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Revista COAMO - Edição 483 - Agosto/2018

Práticas Sustentáveis - Cooperados fazem uso racional de defensivos agrícolas, comprovando que o uso consciente garante a produção de alimentos com sustentabilidade.

Práticas Sustentáveis - Cooperados fazem uso racional de defensivos agrícolas, comprovando que o uso consciente garante a produção de alimentos com sustentabilidade.

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EXAME: <strong>COAMO</strong> É A 46ª MAIOR EMPRESA DO BRASIL E A 1ª PARANAENSE<br />

www.coamo.com.br<br />

AGOSTO/<strong>2018</strong> ANO 44<br />

EDIÇÃO <strong>483</strong><br />

EVENTOS PARA<br />

AS MULHERES<br />

Encontros valorizam<br />

a participação<br />

feminina na<br />

cooperativa<br />

CONTAGEM<br />

REGRESSIVA PARA<br />

A NOVA SAFRA<br />

Cooperados<br />

iniciaram os<br />

manejos e esperam<br />

com expectativa<br />

para a largada de<br />

um novo plantio<br />

Ivo Gondolo, cooperado<br />

em Ipuaçu (SC)<br />

PRÁTICAS<br />

SUSTENTÁVEIS<br />

Cooperados da Coamo fazem uso racional de defensivos agrícolas, comprovando<br />

que o uso consciente garante a produção de alimentos com sustentabilidade


Muito<br />

mais<br />

sabor.<br />

Acerte em cheio na escolha. Use Alimentos Coamo.<br />

A matéria-prima direto do produtor é sua garantia de qualidade e confiança para fazer receitas com muito mais sabor.<br />

MARCAS DE CONFIANÇA


EXPEDIENTE<br />

Órgão de divulgação da Coamo<br />

Ano 44 | <strong>Edição</strong> <strong>483</strong> | <strong>Agosto</strong> de <strong>2018</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO <strong>COAMO</strong><br />

Ilivaldo Duarte de Campos: iduarte@coamo.com.br<br />

Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />

Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />

Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />

Contato: (44) 3599-8126/3599-8129<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte de Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />

Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte de Campos<br />

<strong>Edição</strong> de fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Colaboração: Gerência de Assistência Técnica, Entrepostos e Milena Luiz Corrêa<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento de Negócios Publicitários Ltda<br />

Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados<br />

ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> Coamo.<br />

<strong>COAMO</strong> AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />

www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presidente: Engº Agrº José Aroldo Gallassini, Vice-Presidente: Engº Agrº Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Diretor-Secretário: Engº Agrº<br />

Ricardo Accioly Calderari. MEMBROS VOGAIS: Nelson Teodoro de Oliveira, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Wilson Pereira de Godoy, João Marco<br />

Nicaretta e Alessandro Gaspar Colombo.<br />

CONSELHO FISCAL: Halisson Claus Welz Lopes, Willian Ferreira Sehaber e Sidnei Hauenstein Fuchs (Efetivos). Jovelino Moreira, Diego Rogério Chitolina e Vendelino Paulo<br />

Graf (Suplentes).<br />

SUPERINTENDENTES: Administrativo: Antonio Sérgio Gabriel; Comercial: Alcir José Goldoni; Industrial: Divaldo Corrêa; Logística e Operações : Airton Galinari;<br />

Técnico: Aquiles de Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões de hectares. Capacidade Global de Armazenagem: 6,41 milhões de toneladas. Receita Global de 2017: R$ 11,07 bilhões. Tributos e taxas<br />

gerados e recolhidos em 2017: R$ 463,63 milhões.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

3


SUMÁRIO<br />

32<br />

Cooperados contam com autoatendimento<br />

Novidade é mais um benefício para os associados que agora podem adquirir peças, acessórios, utensílios<br />

e produtos veterinários, com mais comodidade e agilidade, em um ambiente amplo e moderno<br />

