Revista Agosto 2018
Revista Nossos Passos edição Agosto 2018. Matérias pertinentes a Paróquia e assuntos de interesse.
Revista Nossos Passos edição Agosto 2018.
Matérias pertinentes a Paróquia e assuntos de interesse.
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Paróquia São Francisco de Paula - Ordem dos Mínimos<br />
Praça Euvaldo Lodi, s/n - Barra da Tijuca - Cep.: 22640.010 - Tel.: 21 2493-8973<br />
www.paroquiasfp-mínimos.org.br<br />
Arquidiocese do Rio de Janeiro - Vicariato de Jacarepaguá - 1ª Região Pastoral<br />
Ano XIV - 229<br />
<strong>Agosto</strong> / <strong>2018</strong><br />
FAMÍLIA:<br />
VOCAÇÃO Á<br />
SANTIDADE
NOSSOS PASSOS<br />
03<br />
Diretor:<br />
Frei Evelio de Jesús Muñoz<br />
evelioscor@yahoo.com<br />
Conselheiros:<br />
Gilberto Rezende<br />
Haroldo da Costa S.<br />
Departamento de Comunicação e Marketing:<br />
Armênio Soares<br />
Maria Vitória Oliveira<br />
revistanossospassos@gmail.com<br />
Jornalista Responsável:<br />
Maria Vitória Oliveira<br />
ESPM: 8101/87<br />
AIRJ: 10059-82<br />
Diagramação e Artes<br />
Agência RHercos<br />
Tel.: 21 3576-5580<br />
rhercos@rhercos.com.br<br />
www.rhercos.com.br<br />
Tiragem e Periodicidade:<br />
2.000 Exemplares<br />
Mensal<br />
Ed. <strong>Agosto</strong>/ 18<br />
Expediente da Secretaria:<br />
De segunda a sexta-feira das 9h às 18h<br />
Telefones: Secretaria - 2493-8973 e 2486-0917<br />
Ambulatório - 2491-8509<br />
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA NOS PONTOS<br />
DIRIGIDOS. VENDA PROIBIDA.<br />
A <strong>Revista</strong> Nossos Passos é uma publicação da<br />
Paróquia São Francisco da Paula e respeita<br />
a liberdade de expressão. As matérias,<br />
reportagens e artigos e anúncios são de total<br />
responsabilidade de seus signatários.<br />
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CLASSI SAÚDE OPINIÃO<br />
NOSSA CAMINHADA MATÉRIA DE CAPA<br />
AVISOS<br />
SUMÁRIO<br />
AVISOS PAROQUIAIS<br />
P. 05<br />
FAMÍLIA: VOCAÇÃO Á SANTIDADE<br />
P. 06<br />
O IMPORTANTE PAPEL DO PAI<br />
P. 08<br />
O SANTO QUE DEU SEU NOME A UM SÉCULO<br />
P. 09<br />
SEMANA DA FAMÍLIA<br />
P. 10<br />
NÃO MATARÁS!<br />
P. 12<br />
SER SEU AMIGO<br />
P. 13<br />
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA<br />
P.14<br />
ESCOTISMO NO BRASIL<br />
P.15<br />
QUE EXISTA A CORAGEM DE DIVULGAR O BEM FEITO<br />
PELOS SACERDOTES...<br />
P. 17<br />
PRÓTESE DE QUADRIL OU ARTROPLASTIA DO QUADRIL<br />
P. 20<br />
PRÓTESE DE QUADRIL OU ARTROPLASTIA DO QUADRIL<br />
P. 21<br />
CLASSIFICADOS NOSSOS PASSOS<br />
P. 24
04<br />
AGOSTO/ 18<br />
EDITORIAL<br />
“Ordem e Progresso”<br />
EXPEDIENTE<br />
PAROQUIAL<br />
Acredito que todos nós paroquianos, que participamos<br />
diariamente de todos os trabalhos assistenciais de nossa paróquia e<br />
de todas as obras que estão sendo feitas para melhorar cada vez mais<br />
o seu funcionamento e conforto, temos certeza mais que nunca que<br />
sem ordem jamais poderá haver progresso.<br />
Para haver tal comprometimento é necessário planejamento<br />
de homens e mulheres envolvidos em construir para todos nós que<br />
participamos dia a dia do seu desenvolvimento e consequentemente<br />
do seu desenvolvimento.<br />
A participação integrada de todas as áreas e pastorais faz com<br />
que a Paroquia São Francisco de Paula – Barra da Tijuca, atenda<br />
também as necessidades dos menos favorecidos.<br />
Dai vem o Progresso!<br />
Ambulatório atendendo uma media de 500 pessoas /mês,<br />
disponibilizando médicos especialistas, odontólogos, psicólogos,<br />
fisioterapeutas, farmácia com atendimentos que não são recebidos<br />
a população pelos órgãos competentes.<br />
Mas a alegria é gratificante em vermos pessoas como nós, saindo<br />
de seus atendimentos com aparências tranquilas, despreocupadas<br />
por não ter que esperar por filas intermináveis para serem atendidas.<br />
Funcionários felizes, comprometidos com suas atribuições<br />
sempre dispostos a cumprir seus afazeres.<br />
Planejamos mensalmente entregarmos, a revista Nossos Passos<br />
de cunho religioso e cultural com apoio de patrocinadores fiéis.<br />
Concluímos então, que sem Ordem não há Progresso.<br />
Hoje mais do que nunca precisamos passar para todos os<br />
jovens paroquianos ou não, que precisam de esclarecimentos<br />
difíceis de serem explicados ,tanto no âmbito familiar, educacional<br />
e referencial.<br />
Muitos, conseguirão lembrar da sua infância e terão saudades<br />
de suas escolas, universidades, encontros familiares dominicais que<br />
iniciavam com a missa matinal.<br />
Precisamos cultivar o Amor, o Amor de Cristo, que veio para<br />
nos salvar e foi crucificado pela traição do seu próprio povo.<br />
Temos que trazer para nossa paroquia o sentimento de gratidão<br />
por termos não só o aconchego e a paz de uma igreja mais também<br />
de uma grande família unida em prol do desenvolvimento e da<br />
comunhão de irmãos e irmãs.<br />
Creio que é o momento de olharmos nossa bandeira hasteada<br />
no presbitério e termos o sentimento de fidelidade e respeito a nossa<br />
pátria.<br />
Não vamos abandonar nossa terra.<br />
Vamos ficar!<br />
Vamos transformar para as novas gerações um país como<br />
aquele que lembramos com tanta saudade!<br />
Vamos ficar!<br />
Vamos brindar juntos, a união de um povo mesmo sofrido,<br />
cantando:<br />
“Salve lindo pendão da esperança,,<br />
Salve símbolo augusto da paz,<br />
Tua nobre presença lembrança a grandeza da pátria nos traz!<br />
Recebe o afeto tão sincero desse povo varonil,<br />
Bendito o símbolo da terra<br />
Da Amada terra do Brasil”.........<br />
Autor: Manoel Bandeira<br />
Até a próxima,<br />
Maria Vitória de Oliveira<br />
Jornalista – Formada em Propaganda e Mkt- ESPM<br />
Pároco:<br />
Frei Evelio de Jesús Muñoz<br />
Padres:<br />
Frei Zezinho - Vigário (Pe. José Antônio de Lima)<br />
Frei Dino (Pe. Costantino Mandarino)<br />
Igreja Santa Teresinha<br />
Praça Desembargador Araújo Jorge, s/nº<br />
Largo da Barra<br />
Capela São Pedro - Ilha da Gigóia<br />
Rua Dr. Sebastião de Aquino, nº 90 A<br />
HORÁRIOS DAS MISSAS<br />
• Paróquia São Francisco de Paula:<br />
De segunda a sexta-feira: 7h30m e 19h.<br />
Sábado: 17h (crianças) e 19h.<br />
Domingo: 7h30m; 10h; 17h e 19h (jovens).<br />
• Barramares:<br />
quarto domingo do mês, às 17h.<br />
• Capela São Pedro (Ilha da Gigóia):<br />
Domingo, às 9h.<br />
• Santa Teresinha:<br />
Domingo às 19:30h<br />
GRUPOS DE ORAÇÃO<br />
• Paróquia São Francisco de Paula:<br />
Quarta-feira, às 15h; quinta-feira, às 20h.<br />
TERÇO DOS HOMENS<br />
• Santa Teresinha:<br />
Toda terça-feira do mês, às 20h.<br />
ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO<br />
• Paróquia São Francisco de Paula:<br />
Quinta-feira, o dia todo.<br />
• Santa Teresinha:<br />
Primeira quinta-feira do mês, às 20h.<br />
NA PARÓQUIA<br />
• Confissões:<br />
De terça a sexta-feira, das 9 às 11h e das 15h às 17h;<br />
Domingo, antes das missas.<br />
• Hora Santa Vocacional:<br />
Primeira sexta-feira do mês, às 17h30m.<br />
• Inscrições para batizados:<br />
Segunda-feira, das 18h30m às 19h30m;<br />
quinta-feira, das 15 às 17h.<br />
• Ambulatório Médico:<br />
De seg a sexta-feira, das 8 às 12h e das 13 às 17h.<br />
• Assistência Jurídica:<br />
Quarta-feira, às 15h.<br />
• Assistência Psicológica:<br />
Quarta-feira, das 9 às 11h.<br />
• Mediação Comunitária:<br />
Terças e sextas-feiras das 9h às 12h e das 14h às 20h.
