar a<br />
supervisão, autoridade e ensinamentos a uma<br />
comunidade confiável, verdadeira e disciplinada<br />
unida pelo juramento sagrado, que chamou de<br />
Ọgbọnì. Desta forma, a Sociedade Ọgbọnì<br />
nasceu. Uma fraternidade de sábios com<br />
poderes, de comportamento exemplar e<br />
impecável que estão plenamente dedicados a<br />
tornar o mundo uma morada confortável para a<br />
humanidade, garantindo um elevado padrão de<br />
moral entre os seus membros e promover a paz na Terra baseada na<br />
Solidariedade, Fraternidade, Verdade e Justiça. Desta forma Ọgbọnì atraiu o<br />
respeito e a admiração dos cidadãos do mundo. Estes princípios são mantidos<br />
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por seus iniciados, até os dias de hoje. A Sociedade Ọgbọnì desempenha<br />
funções políticas e religiosas, exerce uma<br />
profunda influência sobre os regentes e serve<br />
como altos tribunais de jurisprudência em<br />
infrações capitais. Seus membros geralmente<br />
são considerados como parte da nobreza dos<br />
vários reinos Yọrùbà. Os Ọgbọnì devem<br />
cumprir o preceito e as regras estabelecidas<br />
por Ẹdàn, e suas orações para Ọlọdùmàrẹ<br />
através de Ọnìlẹ (terra). Quando você segue<br />
Ẹdàn, você deve ter um bom coração para<br />
que possa alcançar seus desejos. Ẹdàn é<br />
Ìrùnmọlẹ da harmonia, paz, lei, ordem,<br />
longevidade e prosperidade e nos ensina a<br />
refletir e aplicar as seguintes verdades:<br />
- Que os nossos pensamentos sejam sempre limpos e puros.<br />
- Que possamos salvar os outros de irem para o caminho errado.<br />
- Que possamos conduzir os desinformados e mal orientados para o bom<br />
caminho, para que todos juntos possamos alcançar a longevidade cheia de paz,<br />
satisfação e prosperidade.<br />
As atividades e metas de Ẹdàn e sua sociedade não atingiram seus objetivos<br />
do dia para a noite. Não foi uma mudança<br />
instantânea. Mas a sua missão e sucesso foi<br />
cumprida após algum tempo, esforço, dedicação,<br />
disciplina e treinamento da população. Seu trabalho<br />
e poder ganharam força à medida que cada um<br />
experimentava os benefícios da aplicação da palavra<br />
de Ẹdàn. A fé de Ẹdàn é uma fé dinâmica e assegura<br />
que sempre podemos viver em um mundo<br />
permeado pela paz, retidão e harmonia se realmente<br />
quisermos! Ẹdàn é gentil, compreensivo e sensível.<br />
Mas não hesita em disciplinar seus filhos. Aqueles<br />
que perseguem o bom caráter, veracidade,<br />
honestidade e justiça não tem nada a temer, aqueles<br />
que seguem e fazem o que é certo serão abençoados<br />
e protegidos. Para ser Ọgbọnì significa ser um modelo de impecabilidade,<br />
idoneidade e confiabilidade. Para ser Ọgbọnì significa estar pessoalmente<br />
convencido a fazer o que é certo e adequado independentemente de tempo,<br />
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lugar e / ou circunstância. Para ser Ọgbọnì significa ser responsável e fazer o<br />
certo para o bem, o amor e a<br />
verdade e não ser visto, elogiado ou<br />
aplaudido por isso. A iniciação<br />
formal, sozinha, não faz de você um<br />
seguidor de Ẹdàn. O que é<br />
importante não é que outras pessoas<br />
te chamem Ọgbọnì, mas que Ẹdàn te<br />
reconheça e o aceite como um dos<br />
seus verdadeiros, leais e obedientes<br />
filhos. O importante é ser Ọgbọnì 24<br />
horas por dia em seus pensamentos,<br />
atitudes e ações. Ọgbọnì é uma<br />
forma global e abrangente de viver.<br />
Quando Ẹdàn, puder garantir que<br />
você é um Ọgbọnì, aí sim, será uma<br />
verdadeira honra. Quando nasceu a Sociedade Ọgbọnì, não havia um rito de<br />
iniciação, somente mais tarde foi desenvolvido por Ẹdàn e seus seguidores um<br />
ritual de fato. A verdadeira iniciação era uma mudança espiritual de coração,<br />
mente e vida que resultava do encontro com Ẹdàn. Tudo que Ẹdàn fez foi<br />
cheio de dignidade e poder. Não foi através de rituais que Ẹdàn mudou o<br />
mundo, mas pela graça divina, inteligência, caráter, e conduta. O verdadeiro<br />
símbolo de honra e título de um Ọgbọnì é o caráter, a virtude, a bondade e a<br />
imparcialidade que ele pratica. Para ser Ọgbọnì você tem que dar o seu melhor<br />
para a missão divina de Ẹdàn e você deve procurar com toda a sua força, meios<br />
de transmitir o conhecimento de Ẹdàn a todos os povos do mundo. Ọgbọnì<br />
não é uma instituição humana, não é um negócio, nem um clube, Ọgbọnì é<br />
uma vocação divina e sagrada.<br />
Texto adaptado por:<br />
Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />
Marco rodrigues<br />
Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />
e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />
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Quando a divina e poderosa mãe Ẹdàn (Ọnìlẹ Ọgbọdùọrá) fez sua aparição<br />
nesta Terra, ela fez isso com um<br />
propósito específico e sagrado. Sua<br />
manifestação nesta Terra sinalizou uma<br />
nova oportunidade para a humanidade<br />
se renovar, progredir e ter uma vida<br />
equilibrada. Sua aparição marcou um<br />
novo começo para toda a humanidade e<br />
não apenas o povo privilegiado dos<br />
Yọrùbà. Seu objetivo e propósito era, e<br />
é, de alcance universal. Ẹdàn veio para<br />
trazer cura, ordem, harmonia, abrigando preceitos divinos e equilíbrio para as<br />
comunidades da Terra em geral e cada ser humano em particular. Você deve<br />
se lembrar e ter em mente que Ẹdàn não é um ser humano. Ẹdàn não é<br />
Yọrùbà, chinês, americano, oriental ou ocidental. Ẹdàn é uma personagem<br />
divina de habilidades extraordinárias e poderes supra-humanos. Ẹdàn não é<br />
deste mundo. Ela vem de um reino glorioso e inconcebível de santidade,<br />
beleza e poder. A inteligência, compreensão, força, atratividade e carisma da<br />
mãe divina Ẹdàn é extraordinária, penetrante e excepcional. Ẹdàn pode ver a<br />
profundidade e a realidade das coisas. Ela não pode ser enganada, manipulada<br />
ou subornada, ela não comete erros na administração de sua dispensação (ato<br />
de dividir). Ela está além do alcance da influência humana. Ela nunca cairá ou<br />
balançará à mesquinhez e a inconstância, que é comum entre a humanidade.<br />
Sua visão divina nunca é obstruída e sua atividade não pode ser prejudicada.<br />
Sua virtude, caráter, personalidade e carisma são sem igual. Mesmo Ọrùnmìlà<br />
reconheceu sua grandeza, eficiência,<br />
capacidade e singularidade. Foi, afinal,<br />
Ọrùnmìlà quem invocou Ẹdàn, sua<br />
amiga e sócia divina para apoio, soluções<br />
e alívio! Quando Ẹdàn desceu do reino<br />
dos Ìrùnmọlẹ a esta Terra, ela apareceu<br />
com a plenitude da autoridade divina,<br />
poder e comando. Todos Àjọgùn<br />
interno, externo e Ẹlẹnìnì fugiram diante<br />
dela. Com o poder de sua majestosa<br />
personalidade, divinamente atraente,<br />
beleza, carisma e àṣẹ ela foi capaz de libertar e entregar os corações e as<br />
mentes dos pensamentos negativos, atitudes e energias prejudiciais que<br />
oprimiam e dominavam os seres humanos. Ẹdàn foi capaz de desarmar as<br />
pessoas de suas preocupações, medos e inseguranças. Para aqueles que<br />
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faziam, que se deliciavam em fazer o errado, o engano, a opressão e a<br />
corrupção ela colocava medo nos seus corações<br />
para que talvez eles pudessem mudar suas<br />
maneiras sob sua administração do perdão, da<br />
ordem, da capacitação e da renovação. Tais era, e<br />
é, o poder e a influência da mãe divina Ẹdàn.<br />
Juntamente com o inseparável, a importação do<br />
ase aos membros sensíveis da humanidade, ela<br />
deu preceitos e injunções divinas para seus alunosdiscípulos<br />
para praticar e implementarem em<br />
todos os níveis da sociedade e da vida pessoal.<br />
Estes seguidores obedientes e confiáveis de Ẹdàn<br />
são os Ọgbọnì porque só existe sabedoria, saúde e<br />
longa vida com Ẹdàn se as pessoas obedecerem e<br />
praticarem seus preceitos. Do lado de fora uma<br />
pessoa constituiria um Ọgbẹrì (ignorante) porque aparentemente tinha<br />
conhecimento e não praticava a verdade, o que é isso, se não o maior<br />
ignorância, infelicidade e loucura. Os princípios divinos de Ẹdàn tornaram-se<br />
os veículos de sua divina presença, carisma, poder, apoio e influênciaretificando<br />
a cura. Ter vivido na época do aparecimento de Ẹdàn sobre esta<br />
Terra sagrada foi a experiência mais extraordinária, gratificante e maravilhosa.<br />
Isto é, a forma divinamente sancionada, a vida que ela estava revelando à<br />
humanidade e continua revelando à humanidade. O teimoso, obstinado e<br />
beligerante que não fizer, não vai durar muito tempo sob a administração de<br />
Ẹdàn. Ẹdàn é naturalmente amável, justa e compreensiva, como a Sagrada<br />
Mãe preciosa e amável que ela é, ela proporcionou<br />
a todos o perdão, um novo começo sem referência<br />
a erros do passado, uma oportunidade para mudar<br />
e a bênção para fazer uso de seu apoio pessoal,<br />
garantia, inspiração e poder. Ẹdàn está ciente de<br />
nossas fragilidades e fraquezas como seres<br />
humanos. Ninguém precisa ter medo por causa de<br />
suas fraquezas ou falhas. Ẹdàn não pareceu para<br />
fazer-nos ricos e famosos. Ẹdàn apareceu para nos<br />
fazer participantes da verdadeira vida, saúde, paz,<br />
segurança e prosperidade através da prática de seus<br />
ensinamentos claros. Ẹdàn apareceu para nos<br />
permitir descobrir a nossa nobre e bela natureza<br />
divina. Ela veio para restaurar a dignidade, clareza,<br />
transparência, saúde moral e limpeza moral de<br />
nossas vidas. Ẹdàn inculca a verdade divina para<br />
seus seguidores inteligentes e humildes, quando estamos individual e<br />
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coletivamente para a direita e para dentro, em seguida, nesta ordem interna,<br />
a saúde e a retidão serão reveladas e expressas no mundo. As instruções de<br />
Ẹdàn não foram e não são sugestões, mas comandos divinamente concedidos<br />
e leis. Eles são vinculativos e obrigatórios para toda a humanidade e<br />
especialmente para aqueles que se dedicam a Ẹdàn.<br />
- Para ser Ọgbọnì significa ser o melhor dos<br />
melhores.<br />
Significa ser um modelo de<br />
impecabilidade, idoneidade e<br />
confiabilidade.<br />
- Para ser Ọgbọnì significa estar<br />
pessoalmente convencido a perseguir e<br />
fazer o que é certo, correto e adequado<br />
independentemente de tempos, lugares e /<br />
ou circunstâncias.<br />
- Para ser Ọgbọnì significa ter auto iniciativa,<br />
ser responsável e fazer o que é certo para o<br />
bem do amor da verdade e não ser visto,<br />
elogiado e aplaudido por outros.<br />
Iniciação formal sozinha não faz de você<br />
um seguidor de Ẹdàn. O que é importante<br />
não é que outras pessoas te chamem de<br />
Ọgbọnì, mas que Ẹdàn te reconhece e o aceita como um dos seus verdadeiros,<br />
leais e obedientes filhos. O que é importante é que você seja Ọgbọnì 24 horas<br />
por dia em seus pensamentos, atitudes, ações e relacionamentos. Ọgbọnì é<br />
uma forma global e abrangente de viver. Uma delas é ser Ọgbọnì o tempo<br />
todo para que Ẹdàn, ela mesma, possa garantir que você é um Ọgbọnì<br />
genuíno, verdadeiro, com honra, humildade, alegria e realização digna. Os<br />
ritos de iniciação Ọgbọnì foram desenvolvidos mais tarde por Ẹdàn e seus<br />
seguidores, mas, inicialmente, a verdadeira iniciação era uma mudança<br />
espiritual de coração, mente e vida como um resultado do encontro com<br />
Ẹdàn, sua personalidade, seu caráter, seu carisma, encantamento, inspiração,<br />
autoridade e poder, tudo foi expresso e manifestado através de tudo que Ẹdàn<br />
fez. Tudo que Ẹdàn fez foi cheio de graciosidade, dignidade e poder. Não foi<br />
através de ritos e rituais que Ẹdàn mudou o mundo, mas pela graça divina,<br />
pelas maneiras, inteligência e conduta. Ẹdàn por suas maneiras, caráter,<br />
personalidade e conduta comandou o respeito, reverência, confiança e<br />
obediência de todos aqueles com coração sincero e bom. O verdadeiro<br />
símbolo de honra e título de um Ọgbọnì autêntica o caráter, a virtude, a<br />
bondade e a imparcialidade que ele pratica. Conformidade exterior e<br />
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aderência superficial com o protocolo Ọgbọnì para o bem das pessoas não faz<br />
de você um Ọgbọnì, não importa o seu título ou o quanto você está velho.<br />
Ẹdàn deu seu amor, vida e foco total e dedicação à humanidade. Para ser<br />
Ọgbọnì você tem que dar o melhor para a missão divina de Ẹdàn e você deve<br />
procurar com sua força, habilidade, atividade e meios transferir o<br />
conhecimento de Ẹdàn a todos os povos do mundo. Isto é o que é significa<br />
ser Ọgbọnì.<br />
Ọgbọnì não é uma instituição humana.<br />
Ọgbọnì não é um negócio.<br />
Ọgbọnì não é um clube.<br />
Ọgbọnì é uma vocação divina e sagrada.<br />
Ẹdàn era uma revolucionária espiritual, divina,<br />
missionária, diplomática e embaixadora da boa<br />
vontade e da esperança. Nós também devemos<br />
ser isso. Devemos buscar a propagação do<br />
Ọgbọnì. Não os chamados clubes Ọgbọnì e<br />
instituições formais, devemos propagar a<br />
verdade e a realidade que Ẹdàn promoveu e<br />
instituiu para toda a humanidade.<br />
A humildade e o serviço vêm antes da honra, do<br />
orgulho, da presunção.<br />
Ẹdàn diz que a indiferença precede aqueda.<br />
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Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />
Marco rodrigues<br />
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Por que algumas pessoas obtêm grande benefício de suas iniciações, enquanto<br />
outras não?<br />
Iniciação significa um novo começo. A iniciação é a luz guia de qualquer<br />
jornada espiritual. Iniciação é o<br />
meio ou método pelo qual somos<br />
capacitados, liderados e colocados<br />
sobre uma nova qualidade de vida.<br />
A iniciação é o meio pelo qual<br />
expressamos nossas afinidades,<br />
anseios, necessidades e aspirações<br />
espirituais interiores; e perceber<br />
nossa humanidade divina. Por meio<br />
da iniciação, formamos uma conectividade firme, sagrada e permanente com<br />
os poderes divinos das criações e as funções protetoras da natureza. Por meio<br />
da iniciação, também formamos um laço sagrado de amizade e confiança com<br />
nosso iniciador, guia e professor. Os ritos sagrados, rituais e cerimônias de<br />
