Peripécias 17

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Autor: Luiza Fletcher Uma Amizade Especial dentro da Mesma Árvore Genealógica Contribuição: Antônio Carlos L. A. Corrêa e José Geraldo de Almeida Corrêa Falamos muitas vezes dos irmãos como os primeiros amigos da nossa infância e, portanto, às vezes nos esquecemos em parte e injustamente, do valor que nossos primos têm nos primeiros jogos, nos primeiros intercâmbios e nos primeiros afetos. Digamos que a amizade entre primos é uma amizade especial dentro da mesma árvore genealógica; isto significa que embora não façam parte de nossas vidas diárias, conseguem um lugar privilegiado em nossos pensamentos e ficam para sempre gravados na retina da nossa memória. “Eles são elos essenciais nas nossas vidas e, se o relacionamento é bom, podem tornar-se pilares magníficos que refletem belos sorrisos em nosso rosto.”
Primos, os primeiros amigos, nossos familiares Quem teve o prazer de crescer com primos ao seu lado sabe o que os encontros espaçados são desejados, as tardes de jogos, histórias para contar, conversas por horas à noite, as brigas e paz quase forçados. “Peçam perdão e deem um abraço”, diziam nossos pais e tios. “O tempo valia ouro e as brigas não tinham valor perto dos momentos de diversão ao lado de nossos primos” Com nossos primos aprendemos a nos relacionar além das fronteiras da nossa casa, além das normas diárias, afastando-nos até mesmo do real para mergulharmos em um mundo de sonhos que nos fez voar e voar para lugares cheios de fantasia e diversão. Primos, uma amizade para sempre As tardes de brincadeiras e segredos compartilhados tornaram esses momentos de nossa infância memoráveis. Nós aprendemos a compartilhar, resolver conflitos, recolher lágrimas, ouvir, curar feridas, fazer perfumes com flores, coletar tesouros, tornar a natureza valiosa e a sabedoria emocional que transmite a existência de uma conexão tão especial. Além disso, a relação que pais e tios mantêm muitas vezes se reflete no clima estabelecido entre primos. Então, se os irmãos passam algum tempo juntos, acabam ajudando a criar entre os seus filhos uma relação duradoura, conjunta e livre de conflitos cotidianos que, por vezes, podem obscurecer a beleza chegar desta fase. “Tal como acontece na relação de pessoas especiais que se querem, dizem que um primo vê a primeira lágrima, pega a segunda e para a terceira.” À medida que envelhecemos, desperta entre primos uma cumplicidade especial que se traduz em uma permanência emocional única. Nós sabemos que eles estão lá, estamos conscientes de que a distância física não tem vez com um sentimento e podemos apoiar um ao outro sem hesitação. Se essa relação é tão bem fundamentada que pode durar uma vida, tornando-se uma amizade maravilhosa na árvore genealógica. Felicidade que marca uma vida e muitas etapas, felicidade que não pode ser substituída e vamos sempre carregar em nossos corações a beleza de ter nossos primos.
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