CHÁ COM LOUVOR NO HOTEL WINDSOR<br />
Dia 20 de Setembro às 15:00 hs.<br />
Convite : R$ 80,00<br />
Presença Confirmada : Allysson Castro<br />
Convites : Secretaria- Missas - Grupo de Orações tarde e Noite, ou<br />
pelo telefone 9644-22081- Sra Rosane<br />
QUEIJOS E VINHOS<br />
O tradicional encontro QUEIJOS e VINHOS<br />
realizado no Condominio Atlântico Sul, mais uma vez reuniu irmãos<br />
de nossa Paróquia numa noite alegre e fraterna.
06<br />
MATÉRIA<br />
DE CAPA<br />
AGOSTO / 18<br />
FAMÍLIA: VOCAÇÃO<br />
Á SANTIDADE<br />
Deus nos criou para vivermos em família, assim como<br />
Ele mesmo é uma Família, Três Pessoas distintas em um<br />
só Deus. Quando o Catecismo fala da família, começa<br />
dizendo que: “Jesus, ao vir ao mundo, não precisava<br />
necessariamente viver em uma família, mas Ele assim o<br />
quis, para deixar-nos o seu exemplo e ensinamento sobre<br />
a nobreza e santidade da família. Quis ter uma mãe e um<br />
pai (adotivo), e foi obediente e submisso a eles (cf Lc 2,51).<br />
Jesus não precisava ter um pai terreno, já que o Seu Pai é o<br />
próprio Deus. Mas Ele quis ter um pai adotivo, legal, como<br />
chamavam os judeus. Quando José quis abandonar Maria<br />
em silêncio, para não difamá-la, Deus mandou o Anjo<br />
dizer-lhe: “José, filho de Davi, não temas receber Maria<br />
por esposa, pois, o que nela foi concebido veio do Espírito<br />
Santo. Ela dará à luz um filho a quem tu porás o nome de<br />
Jesus” (Mt 1,20-21). É como se Deus dissesse a José: eu<br />
preciso de você, eu quero você para ser o pai diligente da<br />
sagrada Família. Os pais geram os filhos, mas aqui é o Filho<br />
quem escolhe o seu pai.<br />
A Família de Nazaré nos dá uma lição de vida familiar.<br />
Como disse Paulo VI em uma homilia: “Que Nazaré nos<br />
ensine o que é família, sua comunhão de amor, sua beleza<br />
austera e simples, seu caráter sagrado e inviolável… Uma<br />
lição de trabalho…”<br />
“É no seio da família que os pais são para os filhos os<br />
primeiros mestres da fé , pela palavra e pelo exemplo”.<br />
Ensina a Igreja: “É na família que se exerce de modo<br />
privilegiado o sacerdócio batismal do pai, da mãe, dos<br />
filhos e de todos os membros da família, na recepção dos<br />
sacramentos, na oração e na ação de graças, no testemunho
07<br />
para manter a fidelidade ao outro, para “vencer-se a si<br />
mesmo”, a fim de se construir um lar maduro e santo,<br />
faz com que caminhemos para a nossa santificação.<br />
O amor do casal é o sinal e o símbolo do amor de Deus<br />
à humanidade, e amor de Cristo à Igreja (cf. Ef 5,21s). Ao<br />
se colocar a caminho para conquistar “esse amor”, o casal<br />
se santifica. É por isso que a familia é o berço da vocação.<br />
Nela acontece o lugar do encontro com a Palavra de Deus.<br />
No contato com a Palavra na vida familiar podem sentir<br />
mais facilmente o chamado à vida religiosa e sacerdotal,<br />
e atenderem prontamente. Cabe afirmar que há famílias<br />
que mesmo sendo religiosas são um obstáculo para que<br />
os filhos respondam generosamente a Deus. E por outro<br />
lado, há pais que sonham em ter um filho sacerdote, o filho<br />
acaba sendo padre apenas para realizar um sonho que não<br />
é seu. Ser padre é algo que foge do convencional, quem opta<br />
por essa função, que não é profissão, vai contra aquilo que<br />
normalmente os pais esperam para seus filhos: casamento,<br />
emprego, etc. Não podemos estar presos ao convencional,<br />
é preciso estar abertos ao novo, ao diferente.<br />
O padre não pode fugir das suas raízes, antes ele é,<br />
como todo filho, reflexo de sua família. Por mais que<br />
haja influência da televisão, internet, amigos, tudo está<br />
interligado e, no centro, está a família. Podemos pensar<br />
também em pessoas que se tornam nossa família. Quem<br />
cresce num orfanato ou em qualquer outro local que<br />
acolha crianças que não podem ficar com seus pais, ou são<br />
abandonadas, tem uma família diferente.<br />
de uma vida santa, na abnegação e na caridade ativa. O lar<br />
é assim a primeira escola de vida cristã é uma escola de<br />
enriquecimento humano. É ai que se aprende a fadiga e a<br />
alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e<br />
mesmo reiterado, e, sobretudo o culto divino pela oração e<br />
oferenda de sua vida” (Cat. § 1657).<br />
Essas palavras do Catecismo mostram que o lar é a escola<br />
das virtudes humanas; lugar de santificação. Para os<br />
pais, a vida conjugal é uma oportunidade riquíssima de<br />
santificação, na medida em que, a todo instante, precisam<br />
lutar contra o próprio egoísmo, soberba, orgulho, desejo<br />
de dominação, etc., para se tornar, com o outro, aquilo que<br />
é o sentido do matrimônio: “uma só carne”, uma só vida,<br />
sem divisões, mentiras, fingimentos, tapeações, birras,<br />
azedumes, mau-humor, reclamações, lamúrias, etc.<br />
A luta diária e constante para ser “exemplo para os filhos”,<br />
Uma família cristã, de batizados na fé cristã, deve criar<br />
um ambiente familiar, no qual a criança cresça de forma<br />
sadia e tenha não só consciência de sua vocação à vida,<br />
mas também de sua vocação cristã. Pelo batismo nos<br />
comprometemos com a conversão da estrutura de pecado<br />
tendo que assumir uma postura que mostre que não<br />
concordamos com o individualismo, a exploração, com a<br />
banalização da sexualidade e da família. Cresce cada vez<br />
mais o descrédito do sacramento do matrimônio e a falta<br />
de seriedade no tempo de namoro reduzindo este último<br />
apenas ao prazer. Muitos casamentos facilmente entram<br />
em crise chegando até mesmo ao divórcio.<br />
É preciso intensificar nossas orações pelas vocações,<br />
trabalhar a dimensão familiar e proporcionar que nossas<br />
comunidades sejam lugares onde as pessoas possam<br />
encontrar algo que as ajudem a ser família.<br />
Com famílias mais conscientes de sua missão já é mais um<br />
passo para termos jovens e adultos que dêem uma resposta<br />
generosa ao chamado de Deus.<br />
>> Paulo Guimarães
08 AGOSTO / 18<br />
NOSSA<br />
CAMINHADA<br />
O IMPORTANTE PAPEL DO PAI<br />
Queridos irmãos paroquianos, na matéria deste<br />
mês, iremos tratar de um assunto importante para o<br />
desenvolvimento dos filhos, a saber: o papel do pai na<br />
constituição da psiquê da criança.<br />
Pai é todo aquele que exerce papel de pai, função<br />
de pai. Em muitas famílias, o pai pode não ser mais<br />
vivo ou mesmo estar ausente fisicamente, mas quem se<br />
incumbe desta função paterna, há que estar ciente de sua<br />
importância no desenvolvimento psíquico da criança.<br />
Quando o bebê nasce, há entre a mãe e o bebê uma<br />
relação íntima e praticamente simbiótica, pois ela é, para<br />
seu filho, literalmente um suporte. Fonte de alimento<br />
e responsável pela integridade do bebê. E durante este<br />
processo dos primeiros anos de vida do infans, entra o pai<br />
como canal de separação desta simbiose. A mãe, até para<br />
sua saúde emocional, precisa realizar outras tarefas (como<br />