iniciação foram instituídos originalmente para dar uma forma externa a atos<br />
internos de poder, e se esse poder interno para realizar tais atos não estiver<br />
presente e não existir, então nenhuma cerimônia, rito ou ritual valerá e<br />
alcançará qualquer coisa. Um verdadeiro iniciado só pode ser feito com a<br />
ajuda de Ọlọdùmàrẹ, um qualificado representante divino-mediadoriniciador,<br />
e a cooperação daqueles qualificados para ajudar a Verdade, a Luz<br />
e o Poder, um candidato a companheiro que de seu coração está buscando os<br />
Mistérios Divinos e somente depois de admitir dentro de si que ele é<br />
espiritualmente pobre, necessitado condizente de sua necessidade espiritual e<br />
humilde em mente. A iniciação não é apenas a cerimônia de entrada,<br />
aceitação e em poderamento. A iniciação é uma longa jornada de<br />
aprendizado, desenvolvimento pessoal, auto cultivo, prática e progresso. Para<br />
uma iniciação ser ótima, eficiente e genuína, o iniciado, o iniciador e todos os<br />
participantes devem ser capacitados e estar vivendo em harmonia com os<br />
poderes divinos, mistérios, boa consciência e a lei da natureza. Em todos os<br />
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momentos, foi dada consideração à preparação de candidatos para a iniciação<br />
espiritual nos mistérios sagrados e secretos. É<br />
essencial que não apenas os candidatos à<br />
iniciação sejam pessoas aptas e adequadas,<br />
devidamente preparadas no coração, para<br />
receber o influxo de certas verdades e poderes<br />
na alma; mas que os cerimoniais devem ser<br />
conduzidos pelo (s) iniciador (es) e pelos que<br />
cooperam com eles, de maneira tão solene a<br />
ponto de infundi-los com fervor espiritual,<br />
fazendo com que todo cerimonial nunca seja<br />
esquecido, profundamente e seja uma profunda<br />
experiência espiritual. Os princípios<br />
fundamentais de Ifá, Ọrìșà e Ọgbọnì estipulam<br />
que pessoas não verazes, injustas, negligentes e dissimuladas que não têm<br />
interesses espirituais genuínos não devem ser iniciadas. É aqui que muito<br />
poder espiritual é perdido e muito desencantamento nasce. Se o candidato<br />
não cumprir os requisitos e padrões de iniciação, ele não se beneficiará de sua<br />
iniciação. Se o candidato tiver os requisitos e padrões exigidos, mas, for<br />
iniciado por uma pessoa fraudulenta ou uma pessoa que perdeu sua<br />
autoridade espiritual, moralidade e poder, então a cerimônia e a transferência<br />
do poder divino e do conhecimento interior<br />
serão anuladas ou serão contaminados. Em<br />
qualquer caso, o verdadeiro objetivo e os<br />
benefícios da iniciação serão perdidos. Uma<br />
relação de amizade genuína e confiança entre o<br />
iniciador e iniciado é uma necessidade<br />
indispensável. É sagrado, santo; e deve ser<br />
respeitoso, gentil e puro, porque o poder, a<br />
virtude e o conhecimento divino entram no<br />
iniciado não apenas através do rito, cerimônia e<br />
ritual, mas através do próprio iniciador! Vivemos<br />
em uma cultura onde as pessoas pensam que<br />
podem entrar em qualquer coisa pelo poder do dinheiro e sem qualificações<br />
morais e espirituais previamente desenvolvidas, cultivadas e amadurecidas.<br />
Essas pessoas estão erradas: elas não se preocupam ou levam em consideração<br />
qualificações morais e espirituais. Eles vêm à procura de poder sem uma<br />
noção de compreensão do que é o poder real, por que, e para quem é dado,<br />
e como alguém se qualifica para recebê-lo! Iniciadores que estão iniciando<br />
pessoas para ganhar dinheiro; e iniciados não qualificados que estão sendo<br />
iniciados porque têm dinheiro para dar estão desperdiçando seu tempo, e<br />
estão em perigo de castigo divino, desilusão e castigo espiritual. É por isso que<br />
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vemos tais iniciadores impotentes hoje e iniciados espiritualmente impotentes.<br />
É por isso que vemos tanta decadência e degeneração moral, emocional,<br />
psicológica e espiritual em muitos<br />
iniciados e não poucos iniciadores.<br />
Depois de tudo dito e feito, a<br />
verdade é que nada aconteceu na<br />
iniciação, exceto um belo<br />
espetáculo que foi colocado, mas<br />
definitivamente não houve<br />
transferência de poder divino,<br />
conhecimento e elevação de forma<br />
alguma! No final do dia foi apenas<br />
uma cerimônia ou rito para<br />
comunicar vaidade, orgulho e uma sensação imaginária de poder e autoridade<br />
inexistente! O poder da iniciação está na condição espiritual, estado e<br />
qualificações do iniciador e do iniciado. O poder divino, inteligências e<br />
energias sempre honrarão, guiarão, reconhecerão, responderão e capacitarão<br />
o candidato sincero, genuíno, perseverante, honesto e qualificado! Mas ai do<br />
iniciador que inicia indiscriminadamente pessoas desqualificadas apenas para<br />
encher seu coração de orgulho e seus bolsos de dinheiro sujo! O segredo da<br />
iniciação também repousa sobre o poder de assimilação, sensibilidade<br />
espiritual, sede espiritual, fome, sinceridade e interesse; e receptividade do<br />
novo discípulo iniciador. Não é apenas a transferência de energia,<br />
conhecimento, virtude e poder de um iniciador capacitado qualificado que<br />
importa, mas, mais importante é o estado, a intenção, o estado mental-moralemocional-espiritual<br />
e a condição do novo potencial iniciante ou candidato.<br />
O que o novo iniciado traz à mesa em relação à afinidade<br />
divina interior, expectativa, interesse, determinação,<br />
compromisso, sensibilidade espiritual, saúde moralemocional-intelectual,<br />
receptividade e sinceridade, tudo<br />
afeta sua experiência, conectividade intuitiva e o<br />
desdobramento e sucesso da iniciação. Essas qualidades<br />
e qualificações de afinidade interna, sinceridade, caráter<br />
verdadeiro, bom coração, receptividade, constituição<br />
moral-emocional-psicológica sensata e forte sensibilidade<br />
a energias espirituais, poderes, inteligências; e a<br />
capacidade de assimilação é rotineiramente negligenciada<br />
na arena espiritual de hoje. Hoje qualquer um é aceito<br />
para iniciação! Hoje todo mundo aceita qualquer charlatão, falador inteligente<br />
e tolo como mestre espiritual e iniciador! É preciso um mestre de iniciação<br />
real e autêntico e um candidato qualificado real e autêntico para a iniciação<br />
de uma genuína cerimônia, rito e transmissão de poder, virtude, luz,<br />
edificante, despertar espiritual e cura para ocorrer! Este fato explica por que<br />
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uma pessoa iniciada experimenta grandes, positivas, edificantes,<br />
enobrecedoras e extraordinárias mudanças,<br />
transformações e benefícios imediatamente<br />
após a iniciação, enquanto outras podem<br />
ser vistas assediando a sociedade em geral<br />
via agressão, manipulação, fraude,<br />
presunção e roubo; e eles permanecem<br />
maus, insinceros e inalterados logo após a<br />
iniciação! Há muitos sacerdotes não<br />
qualificados é iniciados. Eles podem ser<br />
encontrados e comprados com um centavo<br />
a dúzia! Algumas pessoas até experimentam maior declínio e perda após o<br />
início devido às razões acima. Você pode pagar e dar seu dinheiro a outro ser<br />
humano, mas você não pode comprar o apoio, conhecimento, transmissão<br />
divina e capacitação dos poderes divinos, inteligências e energias com seu<br />
dinheiro, não importa o quão chique e impressionante a cerimônia pela qual<br />
você pagou foi! Você sabe por que essa coisa triste e desalentadora ocorre?<br />
Essas coisas acontecem porque as pessoas não são instruídas a entender o<br />
significado básico e a natureza da iniciação. Existem poucos pais espirituais<br />
reais e poucas mães espirituais reais hoje. Poucos líderes espirituais são<br />
realmente aptos, preparados e qualificados para liderar os outros! Não é<br />
apenas a autoridade legítima, habilidade e poder do iniciador qualificado e<br />
genuíno que é importante, mas a afinidade espiritual, a receptividade, o<br />
interesse interno e o poder assimilador e as qualificações morais do iniciado<br />
são de primordial importância. A iniciação é uma transmissão de poder<br />
espiritual e conhecimento divino, mas o candidato deve ser capaz, disposto e<br />
/ ou capaz de receber e assimilar o poder e o<br />
conhecimento! O iniciador, o sacerdote sábio, é<br />
um representante do Ifá/Ọlọdùmàrẹ e do<br />
Ìrùnmọlẹ/Ọrìșà. Mas como pode alguém que<br />
vive contrário a Ifá/Ọlọdùmàrẹ e ao<br />
Ìrùnmọlẹ/Ọrìșà transmitir virtude, sabedoria e<br />
poder a outro! Cerimônia, rito e ritual podem<br />
dar sabedoria, virtude, luz e poder a alguém?<br />
Tenha cuidado com quem você escolhe como<br />
guia e iniciador, porque sua vida espiritual,<br />
destino, saúde moral, psicológica e espiritual e<br />
sucesso estão em jogo! E quando você tem a<br />
sorte de encontrar um guia, mentor e iniciador<br />
genuíno e qualificado, isso não significa automaticamente que você está pronto<br />
para ir. Você ainda não é! Você deve garantir que você tenha requisitos morais<br />
e espirituais, maturidade e poder de compromisso antes de poder solicitar ser<br />
iniciado em qualquer um dos mistérios. Você tem que ser honesto consigo<br />
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mesmo. Não seja impulsivo e impaciente. Desenvolva-se primeiro e purifique<br />
a sua vida primeiro por 2-3 anos antes de se submeter a uma iniciação<br />
qualificada. Qualifique-se primeiro como um<br />
candidato genuíno, sincero, saudável, honesto e<br />
humilde, para que possa obter os maiores<br />
benefícios, alegria e satisfação da sua iniciação. Estes<br />
são alguns pensamentos e ideias fraternas para você<br />
considerar de um amigo e benquerente. Não se<br />
engane e não permita que os outros o enganem. Seja<br />
paciente. Informe-se diligentemente e prepare,<br />
fortaleça e purifique a sua vida interior. Sua vida é<br />
sua. Faça o que você quiser, mas lembre-se de que<br />
você é o único responsável pelo que escolhe manter<br />
e o que escolhe rejeitar. Não culpe os outros nem<br />
critique os outros por suas decisões descuidadas,<br />
impulsivas e impacientes. Para protegê-lo da dor evitável, do desencantamento<br />
e da desilusão, estas palavras são providencialmente enviadas para você. O<br />
sucesso da vida espiritual consiste principalmente em paciência, perseverança,<br />
honestidade consigo mesmo, coleta de fatos, decisões informadas e atitude<br />
positiva. Fantasia, orgulho, presunção e fé são fatais para empreendimentos<br />
espirituais genuínos. Seja autêntico, verdadeiro e real para que você esteja<br />
preparado e ajustado para verdadeiramente discernir o autêntico, verdadeiro<br />
e real.<br />
Texto adaptado por:<br />
Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />
Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />
e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />
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Ọrìșà não é culpado pela péssima administração que você faz do seu dinheiro.<br />
Ọrìșà não é culpado se você prefere viver no meio de pessoas invejosas e<br />
interesseiras que você mesmo sabe que só se aproximam de você com<br />
interesse em alguma coisa. Ọrìșà não é culpado pelo estudo e melhoria no<br />
currículo que você não buscou ter. Ọrìșà não é culpado pelo medo que você<br />
tem de arriscar financeiramente. Ọrìșà não tem culpa que ao invés de seguir<br />
os conselhos do Ọrìșà você prefere seguir os conselhos das pessoas. Dentro<br />
da limitação de cada ser humano Ọrìșà dá o caminho para a Riqueza, porem<br />
nós temos que saber interpretar e seguir os seus conselhos. Devemos nos auto<br />
avaliarmos e também analisarmos o que é de produtivo e improdutivo em<br />
nossas vidas, quais são as pessoas que gostam de nós e as que se aproximam<br />
em busca de algum benefício próprio. Além de ouvir os conselhos dos Ọrìșà<br />
devemos trabalhar fortemente para que tudo se concretize, a receita perfeita<br />
para uma vida confortável é ter obediência e determinação para que tudo se<br />
concretize. Outro fator muito importante é estar com o Ọrí alinhado, estar<br />
com o Ọrí em Ire, não adianta fazer Ẹbọ, Ọríkì e medicinas se o seu Ọrí não<br />
estiver em Ire nenhuma benção chegará até você. A felicidade de uma vida<br />
confortável só vem com mudanças, as pessoas procuram Ifá para que Ifá<br />
mude a vida delas, Ifá tem sempre o melhor caminho para quem o procura,<br />
Ifá tem sempre o melhor conselho para uma mudança positiva em nossas<br />
vidas, mas a escolha de mudar é nossa, a escolha de seguir os conselhos de Ifá<br />
é nossa. Lembre se a vida é feita de ações e consequências, se eu gastar eu fico<br />
sem, se eu disser eu vou ouvir, se eu não fazer eu não vou receber, se eu andar<br />
com porcos eu vou comer lavagem. Procure sempre uma mudança positiva<br />
na sua vida com obediência e determinação. Tenha certeza de quem você é,<br />
para onde e por onde você deve Ir.<br />
Por:<br />
Ifáșọlá Ifádàhúnșí Áwọgbámípẹ<br />
Cláudio Filadelfo<br />
Tel (11) 983673753<br />
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Quaisquer que sejam os<br />
pensamentos, crenças e<br />
opiniões. Teorias ou dogmas<br />
que escrevem, gravem ou<br />
imprimam na mente da<br />
consciência, você vai<br />
experimentá-las como<br />
manifestações objetivas sob a<br />
formas de circunstâncias,<br />
situações e eventos. O que<br />
escreve internamente você<br />
experimenta externamente. Sua vida tem dois lados, objetivo e subjetivo,<br />
visível e invisível, pensamento e manifestação. O pensamento é percebido<br />
como uma sequência de disparos neurais no córtex cerebral, que é o órgão<br />
usado pela mente raciocinada como consciente. Quando a mente consciente,<br />
ou objetiva aceita inteiramente o pensamento, ele é transmitido para as partes<br />
mais antigas do cérebro, onde se torna carne e se manifesta no que você<br />
experimenta. Conforme explicado antes, o subconsciente não tem a<br />
capacidade de argumentar. Age apenas baseado no que você nele escreve.<br />
Aceitar como final o veredicto ou a conclusão da mente consciente. Este é o<br />
motivo por que você está sempre escrevendo no livro da sua vida, uma vez<br />
que seus pensamentos se transformam em suas experiências. Homem é o que<br />
ele pensa durante todos os dias. A consciência é definida como a parte da<br />
