ProjetoPack em Revista - Edição 68
Chegamos à quarta edição da ProjetoPack em Revista de 2018, e a terceira a abordar um nicho emergente de mercado, o In-Mold Label (IML). Recapitulando, anteriormente percorremos o mercado dos rótulos termoencolhíveis (Edição 66) e Stand-Up Pouches (Edição 67).
Chegamos à quarta edição da ProjetoPack em Revista de 2018, e a terceira a
abordar um nicho emergente de mercado, o In-Mold Label (IML). Recapitulando, anteriormente percorremos o mercado dos rótulos termoencolhíveis (Edição 66) e Stand-Up Pouches (Edição 67).
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TECNOLOGIA, DESIGN, GESTÃO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS, RÓTULOS E IMPRESSÃO<br />
ESPECIAL NICHOS:<br />
IN-MOLD LABEL & IN-MOLD DECORATION<br />
Leia ainda:<br />
• Tudo o que você s<strong>em</strong>pre quis saber sobre<br />
densidade (mas tinha medo de perguntar);<br />
• Cultura Organizacional;<br />
• Comexi F4 e F2, a nova geração;<br />
• Quebra de Paradigmas com FG100 ® ;<br />
• Existe marketing na indústria gráfica<br />
e na de impressão de <strong>em</strong>balagens?;<br />
• Especial sobre Gestão da Segurança<br />
e Saúde Ocupacional - SSO;<br />
• Notícias de mercado;<br />
• E muito mais!<br />
Primeira turma no Brasil certificada no G7 ® recebe treinamento<br />
da Idealliance no Etirama Technical Center - Pág. 40
A DIFERENÇA ESTA NOS DETALHES<br />
• Sist<strong>em</strong>a para troca rápida de camisa porta clichê e camisa Anilox.<br />
• Sist<strong>em</strong>a “gearless” s<strong>em</strong> engrenag<strong>em</strong> com o motor montado no eixo<br />
do cilindro central.<br />
• CNC para posicionar o grupo impressor com motores de encoder<br />
absoluto.<br />
• Estrutura do grupo impressor <strong>em</strong> chapa de aço laminado e revestida<br />
com chapa de aço inox.<br />
• Mancais de impressão c/ duplo fuso de esfera e dupla guia linear.<br />
• Ajuste de pressão progressiva.<br />
• “POWEROFFSET” – Registro de cores com ajuste de pressão nos<br />
clichês com a impressora parada.<br />
• Doctor blade com sist<strong>em</strong>a exclusivo de regulag<strong>em</strong> e revestimento<br />
antiaderente.<br />
• Lubrificação centralizada automática programada.<br />
• Controle r<strong>em</strong>oto s<strong>em</strong> cabo.<br />
• “Sist<strong>em</strong>a Ecopower” de controle da secag<strong>em</strong> entre cores para<br />
reaproveitamento da energia.<br />
• Dupla calandra de resfriamento.<br />
• Troca automática de Entrada e Saída p/ diâmetro máximo de 1 metro.<br />
• Conjunto de elevador para carga e descarga de bobinas.<br />
• Sist<strong>em</strong>a a Laser para alinhamento das bobinas.<br />
• Sist<strong>em</strong>a de troca simultânea automática com controle da <strong>em</strong>enda.<br />
• Dispositivos elétricos e eletrônicos montados <strong>em</strong> um container<br />
climatizado.<br />
• Unidade Central de água para controle da t<strong>em</strong>peratura do tambor<br />
central, motor principal e das calandras.<br />
• Sist<strong>em</strong>a de vídeo inspeção com auto registro.<br />
• Sist<strong>em</strong>a de autolimpeza totalmente automático com viscosímetro<br />
automático acoplado.<br />
• Carros para porta Doctor blade e deposito de coletores de tinta,<br />
transporte de balde tinta e transporte de camisa porta clichê e Anilox.<br />
• Mesa de prova.<br />
• Assistência técnica r<strong>em</strong>ota via internet.<br />
• Gerenciador de produção.<br />
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SUMÁRIO<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 3
EDITORIAL<br />
Aislan Baer<br />
Editor Chefe<br />
Sócio-diretor da <strong>ProjetoPack</strong> &<br />
Associados e editor da <strong>ProjetoPack</strong><br />
<strong>em</strong> <strong>Revista</strong>. Atua há mais de 15<br />
anos na área de <strong>em</strong>balagens<br />
flexíveis, rótulos e impressão,<br />
ministrando cursos, palestras e<br />
consultoria por todo o h<strong>em</strong>isfério<br />
sul. Mestre <strong>em</strong> gestão estratégica<br />
e economia <strong>em</strong>presarial pela<br />
USP, é diretor técnico adjunto da<br />
ABTG (Associação Brasileira de<br />
Tecnologia Gráfica) e especialista<br />
na implantação de normas<br />
flexográficas pela FTA - Associação<br />
Americana de Flexografia.<br />
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A <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> é<br />
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impressão de <strong>em</strong>balagens<br />
flexíveis, etiquetas e rótulos, a<br />
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do segmento no país.<br />
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Chegamos à quarta edição da <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> de 2018, e a terceira a<br />
abordar um nicho <strong>em</strong>ergente de mercado, o In-Mold Label (IML). Recapitulando,<br />
anteriormente percorr<strong>em</strong>os o mercado dos rótulos termoencolhíveis (<strong>Edição</strong><br />
66) e Stand-Up Pouches (<strong>Edição</strong> 67).<br />
Ao redigir a matéria sobre IML, confesso que tive grata surpresa: há grande<br />
potencial exploratório na tecnologia, principalmente no que se refere aos<br />
subsetores de In-Mold Decoration (IMD) e In-Mold Electronics (IME). Mal<br />
descortinou-se o espectro de aplicações e possibilidades.<br />
O conteúdo está, como de costume, bastante técnico e heterogêneo.<br />
T<strong>em</strong>os a contribuição de Andrê Gazineu (Plastimarau) sobre o controle de<br />
impressão por densitometria aplicada, que explica não apenas os conceitos<br />
el<strong>em</strong>entares associados à densidade, mas os benefícios da sua adoção como<br />
variável de controle no chão-de-fábrica.<br />
T<strong>em</strong>os o consultor especialista Joaquim Morais com um passo-apasso<br />
para a gestão da Saúde e Segurança Ocupacional nas indústrias,<br />
a SSO. O t<strong>em</strong>a é a continuação para os dois artigos precedentes, que<br />
abordaram a importância dos Padrões de Engenharia e as pr<strong>em</strong>issas para<br />
a Gestão da Manutenção.<br />
A Fotograv nos envia o princípio de funcionamento da sua solução<br />
patenteada, a FG100®, que t<strong>em</strong> entregue altas lineaturas s<strong>em</strong>, contudo,<br />
alteração nos padrões de entintag<strong>em</strong> dos cilindros ou camisas anilox – algo<br />
que rompe pela primeira vez o paradigma da razão mínima recomendada<br />
entre a lineatura dos clichês e dos cilindros anilox e vale a sua leitura.<br />
A consultoria AN Consulting, de Hamilton Terni Costa, faz uma provocação<br />
acerca do uso de técnicas modernas da disciplina de marketing na área gráfica<br />
e de <strong>em</strong>balagens. Estamos, de fato, fazendo bom uso do marketing na venda<br />
B2B? Ou continuamos presos à cultura tecnicista de enfocar as nossas máquinas,<br />
e não os probl<strong>em</strong>as que elas pod<strong>em</strong> vir a resolver aos nossos clientes?<br />
O filósofo-eticista e consultor <strong>em</strong> ética <strong>em</strong>presarial, Xico Assis, nos brinda<br />
com uma visão sobre o que costumamos chamar de “Cultura Organizacional”.<br />
Põe <strong>em</strong> xeque a velha tríade missão x visão x valores e suscita questionamentos<br />
mais profundos – a razão da existência, o legado que se quer deixar e os<br />
motivos de se <strong>em</strong>preender são alguns deles – como forma de se chegar<br />
naturalmente à declaração tripartite da <strong>em</strong>presa.<br />
+55 11 3258-7134<br />
revista@projetopack.com<br />
A Comexi contribuiu com a sua visão a respeito<br />
do futuro, mostrando como o seu portfólio de<br />
máquinas v<strong>em</strong> evoluindo, à luz das principais<br />
tendências da Indústria 4.0, IoT e Produção Enxuta.<br />
Estou convicto de que há matéria-prima suficiente,<br />
<strong>em</strong> termos de conhecimento, não apenas para<br />
proporcionar ao estimado leitor uma leitura rica, mas<br />
para suscitar a reflexão e o debate <strong>em</strong> uma vasta gama<br />
de t<strong>em</strong>as de interesse estratégico para<br />
a vossa <strong>em</strong>presa. Portanto, puxe uma<br />
cadeira, sente-se confortavelmente e<br />
desfrute! Até a próxima edição.<br />
Use o código QR<br />
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4 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
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Veja o que os provedores de serviços de fl exografi a ao redor do mundo já sab<strong>em</strong>…<br />
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<strong>ProjetoPack</strong> Revendedor Autorizado <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> de Soluções - Ano Kodak XI - Ed.<br />
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<strong>68</strong> - Jul/Ago<br />
Alegre (51)<br />
2018<br />
3337-7637<br />
- 5
SUMÁRIO<br />
EXPEDIENTE<br />
Editor<br />
Aislan Baer<br />
Diretor de conteúdo<br />
Prof.° Lorenzo Baer<br />
Gerente de marketing<br />
Douglas T. Pereira<br />
08 /// CAPA 26 /// ARTIGO TÉCNICO<br />
08-25 ESPECIAL NICHOS: IN-MOLD LABEL & IN-MOLD DECORATION<br />
Continuando a série de edições especiais da <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, dedicadas<br />
a mercados <strong>em</strong>ergentes nos segmentos de <strong>em</strong>balagens flexíveis,<br />
etiquetas e rótulos – apresentamos nas próximas linhas um apanhado geral<br />
de informações sobre o In-Mold Label...<br />
26-35 TUDO O QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER SOBRE DENSIDADE<br />
(MAS TINHA MEDO DE PERGUNTAR)<br />
A densidade t<strong>em</strong> sido tradicionalmente usada como o principal meio de<br />
controlar o processo de impressão..<br />
36-39 CULTURA ORGANIZACIONAL<br />
O conceito de cultura t<strong>em</strong> dois significados básicos. O primeiro, mais antigo e<br />
clássico, significa a formação do hom<strong>em</strong>, sua melhoria e seu refinamento. Os<br />
gregos antigos chamavam de paidéia...<br />
44-47 COMEXI F4 E F2, A NOVA GERAÇÃO<br />
A Comexi, <strong>em</strong>presa líder na fabricação de bens de capital para a indústria<br />
de impressão e conversão de <strong>em</strong>balagens flexíveis manteve a visão de seu<br />
fundador: o compromisso permanente com a inovação...<br />
48-53 QUEBRA DE PARADIGMAS COM FG100 ®<br />
Todos nós que dedicamos anos de nossas vidas ao mundo das artes gráficas,<br />
mais especificamente ao mundo da flexografia, aprend<strong>em</strong>os algumas<br />
verdades que reg<strong>em</strong> o bom senso técnico e que nos permitiram por anos...<br />
54-57 EXISTE MARKETING NA INDÚSTRIA GRÁFICA E NA DE<br />
IMPRESSÃO DE EMBALAGENS?<br />
Em nossas aulas de marketing industrial no curso de Pós Graduação do Senai<br />
Theobaldo De Nigris, fazíamos essa pergunta aos alunos e, com frequência,<br />
as respostas versavam sobre folhetos de apresentação e sites...<br />
58-62 ESPECIAL SOBRE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE<br />
OCUPACIONAL - SSO<br />
Pod<strong>em</strong>os dizer que a Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) é o sist<strong>em</strong>a<br />
mais complexo para estruturação de uma gestão, por duas razões principais...<br />
Gerentes de contas<br />
Caio D<strong>em</strong>are<br />
Deise Moraes<br />
Roberto L<strong>em</strong>es<br />
Marcelo Santos<br />
Projeto Gráfico<br />
e gestão de mídias sociais<br />
Agência Convertty<br />
Revisão dos textos<br />
Ricardo Teodoro Alves<br />
Comitê editorial<br />
Andrê Gazineu<br />
André Kenji<br />
Prof.° Antônio Cabral<br />
Prof.° Bruno Cialone<br />
Débora Higino Sodré<br />
Eudes Scarpeta<br />
Francisco dos Santos<br />
Joaquim Morais<br />
Liliana Rubio<br />
Prof.° Lincoln Seragini<br />
Marco Marcelino<br />
Nestor Pires Filho<br />
Rafael Melo Pedreira<br />
Wagner Delarovera<br />
Wilson Paduan<br />
Wilson Ramos Júnior<br />
Contratos de publicidade e assinaturas<br />
Para assinar ou adquirir edições<br />
anteriores e para participar como<br />
patrocinador da publicação, contate-nos:<br />
E-mail: revista@projetopack.com<br />
Fone: (11) 3258-7134<br />
Não é permitida a reprodução total<br />
ou parcial de textos ou matérias<br />
publicadas s<strong>em</strong> a prévia autorização da<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>. Para análise e<br />
autorização da reprodução, contatar a<br />
publicação por e-mail <strong>em</strong> atendimento@<br />
projetopack.com. Todos os artigos<br />
são assinados por seus autores e não<br />
reflet<strong>em</strong> necessariamente a opinião<br />
desta revista.<br />
6 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
SUMÁRIO<br />
A vantag<strong>em</strong> competitiva das lâminas LUTZ é uma soma de muitos detalhes.<br />
O objetivo é o sucesso do seu negócio, desde a primeira até a milionésima lâmina.<br />
Fitas Adesivas<br />
(Impressão & Auxiliares)<br />
Lâminas raspadoras<br />
Estiletes<br />
Microscópio Lumagny<br />
e mini-microscópio Led<br />
Chip-Fix<br />
Fita de borda<br />
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Escovas para limpeza<br />
de anilox e clichês<br />
Ceram Clean ll<br />
e CeramClean Solv-It<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 7
ARTIGO DE CAPA<br />
ESPECIAL NICHOS<br />
IN-MOLD LABEL &<br />
IN-MOLD DECORATION<br />
“É fato que a maioria dos<br />
convertedores globais<br />
de rótulos já produz<strong>em</strong><br />
ou estão, ao menos,<br />
mirando neste nicho”<br />
Continuando a série<br />
de edições especiais<br />
da <strong>ProjetoPack</strong><br />
<strong>em</strong> <strong>Revista</strong>, dedicadas<br />
a mercados <strong>em</strong>ergentes<br />
nos segmentos de <strong>em</strong>balagens<br />
flexíveis, etiquetas<br />
e rótulos – apresentamos<br />
nas próximas linhas um<br />
apanhado geral de informações<br />
