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Peripécias 12

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do lado ímpar, em sua maioria,<br />

inquilinos do Sr. Antônio.<br />

Eu conhecia muitos deles pelo nome<br />

e falava ou acenava para um<br />

cumprimento. E também conhecia<br />

muitos do lado par.<br />

Quando acordava, após o café, ia<br />

direto para a janela do quarto da<br />

Nilda que ficava na frente, e uma<br />

cadeira ficava na posição estratégica<br />

para que eu conseguisse ver na<br />

altura suficiente o movimento, sem<br />

que corresse perigo de tombo.<br />

Nessa hora, o Sr. Luiz Meirelles, que<br />

era morador da casa de número 31,<br />

já estava na casa dele espanando as<br />

cadeiras de vime da varanda, e dizia,<br />

“ Bom dia Janeleiro. Tudo Bom? “ E<br />

acenava. E eu respondia com aceno<br />

também e gritava. Bom dia! Tudo<br />

bom!<br />

O Sr. Meirelles era casado com a<br />

Dona Áurea, não tinha filhos. Era<br />

Assessor do Ministro da Saúde e<br />

Endemias Rurais.<br />

A Dona Áurea, era uma senhora com<br />

aparência frágil, não enxergava de<br />

uma vista, em decorrência de um<br />

problema que teve mais jovem. O Sr.<br />

Meirelles embora tivesse uma pessoa<br />

que cuidava da Alimentação e ou<br />

serviços gerais, fazia questão de com<br />

um chapéu feito de meia feminina na<br />

cabeça, para assentar o cabelo (isso<br />

era comum, na época) antes de se<br />

aprontar para o serviço, limpar toda<br />

a varanda, e a área do pequeno<br />

jardim, na frente da casa.<br />

Rua Santa Luiza em 1910<br />

As 11h chegava o carro um Ford, não<br />

sei o ano, de chapa branca, com

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