psique humana que induz a angústia mental e sentimento de culpa ao ser<br />
violada e sentimentos de prazer e bem-estar quando nossas ações,<br />
pensamentos e palavras estão em conformidade com os nossos sistemas de<br />
valores. A palavra grega traduzida como "consciência" é suneidēsis, que<br />
significa "consciência moral". A<br />
consciência reage quando as ações,<br />
pensamentos e palavras se conformam ou<br />
são contrárias a um padrão de certo e<br />
errado. A consciência revela o que cada<br />
homem acredita que “deve” ser. É<br />
indicativo de seu sentimento interno<br />
sobre o moral correto, do ideal nobre<br />
pelo qual sente que deve lutar. É o seu<br />
estímulo em direção à sua concepção de<br />
alturas morais, e seus freios contra fazer o que acredita ser errado. A<br />
consciência não é o padrão final da verdade, porque isso deve vir de<br />
Ọlọdùmàrè através da revelação. Enquanto alguém tenta fazer o que acredita<br />
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que Ọlọdùmàrè quer que faça, ele pode ter um conceito errôneo do que<br />
Ọlọdùmàrè deseja realmente. O conceito de consciência é mais de natureza<br />
individual e envolve três<br />
grandes verdades. Primeiro, a<br />
consciência é uma capacidade<br />
dada por Ọlọdùmàrè aos seres<br />
humanos para o exercício da<br />
auto avaliação. Ọrùnmìlà<br />
refere-se várias vezes à sua<br />
própria consciência como<br />
sendo "boa" ou "sem ofensa".<br />
Ọrùnmìlà examinou as suas<br />
próprias palavras e ações e<br />
achou que estavam de acordo<br />
com seus costumes e sistema de<br />
valores, que eram, é claro, com<br />
base nos padrões de<br />
Ọlọdùmàrẹ. Sua consciência<br />
confirmou a integridade do seu<br />
coração. Em segundo lugar,<br />
retrata a consciência como uma<br />
testemunha de algo. Ọrùnmìlà<br />
diz: “ki awọn Kẹfẹrì kì o wa mọ<br />
pẹ so amikan ti niwàjú Ọlọdùmàrè ọfin ti kọ ninu ọkàn wọn” Que os gentios<br />
têm consciência que atestam a presença da lei de Ọlọdùmàrè escrita em seus<br />
corações. Ele também apela para a sua própria consciência como testemunha<br />
de que fala a verdade e de que se comportou em santidade e sinceridade<br />
quando se relacionando com outras pessoas. Ọrùnmìlà diz: “Rẹ-ọkàn jẹrisi pẹ<br />
o ni o ni lati wa ni jiyin fun wọn sísẹ mẹjẹẹjí Ọlọdùmàrẹ bi awọn miran.” Que<br />
sua consciência confirma que ele tem que prestar contas por suas ações tanto<br />
a Ọlọdùmàrè quanto a outras pessoas. Em terceiro lugar, a consciência é uma<br />
serva do sistema de valores do indivíduo em questão. Um sistema de valores<br />
imaturo ou fraco produz uma fraca consciência, enquanto um sistema de<br />
valores totalmente informado produz um forte senso de certo e errado. Na<br />
vida religiosa, a consciência pode ser conduzida por uma inadequada<br />
compreensão das verdades Yọrùbà e pode produzir sentimento de culpa e<br />
vergonha desproporcionais para as questões em mão. O amadurecimento na<br />
fé fortalece a consciência. Uma outra referência à consciência que é<br />
"cauterizada" ou tornada insensível, como se tivesse sido cauterizada com ferro<br />
quente. Tal consciência é endurecida e calejada, não mais sentindo nada. Uma<br />
pessoa com a consciência cauterizada não mais escuta os seus sussurros e pode<br />
cometer erros, iludir-se e pensar que está tudo bem com sua Ẹlẹdà, e tratar os<br />
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outros de forma insensível e sem compaixão. Devemos manter a nossa<br />
consciência limpa ao obedecer a Ọlọdùmàrè e manter o nosso relacionamento<br />
com ele em boa posição. Fazemos isso através da aplicação de sua palavra,<br />
renovando e suavizando os nossos corações continuamente. Consideramos<br />
aqueles cujas consciências são fracas, tratando-os com amor e compaixão.<br />
Ọṣẹ Mẹjì<br />
A pessoa que acha que sabe e sabe que não sabe fuja dele.<br />
A pessoa que não sabe e sabe que não sabe ensinei-o<br />
A pessoa que sabe mas não faz alerte do que sabe siga-o.<br />
A verdade e cruel mais será sempre a verdade.<br />
Por:<br />
Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />
ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />
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Geografia de interação entre sistemas religiosos a partir de um estudo micro<br />
geográfico da religião. Aborda o<br />
comportamento estratégico adotado<br />
por minorias religiosas dentro de<br />
domínios maiores e a mistura de<br />
comunidades em áreas de transições. A<br />
territorialidade dos sistemas pode<br />
surgir de três tipos de<br />
comportamentos: Por coexistência<br />
pacifica, por instabilidade e<br />
competição, e por intolerância e exclusão. O primeiro tipo de interação entre<br />
os sistemas religiosos, a de coexistência pacífica, é caracterizada pelo<br />
equilíbrio, pelo sentimento de mútuo respeito, antipatia ou indiferença.<br />
Vindos de sistemas religiosos que não demonstram preocupações com outras<br />
crenças e suas respectivas práticas religiosas. O sentimento de antipatia pode<br />
uma tendência de gerar áreas auto segregradoras, onde a separação é marcada<br />
pelo exclusivismo de uma religião. “A” e outra pela religião “B”. E o<br />
sentimento de indiferença em oposição à auto segregação de comunidades<br />
religiosas, gera uma pluralidade harmoniosa cujo subsistema religioso. O tipo<br />
de interação, é a competição e a instabilidade, em uma das religiões é<br />
caracterizado com instável. Existem os movimentos de conversão em que cada<br />
religião utiliza-se de estratégias próprias para angariar novos adeptos e<br />
expandir seu espaço na sociedade, em estágio avançado, podem criar tanto<br />
centro de difusão como também áreas de resistência. Trata a analogia homemespaço<br />
como relação prioritária de análise da ciência geografia, que se dá por<br />
meio de condutas que modificam o espaço e inserem o ser humano no meio.<br />
Essa inserção não é, entretanto, unilateral. O sujeito age sobre o meio,<br />
modifica-o e, neste processo, ele o transformando e sendo igualmente<br />
transformado por ele. Surgem assim, neste processo, como os valores<br />
dialéticos a construção espacial das sociedades, orientando a percepção, a<br />
vivência, a concepção do espaço e das<br />
relações espaciais dos homens. Estas<br />
relações espaciais humanas são<br />
também decorrentes de seus<br />
comportamentos orientados pelos<br />
sistemas teológicos. O primeiro passo<br />
da espacialização do fenômeno<br />
religioso é dado pelo discurso<br />
fundador, que transforma experiências<br />
religiosas e míticas em verdades<br />
religiosas. Trata-se de um discurso que é reestruturado pelo líder religioso que<br />
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dirigidas aos enunciatários pode haver a eficácia simbólica necessária na<br />
espacialização e nominação<br />
da experiência religiosa com<br />
o mundo. A intolerância é a<br />
expressão do preconceito<br />
com o que é diferente. Este<br />
preconceito pode ser fruto<br />
do desconhecido como<br />
também de um deturpado ou<br />
falso conhecimento da<br />
realidade do outro se manifestando como uma opinião, uma ideia negativa<br />
sobre uma pessoa ou um grupo de pessoas, que se forma e se desenvolve<br />
mesmo antes de se conhecer os fatos e as razões do outro. Ou seja, é feito um<br />
julgamento antecipado, geralmente baseado no fato daquela pessoa ou grupo<br />
serem diferentes de quem sente o preconceito. Essas possíveis diferenças vão<br />
justificar que um grupo se sinta superior ao outro e se julgue com mais direitos<br />
e privilégios. Nesta discussão torna-se de vital importância destacar o conceito<br />
de etnocentrismo. É um conceito antropológico complexo, e que se analisar<br />
a etnologia da palavra, raça, povo + centrismo, tem-se como significado ter um<br />
povo/raça/cultura como centro. É considerar que uma cultura/religião como<br />
a medida de todas as demais. Desta maneira há a subestimação e o<br />
menosprezo a cultura ou religião do outro, sobretudo quando se é avaliado a<br />
religião a partir A como supostamente superior a B. O etnocentrismo fez com<br />
que ocorresse a legitimação e o aprofundamento da inferioridade entre os<br />
povos e seus respectivos espaços. Este foi feito através de múltiplas estratégias<br />
de inferiorizarão, tais como o epstemicídio, genocídio, assimilacionismo,<br />
entre outras. Esses conceitos são fundamentais para compreender o<br />
comportamento social de um sistema religioso que pratica e propaga a<br />
intolerância religiosa. Porque o uso da linguagem para é o que permite o<br />
espaço de representações: A linguagem enseja à representação, a posição<br />
espacial, as distâncias e possibilita ir além das determinações subjetivas das<br />
sensações quando estabelece<br />
premissas de objetivação de uma<br />
ordem espacial. Desde suas práticas<br />
primárias às mais complexas a<br />
linguagem permite a transposição de<br />
um espaço de expressões para um<br />
espaço de representações. A partir da<br />
linguagem que se remete a um lugar<br />
de enunciação, gera outras formas de<br />
espacialização do fenômeno religioso: Os primeiros veículos para a<br />
espacialização das ideias religiosas são as palavras, na oralidade e/ou na<br />
textualidade pela qual é difundido o saber religioso. A partir da apropriação<br />
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desse conhecimento, o Homem religioso é sujeito “especializados” através da<br />
enunciação do discurso religioso. As<br />
representações que permeiam os<br />
discursos se especializam para além<br />
do espaço originário. Esta linguagem<br />
também está associada à pretensão<br />
de dominação social, geralmente,<br />
quando um grupo social pretende<br />
dominar o outro grupo pela via<br />
religiosa, prega-se a satanização, o<br />
etnocentrismo, a intolerância em relação às outras religiões. Em consequência<br />
da crença de que é preciso eliminar a presença e a ação do demônio no<br />
mundo, tem como característica classificar as outras denominações religiosas<br />
como pouco engajadas nessa batalha, ou até mesmo como espaços<br />
privilegiados da ação dos demônios, os quais se ‘disfarçariam’ em divindades<br />
cultuadas nesses sistemas. No contexto de pluralidade religiosa no Brasil,<br />
onde há religiões para satisfazer a necessidade espiritual de cada indivíduo,<br />
gerou a concorrência entre as religiões, de um modo geral, tem sido marcante.<br />
Nesta dinâmica de competição religiosa, cada religião utiliza-se de estratégias<br />
próprias para garantir e expandir seu espaço na sociedade.<br />
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Existe uma questão que sempre me perseguiu a talvez aconteça os mesmos<br />
com outras pessoas que estejam<br />
preocupadas com a religiosidade em si,<br />
aquela que deve presente nas pessoas que<br />
praticam uma religião. Essa questão é a<br />
capacidade que deve ter o crente de<br />
qualquer religião em poder responder a<br />
uma pergunta muito simples, talvez a<br />
coisa mais elementar que é: O que ele faz<br />
dentro da religião? Qual a finalidade dele<br />
na religião? O que a religião traz para sua<br />
vida? Como a religião se incorpora na sua rotina diária? Qual o beneficia de<br />
ter uma religião. Parece uma coisa muito simples de ser respondida por uma<br />
pessoa que se diz sacerdote, seguidor ou crente de uma religião<br />
principalmente quando essa pessoa tem o objetivo de explicar a outras pessoas<br />
que não faça parte desta mesma religião. Não se trata de proselitismo. Um<br />
crente tem que ter a capacidade de motivar ou de explicar as suas motivações<br />
para um não crente, não com a intenção de convencer o outro a adotar a sua<br />
religião, mas, pelo menos, conseguir explicar os seus motivos nessa religião.<br />
Penso que seja, muito normal a uma pessoa que está dentro de uma religião<br />
ter a capacidade de se expressar sobre os motivos que a levam a estar lá e que<br />
benefícios a religião traz à sua vida de uma maneira que, não só a pessoa pode<br />
explicar sua opção, como também, convencer outras desse caminho. Não<br />
considero que essa seja uma questão culta, acadêmica ou teórica. Pelo<br />
contrário, acredito<br />
que estamos lidando<br />
com a questão mais<br />
simples que uma<br />
pessoa religiosa pode<br />
se confrontar. A<br />
minha decepção é<br />
observar que isso é<br />
algo muito simples quando lidamos com outro tipo de religião, mas, quando<br />
estamos lidando com nossa religião isso se torna, entre algumas pessoas<br />
complicado de responder. Deixando de lado a boa vontade e simpatia e se<br />
concentrando na argumentação em si, eu, até hoje, ouvi muito poucas,<br />
raríssimas, pessoas, que podiam se explicar sem caírem em lugares comuns,<br />
frases decoradas que não convenciam nem elas mesmas do que estavam<br />
fazendo. Por exemplo, qualquer resposta depois de alguns segundos de<br />
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silencia, uma expressão e aquele olhar profundo e perdido.... Resulta em<br />
umas frases como: Eu amo o meu<br />
Ọrìșà é tudo para mim, ele que me<br />
dar caminho, etc.... Nada de<br />
errado com essa manifestação de<br />
fé e carinho muito apropriada a<br />
uma religião iniciativa onde o Ọrìșà<br />
deve desempenhar um papel<br />
muito exemplar no imaginário do<br />
seguidor, mas, de forma nenhuma serviriam para explicar a alguém o motivo<br />
daquilo tudo ou convencer assim mesmo do que está fazendo. O mais comum<br />
é a velha definição de que ela está ali para ter uma evolução espiritual, mas<br />
prosseguindo com mais perguntas sobre o mesmo tema, não se consegue que<br />
a pessoa defina com clareza o que é esta evolução espiritual para ela.<br />
Responder a primeira pergunta sobre um assunto exige um muito pouco de<br />
conhecimento e muitas serve como resposta, até mesmo uma embromação,<br />
mas responder três ou quatro perguntas sucessivas sobre o mesmo assunto<br />
aprofundando o tema exige saber de fato o que se está falando. Assim, me<br />
transtorna um pouco ver tanta fé nas pessoas, se dedicando dias e noites a<br />
uma religião sem que se pudessem perceber elas sabiam o que as mantêm ali.<br />
Atenção, de novo, isso não pode ser um paradigma. Não podemos dizer que<br />
é complicado demais para as pessoas sem cultura ou formação como as que<br />