sobre o In-Mold<br />
Label, um processo de decoração<br />
alternativo que<br />
recebe este nome <strong>em</strong> função<br />
do rótulo pré-impresso<br />
ser posicionado “dentro<br />
da cavidade do molde” antes<br />
do processo de transformação<br />
termoplástica,<br />
que pode ser o sopro, injeção<br />
ou termoformag<strong>em</strong>.<br />
8 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO DE CAPA<br />
Aislan Baer<br />
Editor Chefe<br />
Sócio-diretor da <strong>ProjetoPack</strong> & Associados e editor da <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong>. Atua há mais de 15 anos<br />
na área de <strong>em</strong>balagens flexíveis, rótulos e impressão, ministrando cursos, palestras e consultoria por<br />
todo o h<strong>em</strong>isfério sul. Mestre <strong>em</strong> gestão estratégica e economia <strong>em</strong>presarial pela USP, é diretor técnico<br />
adjunto da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e especialista na implantação de normas<br />
flexográficas pela FTA - Associação Americana de Flexografia.<br />
O que é IML<br />
Embora ainda pouco explorado<br />
no Brasil, o IML – sigla para In-Mold<br />
Label (algumas vezes grafado também<br />
como In-Mould Label), é um<br />
dos processos de decoração de<br />
<strong>em</strong>balagens e peças rígidas (neste<br />
último caso, chamado comumente<br />
de In-Mold Decoration) que mais<br />
t<strong>em</strong> crescido <strong>em</strong> todo o mundo,<br />
somente atrás dos rótulos termoencolhíveis,<br />
os sleeves.<br />
Pesquisas de mercado conduzidas<br />
por especialistas da<br />
Smithers Pira, AWA e Markets&Markets<br />
projetam que este nicho<br />
alçará uma receita anual de<br />
vendas até 2020 na ord<strong>em</strong> de<br />
USD 3,23 bilhões <strong>em</strong> todo o mundo.<br />
Em 2015, o resultado estimado<br />
foi de USD 2,58 bilhões (um CAGR<br />
de 4,54%). Parte deste avanço é<br />
explicado por um crescente desenvolvimento<br />
tecnológico dos<br />
equipamentos e dos insumos correlatos<br />
e, possivelmente, da comoditização<br />
do setor de rótulos<br />
autoadesivos convencionais.<br />
É fato que a maioria dos grandes<br />
convertedores globais de rótulos e<br />
etiquetas já produz<strong>em</strong> ou estão, ao<br />
menos, mirando neste nicho. CCL<br />
Industries, All4Labels, MCC, Inland<br />
e tantos outros gigantes, além dos<br />
altamente especializados <strong>em</strong> IML.<br />
Em 2017, a líder mundial na produção<br />
de IML – a holandesa Vestraete<br />
– foi adquirida pela norte-americana<br />
MCC (Multi-Color Corporation)<br />
por aproximadamente 1,3 bilhões<br />
de dólares. Desde então, uma série<br />
de outras companhias de decoração<br />
e automação IML têm<br />
sido incorporadas pelas líderes. A<br />
última delas, a líder de orig<strong>em</strong> turca<br />
Korsini-SAF, foi integralmente<br />
incorporada <strong>em</strong> maio deste ano à<br />
CCL Industries, sócia desde 2015<br />
na joint-venture CCL-Korsini (talvez<br />
não seja coincidência a aquisição<br />
recente da Treofan Americas por<br />
USD 255 milhões, também pela<br />
CCL Industries. A Treofan é líder <strong>em</strong><br />
tecnologia na produção de filmes<br />
para IML e IMD, dentre outras tantas<br />
especialidades).<br />
No Brasil, um dos pioneiros e<br />
expoente no desenvolvimento de<br />
soluções IML é a Gráfica Rami, se-<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 9
ARTIGO DE CAPA<br />
“O nicho de IML<br />
representa hoje<br />
algo como 2% a<br />
3% do mercado<br />
mundial de rótulos<br />
impressos”<br />
diada <strong>em</strong> Jundiaí, São Paulo. Outro<br />
nome m<strong>em</strong>orável é a paulista Pavão<br />
(Pavão Indústria e Comércio),<br />
prestadora de serviços de rotulag<strong>em</strong><br />
IML há mais de trinta anos.<br />
A Procter & Gamble e a Owens-<br />
-Illinois Packaging (agora parte da<br />
Graham Packaging) produziram o<br />
primeiro projeto de IML que se t<strong>em</strong><br />
notícia, <strong>em</strong> meados dos anos 70,<br />
<strong>em</strong> garrafas de PEAD.<br />
Particularmente, acreditamos<br />
que o aumento da preocupação<br />
dos donos das marcas com a falsificação<br />
de seus produtos também<br />
seja um vetor importante na busca<br />
por soluções de rotulag<strong>em</strong> mais<br />
indeléveis e perenes como o IML.<br />
Outro ponto não menos importante<br />
é o de que este é o nicho de rótulos<br />
e etiquetas mais próximo <strong>em</strong><br />
termos de processos gráficos e de<br />
acabamento da área de impressão<br />
offset plana – um segmento declinante<br />
e ávido por diversificação.<br />
Mesmo que haja certa divergência<br />
nas cifras, é senso comum<br />
que o mercado de IML represente<br />
hoje algo entre 2% a 3%<br />
do mercado de rótulos impressos<br />
mundial, sendo a tecnologia<br />
por injeção, responsável por<br />
quase 70% deste volume.<br />
O molde de metal possui a forma<br />
do produto final (por ex<strong>em</strong>plo,<br />
um pote de margarina). Em seu<br />
interior, é posicionado um rótulo<br />
impresso (geralmente de polipro-<br />
10 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO DE CAPA<br />
pileno ou simplesmente PP) e, só<br />
então, a resina termoplástica derretida<br />
é despejada / insuflada e,<br />
enquanto resfria, assume a forma<br />
do molde e funde-se ao rótulo<br />
impresso, fazendo com que a <strong>em</strong>balag<strong>em</strong><br />
ou peça rígida e o rótulo<br />
torn<strong>em</strong>-se algo único, transmitindo<br />
inclusive a sensação de “no-label-look”<br />
(“não aparentar rótulo”,<br />
mas sim uma decoração direta<br />
sobre o recipiente).<br />
O rótulo IML pode ser obtido<br />
por, basicamente, três processos:<br />
1) Injeção;<br />
2) Sopro;<br />
3) Termoformag<strong>em</strong>.<br />
No Brasil, com raras exceções,<br />
predominam as soluções<br />
para injeção, mais consolidadas<br />
<strong>em</strong> nosso país. Os princípios básicos<br />
da rotulag<strong>em</strong>, contudo, são<br />
muito similares.<br />
Vantagens da decoração IML<br />
A solução IML oferece uma série<br />
de vantagens a saber:<br />
• Máxima qualidade de impressão:<br />
o filme para IML permite<br />
a impressão <strong>em</strong> diversos<br />
processos de reprodução<br />
gráfica, dentre os quais a flexografia<br />
e a offset. Portanto,<br />
é possível se obter imagens<br />
com qualidade fotográfica,<br />
valorizando o produto. Além<br />
do mais, ambas as faces do<br />
recipiente pod<strong>em</strong> ser decoradas<br />
com apenas um rótulo;<br />
• Resistente e higiênico: rótulos<br />
IML resist<strong>em</strong> a umidade e grandes<br />
variações de t<strong>em</strong>peratura:<br />
não é à toa que são considerados<br />
excelentes <strong>em</strong> aplicações<br />
tais como potes de sorvetes e<br />
outros produtos congelados ou<br />
refrigerados. Também são resistentes<br />
ao risco (scratch), não<br />
quebram e não estão suscetíveis<br />
às dobras ou vincos;<br />
• T<strong>em</strong>pos de produção curtos e<br />
custos de produção reduzidos:<br />
durante o processo de manufatura<br />
do IML, tanto a produção do<br />
frasco ou peça quanto a rotulag<strong>em</strong><br />
são realizadas <strong>em</strong> uma só<br />
etapa. Não há necessidade, portanto,<br />
de se armazenar e transportar<br />
os frascos ou peças para<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 11
ARTIGO DE CAPA<br />
“Os rótulos IML são fornecidos já <strong>em</strong><br />
seu formato final”<br />
uma etapa posterior de rotulag<strong>em</strong>,<br />
o que implica num significativo<br />
corte de custos. Há, no entanto,<br />
alguma contradição neste<br />
tópico, uma vez que, por outro<br />
lado, é preciso manter um estoque<br />
mínimo de peças decoradas<br />
para cada variante do produto,<br />
d<strong>em</strong>andando também custos de<br />
armazenag<strong>em</strong> (de um material<br />
cuja perda é mais onerosa);<br />
• Sustentabilidade: tanto o frasco<br />
quanto o rótulo consist<strong>em</strong><br />
<strong>em</strong> uma só peça e pod<strong>em</strong> ser<br />
totalmente reciclados. A inexistência<br />
do adesivo (presente<br />
no rótulo autoadesivo tradicional)<br />
e traços de silicone como<br />
agentes contaminantes tornam<br />
o produto mais simples de ser<br />
reciclado, desde que tanto o<br />
filme plástico escolhido como<br />
suporte de impressão, quanto<br />
a resina termoplástica definida<br />
para o processo de manufatura<br />
do frasco sejam compatíveis.<br />
Esse é, inclusive, um dos motivos<br />
pelo qual os filmes mais<br />
usados para impressão desse<br />
tipo de rótulo são aqueles feitos<br />
com poliolefinas;<br />
• Ampla gama de efeitos visuais<br />
e tácteis: a mesma <strong>em</strong>balag<strong>em</strong><br />
plástica pode ser decorada<br />
por um vasto range de<br />
materiais, tintas e vernizes. Isso<br />
possibilita uma boa diferenciação<br />
e apelo de venda na prateleira<br />
dos supermercados;<br />
• Rápida mudança no design:<br />
praticamente não há perda de<br />
produção no start-up de um<br />
novo design. Mudar o design do<br />
rótulo é um simples processo<br />
de abastecimento dos novos<br />
rótulos no magazine.<br />
Como funciona o processo<br />
A primeira grande diferença <strong>em</strong><br />
relação aos rótulos autoadesivos<br />
tradicionais é o de que os rótulos<br />
IML são fornecidos já no formato final,<br />
alimentados <strong>em</strong> pilhas acomodadas<br />
num compartimento muito<br />
parecido com uma gaveta – o magazine<br />
– que será ulteriormente<br />
12 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO DE CAPA<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 13
ARTIGO DE CAPA<br />
“A permanência do rótulo impresso na<br />
cavidade do molde dá-se por sucção<br />
ou estática”<br />
posicionado ao lado de onde ocorrerá<br />
o processo de decoração.<br />
Fornecer <strong>em</strong> unidades cortadas<br />
implica <strong>em</strong> nova competência industrial:<br />
o corte ou troquelamento<br />
de precisão.<br />
Os rótulos são aspirados no magazine,<br />
individualmente, por um<br />
braço robótico que os insere <strong>em</strong><br />
altas velocidades no interior da ca-<br />
vidade do molde (onde a peça será<br />
soprada, injetada ou termoformada).<br />
A permanência do rótulo impresso<br />
na cavidade dá-se também por sucção<br />
ou por estática. Evident<strong>em</strong>ente,<br />
cada uma das duas possibilidades<br />
t<strong>em</strong> características, vantagens e<br />
desvantagens particulares.<br />
Um dos pontos-chave do processo<br />
diz respeito à eficiência e<br />
automação das linhas IML, uma<br />
vez que a inserção dos rótulos<br />
nas cavidades do molde torna<br />
os ciclos de transformação mais<br />
lentos - o que se agrava quando<br />
se usam robôs inadequados, que<br />
pod<strong>em</strong> aumentar também as perdas<br />
por posicionamento incorreto<br />
do rótulo IML.<br />
14 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
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dos produtos, do atendimento personalizado<br />
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<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 15
ARTIGO DE CAPA<br />
“Ambientes úmidos<br />
ou expostos<br />
a condições<br />
adversas são um<br />
campo fértil à<br />
adoção do IML”<br />
Aplicações do IML<br />
Da miríade de características<br />
positivas da solução IML, a resistência<br />
do rótulo <strong>em</strong> condições adversas<br />
de umidade e t<strong>em</strong>peratura<br />
faz<strong>em</strong> desta solução uma opção<br />
bastante recomendada para <strong>em</strong>balagens<br />
que transitam pela cadeia<br />
do frio. Dentre estas, principalmente<br />
as sobr<strong>em</strong>esas individuais e<br />
geladas tais como sorvetes, bolos,<br />
mousses e tortas.<br />
A b<strong>em</strong> da verdade, todo ambiente<br />
crítico para uso da <strong>em</strong>balag<strong>em</strong><br />
rotulada é um campo fértil<br />
para o IML. Detergentes, amaciantes<br />
e outros produtos para limpeza<br />
de roupas e cuidados com o lar<br />
(household) são geralmente armazenados<br />
e usados <strong>em</strong> locais bastante<br />
úmidos e contaminados pelos<br />
próprios produtos (<strong>em</strong> inglês,<br />
utiliza-se o termo “under-the-sink<br />
products”, produtos para armazenar<br />
<strong>em</strong>baixo da pia), muitas vezes<br />
quimicamente agressivos para<br />
um rótulo autoadesivo comum.<br />
O mesmo é válido para <strong>em</strong>balagens<br />
de óleo lubrificante e outros<br />
produtos para a conservação dos<br />
automóveis. Estes são alguns dos<br />
outros mercados que mais adotam<br />
soluções IML hoje <strong>em</strong> dia.<br />
Como benefício adicional da<br />
adoção desse tipo de rótulo pode-se<br />
mencionar a estratégia de<br />
algumas marcas de aplicar nele - e<br />
não na <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> - a barreira de<br />
proteção necessária para a preservação<br />
do produto.<br />
O processo de IML por Injeção<br />
O mais popular processo de IML<br />
se baseia na injeção sob pressão<br />
de material plástico derretido <strong>em</strong><br />
um molde. Com o resfriamento da<br />
16 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
M1<br />
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<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 17
ARTIGO DE CAPA<br />
massa quente, retira-se uma peça<br />
ou recipiente na forma do molde<br />
– e durante o processo de solidificação,<br />
o rótulo é aplicado e funde-<br />
-se à estrutura. A cadeia produtiva<br />
é ampla e sofisticada, envolvendo:<br />
• O fabricante da máquina de injeção;<br />