trabalhar, estar ao lado do marido e dos outros filhos)<br />
que não sejam somente estar com o bebê. É necessário<br />
estar com a criança mostrando-a que ela não é sua única<br />
atribuição no cotidiano. O pai deve intervir nessa relação,<br />
ajudando a mãe a direcionar sua atenção também para<br />
outras coisas e fazendo, também, seu papel de suporte para<br />
este filho menor. Cuidar do bebê enquanto a mãe pratica<br />
uma atividade física, levá-lo para passear, conversar com<br />
o bebê, interagir com ele...tudo isso vai fazendo com que<br />
a criança, na sua tenra idade, já vá compreendendo que<br />
ela não é o único objeto de desejo de sua mãe. Levando-a<br />
a futuramente, na vida adulta, entender, por exemplo,<br />
que ele não pode ser a atenção de tudo. Sendo um adulto<br />
menos egocêntrico e gerador de mais empatia, colocandose<br />
mais no lugar das pessoas à sua volta.<br />
Até a próxima,<br />
>> Claudia Siqueira de Albuquerque Costa<br />
Psicóloga<br />
CRP: 05/52487
NOSSOS PASSOS 09<br />
O SANTO QUE DEU SEU<br />
NOME A UM SÉCULO<br />
Os Franceses por muitíssimo tempo se referiam ao<br />
Século XIII como o “Século do meu Amo e Santo Rei Luiz”,<br />
e com toda a razão, já que de certa forma São Luiz Rei<br />
construiu a França. Muito cedo, aos 12 anos, Luiz começou<br />
a reinar, antes tendo sua mãe, a genial, pia, e inteligente<br />
Branca de Castela. Entregou sua alma a Deus em campanha<br />
como Cruzado, nos arredores de Tunes, não muito longe do<br />
sítio onde estava Cartago. E entre um momento e outro<br />
Luiz realmente construiu o seu país. E como?<br />
Luiz IX, também hábil estrategista, retomou terras<br />
Francesas ocupadas pela Inglaterra. Mas as campanhas<br />
militares foram apenas uma face da sua genialidade e<br />
bondade: Construiu hospitais, leprosários, e orfanatos,<br />
aparecendo para o Povo como o pai dos órfãos, dos<br />
desprotegidos, dos pobres. Como intelectual brilhante<br />
inseriu a “Presunção de Inocência” nos julgamentos,<br />
elemento hoje consagrado pelo Direito. Estabeleceu ainda<br />
uma hierarquia entre os juízes, de forma que o fenômeno<br />
da Apelação pudesse ser praticado. Praticado até a própria<br />
figura do Rei, com a consolidação do título de Primeiro<br />
Magistrado. Ainda no seu inovador pensamento jurídico<br />
está a proibição de duelos em seu Reino.<br />
Seu casamento com Margarida da Provence deu<br />
à França 12 filhos. E pela projeção política do emblemático<br />
São Luiz seus filhos e filhas se casaram com monarcas de<br />
praticamente todas as nações Europeias, de Portugal até<br />
a Polônia. E entre os seus descendentes está o Imperador<br />
Pedro I do Brasil, cuja visão política integradora do<br />
território tem muito da visão do Santo. E Pedro II do Brasil,<br />
cuja inteligência e bondade também guardam uma relação<br />
muito próxima com o proceder do Santo. O nome de São<br />
Luiz Rei de França está não só na Capital do Estado do<br />
Maranhão, mas também em muitos outros países, como o<br />
Senegal e os Estados Unidos da América.<br />
Para a Intelligensia Cristã os nomes de São Tomás<br />
de Aquino e de São Boaventura são muito importantes. E<br />
de quem eram amigos e confidentes de longas e históricas<br />
trocas de ideias? De São Luiz. O Santo iluminava com seu<br />
preclaro raciocínio e ambiciosa virtude a mente dos dois<br />
outros futuros santos. Uma das ideias brilhantes de São<br />
Luiz era transformar a França em uma “Nova Jerusalém”.<br />
Construiu então a Sainte Chapelle, cujo projeto no remete ao<br />
projeto da Capela da Virgem de Pharos, em Constantinopla.<br />
Para a sua capela adquire do Governo de Constantinopla a<br />
relíquia da Coroa de Cristo e um fragmento da “Vera Cruz”.<br />
As relíquias são tão significativas para o mundo Cristão que<br />
o nome de uma delas é dado às terras da América, onde<br />
hoje é o Brasil.<br />
Como chefe militar, São Luiz constrói a cidade de<br />
Aïgues Mortes - Aguas Mortas, em Provençal - como base<br />
para as Cruzadas que irá chefiar, já que não admitia estar a<br />
Terra Santa em mãos não Cristãs. Na Sétima Cruzada ataca<br />
a cidade do Cairo, não é feliz na batalha, caindo prisioneiro.<br />
Sua esposa, e os valorosos Cavaleiros Templários juntam o<br />
tesouro reclamado pelo captor, e libertam Luiz do cativeiro.<br />
Na Oitava Cruzada é ainda mais infeliz, encontrando<br />
a morte nas cercanias de Tunes. Seu corpo foi posto em um<br />
leito de cinzas, segundo a sua vontade, e vai chegar à Sainte<br />
Chapelle, mas é depredado na Revolução Francesa.<br />
Mas sendo um Rei tão bondoso e um soldado tão<br />
valoroso, os Muçulmanos resolvem criar uma história<br />
paralela, dizendo que São Luiz havia se convertido ao Islã,<br />
e que seria um Santo de Maomé, havendo mesmo uma<br />
peregrinação em sua honra ao Monte Tunes.<br />
O conselho de São Luiz ao seu herdeiro - que<br />
consta do seu testamento - ainda hoje nos serve, estimado<br />
Paroquiano, e estimada Paroquiana: “Se o Senhor permitir<br />
que lhe advenha alguma tribulação, deves suporta-la com<br />
serenidade”.<br />
>>Luiz Rocha Neto, Professor da UFRJ.
10 AGOSTO / 18<br />
SEMANA DA FAMÍLIA<br />
Entre os dias 12 e 19 de agosto, em unidade com<br />
toda a Igreja do Brasil, vivenciamos na nossa paróquia a<br />
Semana Nacional Da Família, com o tema “O Evangelho da<br />
Família, alegria para o mundo”, mesmo tema do IX Encontro<br />
Mundial das<br />
Famílias com o<br />
Papa Francisco,<br />
que aconteceu em<br />
Dublim, Irlanda,<br />
também em<br />
agosto.<br />
F o r a m<br />
dias de reflexões<br />
sobre a vivência<br />
familiar, os<br />
desafios que<br />
enfrentamos<br />
nos dias atuais,<br />
a vivência do amor no matrimônio e na família, e a<br />
importância da espiritualidade e oração. Em todos os<br />
dias, nossa comunidade esteve presente mostrando que o<br />
contidas no evangelho, que Cristo nos faz!<br />
Que Nossa Senhora dos Milagres, São Francisco de<br />
Paula e São Maximiliano Kolbe (padroeiro das famílias),<br />
continuem intercedendo para que os frutos desta semana<br />
sejam colhidos através de ações concretas que<br />
contribuam com a transformação das realidades<br />
tão difíceis do mundo em que vivemos!<br />
“O ‘Evangelho da Família’ ressalta o lado<br />
positivo da Família, a família como boa notícia,<br />
como um bem, um dom de Deus. ‘Alegria para<br />
o mundo’ acentua o fato de que ser família não<br />
é um aspecto da doutrina, um valor apenas<br />
para os cristãos ou para as pessoas religiosas. É<br />
uma riqueza para o mundo, para a humanidade<br />
toda!”<br />
elo que nos une é o serviço e a oração em comunidade,<br />
fortalecendo-se ainda mais e encorajando-se a responder<br />
ao chamado evangelizador e transmissor das mensagens<br />
>> Dom João Bosco Barbosa de Sousa<br />
11<br />
NOSSA SENHORA DOS MILAGRES<br />
PADROEIRA DA ORDEM DOS MÍNIMOS<br />
ROGAI PELOS FIÉIS DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE PAULA E POR<br />
TODAS AS VOCAÇÕES À VIDA RELIGIOSA E SACERDOTAL.