eram e ainda são encontradas e com o passar dos anos tem mudado muito.<br />
Isso é apenas um estereótipo preconceituoso, e uma simplificação grosseira<br />
para justificar comportamentos inexplicáveis. Outras religiões são uma<br />
população equivalente, em termos de classe social e educação e, estes, tem<br />
um domínio muito grande da sua religiosidade e também da sua teologia.<br />
Vocês podem estar imaginando: e daí? Qual significância em se saber definir<br />
isso em palavras se o que é o que está no coração? Claro, essa é uma boa fuga<br />
para essa questão, mas, se fosse assim mesmo, só uma questão de se expressar<br />
oralmente, eu tenho certeza que a gente não veria tanta gente deixando nossa<br />
religião para se transformarem em<br />
outras, deixando anos de dedicação<br />
para trás, sem significado nenhum e<br />
acreditando de fato que na Igreja<br />
conseguiu se encontrar com Deus,<br />
como já ouvi e li o relato de muitos.<br />
Sério, não estou exagerando. Não<br />
estava buscando definições<br />
acadêmicas ou formais, estava<br />
buscando apenas uma explicação que me convencesse de fato. E mais,<br />
conversei com várias pessoas para entender como era a vida religiosa delas<br />
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depois da sua iniciação ou mesmo para aquelas não iniciadas e que apenas<br />
frequentam um terreiro. Para meu espanto,<br />
fora a presença em obrigações aquilo era<br />
sempre um grande vazio interno. Vejam estar<br />
presente em obrigações ou no seu terreiro<br />
fazendo tarefas não significa necessariamente<br />
que se está tendo uma vida religiosa. Existem<br />
muitos religiosos que vivem enclausurados em<br />
igreja e conventos, mas, o trabalho é apenas<br />
uma necessidade em relação vida em<br />
comunidade, elas dedicam muito do seu<br />
tempo a religiosidade pessoal ou coletiva. Mas<br />
o que eu esperava obter? Como já disse<br />
respostas simples, sinceras e refletissem o envolvimento da alma daquela<br />
pessoa com a religião que ela adotou, que fosse uma coisa tão simples e natural<br />
e ao mesmo tempo calorosa que desse a quem ouvir a vontade de também<br />
participar daquela vida e crença religiosa. Que me permitisse compartilhar<br />
uma visão otimista da religião tomando as pessoas em seres humanos<br />
melhores. Mas porque essa decepção? A falta de orientação religiosa. Olha<br />
muitos motivos existem. O primeiro deles sem dúvida é a falta de formação e<br />
orientação religiosa. Pessoas muito novas a frente e responsáveis por conduzir<br />
autonomearem sacerdotes de uma religião sem ao menos terem uma conduto<br />
consistente que justifique o emprego termos, seja o de sacerdote, seja o de<br />
religião, não estou aqui me referindo há uma situação sacerdotal, é assim ao<br />
ensinamento para que possa responder a pergunta. Além disso, apesar de<br />
nossos inúmeros esforços em caracterizar de forma diferente, nossa religião<br />
está hoje muito mais para uma religião mágica<br />
ou uma pratica mágica do que uma religião.<br />
Como religião a sua prioridade são os ritos e<br />
liturgias e esse tema domina a formação e a<br />
preocupação das pessoas. Só o rito importa, só<br />
a forma e fazer melhor do que outro e saber<br />
mais ritos e segredos litúrgicos transforma cada<br />
vez mais o ego das pessoas. A qualificação de<br />
algumas pessoas no culto virou apenas o seu<br />
domínio por ritos religiosos. O dia a dia é<br />
dominado pelo pratica da magia para a<br />
obtenção de favores, para a correção e erros<br />
sem um questionamento do mérito de quem<br />
pede ou da moral do que é feito. Esse assunto, o da pratica mágica aética (na<br />
maior parte das vezes) e da ritualística é o que domina qualquer conversa<br />
envolvendo os praticantes. Uma visita ao “dial” do rádio deixa isso bem claro.<br />
Encontramos programas católicos – poucos – evangélicos – muitos – e os de<br />
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matriz africana quase nem um. Enquanto nos primeiros existe uma<br />
preocupação com a pregação da palavra de<br />
Deus, do verbo, para os últimos é apenas uma<br />
hora de comércio e relacionamento. Desta<br />
maneira a religião que existe e na qual se<br />
baseia a de matriz africana se perde e é<br />
esquecida. Os conceitos religiosos, a teodiceia<br />
a teologia ou mesmo a coisa mais simples, que<br />
é como eu iniciei qual o sentido para isso na<br />
vida das pessoas, quem inicia o que estão<br />
pensam que estão trazendo para essas pessoas<br />
que os seguem, são apenas fragmentos, não<br />
ligados, que são ditos com brevidade, sempre,<br />
mas no sentido de mostrar que existe um<br />
fundamento maior por trás de tudo, a religião<br />
de fato, mas que ele nunca explica (não saber o que falar), servindo apenas<br />
como uma isca ou como uma elemento para despertar curiosidade e respeito.<br />
As pessoas entram na busca desse conhecimento que nunca vem, as abandona<br />
a religião, porque racionalmente reconhecem que esta religião tira delas mais<br />
do que dá. A grande responsabilidade por isso é a própria formação dos<br />
referidos. Completamente voltada para o rito e o ganho pessoal através da<br />
pratica da religião. A preocupação por criar essa orientação religiosa de fato<br />
não existe e como a gente diz, que só se pode dar aquilo que recebe, eles<br />
pouco ou tem a dar. Os que se incomoda,<br />
com isso acabam usando os conhecimentos<br />
que adquiriram de outras religiões como o<br />
catolicismo ou do Karcismo para terem<br />
algum discurso religioso. Esse passa então a<br />
ter nenhuma relação ou vínculo com sua<br />
própria religião. Além disso, a pratica<br />
mágica indiscriminada e sem ética e moral e<br />
que visa o seu ganho financeira própria<br />
acaba retirando dele o sentido de ética e<br />
moral que qualquer religião deve ter. Como<br />
essa pessoa vai pregar ensinar ou cobrar algo<br />
de seus seguidores se a sua pratica diária está<br />
envolvida em fins que são completamente<br />
não éticos? Mas muitos podem se levantar<br />
conta essa palavras e dizer que nem todos<br />
são assim, e verdade e não me refiro a todos mais lembremos que tem foi<br />
pinto hoje e galo e fara um pinto, simples feiticeiros e que sua pratica mágica<br />
e litúrgica tem sim uma base ética. Como em tudo existe exceção vamos<br />
aceitar que de existem esses grupos, mas, mesmo para esse grupo as<br />
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afirmações principais se sustentam: a falta de orientação da base religiosa, a<br />
valorização da prática mágica e litúrgica.<br />
A realidade é que apesar de ser uma tradição de<br />
uma religião de fato, de os seus ditos, terem<br />
alguma noção disso e eles se autodenominarem<br />
religiosos, a formação religiosa é de maneira a<br />
sua capacidade de transmitir religiosidade para<br />
outros é igualmente nula. O que eles transmitem<br />
são ordens comuns, bom senso baseado em<br />
conveniência própria e conceitos religiosos que<br />
aprenderam de outras religiões basicamente a<br />
católica e espiritismo, que no fundo vira mais um<br />
sincretismo porque se junta com alguns<br />
conceitos que eles aprendem da religião africana.<br />
A vida religiosa de um praticante é então<br />
dominada pela ritualística e submissão<br />
hierárquica com pouco nenhuma orientação religiosa. Sua dedicação é<br />
dominada pela participação em obrigações próprias, de outros ou coletivas<br />
onde o seu papel varia de nenhuma a alguma. Toda a iniciativa ritual em um<br />
terreiro é dominada por poucos, um ou dois na maior das vezes cabendo aos<br />
demais o papel de figuração ou coro. A rotina religiosa é repleta de festejos<br />
que criam assim um direcionamento estético e vaidoso para a presença da<br />
pessoa uma vez que não tendo ela um papel ou não consumindo o seu tempo<br />
com reflexões religiosas essa pessoa passa a dedicar o seu tempo ao culto do<br />
seu ego e da sua vaidade no que faz. A vaidade é o que domina a religiões<br />
hoje. Esclarecendo a todos o Ọrùn é o espaço<br />
supernatural e o Àìyẹ é o espaço natural. Ọrùn é<br />
o lugar onde habitam os espíritos e o Àìyẹ é<br />
basicamente terreno. A troca significa que no<br />
Àìyẹ as pessoas procuram através de liturgias e<br />
oferendas oferecer coisa esperando receber em<br />
troca disso favores dos espíritos do Ọrùn. É como<br />
os católicos que fazem promessas para obter em<br />
troca de penitências aqui uma relação de<br />
sofrimento, no qual o Ọrùn católico exige que a<br />
pessoa sofra e se puna para atendê-la ou os<br />
neopentecostais com sua doutrina de teologia da<br />
prosperidade, na qual Deus em pessoa vai<br />
atender a tudo o que eles pedem, inclusive as<br />
maldades quem colocando nomes e fotos das<br />
pessoas dentro da bíblia. As trocas, então, não são uma exclusividade de<br />
nenhuma religião e sim na natureza humana. Este mecanismo domina tanto,<br />
a visão da pessoa que se associa a uma casa, como também a forma como a<br />
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sociedade vê casas e isso é muito ruim. É no mínimo curiosa a mentalidade<br />
que se constrói de que os espíritos e divindades no Ọrùn estão ali, ávidos por<br />
receberem Ẹbọ e rapidamente, a troco<br />
de umas bolas de farinha ajudar as<br />
pessoas no Àìyẹ. Sem dúvida a visão<br />
do mundo de cada religião é distinta e<br />
isso direciona a forma como as<br />
pessoas vivem. Se você pega uma<br />
religião encarnacionista e cármica<br />
como o budismo e Kardecismo, por<br />
exemplo, que pregam que viver é um<br />
sofrimento e você nasce, na realidade, fazendo um curso de sofrimento para<br />
não para mais renascer, esta pessoa vai pauta sua vida justamente seguindo<br />
esta sina de viver essas dificuldades para que elas não apareçam mais e<br />
também sendo forçosamente caridosos para acumular pontos positivos nessa<br />
vida. Eu acho que o budismo deve fazer um bom trabalho nas pessoas,<br />
buscando o melhor delas, apenas de eu não gostar da filosofia como um todo.<br />
Mas o kardecismo não tem filosofia do budismo e se caracteriza pela<br />
orientação à caridade, na maior parte das vezes não sincera, como uma<br />
obrigação de vida. Contudo, o que eu quero dizer aqui, mais uma vez, é<br />
enfaticamente, é que a pratica sincera de uma religião direciona a forma como<br />
as pessoas vivem e como encaram a sua existência. A religião Yọrùbà tem<br />
como característica dizer para as pessoas que elas nascem para ser felizes e<br />
elas devem viver felizes. Ela também reconhece que o mundo tem muitas<br />
dificuldades e coloca o divino, através de Ọrìșà e outros espíritos disponíveis<br />
para ajudar as pessoas a vencer os obstáculos que as impedem de ser felizes.<br />
Desta maneira tem esta veia assistencialista na sua estrutura. Mas o objetivo<br />
disso não é no que isto se transformou na prática. A religião quer as pessoas<br />
felizes e ela suporta isso através do equilíbrio e reposição de Àṣẹ que é forma<br />
como religião entende que você<br />
obtêm as condições para ter<br />
condições para resolver seus<br />
problemas. A religião entende<br />
que a pessoa deve ter energia,<br />
uma boa cabeça para tomar boas<br />
decisões, um bom caráter, ética e<br />
sorte na vida. Mas acima de tudo<br />
a religião diz que a pessoa deve<br />
ter boas pernas, porque sem boas<br />
pernas você não realiza nada. A visão dela é muito direta, nós temos que<br />
resolver nossos problemas, o preguiçoso não vai ter nada na vida. Não adianta<br />
você se sentar e esperar que as coisas ocorram, se você quiser realizar alguma<br />
coisa faça algo por vocês. Se quiser ter dinheiro, trabalhe se quiser comer<br />
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plante, se quiser resolver problemas e conflitos busque a solução. Não existe<br />
incentivo para a preguiça, para a leniência e para pessoa resolver seus<br />
problemas com trocas e feitiços. Existe<br />
uma frase muito boa que diz que seu<br />
Ọrìșà não vai impedir que você chore<br />
suas lágrimas, mas, vai estar junto de<br />
você para enxuga-las. As trocas entre o<br />
Ọrùn e o Àìyẹ existem, sempre com<br />
este sentido de dar a você as melhores<br />
condições para realizar, trabalhar, ter<br />
saúde, ter determinação e também para<br />
eliminar dificuldade ou negatividade<br />
que não lhe pertencem. Se você passa anos plantando e regando um<br />
problema, você vai colher o seu problema. O que saiu da sua mão é seu,<br />
usufrua dele. Não adianta esperar ajuda divina para uma coisa que você<br />
mesmo criou para você. A questão do comportamento, do mérito como base<br />
para se puder alcançar algo na vida ficam sempre para segundo ou nenhum<br />
plano. Entende-se que o processo mágico das oferendas ou de obrigações é o<br />
mais do que necessário para se obtiver o que precisa. Entendesse que uma<br />
pessoa que faça seu santo vai ter que receber em troca emprego, dinheiro e<br />
uma vida melhor, compreender que uma iniciação e um renascimento e<br />
portanto, você precisa recomeçar sua vida para que os erros que foi comedido<br />
ontem não se repita hoje assim, terá alçando seu destino e será feliz. Se isso<br />
não foi alcançado é porque a pessoa que você procurou não deve a capacidade<br />
de resolver ou pelo menos encaminhar para quem posso resolver. O mais<br />
incrível é a pessoa entrar para uma religião que ela imagina que as divindade<br />
que ela acha tão maravilhosa se vendem<br />
por um punhado de grãos para fazer<br />
qualquer coisa, ou mesmo, que ficam lá<br />
sem ter o que fazer a não ser facilitar a vida<br />
das pessoas aqui no Àìyẹ. O merecimento,<br />
ou a falta dele, é sempre lembrado como<br />
motivo para justificar o não benefício,<br />
geralmente por quem vendeu a liturgia<br />
para o favor ser atingido. Nessa hora a<br />
pessoa não obteve não merecia. Mas<br />
nunca lembrado quando o contrário<br />
ocorre, quando o benefício é atingido,<br />
nesse momento o mérito é de quem fez a<br />
liturgia. Quero aqui esclarecer que, as iniciações, Ẹbọ, magia, oferendas, entre<br />
outros e para nos mesmo o Ọrìșà recebera está energia e nos devolve para o<br />
bem comum, A medida do sucesso na obtenção de benefício e prosperidade<br />
é a que justifica a permanência de alguém em uma casa. Se as coisas não vão<br />
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em elas se vão. Afirmo que este é um desvio religião. Ela não existe com essa<br />