• O parceiro de automação do IML;<br />
• O fabricante do molde;<br />
• O fornecedor da resina;<br />
• O especialista <strong>em</strong> decoração IML,<br />
geralmente o convertedor.<br />
O processo de IML por Sopro<br />
O sopro é uma técnica <strong>em</strong>pregada<br />
na produção de recipientes<br />
ou partes ocas. A resina fundida é<br />
soprada quente para a cavidade<br />
do molde e, ao resfriar-se e solidificar-se,<br />
o rótulo funde-se à sua<br />
estrutura. A cadeia é basicamente<br />
a mesma do processo por injeção.<br />
O processo de IML por<br />
Termoformag<strong>em</strong><br />
Esta técnica consiste na produção<br />
de uma <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> plástica<br />
rígida, mediante o aquecimento<br />
de uma chapa que, conformando-<br />
-se a um molde sob pressão, adquire<br />
o seu formato. Geralmente,<br />
o processo é adotado na fabricação<br />
de <strong>em</strong>balagens com barreira.<br />
Nestes casos, camadas múltiplas<br />
são transformadas <strong>em</strong> barreira a<br />
luz e oxigênio.<br />
Os substratos para IML<br />
No surgimento do IML, papéis<br />
revestidos com um verniz termosselante<br />
eram utilizados. Com o<br />
calor, o verniz fundia-se integralmente<br />
ao plástico do recipiente ou<br />
peça. Mais recent<strong>em</strong>ente, com o<br />
propósito de reciclag<strong>em</strong> e melhora<br />
da performance, papéis sintéticos<br />
tornaram-se a referência no<br />
caso de produtos para cuidados<br />
com o lar, enquanto que filmes de<br />
polipropileno orientado t<strong>em</strong> sido<br />
direcionados a aplicações mais<br />
nobres. Todos os materiais para<br />
IML, no entanto, requer<strong>em</strong> uma<br />
excelente planicidade, para que<br />
se possa alimentar os magazines<br />
com precisão.<br />
18 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO DE CAPA<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 19
ARTIGO DE CAPA<br />
“Uma nova área que começa a<br />
despontar é a IME, In-Mold Electronics”<br />
Inovações <strong>em</strong> IML<br />
Os convertedores têm buscado<br />
novas formas de criar valor no mercado<br />
de IML. Grande parte destes<br />
desenvolvimentos focam-se <strong>em</strong><br />
atributos visuais:<br />
• Rótulos IML metalizados (além<br />
de chamar a atenção, diminui<br />
o “estranhamento” do dono da<br />
marca ao trocar uma lata de metal<br />
por um recipiente plástico);<br />
• Rótulos IML impressos frente e<br />
verso, potencializam uma série<br />
de ações promocionais, tais<br />
como convidar o consumidor a<br />
acessar o site da <strong>em</strong>presa, consumir<br />
um outro produto (cross-<br />
-selling), apresentar uma receita<br />
ou instruções para dosag<strong>em</strong>,<br />
inscrever-se numa promoção e<br />
muito mais;<br />
• Rótulos “peelable” (descascáveis),<br />
possibilitam ao consumidor<br />
reutilizar o recipiente ou<br />
mesmo verificar informações na<br />
parte interna do rótulo, no caso<br />
de impressão frente e verso;<br />
• Rótulos IML com super brilho<br />
ou foscos;<br />
• Rótulos IML impressos <strong>em</strong> inkjet,<br />
para mock-ups ou promoções.<br />
Há ainda, como já citamos anteriormente,<br />
a adoção de filmes coextrudados<br />
para prover barreira ao<br />
produto <strong>em</strong>balado, uma área que<br />
t<strong>em</strong> crescido e diversificado bastante<br />
nos últimos anos.<br />
Uma nova área que começa a<br />
despontar e que mescla os conhecimentos<br />
e o processo IML / IMD<br />
com a engenharia eletrônica é a<br />
IME, In-Mold Electronics ou “Plastronics”.<br />
Como ex<strong>em</strong>plo, a gigante<br />
norte-americana de decoração<br />
In-Mold, a Advanced Decorative<br />
Syst<strong>em</strong>s (ADS) e a também norte-<br />
-americana J.W. Speaker, produtora<br />
de soluções de iluminação automotiva<br />
uniram-se para sanar um antigo<br />
probl<strong>em</strong>a: o dos faróis<br />
LED, que não geram<br />
energia calorífica<br />
suficiente para<br />
descongelar<strong>em</strong><br />
no inverno. A<br />
solução foi a<br />
impressão de<br />
um el<strong>em</strong>ento<br />
condutor de<br />
calor no processo<br />
de injeção dos<br />
faróis – uma “decoração<br />
funcional” sofisticada,<br />
20 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO DE CAPA<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 21
ARTIGO DE CAPA<br />
“Um novo<br />
processo híbrido<br />
mescla o In-Mold<br />
Label com o<br />
Vacuum Forming”<br />
uma vez que há conectores eletrônicos<br />
ao revestimento que permit<strong>em</strong><br />
ao usuário acionar a função “degelo”.<br />
Um processo híbrido chamado<br />
“Simulforming”, ainda s<strong>em</strong> tradução<br />
para o português, mescla os<br />
processos de In-Mold Decoration e<br />
Vacuum Forming. Nesta variante, o<br />
rótulo é formado a vácuo dentro da<br />
cavidade, antes da injeção. O grande<br />
benefício desta combinação é a<br />
decoração de formas complexas e<br />
com ocos profundos, tais como os<br />
painéis automotivos plenos de reentrâncias<br />
– aplicação atualmente<br />
dominada pela impressão hidrográfica<br />
(que <strong>em</strong>prega películas<br />
impressas de filmes hidrossolúveis<br />
como PVOH).<br />
A última inovação que gostaríamos<br />
de destacar não é tão nova<br />
assim, mas configura indubitavelmente<br />
<strong>em</strong> tendência no universo<br />
IML: o encarte no rótulo de uma ferramenta<br />
ou dispositivo, destacável<br />
para o consumidor. Pote de sorvete<br />
com a colher inserida no rótulo é o<br />
mais corriqueiro ex<strong>em</strong>plo das chamadas<br />
soluções All-In-One (tudo<br />
numa coisa só), que facilitam a vida<br />
do usuário final do produto.<br />
As máquinas para IML<br />
O grupo austríaco Wittmann<br />
Battenfield e a al<strong>em</strong>ã Schober são<br />
algumas das tantas opções, <strong>em</strong><br />
meio a profusão de máquinas asiáticas,<br />
vindas majoritariamente de<br />
Taiwan, China e Coréia do Sul. A tecnologia<br />
muda <strong>em</strong> função do número<br />
de cavidades do molde, t<strong>em</strong>po<br />
de ciclo (produtividade), consumo<br />
de energia, flexibilidade na troca do<br />
22 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO DE CAPA<br />
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impressão.<br />
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2018 - 23
ARTIGO DE CAPA<br />
“O IML é um<br />
mercado para não<br />
se perder de vista”<br />
design, posicionamento do frame e<br />
precisão no posicionamento.<br />
Últimas palavras<br />
Já percorr<strong>em</strong>os no bimestre<br />
iniciado <strong>em</strong> março, o fantástico<br />
segmento dos rótulos termoencolhíveis.<br />
Em seguida, discorr<strong>em</strong>os<br />
sobre o vasto universo<br />
dos Stand-Up Pouches, <strong>em</strong>bora<br />
tenhamos encerrado com certo<br />
desconforto, sabendo quanto<br />
conteúdo foi descartado por falta<br />
de t<strong>em</strong>po e espaço (possivelmente,<br />
voltar<strong>em</strong>os com a continuação<br />
desta pauta, trazendo<br />
mais sobre os retort, spout e shaped<br />
pouches).<br />
Agora, fiz<strong>em</strong>os um breve apanhado<br />
sobre mais este nicho <strong>em</strong><br />
crescimento: o In-Mold Label. É<br />
evidente que esta é uma singela<br />
introdução ao assunto, e não é<br />
nosso intuito, tampouco pretensão,<br />
esgotar um t<strong>em</strong>a tão complexo<br />
<strong>em</strong> pouquíssimas páginas.<br />
O que difere o IML dos dois nichos<br />
anteriormente abordados é<br />
que, <strong>em</strong>bora ele possa estar restrito<br />
<strong>em</strong> aplicações, no que concerne<br />
ao segmento de rótulos, há<br />
um horizonte amplo e desconhecido<br />
de futuras aplicações na área<br />
de eletrônica, manufatura aditiva<br />
(na nossa opinião, é um dos processos<br />
mais versáteis para caminhar<br />
junto com a manufatura aditiva,<br />
por sinal) e outras aplicações<br />
de decoração propriamente ditas.<br />
É um mercado para não perder<br />
de vista, com toda certeza.<br />
24 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO DE CAPA<br />
A Siegwerk uma das maiores fornecedoras internacionais de tintas de impressão para aplicações e rótulos de <strong>em</strong>balagens, assinou um<br />
contrato de compra da Tupahue Tintas. Localizada <strong>em</strong> Diad<strong>em</strong>a, São Paulo, a Tupahue Tintas é uma das <strong>em</strong>presas líder no mercado<br />
brasileiro de tintas e vernizes de flexografia e rotogravura. Com essa aquisição, a Siegwerk amplia sua presença na região latino-americana e fortalece<br />
sua capacidade de atender às d<strong>em</strong>andas específicas do mercado local. Desde sua fundação, <strong>em</strong> 1989, a Tupahue Tintas t<strong>em</strong> oferecido produtos especialmente<br />
concebidos para atender às necessidades do mercado de <strong>em</strong>balagens local.<br />
"Com a aquisição da Tupahue Tintas, a família Siegwerk ganha mais uma fornecedora de tintas b<strong>em</strong> estabelecida, com produtos de alta qualidade para<br />
aplicações de <strong>em</strong>balag<strong>em</strong>", declarou Christian de Almeida, Diretor Geral da Siegwerk Brasil. "É possível ver uma crescente d<strong>em</strong>anda por aplicações<br />
personalizadas e <strong>em</strong>balagens de alta qualidade. A combinação de nosso know-how e tecnologia com os da Tupahue, agregará muito valor à nossa oferta no<br />
mercado." O portfólio da Tupahue Tintas abrange tintas e vernizes de flexografia e rotogravura que são ideais para uma ampla gama de substratos, como LDPE,<br />
HDPE, BOPP, PP, poliolefina, poliéster, alumínio, filmes metalizados e outros.<br />
A oferta de aquisição feita pela Siegwerk inclui a transferência de todo o conhecimento técnico e portfólio de produtos, b<strong>em</strong> como dos equipamentos de<br />
fabricação pertencentes à sede da Tupahue, <strong>em</strong> Diad<strong>em</strong>a. As duas <strong>em</strong>presas trabalharão <strong>em</strong> estreita colaboração para garantir uma integração harmoniosa dos<br />
negócios, s<strong>em</strong> causar nenhuma interferência aos atuais clientes de ambas as <strong>em</strong>presas.<br />
"Investir <strong>em</strong> mercados <strong>em</strong>ergentes como América Latina ou Ásia é um pilar fundamental da nossa estratégia de crescimento", explica Herbert Forker, CEO da<br />
Siegwerk. "Aproximar-se dos clientes e oferecer soluções e serviços com a mesma alta qualidade <strong>em</strong> todo o mundo são alguns dos nossos objetivos<br />
estratégicos. Vamos continuar investindo principalmente <strong>em</strong> recursos que de<strong>em</strong> suporte a todos os diferentes segmentos do mercado de <strong>em</strong>balagens."<br />
Para o futuro, a Siegwerk continuará investindo <strong>em</strong> infraestruturas e no desenvolvimento local de competências. O foco é fortalecer suas posições no mercado<br />
local, para então expandir suas ofertas nos mercados de <strong>em</strong>balagens de todo o mundo. Combinando a tinta de melhor qualidade do setor, produtos com<br />
segurança apropriada, suporte e direcionamento contínuo, a Siegwerk está fazendo todos os esforços para dar suporte aos clientes <strong>em</strong> todo o mundo e, assim,<br />
atender às futuras tendências e às necessidades individuais, s<strong>em</strong>pre com soluções de ponta.<br />
As partes concordaram <strong>em</strong> não divulgar nenhum detalhe financeiro relacionados à aquisição.<br />
Sobre a Siegwerk<br />
Siegwerk, <strong>em</strong>presa há seis gerações na mesma família, é uma das maiores fabricantes internacionais de tintas de impressão e soluções individuais para<br />
<strong>em</strong>balagens, rótulos e catálogos. Há mais de 180 anos no ramo, a <strong>em</strong>presa t<strong>em</strong> sólida experiência e conhece b<strong>em</strong> os vários procedimentos de impressão.<br />
Com sua network global de fabricação e serviços, garante aos clientes produtos e serviços de alta qualidade. Seguindo a filosofia da <strong>em</strong>presa, "Ink, Heart &<br />
Soul", a Siegwerk busca uma cooperação <strong>em</strong> longo prazo com seus parceiros de negócios. Sediada <strong>em</strong> Siegburg, perto de Colônia, a Siegwerk <strong>em</strong>prega cerca<br />
de 5.000 pessoas <strong>em</strong> mais de 30 países <strong>em</strong> todo o mundo. Para obter mais informações sobre a Siegwerk, visite www.siegwerk.com<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 25
ARTIGO TÉCNICO<br />
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26 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
Andrê Gazineu<br />
Engenheiro de produção pela PUCRS com pós <strong>em</strong> gestão da produção e<br />
qualidade na IMED, mestrando <strong>em</strong> ciências mat<strong>em</strong>áticas na UPF. Passag<strong>em</strong><br />
pela Ipiranga Produtos de Petróleo, é atualmente engenheiro de produção na<br />
Plastimarau e ministra engenharia de produção na CESURG<br />
andre.gazineu@acad.pucrs.br<br />
A<br />
densidade t<strong>em</strong> sido tradicionalmente<br />
usada como<br />
o principal meio de controlar<br />
o processo de impressão.<br />
T<strong>em</strong> sido amplamente <strong>em</strong>pregada,<br />
já que correlaciona b<strong>em</strong> com<br />
a quantidade de pigmentação que<br />
é colocada no substrato, ao longo<br />
de um intervalo limitado de camadas<br />
de tinta.<br />
Além disso, é uma métrica<br />
conveniente para uso <strong>em</strong> um ambiente<br />
de produção, uma vez que<br />
fornece um resultado e uma intepretação<br />
através de uma variável<br />
unidimensional pela qual os operadores<br />
de impressão pod<strong>em</strong> avaliar<br />
se, grosseiramente, está sendo<br />