12 AGOSTO / 18<br />
NÃO MATARÁS!<br />
Envolvido em bastante polêmica, o tema suicídio é de<br />
alta complexidade e leva pesquisadores para ampla reflexão<br />
sobre diversas perspectivas que expliquem a prática<br />
suicida. Quando o ato de viver torna-se mais sacrificante<br />
que o de morrer? Como identificar um comportamento<br />
iminentemente suicida em alguém próximo a mim? Como<br />
ajudar uma pessoa com potencial de autodestruição? Eu<br />
posso ter coragem de acabar com minha própria vida? As<br />
frequentes perguntas que permeiam a questão do suicídio<br />
podem ficar desacompanhadas de respostas, em função da<br />
força que o tabu possui em silenciá-las.<br />
Por não haver um único fator responsável pelo<br />
suicídio, troca-se o termo causa por culminância, ou seja, a<br />
soma dos fatores biológicos, familiares, sociais e psicológicos<br />
pode gerar o resultado de eliminação da vida. Entre os<br />
aspectos citados, destaca-se a influência da pressão social<br />
sobre o indivíduo, a necessidade de inclusão em diversos<br />
grupos em que vive e suas possíveis frustrações. Diante<br />
de tanta diversidade de comportamentos, as regras sociais<br />
passam a exercer papel fundamental na constituição<br />
pessoal, de forma que a permanência desse indivíduo em<br />
seu ambiente comunitário passa a ser confundida com a<br />
conservação de sua própria vida. O suicídio também é um<br />
ato de linguagem que se destina a comunicar algo sobre<br />
a própria morte àqueles com quem convivemos nas redes<br />
sociais de relacionamento.<br />
De acordo com números oficiais fornecidos pela<br />
Organização Mundial de Saúde, são 32 brasileiros que<br />
vão a óbito, diariamente, vitimas do suicídio. A estatística<br />
mostra taxas superiores aos falecimentos por AIDS e<br />
diversos tipos de câncer. Segundo a OMS, 9 entre 10 casos<br />
de morte suicida poderiam ser evitados, o que faz abrir<br />
uma janela por onde a solidariedade pode entrar de forma<br />
eficaz nesse cenário.<br />
Entre tantas outras formas de esforço de prevenção<br />
do suicídio, o Centro de Valorização da vida, em parceria<br />
com o Conselho Federal de Medicina e a Associação<br />
Brasileira de Psiquiatria, iniciou, em 2015, as primeiras<br />
atividades da campanha Setembro Amarelo no Brasil. O<br />
objetivo da ação, que utiliza o site setembroamarelo.org.<br />
br, é levar à população a conscientização da importância<br />
da prevenção do suicídio e suas formas de atuação, frente<br />
à realidade dos altos índices de ocorrência no Brasil e no<br />
mundo.<br />
Imaginar que alguém próximo a você possa ser<br />
candidato ao suicídio é uma vivência extremamente<br />
difícil, acompanhada de intensa dor psíquica. Perceber que<br />
algo diferente está se processando dentro de seu próprio<br />
círculo de convivência exige a cautela e a disponibilidade<br />
que poucas vezes temos. A aceleração do ritmo e a grande<br />
quantidade de tarefas que a atualidade impõe, muitas<br />
vezes roubam a atenção das pessoas para o ocorrência dos<br />
sintomas que as avizinham.<br />
Multifacetado, o mundo opaco do suicida está na<br />
fome do desempregado; no abandono do desamparado;<br />
na vulnerabilidade do morador de rua; na ideologia do<br />
homem-bomba; na crueldade do bullying; na solidão<br />
acompanhada da adolescência e seus sites de recrutamento<br />
à morte, na anestesia dos entorpecentes, na essência do ser<br />
humano. O pensamento suicida não pertence ao suicida,<br />
pertence a todos nós, seres humanos. Uma das formas de<br />
engajamento na luta contra o suicídio é identificar-se no<br />
outro, para haver capacidade de colaboração no momento<br />
da desesperança, quando o repertório de tentativas foi<br />
limitado pela mente em conflito.<br />
A ideação suicida é revestida de grande ambivalência,<br />
pois a pessoa recorre à morte como rota de fuga do<br />
sofrimento e, ao mesmo tempo, sinaliza seu clamor por<br />
socorro. Um dos traços marcantes da contemporaneidade<br />
é a velocidade herdada da eficiência tecnológica que produz<br />
o fenômeno do imediatismo e facilita atitudes precipitadas.<br />
A sociedade deve ser promover ações como o Setembro<br />
Amarelo no sentido de aproveitar este momento decisivo.<br />
As famílias e os amigos devem buscar o caminho inverso<br />
do afrouxamento das relações para reinventar o espaço do<br />
diálogo, do olhar cuidadoso pelo próximo. Diante de tanta<br />
tensão interna, a informação e o acolhimento são capazes<br />
de resgatar o indivíduo para o centro de sua trajetória,<br />
para que as forças internas de destruição sejam vencidas<br />
pela escolha da manutenção da vida.<br />
>>Renata Quiroga<br />
Psicanalista<br />
Pós graduada em Filosofia
NOSSOS PASSOS<br />
13<br />
SER SEU AMIGO<br />
Se eu morrer antes de você, faça-me um favor.<br />
Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus<br />
por Ele haver me levado.<br />
Se não quiser chorar, não chore.<br />
Se não conseguir chorar, não se preocupe.<br />
Se tiver vontade de rir, ria.<br />
Se alguns amigos contarem algum fato a meu<br />
respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem<br />
demais, corrija o exagero.<br />
Se me criticarem demais, defenda-me.<br />
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri,<br />
mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe<br />
de ser o santo que me pintam.<br />
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que<br />
eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida<br />
inteira eu tentei ser bom e amigo.<br />
Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo,<br />
chame a atenção deles.<br />
Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com<br />
Jesus e eu ouvirei.<br />
Espero estar com Ele o suficiente para continuar<br />
sendo útil a você, lá onde estiver.<br />
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre<br />
mim, diga apenas uma frase: ‘ Foi meu amigo, acreditou<br />
em mim e me quis mais perto de Deus!’ Aí, então derrame<br />
uma lágrima.<br />
Não estarei presente para enxugá-la, mas não faz<br />
mal.<br />
Outros amigos farão isso no meu lugar.<br />
E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha<br />
nova tarefa no céu.<br />
Mas, de vez em quando, dê uma espiadela na direção<br />
de Deus.<br />
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo<br />
você olhar para Ele.<br />
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem<br />
nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a<br />
amizade que aqui nos preparou para Ele.<br />
Você acredita nessas coisas?<br />
Então ore para que nós dois vivamos como quem<br />
sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem<br />
soube viver direito.<br />
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto<br />
da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.<br />
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou<br />
estranhar o céu. . . Sabe por quê? Porque ser seu amigo... já<br />
é um pedaço dele!<br />
>>Autor: Pe. Zezinho<br />
Livro: “Amizade talvez seja isso...” Publicado em 1988
14<br />
AGOSTO / 18<br />
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA<br />
No dia 15 de agosto a Igreja Católica celebra a<br />
Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. A Assunção de<br />
Maria é dogma católico solenemente definido através da<br />
Constituição “Munificentissimus Deus” do 1º de novembro<br />
de 1950 pelo Papa Pio Xll. O texto da proclamação<br />
dogmática não afirma que Maria foi elevada ao céu, mas à<br />
“Glória celeste”. Não se afirma, portanto, um deslocamento<br />
espacial nem uma nova localização, mas a transfiguração<br />
do seu corpo e a passagem de sua condição terrestre à<br />