finalidade e essas almas pobres que assim se situam<br />
estão completamente perdidas em relação ao o que<br />
é a religião. Não tenho dúvida que esta distorção de<br />
visão começar quando as pessoas começaram a<br />
comercializar o Àṣẹ. O que deveria ser uma coisa<br />
restrita para as pessoas de uma casa passou a estar<br />
à venda para quem pudesse pagar. A pessoa que vai<br />
fazer os trabalhos espiritual usando os<br />
conhecimentos a que tem acesso se transformou<br />
apenas em um feiticeiro, um fazedor duvidoso de<br />
favores. Na vida real, como no cinema, toda força<br />
mágica tem dois usos, o do bem e o do mal. A<br />
comercialização de Ẹbọ e feitiços é apenas um mau<br />
uso disso, é o uso do lado ruim. Um religioso, um sacerdote é uma pessoa do<br />
bem. Ele não pode se prestar a anunciar serviços aos alcances de qualquer<br />
pessoa. Na minha visão uma religião baseada em um sistema de trocas é o<br />
caminho certo para o seu fracasso. As pessoas que se envolvem com uma<br />
religião não podem viver com essa perspectiva. Uma religião não pode se<br />
focar ou incentivar esse comportamento porque jamais as pessoas vão se<br />
encontrar ou entender o que estão fazendo lá. Será uma religião se não criar<br />
categorias para diversos níveis de envolvimento e iniciação. Quando os<br />
terreiros tiverem que conviver harmoniosamente com pessoas que não<br />
querem ou que jamais farão o seu Òrìṣà eles conseguiram enfim achar um<br />
caminho religioso para a existência. Hoje essa convivência é um estágio<br />
intermediário no qual a pessoa é continuamente empurrada ou incentivada a<br />
trocar de status para Ìyàwọ. A manutenção<br />
de terreiros através de clientelismo<br />
religioso é mais outro mal. Esse processo<br />
de troca entre Ọrùn e Àìyẹ deve acabar e<br />
isto ser um bem intrínseco da religião e não<br />
explícito. O aspecto da troca está presente<br />
em todas as religiões em maior ou menor<br />
grau. Você dedica tempo, fé e recursos e<br />
espera do Ọrùn do retorno para a sua vida.<br />
Isso é natural, mas, algumas religiões<br />
moldarem isso com sabedoria, outras<br />
transformaram isso na sua bandeira, mas que junto com a promessa de<br />
benefícios traz uma enorme dose de doutrina, dogma, moral e ética. Isso fica<br />
quase apenas na perspectiva materialista. O principal exemplo desse<br />
paradigma é o espiritismo. Como já expliquei aqui antes o espiritismo por si<br />
só não se caracteriza nenhuma religião. É um processo voltado em princípio<br />
para ajudar outras pessoas, mas que deve se basear em alguma doutrina,<br />
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qualquer uma porque a pratica exige mediunidade e não uma crença religiosa<br />
especifica, cada uma com uma<br />
combinação e entre comum apenas a<br />
incorporação com espíritos. Este e<br />
muito presente também em outras<br />
religiões, contudo, apesar do muitos<br />
excessos eles conseguem algum<br />
equilíbrio entre a realização espiritual<br />
e o sentimento de realização material.<br />
Tanto que as pessoas migram do culto<br />
de matriz africana para eles. Existe um<br />
tipo de pessoa e uma determinada faixa da população que coloca claramente<br />
essa questão material na frente da sua religião. Elas na realidade vão sempre<br />
buscando alguém que resolva os seus problemas e será uma população entre<br />
doutrinas e casas na busca de solução. Uma pessoa que se dedica a essa<br />
religião base e orientação para através do contato com esse divino, através de<br />
exemplos e través de orientação, atingir um equilíbrio em sua vida na forma<br />
como conduz e na forma como dedica o seu tempo para objetivos de<br />
realização. Equilíbrio é a principal palavra que traduz essa religião. Uma<br />
pessoa religiosa é aquela que vive nesse mundo com a fé no divino. Uma fé<br />
forte e presente que a faz saber que sua vida existência está sendo submetida<br />
e é controlada por uma força maior do que a dos homens, por uma lei maior<br />
do que a dos homens. Assim essa pessoa vive com a convicção de que não<br />
está sozinha nesse mundo, o divino no Ọrùn está sempre a zelar por ele. Uma<br />
pessoa de fé sabe que o mundo e as coisas são controlados pelo divino e pela<br />
mesquinharia dos homens. Essa pessoa vai se transformar em uma pessoa<br />
melhor para conseguir mesma obtendo equilíbrio na forma como vive sua<br />
vida e se dedica a seus objetivos com ética e caráter. Os seus Ọrìșà e Ọrí vão<br />
buscar não somente ajuda-lo nesse<br />
equilíbrio como também ajuda-lo a<br />
enfrentar as diversidades de sua vida,<br />
amenizando problema, e tornando-o<br />
transparente para seus inimigos. A<br />
própria conduta dessa pessoa,<br />
equilibrada consegue mesmo vai que ela<br />
cria inimigos para si. Você como uma<br />
pessoa melhor vai ter condições de<br />
ajudar sua família e trazer também para<br />
ela esse equilíbrio. Mais pessoas assim serão beneficiadas por sua ação. O<br />
benefício para a família é um dos principais objetivos que uma pessoa deve<br />
ter em sua vida, seja por mantê-la unida seja por vê-la prosperar. Uma vez<br />
atingido esse estágio você terá condições de ajudar a sociedade que o cerca,<br />
tendo assim conhecimento e experiência para transmitir para outras pessoas,<br />
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ajudando a transformar e melhor o mundo em que vive. Uma pessoa religiosa<br />
deve ter uma pratica diária dessa<br />
religiosidade. A oração é o elemento de<br />
ligação entre o Àìyẹ e o Ọrùn. As palavras<br />
empregadas e sua repetição é o que<br />
fazem. Uma pessoa deve de fé deve estar<br />
ligada ao Ọrùn e deve ter em sua vida a<br />
pratica da oração. Além disso, a pessoa<br />
que vive com fé deve se lembrar desse<br />
divino ao longo do seu dia. Seja quando<br />
tem dificuldade seja quando algo de bom<br />
ocorre com ele porque o mesmo ouvido<br />
que serve para ouvir pedidos de proteção e ajuda também server para ouvir<br />
agradecimento. Uma pessoa de fé deve ter uma pratica religiosa diária e<br />
semanal para si que não dependa do seu terreiro para que ela busque através<br />
dessa ligação com o Ọrùn e o equilíbrio e o Ìwà Pẹlẹ que vão trazer tudo de<br />
bom para a sua vida. Uma pessoa de fé deve saber como se dirigir a seu Ọrìșà<br />
e Orí como receber deles as mensagens que precisa para poder viver melhor<br />
o seu dia e vida.<br />
Por:<br />
Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />
ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />
e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />
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A mulher como o símbolo do caráter<br />
Ifá é a preservação da sabedoria ancestral na cultura Yọrùbà que fornece<br />
orientação sobre como tomar as decisões certas no caminho para o<br />
desenvolvimento do bom caráter. Ifá não é uma doutrina de crença; É uma<br />
maneira de ver o mundo, Ifá não e uma religião, e um modo de vida.<br />
No centro da filosofia Ifá,<br />
encontramos o que está na<br />
raiz da palavra Írìșà. Ọrí está<br />
constantemente conectado<br />
com o caráter "wá" e é<br />
necessário prestar atenção a<br />
esses conceitos. Na raiz<br />
desta pesquisa sobre a<br />
natureza do caráter ou "wá"<br />
em Ifá, descobrimos que<br />
nosso propósito é cultivar "wá rẹrẹ" ou "wá Pẹlẹ" ou seja, um caráter bom ou<br />
feliz. Se você ver que a relação entre o homem e "vai" é igual à relação entre<br />
um homem e uma mulher e, portanto, podemos transpor essas<br />
recomendações para como os homens devem tratar as mulheres. O Ọdú Ọgbẹ<br />
Àlárá nos diz que Ìwà era uma mulher bonita. Mas não foi fácil viver com ela,<br />
pelo contrário, o Ọdú fala dela como solta e<br />
lasciva com uma língua venenosa. Depois de<br />
muitos anos de casamento, Ọrùnmìlà não<br />
pôde mais sustentar sua linda esposa e a<br />
dispensou. Como resultado, ele começou a se<br />
sentir infeliz e pouco depois de perder o<br />
status de amigos dinheiro e sua própria<br />
felicidade. Quando ele consultou Ifá, ele<br />
percebeu que havia trazido essa desgraça e<br />
decidiu buscar o belo e ingovernável Ìwà. Ele<br />
fez Ẹbọ (oferecimento) para Ẹgùngùn (a<br />
sabedoria coletiva dos ancestrais) e começou<br />
a procurar Ìwà. Ele foi para os dezesseis reis<br />
do reino em sua busca e finalmente a<br />
encontrou na casa de Ọlọjọ no bosque de<br />
Ẹgùngùn e a levou de volta. Há muitas coisas a aprender com esta história<br />
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mais importante é que é preciso tempo para criar um bom caráter ou "rẹrẹ<br />
wá" Daí o ditado Sùúrù ou baba Ìwà rẹrẹ "A<br />
paciência é o pai de bom caráter." O Ọdú é,<br />
portanto, uma advertência contra ser crítico<br />
e crítico tanto para nós quanto para os<br />
outros. Aqui temos que abordar e entender<br />
o propósito do Ẹgbín que significa 'sujeira'<br />
ou 'resíduo'. Esta palavra é comumente<br />
usada em referência a coisas, atos e atitudes<br />
consideradas sujas e inúteis. Neste verso,<br />
foi falado como uma mulher bonita com<br />
hábitos impuros. Nisto encontramos uma<br />
advertência contra os atos e pessoas que<br />
julgam. Devemos notar que Ifá percebe que<br />
a criação do Grande Projeto é exatamente<br />
como é suposto ser e quando entramos em<br />
condenação dogmatizamos e exercemos a de migração moral, estamos<br />
demonstrando uma falta de compreensão. Com base em uma percepção<br />
distorcida do assunto em questão. Vemos isso no reino de Asnynyn - Írìșà de<br />
ervas, raízes e folhas - onde encontramos uma curiosa semelhança entre o<br />
fitoterapismo tradicional de Ifá e a alquimia vegetal no Ocidente. Os primeiros<br />
estágios da alquimia concentram-se no que é chamado de escurecimento da<br />
matéria, onde a morte ou o desperdício são extraídos da essência. Do<br />
desperdício é derivada uma essência final e mais peculiar para completar o<br />
remédio herbal ou remédio. Esta mesma preparação é realizada em vários<br />
trabalhos para a preparação de algum medicamento poderoso em que o<br />
desperdício da planta pode ser reutilizado e com a ajuda do fogo a virtude<br />
final da planta extraída e reintroduzida no medicamento. Se esse paralelismo<br />
é aplicado à relação encontramos<br />
entre o homem cresce e "wá"<br />
temos de gerar "Wá rẹrẹ" é um<br />
processo pelo qual gradualmente<br />
deixar a borra e resíduos de puras<br />
essências de estar cheio de virtude<br />
e alegria É também uma diretriz<br />
para não fazer julgamentos<br />
precipitados baseados em<br />
opiniões subjetivas. Poderíamos<br />
dizer que o verso fala de como o<br />
caminho para o bom caráter<br />
começa com a aceitação de quem somos, incluindo o bem e o mal. Somente<br />
quando nós aceitamos podemos nos desenvolver para ter um bom caráter.<br />
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Àbìmbọlà comenta nas tradições orais Yọrùbà (1975) que possuir "wá rẹrẹ às<br />
vezes pode ser um fardo, assim como uma<br />
esposa rebelde é um fardo; mas ainda quem é<br />
dono do wá rẹrẹ deve cultivá-lo porque a<br />
presença dessa pessoa torna o mundo um lugar<br />
melhor. É uma advertência para não cair na<br />
corrupção, mas ter esperança e enfrentar<br />
desafios com curiosidade e otimismo devoto.<br />
Certamente há pessoas que sentem a presença<br />
de uma pessoa boa entre eles como o mal<br />
porque o contraste é tão grande entre o alto<br />
alegria de ser irradiada pela pessoa que possui<br />
"Wá rẹrẹ" e aqueles que são movidos por<br />
ambição egoísta para satisfazer todos os seus impulsos materialistas. Esta é a<br />
razão pela qual humildade, bondade, generosidade e paz de espírito são<br />
sempre expressões de bom caráter. No entanto, apenas as pessoas que<br />
possuem "wá rẹrẹ" terão tudo como um provérbio de Ifá diz:<br />
Se você tem dinheiro<br />
Mas se você não tem um bom caráter,<br />
O dinheiro pertence a outra pessoa.<br />
A mulher é o símbolo do personagem e é por causa de sua ambiguidade que<br />
ela e "Eles parecem participar da mesma natureza." Ase da feminilidade como<br />
manifestado em Ọṣà Mẹjì representa a ideia da interferência de forças<br />
sobrenaturais das forças do mal no mundo Àjọgùn e poderes Àjẹ que as<br />
pessoas experiência como ameaças à estabilidade da criação como elas<br />
realmente são mecanismos<br />
divinos para alcançar a ordem<br />
cósmica como resultado de<br />
constante mudança. Por outro<br />
lado, encontramos em Ọṣà Mẹjì<br />
a manifestação de doçura,<br />
riquezas e abundância na forma<br />
de Ṣún. Pode-se dizer que Ìwà<br />
reflete esses dois padrões de<br />
realidade cósmica que se<br />
manifestam como personagens<br />
bons e ruins. Isso não significa<br />
que Ọṣà Mẹjì seja um mau Ọdú, mas que muitas pessoas têm problemas para<br />
perceber os magníficos mistérios que estão dentro dele e, portanto, refletem<br />
uma distorção ou degeneração de suas maravilhosas qualidades. Entende-se<br />
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que a mulher possui essas qualidades, naturalmente, e também tem a Ọdú (o<br />
útero), o que significa que o acesso por um homem Ọdú é demonstrado por<br />
olhar para o seu "wá" em ambos<br />
os sentidos da palavra como seu<br />
personagem e como mulher ou<br />
esposa A mulher é, portanto, o<br />
centro enigmático de todas as<br />
possibilidades, especialmente o<br />
cultivo do "cru". Devemos<br />
perceber que nossa fortuna e<br />
felicidade futura dependem<br />
inteiramente de como nos<br />
aproximamos e entendemos "wá". O caráter é lindo é uma maneira de estar<br />
no mundo. Este é o significado da contração do Ìwà em "wá" o modo de estar<br />
no mundo. Tenho afirmado repetidamente que termos importantes<br />
relacionados com o carácter e finalidade são aqueles que, como Ẹgbẹ Yọrùbà<br />
(companheiros se reuniram como uma sociedade) Ọkàn (coração) e Ifẹ<br />
(amor). O coração e o amor são os alicerces para construir um bom caráter.<br />
Isso significa que o centro Ifá Ilé Ífọ na verdade contém uma referência sutil<br />
que é uma "Casa do Amor". O amor é a base do Ifá. Assim como o casamento<br />
é um processo de unidade e compreensão mútua que visa criar uma unidade<br />
estável de felicidade baseada no amor, o mesmo acontece com o caminho<br />
para entender a integração e a reflexão da felicidade abraçando o "wá".<br />
