03.11.2018 Views

REVISTA OMO IFA EDIÇÃO 103

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Edição <strong>103</strong><br />

01/10/2018<br />

SOCIEDADE ỌGBỌNI<br />

ÀWỌ<br />

IFÁBÙNMÌ FÁTÙMBÍ<br />

MARCO RODRIGUES<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

IFÁȘỌLÁ IFÁDÀHÚNȘÍ<br />

CLAUDIO FILADELFO<br />

ÁWỌGBÁMÍPẸ<br />

ÀWỌ ỌLADẸLẸ<br />

JOSÉ RODRIGUES<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 1 de 67


Eventos: 200,00 meia página<br />

Festa: 200,00 meia página<br />

Produtos, 200,00 meia página<br />

Serviços, 200,00 meia página<br />

Eventos: 350,00 inteira<br />

Festa: 350,00 inteira<br />

Produtos, 400,00 inteira<br />

Serviços, 400,00 inteira<br />

Participar da revista escrevendo:<br />

50,00 por página.<br />

Contato: ifabunmi@gmail.com<br />

Tel Zap: 61-99883-0914<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 2 de 67


Na cultura Yọrùbà, a mulher é vista de diferentes<br />

maneiras: como mãe, esposa, filha, deusa e até<br />

bruxa. Para os Yọrùbà, o maior valor dado a<br />

mulher é o de mãe, porque o povo Yọrùbà<br />

reverenciam as mães, que eles também chamam<br />

de Ìyà nlá (grandes mães) ou de Ìyáàmi (nossas<br />

mães ancestral). Acredita-se que as mães<br />

possuem poderes espirituais e divinos, elas são<br />

muito importantes na cultura Yọrùbà, porque<br />

delas, depende a continuidade da humanidade.<br />

O papel da mulher Yọrùbà vai além do papel de<br />

mãe. Ela atua ativamente nas atividades<br />

econômicas da família e o lugar social ocupado<br />

pela mulher Yọrùbà, sem dúvida, possibilita-lhe o exercício de um poder<br />

fundamental para a vida africana. As mulheres se desenvolveram na cultura,<br />

na economia e até mesmo na administração de reinos Yọrùbà. Elas ocupam<br />

postos importantes e fiscalizam o funcionamento do Estado. Foi criada a<br />

Sociedade de Gẹlẹdẹ, para honrar e homenagear as Grandes Mães. Essa<br />

Sociedade demonstra o reconhecimento ao<br />

poder especial das mulheres e que pode ser<br />

usado para malefícios e para benefícios. São<br />

poderes e força espiritual de vida, entre outros.<br />

Essas poderosas mães precisam se acalmadas,<br />

homenageadas e agradadas. Na cultura Yọrùbà,<br />

as mulheres sempre estão ligadas à Deusas<br />

Africanas, como Ọṣùn, Iyẹmànjá, Ọyá, entre<br />

outras. Todas são associadas às águas de alguma<br />

forma. A água, na cultura Yọrùbà representa a<br />

indispensabilidade e a fonte de vida, exatamente<br />

como as mães são para os Yọrùbà. As mulheres<br />

são indispensáveis para os Yọrùbà, elas são como<br />

a água. A água é benevolente para a vida, mas pode também ser malevolente,<br />

causando enchentes e até tsunami. Assim é o poder das mães, das mulheres.<br />

A virtude que as mulheres têm de poder trazer filhos ao mundo, um fato<br />

maravilhoso e quase mágico, as aproxima do divino. Em muitos povos<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 3 de 67


antigos, esse fato era inexplicável, por isso as mulheres sempre foram vistas<br />

como possuidoras de certo poder<br />

especial. Fala-se da famosa intuição<br />

feminina", mas, em todas as culturas<br />

há sempre uma tendência a<br />

transformá-la em "bruxa", no sentido<br />

de crer que tem poderes inatos para<br />

comunicar-se com forças além do<br />

alcance do entendimento do homem.<br />

O mito da "bruxa" que voa na vassoura<br />

acompanhada por pássaros macabros<br />

é quase mundial. Também temos a relação da fecundidade com o misterioso<br />

sangue menstrual, que é o marco da passagem da menina numa mulher, daí<br />

em mais algum tempo, será considerada também uma Ìyàmmì, aquela que a<br />

qualquer momento inchará o ventre, revelando que tem em seu interior a<br />

"cabaça da existência", o caminho pelo qual todos vêm do Ọrùn para o Àyẹ.<br />

Porém, percebe-se que o poder das Ìyàmmì, representa o próprio poder<br />

criador, criativo, que para trazer o novo, precisa destruir o velho. É a própria<br />

ordem natural, o ciclo de vida e morte que é a síntese do poder feminino.<br />

Representam os poderes místicos da mulher em seu duplo aspecto – protetor<br />

e generoso/perigoso e destrutivo. Sem o poder feminino, sem o princípio de<br />

criação, não brotam plantas, os animais não se reproduzem, a humanidade<br />

não tem continuidade. Assim, a mulher é o princípio da criação e preservação<br />

do mundo. Sem a mulher não existe vida, e por esse motivo deve ser<br />

reverenciada e respeitada. A mulher está diretamente ligada ao divino, serve<br />

como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar vida.<br />

A mulher é vista como o útero fecundado, a cabaça que contém a vida, a<br />

responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da<br />

comunidade. A mulher tem o poder<br />

da vida, pois todos são gerados no<br />

ventre feminino, todos nasceram de<br />

uma mulher, sendo<br />

fundamentalmente importante se<br />

curvar ante à poderosa mãe. Todas as<br />

mulheres e todas as Divindades<br />

femininas, principalmente Ọṣùn,<br />

Iyẹmànjá, Ọyá e Nanã, possuem uma<br />

grande ligação com Ìyàmmì. O poder<br />

feminino também é falado no Odù Ọṣẹtùrà. Ifá diz nesse Odù, que se não<br />

damos as honras e respeito às mulheres, elas tem a capacidade de destruir o<br />

mundo. A vida da humanidade está no ventre de uma mulher. Ọṣẹtùrà nos<br />

ensina que não devemos desprezar o valor das mulheres. Todos os Ọrìșà<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 4 de 67


sabem do poder que Ọlọdùmàrẹ deu a Ọṣùn, e por esse motivo devemos darlhe<br />

grande respeito.<br />

No Odù Ọṣà Mẹjì, Ifá diz que todas as pessoas devem sempre respeitar as<br />

mulheres, pois a sabedoria do mundo pertence a elas.<br />

O Odù Ọyẹkù Mẹjì simboliza o princípio feminino. Quando Ẹjìọgbẹ<br />

(principio masculino) e Ọyẹkù deram à luz outros quatorze Odù<br />

Principais.<br />

No Odù Ọdì Mẹjì, Ifá diz que nesse Odù nasceram os órgãos genitais<br />

feminino.<br />

A figura feminina na Pré-História tinha um enorme peso nas sociedades de<br />

todo o mundo. Não eram sociedades<br />

matriarcais, e sim matricêntricas, pois a mulher<br />

não dominava, mas as sociedades eram<br />

centradas nela por causa da fertilidade. Assim,<br />

pela sua inexplicável habilidade de procriar, as<br />

mulheres eram elevadas à categoria de<br />

divindades. Vestígios paleolíticos revelam que o<br />

feminino ocupava um lugar primordial, pois<br />

deste período foram encontradas estatuetas<br />

femininas, pinturas e objetos, que mostram que<br />

cultuavam a mulher como um ser sagrado. A<br />

mulher no Egito possuía um status privilegiado<br />

em comparação aos de outras civilizações<br />

antigas, dado pela igualdade entre os sexos como um fato natural, sendo<br />

comum aparecer claramente a visão feminina em alguns textos de Instruções<br />

de Sabedoria. E quando casadas podiam intervir na gestão do patrimônio<br />

familiar. Os Ọrìșà são considerados nossos genitores, uma vez que associados<br />

a elementos cósmicos ou à natureza. Dessas energias que interagem e se<br />

entrelaçam, emanam as formas<br />

materiais que abrigam a nossa<br />

existência individualizada na Terra,<br />

desta forma representado pelos nossos<br />

Ìgbà que representa o Àrá (corpo<br />

físico). O Poder Feminino foi, desde<br />

que o ser humano tomou consciência<br />

de si, associado à capacidade de criar e<br />

destruir a Vida, reverenciado como<br />

controlador das grandes energias<br />

sobrenaturais. Suas imagens, sob diversas formas, são as primeiras<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 5 de 67


manifestações artísticas nos sítios arqueológicos desde o Paleolítico, sempre<br />

representando a fertilidade e primeiro<br />

contato do ser humano com o Divino. A<br />

Terra precisa ser aguada constantemente,<br />

recebendo o “sangue branco” da chuva -<br />

para propiciar nossa alimentação e<br />

sobrevivência. Então a Mãe Terra – na<br />

cultura africana conhecida por vários<br />

nomes, sendo o mais popular atualmente,<br />

Ọnìlẹ - passa a ser reconhecida como<br />

organismo vivo e cultuada como<br />

Divindade. Èlà é Àgbà-nlá, a grande<br />

cabaça doadora de Vida que precisa ser sempre ressarcida, pois o equilíbrio é<br />

mantido através de um constante sistema de compensação. Alimenta-se dos<br />

corpos mortos para que lhe seja restituída a capacidade geradora. Restituição<br />

e renascimento são a espinha dorsal dos ensinamentos de Ifá, que por sua vez<br />

sustentam a concepção Yọrùbà das relações entre o Ọrùn (o universo<br />

espiritual) e o Àìyẹ (a manifestação material). Então, Ìkù (a morte) restitui à<br />

Terra o que lhe pertence, permitindo, assim, os renascimentos e, sob esse<br />

aspecto, seria simbolicamente importante como instrumento de restituição de<br />

àṣẹ (energia vital). Toda restituição demanda destruição da matéria<br />

individualizada que, uma vez reabsorvida, vai nutrir a massa geradora,<br />

restauradora de àṣẹ – num ciclo contínuo que perdurará enquanto o planeta<br />

existir. Sendo a Terra aquela que, desde os primórdios, tudo vem<br />

testemunhando e até hoje nada acontece fora da sua presença, costuma-se<br />

realizar pactos em Seu nome e a esse testemunho recorremos quando nos<br />

sentimos injustiçados. Talvez esteja nessa necessidade imperiosa de ser<br />

constantemente ressarcida e aguada para poder<br />

procriar com abundância, a razão da<br />

ambiguidade do Poder Feminino, tão<br />

frequentemente expressada em mitos e rituais<br />

de vida e morte. Daí a importância da<br />

ancestralidade, que é a corrente que garantiu a<br />

continuidade da nossa existência na Terra. Os<br />

renascimentos dependem dos ancestrais e sua<br />

matéria de origem é a lama. Logo após o<br />

Neolítico, ou seja, no início da Idade dos<br />

Metais, na transição quando o nômade caçador<br />

se estabelece como agricultor e funda os<br />

primeiros agrupamentos humanos, a<br />

Divindade Feminina responde por todos os<br />

processos da nossa existência neste planeta. Com o estabelecimento e a posse<br />

da terra, a sociedade torna-se patriarcal /patrilinear e clãs familiares são<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 6 de 67


fundados e chefiados por linhagens masculinas e as mulheres vão perdendo o<br />

seu poder. Segundo os mitos, Ọgùn - a<br />

tecnologia – teria arrebatado a<br />

liderança, numa disputa com todas as<br />

Ìyàbà (Divindades femininas), com o<br />

auxílio de Ẹlẹgbàrà, Ọrùnmìlà e<br />

Ṣàngọ. Antepassados divinizados<br />

assumiram papel de divindades<br />

primordiais e houve uma<br />

redistribuição de tarefas entre os<br />

inúmeros Ọrìșà. Aí começa a fase<br />

patriarcal na história da humanidade.<br />

A sacralidade da Terra e tudo o que<br />

nela vive, é o ponto de partida da concepção Yọrùbà do mundo. Mesmo<br />

conscientes da existência de um Poder Universal Absoluto (Ọlọdùmàrè) que<br />

rege todas as galáxias no céu e as próprias Divindades na Terra (Ọrìșà), essas<br />

energias da natureza que nos tocam e influenciam o nosso cotidiano é que são<br />

cultuadas. É a elas que se recorre nos momentos de aflição e se reverencia nas<br />

ocasiões de júbilo. As Divindades femininas do panteão Yọrùbà, as Ìyàbà<br />

(rainha) possuem os mesmos atributos das Deusas nas demais civilizações<br />

arcaicas, pois as diferenças são apenas culturais, uma vez que os arquétipos –<br />

pertencendo ao inconsciente coletivo da espécie humana - são os mesmos.<br />

Nanã é a mãe ancestral, importada das terras do Dàọmé. É a mulher sábia, a<br />

anciã que atingindo a menopausa, já não verte sangue. Por isso retém em si o<br />

poder da procriação. Como associada à lama e às águas contidas na terra, ligase<br />

ao processo de fertilidade da terra. Simboliza a maternidade arcaica<br />

indiferença da, pois é a mãe de todos os seres, à partir dos moluscos dos<br />

pântanos. São seus filhos os mortos e os ancestrais. Já Iyẹmànjá surge como<br />

Mãe do homo sapiens. Ìyẹmọwọ ou Ẹyẹmọwọ, simboliza a vida que veio do<br />

mar e também daqueles que saíram<br />

do líquido amniótico. É uma<br />

divindade do rio que emigra para o<br />

mar (domínio de Ọlọkùn, sua mãe,<br />

que fica então relegado às regiões<br />

abissais. Abrange todas as civilizações<br />

do planeta e enriquece o folclore<br />

ligado aos seres encantados do mar.<br />

Como maternidade educadora, rege<br />

a consciência e, portanto, é<br />

reverenciada como mãe de todos os seres pensantes - Mãe do homo sapiens.<br />

Ọyá é uma Divindade do rio. Seu nome significa “aquela que rasga” – no caso,<br />

o rio Niger. É o arquétipo da guerreira, plena de atributos, todos conquistados<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 7 de 67


por esforço próprio, assim como da transformação. Por isso, embora<br />

Iyẹmànjá seja a “dona” das<br />

mentes, é à Ọyá que<br />

recorremos nos processos de<br />

autoconhecimento e<br />

superação de crises. Ọyá é a<br />

própria eletricidade dos raios<br />

que transmutam as energias<br />

na atmosfera do planeta.<br />

Como Senhora dos ventos,<br />

distribui as sementes<br />

expandindo a Vida e, por<br />

outro lado, dissemina as<br />

doenças. Como transita entre<br />

as nove dimensões da Terra, preside e está presente também no portal da<br />

morte. Associada ao irrefreável poder animal representado pelo búfalo,<br />

carrega chifres, como todas as Divindades lunares nas diversas civilizações.<br />

Ọyá é a contraparte feminina do Ọrìșà Ṣàngò. De Ọṣùn provem as águas, pois<br />

ela é o próprio útero da Terra. Senhora da fertilidade, dela depende a Vida<br />

no planeta. É interessante considerar que todas as águas, mesmo as dos mares<br />

e das chuvas, provem dela – e que toda a água existente na Terra, sempre foi<br />

a mesma. Ela vem das profundezas, dos mananciais que guardam os tesouros<br />

- por isso é a dona do ouro e das pedras preciosas – e o segredo da Vida. Ọṣùn<br />

é a mãe de todos os seres porque preside o processo da gestação, que assegura<br />

a continuidade da Vida. Assim, é também a Deusa do amor e da beleza. É a<br />

grande força oculta que opera em silêncio, para irromper na violência das<br />

cachoeiras que tudo arrasta e dissolve.<br />

Ocultando o segredo da geração - que é o<br />

"milagre" supremo é que até hoje a ciência<br />

reproduz, mas não cria, Ọṣùn torna-se<br />

também a Senhora da Magia. Esse poder<br />

gerador associa todas as Deusas e, por<br />

extensão, todas as mulheres, pois elas<br />

detém autoridade decisiva de vida e morte<br />

- já que delas depende a sobrevivência das<br />

crianças - e são, no plano humano, as<br />

representantes naturais da Magia<br />

Ancestral. Esta Magia é associada aos<br />

pássaros (símbolo da projeção astral), que<br />

em todas as culturas surgem como seres alados, imagens fundamentais da<br />

energia feminina superior no Universo. A representação máxima deste poder<br />

são as Ìyáàmi Àgbà, Senhoras da noite e também das fogueiras, arquétipos da<br />

coletividade ancestral feminina desde a criação do planeta. É um poder que,<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 8 de 67


mesmo atribuído às mulheres velhas, pode, em certos casos, pertencer<br />

igualmente a jovens que o recebam por<br />

herança ou o adquiram por direito de<br />

linhagem espiritual, através de rituais. O<br />

poder do Sagrado Feminino é supremo no<br />

Àìyẹ (plano material), mas para que o<br />

equilíbrio seja mantido, está submetido ao<br />

triunvirato supremo logo abaixo de<br />

Ọlọdùmàrè (Deus / Absoluto Arquiteto do<br />

Universo): Ọbàtàlà (Logos solar), Ọrùnmìlà<br />

(Senhor da sabedoria e do oráculo) e<br />

Ẹlẹgbàrà (o Ọrìșà Ẹṣù – transformador da<br />

energia em matéria). Este é apenas um resumo introdutório. Um<br />

aprofundamento requer o estudo dos Ìtàn (mitos) do corpo literário de Ifá,<br />

pois o assunto é riquíssimo e bastante complexo.<br />

Texto adaptado por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

Marco rodrigues<br />

Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Eventos: 200,00 meia página<br />

Festa: 200,00 meia página<br />

Produtos, 200,00 meia página<br />

Serviços, 200,00 meia página<br />

Contato: ifabunmi@gmail.com<br />

Tel Zap: 61-99883-0914<br />

Eventos: 350,00 inteira<br />

Festa: 350,00 inteira<br />

Produtos, 400,00 inteira<br />

Serviços, 400,00 inteira<br />

Participar da revista escrevendo: 50,00 por<br />

página.<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 9 de 67


No início da criação do mundo, Ìyáàmi Ọṣọrọngá, a grande mãe ancestral deu<br />

à luz a 16 filhos. A sociedade secreta é derivada dos<br />

nomes Ọgbọnì (sábio) Ọnì (que é) dois filhos de<br />

Ìyáàmi. Ọgbọnì (também conhecido como Ọsúgbọ<br />

em Ìjẹbù) é uma instituição fraterna indígena para<br />

os de língua Yọrùbà políticos de que fala a Nigéria,<br />

República do Benin e Tọngọ. A sociedade realiza<br />

uma série de funções políticas e religiosas, inclusive<br />

exercendo uma profunda influência sobre os<br />

regentes e servindo como altos tribunais de<br />

jurisprudência em crimes capitais. Seus membros<br />

são geralmente consideradas como parte da<br />

nobreza dos vários Yọrùbà reinos da África<br />

Ocidental. A sociedade Ọgbọnì de acordo com um<br />

itã Ifá (Ìrọsùn Ọwọnrín) foi acionada quando a<br />

Terra estava um caos imenso, as pessoas não se respeitavam, principalmente<br />

a divindade Ọbàtàlà que perdeu o controle da situação na cidade de Ilê Ifé.<br />