condição gloriosa da totalidade de sua pessoa, isto é, corpo<br />
e alma. (cf. C. A. Contieri SJ, in A Bíblia Dia a Dia, Paulinas,<br />
2015). A crença universal neste mistério havia sido<br />
confirmada anteriormente por todo o episcopado católico<br />
consultado em 1946. Liturgicamente a Festa da Assunção<br />
é celebrada na Igreja Católica no domingo subsequente ao<br />
dia 15 de agosto. A crença na Assunção é tradicional na<br />
Igreja, mas foi, sobretudo no século XVII que se tornou<br />
objeto de uma verdadeira construção teológica em reação<br />
contra o Jansenismo. Maria é dita pelo anjo Gabriel “cheio<br />
de graça”. Este é quase o nome próprio da Virgem – o anjo<br />
não a chama “Maria” mas “cheia de graça”. (Lc. 1,28). Isto<br />
quer dizer que Maria nunca esteve sujeita ao império do<br />
pecado. Em consequência, não podia ficar sob o domínio<br />
da morte, que entrou no mundo através do pecado (Rm<br />
5, 12). Sendo assim, é lógico dizer que ela não conheceu a<br />
deterioração da sepultura, sendo glorificado não somente<br />
em sua alma, mas também em seu corpo.<br />
“A Imaculada Virgem, preservada imune de toda a<br />
mancha original, terminada o curso da sua vida terrestre,<br />
foi elevada em corpo e alma à glória celeste”.<br />
Será que este mistério exclui talvez a morte natural<br />
de Maria? Não há registros históricos do momento da<br />
morte de Maria. Diz uma tradição cristã antiga que ela<br />
teria morrido no ano 42 d.C. Desde os primeiros séculos,<br />
usa-se a expressão “dormição”, do latim “domitare” em vez<br />
de “morte”. Antigamente alguns teólogos e santos da Igreja<br />
Católica, sustentam que Maria não teria morrido, mas teria<br />
“dormitado” e assim levado ao céu. Hoje, teólogos sustentam<br />
que Maria não teve este privilégio uma vez que o próprio<br />
Jesus passou pela morte. O que a Igreja Católica ensina é<br />
que o corpo de Maria foi preservado das conseqüências da<br />
morte, que são a corrupção e a decomposição.<br />
O Concílio Vaticano ll retomou totalmente a<br />
doutrina definida, quando afirma que “a Imaculada<br />
Virgem, preservada imune de toda a mancha original,<br />
terminada o curso da sua vida terrestre, foi elevada em<br />
corpo e alma à glória celeste. E, para que mais plenamente<br />
estivesse conforme a seu Filho… foi exaltada pelo Senhor<br />
com a Rainha do universo” (Lumen Gentium, n.59). Sempre<br />
foi crença pacífica dos católicos que o corpo da Virgem,<br />
concebido imaculado, sem a nódoa do pecado original,<br />
corpo que não conheceu sombra do pecado, corpo que foi o<br />
berço onde tomou carne o próprio Verbo de Deus ao fazerse<br />
homem, não podia estar sujeito à corrupção, mas devia<br />
ser glorificado junto com a alma na glória celeste. Maria,<br />
elevada à Glória Celeste em corpo e alma, recorda-nos, de<br />
maneira viva, o nosso último destino. A Assunção de Maria<br />
está diretamente ligada a sua união com Jesus Cristo;<br />
portanto, a fundamentação vem da maternidade virginal<br />
e a isenção do pecado original. Assim, esta união íntima de<br />
Maria com o corpo de Jesus Cristo é um argumento forte<br />
para crer que o seu corpo teve o mesmo destino do corpo<br />
de Jesus, isto é, não foi tocado pela destruição da morte.<br />
>> Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, C.Ss.R.
OPINIÃO<br />
15<br />
ESCOTISMO<br />
NO BRASIL<br />
O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907 pelo<br />
General Robert Baden-Powell, na Inglaterra. Sem pretender<br />
trazer a rigidez militar para o Movimento Escoteiro, Baden-<br />
Powell aproveitou os elementos positivos de fomento à<br />
camaradagem, iniciativa, coragem e autodisciplina, bem como<br />
técnicas que seriam úteis no desenvolvimento dos jovens<br />
para criar um movimento educacional.<br />
Baden-Powell utilizou-se dos saberes e habilidades<br />
que aprendeu no serviço militar em lugares agrestes da índia<br />
e da África, quando se tornou conhecido como “Impisa”, (“o<br />
lobo que nunca dorme”, em português, pelas suas missões<br />
noturnas) para ajudar a juventude. Pode-se dizer que a faísca<br />
iniciadora do Escotismo foi a publicação do livro “Ajudas<br />
à Exploração Militar” (Aids To Scouting, 1899, de B-P), que<br />
continha informações para os militares sobre seguir pistas,<br />
exploração e técnicas que se referiam à vida em campo, e<br />
que os rapazes ingleses usaram para se divertir de maneira<br />
aventurosa. Baden-Powell foi considerado um herói por<br />
haver resistido vitoriosamente a um cerco de 217 dias em<br />
Mafeking, África do Sul, durante a Guerra dos Bôeres.<br />
Percebendo o enorme interesse dos jovens em<br />
aprender e replicar as técnicas citadas no livro, Baden-Powell<br />
empenhou-se em adaptá-lo para ser um acréscimo atraente<br />
ao programa das escolas britânicas. Reuniu experiências e<br />
as atividades dos exploradores para criar algo que pudesse<br />
realmente ser utilizado na educação e formação dos jovens:<br />
o Escotismo.<br />
No dia 1º de agosto de 1907, ele levou 20 rapazes<br />
para a Ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, para realizar<br />
o primeiro acampamento escoteiro do mundo – essa era a<br />
forma que B-P havia encontrado para testar suas ideias. Ao<br />
longo de oito dias, ele aplicou diversos ensinamentos sobre<br />
vida em equipe e ao ar livre, acampamentos, fogueiras, jogos,<br />
rastreamento, observação e dedução, técnicas de primeiros<br />
socorros, alimentação e boas ações. Ele havia pensado nessa<br />
diversidade de práticas para que os jovens pudessem voltar<br />
para casa mais independentes e com novas habilidades.<br />
O acampamento foi um sucesso e, no início do<br />
ano seguinte, Baden-Powell lançou as seis edições do guia<br />
“Escotismo para Rapazes”, sem sonhar que estaria fundando o<br />
maior movimento educacional de jovens do planeta. A busca<br />
pelos manuais foi tão grande que ocasionou o surgimento de<br />
Tropas Escoteiras por toda parte. Em vista<br />
dessa inesperada expansão do Movimento,<br />
B-P solicitou que fosse passado para a reserva<br />
(aposentadoria) do Exército, a fim de dedicarse<br />
à sua “segunda vida”, como chamava<br />
o Escotismo. Passou, então, a viajar por<br />
diversos países, para orientar a constituição<br />
e o trabalho das associações escoteiras e para<br />
fazer do Escotismo uma grande fraternidade<br />
mundial.<br />
O Escotismo foi crescendo,<br />
ramificando-se também numa vertente para as meninas (em<br />
1909) e, em 1920, com o fim da Primeira Guerra Mundial,<br />
reuniu cerca de 8 mil jovens em Londres para o primeiro<br />
Jamboree Mundial, o maior evento escoteiro do mundo.<br />
Não há como retratar a história do Movimento<br />
Escoteiro sem retratar a história de seu fundador, proclamado<br />
“Chefe Escoteiro Mundial” pela multidão de rapazes presentes<br />
ao primeiro grande evento escoteiro. B-P dedicou o resto de<br />
sua vida à concretização do Movimento Escoteiro, crente<br />
que o desenvolvimento dos jovens, o respeito ao próximo e<br />
a prática de boas ações diárias, poderiam auxiliar a construir<br />
um mundo melhor.<br />
Baden-Powell envelheceu e passou a morar no Quênia,<br />
ao lado da mulher, Olave Baden-Powell, que o acompanhou<br />
em todas as aventuras, atuando para que as meninas também<br />
pudessem se divertir e aprender no Movimento Escoteiro.<br />
B-P faleceu em casa, em 8 de janeiro de 1941.<br />
Mesmo com a partida de seu criador, o Escotismo<br />
continuou a crescer e a conquistar o coração de crianças,<br />
jovens e adultos, alcançando mais de 40 milhões de membros<br />
em 216 países e territórios.<br />
Escotismo no Brasil<br />