Ìwà e Orí rẹrẹ<br />
Ìwà é um termo que contém uma rica rede de<br />
conexões para aquele que possui as qualidades<br />
descritas como bom caráter vai experimentar toda a<br />
bondade da vida. Tal pessoa sempre colher<br />
benevolência espiritual de ambos os poderes<br />
dominantes como social como resultado de ser um<br />
elemento harmonioso em todos os mundos.<br />
Gívẹṣwá dá a direção para nossa consciência ou.<br />
Ọgùndà Mẹjì diz que nenhum ser divino abençoa<br />
um homem sem o consentimento ou conhecimento<br />
do Ọrí. Ọrí é intimamente ligado com "wá" porque<br />
"ou" sua divindade pessoal é alegoria para o seu<br />
gênio ou Daimon. O Ọrí fala com a linguagem do<br />
ar, o vento e o coração. Enquanto o mundo se afasta<br />
da riqueza da sabedoria tradicional, torna-se mais difícil de compreender as<br />
maneiras em que Ọrí interagem com a gente e essa distância provoca uma<br />
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sensação de perda. Ọrí é a divindade que é responsável pelo seu sucesso e<br />
fracasso na vida e é isso que abre e fecha portas e oportunidades. Atos de auto<br />
sabotagem de rejeitar oportunidades ou tomar decisões erradas são causados<br />
por nossa recusa em aceitar as bênçãos Ọrìșà quer<br />
nos dar. Isto pode ser o resultado de sentimentos<br />
de inferioridade descrença de vergonha ou<br />
autodepreciarão em suas diversas formas.<br />
Àbìmbọlà (1975) aponta que, quando<br />
escolhemos o nosso Ọrí no sentido de uma fusão<br />
da divindade consciência guardião e "pin ou<br />
Kàdàrà" nosso destino e fortuna também escolher<br />
um caminho específico que deve tomar para<br />
colheita. Os frutos felizes da vida Quando<br />
paramos na casa do escultor Àjàlà de escolher o<br />
nosso Ọrí e destino Ọrùnmìlà está presente como<br />
Ẹlẹrì Ìpìn (testemunha o destino) e torna-se desse ponto na bússola para a<br />
nossa jornada através da experiência humano Ọgbẹ Ọgùndà nos diz sobre os<br />
elementos envolvidos na transição de seres divinos que optam por<br />
experimentar a vida humana e Ifá tema recorrente em honra de paciência e<br />
humildade também está aqui. Isso envolve a ouvir o conselho dos anciãos e<br />
ser lento se é que nunca para juiz. As negociações Ọdú sobre vários desafios<br />
que enfrentamos, que por sua vez geram eleições e, portanto, tornar-se o mapa<br />
de nossa jornada no mercado de mundos. Isso significa que nós escolhemos<br />
nossas provações e fortunas como seres humanos. Isso também significa que<br />
aqueles que sentem ter sido dado um lote infeliz<br />
não estão realmente começando sua jornada a<br />
partir da perspectiva correta. Para cada<br />
obstáculo ou desafio há sempre várias opções e<br />
pelo menos uma destas opções nos trarão ao<br />
nosso destino realizado nas asas da sabedoria.<br />
Eji Ọgbẹ nos diz que 'aquele que é sábio tornase<br />
sábio por sua Ọrí' e esta é a consequência de<br />
abraçar esta condição maravilhosa da vida na<br />
Terra, com o espírito certo. A sabedoria anda<br />
de mãos dadas com as fortunas dadas. Outro<br />
comentário que eu ouvi muitas vezes é que ao<br />
receber a Ìtà (que termina a iniciação de leitura,<br />
em parte, revelando o destino que você<br />
escolheu) as pessoas podem considere o Ọdú<br />
que é revelado como ruim ou mesmo mal. Estas pessoas estão envolvidas nos<br />
aspectos negativos de Ọdú Mẹjì Ìrẹtẹ autoengano é uma reação bastante<br />
comum em nosso mundo, onde muitas vezes a culpa e distribuição culpa na<br />
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tentativa de se sentir bem sobre si mesmo. Isso é evidente na unidade mais<br />
simples de interação social que temos hoje entre<br />
casais. Situações que são consideradas difíceis<br />
muitas vezes se tornam um veículo para projetar<br />
o veneno acumulado fora e contra a própria um<br />
em particular. Em muitos casos, isso leva a<br />
danificar o senso de autoestima e decisões<br />
consequentemente piores. Ele começou um<br />
círculo vicioso e o sentimento emergente de se<br />
perder se torne uma realidade amarga. Tudo se<br />
resume a Orí. O conceito de Orí é intrigante<br />
responsável por este processo é chamado Àjàlà<br />
que significa 'cão luz' foi mencionado. Este termo<br />
é uma referência para os cães como mensageiros<br />
do espírito e da luz, sendo a substância comum que todos nós participam<br />
portanto, neste encontramos. Uma referência ao endereço dentro da luz<br />
como um dado que encontramos também em Ọrìșà sendo codificado em<br />
nossa qualidade de consciência, no entanto Àjàlà descrito como um bêbado e<br />
jogador insuportável, por isso, apesar de suas habilidades magistrais para<br />
esculpir consciência muitas vezes ele comete erros aos Ọrí faz invadir o fogo<br />
queimar ou ser demasiado macio. Antes de embarcar em nossa jornada<br />
humana vamos para a casa de Àjàlà para selecionar o nosso Ọrí mas a escolha<br />
nem sempre é fácil, porque os defeitos de sua<br />
escultura raramente são visíveis. Ao selecionar<br />
um Ọrí também optamos por uma corrente de<br />
energia em particular e com ele um destino<br />
particular. Tal destino deve ser entendido como<br />
uma maneira de estar no mundo que levará a<br />
todas as coisas boas. Quando chegamos à Terra<br />
com uma consciência deteriorada, esses defeitos<br />
podem ser reparados acumulando-se sabedoria<br />
colocada em ação (sacrifício) e através de<br />
iniciações. Outro provérbio de Yọrùbà diz:<br />
"Pouco a pouco comemos a cabeça do rato", o<br />
que significa que devemos ser pacientes no<br />
trabalho de nos refazermos. Poderíamos conceber Ọrí como uma bússola. Se<br />
estiver errado, isso nos levará na direção errada, enquanto uma boa<br />
consciência sempre nos indicará as decisões corretas. A bússola da origem<br />
vem com intuição e a intuição é uma frequência silenciosa que se abre em um<br />
duplo caminho entre você e a fonte. Ifá diz que ele foi ao mercado para<br />
encontrar um cônjuge para Ọrí e lá ele encontrou Ẹmì (respiração / alma). Ọrí<br />
casou-se com Ẹmì e colocou-a em seu coração. Ẹmì é também a palavra<br />
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Yọrùbà usada para designar uma pessoa específica a alguém com uma<br />
substância e uma essência. Ẹmì foi colocado no coração que descansa em Àyá<br />
(o peito) e o peito refere-se tanto à<br />
armadura quanto à amizade. Àyá é o<br />
campo usado para abraçar alguém nos<br />
laços de amizade para que nossos<br />
corações possam encontrar os deles.<br />
Àyá é uma força espiritual em si mesma<br />
o espírito de amizade. Do peito nossos<br />
braços conhecidos como Ọwọ estendem<br />
uma palavra que é semelhante a Ọwọ<br />
(abundância) e Ọwọ, Ọwọ (uma reunião<br />
de acumulação). As mãos chegam do<br />
coração com o poder da abundância.<br />
Com nossas mãos podemos dar e receber abundância. Da parte inferior do<br />
tronco, nossas pernas se estendem (que) o poder de força e resistência na<br />
busca de nossa direção e caminho. As pernas estão conectadas a "dí" (as<br />
nádegas) que nos lembram da necessidade de descansar e quanto melhor<br />
nosso descanso está em companhia, onde duas metades se juntam para formar<br />
um lugar comum de descanso sólido. O corpo se torna um símbolo da<br />
importância de se reunir em harmonia, assim como nosso corpo é<br />
harmoniosamente montado. Nossa manifestação material como um ser<br />
espiritual em um corpo animado requer um caminho, um objetivo, um desvio,<br />
um descanso, uma experiência e uma amizade. Tudo faz parte desse encontro<br />
harmonioso, já que as ameaças à harmonia nos oferecem a oportunidade de<br />
valorizar o que temos e tomar as decisões certas. Tudo o que acontece pode<br />
ser usado para servir a decisão correta se permitirmos que ela seja usada dessa<br />
maneira. Se resistirmos à boa escolha, sempre temos a<br />
opção de retornar que Ifá chama Àtùwà. Àtùwà é a ideia<br />
da reencarnação literalmente "renascimento do caráter".<br />
A ideia do Renascimento é representada pelo quarto dos<br />
dezesseis principais Ọdú Ọdì Mẹjì. Este Ọdú representa<br />
o útero e o milagre do nascimento. Mais uma vez, vemos<br />
a importância das mulheres para o nascimento e o<br />
renascimento. Também falei da destruição do que é<br />
inútil e da aparência do novo, do bom e do abençoado,<br />
porque todos nascemos bons e abençoados. O caminho para longe de abraçar<br />
nosso feliz destino entra em ação quando estamos sujeitos à socialização direta<br />
ou indiretamente por valores materialistas em um mundo espiritualmente<br />
degenerado. Um renascimento comumente ocorre na linhagem familiar pela<br />
descendência do pai ou da mãe, mas como o composto ou a aldeia é<br />
considerado como uma família extensa, a reencarnação também ocorre<br />
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dentro dessa dobra maior e é então considerada como sendo causada por<br />
Ọrìșà. Vemos aqui a consequência sociológica lógica que surge da família que<br />
é formada tanto por filhos de sangue como por adoção. O propósito da<br />
reencarnação para descer de nosso lar<br />
celestial em Tọrùn para viajar uma vida na<br />
terra é desfrutar do mistério da vida. Àgbò<br />
Àtọ (vida longa) é uma bênção porque, à<br />
medida que avançamos na vida, seremos<br />
mais sábios se nosso "ingovernável" se tornar<br />
doce e bom e falarmos com a voz de nossa<br />
origem. Longa vida nos permite crescer<br />
sábio no mistério do ser e com sabedoria vem a felicidade quando<br />
entendemos que a vida é agradável. Amigos prestígio dinheiro uma boa casa<br />
e um bom nome um bom casamento filhos e conforto são todas as<br />
consequências do trabalho gratificante e da busca ativa de bom caráter.<br />
Precisamos perceber o caminho que o destino nos preparou para receber<br />
todas as bênçãos possíveis. Ifá diz que o objetivo é a mesma felicidade e<br />
satisfação, mas o caminho para alcançá-lo é determinado pela singularidade<br />
do caminho que escolhemos para caminhar na Terra. Isto é revelado através<br />
da cerimônia de nomeação Ẹsẹntàìyẹ que é normalmente realizada no<br />
terceiro dia após o nascimento. Usando a sabedoria oracular de Ọrùnmìlà, o<br />
destino da criança é revelado; e recomendações são dadas sobre como levar<br />
uma vida a viver bem no mundo, juntamente com questões relacionadas às<br />
profissões e os vários procedimentos para a expiação de poderes<br />
sobrenaturais para que as estradas<br />
sejam claras e abertas. Quão diferente<br />
é isso do moderno modo rebelde e<br />
antinomiano em que o homem olha<br />
para dentro para buscar o que ele<br />
pensa ser. Compare isso com a<br />
tradicional visão de mundo de Ifá, onde ela vai para a fonte da orientação no<br />
mistério da vida e descobre as ferramentas para fazer o próprio destino.<br />
Por:<br />
Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />
ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />
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ỌRÌȘÀ: FRAGMENTOS<br />
DE CONSCIÊNCIA<br />
Òrìṣà é um termo que foi sujeito a muitas interpretações. A palavra em si tem<br />
um claro significado de "fragmento de<br />
consciência". Uma história do corpus de Ifá<br />
conta como Ọbàtàlà quando trazia a cabaça da<br />
criação para a terra desceu para a primeira<br />
montanha. Ele desceu ao longo de uma<br />
corrente de ouro, mas tropeçou ao atingir o<br />
topo da montanha e a cabaça de criação foi<br />
quebrada em 201 pedaços. A partir desses<br />
fragmentos, Ọrìșà tomou forma como uma<br />
manifestação única - e limitada - da pletora<br />
divina. Em um nível quase primitivo de<br />
constituição metafísica, é isso que Ọrìșà são<br />
poderes divinos específicos e singulares que despertam quando atingem Àyẹ<br />
(a terra) e desencadeiam uma forma particular de fogo divino. A faísca<br />
constitui o núcleo de toda manifestação material inflamada de bestas humanas<br />
e outros fenômenos naturais. Essa ideia de consciência compartilhada é<br />
crucial para entender a filosofia e a cosmologia de Ifá. Como tudo que<br />
participa de um fogo divino compartilhado, tudo é divino. Poderíamos ler<br />
panteísmo ou animismo neste, bem como um monismo qualificado. Esses<br />
discursos filosóficos são, na verdade, de menor importância em relação às<br />
centelhas divinas que continuamente encontram outras centelhas divinas,<br />
porque tudo tem consciência original. Ifá é uma filosofia sobre comunhão e<br />
divindade compartilhadas; tudo contém o fogo divino tanto forte quanto fraco<br />
em sua dança bruxuleante. Quando a cabaça<br />
da criação caiu no chão, descobrimos que 200<br />
fragmentos foram formados no lado direito,<br />
mas um fragmento tomou forma à esquerda.<br />
Esta dinâmica é replicada em nossas mãos, a<br />
esquerda é um símbolo de contenção, força e<br />
proteção, e o direito é um símbolo de<br />
gratidão, boas-vindas e bênçãos. As duas mãos<br />
demonstram nossa capacidade de rasgar e<br />
recolher. Estamos nas mãos olhos orelhas<br />
pernas e nádegas um lembrete da importância<br />
da unidade e do poder que temos de ser autores de fortuna e azar dispersão<br />
e coleta. Esta ideia está codificada em uma das muitas interpretações da<br />
palavra Ẹnìyàn. Ènìyàn é um dos termos usados para descrever humanos, mas<br />
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também bruxas no Ọdú Ọṣà Ọgùndà. Ènì significa 'pessoas' e yn define a<br />
capacidade de escolhe ou escolha. Em outras palavras Ifá é claro que o<br />
homem veio à Terra com o livre arbítrio<br />
para escolher o que é bom ou o que é<br />
ruim embora o termo Ẹnìyàn envolve<br />
tanto o ato de eleição como eleito.<br />
Implica que os seres humanos foram<br />
escolhidos para fazer esta viagem porque<br />
foram escolhidos para fazer o bem e<br />
reconhecer os fragmentos da<br />
consciência divina espalhados por toda<br />
parte e de lá eles se reuniram em<br />
harmonia. Como o corpo de uma árvore<br />
ou o de uma montanha abriga uma centelha divina de consciência, o mesmo<br />
acontece com o nosso corpo humano. É uma casa sagrada para o fogo divino<br />
tomar uma forma única. Uma vez que tudo compartilha a mesma matéria<br />
divina, nossa própria constituição nos convida e nos permite aprender com as<br />
plantas, as árvores, as bestas e os espíritos. Nestes vemos nossa própria riqueza<br />
ou falta; e trabalhe na nossa perfeição. Quando testemunhamos tudo como<br />
