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Tradição em campo para
garantir mais uma excelente campanha.
COPA PAULISTA
2018
Com dois títulos em três finais, Ferroviária
tem bom histórico na Copa Paulista.
Foi um time que fez história na
Ferroviária. No ano seguinte a conquista,
a base daquela equipe campeã,
carimbou o acesso à Série A2 do
Campeonato Paulista. De acordo com
o goleiro Tuti, foi o melhor elenco que
já trabalhou no futebol. “Era um grupo
solidário. Atletas, comissão técnica,
diretoria, enfim, todos trabalhavam em
prol do projeto da Ferroviária.” Sobre a
decisão, Tuti falou sobre a história da
jogada que originou o gol do título. “Um
episódio que marcou muito, foi esse
lance. O Vagner era um dos nossos
melhores cabeceadores, mas no calor
do jogo, ao invés de ir pra área, ele foi
bater a falta e acabou saindo o gol. São
esses detalhes que marcam e ficam
para a história.”
Autor do gol que deu o título à
Ferroviária, Jackson relembra com
carinho a grande decisão no Estádio
Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.
“Aquele jogo foi demais. Tinha muito
nervosismo, até por termos que decidir
fora de casa e sair perdendo. Passa um
filme muito bonito na nossa cabeça, por
toda a história que teve antes da bola
rolar.” O atacante lembra que quase
ficou fora até do banco de reservas.
“Eu torci o tornozelo um dia antes e não
ia viajar. Mas eu convenci o Edson Só,
treinador na época, que queria ir, nem
que fosse para ficar na reserva. Nos
últimos minutos do jogo, ele me chamou
e perguntou se eu estava bem. Falei que
sim, mas na verdade o pé doía bastante.
Fui feliz e abençoado ao marcar o gol do
título. Era um time que merecia aquele
título”, afirmou.
Em 2006, além do título, a Ferroviária
voltaria a disputar, em 2007, uma
competição nacional após mais de
uma década. Com a conquista, o time
jogou a Copa do Brasil, sendo eliminada
na primeira fase contra o Juventude.
Dez anos depois, a Locomotiva se
encontrava em mais uma final de Copa
Paulista. Desta vez contra o XV de
Piracicaba e um ano após voltar à elite
do Campeonato Paulista.
O goleiro Tadeu, grande destaque
do time nos últimos anos, estava
no elenco vice-campeão de 2016,
mas ainda era reserva de Matheus,
que brilhou muito durante aquela
competição. “Nosso trio de goleiros
era muito fechado no sentido de
sermos companheiros, um ajudando o
outro no dia a dia e isso fazia com que
nós evoluíssemos muito. Matheus é
um cara sensacional. Com certeza foi
um dos principais jogadores do nosso
time naquele ano e eu pude aprender
muito convivendo e trabalhando com
ele”, falou Tadeu.
Para o ídolo recente da Ferroviária,
aquele elenco merecia o título.
“Acredito que não tenha faltado nada
pra gente. Fizemos uma campanha
maravilhosa e na final tivemos uma
superação muito grande de ter
revertido o placar da derrota que
tivemos no primeiro jogo, acabamos
tomando um gol e o jogo foi para os
pênaltis. Mas, como eu disse, fizemos
de tudo para conquistar aquele título.”
O ano de 2017 foi especial para
Tadeu. Assumiu o posto de titular no
Campeonato Paulista e foi um dos
pilares da permanência da Ferroviária
na primeira divisão. Na Copa Paulista,
desta vez, o campeonato ficou na
Fonte Luminosa. Com uma campanha
irretocável, sendo 24 jogos, 14 vitórias,
seis empates e quatro derrotas, além
de marcar 41 gols, o melhor ataque da
competição e ter tomado apenas 18, a
melhor defesa, a Locomotiva ergueu o
Bicampeonato após uma decisão pra
lá de emocionante. Léo Castro, com
14 gols, foi o artilheiro da competição.
No primeiro jogo, contra a Internacional
de Limeira, fora de casa, o jogo ficou no
0 a 0. Na Fonte Luminosa, uma partida
que foi um teste pra cardíaco para os
afeanos presentes no estádio. Duas
vezes a frente do placar, com dois gols
de Hygor, a Ferroviária tomou o empate
nos últimos lances do jogo e a decisão,
novamente, foi para os pênaltis. “Passa
um filme na cabeça do ano interior, que
acabamos perdendo nas decisões de
penalidades e o torcedor, certamente
também estava com esse mesmo filme.
Mas, graças a Deus conquistamos
o título. É um dia que eu jamais vou
esquecer, foi o melhor dia da minha
vida profissional. Fico muito feliz de
ter marcado história na Ferroviária e
nós sabíamos da importância daquele
campeonato”, finalizou.
Com o título da Copa Paulista 2017,
a Ferroviária ganhou o direito de
disputar a Série D do Campeonato
Brasileiro em 2018, após 16 anos da
última vez que a Locomotiva jogou
uma divisão nacional.
Em 2018, a Ferroviária vai buscar o
tricampeonato da Copa Paulista e
uma vaga na Série D do Campeonato
Brasileiro 2019. Já são dois anos que
o clube chega às finais e o torcedor
foi de fundamental importância para
esse feito. Certamente, a torcida
fará a diferença novamente nas
arquibancadas.
Bicampeã e com um vice-campeonato no currículo, a Ferroviária está prestes a estrear na Copa Paulista, que tem início datado no
dia 5 de agosto, porém, a Locomotiva só entra em campo no dia 8, em Campinas, quando enfrenta o Red Bull Brasil.
Sempre com roteiros emocionantes, principalmente nas finais, a Ferroviária tem um bom histórico na disputa da competição
estadual. No primeiro título, em 2006, a campanha foi de 22 jogos, 11 vitórias, sete empates e apenas quatro derrotas. Foram
32 gols marcados e 21 sofridos, um saldo positivo de 11. Na ocasião, Alex, que posteriormente passou a ser conhecido
nacionalmente como Francisco Alex, terminou como o artilheiro da equipe, com seis gols.
Na final contra o Bragantino, o primeiro jogo teve vitória da Ferroviária, na Fonte Luminosa, justamente com gol de Alex. No segundo
jogo, em Bragança Paulista, a equipe saiu perdendo e o gol do título saiu aos 42 minutos do segundo tempo, com Jackson.
Daquele time, vários jogadores se destacaram e tiveram oportunidades em grandes times do Brasil. O próprio Alex, que foi contratado
pelo São Paulo junto com o atacante Caiuby, que hoje segue sua carreira no futebol alemão. Além deles, Renato Cajá, que tem passagens
de destaque no Botafogo-RJ e na Ponte Preta, e Leandro Donizete, que conquistou, recentemente, a Libertadores da América jogando
pelo Atlético Mineiro e passou por Coritiba e Santos, atualmente defende o América Mineiro.