colocada muito ou pouca tinta <strong>em</strong><br />
um determinado substrato. Sendo<br />
assim, o valor mensurado é de fácil<br />
controle e ação sobre. No entanto,<br />
uma coordenada de cor, por ex<strong>em</strong>plo,<br />
na maior parte dos espaços<br />
de cor, possuirá três dimensões e<br />
toda ação visando obter a tonalidade<br />
acertada é mais complexa.<br />
Este artigo vai se concentrar na<br />
teoria da densidade. Ter a compreensão<br />
teórica desses conceitos<br />
ajudará a entender os fatores<br />
que influenciam na assertividade<br />
do impresso com o controle de<br />
processos e controle de qualidade<br />
que beneficiam as operações<br />
de impressão.<br />
A densidade, ou densidade refletora<br />
para ser mais preciso, é<br />
uma medida da porcentag<strong>em</strong> de<br />
luz refletida. Nos processos de<br />
impressão, isso geralmente significa<br />
a porcentag<strong>em</strong> de luz que é<br />
refletida do substrato e da tinta. O<br />
relacionamento é explicado pela<br />
seguinte fórmula:<br />
D = log10<br />
( 1 /R)<br />
Já a refletância é calculada<br />
como a razão entre a intensidade<br />
da luz refletida e a intensidade da<br />
fonte de luz. Isto é, o quanto de luz<br />
foi enviada do iluminante e o quanto<br />
desta luz retornou. Por outro<br />
lado, a densidade é uma função logarítmica<br />
do inverso da refletância,<br />
o que significa que, quanto menor<br />
a refletância da luz do filme de<br />
tinta, ou quanto maior a absorção,<br />
maior a densidade.<br />
O relacionamento logarítmico<br />
significa que aumentos iguais na<br />
densidade não se traduz<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
reduções de refletância iguais. Logaritmos<br />
não deveriam assustar.<br />
Basicamente, <strong>em</strong> mat<strong>em</strong>ática, é o<br />
inverso da função exponencial. O<br />
logaritmo conta a multiplicação repetida<br />
do mesmo fator.<br />
Isto significa que uma grandeza<br />
expressa <strong>em</strong> logaritmo possui uma<br />
taxa de variação que estabelece<br />
uma proporção com a outra variável<br />
mensurada. Neste caso <strong>em</strong><br />
“A densidade é<br />
uma medida do<br />
percentual de<br />
luz refletida pelo<br />
material impresso”<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 27
ARTIGO TÉCNICO<br />
“Em tese, à medida que o filme de<br />
tinta duplica, a refletância é reduzida<br />
também pela metade”<br />
A densidade é preferível à reflexão,<br />
porque aumentos iguais na<br />
densidade se correlacionam mais<br />
intimamente com a visão humana.<br />
específico, à medida que o fator<br />
de refletância diminui, a densidade<br />
aumenta a uma taxa decrescente<br />
até que a diferença entre aumentos<br />
nos valores de densidade não<br />
sejam observados.<br />
Sendo assim, é muito mais fácil<br />
sair do 0,90 de densidade do amarelo<br />
para 0,95 do que 0,95 para<br />
1,00 adicionando tinta amarela.<br />
Fisicamente, a tarefa é a mesma,<br />
mas saciar a percepção visual é o<br />
entrave nesta situação.<br />
Teoricamente, à medida que o<br />
filme de tinta duplica, a refletância<br />
é reduzida à metade, e a densidade<br />
aumenta <strong>em</strong> 0,3 pontos, devido à<br />
função logarítmica de base 10 <strong>em</strong>pregada.<br />
A implicação disso para a<br />
impressão é que, no momento <strong>em</strong><br />
que um filme de tinta reflete apenas<br />
0,9% da luz incidente (e absorve<br />
99,1%), a quantidade já significativa<br />
de filme de tinta precisa ser dobrada<br />
para aumentar ainda mais o mínimo<br />
possível a quantidade de absorção<br />
de luz, que, no entanto, seria<br />
perceptivelmente desprezível.<br />
Além disso, na prática, a densidade<br />
atinge um ponto de saturação<br />
e este limite é contestável,<br />
mas quando os valores de densidade<br />
ficam próximos de 2,0, é pouco<br />
provável identificar diferenças<br />
significativas visualmente.<br />
Falar <strong>em</strong> termos de refletância,<br />
s<strong>em</strong> considerar que o valor expresso<br />
não é referente a um único<br />
ponto, pode levar facilmente à interpretação<br />
erronea. A luz refletida<br />
de um objeto é espalhada pelo<br />
espectro visual, que é medido <strong>em</strong><br />
comprimentos de onda e varia de<br />
400 a 700 nanômetros. Se o espectro<br />
visível é refletido <strong>em</strong> sua totalidade,<br />
a cor percebida seria branca,<br />
incluindo todos os comprimentos<br />
de onda <strong>em</strong> quantidades aproximadamente<br />
iguais.<br />
Se, por outro lado, nenhuma luz<br />
é refletida, a cor percebida é preta.<br />
Em outras palavras, a luz branca<br />
contém todas as cores e nenhuma,<br />
a preta. Comprimentos de onda<br />
mais curtos, abaixo de 480 nanômetros,<br />
são mais intensos e resultam<br />
na percepção do azul. Comprimentos<br />
de onda maiores, com mais<br />
de <strong>68</strong>0 nanômetros, resultam na<br />
percepção do vermelho. Da mesma<br />
forma, perceb<strong>em</strong>os as outras<br />
28 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
cores que possu<strong>em</strong> suas próprias<br />
curvas de refletância espectral. O<br />
verde está entre 480 e 560; amarelo<br />
entre 560 e 590; laranja entre<br />
590 e 630; e púrpura adicionando<br />
luz vermelha e azul dos extr<strong>em</strong>os<br />
do espectro visível.<br />
ma forma, uma tinta ciano absorveria<br />
a parte vermelha do espectro<br />
e refletiria o verde e o azul, e uma<br />
tinta magenta absorveria a parte<br />
verde e refletiria o azul e o vermelho.<br />
O comprimento de onda que<br />
cada tinta permite que a maioria da<br />
luz seja refletida, pode ser descrito<br />
como a refletância de pico da tinta,<br />
LAVADORA DE CLICHÊ VWP<br />
RECUPERADORA DE<br />
SOLVENTE VRS<br />
VISCOSÍMETRO VS30<br />
Nos processos de impressão,<br />
os corantes e pigmentos absorv<strong>em</strong><br />
seletivamente os comprimentos<br />
de onda da luz branca e, portanto,<br />
a mistura de cores é chamada<br />
de “subtrativa”. Uma tinta amarela<br />
absorveria os comprimentos de<br />
onda azuis do espectro e permitiria<br />
o restante da luz vermelha, para<br />
ser refletida. A quantidade de absorção<br />
definiria o tom amarelado<br />
da cor percebida ou, mais precisamente,<br />
a falta de cor azul. Da meswww.viscoflex.com.br<br />
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vendas@viscoflex.com.br<br />
SISTEMA DE LIMPEZA<br />
Fone: <strong>ProjetoPack</strong> (41) 3364-7853/99500-6056<br />
<strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 29<br />
AUTOMÁTICO
ARTIGO TÉCNICO<br />
eles têm o que pod<strong>em</strong>os chamar<br />
de absorções indesejadas.<br />
Se analisarmos, a tinta ciano<br />
absorve a luz predominant<strong>em</strong>ente<br />
a 620 nanômetros (região da faixa<br />
de frequência vermelha), mas devido<br />
à impureza dos pigmentos,<br />
não subtrai perfeitamente toda o<br />
luz das outras regiões do espectro<br />
visível, permitindo que certos<br />
comprimentos de onda sejam refletidos<br />
e afet<strong>em</strong> sua aparência.<br />
Em uma analogia simples, encontrar<br />
pigmentos perfeitos é tão<br />
improvável quanto encontrar uma<br />
linha totalmente reta. Além disto,<br />
cada fornecedor possuirá uma<br />
composição distinta <strong>em</strong> suas formulações.<br />
Portanto, é importante<br />
levar <strong>em</strong> conta as absorções<br />
indesejadas dos pigmentos que<br />
compõ<strong>em</strong> as tintas, a fim de reproduzir<br />
uma imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> quadricromia,<br />
onde cada tonalidade<br />
afeta a composição.<br />
e é um fator determinante no que<br />
diz respeito à percepção de cores.<br />
A grande dificuldade de trabalhar<br />
com tintas <strong>em</strong> mescla subtrativa<br />
– e aqui vale l<strong>em</strong>brar que<br />
a adição de cores na mescla subtrativa<br />
leva ao preto – é que as tintas<br />
ciano, magenta e amarela não<br />
absorv<strong>em</strong> apenas a luz predominant<strong>em</strong>ente<br />
<strong>em</strong> uma certa faixa<br />
de comprimentos de onda, mas<br />
também absorv<strong>em</strong> menores quantidades<br />
de luz sobre as outras regiões<br />
do espectro visível. Como a<br />
natureza da realidade de cada pigmento<br />
é intrinsecamente impura,<br />
Além disso, como a espessura<br />
da camada de tinta varia, a<br />
cor muda proporcionalmente <strong>em</strong><br />
intensidade. Pelo menos essa é a<br />
teoria: quantidades iguais de material<br />
absorvente causam quantidades<br />
iguais de absorção. Contudo,<br />
nossa percepção de cor não<br />
depende apenas da refletância<br />
de pico, mas também da faixa<br />
de comprimento de onda curto<br />
do espectro. Um paralelo com a<br />
música e a física das ondas pode<br />
ser traçado aqui: todas as notas<br />
musicais possu<strong>em</strong> um “sobretom”<br />
que acompanha cada nota individual<br />
<strong>em</strong> sua frequência.<br />
30 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 31
ARTIGO TÉCNICO<br />
máxima, fornecendo informação limitada<br />
sobre a cor real da tinta.<br />
A densitometria reflexiva é,<br />
portanto, restrita na medição da<br />
quantidade de luz refletida de<br />
uma superfície.<br />
Na prática, como funciona um<br />
densitômetro?<br />
“O densitômetro bloqueia absorções<br />
indesejadas do espectro e traduz a luz<br />
refletida como tons de cinza”<br />
Se fôss<strong>em</strong>os dobrar a espessura<br />
do filme de uma tinta magenta,<br />
estaríamos, na verdade, aumentando<br />
a potência de duas partes<br />
do espectro magenta. Como os<br />
comprimentos de onda mais longos<br />
têm valores de refletância<br />
mais altos que os mais curtos, o<br />
reflexo dos comprimentos de onda<br />
mais longos e avermelhados seria<br />
muito mais forte. Como tal, a tonalidade<br />
da tinta muda, à medida que<br />
a espessura do filme varia. A tinta<br />
magenta ficaria azulada à medida<br />
que a espessura da película de tinta<br />
diminuísse.<br />
No que diz respeito à densitometria,<br />
esta informação relacionada<br />
com a cor não é captada, porque<br />
o instrumento se concentra<br />
apenas no intervalo da absorvência<br />
Os densitômetros têm uma fonte<br />
de luz que ilumina a superfície<br />
medida a 90°. A luz é refletida pela<br />
superfície <strong>em</strong> uma determinada<br />
geometria e passa por três filtros<br />
antes de ser capturada pelo sensor<br />
a 0/45° ou 45/0°. Os filtros usados<br />
são vermelho, verde e azul, que<br />
são compl<strong>em</strong>entares às cores ciano,<br />
magenta e amarelo, respectivamente.<br />
A razão pela qual um filtro<br />
compl<strong>em</strong>entar é usado, é porque<br />
cada tinta de processo absorve a<br />
luz de sua cor compl<strong>em</strong>entar s<strong>em</strong><br />
interferir significativamente com o<br />
restante do espectro.<br />
Como tal, a medição t<strong>em</strong> mais<br />
sensibilidade <strong>em</strong> pequenas variações<br />
na espessura do filme de<br />
tinta, uma vez que estas ocorr<strong>em</strong><br />
na região onde a absorção desejada<br />
para cada tinta ocorre. Desta<br />
maneira, o densitômetro bloqueia<br />
absorções indesejadas e traduz a<br />
luz refletida como tons de cinza.<br />
Observando o gráfico abaixo, pod<strong>em</strong>os<br />
ver que qualquer luz que<br />
não seja absorvida a partir do filme<br />
de tinta é refletida de volta é detectada<br />
pelo sensor do instrumento<br />
como sendo monocromática.<br />
A fim de assegurar a consistência<br />
entre diferentes dispo-<br />
32 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 33
ARTIGO TÉCNICO<br />
é o único determinante da densidade.<br />
Uma certa quantidade de<br />
tinta é absorvida no substrato, e<br />
a luz não pode alcançá-lo com<br />
eficiência suficiente para interagir<br />
com os pigmentos. Substratos<br />
não revestidos com poros<br />
maiores que a tinta pode penetrar<br />
diminu<strong>em</strong> a densidade medida,<br />
ainda que a mesma quantidade<br />
de tinta seja depositada.<br />
Além disso, o substrato t<strong>em</strong> sua<br />
própria cor, o que também afeta<br />
a percepção geral da cor.<br />
Por fim, a densitometria não<br />
pode ser usada para representar<br />
o modo como os humanos perceb<strong>em</strong><br />
a cor. A natureza logarítmica<br />
da função é uma tentativa limitada<br />
de correlacionar a percepção<br />
de leveza ou intensidade tonal.<br />
sitivos, os iluminantes usados<br />
como fontes de luz e as curvas<br />
espectrais de cada filtro foram<br />
padronizadas. A tinta preta é<br />
medida pelo filtro visual, que<br />
t<strong>em</strong> uma ampla largura de banda,<br />
pois a tinta preta não é espectralmente<br />
seletiva.<br />
Os instrumentos modernos<br />
são geralmente construídos<br />
com vários filtros que capturam<br />
todo o espectro visível e fornec<strong>em</strong><br />
uma leitura de densidade<br />
processando a soma da luz refletida<br />
sobre as curvas de refletância<br />
dos filtros vermelho, verde e azul.<br />
Isso permite que a densidade seja<br />
medida por colorimetria, usando<br />
as médias ponderadas dos valores<br />
tristimulares que simulam a<br />
maneira como os humanos vê<strong>em</strong><br />
a cor. Esse método resulta <strong>em</strong> valores<br />
ligeiramente diferentes, que,<br />
no entanto, fornec<strong>em</strong> uma correlação<br />
mais precisa com a maneira<br />
como as diferenças na espessura<br />
do filme da tinta são percebidas<br />
por um observador humano.<br />
A quantidade de tinta que é<br />
transferida para o substrato não<br />
No entanto, é muito útil para<br />
controlar o processo de impressão,<br />
porque se verificou que ele<br />