raios divinos em movimento, formamos relações benevolentes e malévolas de<br />
uma maneira emocionalmente distante mas interessada. Abordagem ao<br />
mundo deixamos de julgar e simplesmente experimentamos. Nós seremos<br />
como estrelas e árvores seguras em sua consciência; Montanhas de integridade<br />
e gentileza que expandem a estabilidade e acolhem o mundo. O objetivo é<br />
tornar-se em dois a encarnação dos segredos conhecidos pela matriz e a hélice<br />
da consciência e do ser. Possuir um Àwọ nos permitirá avançar em direção<br />
ao nosso destino com dignidade e movimento medido. Vivenciamos através<br />
da mediação do Ábá e das ideais e a força com que realizamos essas ideais. A<br />
única Ìrùnmọlẹ" que tinha os dois poderes era Ọbàtàlà o rei vestido de branco.<br />
Ele é a força espiritual que traz ideais e sonhos àṣẹ força para fazer isso<br />
acontecer. Ele tomou a cabaça criar a Terra e deu à luz todos Ọrìșà do<br />
depósito da sabedoria divina o estado<br />
tranquila de ser e de todas as<br />
possibilidades de expressão que<br />
conhecemos como Ọlọdùmàrẹ. Não<br />
existem santuários ou bosques<br />
dedicados a Ọlọdùmàrẹ. Podemos orar<br />
como uma afirmação dos nossos eixo<br />
uma declaração de reconhecimento,<br />
mas vai como sussurros jogando<br />
nevoeiro. Ọlọdùmàrẹ é a origem de tudo, mas é diferente de tudo o que é e<br />
que é o polo que gera toda a paisagem conhecida ou misteriosa para nós. De<br />
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modo que cada ser ciente conhece suas origens precisa se reconectar com<br />
tudo o que existe em todas as árvores variações possíveis bestas plantas ainda<br />
mais desafiador ou outros seres humanos. Ifá ensina que, se algo existe, tem<br />
um propósito. Se ficarmos agitados ou perturbados, perdemos a sabedoria e,<br />
ao fazê-lo, entramos na encruzilhada de Ẹṣù, onde devemos tomar decisões.<br />
Essas escolhas podem ir conosco ou contra nós para desafiar a sabedoria ou<br />
alimentá-la. Precisamos desse contraste em<br />
nossa vida. Precisamos do punhal<br />
embebido em mel, tanto quanto<br />
precisamos do glace beijo vinagre porque<br />
onde quer que vemos o mal bondade é ao<br />
virar da esquina e cada vez que abraçar a<br />
bondade deve permanecer no abraço do<br />
amor. Isso irá desviar toda a negatividade.<br />
Somos fragmentos da consciência divina<br />
andando na terra. Com o nosso<br />
nascimento, ateamos fogo à terra com uma<br />
determinada energia. Abrimos a porta para uma experiência divina como boas<br />
almas nascido e abençoou embarcar em uma viagem que às vezes pode ser<br />
confuso ou desafiador, mas sempre gratificante sempre que escolher o bem.<br />
Repetidamente chegamos na encruzilhada da escolha alguns de nós tornamse<br />
guerreiros e interpretar tudo como situações, enquanto outros interpretam<br />
esta condição como outros como regentes escravos. A partir deste ponto,<br />
podemos entender o que somos e o que não estamos em um espírito de<br />
convite e interesse, pois rejeitamos delicadamente o negativo e de bom grado<br />
convidamos o positivo. Sua vida é sobre você e suas conquistas. É sobre como<br />
você abraça e ama o mundo e aqui encontramos o conceito de Ọrìșà. Àrá<br />
Ọrìșà és tu. Òrìṣà é Deus. Òrìṣà possui um fragmento único e limitado da<br />
consciência divina que serve como um<br />
espelho para o seu devir e permite que<br />
seu próprio deus seja mediado por<br />
possuir Àwọ. O número de Ọrìșà que<br />
veio para Àyẹ era 17. Este número é<br />
significativo porque 17 representa o<br />
princípio da multiplicação na<br />
cosmologia de Ifá e foi este poder que<br />
atraiu a própria terra. É o número de<br />
Ẹṣù e seu lembrete constante mãe Ọṣùn<br />
que Ẹṣù veio à terra para ajudar o homem a escolher o bem doçura escolha.<br />
Ifá não tem realmente uma hierarquia como tal à parte da cabeça Ọbàtàlà; e<br />
ṣù tail. - que formam os ouro boros que encapsulam a criação. A cabeça é o<br />
mediador suave de todas as coisas representadas pelos dois olhos na cabeça<br />
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da cobra e sua língua bifurcada. Também é representado pela jiboia sagrada<br />
de Ọbàtàlà. Ẹṣù é a cauda encruzilhada inicia um renovado ou leva-o para o<br />
deserto para entrar no corpo de uma direção<br />
inesperada criando um desafio que impulsiona<br />
você para a frente ou ciclo de força. Ifá ver tudo o<br />
que existe como emanações de um único campo<br />
para ser difusa ou misterioso chamado Ọlọdùmàrẹ<br />
o nome dado à força que se encontra nos reinos<br />
invisíveis como um reservatório silencioso de luz.<br />
Como mencionado anteriormente, o conceito de<br />
deus Yọrùbà é no ético e está de acordo com<br />
Plotino, mas também com o neoplatonismo.<br />
Ọlọdùmàrẹ está sempre escondido, é sempre um<br />
mistério. Este mistério pode ser experimentado em<br />
fragmentos de beleza através da criação nos<br />
mundos visível e invisível. Ọlọdùmàrẹ é o poder criador do calor do potencial<br />
divino e da luz. Ele é o dono do útero que dá cobras (boas ou pítons) na forma<br />
de Ọṣùmàrẹ o arco-íris. É Ọlọrùn Àlà o dono do tecido de luz no reino<br />
invisível; e Ẹlẹdà que permite que a vida flua de seu terceiro olho. Seu poder<br />
é apoiado por seus primogênitos princípios sùúrù (paciência) e Ẹlá (sabedoria<br />
/ pureza) através do qual fizeram tudo o que podemos conceber possível, quer<br />
em sonhos ou como uma extensão de consciência em movimento. Esses<br />
poderes conhecidos como Ọrìșà emanam de 'espíritos de casas de luz' que<br />
vieram à Terra com a tarefa específica de transformá-lo em um habitat de<br />
acordo com o espírito social da Ọnìlẹ Ìrùnmọlẹ. Dezesseis poderes em<br />
particular foram cruciais para a construção da Terra e tudo o que a envolve,<br />
incluindo a humanidade. Devemos entender 16 não como uma quantia fixa,<br />
mas sim como uma qualidade relacionado ao poder de multiplicação. Esta<br />
mentalidade é ainda afirmada quando Ifá revela que no início dos tempos,<br />
quando Àyẹ se tornou um planeta animado, os espíritos vieram da direita e<br />
da esquerda. Destes, 201 espíritos vieram da esquerda e estão associados com<br />
força e maleficência, enquanto 401<br />
vieram da direita representando<br />
benevolência e boa sorte. Esses<br />
números revelam que as forças da<br />
fortuna sempre superam as do<br />
infortúnio. Do lado esquerdo da<br />
força, apenas um Ọrìșà saiu e este foi<br />
Ọgùn. O restante das forças<br />
espirituais vindas da esquerda eram<br />
espíritos prejudiciais ao bem-estar humano. Estes são considerados como o<br />
arsenal de defesas necessárias para Ọnìlẹ com Ọgùn servindo como uma força<br />
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estabilizadora no meio de todos estes espíritos de obstáculos e dor. A partir<br />
da esquerda temos os<br />
espíritos conhecidos como<br />
Ẹlẹnìnì e Àjọgùn Àjẹ<br />
incluindo fenômenos como<br />
Ẹ̀gbá (paralisia) Ọfọ<br />
(prejuízo) Àrún (doença) Ìkù<br />
(morte) Ẹẹpẹ (maldições)<br />
que (socorro) e muitos mais. Isso não significa que Ọlọdùmàrè tenha<br />
projetado um mundo onde a batalha entre o bem e o mal se desenvolve<br />
constantemente; antes, a necessidade de um contraste radical na geração de<br />
um campo de experiência. Em outras palavras, para permitir criação, contraste<br />
e oposição são essenciais. Esta polaridade necessária encontra-se no simples<br />
binário de 0 e 1 ausência e presença noturna e diurno destes princípios gerais<br />
estende-se a uma multiplicidade de formas. A divindade habita nesta<br />
atmosfera de contemplação e mistério. Uma vez que estas forças hostis são o<br />
resultado de uma necessidade cósmica que suporta a criação é importante<br />
para entender como criar a sua própria vida para que eles possam estar<br />
ausente, mas presente no mundo. Ifẹ diz em toda a sua corpus que a ausência<br />
de maléfica é conseguido através do desenvolvimento de um bom caráter<br />
acumular sabedoria e paciência sendo respeitoso dos antepassados e<br />
interessados no meio ambiente. Portanto, a presença do maléfico nos convida<br />
a entendê-los como forças que nos tentam e nos ajudam a tomar as decisões<br />
certas e adequadas. Para acumular sabedoria, precisamos entender as muitas<br />
maneiras que são conscientes e, portanto, é apropriado para olhar mais de<br />
perto alguns dos Ọrìșà bem conhecidos porque revelam a condição de energia<br />
do mundo e os seres humanos. Entre os primeiros dezesseis Ọrìșà de<br />
importância para o nosso mundo encontrar Ọbàtàlà, Ọgùn, Ọyá Ṣàngò,<br />
Ẹgùngùn, Ǫbalúwayẹ, Ọlọkùn, Àjẹ Șàlùgà, Ọṣùn e Ẹṣù todos os quais<br />
representam poderes importantes<br />
relacionados com a criação. Esses<br />
poderes também estão relacionados<br />
com o estabelecimento do Império<br />
Yọrùbà e seus 16 estados da cidade<br />
original com o ọnì (rei) de Ilé Ifẹ<br />
representando o eixo destas<br />
dimensões místicas. Este resort é<br />
ilustrada pelos muitos andares do<br />
corpus Ifá língua venturas e desventuras dos vários Ọrìșà durante a sua viagem<br />
em Àyẹ. Eles nos ensinam que tipos de situações e energias devemos evitar e<br />
como integrar as lições da vida para transformar o infortúnio em fortuna.<br />
Também deve ser mencionado que essas histórias falam de pessoas que<br />
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manifestaram essas qualidades em suas vidas e, assim, deram um exemplo<br />
para a posteridade. Para familiarizar-se com as histórias e ensinamentos de<br />
homens animais espíritos árvores e plantas aumentar o nosso próprio<br />
conhecimento e prestar atenção e respeito à nossa herança e meio ambiente.<br />
Agora vamos olhar mais de perto para Ọbàtàlà que fez a terra seca e o corpo<br />
de tudo que sustentaria uma alma. Também veremos Ọgùn que fez estradas<br />
por toda a terra e forjou a coluna e o esqueleto no homem e nos animais; em<br />
Ọyá a mãe do vento e o feroz Ṣàngọ. As águas férteis e doce Osun e a<br />
capacidade de doença e cura Ǫbalúwayẹ e segredos da medicina tem ser<br />
discutido Osanyin. Eles Ẹgùngùn ser considerados os ossos de descida e no<br />
cruzamento da tradição e do complexo aquático Àjẹ Ọlọkùn Șàlùgà Ọṣúpá e<br />
Iyẹmànjá; e antes de concluir a apresentação de "rììàs, é claro que falarei de<br />
Ẹṣù.<br />
Por:<br />
Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />
ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />
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ÌYÀMMÌ ỌṢỌRỌNGÁ E O MITO DA<br />
CRIAÇÃO DA ROUPA DE BÀBÀ ẸẸGÙN<br />
Ọṣà Mẹjì é rico. Potente grito. Barulho de sino (Ájíjí) chega no além. Ifá é<br />
consultado para Odù, no dia em que ela vem do<br />
além para a terra. Ifá é consultado para Ọbárìșà,<br />
no dia em que ele vem do além para terra. Ifá é<br />
consultado para Ọgùn, no dia em que ele vem do<br />
além para terra. Este três chegam. Entre eles<br />
somente Odù é e a mulher entre eles. Odù diz, tu<br />
Ọlọdùmàrẹ, assim vão eles na terra. Ela diz,<br />
quando chegarem lá, como ficará? Ọlọdùmàrẹ<br />
diz, eles irão para a terra, boa será a terra. Ele diz,<br />
tudo o que eles quiserem fazer então, dará o<br />
poder, é tudo ficará bem. Ọgùn caminha na<br />
dianteira. Quando Ọgùn caminha na frente deles<br />
Ọbárìșà segue. Quando Ọbárìșà segue, Odù vem após. Quando Odù vem<br />
após, ela volta atrás. Ela diz, tu Ọlọdùmàrẹ. Ela diz, a terra para onde eles<br />
assim vão. Ela diz, Ọgùn, ela diz, tem o poder dos combater, ela diz, ele tem<br />
sabre, ele tem o fuzil, ela diz, ele tem todas as coisas para fazer a guerra. Ela<br />
diz, Ọbárìșà, ela diz, ele também tem o poder. Ela diz, com o poder que ele<br />
tem, ela faz tudo o que quiser. Ela diz, é mulher entre eles, ela é Odù. Ela diz,<br />
que poder é o seu? Ọlọdùmàrẹ diz, qual é teu poder? Ele diz, tu serás<br />
chamada, para sempre, mãe deles. Ele diz, porque quando todos os três<br />
partistes, ele diz, tua única mulher retornaste. Ela diz, a ti, esta mulher, é dado<br />
o poder, que faz dela mãe deles. Ele diz, tu susterás a terra. Ọlọdùmàrẹ lhe<br />
confere este poder. Ao lhe conferir o poder, ele lhe confere o poder do<br />
pássaro, ele lhe dá o poder de Ẹlẹyẹ (proprietária do pássaro). Quando ele<br />
lhe deu o poder de Ẹlẹyẹ, Ọlọdùmàrẹ diz, está bem. Ela diz, está cabaça de<br />
Ẹlẹyẹ que ele lhe deu, ele diz, conhecerá ela seu emprego na terra? Ele diz,<br />
que ela conheça seu emprego na<br />
terra. Odù diz, ela o conhecerá.<br />
Ela recebe o pássaro de<br />
Ọlọdùmàrẹ. Então ela recebe o<br />
poder que ela utilizará com ele.<br />
Ela parte. Ela está na iminência de<br />
partir. Ọlọdùmàrẹ a chama para<br />
que ele volte novamente. Ele diz,<br />
está bem, ele diz, retorna. Ele diz,<br />
tu Odù, ele diz, retorna. Ele diz,<br />
quando ela chegar à terra, ele diz, como irás utilizar teus pássaros, e as forças<br />
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que ele lhes deu? Ele diz, com irá ela utilizá-los? Odù diz, todos aqueles que<br />
não lhe tiverem dado ouvidos, ela diz, ela os combaterá com os pássaros. Ela<br />
diz, aqueles que não vieram pedir-lhe uma<br />
indicação, (aqueles) que assim fizeram, que<br />
não ouvi tudo aquilo que ela disser, ela diz,<br />
ela os combaterá. Ela diz, aquele que dela se<br />
aproximar para pedir ter dinheiro, ela diz, ela<br />
lhe dará. Ela diz, aquele que pedir-lhe para<br />
gerar, ela diz, ela o concederá. Ela diz, se<br />
tivesse dado dinheiro a alguém, se, em<br />
seguida, ele se mostrasse impertinente para<br />
com ela, ela diz, que o tomaria de volta. Ela<br />
diz, se tivesse dado um filho a uma pessoa,<br />
se, em seguida, ela se mostrasse impertinente<br />
para com ela, ela diz que o tomaria de volta.<br />
Ela diz, tudo aquilo que ela fizer por alguém,<br />
se, em seguida, ele se mostrasse impertinente para com ela, ela diz que ela o<br />
tomaria de volta. Ọlọdùmàrẹ diz, está bem. Ele diz, nada mau. Ele diz, utiliza<br />
com calma o poder que te conferi. Se ela o utilizasse com violência, ele o<br />
tomaria de volta, e de todos os homens que te seguirão, faço de ti a mãe deles.<br />
Toda coisa que agradar-lhe fazer, é coisa que deverão anunciar a ti, Odù. A<br />
partir de então Ọlọdùmàrẹ conferiu o poder à mulher, porque aquele que<br />
então recebeu o poder se chamava Odù. Ele dá às mulheres o poder de dizer<br />
tudo aquilo que lhes agradar. Sozinho o homem nada poderá fazer na<br />