Ìyáàmi Ọṣọrọngá ao perceber que esta luta<br />

entre seus filhos mais velhos poderia causar<br />

a completa destruição, obrigou-os a fazer<br />

um pacto de irmandade, jurando sobre<br />

determinado amuleto sagrado que nunca<br />

mais lutariam entre si, desta forma então<br />

nasceu a primeira sociedade secreta do<br />

mundo que seria nomeada, conforme os<br />

nomes dos irmãos, Sociedade Ọgbọnì. Os<br />

Ọgbọnì falam a língua Yọrùbà, mas<br />

internamente possuem um vocabulário<br />

secreto com o qual realizam determinados<br />

rituais. Os Ọgbọnì são chamados de Ọmọ Ọdùdùwà, Ọdùdùwà é o Deus<br />

criador da Terra. Eles são chamados assim devido ao fato de seus rituais terem<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 10 de 67


a terra, como elemento principal de culto e força espiritual. A maioria dos<br />

instrumentos sagrados da sociedade Ọgbọnì é<br />

confeccionada em bronze e cobre, que é u símbolo da<br />

força que não se deteriora ou se corrompe. Ideais estes<br />

da própria sociedade para seus membros. Na sociedade<br />

Ọgbọnì a terra é venerada com o intuito de assegurar a<br />

sobrevivência, a paz, a felicidade, o respeito e a<br />

estabilidade social no mundo, assim como também a<br />

longevidade e o bem estar. Os iorubas são conhecidos<br />

historicamente pelas suas sociedades secretas. A<br />

sociedade Ọgbọnì é composta principalmente por<br />

homens, e algumas vezes por mulheres, é um conselho<br />

de anciões. Seu papel na sociedade é mediar os conflitos dentro da<br />

comunidade quando a autoridade dos governantes se prova inadequada. Seus<br />

anciões, considerados os mestres da Terra, por terem como protetor a<br />

divindade Ilê, a Terra. A palavra Ọgbọnì, deriva de "Ọgbá", que pode ser<br />

traduzida por companheiro. Os Ọgbọnì deliberavam sobre quaisquer assuntos<br />

de interesse da sociedade, tais como comercio e casamento. Uma vez tomada<br />

a decisão sobre algum tema em discussão, não havia possibilidade de<br />

mudança. O poder dessa sociedade variava de Estado para Estado, mas<br />

nenhum assunto de relevância poderia ser resolvido sem o consentimento<br />

deles. Embora versões ou lojas deste grupo fraternal são encontrados entre os<br />

vários tipos de Yọrùbà políticos - desde altamente centralizados reinos e<br />

impérios, como Ọyọ, para as cidades e aldeias independentes da Ẹ̀gbá e Ẹkìtì<br />

(Ẹ̀dọ) cidade de bẹní) - O Ọgbọnì é reconhecível por sua veneração da terra<br />

personificada e sua ênfase em ambos autoridade e<br />

serviço benevolente para a comunidade.<br />

Enquanto membro da Ọgbọnì geralmente<br />

significava um alto nível de poder e prestígio, a<br />

sociedade realizou autoridade política<br />

preeminente entre os grupos descentralizados,<br />

como a EGBA, onde eram intimamente<br />

envolvidos na seleção de governantes que serviram<br />

pouco mais do que figuras na prática. Em<br />

contemporânea Yọrùbà, os membros Ọgbọnì<br />

ainda comandam grande poder e influência nos<br />

assuntos de suas sociedades, embora esta seja, em<br />

grande parte devido à história de suas respectivas<br />

chefias e não a qualquer autoridade pública.<br />

Lọdgẹ Ọgbọnì foram um dos principais comissários de bronze joias e<br />

escultura em Yọrùbà pré-colonial, usando da metálicas ferrugem qualidades<br />

resistente como um metáfora para os imortais funções e crenças dos adeptos<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 11 de 67


Ọgbọnì. O mais reconhecível destes símbolos era um par de iniciados Ọgbọnì,<br />

um macho e uma fêmea, presa por uma corrente<br />

e usado ao redor do pescoço. O par são<br />

pensados para simbolizar a ligação entre os sexos<br />

na procriação e na sociedade equilibrada.<br />

Geralmente, um ou ambos os números irá<br />

realizar um polegar no aperto da mão oposta,<br />

demonstrando a Ọgbọnì primordial denotando<br />

iniciação e filiação. Ẹdàn, os anciões da<br />

sociedade secreta Ọgbọnì, conselho de altas<br />

funções, uma espécie de corte de Justiça do<br />

império de Ọyọ e dos reinos Yọrùbà, usavam na<br />

cintura uma peça chamada Ẹdàn. Esse adereço<br />

é uma corrente de cerca de 30 cm, em cujas duas<br />

extremidades há um pequeno bastão de bronze: um representa o sexo<br />

feminino, outro, o masculino. O Ẹdàn, bastão ritual, era o símbolo usado<br />

como representação física da sociedade Ọgbọnì. Pendurado no pescoço dos<br />

iniciados até a altura do peito, simbolizando seu papel e afiliação dentro da<br />

sociedade. Ocorrida a iniciação o Ẹdàn permaneceria em posse de seus<br />

iniciados como uma herança. Esses objetos eram feitos de bronze fundido,<br />

um metal caro. Duas imagens conectadas por uma corrente. Cada Ẹdàn<br />

consistia de duas figuras macho e fêmea, que representavam “a independência<br />

dos poderes do homem e da mulher”. Acredita-se<br />

também que essas duas estatuetas representassem a união<br />

do céu e da terra, sendo a terra feminina e o céu<br />

masculino. As cinco funções desses Ẹdàn eram: judicial,<br />

oracular, restauradora, protetora e comutativa, em outras<br />

palavras, anti-feitiçaria. Ao participarem das reuniões da<br />

sociedade, os membros depositariam seu Ẹdàn no solo<br />

para indicar que haviam chegado a alguma decisão. O<br />

processo de iniciação na sociedade Ọgbọnì era<br />

obrigatório. Uma vez escolhido o indivíduo, e<br />

considerado suficientemente merecedor para entrar na<br />

sociedade, um banho era preparado. E um novo par de<br />

Ẹdàn era mergulhado grande recipiente e banhado.<br />

Segundo um Ìtàn do Ọdú Ìrọsùn Ìwọrì, num antigo<br />

período da hist6ria da humanidade, está vivia em total anarquia, promovendo<br />

sucessivos incidentes de roubos, assassinatos e violações de toda ordem de<br />

abuso aos códigos éticos ditados pelos ancestrais. Alguns habitantes pediram<br />

a interferência de Ọrùnmìlà, para que colocasse um paradeiro naquela<br />

situação alarmante. Ọrùnmìlà ordenou que se realizassem sacrifícios e aqueles<br />

que cumpriram as instruções de Ifá prosperaram em segurança. Depois disso,<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 12 de 67


Ọrùnmìlà retirou-se aos céus, entregando a Ẹdàn a responsabilidade sobre a<br />

Terra. Ẹdàn firmou um pacto e aqueles<br />

que juraram mantê-lo, puderam viver em<br />

paz, harmonia, justiça e prosperidade.<br />

Após longo tempo de permanência na<br />

Terra, Ẹdàn retornou aos céus, delegando<br />

a um grupo de pessoas responsáveis a<br />

tarefa de supervisionar e fazer cumprir as<br />

leis estabelecidas. Este grupo se uniu em<br />

fraternidade, tornando-se conhecidos<br />

como Ọgbọnì. Essas peças do culto<br />

Ọgbọnì, que tem como Ọrìșà protetor<br />

Ọṣùn, podem ter servido como inspiração<br />

para outros adereços que se tornaram<br />

muito conhecidos na Bahia do século XIX, os balangandãs. Sabe-se que<br />

muitos reis e príncipes africanos vieram como escravos para o Brasil. Foram<br />

eles que trouxeram as coisas mais importantes: a memória e as tradições<br />

passadas por gerações, e aqui aquelas peças foram tomando vida. Era essa vida<br />

que sacudia nas cinturas das chamadas mulheres de ganho, negras que saíam<br />

com tabuleiros para vender quitutes, precursoras das baianas de acarajé.<br />

Vaidosas, faziam questão de sair sempre bem vestidas e enfeitadas, como é<br />

possível perceber na iconografia dos séculos XVIII e XIX com joias que, além<br />

da beleza, funcionavam como amuletos. Na Nigéria existe uma tendência<br />

muito forte de formar associações e corporações devido a sua grande extensão<br />

de terras e também uma forte expressão política. Estas associações são<br />

formadas com o interesse comum de proteger a população em economia,<br />

política, recriação e religião. Ainda hoje, Ọgbọnì mantém ritual iniciativo<br />

baseado num pacto que estabelece e faz cumprir o seu elevado código ético,<br />

zelando pela justiça, verdade,<br />

lealdade e proteção. A justiça de<br />

Ọgbọnì é firmada com a própria<br />

Terra, sendo Ọnìlẹ que detém a<br />

prioridade em todos os ritos. Dela<br />

sai o sustento de todos os seres que<br />

nela habitam, dela saiu o barro<br />

primordial com que Ọbàtàlà<br />

modelou o ser humano. Dela<br />

viemos, nela nascemos e recebemos<br />

a oportunidade da vida, dela somos<br />

alimentados e a ela alimentaremos, por ocasião da morte. Conta o Ìtàn que<br />

Ọlọdùmàrẹ concedeu cada reino da natureza a um Ọrìșà, assim, sempre que<br />

um ser humano expressasse alguma necessidade relacionada a um dos reinos,<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 13 de 67


deveria pagar uma prenda em forma de sacrifício ao Ọrìșà correspondente.<br />

Restou de todos os reinos, o próprio planeta Terra, que foi concedido a Ọnìlẹ.<br />

O seu tributo seria a própria vida, pois nela repousam os corpos e restos de<br />

tudo o que já não vive. Ọnìlẹ deveria ser propiciada sempre, para que o<br />

mundo continuasse a existir, gerando continuamente, nova vida e assegurando<br />

a continuidade do planeta. Com o objetivo de promover a harmonia com a<br />

natureza, Ọgbọnì venera Ọnìlẹ – os senhores da Terra - como fonte da Vida,<br />

simbolizada pelo Ọrìșà Ẹdàn. Daí resulta que todo aquele que transgredir o<br />

pacto estabelecido pela Lei de Ọgbọnì, deverá, – incondicionalmente, prestar<br />

contas à Ẹdàn – a própria Terra. Outra atividade dessa sociedade é a de<br />

detectar as ofensas feitas aos Ọrìșà, para logo penalizar rigorosamente os<br />

culpados. Para ser torna um Ọgbọnì e necessário ser Bàbàlàwọ que passa por<br />

uma cerimônias feitas por essa sociedade mística se<br />

realizam em um lugar sagrado e nesse lugar são<br />

depositadas inúmeras oferendas. Graças a seu poder<br />

espiritual os Ọgbọnì podem alcançar posições em<br />

nível social e políticos. Eles são facilmente<br />

reconhecidos porque usam um Opa-Ẹdàn, feito de<br />

ferro nas extremidades ressalta as figuras de uma<br />

mulher e outra de um Homem. O chefe do culto de<br />

Ọgbọnì é um iniciado que atinge o grau de Ọlúwọ<br />

(senhor do sagrado/segredo) e é portador do shaki –<br />

uma estola que o distingue como detentor de honra e<br />

respeito. Houve um período na história do homem<br />

que aconteceu uma grande desarmonia no mundo.<br />

Durante este período de desarmonia grave, os<br />

roubos, mentiras, assassinatos, conspirações,<br />

violações e outras formas de comportamento<br />

perverso reinaram soberanamente na Terra. Ọrùnmìlà que já estava na Terra<br />

neste momento, tentava encontrar alguma solução para a situação caótica. Os<br />

Anciãos Sagrados foram ao encontro de Ọrùnmìlà levando-o a encontrar uma<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 14 de 67


solução eficaz para o estado de ilegalidade e corrupção da Terra. Ọrùnmìlà<br />

consultou Ọlọdùmàrẹ através do sagrado oráculo Ifá. "Ọrùnmìlà deveria voltar<br />

ao mundo superior e divino (céu) para invocar<br />

Ọrìșà Ẹdàn. É Ìrùnmọlẹ Ẹdàn, quem deve colocar<br />

a vida de volta ao normal sobre a Terra". As pessoas<br />

da Terra tentaram, através de um árduo esforço<br />

reparar o caos como se consertasse uma cabaça<br />

quebrada. Mas todos os esforços foram inúteis. Na<br />

verdade, as pessoas quebraram o mundo como se<br />

quebra uma cabaça. Ọrùnmìlà foi, então, pedir<br />

ajuda para o mundo divino dos Ìrùnmọlẹ (céu),<br />

para que Ẹdàn viesse ajudar a reparar os danos<br />

causados na Terra e trazer restauração e ordem.<br />

Ẹdàn concordou em acompanhar Ọrùnmìlà de<br />

volta à Terra para conter e eliminar as atividades<br />

pecaminosas da humanidade. Em sua chegada a<br />

terra, as pessoas estavam gratas a Ọrùnmìlà e deram<br />

a Ẹdàn uma recepção calorosa. Armado com paciência, inteligência,<br />

autoridade e poder, sem perder tempo, Ẹdàn, foi em cumprimento de sua<br />

missão divina. Ordenou que todos os povos da Terra prometessem sob<br />

juramento a voltar ao bom comportamento e só então, a ordem, cura,<br />

bênçãos, paz, harmonia e prosperidade seriam restaurados. O não<br />

cumprimento do comando de Ẹdàn faria com que o inadimplente pagasse<br />

com a maior pena, a morte. Depois que todos fizeram o juramento perante<br />

Ẹdàn, a tranquilidade e a ordem voltaram. O espírito de benevolência,<br />

retidão, a integridade e a ordem foram predominantes nos corações e mentes<br />

de todos. Depois de uma longa permanência na<br />

Terra, estabelecendo a ordem e a lei, Ẹdàn<br />

deveria retornar ao mundo divino. Mas não antes<br />

de estabelecer sua ordem sagrada e confiar a<br />

supervisão, autoridade e ensinamentos a uma<br />

comunidade confiável, verdadeira e disciplinada<br />

unida pelo juramento sagrado, que chamou de<br />

Ọgbọnì. Desta forma, a Sociedade Ọgbọnì<br />

nasceu. Uma fraternidade de sábios com<br />

poderes, de comportamento exemplar e<br />

impecável que estão plenamente dedicados a<br />

tornar o mundo uma morada confortável para a<br />

humanidade, garantindo um elevado padrão de<br />

moral entre os seus membros e promover a paz na Terra baseada na<br />

Solidariedade, Fraternidade, Verdade e Justiça. Desta forma Ọgbọnì atraiu o<br />

respeito e a admiração dos cidadãos do mundo. Estes princípios são mantidos<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 15 de 67


por seus iniciados, até os dias de hoje. A Sociedade Ọgbọnì desempenha<br />

funções políticas e religiosas, exerce uma<br />

profunda influência sobre os regentes e serve<br />

como altos tribunais de jurisprudência em<br />

infrações capitais. Seus membros geralmente<br />

são considerados como parte da nobreza dos<br />

vários reinos Yọrùbà. Os Ọgbọnì devem<br />

cumprir o preceito e as regras estabelecidas<br />

por Ẹdàn, e suas orações para Ọlọdùmàrẹ<br />

através de Ọnìlẹ (terra). Quando você segue<br />

Ẹdàn, você deve ter um bom coração para<br />

que possa alcançar seus desejos. Ẹdàn é<br />

Ìrùnmọlẹ da harmonia, paz, lei, ordem,<br />

longevidade e prosperidade e nos ensina a<br />

refletir e aplicar as seguintes verdades:<br />

- Que os nossos pensamentos sejam sempre limpos e puros.<br />

- Que possamos salvar os outros de irem para o caminho errado.<br />

- Que possamos conduzir os desinformados e mal orientados para o bom<br />

caminho, para que todos juntos possamos alcançar a longevidade cheia de paz,<br />

satisfação e prosperidade.<br />

As atividades e metas de Ẹdàn e sua sociedade não atingiram seus objetivos<br />

do dia para a noite. Não foi uma mudança<br />

instantânea. Mas a sua missão e sucesso foi<br />

cumprida após algum tempo, esforço, dedicação,<br />

disciplina e treinamento da população. Seu trabalho<br />

e poder ganharam força à medida que cada um<br />

experimentava os benefícios da aplicação da palavra<br />

de Ẹdàn. A fé de Ẹdàn é uma fé dinâmica e assegura<br />

que sempre podemos viver em um mundo<br />

permeado pela paz, retidão e harmonia se realmente<br />

quisermos! Ẹdàn é gentil, compreensivo e sensível.<br />

Mas não hesita em disciplinar seus filhos. Aqueles<br />

que perseguem o bom caráter, veracidade,<br />

honestidade e justiça não tem nada a temer, aqueles<br />

que seguem e fazem o que é certo serão abençoados<br />

e protegidos. Para ser Ọgbọnì significa ser um modelo de impecabilidade,<br />

idoneidade e confiabilidade. Para ser Ọgbọnì significa estar pessoalmente<br />

convencido a fazer o que é certo e adequado independentemente de tempo,<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 16 de 67


lugar e / ou circunstância. Para ser Ọgbọnì significa ser responsável e fazer o<br />

certo para o bem, o amor e a<br />

verdade e não ser visto, elogiado ou<br />

aplaudido por isso. A iniciação<br />

formal, sozinha, não faz de você um<br />

seguidor de Ẹdàn. O que é<br />

importante não é que outras pessoas<br />

te chamem Ọgbọnì, mas que Ẹdàn te<br />

reconheça e o aceite como um dos<br />

seus verdadeiros, leais e obedientes<br />

filhos. O importante é ser Ọgbọnì 24<br />

horas por dia em seus pensamentos,<br />

atitudes e ações. Ọgbọnì é uma<br />

forma global e abrangente de viver.<br />

Quando Ẹdàn, puder garantir que<br />

você é um Ọgbọnì, aí sim, será uma<br />

verdadeira honra. Quando nasceu a Sociedade Ọgbọnì, não havia um rito de<br />

iniciação, somente mais tarde foi desenvolvido por Ẹdàn e seus seguidores um<br />

ritual de fato. A verdadeira iniciação era uma mudança espiritual de coração,<br />

mente e vida que resultava do encontro com Ẹdàn. Tudo que Ẹdàn fez foi<br />

cheio de dignidade e poder. Não foi através de rituais que Ẹdàn mudou o<br />

mundo, mas pela graça divina, inteligência, caráter, e conduta. O verdadeiro<br />

símbolo de honra e título de um Ọgbọnì é o caráter, a virtude, a bondade e a<br />

imparcialidade que ele pratica. Para ser Ọgbọnì você tem que dar o seu melhor<br />

para a missão divina de Ẹdàn e você deve procurar com toda a sua força, meios<br />

de transmitir o conhecimento de Ẹdàn a todos os povos do mundo. Ọgbọnì<br />

não é uma instituição humana, não é um negócio, nem um clube, Ọgbọnì é<br />

uma vocação divina e sagrada.<br />

Texto adaptado por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

Marco rodrigues<br />

Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 17 de 67


Quando a divina e poderosa mãe Ẹdàn (Ọnìlẹ Ọgbọdùọrá) fez sua aparição<br />

nesta Terra, ela fez isso com um<br />

propósito específico e sagrado. Sua<br />

manifestação nesta Terra sinalizou uma<br />

nova oportunidade para a humanidade<br />

se renovar, progredir e ter uma vida<br />

equilibrada. Sua aparição marcou um<br />

novo começo para toda a humanidade e<br />

não apenas o povo privilegiado dos<br />

Yọrùbà. Seu objetivo e propósito era, e<br />

é, de alcance universal. Ẹdàn veio para<br />

trazer cura, ordem, harmonia, abrigando preceitos divinos e equilíbrio para as<br />

comunidades da Terra em geral e cada ser humano em particular. Você deve<br />

se lembrar e ter em mente que Ẹdàn não é um ser humano. Ẹdàn não é<br />

Yọrùbà, chinês, americano, oriental ou ocidental. Ẹdàn é uma personagem<br />

divina de habilidades extraordinárias e poderes supra-humanos. Ẹdàn não é<br />

deste mundo. Ela vem de um reino glorioso e inconcebível de santidade,<br />

beleza e poder. A inteligência, compreensão, força, atratividade e carisma da<br />

mãe divina Ẹdàn é extraordinária, penetrante e excepcional. Ẹdàn pode ver a<br />

profundidade e a realidade das coisas. Ela não pode ser enganada, manipulada<br />

ou subornada, ela não comete erros na administração de sua dispensação (ato<br />

de dividir). Ela está além do alcance da influência humana. Ela nunca cairá ou<br />

balançará à mesquinhez e a inconstância, que é comum entre a humanidade.<br />

Sua visão divina nunca é obstruída e sua atividade não pode ser prejudicada.<br />