Em 17 de abril de 1910, encerrando um ciclo de quatro<br />
anos de renovação da frota naval brasileira, o Encouraçado<br />
Minas Gerais chegava ao Brasil, vindo da Europa, com um<br />
grupo de oficiais que trazia consigo uniformes e acessórios<br />
escoteiros, depois de acompanhar o enorme sucesso que o<br />
Movimento fazia na Inglaterra.<br />
O grupo logo se organizou para fundar a primeira<br />
associação escoteira, chamada de Centro de Boys Scouts do<br />
Brasil, no Rio de Janeiro. A palavra “escoteiros” só surgiu<br />
alguns anos depois, ocupando o lugar do termo “scrutar”,<br />
adotado assim que o Escotismo chegou ao país.<br />
Rapidamente o Movimento Escoteiro se espalhou<br />
por todo o território nacional, inicialmente com diversas<br />
associações independentes, até que, em 4 de novembro<br />
de 1924, foi criada a União dos Escoteiros do Brasil,<br />
acompanhando o desejo de B-P de ver o senso de unidade<br />
entre os diversos grupos escoteiros em cada país.<br />
>> Fonte: Escoteiros do Brasil
1617 AGOSTO / 18<br />
QUE EXISTA A CORAGEM DE<br />
DIVULGAR O BEM FEITO PELOS<br />
SACERDOTES...<br />
Carta de um sacerdote católico para o NEW YORK<br />
TIMES<br />
Caro irmão e irmã jornalista:<br />
Sou um simples sacerdote católico.<br />
Estou feliz e orgulhoso da minha vocação.<br />
Há vinte anos que vivo em Angola como missionário.<br />
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo no<br />
vosso jornal, a ampliação do tema dos sacerdotes<br />
pedófilos, com investigações de forma mórbida sobre a<br />
vida de alguns sacerdotes.<br />
Falam de um de uma cidade nos Estados Unidos dos<br />
anos ‘70, de outro na Austrália dos anos ‘80, e seguida<br />
de outros casos recentes...<br />
Certamente isto deve ser condenado!<br />
Veem-se alguns artigos de jornal equilibrados, mas<br />
também outros cheios de preconceitos e até de ódio.<br />
O facto que pessoas, que<br />
deveriam ser manifestação do amor de Deus, sejam<br />
como um punhal na vida de inocentes, provoca em mim<br />
uma imensa dor.<br />
Não existem palavras para justificar tais ações. E não<br />
há dúvida que a Igreja não pode deixar de estar ao lado<br />
dos mais fracos e dos mais indefesos. Portanto, todas<br />
as medidas que sejam tomadas para a proteção e a<br />
prevenção da dignidade das crianças será sempre uma<br />
prioridade absoluta.<br />
Todavia, cria curiosidade a desinformação e o<br />
desinteresse para milhares e milhares<br />
de sacerdotes que se gastam para milhões de crianças,<br />
para muitíssimos adolescentes e para os mais<br />
desvantajosos em todo o mundo!<br />
Considero que, ao vosso meio de informação não<br />
interesse saber que, eu em 2002, passando por zonas<br />
cheias de minas, tenha devido transferir muitas<br />
crianças desnutridas de<br />
Cangumbe para Lwena (em Angola), porque nem<br />
o governo se importava, nem as ONG’s estavam<br />
autorizadas. E penso que também não vos importa<br />
que eu tenha tido de sepultar dezenas de criancinhas,<br />
mortas na tentativa de fugir das zonas de guerra<br />
ou procurando regressar, nem que salvamos a vida a<br />
milhares de pessoas no México graças ao único posto<br />
médico em 90.000 Km2, e graças também à distribuição<br />
de alimentos e sementes.<br />
Não vos interessa também saber que nos últimos dez<br />
anos demos a oportunidade de receber educação e<br />
instrução a mais de 110.000 crianças...<br />
Não tem uma ressonância mediática o facto que,<br />
com outros sacerdotes, eu tive de fazer frente à crise<br />
humanitária de quase 15.000 pessoas guarnições da<br />
guerrilha, após a sua rendição, porque não chegavam<br />
alimentos nem do Governo, nem da ONU.<br />
Não faz noticia que um sacerdote de 75 anos, Padre<br />
Roberto, todas as noites percorra a cidade de Luanda<br />
e cuide dos meninos da rua, os leve para uma casa de<br />
acolhimento na tentativa de os desintoxicar da gasolina<br />
e que às centenas sejam alfabetizadas.<br />
Não faz notícia que outros sacerdotes, como o Padre<br />
Stefano, se ocupem<br />
em acolher e dar proteção a crianças maltratadas e até
NOSSOS PASSOS<br />
violadas.<br />
E não é de vosso interesse saber que Frade Maiato, não<br />
obstante os seus 80 anos, vá de casa em casa confortando<br />
pessoas doentes e sem esperança.<br />
Não faz notícia que mais de 60.000, entre os 400.000<br />
sacerdotes e religiosos, tenham deixado a própria pátria e<br />
a própria família para servir os seus irmãos num leprosário,<br />
nos hospitais, nos campos de refugiados, nos institutos<br />
para crianças acusadas de feitiçaria ou órfãs de pais mortos<br />
por SIDA, nas escolas para os mais pobres, nos centros<br />
de formação profissional, nos centros de assistência aos<br />
seropositivos... ou, sobretudo, nas paróquias e nas missões,<br />
encorajando as pessoas a viver e a amar.<br />
Não faz notícia que o meu amigo, Padre Marco Aurelio, para<br />
salvar alguns jovens durante a guerra em Angola os tenha<br />
conduzido de Kalulo até Dondo e no caminho de regresso<br />
à sua missão foi cravado de balas; não interessa que frade<br />
Francesco e cinco catequistas, para ir ajudar nas zonas rurais<br />
mais isoladas, tenham morrido na estrada num acidente;<br />
não importa a ninguém que dezenas de missionários em<br />
Angola sejam mortos por falta de assistência sanitária,<br />
por uma simples malária; que outros tenham morrido por<br />
causa de uma mina ao ir visitar a sua gente. No cemitério de<br />
Kalulo encontramos os túmulos dos primeros sacerdotes que<br />
chegaram a esta região...nenhum deles chegou a completar<br />
os 40 anos!<br />
Não faz notícia acompanhar a vida de um sacerdote “normal”<br />
na sua vida quotidiana, entre as suas alegrias e as suas<br />
dificuldades, enquanto gasta a própria vida, sem fazer ruído,<br />
a favor da comunidade pela qual está ao serviço.<br />
Na verdade não procuramos fazer notícia, mas procuramos<br />
simplesmente levar a Boa Nova, aquela que sem ruído iniciou<br />
17<br />
na noite de Páscoa.<br />
Faz mais ruído uma árvore que cai do que uma floresta a<br />
crescer.<br />
Não é minha intenção fazer uma<br />
apologia da Igreja e dos sacerdotes.<br />
O sacerdote não é nem um herói, nem um neurótico.<br />
É um simples homem que, com a sua humanidade, procura<br />
seguir Jesus e servir os seus irmãos.<br />
Nele existem misérias, pobreza e fragilidade como em cada<br />
ser humano; mas existem também beleza e bondade como<br />
em cada criatura...<br />
Insistir de forma obsessiva e persecutória sobre um tema,<br />
perdendo a visão do inteiro, cria realmente caricaturas<br />
ofensivas do sacerdócio católico e é disto que me sinto<br />
ofendido.<br />
Jornalista: procure a Verdade, o Bem e a Beleza. Tudo isto o<br />
fará nobre na sua profissão.<br />
Amigo... peço-lhe apenas isto...<br />
Em Cristo,<br />
>> Padre Martín Lasarte sdb<br />
“O meu passado, Senhor, confio-o à tua Misericórdia; o meu<br />
presente ao teu Amore; o meu futuro à tua Providência”.<br />
Já era sem tempo que chegasse uma mensagem como esta,<br />
mensagem que realmente vale a pena divulgar...<br />
Esperemos que todos nós católicos possamos fazer como<br />
contrapeso, não apenas partilhando esta mensagem, mas<br />
com o exemplo da nossa vida.<br />
CARTAZ ENCONTRADO EM UMA<br />
IGREJA NA FRANÇA ...<br />
“QUANDO VOCÊ ENTRA NESTA IGREJA,<br />
PODE SER POSSÍVEL QUE VOCÊ OUÇA” O<br />
CHAMADO DE DEUS.”<br />
NO ENTANTO, É IMPROVÁVEL QUE ELE<br />
LIGUE PARA VOCÊ NO SEU CELULAR.<br />
OBRIGADO POR DESLIGAR SEUS TELE-<br />
FONES.<br />
SE VOCÊ QUISER FALAR COM DEUS, EN-<br />
TRE, ESCOLHA UM LUGAR TRANQUILO E<br />
FALE COM ELE.<br />
SE VOCÊ QUISER VÊ-LO, ENVIE-LHE UM<br />
TEXTO ENQUANTO ESTIVER DIRIGINDO.”