4 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


SUMÁRIO<br />

Entrevista<br />

Dionísio Gazziero, engenheiro agrônomo e pesquisador na área de Plantas Daninhas da Embrapa,<br />

destaca a atuação da pesquisa e os desafios do agronegócio brasileiro para uma produção sustentável<br />

Boas práticas para o uso de defensivos agrícolas<br />

Cooperados da Coamo são exemplos quando o assunto é o manejo correto do solo e aplicação<br />

de boas práticas agrícolas. Isso prova que o agricultor é um forte aliado do meio ambiente<br />

Coamo é a 46ª maior empresa do Brasil<br />

No ranking da revista Exame – Melhores e Maiores <strong>2018</strong>, a cooperativa é a 46ª maior empresa<br />

do Brasil, a 1ª empresa paranaense e a 16ª entre as maiores do país com capital 100% nacional<br />

Novos investimentos para as Rações Coamo<br />

Coamo conta com linha completa de rações e vem investindo em unidades de transbordo para<br />

agilizar a entrega na propriedade dos cooperados mantendo a boa qualidade do produto<br />

08<br />

13<br />

23<br />

24<br />

37<br />

Benefícios Coamo<br />

Agregar valor à produção dos associados com desenvolvimento sustentável é a missão da Coamo.<br />

São muitos os benefícios em prol do progresso dos produtores associados. A Coamo os organizou<br />

em três pilares: “Cooperação além do campo”, “Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação” e “Logística,<br />

Gestão e Suporte”, abrangendo todas as áreas e atividades desde a aquisição dos insumos até o<br />

recebimento, industrialização, comercialização e exportação da produção<br />

Família cooperativista em foco<br />

Eventos realizados em São Domingos (SC), Mangueirinha (PR) e Coronel Vivida (PR) valorizam a participação<br />

feminina na cooperativa. Encontros contaram com palestras motivacionais e apresentações musicais<br />

40<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

5


O HÍBRIDO CERTO<br />

PARA A SUA REGIÃO<br />

FS450<br />

PW<br />

2B210<br />

PW<br />

2B512<br />

PW<br />

POWERCORE é uma tecnologia desenvolvida pela Dow AgroSciences e Monsanto. POWERCORE é marca registrada da Monsanto LLC.