Sua virtude, caráter, personalidade e carisma são sem igual. Mesmo Ọrùnmìlà<br />

reconheceu sua grandeza, eficiência,<br />

capacidade e singularidade. Foi, afinal,<br />

Ọrùnmìlà quem invocou Ẹdàn, sua<br />

amiga e sócia divina para apoio, soluções<br />

e alívio! Quando Ẹdàn desceu do reino<br />

dos Ìrùnmọlẹ a esta Terra, ela apareceu<br />

com a plenitude da autoridade divina,<br />

poder e comando. Todos Àjọgùn<br />

interno, externo e Ẹlẹnìnì fugiram diante<br />

dela. Com o poder de sua majestosa<br />

personalidade, divinamente atraente,<br />

beleza, carisma e àṣẹ ela foi capaz de libertar e entregar os corações e as<br />

mentes dos pensamentos negativos, atitudes e energias prejudiciais que<br />

oprimiam e dominavam os seres humanos. Ẹdàn foi capaz de desarmar as<br />

pessoas de suas preocupações, medos e inseguranças. Para aqueles que<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 18 de 67


faziam, que se deliciavam em fazer o errado, o engano, a opressão e a<br />

corrupção ela colocava medo nos seus corações<br />

para que talvez eles pudessem mudar suas<br />

maneiras sob sua administração do perdão, da<br />

ordem, da capacitação e da renovação. Tais era, e<br />

é, o poder e a influência da mãe divina Ẹdàn.<br />

Juntamente com o inseparável, a importação do<br />

ase aos membros sensíveis da humanidade, ela<br />

deu preceitos e injunções divinas para seus alunosdiscípulos<br />

para praticar e implementarem em<br />

todos os níveis da sociedade e da vida pessoal.<br />

Estes seguidores obedientes e confiáveis de Ẹdàn<br />

são os Ọgbọnì porque só existe sabedoria, saúde e<br />

longa vida com Ẹdàn se as pessoas obedecerem e<br />

praticarem seus preceitos. Do lado de fora uma<br />

pessoa constituiria um Ọgbẹrì (ignorante) porque aparentemente tinha<br />

conhecimento e não praticava a verdade, o que é isso, se não o maior<br />

ignorância, infelicidade e loucura. Os princípios divinos de Ẹdàn tornaram-se<br />

os veículos de sua divina presença, carisma, poder, apoio e influênciaretificando<br />

a cura. Ter vivido na época do aparecimento de Ẹdàn sobre esta<br />

Terra sagrada foi a experiência mais extraordinária, gratificante e maravilhosa.<br />

Isto é, a forma divinamente sancionada, a vida que ela estava revelando à<br />

humanidade e continua revelando à humanidade. O teimoso, obstinado e<br />

beligerante que não fizer, não vai durar muito tempo sob a administração de<br />

Ẹdàn. Ẹdàn é naturalmente amável, justa e compreensiva, como a Sagrada<br />

Mãe preciosa e amável que ela é, ela proporcionou<br />

a todos o perdão, um novo começo sem referência<br />

a erros do passado, uma oportunidade para mudar<br />

e a bênção para fazer uso de seu apoio pessoal,<br />

garantia, inspiração e poder. Ẹdàn está ciente de<br />

nossas fragilidades e fraquezas como seres<br />

humanos. Ninguém precisa ter medo por causa de<br />

suas fraquezas ou falhas. Ẹdàn não pareceu para<br />

fazer-nos ricos e famosos. Ẹdàn apareceu para nos<br />

fazer participantes da verdadeira vida, saúde, paz,<br />

segurança e prosperidade através da prática de seus<br />

ensinamentos claros. Ẹdàn apareceu para nos<br />

permitir descobrir a nossa nobre e bela natureza<br />

divina. Ela veio para restaurar a dignidade, clareza,<br />

transparência, saúde moral e limpeza moral de<br />

nossas vidas. Ẹdàn inculca a verdade divina para<br />

seus seguidores inteligentes e humildes, quando estamos individual e<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 19 de 67


coletivamente para a direita e para dentro, em seguida, nesta ordem interna,<br />

a saúde e a retidão serão reveladas e expressas no mundo. As instruções de<br />

Ẹdàn não foram e não são sugestões, mas comandos divinamente concedidos<br />

e leis. Eles são vinculativos e obrigatórios para toda a humanidade e<br />

especialmente para aqueles que se dedicam a Ẹdàn.<br />

- Para ser Ọgbọnì significa ser o melhor dos<br />

melhores.<br />

Significa ser um modelo de<br />

impecabilidade, idoneidade e<br />

confiabilidade.<br />

- Para ser Ọgbọnì significa estar<br />

pessoalmente convencido a perseguir e<br />

fazer o que é certo, correto e adequado<br />

independentemente de tempos, lugares e /<br />

ou circunstâncias.<br />

- Para ser Ọgbọnì significa ter auto iniciativa,<br />

ser responsável e fazer o que é certo para o<br />

bem do amor da verdade e não ser visto,<br />

elogiado e aplaudido por outros.<br />

Iniciação formal sozinha não faz de você<br />

um seguidor de Ẹdàn. O que é importante<br />

não é que outras pessoas te chamem de<br />

Ọgbọnì, mas que Ẹdàn te reconhece e o aceita como um dos seus verdadeiros,<br />

leais e obedientes filhos. O que é importante é que você seja Ọgbọnì 24 horas<br />

por dia em seus pensamentos, atitudes, ações e relacionamentos. Ọgbọnì é<br />

uma forma global e abrangente de viver. Uma delas é ser Ọgbọnì o tempo<br />

todo para que Ẹdàn, ela mesma, possa garantir que você é um Ọgbọnì<br />

genuíno, verdadeiro, com honra, humildade, alegria e realização digna. Os<br />

ritos de iniciação Ọgbọnì foram desenvolvidos mais tarde por Ẹdàn e seus<br />

seguidores, mas, inicialmente, a verdadeira iniciação era uma mudança<br />

espiritual de coração, mente e vida como um resultado do encontro com<br />

Ẹdàn, sua personalidade, seu caráter, seu carisma, encantamento, inspiração,<br />

autoridade e poder, tudo foi expresso e manifestado através de tudo que Ẹdàn<br />

fez. Tudo que Ẹdàn fez foi cheio de graciosidade, dignidade e poder. Não foi<br />

através de ritos e rituais que Ẹdàn mudou o mundo, mas pela graça divina,<br />

pelas maneiras, inteligência e conduta. Ẹdàn por suas maneiras, caráter,<br />

personalidade e conduta comandou o respeito, reverência, confiança e<br />

obediência de todos aqueles com coração sincero e bom. O verdadeiro<br />

símbolo de honra e título de um Ọgbọnì autêntica o caráter, a virtude, a<br />

bondade e a imparcialidade que ele pratica. Conformidade exterior e<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 20 de 67


aderência superficial com o protocolo Ọgbọnì para o bem das pessoas não faz<br />

de você um Ọgbọnì, não importa o seu título ou o quanto você está velho.<br />

Ẹdàn deu seu amor, vida e foco total e dedicação à humanidade. Para ser<br />

Ọgbọnì você tem que dar o melhor para a missão divina de Ẹdàn e você deve<br />

procurar com sua força, habilidade, atividade e meios transferir o<br />

conhecimento de Ẹdàn a todos os povos do mundo. Isto é o que é significa<br />

ser Ọgbọnì.<br />

Ọgbọnì não é uma instituição humana.<br />

Ọgbọnì não é um negócio.<br />

Ọgbọnì não é um clube.<br />

Ọgbọnì é uma vocação divina e sagrada.<br />

Ẹdàn era uma revolucionária espiritual, divina,<br />

missionária, diplomática e embaixadora da boa<br />

vontade e da esperança. Nós também devemos<br />

ser isso. Devemos buscar a propagação do<br />

Ọgbọnì. Não os chamados clubes Ọgbọnì e<br />

instituições formais, devemos propagar a<br />

verdade e a realidade que Ẹdàn promoveu e<br />

instituiu para toda a humanidade.<br />

A humildade e o serviço vêm antes da honra, do<br />

orgulho, da presunção.<br />

Ẹdàn diz que a indiferença precede aqueda.<br />

Texto adaptado por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

Marco rodrigues<br />

Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 21 de 67


Por que algumas pessoas obtêm grande benefício de suas iniciações, enquanto<br />

outras não?<br />

Iniciação significa um novo começo. A iniciação é a luz guia de qualquer<br />

jornada espiritual. Iniciação é o<br />

meio ou método pelo qual somos<br />

capacitados, liderados e colocados<br />

sobre uma nova qualidade de vida.<br />

A iniciação é o meio pelo qual<br />

expressamos nossas afinidades,<br />

anseios, necessidades e aspirações<br />

espirituais interiores; e perceber<br />

nossa humanidade divina. Por meio<br />

da iniciação, formamos uma conectividade firme, sagrada e permanente com<br />

os poderes divinos das criações e as funções protetoras da natureza. Por meio<br />

da iniciação, também formamos um laço sagrado de amizade e confiança com<br />

nosso iniciador, guia e professor. Os ritos sagrados, rituais e cerimônias de<br />

iniciação foram instituídos originalmente para dar uma forma externa a atos<br />

internos de poder, e se esse poder interno para realizar tais atos não estiver<br />

presente e não existir, então nenhuma cerimônia, rito ou ritual valerá e<br />

alcançará qualquer coisa. Um verdadeiro iniciado só pode ser feito com a<br />

ajuda de Ọlọdùmàrẹ, um qualificado representante divino-mediadoriniciador,<br />

e a cooperação daqueles qualificados para ajudar a Verdade, a Luz<br />

e o Poder, um candidato a companheiro que de seu coração está buscando os<br />

Mistérios Divinos e somente depois de admitir dentro de si que ele é<br />

espiritualmente pobre, necessitado condizente de sua necessidade espiritual e<br />

humilde em mente. A iniciação não é apenas a cerimônia de entrada,<br />

aceitação e em poderamento. A iniciação é uma longa jornada de<br />

aprendizado, desenvolvimento pessoal, auto cultivo, prática e progresso. Para<br />

uma iniciação ser ótima, eficiente e genuína, o iniciado, o iniciador e todos os<br />

participantes devem ser capacitados e estar vivendo em harmonia com os<br />

poderes divinos, mistérios, boa consciência e a lei da natureza. Em todos os<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 22 de 67


momentos, foi dada consideração à preparação de candidatos para a iniciação<br />

espiritual nos mistérios sagrados e secretos. É<br />

essencial que não apenas os candidatos à<br />

iniciação sejam pessoas aptas e adequadas,<br />

devidamente preparadas no coração, para<br />

receber o influxo de certas verdades e poderes<br />

na alma; mas que os cerimoniais devem ser<br />

conduzidos pelo (s) iniciador (es) e pelos que<br />

cooperam com eles, de maneira tão solene a<br />

ponto de infundi-los com fervor espiritual,<br />

fazendo com que todo cerimonial nunca seja<br />

esquecido, profundamente e seja uma profunda<br />

experiência espiritual. Os princípios<br />

fundamentais de Ifá, Ọrìșà e Ọgbọnì estipulam<br />

que pessoas não verazes, injustas, negligentes e dissimuladas que não têm<br />

interesses espirituais genuínos não devem ser iniciadas. É aqui que muito<br />

poder espiritual é perdido e muito desencantamento nasce. Se o candidato<br />

não cumprir os requisitos e padrões de iniciação, ele não se beneficiará de sua<br />

iniciação. Se o candidato tiver os requisitos e padrões exigidos, mas, for<br />

iniciado por uma pessoa fraudulenta ou uma pessoa que perdeu sua<br />

autoridade espiritual, moralidade e poder, então a cerimônia e a transferência<br />

do poder divino e do conhecimento interior<br />

serão anuladas ou serão contaminados. Em<br />

qualquer caso, o verdadeiro objetivo e os<br />

benefícios da iniciação serão perdidos. Uma<br />

relação de amizade genuína e confiança entre o<br />

iniciador e iniciado é uma necessidade<br />

indispensável. É sagrado, santo; e deve ser<br />

respeitoso, gentil e puro, porque o poder, a<br />

virtude e o conhecimento divino entram no<br />

iniciado não apenas através do rito, cerimônia e<br />

ritual, mas através do próprio iniciador! Vivemos<br />

em uma cultura onde as pessoas pensam que<br />

podem entrar em qualquer coisa pelo poder do dinheiro e sem qualificações<br />

morais e espirituais previamente desenvolvidas, cultivadas e amadurecidas.<br />

Essas pessoas estão erradas: elas não se preocupam ou levam em consideração<br />

qualificações morais e espirituais. Eles vêm à procura de poder sem uma<br />

noção de compreensão do que é o poder real, por que, e para quem é dado,<br />

e como alguém se qualifica para recebê-lo! Iniciadores que estão iniciando<br />

pessoas para ganhar dinheiro; e iniciados não qualificados que estão sendo<br />

iniciados porque têm dinheiro para dar estão desperdiçando seu tempo, e<br />

estão em perigo de castigo divino, desilusão e castigo espiritual. É por isso que<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 23 de 67


vemos tais iniciadores impotentes hoje e iniciados espiritualmente impotentes.<br />

É por isso que vemos tanta decadência e degeneração moral, emocional,<br />

psicológica e espiritual em muitos<br />

iniciados e não poucos iniciadores.<br />

Depois de tudo dito e feito, a<br />

verdade é que nada aconteceu na<br />

iniciação, exceto um belo<br />

espetáculo que foi colocado, mas<br />

definitivamente não houve<br />

transferência de poder divino,<br />

conhecimento e elevação de forma<br />

alguma! No final do dia foi apenas<br />

uma cerimônia ou rito para<br />

comunicar vaidade, orgulho e uma sensação imaginária de poder e autoridade<br />

inexistente! O poder da iniciação está na condição espiritual, estado e<br />

qualificações do iniciador e do iniciado. O poder divino, inteligências e<br />

energias sempre honrarão, guiarão, reconhecerão, responderão e capacitarão<br />

o candidato sincero, genuíno, perseverante, honesto e qualificado! Mas ai do<br />

iniciador que inicia indiscriminadamente pessoas desqualificadas apenas para<br />

encher seu coração de orgulho e seus bolsos de dinheiro sujo! O segredo da<br />

iniciação também repousa sobre o poder de assimilação, sensibilidade<br />

espiritual, sede espiritual, fome, sinceridade e interesse; e receptividade do<br />

novo discípulo iniciador. Não é apenas a transferência de energia,<br />

conhecimento, virtude e poder de um iniciador capacitado qualificado que<br />

importa, mas, mais importante é o estado, a intenção, o estado mental-moralemocional-espiritual<br />

e a condição do novo potencial iniciante ou candidato.<br />

O que o novo iniciado traz à mesa em relação à afinidade<br />

divina interior, expectativa, interesse, determinação,<br />

compromisso, sensibilidade espiritual, saúde moralemocional-intelectual,<br />

receptividade e sinceridade, tudo<br />

afeta sua experiência, conectividade intuitiva e o<br />

desdobramento e sucesso da iniciação. Essas qualidades<br />

e qualificações de afinidade interna, sinceridade, caráter<br />

verdadeiro, bom coração, receptividade, constituição<br />

moral-emocional-psicológica sensata e forte sensibilidade<br />

a energias espirituais, poderes, inteligências; e a<br />

capacidade de assimilação é rotineiramente negligenciada<br />

na arena espiritual de hoje. Hoje qualquer um é aceito<br />

para iniciação! Hoje todo mundo aceita qualquer charlatão, falador inteligente<br />

e tolo como mestre espiritual e iniciador! É preciso um mestre de iniciação<br />

real e autêntico e um candidato qualificado real e autêntico para a iniciação<br />

de uma genuína cerimônia, rito e transmissão de poder, virtude, luz,<br />

edificante, despertar espiritual e cura para ocorrer! Este fato explica por que<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 24 de 67


uma pessoa iniciada experimenta grandes, positivas, edificantes,<br />

enobrecedoras e extraordinárias mudanças,<br />

transformações e benefícios imediatamente<br />

após a iniciação, enquanto outras podem<br />

ser vistas assediando a sociedade em geral<br />

via agressão, manipulação, fraude,<br />

presunção e roubo; e eles permanecem<br />

maus, insinceros e inalterados logo após a<br />

iniciação! Há muitos sacerdotes não<br />

qualificados é iniciados. Eles podem ser<br />

encontrados e comprados com um centavo<br />

a dúzia! Algumas pessoas até experimentam maior declínio e perda após o<br />

início devido às razões acima. Você pode pagar e dar seu dinheiro a outro ser<br />

humano, mas você não pode comprar o apoio, conhecimento, transmissão<br />

divina e capacitação dos poderes divinos, inteligências e energias com seu<br />

dinheiro, não importa o quão chique e impressionante a cerimônia pela qual<br />

você pagou foi! Você sabe por que essa coisa triste e desalentadora ocorre?<br />

Essas coisas acontecem porque as pessoas não são instruídas a entender o<br />

significado básico e a natureza da iniciação. Existem poucos pais espirituais<br />

reais e poucas mães espirituais reais hoje. Poucos líderes espirituais são<br />

realmente aptos, preparados e qualificados para liderar os outros! Não é<br />

apenas a autoridade legítima, habilidade e poder do iniciador qualificado e<br />

genuíno que é importante, mas a afinidade espiritual, a receptividade, o<br />

interesse interno e o poder assimilador e as qualificações morais do iniciado<br />

são de primordial importância. A iniciação é uma transmissão de poder<br />

espiritual e conhecimento divino, mas o candidato deve ser capaz, disposto e<br />

/ ou capaz de receber e assimilar o poder e o<br />

conhecimento! O iniciador, o sacerdote sábio, é<br />

um representante do Ifá/Ọlọdùmàrẹ e do<br />

Ìrùnmọlẹ/Ọrìșà. Mas como pode alguém que<br />

vive contrário a Ifá/Ọlọdùmàrẹ e ao<br />

Ìrùnmọlẹ/Ọrìșà transmitir virtude, sabedoria e<br />

poder a outro! Cerimônia, rito e ritual podem<br />

dar sabedoria, virtude, luz e poder a alguém?<br />

Tenha cuidado com quem você escolhe como<br />

guia e iniciador, porque sua vida espiritual,<br />

destino, saúde moral, psicológica e espiritual e<br />

sucesso estão em jogo! E quando você tem a<br />

sorte de encontrar um guia, mentor e iniciador<br />

genuíno e qualificado, isso não significa automaticamente que você está pronto<br />

para ir. Você ainda não é! Você deve garantir que você tenha requisitos morais<br />

e espirituais, maturidade e poder de compromisso antes de poder solicitar ser<br />

iniciado em qualquer um dos mistérios. Você tem que ser honesto consigo<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 25 de 67


mesmo. Não seja impulsivo e impaciente. Desenvolva-se primeiro e purifique<br />

a sua vida primeiro por 2-3 anos antes de se submeter a uma iniciação<br />

qualificada. Qualifique-se primeiro como um<br />

candidato genuíno, sincero, saudável, honesto e<br />

humilde, para que possa obter os maiores<br />

benefícios, alegria e satisfação da sua iniciação. Estes<br />

são alguns pensamentos e ideias fraternas para você<br />

considerar de um amigo e benquerente. Não se<br />

engane e não permita que os outros o enganem. Seja<br />

paciente. Informe-se diligentemente e prepare,<br />

fortaleça e purifique a sua vida interior. Sua vida é<br />

sua. Faça o que você quiser, mas lembre-se de que<br />

você é o único responsável pelo que escolhe manter<br />

e o que escolhe rejeitar. Não culpe os outros nem<br />

critique os outros por suas decisões descuidadas,<br />

impulsivas e impacientes. Para protegê-lo da dor evitável, do desencantamento<br />

e da desilusão, estas palavras são providencialmente enviadas para você. O<br />

sucesso da vida espiritual consiste principalmente em paciência, perseverança,<br />

honestidade consigo mesmo, coleta de fatos, decisões informadas e atitude<br />

positiva. Fantasia, orgulho, presunção e fé são fatais para empreendimentos<br />

espirituais genuínos. Seja autêntico, verdadeiro e real para que você esteja<br />

preparado e ajustado para verdadeiramente discernir o autêntico, verdadeiro<br />

e real.<br />

Texto adaptado por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

61-99<strong>103</strong>-0824 @ghisapochetbuffet<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 26 de 67


Ọrìșà não é culpado pela péssima administração que você faz do seu dinheiro.<br />