NOSSOS PASSOS<br />
19<br />
1 Marilena Grieco Mundim<br />
2 Elisa Theodoro Lopes dos Santos<br />
2 Gustavo Werneck Ribeiro de Carvalho<br />
3 Teresa Costa Nogueira<br />
4 Geraldo Pequeno da Silva<br />
4 Maria de Fátima Meireles Orofino<br />
4 Rosa Siervo da Mota<br />
5 Carlos Ronaldo Monteiro de Barros<br />
5 Maria Rosa Firpo Sampaio<br />
6 Deisi Campos Medina Maia<br />
6 Paulo Cesar Ribeiro Boueri<br />
6 Ramar da Costa Nunes<br />
7 José Carlos Neto<br />
7 Luiz Carlos Almeida Amorim<br />
7 Sergio Cifali<br />
7 Vilma Vital da Silva<br />
9 Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza<br />
9 Miriam Izidro Freire<br />
12 Agustino Greselle<br />
12 Albina Freitas de Castello Branco<br />
14 Ernestina Loureiro de Abreu<br />
14 Jailton Ramos de Oliveira<br />
15 Luiza Cristina Krau de Oliveira<br />
15 Nilson Dias Bastos<br />
16 Maria da Gloria Souza da Silva<br />
17 Everton Eric da Franca de Morais<br />
17 Lidson Aparecido de Faria<br />
17 Márcia Maria Coratini de Araújo<br />
18 Maria Lúcia Neves da Silva Costa<br />
20 Fernando da Costa Alves<br />
20 Maria Lindaura Pitol Falqueto<br />
22 Maristher de Carvalho Souza<br />
24 Pedro Paulo Dalia Rodrigues Louro<br />
25 Adriana A. Silveira Souto<br />
25 Claudia de Figueiredo Gomes<br />
25 Ivo Luiz Fedrizzi<br />
26 Clomar Saboia Pott<br />
28 Amparo Lacombe Moreira<br />
29 Arcelino Costa Pereira<br />
29 Paulo Roberto Curi<br />
30 Luci dos Santos Faria<br />
30 Lúcia Helena Santiago<br />
30 Sandra Regina Martins<br />
ORAÇÃO DO DIZIMISTA<br />
Recebei, Senhor, a minha oferta.<br />
Ela representa a minha gratidão<br />
e o meu reconhecimento, pois o que tenho<br />
eu o recebi de Vós.<br />
Amém!
20<br />
SAÚDE<br />
AGOSTO / 18<br />
PRÓTESE DE QUADRIL OU<br />
ARTROPLASTIA DO QUADRIL<br />
A Artroplastia total do Quadril é um dos<br />
procedimentos ortopédicos mais realizados no mundo e<br />
apresenta índice de satisfação nos resultados superiores à<br />
90%.<br />
A artroplastia consiste na troca da articulação do<br />
quadril degenerada ou destruída por implantes artificiais<br />
com o intuito de reestabelecer a biomecânica articular<br />
e com isso alcançando seus objetivos, a melhora da dor e<br />
ganho de mobilidade articular e capacidade de marcha. O<br />
tratamento da dor é o objetivo principal.<br />
A Artrose primária é a principal causa para o<br />
procedimento de Artroplastia do Quadril mas outras<br />
patologias podem evoluir para isso, como a osteonecrose da<br />
cabeça femoral, artrites inflamatórias, sequela de fraturas<br />
do acetábulo e do colo do fêmur, dentre outras patologias.<br />
As patologias do Quadril no passado eram tratadas<br />
com ressecção da articulação, chamada de cirurgia de<br />
Girdlestone, ou eliminando o movimento doloroso da<br />
articulação, através de uma cirurgia chamada artrodese, o<br />
que tirava a mobilidade do quadril. A medicina precisava<br />
de alguma coisa interposta na região do quadril que<br />
desempenhasse a mobilidade articular indolor, mas<br />
principalmente, com durabilidade. Nos dias atuais temos<br />
basicamente 5 tipos de procedimentos de Artroplastia. As<br />
Artroplastias Parciais do Quadril, as Artroplastias Totais<br />
que podem ser as cimentadas, híbridas e as não cimentadas,<br />
além da Artroplastia de Recapeamento ou Ressurface.<br />
Considero as Artroplastias de Revisão um item específico<br />
devido a sua alta complexidade.<br />
Na Artroplastia parcial somente o implante femoral<br />
é colocado, mantendo o rolamento com a cartilagem<br />
acetabular do paciente. Ela é composta de um componente<br />
femoral, liso e polido, para técnica de cimentação, e uma<br />
cabeça femoral proporcional à cabeça femoral do paciente.<br />
Normalmente utilizo tal técnica em pacientes idosos, com<br />
fratura do colo do fêmur, comorbidades que determinam<br />
baixa demanda funcional. É um procedimento, de forma<br />
geral, mais rápido que a Artroplastia Total, e com menor<br />
sangramento. Em alguns casos selecionados temos utilizados<br />
implantes não<br />
cimentados no<br />
fêmur, o que tem<br />
diminuído de<br />
forma substancial<br />
o tempo cirúrgico<br />
e também os riscos<br />
inerentes à técnica de cimentação e seu efeito hipotensor.<br />
A Artroplastia Total do Quadril será dividida nas<br />
suas variantes. É composta das seguintes partes; Cup ou<br />
componente acetabular, componente femoral, cabeça<br />
femoral e o “liner” ou “insert” acetabular que pode ser de<br />
polietileno, metálico ou de cerâmica.<br />
Artroplastia<br />
Total do Quadril<br />
Cimentada<br />
Consiste na<br />
técnica onde tanto<br />
os componentes<br />
acetabular quanto<br />
o femoral são<br />
cimentados.<br />
Normalmente<br />
essa técnica fica<br />
reservada para<br />
pacientes com<br />
qualidade óssea<br />
ruim devido<br />
a osteoporose<br />
avançada.<br />
Artroplastia<br />
Total do Quadril<br />
Híbrida<br />
Consiste na técnica em que um dos componentes<br />
é cimentado, normalmente o componente femoral.<br />
Reservamos essa técnica para pacientes que apresentam
NOSSOS PASSOS<br />
qualidade óssea<br />
ruim no fêmur,<br />
definido como<br />
um fêmur<br />
cilíndrico, o que<br />
pode ser avaliado<br />
através de índices<br />
específicos. É<br />
importante deixar<br />
claro que a idade<br />
não define os tipos<br />
de implantes que<br />
serão utilizados,<br />
mas sim as<br />
características<br />
clínicas e<br />
radiográficas dos<br />
pacientes.<br />
Artroplastia<br />
Total do Quadril<br />
Não Cimentada<br />
Consiste na técnica onde os dois componentes<br />
principais, isto é, fêmur e acetábulo não recebem cimento<br />
na sua realização. A colocação é feita por impacção ou<br />
¨press fit¨ e estes implantes são revestidos de superfícies<br />
osteoindutoras, como a hidroxiapatita por exemplo. Tanto<br />
o componente femoral quanto acetabular são preparados<br />
através de raspas e quando consigo a ¨pega ¨da raspa fica<br />
assim selecionado o número do implante a ser utilizado.<br />
O componente acetabular pode receber ou não parafusos<br />
adicionais visando aumentar a estabilidade primária.<br />
Opto por esta técnica para todos os pacientes com<br />
qualidade óssea adequada para recebê-la, independente da<br />
idade, juntamente com a técnica minimamente invasiva<br />
com pequenas incisões, pequeno trauma muscular,<br />
permitindo reabilitação precoce. O procedimento dura em<br />
torno de 1 hora de tempo cirúrgico.<br />
A s<br />
superfícies<br />
de rolamento<br />
podem ser :<br />
metal-polietileno<br />
crosslinked,<br />
cerâmicapolietileno<br />
crosslinked,<br />
cerâmicacerâmica<br />
e metalmetal.<br />
Cada um<br />
desses pares<br />
tem seus prós<br />
e contras mas<br />
normalmente<br />
utilizo em meus<br />
pacientes os três<br />
primeiros. Não<br />
tenho utilizado<br />
superfícies<br />
metal-metal em<br />
meus pacientes.<br />
Normalmente a reabilitação começa no mesmo dia da<br />
cirurgia , com exercícos de contração ativa da panturrilha<br />
e coxa. E se possível já coloco em trabalho conjunto com a<br />
equipe de fisioterapia os pacientes sentados. O dia seguinte<br />
é bastante ativo, com<br />
quase a totalidade<br />
dos pacientes já<br />
caminhando com<br />
auxílio de muletas<br />