se correlaciona aproximadamente<br />
linearmente às variações na<br />
espessura do filme de tinta ao<br />
longo do intervalo de espessuras<br />
do filme de tinta dos processos<br />
de impressão.<br />
O fato de a densidade não<br />
medir a cor não limita sua aplicação<br />
para fins de controle de qualidade.<br />
O controle da densidade<br />
é extr<strong>em</strong>amente apropriado para<br />
utilização <strong>em</strong> um ambiente de<br />
produção, visto que fornece um<br />
resultado de intepretação objetiva<br />
e unidimensional para que<br />
os operadores ajam no controle<br />
do processo.<br />
34 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
Ele teria usado Apex...<br />
/// ARTIGO TÉCNICO<br />
Johannes Gutenberg - Inventor (1397 – 14<strong>68</strong>)<br />
Inventor al<strong>em</strong>ão, Johannes Gutenberg desenvolveu um método inovador de tipo móvel e utilizou-o para criar um dos primeiros<br />
grandes livros impressos do mundo ocidental, a Bíblia de Gutenberg (B-42).<br />
Fonte: Biography.com<br />
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<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 35
OPINIÃO<br />
CULTURA<br />
ORGANIZACIONAL<br />
Oconceito de cultura t<strong>em</strong><br />
dois significados básicos.<br />
O primeiro, mais antigo e<br />
clássico, significa a formação do<br />
hom<strong>em</strong>, sua melhoria e seu refinamento.<br />
Os gregos antigos chamavam<br />
de paidéia. O segundo,<br />
pod<strong>em</strong>os o definir como a rede de<br />
significados que dão sentido ao<br />
mundo que cerca um indivíduo,<br />
ou seja, a sociedade. Essa rede<br />
engloba um conjunto de diversos<br />
aspectos, como crenças, valores,<br />
costumes, leis, moral, línguas etc.<br />
Nesse significado, a cultura não é a<br />
formação do indivíduo <strong>em</strong> sua humanidade,<br />
n<strong>em</strong> <strong>em</strong> sua maturidade<br />
espiritual, mas é a formação coletiva<br />
e anônima de um grupo social,<br />
nas instituições que o defin<strong>em</strong>.<br />
A Cultura Organizacional nada<br />
mais é que o segundo significado,<br />
ou seja, sai a visão singular e<br />
entra a visão plural de cultura. É a<br />
tentativa de levar para uma organização<br />
os aspectos macros (gerais)<br />
<strong>em</strong> detrimento aos aspectos<br />
micros (individuais).<br />
Na verdade, a cultura organizacional<br />
cont<strong>em</strong>porânea tende a ser<br />
apenas normativa, criando “o que<br />
pode” e “o que não pode” <strong>em</strong> um<br />
ambiente coletivo. Cria-se a “média”<br />
do que os indivíduos acreditam:<br />
dos seus valores, dos seus<br />
costumes, das suas condutas e<br />
assim por diante. No final, fica algo<br />
como: Você comeu um frango, eu<br />
não comi nada e na média, com<strong>em</strong>os<br />
meio frango cada um.<br />
Missão e Visão é “coisa”<br />
do passado. Qual o “fio<br />
condutor” da organização?<br />
36 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
OPINIÃO<br />
Francisco Santos (Xiko Acis)<br />
Filósofo-eticista e consultor. Sócio-diretor da Aprendendo a<br />
Pensar e consultor associado da <strong>ProjetoPack</strong><br />
francisco@aprendendoapensar.com.br<br />
Na maioria das organizações<br />
mundiais, é fácil encontrar, <strong>em</strong> seu<br />
material de comunicação, <strong>em</strong> sites,<br />
folhetos, etc., a declaração da missão,<br />
visão e valores, d<strong>em</strong>onstrando<br />
para todos o seu DNA, ou seja, sua<br />
Cultura Organizacional. Essas organizações<br />
gastam uma fortuna com<br />
consultores e t<strong>em</strong>po dos colaboradores<br />
para reunir<strong>em</strong> e chegar<strong>em</strong><br />
num acordo sobre esse conteúdo.<br />
Nada contra esse esforço, mas<br />
a meu ver o resultado desse processo<br />
todo é extr<strong>em</strong>amente efêmero.<br />
Vejo isso quando falo com<br />
um colaborador e peço para ele<br />
explicar o que aquilo tudo (missão,<br />
visão e valores) quer<strong>em</strong>, no fundo,<br />
dizer para ele. Geralmente, essas<br />
pessoas se engasgam e começam<br />
com o famoso: “Veja b<strong>em</strong>...”.<br />
A gênese de uma organização<br />
está na forma e no modelo<br />
mental com que ela foi criada, ou<br />
seja, como herança ou legado.<br />
Se a organização pensa <strong>em</strong> deixar<br />
um legado, tudo flui e ela encontra<br />
sua missão, visão e valores<br />
de forma genuína e s<strong>em</strong> precisar<br />
escrever. Se ela foi criada para<br />
ser uma herança, vai precisar escrever<br />
muito sobre seu propósito<br />
até ela acreditar nisso, o que, na<br />
maioria das vezes, não acontece,<br />
e os textos ficam fora de contexto<br />
e acabam virando pretexto para<br />
atrair cada vez mais predadores<br />
<strong>em</strong> seu entorno.<br />
Quando eu tinha apenas os conceitos<br />
da administração e gestão,<br />
pensava da mesma forma que a<br />
maioria das organizações. Acreditava<br />
Nome forte <strong>em</strong> Solventes Propílicos<br />
A UNIPLASTIC é a marca referência <strong>em</strong><br />
Solventes Propílicos de alta qualidade que<br />
o mercado Flexo e Roto reconhece como:<br />
• Excelência na relação Custo/Benefício<br />
• Maior qualidade de impressão<br />
• Mais brilho<br />
• Menor viscosidade na aplicação<br />
• Maior força de laminação<br />
devido à menor retenção<br />
de solventes<br />
• Redução no custo da<br />
impressão devido à<br />
economia no consumo<br />
de tinta e solvente<br />
NPP (n-Propanol e Acetato de n-Propila)<br />
ISO 9001 - ISO 14001 - BS OHSAS 18001<br />
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contato@uniplastic.com.br - Fone: (19) 3404.3240 / (19) 98373.0134 - Rua Abelardo Pinto <strong>ProjetoPack</strong> de L<strong>em</strong>os. 2258 <strong>em</strong> - Distrito <strong>Revista</strong> Industrial - Ano São Lucas XI II -- Ed. Rod. Limeira/Cosmópolis <strong>68</strong> - Jul/Ago - Limeira/SP 2018 - 37
OPINIÃO<br />
donos e/ou acionistas responder<strong>em</strong><br />
de forma clara e objetiva para que<br />
eles exist<strong>em</strong>?<br />
Sim, para responder à pergunta da<br />
organização, é necessário responder<br />
antes à pergunta pessoal, individual e<br />
particular. A existência humana precede<br />
a existência da organização.<br />
“Uma organização s<strong>em</strong> uma causa b<strong>em</strong><br />
definida sofre de anomia que, aos poucos,<br />
erode as relações dos agentes da cadeia”<br />
que, ao estabelecermos a missão,<br />
visão e valores, a organização “achava”<br />
seu rumo e seguia prosperando<br />
e engajando pessoas de talento no<br />
seu projeto.<br />
Foi no estudo da filosofia e na forma<br />
de ver esses argumentos sobre<br />
outra ótica, que percebi que o buraco<br />
é mais profundo. Quando quer<strong>em</strong>os<br />
dar para a organização um sentido<br />
maior, estamos procurando o “Para<br />
Quê” ela existe e não o “Porquê”.<br />
É na procura da resposta dessa<br />
simples pergunta: “Para que a organização<br />
existe?” que reside a essência<br />
da mesma. A resposta para essa<br />
pergunta passa primeiro por seus<br />
Aí que mora o perigo. Para responder<br />
essa pergunta particular<br />
sobre nossa existência é necessário<br />
muita reflexão e muito desapego.<br />
Tratamos aqui da natureza<br />
humana e de suas idiossincrasias.<br />
A maioria dos donos e/ou acionistas<br />
de organizações não sab<strong>em</strong><br />
ou não quer<strong>em</strong> pensar sobre isso.<br />
Acham que é um assunto estritamente<br />
filosófico e não cabe no<br />
mundo dos negócios tal reflexão.<br />
Tenho uma certeza na vida. Quando<br />
um <strong>em</strong>presário resolve ir fundo<br />
na questão e responder para ele<br />
mesmo sobre as razões da sua<br />
existência, ele muda efetivamente<br />
sua ação no mundo.<br />
Voltando à organização, nada<br />
contra uma resposta simples como:<br />
“Minha organização existe para dar<br />
lucro”. Embora esse é o tipo de resposta<br />
de uma “organização herança”<br />
e não de uma “organização legado”,<br />
pois ela responde apenas pelo curto<br />
prazo e nada mais. Essa resposta não<br />
engaja ninguém na organização.<br />
Se não há essência viva nas relações<br />
trabalho x capital, o que fica<br />
são apenas relações convenientes<br />
por um espaço de t<strong>em</strong>po. Elas<br />
vão terminar da mesma forma que<br />
começaram, apenas pelos interesses<br />
individuais de cada um.<br />
38 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
OPINIÃO<br />
Após uma exaustiva reflexão<br />
sobre o para que as pessoas (donos<br />
e/ou acionistas) exist<strong>em</strong> e o<br />
para que a <strong>em</strong>presa realmente<br />
existe; a próxima reflexão, não menos<br />
importante, é para qu<strong>em</strong> a organização<br />
existe?<br />
Este é o momento das escolhas<br />
e renúncias, ou seja, é o momento<br />
de definir o público para o<br />
qual a organização vai criar produtos<br />
e serviços e entregá-los com<br />
competência e propósito. O “para<br />
qu<strong>em</strong>” deve definir com clareza o<br />
foco do negócio e suas relações<br />
com o público escolhido.<br />
Não dá para ser uma organização<br />
com essência e propósito<br />
b<strong>em</strong> definidos querendo atender<br />
a todos os públicos <strong>em</strong> todos os<br />
momentos. É quase impossível<br />
essa postura de querer que a essência<br />
se conecte com todos. N<strong>em</strong><br />
a Coca-Cola t<strong>em</strong> essa capacidade,<br />
por mais abrangente que sejam os<br />
seus públicos e por mais produtos<br />
que ela tenha a oferecer. S<strong>em</strong>pre<br />
haverá públicos prioritários a ser<strong>em</strong><br />
escolhidos e que tenham relação<br />
com a essência <strong>em</strong> si.<br />
Definir o “para qu<strong>em</strong>” envolve um<br />
conhecimento mais profundo do que<br />
apenas um índice de mercado. Deve-se<br />
conhecer as peculiaridades,<br />
gostos, características, perfil, desejos<br />
e tudo o mais que é necessário para<br />
poder entregar a esses públicos experiências<br />
m<strong>em</strong>oráveis e não apenas<br />
produtos e/ou serviços.<br />
Na sequência, t<strong>em</strong>os os valores<br />
da organização que dev<strong>em</strong> ser<br />
discutidos, refletidos e se transformar<strong>em</strong><br />
<strong>em</strong> dogmas a ser<strong>em</strong><br />
seguidos por todos, e não apenas<br />
pelos seus idealizadores.<br />
Os valores não são um conjunto<br />
de palavras apenas. São, na maioria<br />
das vezes, sentimentos dos colaboradores<br />
<strong>em</strong> relação à causa<br />
da organização. Uma organização<br />
s<strong>em</strong> uma causa b<strong>em</strong> definida sofre<br />
de anomia. Essa anomia destrói,<br />
ao longo da trajetória organizacional,<br />
todo o tecido que liga os<br />
agentes do holograma: acionistas,<br />
colaboradores, clientes, distribuidores,<br />
fornecedores, comunidade,<br />
sociedade e país.<br />
Assim, definido o para que nossa<br />
<strong>em</strong>presa existe; para qu<strong>em</strong> nossa<br />
<strong>em</strong>presa vai des<strong>em</strong>penhar o seu<br />
papel; <strong>em</strong> quais negócios estamos<br />
inseridos; quais são nossos diferenciais<br />
singulares; cria-se uma<br />
Cultura Organizacional genuína e<br />
próspera. O resto, é resto!<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 39
NOTÍCIAS DE MERCADO<br />
PRIMEIRA TURMA NO BRASIL CERTIFICADA NO<br />
G7 ® RECEBE TREINAMENTO DA IDEALLIANCE<br />
NO ETIRAMA TECHNICAL CENTER<br />
Por Lúcia de Paula<br />
Nos dias 18 a 20 de julho, a<br />
Idealliance Latin America realizou<br />
pela primeira vez no<br />
Brasil o Treinamento para Certificação<br />
G7® Expert & Professional, que<br />
foi também o primeiro evento de<br />
nível internacional sediado pelo Etirama<br />
Technical Center (ETC), inaugurado<br />
no final de junho, <strong>em</strong> Sorocaba,<br />
SP, pela Etirama, que é fabricante de<br />
máquinas impressoras flexográficas<br />
para o segmento de etiquetas e rótulos<br />
adesivos. A organização e realização<br />
do evento é da <strong>ProjetoPack</strong><br />
que, desde 2017, foi nomeada pela<br />
Idealliance como responsável oficial<br />
e exclusiva de todas as atividades da<br />
Idealliance Latin America.<br />
A metodologia G7® é um conjunto<br />
de especificações da Idealliance<br />
para alcançar o equilíbrio e balanço<br />
de cinza visando obter uniformidade<br />
visual <strong>em</strong> todos os processos de impressão.<br />
Está listado como Relatório<br />
Técnico (TR) 015 <strong>em</strong> ANSI / CGATS.<br />
A Idealliance (www.idealliance.<br />
org) é uma associação industrial representativa<br />
da indústria de comunicação<br />
gráfica e visual desde 1966,<br />
reconhecida pela ISO como a maior<br />
certificadora do mundo para o setor.<br />
De acordo com a entidade, ela certifica<br />
os especialistas mais experientes<br />
do setor para qualificar os principais<br />
fornecedores de serviços de impressão,<br />
criação e pré-impressão na metodologia<br />
G7. O método G7 descreve<br />
um guia fácil de se seguir para impl<strong>em</strong>entar<br />
padrões de impressão ISO e<br />
métricas adicionais, orientando ainda<br />
ao impressor significativa economia.<br />
O resultado é uma maneira simples,<br />
mas poderosa, de combinar provas<br />
para impressão.<br />
Com duração de 24 horas, distribuídas<br />
nos três dias dentro do ETC, o<br />
treinamento certificou um grupo de<br />
profissionais da área de pré-impressão<br />
para flexografia, como: clicherias,<br />
pré-midias, fabricantes de softwares<br />
e hardwares, de chapas e outros insumos,<br />
além de revendedores, consultorias,<br />
bureaux e afins.<br />