Ọrìșà não é culpado se você prefere viver no meio de pessoas invejosas e<br />

interesseiras que você mesmo sabe que só se aproximam de você com<br />

interesse em alguma coisa. Ọrìșà não é culpado pelo estudo e melhoria no<br />

currículo que você não buscou ter. Ọrìșà não é culpado pelo medo que você<br />

tem de arriscar financeiramente. Ọrìșà não tem culpa que ao invés de seguir<br />

os conselhos do Ọrìșà você prefere seguir os conselhos das pessoas. Dentro<br />

da limitação de cada ser humano Ọrìșà dá o caminho para a Riqueza, porem<br />

nós temos que saber interpretar e seguir os seus conselhos. Devemos nos auto<br />

avaliarmos e também analisarmos o que é de produtivo e improdutivo em<br />

nossas vidas, quais são as pessoas que gostam de nós e as que se aproximam<br />

em busca de algum benefício próprio. Além de ouvir os conselhos dos Ọrìșà<br />

devemos trabalhar fortemente para que tudo se concretize, a receita perfeita<br />

para uma vida confortável é ter obediência e determinação para que tudo se<br />

concretize. Outro fator muito importante é estar com o Ọrí alinhado, estar<br />

com o Ọrí em Ire, não adianta fazer Ẹbọ, Ọríkì e medicinas se o seu Ọrí não<br />

estiver em Ire nenhuma benção chegará até você. A felicidade de uma vida<br />

confortável só vem com mudanças, as pessoas procuram Ifá para que Ifá<br />

mude a vida delas, Ifá tem sempre o melhor caminho para quem o procura,<br />

Ifá tem sempre o melhor conselho para uma mudança positiva em nossas<br />

vidas, mas a escolha de mudar é nossa, a escolha de seguir os conselhos de Ifá<br />

é nossa. Lembre se a vida é feita de ações e consequências, se eu gastar eu fico<br />

sem, se eu disser eu vou ouvir, se eu não fazer eu não vou receber, se eu andar<br />

com porcos eu vou comer lavagem. Procure sempre uma mudança positiva<br />

na sua vida com obediência e determinação. Tenha certeza de quem você é,<br />

para onde e por onde você deve Ir.<br />

Por:<br />

Ifáșọlá Ifádàhúnșí Áwọgbámípẹ<br />

Cláudio Filadelfo<br />

Tel (11) 983673753<br />

E-MAIL filadelfocafj@gmail.com<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 27 de 67


Quaisquer que sejam os<br />

pensamentos, crenças e<br />

opiniões. Teorias ou dogmas<br />

que escrevem, gravem ou<br />

imprimam na mente da<br />

consciência, você vai<br />

experimentá-las como<br />

manifestações objetivas sob a<br />

formas de circunstâncias,<br />

situações e eventos. O que<br />

escreve internamente você<br />

experimenta externamente. Sua vida tem dois lados, objetivo e subjetivo,<br />

visível e invisível, pensamento e manifestação. O pensamento é percebido<br />

como uma sequência de disparos neurais no córtex cerebral, que é o órgão<br />

usado pela mente raciocinada como consciente. Quando a mente consciente,<br />

ou objetiva aceita inteiramente o pensamento, ele é transmitido para as partes<br />

mais antigas do cérebro, onde se torna carne e se manifesta no que você<br />

experimenta. Conforme explicado antes, o subconsciente não tem a<br />

capacidade de argumentar. Age apenas baseado no que você nele escreve.<br />

Aceitar como final o veredicto ou a conclusão da mente consciente. Este é o<br />

motivo por que você está sempre escrevendo no livro da sua vida, uma vez<br />

que seus pensamentos se transformam em suas experiências. Homem é o que<br />

ele pensa durante todos os dias. A consciência é definida como a parte da<br />

psique humana que induz a angústia mental e sentimento de culpa ao ser<br />

violada e sentimentos de prazer e bem-estar quando nossas ações,<br />

pensamentos e palavras estão em conformidade com os nossos sistemas de<br />

valores. A palavra grega traduzida como "consciência" é suneidēsis, que<br />

significa "consciência moral". A<br />

consciência reage quando as ações,<br />

pensamentos e palavras se conformam ou<br />

são contrárias a um padrão de certo e<br />

errado. A consciência revela o que cada<br />

homem acredita que “deve” ser. É<br />

indicativo de seu sentimento interno<br />

sobre o moral correto, do ideal nobre<br />

pelo qual sente que deve lutar. É o seu<br />

estímulo em direção à sua concepção de<br />

alturas morais, e seus freios contra fazer o que acredita ser errado. A<br />

consciência não é o padrão final da verdade, porque isso deve vir de<br />

Ọlọdùmàrè através da revelação. Enquanto alguém tenta fazer o que acredita<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 28 de 67


que Ọlọdùmàrè quer que faça, ele pode ter um conceito errôneo do que<br />

Ọlọdùmàrè deseja realmente. O conceito de consciência é mais de natureza<br />

individual e envolve três<br />

grandes verdades. Primeiro, a<br />

consciência é uma capacidade<br />

dada por Ọlọdùmàrè aos seres<br />

humanos para o exercício da<br />

auto avaliação. Ọrùnmìlà<br />

refere-se várias vezes à sua<br />

própria consciência como<br />

sendo "boa" ou "sem ofensa".<br />

Ọrùnmìlà examinou as suas<br />

próprias palavras e ações e<br />

achou que estavam de acordo<br />

com seus costumes e sistema de<br />

valores, que eram, é claro, com<br />

base nos padrões de<br />

Ọlọdùmàrẹ. Sua consciência<br />

confirmou a integridade do seu<br />

coração. Em segundo lugar,<br />

retrata a consciência como uma<br />

testemunha de algo. Ọrùnmìlà<br />

diz: “ki awọn Kẹfẹrì kì o wa mọ<br />

pẹ so amikan ti niwàjú Ọlọdùmàrè ọfin ti kọ ninu ọkàn wọn” Que os gentios<br />

têm consciência que atestam a presença da lei de Ọlọdùmàrè escrita em seus<br />

corações. Ele também apela para a sua própria consciência como testemunha<br />

de que fala a verdade e de que se comportou em santidade e sinceridade<br />

quando se relacionando com outras pessoas. Ọrùnmìlà diz: “Rẹ-ọkàn jẹrisi pẹ<br />

o ni o ni lati wa ni jiyin fun wọn sísẹ mẹjẹẹjí Ọlọdùmàrẹ bi awọn miran.” Que<br />

sua consciência confirma que ele tem que prestar contas por suas ações tanto<br />

a Ọlọdùmàrè quanto a outras pessoas. Em terceiro lugar, a consciência é uma<br />

serva do sistema de valores do indivíduo em questão. Um sistema de valores<br />

imaturo ou fraco produz uma fraca consciência, enquanto um sistema de<br />

valores totalmente informado produz um forte senso de certo e errado. Na<br />

vida religiosa, a consciência pode ser conduzida por uma inadequada<br />

compreensão das verdades Yọrùbà e pode produzir sentimento de culpa e<br />

vergonha desproporcionais para as questões em mão. O amadurecimento na<br />

fé fortalece a consciência. Uma outra referência à consciência que é<br />

"cauterizada" ou tornada insensível, como se tivesse sido cauterizada com ferro<br />

quente. Tal consciência é endurecida e calejada, não mais sentindo nada. Uma<br />

pessoa com a consciência cauterizada não mais escuta os seus sussurros e pode<br />

cometer erros, iludir-se e pensar que está tudo bem com sua Ẹlẹdà, e tratar os<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 29 de 67


outros de forma insensível e sem compaixão. Devemos manter a nossa<br />

consciência limpa ao obedecer a Ọlọdùmàrè e manter o nosso relacionamento<br />

com ele em boa posição. Fazemos isso através da aplicação de sua palavra,<br />

renovando e suavizando os nossos corações continuamente. Consideramos<br />

aqueles cujas consciências são fracas, tratando-os com amor e compaixão.<br />

Ọṣẹ Mẹjì<br />

A pessoa que acha que sabe e sabe que não sabe fuja dele.<br />

A pessoa que não sabe e sabe que não sabe ensinei-o<br />

A pessoa que sabe mas não faz alerte do que sabe siga-o.<br />

A verdade e cruel mais será sempre a verdade.<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Eventos: 200,00 meia página<br />

Festa: 200,00 meia página<br />

Produtos, 200,00 meia página<br />

Serviços, 200,00 meia página<br />

Tel Zap: 61-99883-0914<br />

Eventos: 350,00 inteira<br />

Festa: 350,00 inteira<br />

Produtos, 400,00 inteira<br />

Serviços, 400,00 inteira<br />

Participar da revista escrevendo: 50,00 por<br />

página.<br />

Contato: ifabunmi@gmail.com<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 30 de 67


Geografia de interação entre sistemas religiosos a partir de um estudo micro<br />

geográfico da religião. Aborda o<br />

comportamento estratégico adotado<br />

por minorias religiosas dentro de<br />

domínios maiores e a mistura de<br />

comunidades em áreas de transições. A<br />

territorialidade dos sistemas pode<br />

surgir de três tipos de<br />

comportamentos: Por coexistência<br />

pacifica, por instabilidade e<br />

competição, e por intolerância e exclusão. O primeiro tipo de interação entre<br />

os sistemas religiosos, a de coexistência pacífica, é caracterizada pelo<br />

equilíbrio, pelo sentimento de mútuo respeito, antipatia ou indiferença.<br />

Vindos de sistemas religiosos que não demonstram preocupações com outras<br />

crenças e suas respectivas práticas religiosas. O sentimento de antipatia pode<br />

uma tendência de gerar áreas auto segregradoras, onde a separação é marcada<br />

pelo exclusivismo de uma religião. “A” e outra pela religião “B”. E o<br />

sentimento de indiferença em oposição à auto segregação de comunidades<br />

religiosas, gera uma pluralidade harmoniosa cujo subsistema religioso. O tipo<br />

de interação, é a competição e a instabilidade, em uma das religiões é<br />

caracterizado com instável. Existem os movimentos de conversão em que cada<br />

religião utiliza-se de estratégias próprias para angariar novos adeptos e<br />

expandir seu espaço na sociedade, em estágio avançado, podem criar tanto<br />

centro de difusão como também áreas de resistência. Trata a analogia homemespaço<br />

como relação prioritária de análise da ciência geografia, que se dá por<br />

meio de condutas que modificam o espaço e inserem o ser humano no meio.<br />

Essa inserção não é, entretanto, unilateral. O sujeito age sobre o meio,<br />

modifica-o e, neste processo, ele o transformando e sendo igualmente<br />

transformado por ele. Surgem assim, neste processo, como os valores<br />

dialéticos a construção espacial das sociedades, orientando a percepção, a<br />

vivência, a concepção do espaço e das<br />

relações espaciais dos homens. Estas<br />

relações espaciais humanas são<br />

também decorrentes de seus<br />

comportamentos orientados pelos<br />

sistemas teológicos. O primeiro passo<br />

da espacialização do fenômeno<br />

religioso é dado pelo discurso<br />

fundador, que transforma experiências<br />

religiosas e míticas em verdades<br />

religiosas. Trata-se de um discurso que é reestruturado pelo líder religioso que<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 31 de 67


dirigidas aos enunciatários pode haver a eficácia simbólica necessária na<br />

espacialização e nominação<br />

da experiência religiosa com<br />

o mundo. A intolerância é a<br />

expressão do preconceito<br />

com o que é diferente. Este<br />

preconceito pode ser fruto<br />

do desconhecido como<br />

também de um deturpado ou<br />

falso conhecimento da<br />

realidade do outro se manifestando como uma opinião, uma ideia negativa<br />

sobre uma pessoa ou um grupo de pessoas, que se forma e se desenvolve<br />

mesmo antes de se conhecer os fatos e as razões do outro. Ou seja, é feito um<br />

julgamento antecipado, geralmente baseado no fato daquela pessoa ou grupo<br />

serem diferentes de quem sente o preconceito. Essas possíveis diferenças vão<br />

justificar que um grupo se sinta superior ao outro e se julgue com mais direitos<br />

e privilégios. Nesta discussão torna-se de vital importância destacar o conceito<br />

de etnocentrismo. É um conceito antropológico complexo, e que se analisar<br />

a etnologia da palavra, raça, povo + centrismo, tem-se como significado ter um<br />

povo/raça/cultura como centro. É considerar que uma cultura/religião como<br />

a medida de todas as demais. Desta maneira há a subestimação e o<br />

menosprezo a cultura ou religião do outro, sobretudo quando se é avaliado a<br />

religião a partir A como supostamente superior a B. O etnocentrismo fez com<br />

que ocorresse a legitimação e o aprofundamento da inferioridade entre os<br />

povos e seus respectivos espaços. Este foi feito através de múltiplas estratégias<br />

de inferiorizarão, tais como o epstemicídio, genocídio, assimilacionismo,<br />

entre outras. Esses conceitos são fundamentais para compreender o<br />

comportamento social de um sistema religioso que pratica e propaga a<br />

intolerância religiosa. Porque o uso da linguagem para é o que permite o<br />

espaço de representações: A linguagem enseja à representação, a posição<br />

espacial, as distâncias e possibilita ir além das determinações subjetivas das<br />

sensações quando estabelece<br />

premissas de objetivação de uma<br />

ordem espacial. Desde suas práticas<br />

primárias às mais complexas a<br />

linguagem permite a transposição de<br />

um espaço de expressões para um<br />

espaço de representações. A partir da<br />

linguagem que se remete a um lugar<br />

de enunciação, gera outras formas de<br />

espacialização do fenômeno religioso: Os primeiros veículos para a<br />

espacialização das ideias religiosas são as palavras, na oralidade e/ou na<br />

textualidade pela qual é difundido o saber religioso. A partir da apropriação<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 32 de 67


desse conhecimento, o Homem religioso é sujeito “especializados” através da<br />

enunciação do discurso religioso. As<br />

representações que permeiam os<br />

discursos se especializam para além<br />

do espaço originário. Esta linguagem<br />

também está associada à pretensão<br />

de dominação social, geralmente,<br />

quando um grupo social pretende<br />

dominar o outro grupo pela via<br />

religiosa, prega-se a satanização, o<br />

etnocentrismo, a intolerância em relação às outras religiões. Em consequência<br />

da crença de que é preciso eliminar a presença e a ação do demônio no<br />

mundo, tem como característica classificar as outras denominações religiosas<br />

como pouco engajadas nessa batalha, ou até mesmo como espaços<br />

privilegiados da ação dos demônios, os quais se ‘disfarçariam’ em divindades<br />

cultuadas nesses sistemas. No contexto de pluralidade religiosa no Brasil,<br />

onde há religiões para satisfazer a necessidade espiritual de cada indivíduo,<br />

gerou a concorrência entre as religiões, de um modo geral, tem sido marcante.<br />

Nesta dinâmica de competição religiosa, cada religião utiliza-se de estratégias<br />

próprias para garantir e expandir seu espaço na sociedade.<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 33 de 67


Existe uma questão que sempre me perseguiu a talvez aconteça os mesmos<br />

com outras pessoas que estejam<br />

preocupadas com a religiosidade em si,<br />

aquela que deve presente nas pessoas que<br />

praticam uma religião. Essa questão é a<br />

capacidade que deve ter o crente de<br />

qualquer religião em poder responder a<br />

uma pergunta muito simples, talvez a<br />

coisa mais elementar que é: O que ele faz<br />

dentro da religião? Qual a finalidade dele<br />

na religião? O que a religião traz para sua<br />

vida? Como a religião se incorpora na sua rotina diária? Qual o beneficia de<br />

ter uma religião. Parece uma coisa muito simples de ser respondida por uma<br />

pessoa que se diz sacerdote, seguidor ou crente de uma religião<br />

principalmente quando essa pessoa tem o objetivo de explicar a outras pessoas<br />

que não faça parte desta mesma religião. Não se trata de proselitismo. Um<br />

crente tem que ter a capacidade de motivar ou de explicar as suas motivações<br />

para um não crente, não com a intenção de convencer o outro a adotar a sua<br />

religião, mas, pelo menos, conseguir explicar os seus motivos nessa religião.<br />

Penso que seja, muito normal a uma pessoa que está dentro de uma religião<br />

ter a capacidade de se expressar sobre os motivos que a levam a estar lá e que<br />

benefícios a religião traz à sua vida de uma maneira que, não só a pessoa pode<br />

explicar sua opção, como também, convencer outras desse caminho. Não<br />

considero que essa seja uma questão culta, acadêmica ou teórica. Pelo<br />

contrário, acredito<br />

que estamos lidando<br />

com a questão mais<br />

simples que uma<br />

pessoa religiosa pode<br />

se confrontar. A<br />

minha decepção é<br />

observar que isso é<br />

algo muito simples quando lidamos com outro tipo de religião, mas, quando<br />

estamos lidando com nossa religião isso se torna, entre algumas pessoas<br />

complicado de responder. Deixando de lado a boa vontade e simpatia e se<br />

concentrando na argumentação em si, eu, até hoje, ouvi muito poucas,<br />

raríssimas, pessoas, que podiam se explicar sem caírem em lugares comuns,<br />

frases decoradas que não convenciam nem elas mesmas do que estavam<br />

fazendo. Por exemplo, qualquer resposta depois de alguns segundos de<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 34 de 67


silencia, uma expressão e aquele olhar profundo e perdido.... Resulta em<br />

umas frases como: Eu amo o meu<br />

Ọrìșà é tudo para mim, ele que me<br />

dar caminho, etc.... Nada de<br />

errado com essa manifestação de<br />

fé e carinho muito apropriada a<br />

uma religião iniciativa onde o Ọrìșà<br />

deve desempenhar um papel<br />

muito exemplar no imaginário do<br />

seguidor, mas, de forma nenhuma serviriam para explicar a alguém o motivo<br />

daquilo tudo ou convencer assim mesmo do que está fazendo. O mais comum<br />

é a velha definição de que ela está ali para ter uma evolução espiritual, mas<br />

prosseguindo com mais perguntas sobre o mesmo tema, não se consegue que<br />

a pessoa defina com clareza o que é esta evolução espiritual para ela.<br />

Responder a primeira pergunta sobre um assunto exige um muito pouco de<br />

conhecimento e muitas serve como resposta, até mesmo uma embromação,<br />

mas responder três ou quatro perguntas sucessivas sobre o mesmo assunto<br />

aprofundando o tema exige saber de fato o que se está falando. Assim, me<br />

transtorna um pouco ver tanta fé nas pessoas, se dedicando dias e noites a<br />

uma religião sem que se pudessem perceber elas sabiam o que as mantêm ali.<br />

Atenção, de novo, isso não pode ser um paradigma. Não podemos dizer que<br />

é complicado demais para as pessoas sem cultura ou formação como as que<br />

eram e ainda são encontradas e com o passar dos anos tem mudado muito.<br />

Isso é apenas um estereótipo preconceituoso, e uma simplificação grosseira<br />

para justificar comportamentos inexplicáveis. Outras religiões são uma<br />

população equivalente, em termos de classe social e educação e, estes, tem<br />

um domínio muito grande da sua religiosidade e também da sua teologia.<br />

Vocês podem estar imaginando: e daí? Qual significância em se saber definir<br />

isso em palavras se o que é o que está no coração? Claro, essa é uma boa fuga<br />

para essa questão, mas, se fosse assim mesmo, só uma questão de se expressar<br />

oralmente, eu tenho certeza que a gente não veria tanta gente deixando nossa<br />

religião para se transformarem em<br />

outras, deixando anos de dedicação<br />

para trás, sem significado nenhum e<br />

acreditando de fato que na Igreja<br />

conseguiu se encontrar com Deus,<br />

como já ouvi e li o relato de muitos.<br />

Sério, não estou exagerando. Não<br />

estava buscando definições<br />

acadêmicas ou formais, estava<br />

buscando apenas uma explicação que me convencesse de fato. E mais,<br />

conversei com várias pessoas para entender como era a vida religiosa delas<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 35 de 67


depois da sua iniciação ou mesmo para aquelas não iniciadas e que apenas<br />

frequentam um terreiro. Para meu espanto,<br />

fora a presença em obrigações aquilo era<br />

sempre um grande vazio interno. Vejam estar<br />

presente em obrigações ou no seu terreiro<br />

fazendo tarefas não significa necessariamente<br />

que se está tendo uma vida religiosa. Existem<br />

muitos religiosos que vivem enclausurados em<br />

igreja e conventos, mas, o trabalho é apenas<br />

uma necessidade em relação vida em<br />

comunidade, elas dedicam muito do seu<br />

tempo a religiosidade pessoal ou coletiva. Mas<br />

o que eu esperava obter? Como já disse<br />

respostas simples, sinceras e refletissem o envolvimento da alma daquela<br />

pessoa com a religião que ela adotou, que fosse uma coisa tão simples e natural<br />

e ao mesmo tempo calorosa que desse a quem ouvir a vontade de também<br />

participar daquela vida e crença religiosa. Que me permitisse compartilhar<br />

uma visão otimista da religião tomando as pessoas em seres humanos<br />

melhores. Mas porque essa decepção? A falta de orientação religiosa. Olha<br />

muitos motivos existem. O primeiro deles sem dúvida é a falta de formação e<br />

orientação religiosa. Pessoas muito novas a frente e responsáveis por conduzir<br />

autonomearem sacerdotes de uma religião sem ao menos terem uma conduto<br />

consistente que justifique o emprego termos, seja o de sacerdote, seja o de<br />

religião, não estou aqui me referindo há uma situação sacerdotal, é assim ao<br />

ensinamento para que possa responder a pergunta. Além disso, apesar de<br />

nossos inúmeros esforços em caracterizar de forma diferente, nossa religião<br />

está hoje muito mais para uma religião mágica<br />

ou uma pratica mágica do que uma religião.<br />

Como religião a sua prioridade são os ritos e<br />

liturgias e esse tema domina a formação e a<br />

preocupação das pessoas. Só o rito importa, só<br />

a forma e fazer melhor do que outro e saber<br />

mais ritos e segredos litúrgicos transforma cada<br />

vez mais o ego das pessoas. A qualificação de<br />

algumas pessoas no culto virou apenas o seu<br />

domínio por ritos religiosos. O dia a dia é<br />

dominado pelo pratica da magia para a<br />

obtenção de favores, para a correção e erros<br />

sem um questionamento do mérito de quem<br />

pede ou da moral do que é feito. Esse assunto, o da pratica mágica aética (na<br />

maior parte das vezes) e da ritualística é o que domina qualquer conversa<br />

envolvendo os praticantes. Uma visita ao “dial” do rádio deixa isso bem claro.<br />

