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UMA PERIPÉCIA AUTOMOBILÍSTICA<br />
Colaboração: José Francisco Simões Corrêa<br />
O Aterro do Flamengo estava sendo<br />
concluído, em julho de 1955, até<br />
porque estava para ser comemorado<br />
o XXXVI Congresso Eucarístico<br />
Internacional, onde foi montado um<br />
Altar para a realização das<br />
Festividades Cristãs previstas.<br />
Dia 13 desse mesmo mês, estava um<br />
movimento grande, na Santa Luiza<br />
90, D. Zilah, a Parteira, tinha a voz<br />
de comando, e todos estavam a<br />
postos para cumprir as<br />
determinações que fossem advindas<br />
de suas expectativas.<br />
A Nilda estava grávida e vinha gente<br />
nova por aí. Seria menino ou menina,<br />
só ao nascer se saberia.<br />
Os que pensavam ser entendidos<br />
diziam, barriga pontuda é menino.<br />
Teve pouco enjoo e desejos é<br />
menina.<br />
E os chutes eram a vontade, sim<br />
porque não existia ultrassonografia à<br />
época.<br />
Era tudo chute, acompanhado ou<br />
não de superstições.<br />
O Nilson tinha ido ao centro da<br />
cidade, e não foi em seu carro<br />
próprio, um Austin A-16 placa DF 3-<br />
99-40, até porque já naquela época<br />
era difícil estacionamento no centro<br />
da cidade, aliado as obras do<br />
desmonte do morro do Convento<br />
Santo Antonio no Largo da Carioca,<br />
que provocava movimentação<br />
acentuada de caminhões de terra<br />
para o Aterro do Flamengo.