Foi ministrado e conduzido por<br />
Steve Smiley, que é uma das maiores<br />
autoridades do mundo <strong>em</strong> flexografia<br />
e na metodologia G7, é<br />
instrutor e especialista <strong>em</strong> G7 e <strong>em</strong><br />
colorimetria, atua ativamente <strong>em</strong><br />
diversos grupos internacionais de<br />
padronização da cor, por ex<strong>em</strong>plo<br />
o FIRST, da FTA (www.flexography.<br />
org) e todas as normas ISO ligadas<br />
à flexografia mundial, incluindo a<br />
norma ISO 12647-6.<br />
“A metodologia G7 é adequada a<br />
quaisquer processos de impressão, e<br />
o certificado é, portanto, da sist<strong>em</strong>ática<br />
<strong>em</strong> si, e não do processo. A ideia<br />
de se fazer turmas t<strong>em</strong>áticas ocorre<br />
para se facilitar a realização de exercícios<br />
práticos associados a um processo<br />
de impressão específico, permitindo<br />
esclarecer dúvidas e trocar<br />
experiências, no caso deste treinamento,<br />
<strong>em</strong> flexografia. Isso também<br />
potencializa o networking entre os<br />
usuários e favorece a divulgação da<br />
metodologia G7 naquele nicho”, explica<br />
Aislan Baer, CEO da <strong>ProjetoPack</strong><br />
(www.projetopack.com.br).<br />
Ainda segundo Baer, o treinamento<br />
aborda o passo-a-passo para a implantação<br />
da metodologia G7 – tendo<br />
nesta turma específica, ênfase <strong>em</strong><br />
flexografia. “Os participantes receb<strong>em</strong><br />
os conceitos-chave do gerenciamento<br />
de cores e colorimetria aplicada<br />
para a execução do G7, aplicam a sist<strong>em</strong>ática<br />
tanto <strong>em</strong> uma prova digital<br />
quanto <strong>em</strong> um impresso flexográfico,<br />
realizam medições espectrodensitométricas,<br />
interpretam os valores à<br />
luz dos conceitos aprendidos, realizam<br />
as correções no arquivo e reimprim<strong>em</strong>,<br />
no último dia, avaliando os<br />
ganhos de t<strong>em</strong>po (setup) e qualidade<br />
do impresso após o G7. A metodologia<br />
G7 é a base da nova norma ISO<br />
10128 – a obtenção de uma ‘aparência<br />
compartilhada e neutra’ com base<br />
na calibração por balanço de grises”<br />
40 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
NOTÍCIAS DE MERCADO<br />
tform padrão para o G7 são recebidas<br />
e avaliadas com instrumentos<br />
pelos alunos. No segundo<br />
dia, as chapas são impressas no<br />
ETC e os impressos são medidos<br />
com espectrodensitômetro calibrado<br />
e avaliados visualmente,<br />
<strong>em</strong> cabine de luz padrão. É<br />
Na prática, os treinandos se<br />
utilizaram da impressora flexográfica<br />
modular Etirama disponível<br />
no ETC. “No primeiro dia,<br />
chapas flexográficas ‘lineares’<br />
(s<strong>em</strong> nenhum tipo de correção<br />
colorimétrica ou compensação<br />
de ganho de ponto) de um tesgerada<br />
e aplicada uma curva de<br />
compensação G7 que dá orig<strong>em</strong><br />
a um novo jogo de chapas flexográficas.<br />
No terceiro e último<br />
dia, as chapas novas são mensuradas<br />
e impressas. Faz-se uma<br />
avaliação técnica dos impressos<br />
‘antes x depois da aplicação do<br />
G7’, concluindo <strong>em</strong> sala a teoria<br />
necessária para a certificação –<br />
um exame online de uma hora e<br />
meia de duração e complexidade<br />
alta. O resultado é publicado no<br />
site da Idealliance e o profissional<br />
certificado passa a integrar<br />
um banco de dados mundial de<br />
experts, até a data de expiração,<br />
onde deverá ocorrer um processo<br />
de re-certificação”, completa<br />
Marcelo Escobar, gerente de<br />
projetos para a Idealliance Latin<br />
America, na <strong>ProjetoPack</strong>.<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 41
ARTIGO TÉCNICO<br />
COMEXI F4 E F2,<br />
A NOVA GERAÇÃO<br />
AComexi, <strong>em</strong>presa líder na<br />
fabricação de bens de capital<br />
para a indústria de<br />
impressão e conversão de <strong>em</strong>balagens<br />
flexíveis manteve a visão de<br />
seu fundador: o compromisso permanente<br />
com a inovação.<br />
A indústria de manufatura tradicional<br />
está apenas a um passo de<br />
uma transformação digital, que é<br />
acelerada por tecnologias <strong>em</strong> crescimento<br />
exponencial. As <strong>em</strong>presas e<br />
seus processos industriais precisam<br />
se adaptar a essa rápida mudança,<br />
caso contrário serão deixadas para<br />
trás pelos desenvolvimentos <strong>em</strong> seu<br />
setor e por seus concorrentes.<br />
Atualmente, não nos surpreende<br />
que o setor de <strong>em</strong>balagens<br />
flexíveis d<strong>em</strong>ande constant<strong>em</strong>ente<br />
dos fabricantes de equipamentos<br />
soluções para melhorar seus<br />
processos, visando não apenas a<br />
redução do t<strong>em</strong>po de fabricação e<br />
dos custos, mas ao mesmo t<strong>em</strong>po<br />
permitindo alcançar e manter altos<br />
padrões de qualidade. Estudos de<br />
mercado apontam a importância<br />
da redução do t<strong>em</strong>po de troca de<br />
trabalho visando o atendimento das<br />
exigências dos clientes finais.<br />
Contudo, as máquinas dev<strong>em</strong><br />
ser capazes de satisfazer os requisitos<br />
de pequenas tiragens <strong>em</strong> termos<br />
de lucratividade, enquanto fornec<strong>em</strong><br />
uma qualidade alta e, mais<br />
importante, consistente.<br />
Na Comexi, desafiamo-nos constant<strong>em</strong>ente<br />
para melhorar os processos<br />
e a eficiência dos nossos clientes,<br />
reduzindo o t<strong>em</strong>po de produção e os<br />
t<strong>em</strong>pos de troca entre os trabalhos.<br />
42 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
A redação<br />
Mande suas sugestões, artigos, dicas ou notícias,<br />
críticas e dúvidas para a nossa equipe, pelo e-mail<br />
revista@projetopack.com<br />
Um ex<strong>em</strong>plo seria a forma compacta<br />
e de fácil operação das máquinas<br />
Comexi F4 ou a família Comexi<br />
F2. Possu<strong>em</strong> melhorias <strong>em</strong><br />
ergonomia e acessibilidade, como<br />
as lâminas magnéticas dos doctor<br />
blades, que posicionam as máquinas<br />
Comexi como líderes <strong>em</strong> trocas<br />
rápidas de trabalho.<br />
Ao mesmo t<strong>em</strong>po, nosso conceito<br />
eletrônico baseado na plataforma<br />
Simotion e na descentralização da<br />
eletrônica, permite maior integração,<br />
eliminando os contêineres de equipamentos<br />
eletrônicos e facilitando as<br />
tarefas de manutenção.<br />
A Comexi F4 se destaca <strong>em</strong><br />
usabilidade, ergonomia e acessibilidade.<br />
Seu tamanho reduzido facilita<br />
todas as tarefas operacionais.<br />
Embora o tambor seja de 1,5 metros,<br />
os operadores pod<strong>em</strong> acessar<br />
todas as unidades de impressão<br />
s<strong>em</strong> a necessidade de escadas<br />
ou plataformas. A aplicação dos<br />
conceitos SMED (Single-Minute<br />
Exchange of Die) <strong>em</strong> cada uma<br />
das operações de mudança de<br />
trabalho possibilita que estas<br />
aconteçam <strong>em</strong> menos de<br />
15 minutos.<br />
Na Comexi F4 o desenvolvimento<br />
mínimo (240<br />
mm) e sua largura de impressão<br />
(670 ou 870 mm) permit<strong>em</strong><br />
que os clientes se benefici<strong>em</strong> dos<br />
baixos custos de produção, associados<br />
às dimensões menores dos clichês.<br />
Quanto mais curtas for<strong>em</strong> as<br />
execuções dos trabalhos, maior será<br />
o benefício obtido com uma máquina<br />
com essas características.<br />
Além disso e apesar de suas dimensões,<br />
a Comexi F4 mantém os<br />
aspectos de design de suas irmãs<br />
maiores, as Comexi F2: robustez,<br />
precisão e eficiência para garantir<br />
uma ótima qualidade na velocidade<br />
máxima de impressão de 300 m/<br />
min, e uma ampla gama de opções<br />
e periféricos para atender às necessidades<br />
dos mercados e clientes<br />
mais exigentes.<br />
A Comexi possui uma ampla<br />
gama de impressoras flexográficas<br />
que atend<strong>em</strong> às necessidades de<br />
cada cliente. Entre elas, encontramos<br />
a Comexi F2MB, projetada para<br />
tiragens médias, onde a velocidade<br />
ainda não é um fator chave. Uma<br />
máquina que foi projetada seguindo<br />
os valores centrais da Comexi e que<br />
atende aos requisitos do setor: a robustez<br />
e a precisão necessárias para<br />
alcançar a mais alta qualidade de impressão,<br />
e ergonomia e acessibilidade<br />
para minimizar os t<strong>em</strong>pos de troca<br />
e aumentar o t<strong>em</strong>po de atividade<br />
da máquina. Portanto, usando essa<br />
tecnologia, é possível atingir os mais<br />
altos padrões exigidos pelo mercado<br />
com um t<strong>em</strong>po mínimo de retorno.<br />
Com a Comexi F2MB nossos<br />
clientes pod<strong>em</strong> executar trabalhos<br />
<strong>em</strong> 8 cores a uma velocidade de impressão<br />
de 400 m/min. A máquina<br />
pode lidar com trabalhos de 300 mm<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 43
ARTIGO TÉCNICO<br />
a 800 mm de repetição e largura da<br />
banda de até 1320 mm.<br />
A Comexi F2MB, apesar de ser<br />
a menor da família de impressoras<br />
Comexi F2, incorpora todas as vantagens<br />
comuns desta linha: mandris de<br />
fibra de carbono, anilox de grande diâmetro<br />
e estruturas de unidades de<br />
impressão monobloco. Todos esses<br />
el<strong>em</strong>entos ajudam a melhorar o des<strong>em</strong>penho<br />
da máquina ao imprimir<br />
<strong>em</strong> altas velocidades. Juntamente<br />
com as outras máquinas flexográficas<br />
Comexi, esta impressora é reconhecida<br />
por ser uma máquina rápida<br />
e fácil na troca de trabalhos. Além<br />
disso, a máquina pode ser equipada<br />
com uma ampla gama de opções,<br />
adaptando-a às necessidades específicas<br />
de cada cliente.<br />
A irmã mais velha da Comexi<br />
F2MB é chamada Comexi F2MC,<br />
a letra C r<strong>em</strong>ete a Competência. A<br />
F2MC está disponível <strong>em</strong> 8 e 10 cores<br />
e com a opção de operar a 500<br />
m/min para os clientes mais exigentes<br />
e com trabalhos mais longos. As<br />
repetições (mínimo e máximo) e as<br />
larguras permanec<strong>em</strong> as mesmas<br />
da F2MB.<br />
A Comexi F2MC é o carro-chefe<br />
da Comexi <strong>em</strong> ergonomia, com uma<br />
plataforma superior mais ampla, a<br />
máquina oferece maior conforto <strong>em</strong><br />
todas as tarefas que não são estritamente<br />
para impressão, ou seja,<br />
todas as tarefas de manutenção<br />
que são tão necessárias quanto. O<br />
sist<strong>em</strong>a de secag<strong>em</strong> maior e superior<br />
garante que a máquina imprima<br />
com velocidade máxima até os trabalhos<br />
mais exigentes <strong>em</strong> termos<br />
de cobertura de tinta.<br />
A família de impressoras flexográficas<br />
F2 completa-se com mais os<br />
dois modelos: Comexi F2MP e Comexi<br />
F2ML.<br />
O design das unidades de impressão<br />
da Comexi F2MP e F2ML<br />
é reforçado <strong>em</strong> relação ao outros<br />
modelos F2, apresentando suportes<br />
de rolamentos de maior dimensão<br />
e rolamentos de maior diâmetro.<br />
Ambas vêm equipadas de série<br />
com mandris porta clichês e anilox<br />
<strong>em</strong> fibra de carbono, os porta clichê<br />
são hidráulicos para o uso de<br />
camisas intermediárias de fibra de<br />
carbono hidráulicas.<br />
A combinação desses suportes e<br />
dos mandris de fibra de carbono oferece<br />
a maior robustez contra os impactos<br />
inerentes à impressão flexográfica<br />
e permite a impressão de alta<br />
qualidade a uma velocidade maior.<br />
Ambas as máquinas pod<strong>em</strong> imprimir<br />
até 500 m/min <strong>em</strong> larguras de<br />
até 1520 mm. Sua repetição máxima<br />
é sua única diferença: a Comexi F2MP<br />
pode atingir repetições de até 850<br />
mm, enquanto a Comexi F2ML foi<br />
projetada para atingir grandes mercados<br />
que exig<strong>em</strong> 1160 mm.<br />
Mas quando se trata de inovação,<br />
a Comexi não se limita apenas às impressoras,<br />
mas também pod<strong>em</strong>os<br />
unir forças com nossos parceiros <strong>em</strong><br />
tecnologias de vídeo para desenvolver<br />
sist<strong>em</strong>as inovadores para a configuração<br />
de pressão e registro.<br />
A última inovação da Comexi<br />
visando precisão e qualidade de<br />
44 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
+12 3644-1550<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 45
ARTIGO TÉCNICO<br />
“O gerenciamento de dados nas<br />
plantas é o novo desafio que a nossa<br />
indústria enfrentará”<br />
impressão é o Cingular Real, que é<br />
o nome que damos ao nosso sist<strong>em</strong>a<br />
automático de ajuste e pressão.<br />
O nome foi dado porque é um<br />
sist<strong>em</strong>a de ajuste real, que permite<br />
ver o resultado real através do monitor<br />
de vídeo. Nenhuma correção<br />
adicional precisa ser feita pela máquina<br />
n<strong>em</strong> pelo operador. O sist<strong>em</strong>a<br />
encontra o ponto exato para a<br />
qualidade de impressão ideal com<br />
sobrepressão mínima, levando a<br />
uma melhor qualidade de impressão.<br />
Durante todo o processo não é<br />
necessária à intervenção do operador,<br />
garantindo assim, a consistência<br />
dos resultados.<br />
A Comexi adaptou-se rapidamente<br />
à 4ª revolução industrial<br />
com o desenvolvimento do Comexi<br />
Cloud, uma ferramenta inovadora<br />
de controle de produção<br />
que ajuda nossos clientes a melhorar<br />
a efi ciência de suas fábricas<br />
através da análise de dados e<br />
históricos de produção que permitirão<br />
a impl<strong>em</strong>entação de fábricas<br />