Encontramos programas católicos – poucos – evangélicos – muitos – e os de<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 36 de 67


matriz africana quase nem um. Enquanto nos primeiros existe uma<br />

preocupação com a pregação da palavra de<br />

Deus, do verbo, para os últimos é apenas uma<br />

hora de comércio e relacionamento. Desta<br />

maneira a religião que existe e na qual se<br />

baseia a de matriz africana se perde e é<br />

esquecida. Os conceitos religiosos, a teodiceia<br />

a teologia ou mesmo a coisa mais simples, que<br />

é como eu iniciei qual o sentido para isso na<br />

vida das pessoas, quem inicia o que estão<br />

pensam que estão trazendo para essas pessoas<br />

que os seguem, são apenas fragmentos, não<br />

ligados, que são ditos com brevidade, sempre,<br />

mas no sentido de mostrar que existe um<br />

fundamento maior por trás de tudo, a religião<br />

de fato, mas que ele nunca explica (não saber o que falar), servindo apenas<br />

como uma isca ou como uma elemento para despertar curiosidade e respeito.<br />

As pessoas entram na busca desse conhecimento que nunca vem, as abandona<br />

a religião, porque racionalmente reconhecem que esta religião tira delas mais<br />

do que dá. A grande responsabilidade por isso é a própria formação dos<br />

referidos. Completamente voltada para o rito e o ganho pessoal através da<br />

pratica da religião. A preocupação por criar essa orientação religiosa de fato<br />

não existe e como a gente diz, que só se pode dar aquilo que recebe, eles<br />

pouco ou tem a dar. Os que se incomoda,<br />

com isso acabam usando os conhecimentos<br />

que adquiriram de outras religiões como o<br />

catolicismo ou do Karcismo para terem<br />

algum discurso religioso. Esse passa então a<br />

ter nenhuma relação ou vínculo com sua<br />

própria religião. Além disso, a pratica<br />

mágica indiscriminada e sem ética e moral e<br />

que visa o seu ganho financeira própria<br />

acaba retirando dele o sentido de ética e<br />

moral que qualquer religião deve ter. Como<br />

essa pessoa vai pregar ensinar ou cobrar algo<br />

de seus seguidores se a sua pratica diária está<br />

envolvida em fins que são completamente<br />

não éticos? Mas muitos podem se levantar<br />

conta essa palavras e dizer que nem todos<br />

são assim, e verdade e não me refiro a todos mais lembremos que tem foi<br />

pinto hoje e galo e fara um pinto, simples feiticeiros e que sua pratica mágica<br />

e litúrgica tem sim uma base ética. Como em tudo existe exceção vamos<br />

aceitar que de existem esses grupos, mas, mesmo para esse grupo as<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 37 de 67


afirmações principais se sustentam: a falta de orientação da base religiosa, a<br />

valorização da prática mágica e litúrgica.<br />

A realidade é que apesar de ser uma tradição de<br />

uma religião de fato, de os seus ditos, terem<br />

alguma noção disso e eles se autodenominarem<br />

religiosos, a formação religiosa é de maneira a<br />

sua capacidade de transmitir religiosidade para<br />

outros é igualmente nula. O que eles transmitem<br />

são ordens comuns, bom senso baseado em<br />

conveniência própria e conceitos religiosos que<br />

aprenderam de outras religiões basicamente a<br />

católica e espiritismo, que no fundo vira mais um<br />

sincretismo porque se junta com alguns<br />

conceitos que eles aprendem da religião africana.<br />

A vida religiosa de um praticante é então<br />

dominada pela ritualística e submissão<br />

hierárquica com pouco nenhuma orientação religiosa. Sua dedicação é<br />

dominada pela participação em obrigações próprias, de outros ou coletivas<br />

onde o seu papel varia de nenhuma a alguma. Toda a iniciativa ritual em um<br />

terreiro é dominada por poucos, um ou dois na maior das vezes cabendo aos<br />

demais o papel de figuração ou coro. A rotina religiosa é repleta de festejos<br />

que criam assim um direcionamento estético e vaidoso para a presença da<br />

pessoa uma vez que não tendo ela um papel ou não consumindo o seu tempo<br />

com reflexões religiosas essa pessoa passa a dedicar o seu tempo ao culto do<br />

seu ego e da sua vaidade no que faz. A vaidade é o que domina a religiões<br />

hoje. Esclarecendo a todos o Ọrùn é o espaço<br />

supernatural e o Àìyẹ é o espaço natural. Ọrùn é<br />

o lugar onde habitam os espíritos e o Àìyẹ é<br />

basicamente terreno. A troca significa que no<br />

Àìyẹ as pessoas procuram através de liturgias e<br />

oferendas oferecer coisa esperando receber em<br />

troca disso favores dos espíritos do Ọrùn. É como<br />

os católicos que fazem promessas para obter em<br />

troca de penitências aqui uma relação de<br />

sofrimento, no qual o Ọrùn católico exige que a<br />

pessoa sofra e se puna para atendê-la ou os<br />

neopentecostais com sua doutrina de teologia da<br />

prosperidade, na qual Deus em pessoa vai<br />

atender a tudo o que eles pedem, inclusive as<br />

maldades quem colocando nomes e fotos das<br />

pessoas dentro da bíblia. As trocas, então, não são uma exclusividade de<br />

nenhuma religião e sim na natureza humana. Este mecanismo domina tanto,<br />

a visão da pessoa que se associa a uma casa, como também a forma como a<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 38 de 67


sociedade vê casas e isso é muito ruim. É no mínimo curiosa a mentalidade<br />

que se constrói de que os espíritos e divindades no Ọrùn estão ali, ávidos por<br />

receberem Ẹbọ e rapidamente, a troco<br />

de umas bolas de farinha ajudar as<br />

pessoas no Àìyẹ. Sem dúvida a visão<br />

do mundo de cada religião é distinta e<br />

isso direciona a forma como as<br />

pessoas vivem. Se você pega uma<br />

religião encarnacionista e cármica<br />

como o budismo e Kardecismo, por<br />

exemplo, que pregam que viver é um<br />

sofrimento e você nasce, na realidade, fazendo um curso de sofrimento para<br />

não para mais renascer, esta pessoa vai pauta sua vida justamente seguindo<br />

esta sina de viver essas dificuldades para que elas não apareçam mais e<br />

também sendo forçosamente caridosos para acumular pontos positivos nessa<br />

vida. Eu acho que o budismo deve fazer um bom trabalho nas pessoas,<br />

buscando o melhor delas, apenas de eu não gostar da filosofia como um todo.<br />

Mas o kardecismo não tem filosofia do budismo e se caracteriza pela<br />

orientação à caridade, na maior parte das vezes não sincera, como uma<br />

obrigação de vida. Contudo, o que eu quero dizer aqui, mais uma vez, é<br />

enfaticamente, é que a pratica sincera de uma religião direciona a forma como<br />

as pessoas vivem e como encaram a sua existência. A religião Yọrùbà tem<br />

como característica dizer para as pessoas que elas nascem para ser felizes e<br />

elas devem viver felizes. Ela também reconhece que o mundo tem muitas<br />

dificuldades e coloca o divino, através de Ọrìșà e outros espíritos disponíveis<br />

para ajudar as pessoas a vencer os obstáculos que as impedem de ser felizes.<br />

Desta maneira tem esta veia assistencialista na sua estrutura. Mas o objetivo<br />

disso não é no que isto se transformou na prática. A religião quer as pessoas<br />

felizes e ela suporta isso através do equilíbrio e reposição de Àṣẹ que é forma<br />

como religião entende que você<br />

obtêm as condições para ter<br />

condições para resolver seus<br />

problemas. A religião entende<br />

que a pessoa deve ter energia,<br />

uma boa cabeça para tomar boas<br />

decisões, um bom caráter, ética e<br />

sorte na vida. Mas acima de tudo<br />

a religião diz que a pessoa deve<br />

ter boas pernas, porque sem boas<br />

pernas você não realiza nada. A visão dela é muito direta, nós temos que<br />

resolver nossos problemas, o preguiçoso não vai ter nada na vida. Não adianta<br />

você se sentar e esperar que as coisas ocorram, se você quiser realizar alguma<br />

coisa faça algo por vocês. Se quiser ter dinheiro, trabalhe se quiser comer<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 39 de 67


plante, se quiser resolver problemas e conflitos busque a solução. Não existe<br />

incentivo para a preguiça, para a leniência e para pessoa resolver seus<br />

problemas com trocas e feitiços. Existe<br />

uma frase muito boa que diz que seu<br />

Ọrìșà não vai impedir que você chore<br />

suas lágrimas, mas, vai estar junto de<br />

você para enxuga-las. As trocas entre o<br />

Ọrùn e o Àìyẹ existem, sempre com<br />

este sentido de dar a você as melhores<br />

condições para realizar, trabalhar, ter<br />

saúde, ter determinação e também para<br />

eliminar dificuldade ou negatividade<br />

que não lhe pertencem. Se você passa anos plantando e regando um<br />

problema, você vai colher o seu problema. O que saiu da sua mão é seu,<br />

usufrua dele. Não adianta esperar ajuda divina para uma coisa que você<br />

mesmo criou para você. A questão do comportamento, do mérito como base<br />

para se puder alcançar algo na vida ficam sempre para segundo ou nenhum<br />

plano. Entende-se que o processo mágico das oferendas ou de obrigações é o<br />

mais do que necessário para se obtiver o que precisa. Entendesse que uma<br />

pessoa que faça seu santo vai ter que receber em troca emprego, dinheiro e<br />

uma vida melhor, compreender que uma iniciação e um renascimento e<br />

portanto, você precisa recomeçar sua vida para que os erros que foi comedido<br />

ontem não se repita hoje assim, terá alçando seu destino e será feliz. Se isso<br />

não foi alcançado é porque a pessoa que você procurou não deve a capacidade<br />

de resolver ou pelo menos encaminhar para quem posso resolver. O mais<br />

incrível é a pessoa entrar para uma religião que ela imagina que as divindade<br />

que ela acha tão maravilhosa se vendem<br />

por um punhado de grãos para fazer<br />

qualquer coisa, ou mesmo, que ficam lá<br />

sem ter o que fazer a não ser facilitar a vida<br />

das pessoas aqui no Àìyẹ. O merecimento,<br />

ou a falta dele, é sempre lembrado como<br />

motivo para justificar o não benefício,<br />

geralmente por quem vendeu a liturgia<br />

para o favor ser atingido. Nessa hora a<br />

pessoa não obteve não merecia. Mas<br />

nunca lembrado quando o contrário<br />

ocorre, quando o benefício é atingido,<br />

nesse momento o mérito é de quem fez a<br />

liturgia. Quero aqui esclarecer que, as iniciações, Ẹbọ, magia, oferendas, entre<br />

outros e para nos mesmo o Ọrìșà recebera está energia e nos devolve para o<br />

bem comum, A medida do sucesso na obtenção de benefício e prosperidade<br />

é a que justifica a permanência de alguém em uma casa. Se as coisas não vão<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 40 de 67


em elas se vão. Afirmo que este é um desvio religião. Ela não existe com essa<br />

finalidade e essas almas pobres que assim se situam<br />

estão completamente perdidas em relação ao o que<br />

é a religião. Não tenho dúvida que esta distorção de<br />

visão começar quando as pessoas começaram a<br />

comercializar o Àṣẹ. O que deveria ser uma coisa<br />

restrita para as pessoas de uma casa passou a estar<br />

à venda para quem pudesse pagar. A pessoa que vai<br />

fazer os trabalhos espiritual usando os<br />

conhecimentos a que tem acesso se transformou<br />

apenas em um feiticeiro, um fazedor duvidoso de<br />

favores. Na vida real, como no cinema, toda força<br />

mágica tem dois usos, o do bem e o do mal. A<br />

comercialização de Ẹbọ e feitiços é apenas um mau<br />

uso disso, é o uso do lado ruim. Um religioso, um sacerdote é uma pessoa do<br />

bem. Ele não pode se prestar a anunciar serviços aos alcances de qualquer<br />

pessoa. Na minha visão uma religião baseada em um sistema de trocas é o<br />

caminho certo para o seu fracasso. As pessoas que se envolvem com uma<br />

religião não podem viver com essa perspectiva. Uma religião não pode se<br />

focar ou incentivar esse comportamento porque jamais as pessoas vão se<br />

encontrar ou entender o que estão fazendo lá. Será uma religião se não criar<br />

categorias para diversos níveis de envolvimento e iniciação. Quando os<br />

terreiros tiverem que conviver harmoniosamente com pessoas que não<br />

querem ou que jamais farão o seu Òrìṣà eles conseguiram enfim achar um<br />

caminho religioso para a existência. Hoje essa convivência é um estágio<br />

intermediário no qual a pessoa é continuamente empurrada ou incentivada a<br />

trocar de status para Ìyàwọ. A manutenção<br />

de terreiros através de clientelismo<br />

religioso é mais outro mal. Esse processo<br />

de troca entre Ọrùn e Àìyẹ deve acabar e<br />

isto ser um bem intrínseco da religião e não<br />

explícito. O aspecto da troca está presente<br />

em todas as religiões em maior ou menor<br />

grau. Você dedica tempo, fé e recursos e<br />

espera do Ọrùn do retorno para a sua vida.<br />

Isso é natural, mas, algumas religiões<br />

moldarem isso com sabedoria, outras<br />

transformaram isso na sua bandeira, mas que junto com a promessa de<br />

benefícios traz uma enorme dose de doutrina, dogma, moral e ética. Isso fica<br />

quase apenas na perspectiva materialista. O principal exemplo desse<br />

paradigma é o espiritismo. Como já expliquei aqui antes o espiritismo por si<br />

só não se caracteriza nenhuma religião. É um processo voltado em princípio<br />

para ajudar outras pessoas, mas que deve se basear em alguma doutrina,<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 41 de 67


qualquer uma porque a pratica exige mediunidade e não uma crença religiosa<br />

especifica, cada uma com uma<br />

combinação e entre comum apenas a<br />

incorporação com espíritos. Este e<br />

muito presente também em outras<br />

religiões, contudo, apesar do muitos<br />

excessos eles conseguem algum<br />

equilíbrio entre a realização espiritual<br />

e o sentimento de realização material.<br />

Tanto que as pessoas migram do culto<br />

de matriz africana para eles. Existe um<br />

tipo de pessoa e uma determinada faixa da população que coloca claramente<br />

essa questão material na frente da sua religião. Elas na realidade vão sempre<br />

buscando alguém que resolva os seus problemas e será uma população entre<br />

doutrinas e casas na busca de solução. Uma pessoa que se dedica a essa<br />

religião base e orientação para através do contato com esse divino, através de<br />

exemplos e través de orientação, atingir um equilíbrio em sua vida na forma<br />

como conduz e na forma como dedica o seu tempo para objetivos de<br />

realização. Equilíbrio é a principal palavra que traduz essa religião. Uma<br />

pessoa religiosa é aquela que vive nesse mundo com a fé no divino. Uma fé<br />

forte e presente que a faz saber que sua vida existência está sendo submetida<br />

e é controlada por uma força maior do que a dos homens, por uma lei maior<br />

do que a dos homens. Assim essa pessoa vive com a convicção de que não<br />

está sozinha nesse mundo, o divino no Ọrùn está sempre a zelar por ele. Uma<br />

pessoa de fé sabe que o mundo e as coisas são controlados pelo divino e pela<br />

mesquinharia dos homens. Essa pessoa vai se transformar em uma pessoa<br />

melhor para conseguir mesma obtendo equilíbrio na forma como vive sua<br />

vida e se dedica a seus objetivos com ética e caráter. Os seus Ọrìșà e Ọrí vão<br />

buscar não somente ajuda-lo nesse<br />

equilíbrio como também ajuda-lo a<br />

enfrentar as diversidades de sua vida,<br />

amenizando problema, e tornando-o<br />

transparente para seus inimigos. A<br />

própria conduta dessa pessoa,<br />

equilibrada consegue mesmo vai que ela<br />

cria inimigos para si. Você como uma<br />

pessoa melhor vai ter condições de<br />

ajudar sua família e trazer também para<br />

ela esse equilíbrio. Mais pessoas assim serão beneficiadas por sua ação. O<br />

benefício para a família é um dos principais objetivos que uma pessoa deve<br />

ter em sua vida, seja por mantê-la unida seja por vê-la prosperar. Uma vez<br />

atingido esse estágio você terá condições de ajudar a sociedade que o cerca,<br />

tendo assim conhecimento e experiência para transmitir para outras pessoas,<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 42 de 67


ajudando a transformar e melhor o mundo em que vive. Uma pessoa religiosa<br />

deve ter uma pratica diária dessa<br />

religiosidade. A oração é o elemento de<br />

ligação entre o Àìyẹ e o Ọrùn. As palavras<br />

empregadas e sua repetição é o que<br />

fazem. Uma pessoa deve de fé deve estar<br />

ligada ao Ọrùn e deve ter em sua vida a<br />

pratica da oração. Além disso, a pessoa<br />

que vive com fé deve se lembrar desse<br />

divino ao longo do seu dia. Seja quando<br />

tem dificuldade seja quando algo de bom<br />

ocorre com ele porque o mesmo ouvido<br />

que serve para ouvir pedidos de proteção e ajuda também server para ouvir<br />

agradecimento. Uma pessoa de fé deve ter uma pratica religiosa diária e<br />

semanal para si que não dependa do seu terreiro para que ela busque através<br />

dessa ligação com o Ọrùn e o equilíbrio e o Ìwà Pẹlẹ que vão trazer tudo de<br />

bom para a sua vida. Uma pessoa de fé deve saber como se dirigir a seu Ọrìșà<br />

