GAZETA DIARIO 700
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Foto: ABC Cardinal<br />
Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 6 e 7 de outubro de 2018<br />
CRIME ORGANIZADO<br />
PF e Senad frustram plano de resgate<br />
a traficante brasileiro no Paraguai<br />
Cinco pessoas foram presas no país vizinho quando se preparavam para resgatar Marcelo<br />
Piloto; um caderno com detalhes da ação foi apreendido<br />
Policiais encontraram um grande arsenal composto de fuzis,<br />
pistolas, explosivos e munições na casa onde o grupo foi preso<br />
Da redação<br />
Reportagem<br />
Cinco brasileiros foram presos,<br />
na madrugada dessa sexta-feira<br />
(5), em Assunção, no<br />
Paraguai. A ação foi coordenada<br />
pela Secretaria Nacional<br />
Antidrogas (Senad) do Paraguai<br />
em conjunto com a Polícia<br />
Federal do Brasil. Segundo<br />
informações, o grupo planejava<br />
o resgate do traficante Marcelo<br />
Fernando Pinheiro Veiga,<br />
o Marcelo Piloto, apontado<br />
com um dos líderes da facção<br />
brasileira Comando Vermelho.<br />
"Esse foi o plano que mais<br />
perto chegou do criminoso. Nas<br />
outras vezes, a polícia conseguiu<br />
abortar o plano antes do<br />
início da execução, ainda no<br />
Brasil. Dessa vez, já tinha alugado<br />
pelo menos três casas, cinco<br />
carros e iriam agir neste fim<br />
de semana", disse o delegado<br />
Júlio Baida, em entrevista coletiva<br />
na sede da PF em Brasília.<br />
Os presos foram identificados<br />
como Marisa de Souza Penna<br />
(esposa de Marcelo), Thiago<br />
Lucas Gonçalves, Wanderson<br />
Ferreira de Paula Silva,<br />
Juarez Ítalo Paiva Neto e Alan<br />
Neves da Conceição. Eles foram<br />
encaminhados à sede da Senad<br />
no país vizinho.<br />
O objetivo da quadrilha foi<br />
descoberto após um intenso trabalho<br />
de investigação. Os suspeitos<br />
estavam escondidos em<br />
uma residência no bairro São<br />
Vicente, localizado na Região<br />
Sul da capital paraguaia. No local<br />
os policiais localizaram um<br />
grande arsenal de guerra: sete<br />
fuzis, 15 pistolas, 42 carregadores<br />
de fuzil, 42 de pistola, 20 radiocomunicadores,<br />
uniformes camuflados<br />
do Exército, toucas tipo<br />
ninja, "miguelitos", dinheiro e<br />
artefatos explosivos. O poder de<br />
Quadrilha planejava invadir a sede da Agrupación<br />
Especializada, onde Marcelo Piloto está preso<br />
fogo está sendo avaliado pelos<br />
peritos da Polícia Federal.<br />
Entre as apreensões realizadas<br />
na casa, as equipes policiais<br />
encontraram um caderno<br />
com detalhes de um plano de<br />
fuga para resgatar Marcelo Piloto,<br />
que está preso desde o ano<br />
passado, na Agrupación Especializada,<br />
em Assunção. Conforme<br />
as investigações, esta é<br />
a segunda tentativa de resgate<br />
ao traficante. Os policiais procuram<br />
ainda uma metralhadora<br />
ponto 50 que também seria<br />
usada no resgate, mas, até o<br />
momento, a arma não foi localizada.<br />
Cinco veículos, entre<br />
picapes e carros de passeio alugados<br />
pela quadrilha, também<br />
foram retidos.<br />
A polícia realizou buscas em<br />
outras três casas alugadas pelo<br />
grupo, em cidades vizinhas à<br />
capital paraguaia. Nelas foram<br />
encontradas mais munições e<br />
armas que estavam enterradas<br />
no quintal. Além dos brasileiros,<br />
foi detido ainda um jovem<br />
paraguaio identificado como<br />
Luis Roberto Gómez Gaona. O<br />
suspeito foi preso na cidade de<br />
Lambaré após ser flagrado conduzindo<br />
um veículo suspeito.<br />
Ele é apontado como um dos<br />
colaboradores da quadrilha.<br />
A operação que frustrou a tentativa<br />
de resgate de Piloto foi possível<br />
graças à interação entre as<br />
forças de segurança do Brasil e<br />
do Paraguai desde a instalação<br />
do Centro de Cooperação Policial<br />
Internacional (CCPI) no<br />
Rio de Janeiro. "Nosso trabalho<br />
de interação com países da<br />
América do Sul tem sido muito<br />
importante, principalmente com<br />
o Paraguai, a Bolívia e a Colômbia,<br />
que são produtores de<br />
drogas. Temos policiais creditados<br />
nesses países", ressaltou o<br />
delegado Júlio Baida.<br />
Foto: Marcelo Romero/ABC Color<br />
Geral<br />
09<br />
Crime organizado<br />
O chefe da Senad, Arnaldo<br />
Giuzzio, acompanhou a ação<br />
desencadeada para prender<br />
a quadrilha brasileira.<br />
Segundo ele, o trabalho<br />
impediu um possível<br />
massacre, tendo em vista a<br />
grande quantidade de<br />
armamento que foi<br />
apreendida e o plano de<br />
ataque a um quartel policial.<br />
Giuzzio disse em entrevista<br />
ao jornal e à rádio ABC<br />
Cardinal que o crime<br />
organizado está instalado no<br />
Paraguai e que há suspeita de<br />
que pelo menos mais 20<br />
pessoas façam parte do<br />
grupo que planejava resgatar<br />
Marcelo Piloto. "Eu acredito<br />
que o crime organizado está<br />
instalado. Se esse ataque não<br />
tivesse sido frustrado a<br />
tempo, teria consequências<br />
piores do que o caso Prosegur<br />
em Ciudad del Este", declarou<br />
o chefe da Senad.<br />
Piloto<br />
Marcelo Piloto, de 43 anos,<br />
tem passagens pela polícia<br />
por homicídio, tráfico e<br />
associação para o tráfico,<br />
latrocínio e roubos. Ele foi<br />
preso em dezembro de 2017<br />
no Paraguai e permanece lá<br />
até hoje porque responde a<br />
processos criminais naquele<br />
país. O pedido de extradição<br />
para o Brasil já foi feito, mas<br />
é preciso aguardar o<br />
julgamento do bandido no<br />
país vizinho.<br />
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