Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
TÉCNICA - Defender Tdi e Tdci - Vinícius Maestrelli e Ricardo Pocholo<br />
Motor Tdi - Sistema<br />
de arrefecimento<br />
Para este nosso primeiro artigo abordando a motorização Tdi, seja dos<br />
“Defenders” ou dos “Discoveries” não tem como falar de outro tema<br />
que não seja o sistema de arrefecimento.<br />
Este sistema é composto por alguns itens críticos que procuraremos tratar<br />
aqui. O sistema de arrefecimento contém, além do radiador e mangueiras<br />
facilmente identificados por todos, o vaso de expansão, a tampa do<br />
vaso de expansão, o ejetor, a bomba dágua, a válvula termostática, os<br />
famosos plugues plásticos, o tubo metálico para o sistema do ar quente,<br />
o radiador do ar quente, os selos do bloco e cabeçote, o conjunto hélice<br />
com seu elemento viscoso, o sensor de temperatura e por fim o fluído de<br />
arrefecimento.<br />
Como podem ver temos muito assunto para tratar aqui sobre cada um dos<br />
elementos deste sistema, suas vulnerabilidades e cuidados. Procuraremos<br />
trata-los priorizando-os em função da criticidade de cada um.<br />
Abordaremos neste primeiro artigo dois tópicos. O procedimento<br />
correto para enchimento do sistema e eliminação de ar e os aspectos<br />
envolvendo os dois famosos plugues plásticos, um posicionado sobre o<br />
radiador e outro posicionado bem na frente do motor, na campânula da<br />
válvula termostática. Estes plugues foram aí posicionados para permitir<br />
a eliminação da presença de ar no sistema de arrefecimento durante<br />
a fase de enchimento, por isto que eles estão no ponto mais alto do<br />
radiador e do bloco do motor respectivamente.<br />
Existe uma lenda sobre estes plugues que diz que eles são plásticos para<br />
atuarem como um “fusível”. A alegação seria de que no caso de um<br />
aumento de pressão ou temperatura do sistema eles se romperiam para<br />
proteger o motor. Esta alegação não se sustenta, pois seria o primeiro<br />
caso de um fusível que perante uma anomalia termina por danificar<br />
tudo. Seria como ter na sua casa um fusível na entrada de luz que no<br />
caso de um distúrbio na rede elétrica permite que pegue fogo na casa<br />
ao invés de isolar da rede para protege-la. Não vamos entrar aqui no<br />
motivo de serem em plástico mas o fato é que devem ser substituídos<br />
por plugues metálicos o mais rápido possível, pois se não tiverem a<br />
preventiva adequada irão falhar. E como tenho dito a quem me pergunta<br />
é melhor encarar a troca de forma planejada do que eles falharem por<br />
ressecamento num passeio ou à noite numa estrada deserta e com<br />
a família dentro do carro. A troca destes plugues abordaremos na<br />
sequência, mas vamos retomar o assunto do enchimento do sistema.<br />
Para o enchimento correto do sistema, estando o carro em um piso<br />
nivelado, com todas as mangueiras adequadamente instaladas e<br />
com suas abraçadeiras apertadas, inicia-se adicionando fluído de<br />
arrefecimento pelo reservatório de expansão até que surja fluído no<br />
orifício superior do radiador, isto significa que o radiador está cheio<br />
e sem qualquer bolsão de ar. Neste momento para-se de adicionar<br />
o fluído e instala-se o plugue do radiador, utilizando um plugue com<br />
rosca BSP (paralela) com sede de vedação para um anel o’ring de<br />
borracha conforme o part-number ERR4686 (figura no alto da página<br />
ao lado). Evite usar bujões hidráulicos com rosca NPT (cônica) pois<br />
este tipo de rosca promove a vedação nos fios da mesma e por ser<br />
cônica, forçam a peça de alumínio que é fundida e corre-se o risco de<br />
trincamento e comprometimento da campânula da termostática ou da<br />
caixa do radiador, ambos itens de alto valor em caso de necessidade de<br />
substituição.<br />
Instalado o plugue adequado prossegue-se com a adição de fluído até<br />
que o mesmo apareça no orifício da campânula da termostática. Isto<br />
significa que todo o bloco do motor, cabeçote e radiador do ar quente<br />
estão cheios. Neste momento interrompe-se a adição de fluído e instalase<br />
o plugue no orifício da campânula seguindo as orientações acima.<br />
Com os dois plugues apertados e com o intuito de garantir a eliminação<br />
de qualquer bolha de ar no sistema, recomenda-se a desconexão da<br />
mangueira fina que sai da campânula da termostática para o ejetor,<br />
o tamponamento da mangueira com um “batoque” de madeira ou<br />
mesmo um parafuso, e a instalação na conexão da campânula de uma<br />
mangueira cristal, daquelas finas e transparentes, de forma que a outra<br />
50 | go anywhere