EDITORIAL<br />

Nova safra com expectativas renovadas<br />

O<br />

reconhecimento da sociedade<br />

empresarial<br />

brasileira à Coamo é comemorado<br />

por todos nós. Pelo<br />

ranking da revista Exame – Melhores<br />

e Maiores <strong>2018</strong>, a Coamo<br />

é a 46ª maior empresa do Brasil, a<br />

maior empresa paranaense e a 16ª<br />

entre as maiores empresas do país<br />

com capital 100% nacional.<br />

Temos orgulho de ser do<br />

campo, do Brasil e exportar nossos<br />

produtos para o mundo, com<br />

a certeza de estarmos no caminho<br />

certo. A Coamo é uma empresa<br />

séria, bem administrada e profissionalizada,<br />

voltada para o interesse<br />

dos associados.<br />

O fornecimento de produtos<br />

e serviços são benefícios<br />

relevantes que disponibilizamos<br />

aos cooperados para promover<br />

desenvolvimento técnico, educacional<br />

e social, e por extensão aos<br />

seus familiares.<br />

Nesta edição da <strong>Revista</strong><br />

Coamo destacamos dois benefícios<br />

fundamentais, os quais são<br />

divulgados para conhecimento e<br />

valorização do quadro social. Esses<br />

benefícios são o fornecimento de<br />

toda a linha de insumos e a estrutura<br />

de armazenagem dos insumos.<br />

O Plano Safra é um grande<br />

benefício para os associados,<br />

que adquirem os produtos de<br />

acordo com o planejamento e<br />

necessidade, mediante apoio da<br />

assistência técnica. Os associados<br />

também têm a certeza de retirar<br />

os insumos de comprovada<br />

eficiência do armazém da cooperativa<br />

no momento certo, observando<br />

as épocas e recomendações<br />

adequadas para o plantio.<br />

Os insumos Coamo têm garantia<br />

de qualidade e de segurança,<br />

sendo resultado de uma grande<br />

atuação da cooperativa junto aos<br />

fornecedores, visando a agregação<br />

de valor ao quadro social.<br />

Os associados podem fazer<br />

a retirada dos produtos aos<br />

poucos, conforme sua necessidade,<br />

e desta maneira não precisam<br />

estocar os produtos nas propriedades,<br />

porque a cooperativa faz isso<br />

há muitos anos por eles, dando a<br />

tranquilidade necessária para o<br />

plantio no período recomendado.<br />

Em relação as safras, devido<br />

aos problemas climáticos, a produção<br />

da segunda safra de milho,<br />

também chamada de milho safrinha,<br />

e a de trigo não serão as esperadas<br />

pelos associados. Mas, mesmo<br />

com os riscos que as culturas<br />

apresentam, teremos colheitas com<br />

boas médias de produtividade.<br />

Em breve, as plantadeiras<br />

entrarão em ação nos campos dos<br />

associados para a implantação<br />

das lavouras <strong>2018</strong>/19. Com a graça<br />

de Deus, torcemos por clima<br />

satisfatório, bom plantio em face<br />

do uso adequado de tecnologias,<br />

produção significativa e preços satisfatórios,<br />

para termos colheitas<br />

com produção e renda.<br />

Os resultados da assistência<br />

técnica da Coamo, ao longo<br />

dos anos, confirmam que os associados<br />

sabem plantar e muito<br />

bem, com o uso racional de defensivos<br />

agrícolas na prática de uma<br />

agricultura sustentável com a preservação<br />

do meio ambiente. Eles<br />

estão evoluindo nos processos de<br />

tecnologia e gestão, e vem safra<br />

após safra melhorando na administração<br />

dos negócios e obtendo<br />

rentabilidade, que é o objetivo<br />

maior da atividade agrícola.<br />

"Temos orgulho de<br />

ser do campo, do<br />

Brasil e exportar<br />

nossos produtos<br />

para o mundo, com a<br />

certeza de estarmos no<br />

caminho certo."<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Diretor-presidente da Coamo<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