ausência da mulher. Odù chega à terra. Quando chegam juntos à terra, em<br />
todas florestas que veem, que eles chamam a floresta de Ẹẹgùn, a mulher entra<br />
nelas. Aquela que eles chamam a floresta de Ọrọ, a mulher entre nela.<br />
Naquele tempo não havia proibição<br />
alguma para que a mulher não ousasse<br />
entrar em floresta alguma. Ou para que<br />
uma mulher não ousasse entrar em<br />
nenhum pátio dos fundos. Se eles querem<br />
adorar Ẹẹgùn, se querem adorar Ọrọ, se<br />
querem adorar todos os Ọrìșà, a mulher os<br />
adora naquele tempo. Quando assim<br />
realizam o culto, ah! A antiga (Àgbà)<br />
exagerou, ela caiu em desgraça. Ifá é<br />
consultado para Odù, quando Odù chega<br />
à terra. Ei! Dizem, eles tu Ọdú, eles dizem,<br />
ela deve agir com calma, que ela tenha paciência, que não o seja imprudente.<br />
Odù diz, por quê diz, não é nada disso. Ela diz, ele não? Eles dizem, por causa<br />
do poder que Ọlọdùmàrẹ te deu, eles dizem, para que as pessoas não saibam<br />
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a razão disso. Odù diz (Ora essa!) Ela são capazes de conhecer o motivo. Ela<br />
diz, somente ela foi junto de Ọlọdùmàrẹ. Receber<br />
o poder não foi na presença dos outros que<br />
chegaram à terra com ela, não foi de modo algum<br />
na presença deles. Quando assim falaram a Odù,<br />
disseram-lhe que ela faça oferendas. Odù diz, de<br />
modo algum! Ela diz, ela não fará oferendas. A<br />
oferenda para que a mulher receba o junto a<br />
Ọlọdùmàrẹ, ela a fez. Mas ela não deve rejubilarse<br />
exageradamente. Ela é capaz de utilizar essas<br />
coisas durante muito tempo. As pessoas não<br />
podem estragar aquilo que ela tem nas mãos. As<br />
pessoas não pessoas não podem conhecer os<br />
motivos de sua força. Ela não fará oferendas. Ela<br />
parte. Ela põe para fora (a roupa de) Ẹẹgùn. Ela<br />
faz Ọrọ sair para fora. Todas as coisas, não existem coisas que ela não faça,<br />
naquele tempo. Ọbárìșà vem, ele diz, hein! Ele é aquele a quem Ọlọdùmàrẹ<br />
confiou a terra. Esta mulher enérgica quer tomar a terra, e o pátio dos fundos<br />
(lugar no culto) de Ẹẹgùn, e o pátio dos fundos de Ọrọ, e o pátio dos fundos<br />
de todos os Ọrìșà. (Ele) não ousa entrar em nenhum deles. Ah! esta mulher<br />
vem tomar a terra. Ọbárìșà vai consultar (um) Bàbàlàwọ. O Bàbàlàwọ a quem<br />
ele vai consultar, é Ọrùnmìlà quem é consultado por ele naquele dia, é<br />
exatamente Ọrùnmìlà que ele vai consultar. Ele diz que Ọrùnmìlà examine,<br />
que diz o oráculo? Ao lugar para onde vem juntos, eles moram, em um único<br />
local. O caracol que Ọrìșà ofereceu, Ọrìșà pega, adora sua cabeça com ele.<br />
Ọrìșà adora sua cabeça com o caracol no lugar onde ele mora. Quando Ọrìșà<br />
terminou adoração, então bebe a água (contida na<br />
concha) do caracol. Quando ele bebeu a água da (concha)<br />
do caracol. Ele diz, tu Odù também queres beber? Diz,<br />
Odù, não tem importância. Odù recebe a água de caracol<br />
para beber. Quando Ọdú bebeu a água de caracol, o<br />
ventre (o humor) de Odù se acalma. No lugar onde seu<br />
humor se acalma, ela diz, ah! ela diz, tu Ọrìșà, ela diz, ela<br />
conhece através dele um coisa deliciosa de se comer. Ela<br />
diz, a água do caracol é doce, o caracol também é doce?<br />
Quando terminou de comer, ela diz, isto é bom. Nunca<br />
lhe deram coisa tão boa de se comer quanto o caracol. Ela<br />
diz, o caracol é o que se deve dar a ele para comer. Ela<br />
diz, exatamente o caracol que tu, Ọrìșà, comes, ela diz,<br />
devemos dar a ele. Ọrìșà diz que lhe deem caracóis, ele<br />
diz, mas teu poder que não me mostraste, ele diz, é a única coisa que me<br />
entristece. Ele diz, toda coisa, qualquer outra coisa que possuas, ele diz, tu<br />
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ousas mostrá-las, tu Odù. Ọrìșà assim fala. Quando Ọrìșà assim falou, Odù<br />
diz, quando ela veio ficar com ele em um único lugar, ela diz, tudo aquilo que<br />
ele fizer, ela nada esconderá dele. Ela diz, tudo aquilo que ela fizer, ela nada<br />
esconderá. Ela diz, ele poderá ver todos os seus trabalhos e todos os seus<br />
hábitos. Ela diz, ela fica com ele em um único lugar. Ọbárìșà diz, nada mau.<br />
Quando Ọrìșà diz nada mau, eles estão juntos. Ele estão juntos, querem<br />
adorar Ẹẹgùn. Odù traz as coisas com as quais adora Ẹẹgùn, ela as leva para<br />
o pátio dos fundos de Ẹẹgùn. Ela diz a Ọbárìșà que a siga. Ah! Ọbárìșà diz que<br />
está assustado. Ela diz que ele a siga. Ọbárìșà segue. Quando Ọbárìșà segue<br />
(e) entra na floresta de Ẹẹgùn, eles adoram<br />
Ẹẹgùn. Quando eles adoram Ẹẹgùn, Odù se<br />
cobre com a roupa de Ẹẹgùn. Mas ela não sabe<br />
como se faz o som (da voz) de Ẹẹgùn, como se<br />
faz a voz de Ẹẹgùn, Odú não sabe. Ela sabe<br />
somente cobrir-se coma roupar, ela sabe<br />
somente fazer as orações, como todo mundo.<br />
Mas ela não sabe como se fala com a voz dos<br />
seres do além. Quando eles adoraram Ẹẹgùn,<br />
Odù pega a roupa, cobre-se com ela. Ela faz<br />
votos de felicidade a uma pessoa que trouxe<br />
comida. Quando terminou os votos, ela sai.<br />
Quando saiu, ela e Ọbárìșà, chegou para eles o<br />
tempo de ir para casa. Ọbárìșà vai ao lugar (onde<br />
se encontra) a roupa. Antes a roupa de Ẹẹgùn não tinha rede. Ọrìșà<br />
acrescentou a rede. A rede por onde Ẹẹgùn pode ver. Naquele tempo Ẹẹgùn<br />
tinha uma roupa simples. Quando as mulheres faziam Ẹẹgùn o tecido era<br />
simples. Elas faziam um furo no lugar do rosto para<br />
que elas (pudessem) ver um pouco. (Não havia),<br />
naquele tempo elas faziam um furo no lugar do rosto<br />
de Ẹẹgùn. Mas quando Ọbárìșà chega, Ọbárìșà vem<br />
acrescentar a rede. Depois que eles chegam à casa,<br />
Ọbárìșà vai novamente ao pátio dos fundos de Ẹẹgùn.<br />
Ele pega (a roupa de) Ẹẹgùn, corta o lugar do rosto, aí<br />
põe a rede. Após colocar a rede, ele se cobriu com a<br />
roupa de Ẹẹgùn. Quando se cobriu com a roupa de<br />
Ẹẹgùn, pega o chicote. Empunha o chicote. (Não se<br />
despediu de Odù, dizendo que vai ao pátio dos fundos<br />
de Ẹẹgùn, no lugar de onde ele sai.) Ọbárìșà fala com<br />
a voz de Ẹẹgùn. Fala com a voz de Ẹẹgùn, eles não<br />
distinguem sua voz. Faz votos, eles não distinguem sua voz. Aquele que quer<br />
poderio adorar Ẹẹgùn diz hein! Ele diz ah! ele diz Ẹẹgùn que ele adora e, com<br />
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efeito, verdadeiro, ele diz um dos seres do além<br />
veio à terra, ele empunha o chicote. O chicote que<br />
ele assim empunhou, arrasta-o no chão. Fala então<br />
coma voz de Ẹẹgùn. No lugar onde se encontra,<br />
ele fala coma voz de Ẹẹgùn. Ele se torna uma coisa<br />
que assusta Odù. Ah! ah! quando ela veste a roupa,<br />
não conhece esse modo de falar. Ah! ah! quem<br />
entrou rapidamente na roupa? Quem, em seguida,<br />
falou rapidamente com esse semelhante voz? Com<br />
inteligência o homem toma o poder. E toda a<br />
inteligência da mulher, com inteligência o homem<br />
toma das mãos das mulheres. Ọlọdùmàrẹ, em<br />
primeiro lugar, transmitiu a inteligência e o poder<br />
de Ẹlẹyẹ à mulher. Mas com inteligência e astúcia<br />
o homem toa a inteligência da mão das mulheres.<br />
Quando Odù viu que esse Ẹẹgùn em torno de toda a cidade. Odù viu então<br />
que a roupa é sua. Quando ela viu que a roupa é sua, ela diz, quem é este ai?<br />
Ela não vê Ọbárìșà na casa. Ela diz, esse aí é Ọbárìșà? Odù permanece em<br />
casa. Ela envia seu pássaro. Ela lhe diz que vá empoleirar-se no ombro (de<br />
Ẹẹgùn). Eles devem ir juntos. Tudo aquilo que Ẹẹgùn disse, age pelo poder<br />
do pássaro, empoleirando em seu ombro. Quando tudo aquilo que ele diz se<br />
realizou, (e) quando ele volta para casa. Ele volta ao pátio dos fundos de<br />
Ẹẹgùn. Ele se despe no chão. Ele coloca o chicote no chão. Torna a pôr sua<br />
própria roupa. Sai. Ẹlẹyẹ vai para perto de sua proprietária (Odù). Quando<br />
ele volta para casa. Então Odù o saúda. Ela diz, sê<br />
bem- vindo. Ela diz, de onde vem ele? Ọbárìșà diz,<br />
ele vem de fora. Odù diz, nada mau. Ela diz, sê<br />
bem-vindo. Então Ọbárìșà esparrama no chão todas<br />
as coisas que recebeu. Quando ele as esparramou,<br />
Odù diz, está bem. Ela diz, então foi sua roupa de<br />
Ẹẹgùn que ele conduziu para fora? Ọbárìșà diz,<br />
assim é. Odù diz, está bem. Ela diz,<br />
verdadeiramente a ele convém mais do que a ela<br />
fazê-la (sair). Ela diz, toda essa gente, ela diz, grita,<br />
eis Ẹẹgùn! Eis Ẹẹgùn! Ela diz, eles gritam por causa<br />
dele. Ela diz, ele arrasta seu chicote no chão, ela diz,<br />
a honra cabe a ele. Ela diz, a partir de hoje, ela diz,<br />
ela concede Ẹẹgùn ao homem. Ela diz, por causa dela, ela diz, mulher alguma<br />
nunca mais ousará entrar na roupa de Ẹẹgùn. Ela diz, por causa de Ọrișálá,<br />
ela diz, ela dá Ẹẹgùn ao homem. Ela diz, mas se ele deve sair, ela diz, ela tem<br />
o poder que ele utiliza. O motivo se deve à amizade entre Ẹẹgùn e Ẹlẹyẹ. No<br />
lugar de onde vem Ẹẹgùn, as Ẹlẹyẹ (também) vêm. Todo o poder utilizado<br />
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por Ẹẹgùn é o poder de Ẹlẹyẹ. Odù diz, mulher alguma jamais entrará na<br />
(roupa) de Ẹẹgùn. Mas ela poderá dança, ir ao encontro de Ẹẹgùn, quer dizer<br />
que se Ẹẹgùn sair, ele dançará diante dele, ele dançará na estrada, ao encontro<br />
de Ẹẹgùn. Ela diz, a mulher fará isto unicamente. Ela diz, a mulher não ousará<br />
nunca mais entrar no pátio dos fundos. Ela diz, a partir de hoje é o homem<br />
que levará Ẹẹgùn para fora. Ela diz, ninguém, nem os netos, nem os velhos<br />
poderão zombar da mulher. Ela diz, a mulher tem mais poder sobre a terra.<br />
Ela diz, além do mais, a mulher nos pôs no mundo. Ela diz, todo mundo<br />
nasceu da mulher. Ela diz, todas as coisa que as pessoas quiserem fazer, se<br />
não forem ajudadas pelas mulheres, ela diz, não podem fazer. (É por este)<br />
motivo que os homens nada podem fazer na terra, se não obtiverem das mãos<br />
das mulheres. Eles cantam. Ọbárìșà também canta. Quando é o quinto (dia),<br />
eles fazem (a festa da semana. Ele diz que todos os cânticos que eles cantarão<br />
serão este aqui, vindos do (Ọdú de Ifá) Ọṣà Mẹjì. Ele diz, eles saúdam as<br />
mulheres, ele diz, se eles saudarem as mulheres, a terra será tranquila. Eles<br />
cantam assim: “Dobrai o joelho, dobrai o joelho para as mulheres. A mulher<br />
nos pôs no mundo, assim somos seres humanos. A mulher é a inteligência da<br />
terra, dobrai o joelho para a mulher. A mulher nos pôs no mundo, assim<br />
somos seres humanos”.<br />
Por:<br />
Àwọ Ifákàiyọdẹ<br />
Júlio César<br />
Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />
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Àbọrù Àbọyẹ Àbọsísẹ<br />
Muita gente tem o péssimo hábito de misturar o panteão Fọn (Jẹjẹ) com o<br />
Panteão Yọrùbà, sabemos que o Jẹjẹ tem diversas divindades Vọdùn<br />
serpentes, porém nós que somos adoradores de Ọrìșà também temos Ọrìșà<br />
Serpente. Serpente em Yọrùbà se diz "Ẹjọ".<br />
Temos quatro Ẹjọ, cobras.<br />
Ọṣùmàrẹ é erroneamente comparado a<br />
Vọdùn como Dan, Bẹssẹn e Frẹkwẹn mas<br />
ele não tem quaisquer relação com estas<br />
divindades. Ọṣùmàrẹ foi um Bàbàlàwọ que<br />
atendeu muitos reis, entre eles Ṣàngò,<br />
Iyẹmànjá e Ọlọkùn Sẹnìádẹ, após se tornar<br />
Ọrìșà ele passou a viver junto a Ọlọdùmàrẹ.<br />
Ele não é irmão de Ìyẹwà ou Ọbálúáìyẹ.<br />
Ọṣùmàrẹ é o Ọrìșà do arco-íris e da chuva, e<br />
é simbolizado pela serpente furta cor. Ìyẹwà<br />
também e confundida com um Vọdùn<br />
homônimo (há quem diga que na verdade ela possui culto duplo sendo tanto<br />
Vọdùn quanto Ọrìșà, mas e de bom tom que a pessoa que cultua se atenha a<br />
uma única tradição para não se embananar.) Ìyẹwà foi esposa de Orunmilá e<br />
de Àjàgùn, foi Aprendiz de Oxóssi e amante de Ṣàngọ. É o Ọrìșà do Ọdọ<br />
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Ìyẹwà, tem poderes sobre a névoa e sobre as águas, mas há tradições que se<br />
relaciona está Ìyàbà ao Fogo. Ela não irmã ou parente de Ọṣùmàrẹ. É<br />
simbolizada por uma cobra azulada ou avermelhada.<br />
Ábàtán e a Esposa de<br />
Ẹrìnlẹ/Ẹynlẹ (Ọdẹ Ìnlẹ), usa um<br />
Ọfà dourado. É muito<br />
ciumenta, vive no lodo na<br />
margem do rio e nos pântanos.<br />
É mãe de Ọtìn, seu culto e<br />
absolutamente entrelaçado ao<br />
de Ẹrìnlẹ e Ọṣanyìn e ela os<br />
auxilia com seus dotes de cura. Se conta que adotou a filha bastarda que Obá<br />
teve com Ìnlẹ e a criou como filha. É um Ọrìșà da água parada, das poças e<br />
da lama. Ábàtán é representada pela cobra branca ou amarela, sempre está<br />
nos ombros do marido.<br />
Mọnámọná é a Ọgùn Ẹjọ (Serpente de Ọgùn), é<br />
uma espirito a que é representada ou pela própria<br />
cobra viva ou por serpentes de metal enroladas<br />
em adornos como cabo de espadas e em símbolos<br />
de Ọgùn. Mọnámọná não é Ọgùn e sim uma<br />
serpente sagrada dentro de seu culto. Ọgùn tem o<br />
Ase de Mọnámọná em seu lado caçador e<br />
guerreiro, nisto Ọgùn tem o "bote da serpente", o<br />
reconhecimento da terra e a agilidade das cobras,<br />
por isso Ọgùn e alguns de seus sacerdotes<br />
carregam essa serpente enroladas em seu corpo.<br />
Quando inventaram a família da palha no candomblé as pessoas fizeram<br />
comparações com Vọdùn, porém para o panteão Yọrùbà não existe nenhuma<br />
família Ji ou Kẹrẹjẹbẹ. Essa família na verdade e composta por "achismo", ou<br />
seja, gente que acha Vọdùn parecidos com Ọrìșà e aí comparam e integraram.<br />
Mas jamais encontrarão quaisquer referência dessa família nas tradições fora<br />
do Brasil, isso foi criado aqui mas com certeza serviu mais para confundir do<br />
que para difundir. Sempre se lembrem que Ọrìșà, Nkísí e Vọdùn não são a<br />
mesma coisa, eles vem de países diferentes com dialetos distintos, de culturas<br />
diferentes e seus cultos se dão em situações diferentes e com finalidades<br />
diferentes. A cultura Negra sofre muito preconceito e nós que somos<br />
religiosos temos por dever preservar o máximo que pudermos para que não<br />
se perca, por isso evitem misturas pois ao misturar as coisas a tradição fica<br />
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abalada. Aqui citei 4 serpentes mas há possibilidade que existam mais Ọrìșà<br />
Ẹjọ, com o tempo vamos descobrindo mais.<br />
Ọṣùmàrẹ, Ìyẹwà, Ábàtán e Mọnámọná sejam louvados todos os dias!!!<br />
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