inteligentes.<br />
O gerenciamento de dados nas<br />
plantas é o novo desafio que a indústria<br />
enfrentará. As <strong>em</strong>presas serão<br />
mais eficientes desde que os<br />
processos de produção sejam b<strong>em</strong><br />
conhecidos e possam se adaptar<br />
melhor às necessidades de d<strong>em</strong>anda<br />
dos clientes. O Comexi Cloud<br />
fornecerá os dados necessários<br />
para gerenciar os recursos eficient<strong>em</strong>ente,<br />
aumentar a flexibilidade<br />
de fabricação, minimizar estoques<br />
e, finalmente, economizar dinheiro e<br />
aumentar a lucratividade.<br />
46 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 47
ARTIGO TÉCNICO<br />
QUEBRA DE PARADIGMAS<br />
COM FG100 ®<br />
Todos nós que dedicamos anos<br />
de nossas vidas ao mundo das<br />
artes gráficas, mais especificamente<br />
ao mundo da flexografia,<br />
aprend<strong>em</strong>os algumas verdades que<br />
reg<strong>em</strong> o bom senso técnico e que nos<br />
permitiram por anos, evitar probl<strong>em</strong>as<br />
de impressão. Com o t<strong>em</strong>po, diversas<br />
verdades foram questionadas e<br />
a combinação de tecnologias nos<br />
permitiram atingir níveis de qualidade<br />
nunca sonhados pela flexografia.<br />
Dentre os recentes desenvolvimentos<br />
que geraram grande impacto no<br />
processo de melhoria pod<strong>em</strong>os citar:<br />
• Impressoras gearless;<br />
• Cilindros anilox com células inovadoras,<br />
altas lineaturas e alta<br />
transferência ;<br />
• Fitas dupla-face de alta resiliência;<br />
• Fotopolímeros de alta resolução<br />
(flat top dot);<br />
• Equipamentos CTP de alta<br />
resolução.<br />
A combinação de todos esses<br />
componentes elevou a flexografia a<br />
patamares novos, atingindo níveis de<br />
qualidade inéditos. Porém, ainda vivíamos<br />
pressionados pelo fantasma da<br />
rotogravura, com suas altas lineaturas,<br />
degradês que acabam <strong>em</strong> zero e<br />
altas coberturas de sólidos.<br />
Em face à concorrência da rotogravura,<br />
a Fotograv, que esse ano<br />
celebra 50 anos no mercado flexográfico,<br />
liderando programas de desenvolvimento<br />
e inovação, aplicou<br />
todo o seu conhecimento técnico, assim<br />
como o acesso a softwares inovadores<br />
para a elaboração de um novo<br />
produto que rompe paradigmas da<br />
flexografia, permitindo a impressão<br />
acima de 100 linhas por centímetro,<br />
48 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
A redação<br />
Mande suas sugestões, artigos, dicas ou notícias,<br />
críticas e dúvidas para a nossa equipe, pelo e-mail<br />
revista@projetopack.com<br />
com degradês terminando <strong>em</strong> zero e<br />
ao mesmo t<strong>em</strong>po assegurando altos<br />
níveis de densidade e cobertura nos<br />
diferentes substratos de impressão.<br />
Conheçam o FG100 ® .<br />
(figura 1)<br />
O FG100 ® trata-se de um conjunto<br />
de retículas inovadoras que,<br />
associadas a processos específicos<br />
de cópia de clichês de fotopolímero,<br />
assim como fotopolímeros de alta<br />
performance, permit<strong>em</strong> a formação<br />
de pontos de alta definição, com alta<br />
estabilidade e transições de degradês<br />
até zero nunca antes vistos na<br />
flexografia.<br />
Pontos de 1,2% copiados na chapa, imprimindo 13%<br />
(figura 2)<br />
As retículas copiadas <strong>em</strong> lineaturas<br />
tão altas não permit<strong>em</strong> que o olho<br />
humano identifique rosetas e as imagens<br />
ficam muito mais naturais, <strong>em</strong><br />
alguns casos os clientes reportam até<br />
mesmo parecer uma “impressão <strong>em</strong><br />
3D”, devido ao nível de detalhes com<br />
o ganho <strong>em</strong> contraste e profundidade.<br />
Em um comparativo <strong>em</strong> banda<br />
larga, utilizando tintas solvente e anilox<br />
de 380 lpc, no caso de uma retícula<br />
convencional, mesmo <strong>em</strong> lineaturas<br />
mais baixas, como no ex<strong>em</strong>plo<br />
abaixo a 60 lpc, o menor ponto b<strong>em</strong><br />
formado é de 1,2% na chapa, o que<br />
corresponde a uma porcentag<strong>em</strong><br />
impressa de 13%. (figura 1)<br />
Na mesma condição de impressão,<br />
a retícula FG100 ® consegue copiar<br />
com tranquilidade um ponto de<br />
0,5% o que corresponde a um ponto<br />
impresso de 4%. (figura 2)<br />
Pontos de 0,5% copiados na chapa, imprimindo 4%<br />
Como funciona o FG100 ® ?<br />
A primeira pergunta ou inquietação<br />
dos que participam do processo<br />
de impl<strong>em</strong>entação do FG100 ®<br />
está relacionado à compatibilidade<br />
de anilox com o clichê gravado <strong>em</strong><br />
100 lpc. As características pontuadas<br />
abaixo explicam o porque da compatibilidade<br />
de uma matriz gravada<br />
<strong>em</strong> 100 lpc com anilox abaixo de 400<br />
lpc, ou seja, com uma relação abaixo<br />
de 4:1, o que contraria o paradigma<br />
das relações de lineatura entre clichê<br />
e anilox, que indicava um mínimo<br />
de 6:1 <strong>em</strong> alguns casos.<br />
1. Pontos mínimos com tamanho<br />
superior às retículas<br />
convencionais<br />
Os pontos com a tecnologia<br />
FG100 ® são grandes! Essa tecnologia<br />
utiliza uma modulação de pontos na<br />
região de altas luzes, de forma a utilizar<br />
pontos de diâmetro superior aos<br />
pontos circulares convencionais, isso<br />
faz com que os pontos tenham grande<br />
base de suporte, garantindo grande<br />
resistência mecânica durante o<br />
processo de impressão, reduzindo o<br />
ganho de ponto associado à pressão<br />
de máquina.<br />
O diâmetro superior aos pontos<br />
circulares tradicionais também permite<br />
que o ponto tenha sustentação<br />
ao entrar <strong>em</strong> contato com o cilindro<br />
anilox, não penetrando no alvéolo e<br />
assim permitindo uma impressão limpa<br />
na área de mínimas, mesmo quan-<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 49
ARTIGO TÉCNICO<br />
“Com esta<br />
tecnologia, pela<br />
primeira vez é<br />
possível romper<br />
a fronteira dos<br />
450 m/min, com<br />
clichês acima de<br />
100 lpc e s<strong>em</strong><br />
mudança de anilox”<br />
(figura 3)<br />
do a relação de lineaturas entre clichê<br />
e anilox encontra-se abaixo de 4:1.<br />
2. AM vs. FM<br />
Nessa tecnologia, a transição<br />
de altas luzes não está relacionada<br />
à diminuição do tamanho dos<br />
pontos, mas sim a uma alteração<br />
na frequência dos pontos, portanto<br />
os pontos nas áreas de mínimas<br />
são mais estáveis e seguros de se<br />
imprimir. No caso do aumento de<br />
pressão durante a impressão, não<br />
há uma relação direta no aumento<br />
do ganho de ponto.<br />
A combinação dessas técnicas<br />
faz com que o clichê gravado com o<br />
FG100 ® seja compatível com aniloxes<br />
a partir de 360 lpc.<br />
Com essas características,<br />
pela primeira vez conseguimos<br />
imprimir <strong>em</strong> flexografia, com impressoras<br />
de banda larga e tinta<br />
solvente, a velocidades acima de<br />
450 m/min, mesmo com clichês<br />
acima de 100 lpc <strong>em</strong> condições<br />
normais de impressão, s<strong>em</strong> a necessidade<br />
de ajustes específicos.<br />
Tais características de reprodução<br />
de altas luzes e degradês de fato<br />
permit<strong>em</strong> que a flexografia supere<br />
a qualidade de reprodução <strong>em</strong><br />
quesitos antes dominados pela<br />
rotogravura. (figura 5)<br />
A tecnologia FG100 ® ainda<br />
cont<strong>em</strong>pla retículas específicas<br />
para a cobertura dos chapados e<br />
a eliminação de marcas de entrada,<br />
comuns nas impressões <strong>em</strong><br />
altas velocidades.<br />
impressão de sólido normal<br />
Transição de pontos <strong>em</strong> altas luzes<br />
(figura 4)<br />
impressão de sólido normal<br />
50 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
(figura 5)<br />
pontos de altas luzes, realizamos<br />
a impressão com altos níveis de<br />
pressão, de forma a sobrecarregar<br />
os pontos. Na sequência, iniciamos<br />
o “teste de arraste”, exercício<br />
no qual a velocidade periférica<br />
entre o clichê e o substrato são<br />
modificados, chegando ao extr<strong>em</strong>o<br />
de imprimir com um arraste<br />
de 4 mm positivos e, na sequência,<br />
4 mm negativos<br />
Teste de resistência dos pontos (impressos<br />
com excesso de pressão)<br />
A resistência e a estabilidade dos<br />
pontos de altas luzes passam a ser<br />
superiores, justamente devido ao<br />
maior diâmetro dos pontos nas áreas<br />
de baixa porcentag<strong>em</strong>.<br />
No exercício abaixo, visando a<br />
confirmação da performance dos<br />
A referência <strong>em</strong><br />
máquina de corte<br />
A solução <strong>em</strong> corte para o mercado global atual. Uma<br />
máquina completa que corta todos os materiais usados no<br />
mercado de <strong>em</strong>balagens flexíveis, fornecendo alto volume<br />
de produção devido ao seu sist<strong>em</strong>a de torre dupla.<br />
Comexi Brasil<br />
Rua Buarque de Macedo nº 4499, Bairro Faxinal, CEP 95780-000, Montenegro, RS, Brasil<br />
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<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI comexi.com - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago · comexictec.com 2018 - 51
ARTIGO TÉCNICO<br />
Porcentag<strong>em</strong><br />
nominal<br />
PORCENTAGEM IMPRESSA (COM EXCESSO DE PRESSÃO) *<br />
0 mm 2 mm 3 mm 4 mm<br />
1% 15% 15% 15% 16%<br />
*medições óticas, realizadas com espectrofotômetro<br />
Com os exercícios de impressão<br />
<strong>em</strong> condições adversas de pressão<br />
e arraste, a impressão com o<br />
FG100 ® d<strong>em</strong>onstrou níveis de estabilidade<br />
muito superiores aos pontos<br />
circulares normais. No quadro<br />
acima, notamos que a porcentag<strong>em</strong><br />
impressa com um ponto de 1%<br />
submetido a altos níveis de pressão<br />
se comporta de maneira consistente,<br />
mesmo quando submetidos a<br />
arrastes de até 4mm.<br />
“Minha conclusão após realizar os<br />
testes com o FG100 ® é que paradigmas<br />
dev<strong>em</strong> ser quebrados”, afirma<br />
Jonailton Oliveira, especialista <strong>em</strong> impressão<br />
da Valfilm.<br />
Estamos de fato vivendo um<br />
momento histórico na flexografia,<br />
onde após somarmos esforços de<br />
diversas tecnologias, processos<br />
e métodos, pod<strong>em</strong>os de fato expandir<br />
as aplicações <strong>em</strong> flexografia,<br />
compartilhando os benefícios<br />
desse processo que traz diversos<br />
ganhos sobre outros métodos de<br />
impressão, tais como flexibilidade,<br />
velocidade de produção das matrizes,<br />
menor impacto ambiental<br />
e menor custo total de impressão,<br />
agora associado a ganhos de qualidade<br />
tais como a impressão acima<br />
de 100 linhas por centímetro.<br />
52 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 53
ARTIGO TÉCNICO<br />
Hamilton Terni Costa<br />
Hamilton é diretor da AN Consulting e<br />
diretor para América Latina da APT<br />
(antiga NPES)<br />
revista@projetopack.com<br />
EXISTE MARKETING NA INDÚSTRIA<br />
GRÁFICA E NA DE IMPRESSÃO DE<br />
EMBALAGENS?<br />
Em nossas aulas de marketing<br />
industrial no curso de Pós<br />
Graduação do Senai Theobaldo<br />
De Nigris, fazíamos essa pergunta<br />
aos alunos e, com frequência,<br />
as respostas versavam sobre<br />
folhetos de apresentação e sites<br />
n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre atualizados além de<br />
pouca atividade nas mídias sociais.<br />
Com honrosas exceções como a<br />
Printi, Futura In e algumas outras.<br />
Em conclusão, poucas <strong>em</strong>presas<br />
têm uma dedicação a essa função<br />
tão fundamental que Peter<br />
Drucker, um dos maiores gurus da<br />
área de gestão, pontuava que uma<br />
<strong>em</strong>presa existe para gerar clientes.<br />
E, para isso, duas funções são fundamentais:<br />
marketing e inovação.<br />
Em uma venda B2B, de <strong>em</strong>presa<br />
a <strong>em</strong>presa, modelo que predomina<br />
no setor gráfico e na impressão<br />
de <strong>em</strong>balagens, <strong>em</strong> um<br />
mercado que se acostumou a ser<br />
d<strong>em</strong>andado, herdeiro da época<br />
artesanal onde qu<strong>em</strong> dominava a<br />
técnica e as ferramentas, o gráfico,<br />
era buscado para o oficio. Com isso<br />
o importante era mostrar sua capacidade<br />
técnica para o cliente, daí<br />
se manteve a importância de mostrar<br />
o equipamento que se t<strong>em</strong> e o<br />
que sab<strong>em</strong>os fazer com ele.<br />
Até hoje essa é a mentalidade<br />
que predomina <strong>em</strong> boa parte<br />
do setor. A tal ponto que v<strong>em</strong>os<br />
<strong>em</strong> 99% nas comunicações e nos<br />
sites das gráficas a d<strong>em</strong>onstração<br />
de seus equipamentos e de<br />
sua produção, sua qualidade de<br />
reprodução. Há não muito eu via<br />
circular <strong>em</strong> São Paulo um furgão<br />
de uma gráfica de loja com<br />
fotos de uma impressora digital<br />
HP, dos dois lados da carroceria,<br />
anunciando: agora t<strong>em</strong>os uma<br />
Indigo 5500!<br />
Fico s<strong>em</strong>pre imaginando as<br />
diversas pessoas olhando para<br />
aquilo s<strong>em</strong> entender o seu real significado.<br />
Seria como se escolhêss<strong>em</strong>os<br />
um laboratório de análise<br />
que anunciasse: venha fazer seus<br />
exames conosco, t<strong>em</strong>os equipamentos<br />
Toshiba!<br />
Poucas são as <strong>em</strong>presas que<br />
mostram o que o cliente, na verdade,<br />
quer saber: as soluções que<br />
possu<strong>em</strong>, que probl<strong>em</strong>as resolv<strong>em</strong>,<br />