e Orí como receber deles as mensagens que precisa para poder viver melhor<br />

o seu dia e vida.<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 43 de 67


A mulher como o símbolo do caráter<br />

Ifá é a preservação da sabedoria ancestral na cultura Yọrùbà que fornece<br />

orientação sobre como tomar as decisões certas no caminho para o<br />

desenvolvimento do bom caráter. Ifá não é uma doutrina de crença; É uma<br />

maneira de ver o mundo, Ifá não e uma religião, e um modo de vida.<br />

No centro da filosofia Ifá,<br />

encontramos o que está na<br />

raiz da palavra Írìșà. Ọrí está<br />

constantemente conectado<br />

com o caráter "wá" e é<br />

necessário prestar atenção a<br />

esses conceitos. Na raiz<br />

desta pesquisa sobre a<br />

natureza do caráter ou "wá"<br />

em Ifá, descobrimos que<br />

nosso propósito é cultivar "wá rẹrẹ" ou "wá Pẹlẹ" ou seja, um caráter bom ou<br />

feliz. Se você ver que a relação entre o homem e "vai" é igual à relação entre<br />

um homem e uma mulher e, portanto, podemos transpor essas<br />

recomendações para como os homens devem tratar as mulheres. O Ọdú Ọgbẹ<br />

Àlárá nos diz que Ìwà era uma mulher bonita. Mas não foi fácil viver com ela,<br />

pelo contrário, o Ọdú fala dela como solta e<br />

lasciva com uma língua venenosa. Depois de<br />

muitos anos de casamento, Ọrùnmìlà não<br />

pôde mais sustentar sua linda esposa e a<br />

dispensou. Como resultado, ele começou a se<br />

sentir infeliz e pouco depois de perder o<br />

status de amigos dinheiro e sua própria<br />

felicidade. Quando ele consultou Ifá, ele<br />

percebeu que havia trazido essa desgraça e<br />

decidiu buscar o belo e ingovernável Ìwà. Ele<br />

fez Ẹbọ (oferecimento) para Ẹgùngùn (a<br />

sabedoria coletiva dos ancestrais) e começou<br />

a procurar Ìwà. Ele foi para os dezesseis reis<br />

do reino em sua busca e finalmente a<br />

encontrou na casa de Ọlọjọ no bosque de<br />

Ẹgùngùn e a levou de volta. Há muitas coisas a aprender com esta história<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 44 de 67


mais importante é que é preciso tempo para criar um bom caráter ou "rẹrẹ<br />

wá" Daí o ditado Sùúrù ou baba Ìwà rẹrẹ "A<br />

paciência é o pai de bom caráter." O Ọdú é,<br />

portanto, uma advertência contra ser crítico<br />

e crítico tanto para nós quanto para os<br />

outros. Aqui temos que abordar e entender<br />

o propósito do Ẹgbín que significa 'sujeira'<br />

ou 'resíduo'. Esta palavra é comumente<br />

usada em referência a coisas, atos e atitudes<br />

consideradas sujas e inúteis. Neste verso,<br />

foi falado como uma mulher bonita com<br />

hábitos impuros. Nisto encontramos uma<br />

advertência contra os atos e pessoas que<br />

julgam. Devemos notar que Ifá percebe que<br />

a criação do Grande Projeto é exatamente<br />

como é suposto ser e quando entramos em<br />

condenação dogmatizamos e exercemos a de migração moral, estamos<br />

demonstrando uma falta de compreensão. Com base em uma percepção<br />

distorcida do assunto em questão. Vemos isso no reino de Asnynyn - Írìșà de<br />

ervas, raízes e folhas - onde encontramos uma curiosa semelhança entre o<br />

fitoterapismo tradicional de Ifá e a alquimia vegetal no Ocidente. Os primeiros<br />

estágios da alquimia concentram-se no que é chamado de escurecimento da<br />

matéria, onde a morte ou o desperdício são extraídos da essência. Do<br />

desperdício é derivada uma essência final e mais peculiar para completar o<br />

remédio herbal ou remédio. Esta mesma preparação é realizada em vários<br />

trabalhos para a preparação de algum medicamento poderoso em que o<br />

desperdício da planta pode ser reutilizado e com a ajuda do fogo a virtude<br />

final da planta extraída e reintroduzida no medicamento. Se esse paralelismo<br />

é aplicado à relação encontramos<br />

entre o homem cresce e "wá"<br />

temos de gerar "Wá rẹrẹ" é um<br />

processo pelo qual gradualmente<br />

deixar a borra e resíduos de puras<br />

essências de estar cheio de virtude<br />

e alegria É também uma diretriz<br />

para não fazer julgamentos<br />

precipitados baseados em<br />

opiniões subjetivas. Poderíamos<br />

dizer que o verso fala de como o<br />

caminho para o bom caráter<br />

começa com a aceitação de quem somos, incluindo o bem e o mal. Somente<br />

quando nós aceitamos podemos nos desenvolver para ter um bom caráter.<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 45 de 67


Àbìmbọlà comenta nas tradições orais Yọrùbà (1975) que possuir "wá rẹrẹ às<br />

vezes pode ser um fardo, assim como uma<br />

esposa rebelde é um fardo; mas ainda quem é<br />

dono do wá rẹrẹ deve cultivá-lo porque a<br />

presença dessa pessoa torna o mundo um lugar<br />

melhor. É uma advertência para não cair na<br />

corrupção, mas ter esperança e enfrentar<br />

desafios com curiosidade e otimismo devoto.<br />

Certamente há pessoas que sentem a presença<br />

de uma pessoa boa entre eles como o mal<br />

porque o contraste é tão grande entre o alto<br />

alegria de ser irradiada pela pessoa que possui<br />

"Wá rẹrẹ" e aqueles que são movidos por<br />

ambição egoísta para satisfazer todos os seus impulsos materialistas. Esta é a<br />

razão pela qual humildade, bondade, generosidade e paz de espírito são<br />

sempre expressões de bom caráter. No entanto, apenas as pessoas que<br />

possuem "wá rẹrẹ" terão tudo como um provérbio de Ifá diz:<br />

Se você tem dinheiro<br />

Mas se você não tem um bom caráter,<br />

O dinheiro pertence a outra pessoa.<br />

A mulher é o símbolo do personagem e é por causa de sua ambiguidade que<br />

ela e "Eles parecem participar da mesma natureza." Ase da feminilidade como<br />

manifestado em Ọṣà Mẹjì representa a ideia da interferência de forças<br />

sobrenaturais das forças do mal no mundo Àjọgùn e poderes Àjẹ que as<br />

pessoas experiência como ameaças à estabilidade da criação como elas<br />

realmente são mecanismos<br />

divinos para alcançar a ordem<br />

cósmica como resultado de<br />

constante mudança. Por outro<br />

lado, encontramos em Ọṣà Mẹjì<br />

a manifestação de doçura,<br />

riquezas e abundância na forma<br />

de Ṣún. Pode-se dizer que Ìwà<br />

reflete esses dois padrões de<br />

realidade cósmica que se<br />

manifestam como personagens<br />

bons e ruins. Isso não significa<br />

que Ọṣà Mẹjì seja um mau Ọdú, mas que muitas pessoas têm problemas para<br />

perceber os magníficos mistérios que estão dentro dele e, portanto, refletem<br />

uma distorção ou degeneração de suas maravilhosas qualidades. Entende-se<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 46 de 67


que a mulher possui essas qualidades, naturalmente, e também tem a Ọdú (o<br />

útero), o que significa que o acesso por um homem Ọdú é demonstrado por<br />

olhar para o seu "wá" em ambos<br />

os sentidos da palavra como seu<br />

personagem e como mulher ou<br />

esposa A mulher é, portanto, o<br />

centro enigmático de todas as<br />

possibilidades, especialmente o<br />

cultivo do "cru". Devemos<br />

perceber que nossa fortuna e<br />

felicidade futura dependem<br />

inteiramente de como nos<br />

aproximamos e entendemos "wá". O caráter é lindo é uma maneira de estar<br />

no mundo. Este é o significado da contração do Ìwà em "wá" o modo de estar<br />

no mundo. Tenho afirmado repetidamente que termos importantes<br />

relacionados com o carácter e finalidade são aqueles que, como Ẹgbẹ Yọrùbà<br />

(companheiros se reuniram como uma sociedade) Ọkàn (coração) e Ifẹ<br />

(amor). O coração e o amor são os alicerces para construir um bom caráter.<br />

Isso significa que o centro Ifá Ilé Ífọ na verdade contém uma referência sutil<br />

que é uma "Casa do Amor". O amor é a base do Ifá. Assim como o casamento<br />

é um processo de unidade e compreensão mútua que visa criar uma unidade<br />

estável de felicidade baseada no amor, o mesmo acontece com o caminho<br />

para entender a integração e a reflexão da felicidade abraçando o "wá".<br />

Ìwà e Orí rẹrẹ<br />

Ìwà é um termo que contém uma rica rede de<br />

conexões para aquele que possui as qualidades<br />

descritas como bom caráter vai experimentar toda a<br />

bondade da vida. Tal pessoa sempre colher<br />

benevolência espiritual de ambos os poderes<br />

dominantes como social como resultado de ser um<br />

elemento harmonioso em todos os mundos.<br />

Gívẹṣwá dá a direção para nossa consciência ou.<br />

Ọgùndà Mẹjì diz que nenhum ser divino abençoa<br />

um homem sem o consentimento ou conhecimento<br />

do Ọrí. Ọrí é intimamente ligado com "wá" porque<br />

"ou" sua divindade pessoal é alegoria para o seu<br />

gênio ou Daimon. O Ọrí fala com a linguagem do<br />

ar, o vento e o coração. Enquanto o mundo se afasta<br />

da riqueza da sabedoria tradicional, torna-se mais difícil de compreender as<br />

maneiras em que Ọrí interagem com a gente e essa distância provoca uma<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 47 de 67


sensação de perda. Ọrí é a divindade que é responsável pelo seu sucesso e<br />

fracasso na vida e é isso que abre e fecha portas e oportunidades. Atos de auto<br />

sabotagem de rejeitar oportunidades ou tomar decisões erradas são causados<br />

por nossa recusa em aceitar as bênçãos Ọrìșà quer<br />

nos dar. Isto pode ser o resultado de sentimentos<br />

de inferioridade descrença de vergonha ou<br />

autodepreciarão em suas diversas formas.<br />

Àbìmbọlà (1975) aponta que, quando<br />

escolhemos o nosso Ọrí no sentido de uma fusão<br />

da divindade consciência guardião e "pin ou<br />

Kàdàrà" nosso destino e fortuna também escolher<br />

um caminho específico que deve tomar para<br />

colheita. Os frutos felizes da vida Quando<br />

paramos na casa do escultor Àjàlà de escolher o<br />

nosso Ọrí e destino Ọrùnmìlà está presente como<br />

Ẹlẹrì Ìpìn (testemunha o destino) e torna-se desse ponto na bússola para a<br />

nossa jornada através da experiência humano Ọgbẹ Ọgùndà nos diz sobre os<br />

elementos envolvidos na transição de seres divinos que optam por<br />

experimentar a vida humana e Ifá tema recorrente em honra de paciência e<br />

humildade também está aqui. Isso envolve a ouvir o conselho dos anciãos e<br />

ser lento se é que nunca para juiz. As negociações Ọdú sobre vários desafios<br />

que enfrentamos, que por sua vez geram eleições e, portanto, tornar-se o mapa<br />

de nossa jornada no mercado de mundos. Isso significa que nós escolhemos<br />

nossas provações e fortunas como seres humanos. Isso também significa que<br />

aqueles que sentem ter sido dado um lote infeliz<br />

não estão realmente começando sua jornada a<br />

partir da perspectiva correta. Para cada<br />

obstáculo ou desafio há sempre várias opções e<br />

pelo menos uma destas opções nos trarão ao<br />

nosso destino realizado nas asas da sabedoria.<br />

Eji Ọgbẹ nos diz que 'aquele que é sábio tornase<br />

sábio por sua Ọrí' e esta é a consequência de<br />

abraçar esta condição maravilhosa da vida na<br />

Terra, com o espírito certo. A sabedoria anda<br />

de mãos dadas com as fortunas dadas. Outro<br />

comentário que eu ouvi muitas vezes é que ao<br />

receber a Ìtà (que termina a iniciação de leitura,<br />

em parte, revelando o destino que você<br />

escolheu) as pessoas podem considere o Ọdú<br />

que é revelado como ruim ou mesmo mal. Estas pessoas estão envolvidas nos<br />

aspectos negativos de Ọdú Mẹjì Ìrẹtẹ autoengano é uma reação bastante<br />

comum em nosso mundo, onde muitas vezes a culpa e distribuição culpa na<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 48 de 67


tentativa de se sentir bem sobre si mesmo. Isso é evidente na unidade mais<br />

simples de interação social que temos hoje entre<br />

casais. Situações que são consideradas difíceis<br />

muitas vezes se tornam um veículo para projetar<br />

o veneno acumulado fora e contra a própria um<br />

em particular. Em muitos casos, isso leva a<br />

danificar o senso de autoestima e decisões<br />

consequentemente piores. Ele começou um<br />

círculo vicioso e o sentimento emergente de se<br />

perder se torne uma realidade amarga. Tudo se<br />

resume a Orí. O conceito de Orí é intrigante<br />

responsável por este processo é chamado Àjàlà<br />

que significa 'cão luz' foi mencionado. Este termo<br />

é uma referência para os cães como mensageiros<br />

do espírito e da luz, sendo a substância comum que todos nós participam<br />

portanto, neste encontramos. Uma referência ao endereço dentro da luz<br />

como um dado que encontramos também em Ọrìșà sendo codificado em<br />

nossa qualidade de consciência, no entanto Àjàlà descrito como um bêbado e<br />

jogador insuportável, por isso, apesar de suas habilidades magistrais para<br />

esculpir consciência muitas vezes ele comete erros aos Ọrí faz invadir o fogo<br />

queimar ou ser demasiado macio. Antes de embarcar em nossa jornada<br />

humana vamos para a casa de Àjàlà para selecionar o nosso Ọrí mas a escolha<br />

nem sempre é fácil, porque os defeitos de sua<br />

escultura raramente são visíveis. Ao selecionar<br />

um Ọrí também optamos por uma corrente de<br />

energia em particular e com ele um destino<br />

particular. Tal destino deve ser entendido como<br />

uma maneira de estar no mundo que levará a<br />

todas as coisas boas. Quando chegamos à Terra<br />

com uma consciência deteriorada, esses defeitos<br />

podem ser reparados acumulando-se sabedoria<br />

colocada em ação (sacrifício) e através de<br />

iniciações. Outro provérbio de Yọrùbà diz:<br />

"Pouco a pouco comemos a cabeça do rato", o<br />

que significa que devemos ser pacientes no<br />

trabalho de nos refazermos. Poderíamos conceber Ọrí como uma bússola. Se<br />

estiver errado, isso nos levará na direção errada, enquanto uma boa<br />

consciência sempre nos indicará as decisões corretas. A bússola da origem<br />

vem com intuição e a intuição é uma frequência silenciosa que se abre em um<br />

duplo caminho entre você e a fonte. Ifá diz que ele foi ao mercado para<br />

encontrar um cônjuge para Ọrí e lá ele encontrou Ẹmì (respiração / alma). Ọrí<br />

casou-se com Ẹmì e colocou-a em seu coração. Ẹmì é também a palavra<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 49 de 67


Yọrùbà usada para designar uma pessoa específica a alguém com uma<br />

substância e uma essência. Ẹmì foi colocado no coração que descansa em Àyá<br />

(o peito) e o peito refere-se tanto à<br />

armadura quanto à amizade. Àyá é o<br />

campo usado para abraçar alguém nos<br />

laços de amizade para que nossos<br />

corações possam encontrar os deles.<br />

Àyá é uma força espiritual em si mesma<br />

o espírito de amizade. Do peito nossos<br />

braços conhecidos como Ọwọ estendem<br />

uma palavra que é semelhante a Ọwọ<br />

(abundância) e Ọwọ, Ọwọ (uma reunião<br />

de acumulação). As mãos chegam do<br />

coração com o poder da abundância.<br />

Com nossas mãos podemos dar e receber abundância. Da parte inferior do<br />

tronco, nossas pernas se estendem (que) o poder de força e resistência na<br />

busca de nossa direção e caminho. As pernas estão conectadas a "dí" (as<br />

nádegas) que nos lembram da necessidade de descansar e quanto melhor<br />

nosso descanso está em companhia, onde duas metades se juntam para formar<br />

um lugar comum de descanso sólido. O corpo se torna um símbolo da<br />

importância de se reunir em harmonia, assim como nosso corpo é<br />

harmoniosamente montado. Nossa manifestação material como um ser<br />

espiritual em um corpo animado requer um caminho, um objetivo, um desvio,<br />

um descanso, uma experiência e uma amizade. Tudo faz parte desse encontro<br />

harmonioso, já que as ameaças à harmonia nos oferecem a oportunidade de<br />

valorizar o que temos e tomar as decisões certas. Tudo o que acontece pode<br />

ser usado para servir a decisão correta se permitirmos que ela seja usada dessa<br />

maneira. Se resistirmos à boa escolha, sempre temos a<br />

opção de retornar que Ifá chama Àtùwà. Àtùwà é a ideia<br />

da reencarnação literalmente "renascimento do caráter".<br />

A ideia do Renascimento é representada pelo quarto dos<br />

dezesseis principais Ọdú Ọdì Mẹjì. Este Ọdú representa<br />

o útero e o milagre do nascimento. Mais uma vez, vemos<br />

a importância das mulheres para o nascimento e o<br />

renascimento. Também falei da destruição do que é<br />

inútil e da aparência do novo, do bom e do abençoado,<br />

porque todos nascemos bons e abençoados. O caminho para longe de abraçar<br />

nosso feliz destino entra em ação quando estamos sujeitos à socialização direta<br />

ou indiretamente por valores materialistas em um mundo espiritualmente<br />

degenerado. Um renascimento comumente ocorre na linhagem familiar pela<br />

descendência do pai ou da mãe, mas como o composto ou a aldeia é<br />

considerado como uma família extensa, a reencarnação também ocorre<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 50 de 67


dentro dessa dobra maior e é então considerada como sendo causada por<br />

Ọrìșà. Vemos aqui a consequência sociológica lógica que surge da família que<br />

é formada tanto por filhos de sangue como por adoção. O propósito da<br />

reencarnação para descer de nosso lar<br />

celestial em Tọrùn para viajar uma vida na<br />

terra é desfrutar do mistério da vida. Àgbò<br />

Àtọ (vida longa) é uma bênção porque, à<br />

medida que avançamos na vida, seremos<br />

mais sábios se nosso "ingovernável" se tornar<br />

doce e bom e falarmos com a voz de nossa<br />

origem. Longa vida nos permite crescer<br />

sábio no mistério do ser e com sabedoria vem a felicidade quando<br />

entendemos que a vida é agradável. Amigos prestígio dinheiro uma boa casa<br />

e um bom nome um bom casamento filhos e conforto são todas as<br />

consequências do trabalho gratificante e da busca ativa de bom caráter.<br />

Precisamos perceber o caminho que o destino nos preparou para receber<br />

todas as bênçãos possíveis. Ifá diz que o objetivo é a mesma felicidade e<br />

satisfação, mas o caminho para alcançá-lo é determinado pela singularidade<br />

do caminho que escolhemos para caminhar na Terra. Isto é revelado através<br />

da cerimônia de nomeação Ẹsẹntàìyẹ que é normalmente realizada no<br />

terceiro dia após o nascimento. Usando a sabedoria oracular de Ọrùnmìlà, o<br />

destino da criança é revelado; e recomendações são dadas sobre como levar<br />

uma vida a viver bem no mundo, juntamente com questões relacionadas às<br />

profissões e os vários procedimentos para a expiação de poderes<br />

sobrenaturais para que as estradas<br />

sejam claras e abertas. Quão diferente<br />

é isso do moderno modo rebelde e<br />

antinomiano em que o homem olha<br />

para dentro para buscar o que ele<br />

pensa ser. Compare isso com a<br />

tradicional visão de mundo de Ifá, onde ela vai para a fonte da orientação no<br />

mistério da vida e descobre as ferramentas para fazer o próprio destino.<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 51 de 67