ou andador e o<br />
mais importante,<br />
livre daquela dor<br />
restritiva. A queixa<br />
normalmente é de<br />
incômodo muscular<br />
de reorganização<br />
biomecânica da<br />
musculatura<br />
que auxilia a<br />
marcha. Também<br />
são orientados<br />
mecanismos de<br />
como sentar,<br />
levantar, virar de<br />
lado e utilizar a<br />
cadeira higiênica.<br />
Todos os pacientes recebem uma cartilha com essas<br />
orientações visando melhorar a performance e o trabalho<br />
com o fisioterapeuta.<br />
Os defensores da técnica cimentada relatam que<br />
os pacientes podem caminhar no dia seguinte colocando<br />
carga no membro operado. Com os melhores desenhos dos<br />
implantes e a melhora na técnica tenho permitido quase<br />
a totalidade dos<br />
pacientes pisar<br />
também no dia<br />
seguinte mesmo<br />
com prótese não<br />
cimentada.<br />
P o r<br />
último temos as<br />
Artroplastias de<br />
Recapeamento ou<br />
Recobrimento ou<br />
Ressurface. Essa<br />
técnica consiste no<br />
recobrimento da<br />
cabeça femoral através da fresagem e retirada da cartilagem<br />
que a recobre, não realizando a osteotomia do colo femoral<br />
e preparo do canal femoral. Tem como pontos positivos a<br />
preservação de estoque ósseo do fêmur proximal, baixo<br />
coeficiente de atrito<br />
e arco de movimento<br />
maior visto que o<br />
tamanho da cabeça<br />
femoral é maior<br />
que nas próteses<br />
convencionais,<br />
tendo sido colocada<br />
no mercado como<br />
uma solução para<br />
os pacientes jovens<br />
e ativos. Existem<br />
contra indicações<br />
específicas para<br />
esse procedimento,<br />
dentre eles grandes<br />
cistos na cabeça<br />
femoral, pacientes<br />
do sexo feminino em<br />
idade fértil e riscos<br />
21
22 AGOSTO / 18<br />
de fratura do colo femoral.<br />
No entanto o seguimento desses pacientes,<br />
principalmente na Europa e EUA demonstraram riscos<br />
significativos relacionados à elevação de íons metálicos<br />
na corrente sanguínea e urina, podendo ter relação com<br />
o aparecimento de tumores, além das reações locais aos<br />
debris de metais que causam impregnação nos tecidos<br />
ao redor dos implantes descritas como pseudotumor ou<br />
ALVAL ( Lesão asséptica linfocitária associada à vasculite),<br />
o que fez cair em desuso ou somente para casos muito<br />
restritos.<br />
Habitualmente o tempo de internação é de 2-3 dias.<br />
No processo de retorno ao domicílio sugiro que seja de<br />
ambulância, os pacientes relatam ser mais confortável que<br />
ir de carro e também minimizo os riscos, principalmente<br />
luxação.<br />
A reabilitação<br />
continua no<br />
a m b i e n t e<br />
domiciliar. O<br />
retorno ao<br />
trabalho depende<br />
da atividade do<br />
pacientes, onde<br />
alguns pacientes<br />
retornam com<br />
30 dias de pós<br />
operatório mas<br />
acredito que 2 a 3<br />
meses seja o prazo<br />
ideal. Libero para<br />
dirigir, assim como<br />
natação/bicicleta<br />
ergométrica e<br />
musculação a partir de 3 meses.<br />
Apesar dos grandes benefícios deste procedimento,<br />
como melhora da dor, ganho de arco de movimento,<br />
melhora do padrão de marcha, esse procedimento<br />
também tem seus riscos como em qualquer procedimento<br />
cirúrgico. Os mais descritos estão relacionados trombose<br />
venosa, luxação do componente femoral, infecção, lesão<br />
neurológica e desgaste da cabeça pelo uso.<br />
O importante é que esses riscos são de baixa<br />
incidência e em todos eles pode-se agir visando minimizálos.<br />
Na profilaxia da trombose venosa inicio o processo<br />
de reabilitação precocemente, principalmente com a<br />
mobilização ativa e passiva das panturrilhas, além disso<br />
inicio a profilaxia com anticoagulante subcutâneo durante<br />
a internação e mantido no pós operatório via oral ou via<br />
subcutânea por 30 dias. Visando diminuir a zero o índice<br />
de infecção, somente realizo o procedimento em hospitais<br />
que possuam comissão de infecção hospitalar (CCIH), com<br />
antibioticoterapia profilática iniciada na indução anestésica<br />
e mantida por 24 horas, além de protocolos de circulação<br />
de pessoas dentro da sala de cirurgia, tempo cirúrgico na<br />
artroplastia primária inferior à 1 hora, menor trauma de<br />
partes moles durante o procedimento, pois é importante<br />
que todos saibam como é penoso tanto para o paciente/<br />
família como também para a equipe médica o tratamento<br />
das artroplastias infectadas.<br />
A prevenção da luxação ou deslocamento está<br />
atrelado aos vários aspectos que vão desde entendimento<br />
do paciente das orientações que são passadas tanto<br />
pela equipe médica, nas consultas pré operatórias e do<br />
protocolo, quanto pelos fisioterapeutas. Nos casos de<br />
luxação reicidivante, quando não visualizada alteração<br />
de posicionamento dos componentes, somente podese<br />
atribuir a distúrbios cognitivos de entendimento do<br />
procedimento realizado ou disfunção do glúteo médio,<br />
onde uso a opção da polietileno constrito visando corrigir<br />
essa complicação, mas restringindo um pouco o arco de<br />
movimento e a durabilidade dos componentes.<br />
A lesão neurológica também está descrita nas<br />
complicações, e quando ocorre é mais comum nas<br />
artroplastias de Revisão de Quadril e nos pacientes com<br />
Quadril rígido ou Displasia do desenvolvimento do Quadril<br />
ou em pacientes obesos ou com grande coxim gorduroso na<br />
região do quadril.<br />
Outra complicação muitas vezes esquecida é o<br />
desgaste da prótese. Pacientes mais jovens e ativos<br />
normalmente apresentam desgaste maior e é por isso que<br />
os estudos dos pares de rolamento não cessam, visando<br />
encontrar o ideal que seria a superfície que não apresente<br />
desgaste.<br />
Infelizmente, ainda não vivemos essa realidade e<br />
por isso, acredito que a escolha do implante e da superfície<br />
de rolamento adequada para as características de cada<br />
paciente é muito importante para o sucesso, juntamente<br />
com a escolha do profissional com treinamento técnico<br />
e experiência para a realização e durabilidade deste<br />
procedimento.<br />
>>Ígor Clare Pochmann da Silva<br />
Ortopedia e Traumatologia / Cirurgia do Quadril<br />
CRM 52.81420-2
NOSSOS PASSOS<br />
23<br />
com: Clovis<br />
Coordenador dos Ministros Extraordinários<br />
da Sagrada Comunhão<br />
NOME: Clovis Gelbcke de Mattos<br />
Natural: Natal , RN<br />
Cidade preferida: Natal , RN<br />
Comida Preferida: Arroz,Feijão,Bife<br />
Acebolado e couve a mineira<br />
Local RJ: Barra da tijuca, RJ<br />
Música: Chorinho e Samba de Raiz<br />
Filme: Star Wars<br />
Cor: Azul<br />
Praia ou Montanha: Praia<br />
Futebol: Vasco da Gama<br />
Hobby: Voley de Praia<br />
Acredita no mundo melhor? Claro!<br />
Mensagem: “Que todos tenhamos a<br />
consciência que é o amor que vence<br />
tudo. Que cada um de nós possa encher o<br />
coração de amor de DEUS e transbordálo<br />
para nossos irmãos e que tenhamos<br />
a humildade de nos reconhecer menor,<br />
pequenos e nunca melhor do que o outro.”
24<br />
AGOSTO / 18<br />
CLASSIFICADOS<br />
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NOSSOS PASSOS
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