para qu<strong>em</strong> e de que forma.<br />
Seus diferenciais.<br />
Mostro com frequência um site da<br />
SCI - Strategic Content Imaging, dos<br />
Estados Unidos (www.sciimage.com),<br />
que atua na área editorial e promo-<br />
54 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
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cional e que mostra, <strong>em</strong> poucas palavras,<br />
o que faz e como faz para ajudar<br />
seus clientes a resolver seus probl<strong>em</strong>as.<br />
Veja figura 1.<br />
Tradução: Imagine as possibilidades<br />
- Impressão que comunica.<br />
Que cativa. Que conecta. Isso é o<br />
que faz<strong>em</strong>os. Nós ajudamos <strong>em</strong>presas<br />
a sair do comum para o extraordinário<br />
usando personalização, interatividade<br />
e tecnologias de meios<br />
cruzados para trazer impressão à<br />
vida. Ao mesmo t<strong>em</strong>po nós ajudamos<br />
organizações a maximizar<strong>em</strong> o<br />
valor da impressão com estratégias<br />
de distribuição otimizada. Imagine<br />
as possibilidades.<br />
Eles valorizam a impressão e o<br />
que ela pode fazer pelo cliente. A<br />
qualidade fica intrínseca. Mostram<br />
suas soluções: personalização, interatividade,<br />
cross-media e logística.<br />
Um show. S<strong>em</strong> mostrar de cara equipamentos<br />
e instalações. Mostram<br />
soluções para probl<strong>em</strong>as que os<br />
clientes precisam resolver. Aliás, ao<br />
se clicar o botão “Soluções”, se abre<br />
uma página mostrando exatamente<br />
o que oferece e seus diferenciais.<br />
Esse é um bom ex<strong>em</strong>plo (figura<br />
2). E vejam que estou falando de<br />
web sites. Hoje uma pequena parte<br />
de marketing. Imagin<strong>em</strong> então <strong>em</strong><br />
todo o novo contexto de mídias sociais,<br />
e-commerce e ferramentas<br />
de automação de marketing.<br />
Na venda B2B, o relacionamento<br />
entre pessoas ainda é<br />
fundamental, especialmente na<br />
produção de materiais que se incorporam<br />
aos produtos dos clientes<br />
como rótulos e <strong>em</strong>balagens.<br />
Por isso, voltando às nossas aulas<br />
de marketing, enfatizamos<br />
a questão de olharmos os clien-<br />
te do seu pronto de vista. O que<br />
o Prof. José Carlos Teixeira, do<br />
Instituto de Marketing Industrial<br />
chama de foco do cliente. Para<br />
onde ele está olhando, o que está<br />
querendo. E não do nosso habitual<br />
olhar para o cliente, o “foco no<br />
cliente”. Isso faz muita diferença e<br />
todo o trabalho de venda de insight<br />
ou de percepção do que o<br />
cliente realmente precisa.<br />
(figura 1)<br />
(figura 2)<br />
Saber comunicar-se <strong>em</strong> um<br />
mundo digital com essa abordag<strong>em</strong><br />
é mesmo um desafio para a<br />
maioria das gráficas e impressores<br />
de <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> e, muitas delas,<br />
possivelmente jamais o farão de<br />
forma adequada, perdendo vendas<br />
e espaço.<br />
Daí retornamos a Drucker. Se<br />
inovação é fundamental, marketing<br />
é tão fundamental quanto.<br />
Pense nisso.<br />
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ESPECIAL SOBRE GESTÃO<br />
DA SEGURANÇA E SAÚDE<br />
OCUPACIONAL - SSO<br />
Pod<strong>em</strong>os dizer que a Segurança<br />
e Saúde Ocupacional<br />
(SSO) é o sist<strong>em</strong>a mais complexo<br />
para estruturação de uma<br />
gestão, por duas razões principais:<br />
• Sua interferência constante<br />
nos processos de trabalho e na<br />
nossa vida <strong>em</strong> si e<br />
• A aplicação de uma enorme<br />
quantidade de requisitos estatutários<br />
e regulamentares, comandados<br />
pelas Normas Regulamentadoras<br />
(NRs).<br />
Aliados as estas razões t<strong>em</strong>os<br />
ainda a falta de determinação do<br />
ser humano <strong>em</strong> executar as tarefas<br />
de forma segura e saudável,<br />
seja pelo lado da <strong>em</strong>presa ou pelo<br />
lado do trabalhador.<br />
Com base nestas considerações,<br />
vamos apresentar um modelo<br />
de gestão básico a ser adotado<br />
por qualquer <strong>em</strong>presa do setor<br />
gráfico, <strong>em</strong>balagens e outras da<br />
cadeia destes negócios. E se você<br />
após toda esta leitura, achar que<br />
tudo que foi apresentado aqui é<br />
exagerado, será um indicador de<br />
quanto aquém seu negócio está<br />
de um bom padrão de Gestão de<br />
Segurança e Saúde (SSO).<br />
Nosso grande obstáculo <strong>em</strong><br />
fazer com que as pessoas acredit<strong>em</strong><br />
<strong>em</strong> segurança e saúde é<br />
desafiador não só pelas más situações<br />
econômicas que o país<br />
s<strong>em</strong>pre vivenciou, mas também<br />
pela própria personalidade do<br />
ser humano. Segundo uma médica<br />
do Hospital das Clínicas de<br />
São Paulo, o ser humano não se<br />
sensibiliza com riscos à saúde e<br />
58 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
ARTIGO TÉCNICO<br />
Joaquim F. A. de Morais<br />
Joaquim Fernando Amâncio de Morais, é engenheiro químico<br />
(FEI), administrador industrial (USP) e t<strong>em</strong> ainda formação como<br />
auditor líder nas normas ISO 9001, ISO 14001, ISO 22.000, SA<br />
8000, Atuação Responsável (ABIQUIM), ISO 17.025.<br />
revista@projetopack.com<br />
segurança que possam ocorrer a<br />
longo prazo ou que ocorram com<br />
frequência baixa. Segundo ela,<br />
não adianta mostrar que fumar<br />
ou se expor ao sol pode provocar<br />
câncer ou que não usar o cinto de<br />
segurança no carro possa provocar<br />
um acidente algum dia. Isto é<br />
uma realidade, dada a forma com<br />
que nós nos expomos a riscos<br />
no nosso cotidiano, seja <strong>em</strong> casa<br />
ou no trabalho. E pelo lado da<br />
<strong>em</strong>presa, a lei existe, mas a sua<br />
aplicação é difícil, o que aumenta<br />
ainda mais a vulnerabilidade.<br />
E para comprovar que este<br />
valor da segurança e saúde na<br />
nossa integridade não nos sensibiliza<br />
<strong>em</strong> praticamente nada,<br />
veja o ex<strong>em</strong>plo do caso da Boate<br />
Kiss no Rio Grande do Sul ou<br />
até do barco Bateau Mouche, no<br />
Rio de Janeiro: as casas noturnas,<br />
locais públicos <strong>em</strong> geral e<br />
barcos continuam com o mesmo<br />
padrão baixo de segurança de<br />
s<strong>em</strong>pre (t<strong>em</strong>os pouquíssimas exceções).<br />
Comprove você mesmo!<br />
Além do mais, t<strong>em</strong>os <strong>em</strong>presas<br />
e outras instituições que aplicam<br />
recursos de segurança de forma<br />
errada, sendo que na maioria das<br />
vezes não consultam os requisitos<br />
estatutários e regulamentares<br />
aplicáveis. Aliados a isto, t<strong>em</strong>os<br />
profissionais da área de SSO e do<br />
corpo de bombeiros com conhecimentos<br />
fracos, quando não faz<strong>em</strong><br />
“vista grossa” para aplicação<br />
de recursos adequados.<br />
Porém, a gente t<strong>em</strong> que s<strong>em</strong>pre<br />
lutar, acreditando que pod<strong>em</strong>os fazer<br />
um mínimo.<br />
A única maneira para fazermos<br />
alguma coisa que julgamos como<br />
certa é a determinação! Se não tiver<br />
este “ingrediente”, esqueça: não<br />
se fará Segurança e Saúde Ocupacional<br />
(SSO) <strong>em</strong> sua <strong>em</strong>presa.<br />
Está determinado? Vamos<br />
então à prática?<br />
Para começar t<strong>em</strong>os que considerar<br />
que as <strong>em</strong>presas variam de<br />
porte, complexidade de processos<br />
e, também, de cultura, <strong>em</strong>bora já<br />
dizia nosso grandioso Peter Drücker<br />
(não com estas mesmas palavras)<br />
que “a cultura de uma <strong>em</strong>presa é<br />
uma desculpa que as pessoas usam<br />
para justificar <strong>em</strong> não fazer as coisas<br />
certas”. Um sist<strong>em</strong>a de gestão pode<br />
ser mais sofisticado ou não, ainda<br />
sim considerando estes fatores.<br />
Pod<strong>em</strong>os, portanto, estabelecer<br />
um modelo de gestão que pode<br />
ser aplicado de forma confortável.<br />
Vamos assim nos basear na norma<br />
OHSAS 18001:2007 – Sist<strong>em</strong>a de<br />
gestão de segurança e saúde no<br />
trabalho – Requisitos para apresentar<br />
nosso formato de gestão. Vale<br />
l<strong>em</strong>brar que recent<strong>em</strong>ente foi publicada<br />
a ISO 45001:2018 – Sist<strong>em</strong>a<br />
de gestão da segurança e saúde no<br />
trabalho – Requisitos com orientação<br />
para uso, a qual gradativamente<br />
vai substituir a OHSAS 18001.<br />
Os passos propostos para estruturar<br />
um sist<strong>em</strong>a de gestão de<br />
SSO é como segue, considerando<br />
as características citadas no parágrafo<br />
anterior:<br />
1° passo<br />
Definir um administrador para<br />
o sist<strong>em</strong>a de gestão. Esta é a etapa<br />
básica. Este administrador de<br />
SSO será um profissional da área<br />
de segurança, se o porte da <strong>em</strong>presa<br />
assim requer (técnico de segurança<br />
e/ou engenheiro de segurança).<br />
As <strong>em</strong>presas que não se<br />
enquadram legalmente <strong>em</strong> ter um<br />
profissional deste, deve selecionar<br />
outra pessoa. Sendo este candidato<br />
profissionalmente ligado a<br />
SSO ou não, algumas características<br />
são relevantes:<br />
• Facilidade de entendimento<br />
dos processos nas instalações;<br />
• Facilidade de leitura e entendimento<br />
– para facilitar a abordag<strong>em</strong><br />
de requisitos estatutários<br />
e regulamentares, principalmente<br />
as NRs (normas regulamentadoras);<br />
• Determinado;<br />
• Facilidade com informática e<br />
conhecimentos de Excel com<br />
nível médio para avançado<br />
(este it<strong>em</strong> é imprescindível).<br />
Diria até que se o profissional<br />
especializado <strong>em</strong> SSO não<br />
tiver estas características, não<br />
recomendo que ele administre<br />
<strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018 - 59
ARTIGO TÉCNICO<br />
a SSO. Ele pode executar tarefas<br />
de SSO, mas não administrar, de<br />
fato.Vale acrescentar que logicamente<br />
a quantidade de trabalhadores<br />
necessários para compor<br />
esta gestão pode variar pelo porte<br />
da <strong>em</strong>presa.<br />
2° passo<br />
cilitar seu <strong>em</strong>prego nas atividades<br />
da <strong>em</strong>presa. Tanto é que a maior<br />
parte das <strong>em</strong>presas mantém um<br />
manual de SSO e exige dos seus<br />
prestadores de serviços, como documento<br />
mestre e comprobatório<br />
de um sist<strong>em</strong>a de gerenciamento<br />
voltado à SSO.<br />
Disponibilizar os recursos<br />
básicos para o bom des<strong>em</strong>penho<br />
das funções ao administrador,<br />
tais como uma estação de<br />
trabalho, munida de um computador<br />
ou laptop, impressora colorida<br />
e outras ferramentas que<br />
permitam a produção e distribuição<br />
de apostilas, manuais e<br />
documentos da SSO, b<strong>em</strong> como<br />
uma sala para treinamento dos<br />
colaboradores.<br />
3° passo<br />
Manual de Segurança e saúde<br />
não é exigido nas normas de Gestão<br />
da Segurança e Saúde Ocupacional<br />
(OHSAS 18001:2007 ou<br />
ISO 45001:2018) como também<br />
não é exigido na norma de Gestão<br />
Ambiental (ISO 14001:2015)<br />
e até para Gestão de Qualidade<br />
(ISO 9001:2015).<br />
Isto não significa que não se<br />
precise ter um manual. Para sist<strong>em</strong>a<br />
ambiental e da qualidade o<br />
manual pode até ser questionável,<br />
porém no caso de Segurança<br />
e Saúde Ocupacional (SSO) ele é<br />
muito b<strong>em</strong>-vindo pela razão já citada<br />
da complexidade legal aplicada<br />
e a quantidade de ferramentas<br />
aplicadas; um manual ajuda a<br />
ordenar e consolidar tudo isto e fa-<br />
Ao se preparar o Manual de<br />
SSO, a estrutura básica e satisfatória<br />
é como apresentada a seguir,<br />
baseada no sist<strong>em</strong>a do PDCA, ou:<br />
Plan = Planejar, Do = Fazer, Check =<br />
Verificar/monitorar e Action = Agir/<br />
melhorar/corrigir.<br />
4° passo<br />
É preciso dar toda a orientação<br />
para preencher o conteúdo do Manual<br />
de SSO. A seguir, cada seção<br />
apresentada do manual de SSO<br />
terá um conteúdo para desencadear<br />
a implantação de planos, programas,<br />
procedimentos, inspeções<br />
e controles.<br />
Acesse o manual e veja cada seção<br />
através do código QR a seguir:<br />
5° passo<br />
Preparar uma apresentação da<br />
estrutura do sist<strong>em</strong>a de gestão.<br />
6° passo<br />
A direção da <strong>em</strong>presa deve<br />
apresentar o administrador nomeado<br />
para todos os trabalhadores,<br />
destacando suas atribuições e a<br />
estrutura de gestão. A direção da<br />
<strong>em</strong>presa declarar e realmente d<strong>em</strong>onstrar<br />
o comprometimento e<br />
seu envolvimento. Neste evento, o<br />
administrador da SSO apresenta a<br />
estrutura de gestão através do Manual<br />
de SSO.<br />
7° passo<br />
O administrador deve, com<br />
base no Plano Diretor de SSO (veja<br />
manual de SSO) e outras agendas,<br />
criar uma rotina de trabalho<br />
com participação de trabalhadores<br />
ligados diretamente ao Depto.<br />
de Segurança ou não. L<strong>em</strong>bre-se<br />
que se deve envolver ao máximo<br />
as pessoas para executar as tarefas<br />
de gestão da segurança, pois<br />
não pod<strong>em</strong>os ter aquela figura do<br />
responsável pela gestão de SSO,<br />
como único responsável pelo t<strong>em</strong>a<br />
da segurança.<br />
60 - <strong>ProjetoPack</strong> <strong>em</strong> <strong>Revista</strong> - Ano XI - Ed. <strong>68</strong> - Jul/Ago 2018
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