ỌRÌȘÀ: FRAGMENTOS<br />

DE CONSCIÊNCIA<br />

Òrìṣà é um termo que foi sujeito a muitas interpretações. A palavra em si tem<br />

um claro significado de "fragmento de<br />

consciência". Uma história do corpus de Ifá<br />

conta como Ọbàtàlà quando trazia a cabaça da<br />

criação para a terra desceu para a primeira<br />

montanha. Ele desceu ao longo de uma<br />

corrente de ouro, mas tropeçou ao atingir o<br />

topo da montanha e a cabaça de criação foi<br />

quebrada em 201 pedaços. A partir desses<br />

fragmentos, Ọrìșà tomou forma como uma<br />

manifestação única - e limitada - da pletora<br />

divina. Em um nível quase primitivo de<br />

constituição metafísica, é isso que Ọrìșà são<br />

poderes divinos específicos e singulares que despertam quando atingem Àyẹ<br />

(a terra) e desencadeiam uma forma particular de fogo divino. A faísca<br />

constitui o núcleo de toda manifestação material inflamada de bestas humanas<br />

e outros fenômenos naturais. Essa ideia de consciência compartilhada é<br />

crucial para entender a filosofia e a cosmologia de Ifá. Como tudo que<br />

participa de um fogo divino compartilhado, tudo é divino. Poderíamos ler<br />

panteísmo ou animismo neste, bem como um monismo qualificado. Esses<br />

discursos filosóficos são, na verdade, de menor importância em relação às<br />

centelhas divinas que continuamente encontram outras centelhas divinas,<br />

porque tudo tem consciência original. Ifá é uma filosofia sobre comunhão e<br />

divindade compartilhadas; tudo contém o fogo divino tanto forte quanto fraco<br />

em sua dança bruxuleante. Quando a cabaça<br />

da criação caiu no chão, descobrimos que 200<br />

fragmentos foram formados no lado direito,<br />

mas um fragmento tomou forma à esquerda.<br />

Esta dinâmica é replicada em nossas mãos, a<br />

esquerda é um símbolo de contenção, força e<br />

proteção, e o direito é um símbolo de<br />

gratidão, boas-vindas e bênçãos. As duas mãos<br />

demonstram nossa capacidade de rasgar e<br />

recolher. Estamos nas mãos olhos orelhas<br />

pernas e nádegas um lembrete da importância<br />

da unidade e do poder que temos de ser autores de fortuna e azar dispersão<br />

e coleta. Esta ideia está codificada em uma das muitas interpretações da<br />

palavra Ẹnìyàn. Ènìyàn é um dos termos usados para descrever humanos, mas<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 52 de 67


também bruxas no Ọdú Ọṣà Ọgùndà. Ènì significa 'pessoas' e yn define a<br />

capacidade de escolhe ou escolha. Em outras palavras Ifá é claro que o<br />

homem veio à Terra com o livre arbítrio<br />

para escolher o que é bom ou o que é<br />

ruim embora o termo Ẹnìyàn envolve<br />

tanto o ato de eleição como eleito.<br />

Implica que os seres humanos foram<br />

escolhidos para fazer esta viagem porque<br />

foram escolhidos para fazer o bem e<br />

reconhecer os fragmentos da<br />

consciência divina espalhados por toda<br />

parte e de lá eles se reuniram em<br />

harmonia. Como o corpo de uma árvore<br />

ou o de uma montanha abriga uma centelha divina de consciência, o mesmo<br />

acontece com o nosso corpo humano. É uma casa sagrada para o fogo divino<br />

tomar uma forma única. Uma vez que tudo compartilha a mesma matéria<br />

divina, nossa própria constituição nos convida e nos permite aprender com as<br />

plantas, as árvores, as bestas e os espíritos. Nestes vemos nossa própria riqueza<br />

ou falta; e trabalhe na nossa perfeição. Quando testemunhamos tudo como<br />

raios divinos em movimento, formamos relações benevolentes e malévolas de<br />

uma maneira emocionalmente distante mas interessada. Abordagem ao<br />

mundo deixamos de julgar e simplesmente experimentamos. Nós seremos<br />

como estrelas e árvores seguras em sua consciência; Montanhas de integridade<br />

e gentileza que expandem a estabilidade e acolhem o mundo. O objetivo é<br />

tornar-se em dois a encarnação dos segredos conhecidos pela matriz e a hélice<br />

da consciência e do ser. Possuir um Àwọ nos permitirá avançar em direção<br />

ao nosso destino com dignidade e movimento medido. Vivenciamos através<br />

da mediação do Ábá e das ideais e a força com que realizamos essas ideais. A<br />

única Ìrùnmọlẹ" que tinha os dois poderes era Ọbàtàlà o rei vestido de branco.<br />

Ele é a força espiritual que traz ideais e sonhos àṣẹ força para fazer isso<br />

acontecer. Ele tomou a cabaça criar a Terra e deu à luz todos Ọrìșà do<br />

depósito da sabedoria divina o estado<br />

tranquila de ser e de todas as<br />

possibilidades de expressão que<br />

conhecemos como Ọlọdùmàrẹ. Não<br />

existem santuários ou bosques<br />

dedicados a Ọlọdùmàrẹ. Podemos orar<br />

como uma afirmação dos nossos eixo<br />

uma declaração de reconhecimento,<br />

mas vai como sussurros jogando<br />

nevoeiro. Ọlọdùmàrẹ é a origem de tudo, mas é diferente de tudo o que é e<br />

que é o polo que gera toda a paisagem conhecida ou misteriosa para nós. De<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 53 de 67


modo que cada ser ciente conhece suas origens precisa se reconectar com<br />

tudo o que existe em todas as árvores variações possíveis bestas plantas ainda<br />

mais desafiador ou outros seres humanos. Ifá ensina que, se algo existe, tem<br />

um propósito. Se ficarmos agitados ou perturbados, perdemos a sabedoria e,<br />

ao fazê-lo, entramos na encruzilhada de Ẹṣù, onde devemos tomar decisões.<br />

Essas escolhas podem ir conosco ou contra nós para desafiar a sabedoria ou<br />

alimentá-la. Precisamos desse contraste em<br />

nossa vida. Precisamos do punhal<br />

embebido em mel, tanto quanto<br />

precisamos do glace beijo vinagre porque<br />

onde quer que vemos o mal bondade é ao<br />

virar da esquina e cada vez que abraçar a<br />

bondade deve permanecer no abraço do<br />

amor. Isso irá desviar toda a negatividade.<br />

Somos fragmentos da consciência divina<br />

andando na terra. Com o nosso<br />

nascimento, ateamos fogo à terra com uma<br />

determinada energia. Abrimos a porta para uma experiência divina como boas<br />

almas nascido e abençoou embarcar em uma viagem que às vezes pode ser<br />

confuso ou desafiador, mas sempre gratificante sempre que escolher o bem.<br />

Repetidamente chegamos na encruzilhada da escolha alguns de nós tornamse<br />

guerreiros e interpretar tudo como situações, enquanto outros interpretam<br />

esta condição como outros como regentes escravos. A partir deste ponto,<br />

podemos entender o que somos e o que não estamos em um espírito de<br />

convite e interesse, pois rejeitamos delicadamente o negativo e de bom grado<br />

convidamos o positivo. Sua vida é sobre você e suas conquistas. É sobre como<br />

você abraça e ama o mundo e aqui encontramos o conceito de Ọrìșà. Àrá<br />

Ọrìșà és tu. Òrìṣà é Deus. Òrìṣà possui um fragmento único e limitado da<br />

consciência divina que serve como um<br />

espelho para o seu devir e permite que<br />

seu próprio deus seja mediado por<br />

possuir Àwọ. O número de Ọrìșà que<br />

veio para Àyẹ era 17. Este número é<br />

significativo porque 17 representa o<br />

princípio da multiplicação na<br />

cosmologia de Ifá e foi este poder que<br />

atraiu a própria terra. É o número de<br />

Ẹṣù e seu lembrete constante mãe Ọṣùn<br />

que Ẹṣù veio à terra para ajudar o homem a escolher o bem doçura escolha.<br />

Ifá não tem realmente uma hierarquia como tal à parte da cabeça Ọbàtàlà; e<br />

ṣù tail. - que formam os ouro boros que encapsulam a criação. A cabeça é o<br />

mediador suave de todas as coisas representadas pelos dois olhos na cabeça<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 54 de 67


da cobra e sua língua bifurcada. Também é representado pela jiboia sagrada<br />

de Ọbàtàlà. Ẹṣù é a cauda encruzilhada inicia um renovado ou leva-o para o<br />

deserto para entrar no corpo de uma direção<br />

inesperada criando um desafio que impulsiona<br />

você para a frente ou ciclo de força. Ifá ver tudo o<br />

que existe como emanações de um único campo<br />

para ser difusa ou misterioso chamado Ọlọdùmàrẹ<br />

o nome dado à força que se encontra nos reinos<br />

invisíveis como um reservatório silencioso de luz.<br />

Como mencionado anteriormente, o conceito de<br />

deus Yọrùbà é no ético e está de acordo com<br />

Plotino, mas também com o neoplatonismo.<br />

Ọlọdùmàrẹ está sempre escondido, é sempre um<br />

mistério. Este mistério pode ser experimentado em<br />

fragmentos de beleza através da criação nos<br />

mundos visível e invisível. Ọlọdùmàrẹ é o poder criador do calor do potencial<br />

divino e da luz. Ele é o dono do útero que dá cobras (boas ou pítons) na forma<br />

de Ọṣùmàrẹ o arco-íris. É Ọlọrùn Àlà o dono do tecido de luz no reino<br />

invisível; e Ẹlẹdà que permite que a vida flua de seu terceiro olho. Seu poder<br />

é apoiado por seus primogênitos princípios sùúrù (paciência) e Ẹlá (sabedoria<br />

/ pureza) através do qual fizeram tudo o que podemos conceber possível, quer<br />

em sonhos ou como uma extensão de consciência em movimento. Esses<br />

poderes conhecidos como Ọrìșà emanam de 'espíritos de casas de luz' que<br />

vieram à Terra com a tarefa específica de transformá-lo em um habitat de<br />

acordo com o espírito social da Ọnìlẹ Ìrùnmọlẹ. Dezesseis poderes em<br />

particular foram cruciais para a construção da Terra e tudo o que a envolve,<br />

incluindo a humanidade. Devemos entender 16 não como uma quantia fixa,<br />

mas sim como uma qualidade relacionado ao poder de multiplicação. Esta<br />

mentalidade é ainda afirmada quando Ifá revela que no início dos tempos,<br />

quando Àyẹ se tornou um planeta animado, os espíritos vieram da direita e<br />

da esquerda. Destes, 201 espíritos vieram da esquerda e estão associados com<br />

força e maleficência, enquanto 401<br />

vieram da direita representando<br />

benevolência e boa sorte. Esses<br />

números revelam que as forças da<br />

fortuna sempre superam as do<br />

infortúnio. Do lado esquerdo da<br />

força, apenas um Ọrìșà saiu e este foi<br />

Ọgùn. O restante das forças<br />

espirituais vindas da esquerda eram<br />

espíritos prejudiciais ao bem-estar humano. Estes são considerados como o<br />

arsenal de defesas necessárias para Ọnìlẹ com Ọgùn servindo como uma força<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 55 de 67


estabilizadora no meio de todos estes espíritos de obstáculos e dor. A partir<br />

da esquerda temos os<br />

espíritos conhecidos como<br />

Ẹlẹnìnì e Àjọgùn Àjẹ<br />

incluindo fenômenos como<br />

Ẹ̀gbá (paralisia) Ọfọ<br />

(prejuízo) Àrún (doença) Ìkù<br />

(morte) Ẹẹpẹ (maldições)<br />

que (socorro) e muitos mais. Isso não significa que Ọlọdùmàrè tenha<br />

projetado um mundo onde a batalha entre o bem e o mal se desenvolve<br />

constantemente; antes, a necessidade de um contraste radical na geração de<br />

um campo de experiência. Em outras palavras, para permitir criação, contraste<br />

e oposição são essenciais. Esta polaridade necessária encontra-se no simples<br />

binário de 0 e 1 ausência e presença noturna e diurno destes princípios gerais<br />

estende-se a uma multiplicidade de formas. A divindade habita nesta<br />

atmosfera de contemplação e mistério. Uma vez que estas forças hostis são o<br />

resultado de uma necessidade cósmica que suporta a criação é importante<br />

para entender como criar a sua própria vida para que eles possam estar<br />

ausente, mas presente no mundo. Ifẹ diz em toda a sua corpus que a ausência<br />

de maléfica é conseguido através do desenvolvimento de um bom caráter<br />

acumular sabedoria e paciência sendo respeitoso dos antepassados e<br />

interessados no meio ambiente. Portanto, a presença do maléfico nos convida<br />

a entendê-los como forças que nos tentam e nos ajudam a tomar as decisões<br />

certas e adequadas. Para acumular sabedoria, precisamos entender as muitas<br />

maneiras que são conscientes e, portanto, é apropriado para olhar mais de<br />

perto alguns dos Ọrìșà bem conhecidos porque revelam a condição de energia<br />

do mundo e os seres humanos. Entre os primeiros dezesseis Ọrìșà de<br />

importância para o nosso mundo encontrar Ọbàtàlà, Ọgùn, Ọyá Ṣàngò,<br />

Ẹgùngùn, Ǫbalúwayẹ, Ọlọkùn, Àjẹ Șàlùgà, Ọṣùn e Ẹṣù todos os quais<br />

representam poderes importantes<br />

relacionados com a criação. Esses<br />

poderes também estão relacionados<br />

com o estabelecimento do Império<br />

Yọrùbà e seus 16 estados da cidade<br />

original com o ọnì (rei) de Ilé Ifẹ<br />

representando o eixo destas<br />

dimensões místicas. Este resort é<br />

ilustrada pelos muitos andares do<br />

corpus Ifá língua venturas e desventuras dos vários Ọrìșà durante a sua viagem<br />

em Àyẹ. Eles nos ensinam que tipos de situações e energias devemos evitar e<br />

como integrar as lições da vida para transformar o infortúnio em fortuna.<br />

Também deve ser mencionado que essas histórias falam de pessoas que<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 56 de 67


manifestaram essas qualidades em suas vidas e, assim, deram um exemplo<br />

para a posteridade. Para familiarizar-se com as histórias e ensinamentos de<br />

homens animais espíritos árvores e plantas aumentar o nosso próprio<br />

conhecimento e prestar atenção e respeito à nossa herança e meio ambiente.<br />

Agora vamos olhar mais de perto para Ọbàtàlà que fez a terra seca e o corpo<br />

de tudo que sustentaria uma alma. Também veremos Ọgùn que fez estradas<br />

por toda a terra e forjou a coluna e o esqueleto no homem e nos animais; em<br />

Ọyá a mãe do vento e o feroz Ṣàngọ. As águas férteis e doce Osun e a<br />

capacidade de doença e cura Ǫbalúwayẹ e segredos da medicina tem ser<br />

discutido Osanyin. Eles Ẹgùngùn ser considerados os ossos de descida e no<br />

cruzamento da tradição e do complexo aquático Àjẹ Ọlọkùn Șàlùgà Ọṣúpá e<br />

Iyẹmànjá; e antes de concluir a apresentação de "rììàs, é claro que falarei de<br />

Ẹṣù.<br />

Por:<br />

Àwọ Ifábùnmì Fátùmbí<br />

ÀDÌṢA MÀKỌRÀNWÀLẸ<br />

e-mail: ifabunmi@gmail.com<br />

whatsApp: 61-99883-0914<br />

Eventos: 200,00 meia página<br />

Festa: 200,00 meia página<br />

Produtos, 200,00 meia página<br />

Serviços, 200,00 meia página<br />

Eventos: 350,00 inteira<br />

Festa: 350,00 inteira<br />

Produtos, 400,00 inteira<br />

Serviços, 400,00 inteira<br />

Participar da revista escrevendo: 50,00 por página.<br />

Contato: ifabunmi@gmail.com<br />

Tel Zap: 61-99883-0914<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 57 de 67


ÌYÀMMÌ ỌṢỌRỌNGÁ E O MITO DA<br />

CRIAÇÃO DA ROUPA DE BÀBÀ ẸẸGÙN<br />

Ọṣà Mẹjì é rico. Potente grito. Barulho de sino (Ájíjí) chega no além. Ifá é<br />

consultado para Odù, no dia em que ela vem do<br />

além para a terra. Ifá é consultado para Ọbárìșà,<br />

no dia em que ele vem do além para terra. Ifá é<br />

consultado para Ọgùn, no dia em que ele vem do<br />

além para terra. Este três chegam. Entre eles<br />

somente Odù é e a mulher entre eles. Odù diz, tu<br />

Ọlọdùmàrẹ, assim vão eles na terra. Ela diz,<br />

quando chegarem lá, como ficará? Ọlọdùmàrẹ<br />

diz, eles irão para a terra, boa será a terra. Ele diz,<br />

tudo o que eles quiserem fazer então, dará o<br />

poder, é tudo ficará bem. Ọgùn caminha na<br />

dianteira. Quando Ọgùn caminha na frente deles<br />

Ọbárìșà segue. Quando Ọbárìșà segue, Odù vem após. Quando Odù vem<br />

após, ela volta atrás. Ela diz, tu Ọlọdùmàrẹ. Ela diz, a terra para onde eles<br />

assim vão. Ela diz, Ọgùn, ela diz, tem o poder dos combater, ela diz, ele tem<br />

sabre, ele tem o fuzil, ela diz, ele tem todas as coisas para fazer a guerra. Ela<br />

diz, Ọbárìșà, ela diz, ele também tem o poder. Ela diz, com o poder que ele<br />

tem, ela faz tudo o que quiser. Ela diz, é mulher entre eles, ela é Odù. Ela diz,<br />

que poder é o seu? Ọlọdùmàrẹ diz, qual é teu poder? Ele diz, tu serás<br />

chamada, para sempre, mãe deles. Ele diz, porque quando todos os três<br />

partistes, ele diz, tua única mulher retornaste. Ela diz, a ti, esta mulher, é dado<br />

o poder, que faz dela mãe deles. Ele diz, tu susterás a terra. Ọlọdùmàrẹ lhe<br />

confere este poder. Ao lhe conferir o poder, ele lhe confere o poder do<br />

pássaro, ele lhe dá o poder de Ẹlẹyẹ (proprietária do pássaro). Quando ele<br />

lhe deu o poder de Ẹlẹyẹ, Ọlọdùmàrẹ diz, está bem. Ela diz, está cabaça de<br />

Ẹlẹyẹ que ele lhe deu, ele diz, conhecerá ela seu emprego na terra? Ele diz,<br />

que ela conheça seu emprego na<br />

terra. Odù diz, ela o conhecerá.<br />

Ela recebe o pássaro de<br />

Ọlọdùmàrẹ. Então ela recebe o<br />

poder que ela utilizará com ele.<br />

Ela parte. Ela está na iminência de<br />

partir. Ọlọdùmàrẹ a chama para<br />

que ele volte novamente. Ele diz,<br />

está bem, ele diz, retorna. Ele diz,<br />

tu Odù, ele diz, retorna. Ele diz,<br />

quando ela chegar à terra, ele diz, como irás utilizar teus pássaros, e as forças<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 58 de 67


que ele lhes deu? Ele diz, com irá ela utilizá-los? Odù diz, todos aqueles que<br />

não lhe tiverem dado ouvidos, ela diz, ela os combaterá com os pássaros. Ela<br />

diz, aqueles que não vieram pedir-lhe uma<br />

indicação, (aqueles) que assim fizeram, que<br />

não ouvi tudo aquilo que ela disser, ela diz,<br />

ela os combaterá. Ela diz, aquele que dela se<br />

aproximar para pedir ter dinheiro, ela diz, ela<br />

lhe dará. Ela diz, aquele que pedir-lhe para<br />

gerar, ela diz, ela o concederá. Ela diz, se<br />

tivesse dado dinheiro a alguém, se, em<br />

seguida, ele se mostrasse impertinente para<br />

com ela, ela diz, que o tomaria de volta. Ela<br />

diz, se tivesse dado um filho a uma pessoa,<br />

se, em seguida, ela se mostrasse impertinente<br />

para com ela, ela diz que o tomaria de volta.<br />

Ela diz, tudo aquilo que ela fizer por alguém,<br />

se, em seguida, ele se mostrasse impertinente para com ela, ela diz que ela o<br />

tomaria de volta. Ọlọdùmàrẹ diz, está bem. Ele diz, nada mau. Ele diz, utiliza<br />

com calma o poder que te conferi. Se ela o utilizasse com violência, ele o<br />

tomaria de volta, e de todos os homens que te seguirão, faço de ti a mãe deles.<br />

