Revista COAMO - Edição 483 - Agosto/2018
Práticas Sustentáveis - Cooperados fazem uso racional de defensivos agrícolas, comprovando que o uso consciente garante a produção de alimentos com sustentabilidade.
Práticas Sustentáveis - Cooperados fazem uso racional de defensivos agrícolas, comprovando que o uso consciente garante a produção de alimentos com sustentabilidade.
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DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />
FAZENDA EXPERIMENTAL É LABORATÓRIO A CÉU ABERTO PARA VALIDAR<br />
E REPASSAR TECNOLOGIAS AOS MAIS DE 28 MIL ASSOCIADOS DA <strong>COAMO</strong><br />
área de ação da cooperativa, nos<br />
Estados do Paraná, Santa Catarina<br />
e Mato Grosso do Sul. “A Coamo<br />
dispõe de profissionais habilitados<br />
pelo conselho que rege a categoria,<br />
que é o Crea. Ou seja, há uma<br />
grande responsabilidade em cima<br />
destes técnicos”, explica Lucas<br />
Gouvea, chefe do Departamento<br />
de Suporte Técnico da Coamo.<br />
Diante dessa responsabilidade<br />
e preocupação da Coamo<br />
para a realização de um trabalho<br />
de excelência, Gouvea esclarece<br />
que toda equipe técnica vistoria<br />
as áreas para obter um diagnóstico<br />
sobre a necessidade de aplicação<br />
dos defensivos agrícolas.<br />
“Tudo parte da visita que nossos<br />
agrônomos realizam em campo.”<br />
Contudo, Lucas Gouvea<br />
explica que outra vertente importante<br />
para este trabalho é o manejo<br />
integrado de pragas. “O diagnóstico,<br />
além de tudo, passa pelo MIP,<br />
que nada mais é do que as pragas<br />
chegarem a um nível de dano que<br />
justifique uma intervenção química.<br />
Essa prática é bastante difundida<br />
por todos os técnicos da Coamo.”<br />
Além disso, ele destaca que é preciso<br />
atentar-se a tecnologia de<br />
aplicação, que vem evoluindo ano<br />
após ano. “É uma prática comum,<br />
mas que tem princípios básicos. Primeiramente,<br />
o cooperado precisa<br />
ter controle da condição climática<br />
– ventos, umidade relativa do ar e<br />
temperatura - naquele momento da<br />
aplicação. Isso para que o produto<br />
possa realmente atingir o alvo, evitando<br />
problemas de deriva.”<br />
O engenheiro agrônomo<br />
diz que um ponto importante e<br />
diferencial da Coamo é a Fazenda<br />
Experimental. “Em nosso laboratório<br />
a céu aberto, desenvolvemos<br />
trabalhos direcionados aos cooperados.<br />
Os produtos e serviços<br />
que temos a disposição dos associados,<br />
em algum momento, passaram<br />
pela Fazenda Experimental<br />
para validarmos. Levamos, assim,<br />
a certeza de que o que estão utilizando<br />
realmente trará um benefício.”<br />
Por dentro da lei<br />
O uso dos defensivos agrícolas no Brasil<br />
é regido pela Lei nº 7.802, de 11 de julho<br />
de 1989, que foi publicada em 2002, pelo<br />
decreto 4.074/02, momento em que a<br />
fiscalização foi intensificada. A legislação<br />
define vários protagonistas, sendo o agricultor,<br />
o agrônomo e o fornecedor, os principais.<br />
Cada um tem uma responsabilidade<br />
muito bem definida, conforme explica<br />
o advogado e chefe do Departamento de<br />
Direito Administrativo e Meio Ambiente<br />
da Coamo, Djalma Lucio Oliveira.<br />
Conforme o advogado, no dia a dia, a<br />
lei é cumprida de forma exemplar, mas<br />
é sempre bom lembrar de alguns detalhes<br />
e riscos que os atores desse processo<br />
estão sujeitos. “Embora o número de<br />
acidentes e intoxicações com defensivos<br />
agrícolas sejam muito baixos, pois os<br />
defensivos e os equipamentos de aplicação<br />
evoluíram muito, proporcionando<br />
uma segurança muito maior, a fiscalização<br />
tem aumentado cada vez mais.”<br />
Antes da aplicação dos defensivos, recomendação é a utilização do MIP, que nada mais<br />
é do que as pragas chegarem num nível de dano que justifique uma intervenção química<br />
Com possíveis desdobramentos até mesmo<br />
criminais, o homem do campo, precisa<br />
estar atento a cada detalhe para seguir a<br />
lei a risca. “É preciso que o agricultor conheça<br />
muito bem a lei, pois existem casos<br />
que podem levar a pena de 2 a 4 anos de<br />
reclusão. Se os defensivos forem recomendados<br />
para determinada área, devem ser<br />
utilizados exatamente na área recomendada,<br />
mesmo que haja uma área próxima e<br />
similar. Por isso, o agricultor deve atender<br />
exatamente o que está recomendado pelo<br />
agrônomo no receituário.”<br />
20 REVISTA<br />
<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>