Toda coisa que agradar-lhe fazer, é coisa que deverão anunciar a ti, Odù. A<br />

partir de então Ọlọdùmàrẹ conferiu o poder à mulher, porque aquele que<br />

então recebeu o poder se chamava Odù. Ele dá às mulheres o poder de dizer<br />

tudo aquilo que lhes agradar. Sozinho o homem nada poderá fazer na<br />

ausência da mulher. Odù chega à terra. Quando chegam juntos à terra, em<br />

todas florestas que veem, que eles chamam a floresta de Ẹẹgùn, a mulher entra<br />

nelas. Aquela que eles chamam a floresta de Ọrọ, a mulher entre nela.<br />

Naquele tempo não havia proibição<br />

alguma para que a mulher não ousasse<br />

entrar em floresta alguma. Ou para que<br />

uma mulher não ousasse entrar em<br />

nenhum pátio dos fundos. Se eles querem<br />

adorar Ẹẹgùn, se querem adorar Ọrọ, se<br />

querem adorar todos os Ọrìșà, a mulher os<br />

adora naquele tempo. Quando assim<br />

realizam o culto, ah! A antiga (Àgbà)<br />

exagerou, ela caiu em desgraça. Ifá é<br />

consultado para Odù, quando Odù chega<br />

à terra. Ei! Dizem, eles tu Ọdú, eles dizem,<br />

ela deve agir com calma, que ela tenha paciência, que não o seja imprudente.<br />

Odù diz, por quê diz, não é nada disso. Ela diz, ele não? Eles dizem, por causa<br />

do poder que Ọlọdùmàrẹ te deu, eles dizem, para que as pessoas não saibam<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 59 de 67


a razão disso. Odù diz (Ora essa!) Ela são capazes de conhecer o motivo. Ela<br />

diz, somente ela foi junto de Ọlọdùmàrẹ. Receber<br />

o poder não foi na presença dos outros que<br />

chegaram à terra com ela, não foi de modo algum<br />

na presença deles. Quando assim falaram a Odù,<br />

disseram-lhe que ela faça oferendas. Odù diz, de<br />

modo algum! Ela diz, ela não fará oferendas. A<br />

oferenda para que a mulher receba o junto a<br />

Ọlọdùmàrẹ, ela a fez. Mas ela não deve rejubilarse<br />

exageradamente. Ela é capaz de utilizar essas<br />

coisas durante muito tempo. As pessoas não<br />

podem estragar aquilo que ela tem nas mãos. As<br />

pessoas não pessoas não podem conhecer os<br />

motivos de sua força. Ela não fará oferendas. Ela<br />

parte. Ela põe para fora (a roupa de) Ẹẹgùn. Ela<br />

faz Ọrọ sair para fora. Todas as coisas, não existem coisas que ela não faça,<br />

naquele tempo. Ọbárìșà vem, ele diz, hein! Ele é aquele a quem Ọlọdùmàrẹ<br />

confiou a terra. Esta mulher enérgica quer tomar a terra, e o pátio dos fundos<br />

(lugar no culto) de Ẹẹgùn, e o pátio dos fundos de Ọrọ, e o pátio dos fundos<br />

de todos os Ọrìșà. (Ele) não ousa entrar em nenhum deles. Ah! esta mulher<br />

vem tomar a terra. Ọbárìșà vai consultar (um) Bàbàlàwọ. O Bàbàlàwọ a quem<br />

ele vai consultar, é Ọrùnmìlà quem é consultado por ele naquele dia, é<br />

exatamente Ọrùnmìlà que ele vai consultar. Ele diz que Ọrùnmìlà examine,<br />

que diz o oráculo? Ao lugar para onde vem juntos, eles moram, em um único<br />

local. O caracol que Ọrìșà ofereceu, Ọrìșà pega, adora sua cabeça com ele.<br />

Ọrìșà adora sua cabeça com o caracol no lugar onde ele mora. Quando Ọrìșà<br />

terminou adoração, então bebe a água (contida na<br />

concha) do caracol. Quando ele bebeu a água da (concha)<br />

do caracol. Ele diz, tu Odù também queres beber? Diz,<br />

Odù, não tem importância. Odù recebe a água de caracol<br />

para beber. Quando Ọdú bebeu a água de caracol, o<br />

ventre (o humor) de Odù se acalma. No lugar onde seu<br />

humor se acalma, ela diz, ah! ela diz, tu Ọrìșà, ela diz, ela<br />

conhece através dele um coisa deliciosa de se comer. Ela<br />

diz, a água do caracol é doce, o caracol também é doce?<br />

Quando terminou de comer, ela diz, isto é bom. Nunca<br />

lhe deram coisa tão boa de se comer quanto o caracol. Ela<br />

diz, o caracol é o que se deve dar a ele para comer. Ela<br />

diz, exatamente o caracol que tu, Ọrìșà, comes, ela diz,<br />

devemos dar a ele. Ọrìșà diz que lhe deem caracóis, ele<br />

diz, mas teu poder que não me mostraste, ele diz, é a única coisa que me<br />

entristece. Ele diz, toda coisa, qualquer outra coisa que possuas, ele diz, tu<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 60 de 67


ousas mostrá-las, tu Odù. Ọrìșà assim fala. Quando Ọrìșà assim falou, Odù<br />

diz, quando ela veio ficar com ele em um único lugar, ela diz, tudo aquilo que<br />

ele fizer, ela nada esconderá dele. Ela diz, tudo aquilo que ela fizer, ela nada<br />

esconderá. Ela diz, ele poderá ver todos os seus trabalhos e todos os seus<br />

hábitos. Ela diz, ela fica com ele em um único lugar. Ọbárìșà diz, nada mau.<br />

Quando Ọrìșà diz nada mau, eles estão juntos. Ele estão juntos, querem<br />

adorar Ẹẹgùn. Odù traz as coisas com as quais adora Ẹẹgùn, ela as leva para<br />

o pátio dos fundos de Ẹẹgùn. Ela diz a Ọbárìșà que a siga. Ah! Ọbárìșà diz que<br />

está assustado. Ela diz que ele a siga. Ọbárìșà segue. Quando Ọbárìșà segue<br />

(e) entra na floresta de Ẹẹgùn, eles adoram<br />

Ẹẹgùn. Quando eles adoram Ẹẹgùn, Odù se<br />

cobre com a roupa de Ẹẹgùn. Mas ela não sabe<br />

como se faz o som (da voz) de Ẹẹgùn, como se<br />

faz a voz de Ẹẹgùn, Odú não sabe. Ela sabe<br />

somente cobrir-se coma roupar, ela sabe<br />

somente fazer as orações, como todo mundo.<br />

Mas ela não sabe como se fala com a voz dos<br />

seres do além. Quando eles adoraram Ẹẹgùn,<br />

Odù pega a roupa, cobre-se com ela. Ela faz<br />

votos de felicidade a uma pessoa que trouxe<br />

comida. Quando terminou os votos, ela sai.<br />

Quando saiu, ela e Ọbárìșà, chegou para eles o<br />

tempo de ir para casa. Ọbárìșà vai ao lugar (onde<br />

se encontra) a roupa. Antes a roupa de Ẹẹgùn não tinha rede. Ọrìșà<br />

acrescentou a rede. A rede por onde Ẹẹgùn pode ver. Naquele tempo Ẹẹgùn<br />

tinha uma roupa simples. Quando as mulheres faziam Ẹẹgùn o tecido era<br />

simples. Elas faziam um furo no lugar do rosto para<br />

que elas (pudessem) ver um pouco. (Não havia),<br />

naquele tempo elas faziam um furo no lugar do rosto<br />

de Ẹẹgùn. Mas quando Ọbárìșà chega, Ọbárìșà vem<br />

acrescentar a rede. Depois que eles chegam à casa,<br />

Ọbárìșà vai novamente ao pátio dos fundos de Ẹẹgùn.<br />

Ele pega (a roupa de) Ẹẹgùn, corta o lugar do rosto, aí<br />

põe a rede. Após colocar a rede, ele se cobriu com a<br />

roupa de Ẹẹgùn. Quando se cobriu com a roupa de<br />

Ẹẹgùn, pega o chicote. Empunha o chicote. (Não se<br />

despediu de Odù, dizendo que vai ao pátio dos fundos<br />

de Ẹẹgùn, no lugar de onde ele sai.) Ọbárìșà fala com<br />

a voz de Ẹẹgùn. Fala com a voz de Ẹẹgùn, eles não<br />

distinguem sua voz. Faz votos, eles não distinguem sua voz. Aquele que quer<br />

poderio adorar Ẹẹgùn diz hein! Ele diz ah! ele diz Ẹẹgùn que ele adora e, com<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 61 de 67


efeito, verdadeiro, ele diz um dos seres do além<br />

veio à terra, ele empunha o chicote. O chicote que<br />

ele assim empunhou, arrasta-o no chão. Fala então<br />

coma voz de Ẹẹgùn. No lugar onde se encontra,<br />

ele fala coma voz de Ẹẹgùn. Ele se torna uma coisa<br />

que assusta Odù. Ah! ah! quando ela veste a roupa,<br />

não conhece esse modo de falar. Ah! ah! quem<br />

entrou rapidamente na roupa? Quem, em seguida,<br />

falou rapidamente com esse semelhante voz? Com<br />

inteligência o homem toma o poder. E toda a<br />

inteligência da mulher, com inteligência o homem<br />

toma das mãos das mulheres. Ọlọdùmàrẹ, em<br />

primeiro lugar, transmitiu a inteligência e o poder<br />

de Ẹlẹyẹ à mulher. Mas com inteligência e astúcia<br />

o homem toa a inteligência da mão das mulheres.<br />

Quando Odù viu que esse Ẹẹgùn em torno de toda a cidade. Odù viu então<br />

que a roupa é sua. Quando ela viu que a roupa é sua, ela diz, quem é este ai?<br />

Ela não vê Ọbárìșà na casa. Ela diz, esse aí é Ọbárìșà? Odù permanece em<br />

casa. Ela envia seu pássaro. Ela lhe diz que vá empoleirar-se no ombro (de<br />

Ẹẹgùn). Eles devem ir juntos. Tudo aquilo que Ẹẹgùn disse, age pelo poder<br />

do pássaro, empoleirando em seu ombro. Quando tudo aquilo que ele diz se<br />

realizou, (e) quando ele volta para casa. Ele volta ao pátio dos fundos de<br />

Ẹẹgùn. Ele se despe no chão. Ele coloca o chicote no chão. Torna a pôr sua<br />

própria roupa. Sai. Ẹlẹyẹ vai para perto de sua proprietária (Odù). Quando<br />

ele volta para casa. Então Odù o saúda. Ela diz, sê<br />

bem- vindo. Ela diz, de onde vem ele? Ọbárìșà diz,<br />

ele vem de fora. Odù diz, nada mau. Ela diz, sê<br />

bem-vindo. Então Ọbárìșà esparrama no chão todas<br />

as coisas que recebeu. Quando ele as esparramou,<br />

Odù diz, está bem. Ela diz, então foi sua roupa de<br />

Ẹẹgùn que ele conduziu para fora? Ọbárìșà diz,<br />

assim é. Odù diz, está bem. Ela diz,<br />

verdadeiramente a ele convém mais do que a ela<br />

fazê-la (sair). Ela diz, toda essa gente, ela diz, grita,<br />

eis Ẹẹgùn! Eis Ẹẹgùn! Ela diz, eles gritam por causa<br />

dele. Ela diz, ele arrasta seu chicote no chão, ela diz,<br />

a honra cabe a ele. Ela diz, a partir de hoje, ela diz,<br />

ela concede Ẹẹgùn ao homem. Ela diz, por causa dela, ela diz, mulher alguma<br />

nunca mais ousará entrar na roupa de Ẹẹgùn. Ela diz, por causa de Ọrișálá,<br />

ela diz, ela dá Ẹẹgùn ao homem. Ela diz, mas se ele deve sair, ela diz, ela tem<br />

o poder que ele utiliza. O motivo se deve à amizade entre Ẹẹgùn e Ẹlẹyẹ. No<br />

lugar de onde vem Ẹẹgùn, as Ẹlẹyẹ (também) vêm. Todo o poder utilizado<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 62 de 67


por Ẹẹgùn é o poder de Ẹlẹyẹ. Odù diz, mulher alguma jamais entrará na<br />

(roupa) de Ẹẹgùn. Mas ela poderá dança, ir ao encontro de Ẹẹgùn, quer dizer<br />

que se Ẹẹgùn sair, ele dançará diante dele, ele dançará na estrada, ao encontro<br />

de Ẹẹgùn. Ela diz, a mulher fará isto unicamente. Ela diz, a mulher não ousará<br />

nunca mais entrar no pátio dos fundos. Ela diz, a partir de hoje é o homem<br />

que levará Ẹẹgùn para fora. Ela diz, ninguém, nem os netos, nem os velhos<br />

poderão zombar da mulher. Ela diz, a mulher tem mais poder sobre a terra.<br />

Ela diz, além do mais, a mulher nos pôs no mundo. Ela diz, todo mundo<br />

nasceu da mulher. Ela diz, todas as coisa que as pessoas quiserem fazer, se<br />

não forem ajudadas pelas mulheres, ela diz, não podem fazer. (É por este)<br />

motivo que os homens nada podem fazer na terra, se não obtiverem das mãos<br />

das mulheres. Eles cantam. Ọbárìșà também canta. Quando é o quinto (dia),<br />

eles fazem (a festa da semana. Ele diz que todos os cânticos que eles cantarão<br />

serão este aqui, vindos do (Ọdú de Ifá) Ọṣà Mẹjì. Ele diz, eles saúdam as<br />

mulheres, ele diz, se eles saudarem as mulheres, a terra será tranquila. Eles<br />

cantam assim: “Dobrai o joelho, dobrai o joelho para as mulheres. A mulher<br />

nos pôs no mundo, assim somos seres humanos. A mulher é a inteligência da<br />

terra, dobrai o joelho para a mulher. A mulher nos pôs no mundo, assim<br />

somos seres humanos”.<br />

Por:<br />

Àwọ Ifákàiyọdẹ<br />

Júlio César<br />

Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />

Zap: 21-9-96610-3030<br />

61-99<strong>103</strong>-0824 @ghisapochetbuffet<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 63 de 67


Àbọrù Àbọyẹ Àbọsísẹ<br />

Muita gente tem o péssimo hábito de misturar o panteão Fọn (Jẹjẹ) com o<br />

Panteão Yọrùbà, sabemos que o Jẹjẹ tem diversas divindades Vọdùn<br />

serpentes, porém nós que somos adoradores de Ọrìșà também temos Ọrìșà<br />

Serpente. Serpente em Yọrùbà se diz "Ẹjọ".<br />

Temos quatro Ẹjọ, cobras.<br />

Ọṣùmàrẹ é erroneamente comparado a<br />

Vọdùn como Dan, Bẹssẹn e Frẹkwẹn mas<br />

ele não tem quaisquer relação com estas<br />

divindades. Ọṣùmàrẹ foi um Bàbàlàwọ que<br />

atendeu muitos reis, entre eles Ṣàngò,<br />

Iyẹmànjá e Ọlọkùn Sẹnìádẹ, após se tornar<br />

Ọrìșà ele passou a viver junto a Ọlọdùmàrẹ.<br />

Ele não é irmão de Ìyẹwà ou Ọbálúáìyẹ.<br />

Ọṣùmàrẹ é o Ọrìșà do arco-íris e da chuva, e<br />

é simbolizado pela serpente furta cor. Ìyẹwà<br />

também e confundida com um Vọdùn<br />

homônimo (há quem diga que na verdade ela possui culto duplo sendo tanto<br />

Vọdùn quanto Ọrìșà, mas e de bom tom que a pessoa que cultua se atenha a<br />

uma única tradição para não se embananar.) Ìyẹwà foi esposa de Orunmilá e<br />

de Àjàgùn, foi Aprendiz de Oxóssi e amante de Ṣàngọ. É o Ọrìșà do Ọdọ<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 64 de 67


Ìyẹwà, tem poderes sobre a névoa e sobre as águas, mas há tradições que se<br />

relaciona está Ìyàbà ao Fogo. Ela não irmã ou parente de Ọṣùmàrẹ. É<br />

simbolizada por uma cobra azulada ou avermelhada.<br />

Ábàtán e a Esposa de<br />

Ẹrìnlẹ/Ẹynlẹ (Ọdẹ Ìnlẹ), usa um<br />

Ọfà dourado. É muito<br />

ciumenta, vive no lodo na<br />

margem do rio e nos pântanos.<br />

É mãe de Ọtìn, seu culto e<br />

absolutamente entrelaçado ao<br />

de Ẹrìnlẹ e Ọṣanyìn e ela os<br />

auxilia com seus dotes de cura. Se conta que adotou a filha bastarda que Obá<br />

teve com Ìnlẹ e a criou como filha. É um Ọrìșà da água parada, das poças e<br />

da lama. Ábàtán é representada pela cobra branca ou amarela, sempre está<br />

nos ombros do marido.<br />

Mọnámọná é a Ọgùn Ẹjọ (Serpente de Ọgùn), é<br />

uma espirito a que é representada ou pela própria<br />

cobra viva ou por serpentes de metal enroladas<br />

em adornos como cabo de espadas e em símbolos<br />

de Ọgùn. Mọnámọná não é Ọgùn e sim uma<br />

serpente sagrada dentro de seu culto. Ọgùn tem o<br />

Ase de Mọnámọná em seu lado caçador e<br />

guerreiro, nisto Ọgùn tem o "bote da serpente", o<br />

reconhecimento da terra e a agilidade das cobras,<br />

por isso Ọgùn e alguns de seus sacerdotes<br />

carregam essa serpente enroladas em seu corpo.<br />

Quando inventaram a família da palha no candomblé as pessoas fizeram<br />

comparações com Vọdùn, porém para o panteão Yọrùbà não existe nenhuma<br />

família Ji ou Kẹrẹjẹbẹ. Essa família na verdade e composta por "achismo", ou<br />

seja, gente que acha Vọdùn parecidos com Ọrìșà e aí comparam e integraram.<br />

Mas jamais encontrarão quaisquer referência dessa família nas tradições fora<br />

do Brasil, isso foi criado aqui mas com certeza serviu mais para confundir do<br />

que para difundir. Sempre se lembrem que Ọrìșà, Nkísí e Vọdùn não são a<br />

mesma coisa, eles vem de países diferentes com dialetos distintos, de culturas<br />

diferentes e seus cultos se dão em situações diferentes e com finalidades<br />

diferentes. A cultura Negra sofre muito preconceito e nós que somos<br />

religiosos temos por dever preservar o máximo que pudermos para que não<br />

se perca, por isso evitem misturas pois ao misturar as coisas a tradição fica<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 65 de 67


abalada. Aqui citei 4 serpentes mas há possibilidade que existam mais Ọrìșà<br />

Ẹjọ, com o tempo vamos descobrindo mais.<br />

Ọṣùmàrẹ, Ìyẹwà, Ábàtán e Mọnámọná sejam louvados todos os dias!!!<br />

Por:<br />

Àwọ Ifákàiyọdẹ<br />

Júlio César<br />

Àdìsá Màkọrànwàlẹ<br />

Zap: 21-9-96610-3030<br />

Eventos: 200,00 meia página<br />

Festa: 200,00 meia página<br />

Produtos, 200,00 meia página<br />

Serviços, 200,00 meia página<br />

Tel Zap: 61-99883-0914<br />

Eventos: 350,00 inteira<br />

Festa: 350,00 inteira<br />

Produtos, 400,00 inteira<br />

Serviços, 400,00 inteira<br />

Participar da revista escrevendo: 50,00 por<br />

página.<br />

Contato: ifabunmi@gmail.com<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 66 de 67


Realização:<br />

INSTITUTO ỌMỌ IFÁ<br />

Telefone Zap: 61-99883-0914 /<br />

revistaomoifa@gmail.com/http://ifabunmi.wixsite.com/ifabunmi<br />

Página 67 de 67

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!