7


ENTREVISTA: DIONÍSIO GAZZIERO<br />

“Saída é fazer o manejo integrado e saber<br />

administrar o problema das plantas daninhas”<br />

O<br />

pesquisador<br />

“ brasileiro mundo. Isso foi possível graças aos<br />

possui boa formação,<br />

alto conhecimento e muita<br />

criatividade. Nossa pesquisa assemelha-se<br />

a de países desenvolvidos<br />

e destaco o reconhecimento<br />

que temos também no exterior.” A<br />

afirmação é de Dionísio Luiz Pisas<br />

Gazziero, engenheiro agrônomo<br />

e pesquisador na área de Plantas<br />

Daninhas da Embrapa.<br />

<strong>Revista</strong> Coamo: Qual a importância<br />

do trabalho da Embrapa em<br />

face do desenvolvimento da pesquisa<br />

agronômica brasileira?<br />

Dionísio Luiz Pisas Gazziero: A<br />

Embrapa além de fazer suas próprias<br />

pesquisas interage e apoia<br />

as instituições estaduais como o<br />

Iapar, as universidades e as pesquisas<br />

realizadas pelas cooperativas.<br />

Temos uma importante rede<br />

de pesquisa em parceria, o que<br />

permitiu não só apoiar nossos<br />

agricultores, mas também receber<br />

o reconhecimento sobre a importância<br />

da pesquisa agrícola brasileira<br />

para o desenvolvimento do<br />

país, nos últimos 40 anos.<br />

RC: Em que nível está a pesquisa<br />

agronômica brasileira em comparação<br />

com as de outros países?<br />

Gazziero: O Brasil é um grande<br />

produtor de alimentos e, cada vez<br />

mais, se espera que possamos ajudar<br />

a garantir a produção para o<br />

nossos agricultores e as pesquisas<br />

desenvolvidas em nosso país, não<br />

só pela Embrapa, mas também<br />

pelas empresas e universidades<br />

públicas e privadas. Além disso, as<br />

informações aqui geradas são importantes<br />

para ajudar países mais<br />

pobres que não dispõe de uma<br />

rede de pesquisa como temos no<br />

Brasil.<br />

RC: Muitas plantas daninhas tidas<br />

como controladas no passado estão<br />

voltando, causando prejuízos<br />

e se tornando resistentes. O que<br />

fez com que isso acontecesse?<br />

Gazziero: Os mais velhos ainda<br />

se lembram de como era difícil e<br />

complicado fazer o controle das<br />

plantas daninhas na soja convencional.<br />

Naquela época já existiam<br />

problemas com a resistência<br />

de picão-preto, amendoim-bravo,<br />

capim-marmelada entre outras.<br />

Depois da chegada da soja transgênica<br />

resistente ao glifosato tudo<br />

mudou e ficou muito mais fácil. De<br />

uma hora para outra os problemas<br />

com as plantas daninhas desapareceram.<br />

Falava-se que não<br />

precisávamos mais fazer manejo,<br />

pois era só aplicar glifosato e tudo<br />

estava resolvido. Mas, a natureza<br />

é mais esperta que nós. Mesmo<br />

que uma espécie seja sensível a<br />

um produto, pode existir no meio<br />

da população um indivíduo que é<br />

resistente. Ele acaba sendo selecionado<br />

e não morre com a aplicação,<br />

produzindo sementes e se<br />

multiplicando na área. Depois de<br />

um tempo todos os biótipos sensíveis<br />

desaparecem e sobrevivem<br />

os resistentes. Nesse meio tempo,<br />

as colhedeiras e o vento se encarregam<br />

de espalhar para toda a vizinhança<br />

e região. Ou seja, o uso<br />

continuado do mesmo produto<br />

selecionou plantas resistentes. Assim,<br />

o problema foi causado pelo<br />

homem, que não sabe utilizar de<br />

forma adequada as tecnologias<br />

colocadas ao se dispor. O que<br />

aconteceu com a resistência aos<br />

herbicidas na soja convencional,<br />

voltou a acontecer na resistente<br />

ao glifosato. Não aprendemos<br />

com nossos erros anteriores.<br />

RC: O que o produtor deve fazer<br />

para que isso não aconteça com<br />

as plantas que ainda são de fácil<br />

“Manejo integrado<br />

é uma filosofia de<br />

trabalho, é ter uma<br />

forma diferente de<br />

pensar, ter sabedoria,<br />

conhecimento e<br />

resolver o problema.”<br />

8 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


controle?<br />

Gazziero: A saída é fazer o manejo<br />

integrado. Costumo dizer<br />

que o manejo integrado é uma<br />

filosofia de trabalho. Ou seja,<br />

é ter uma forma diferente de<br />

pensar, é ter sabedoria, conhecimento<br />

e assim resolver o problema.<br />

Manejar significa saber administrar<br />

o problema das plantas<br />

daninhas. O que é bem diferente<br />

de simplesmente aplicar continuadamente<br />

um mesmo produto.<br />

Veja o caso do glifosato. Utiliza-se<br />

glifosato na dessecação<br />

de pré-semeadura, no milho, na<br />

soja. Geralmente se aplica três<br />

a cinco vezes ao ano esse mesmo<br />

produto na mesma área. No<br />

manejo integrado você continua<br />

usando glifosato, porém, sempre<br />

que possível, substitui por<br />

outro. Se não for possível substituir<br />

é necessário fazer combinação<br />

com outros produtos de<br />

diferentes mecanismos de ação.<br />

Sempre que possível faz-se rotação<br />

de culturas, pelo menos<br />

no inverno. Usa-se espécies que<br />

produzem uma boa cobertura<br />

do solo como a aveia, o trigo, a<br />

braquiária ou qualquer outra.<br />

Para manejar é preciso planejar,<br />

é preciso prevenir, se dispor a<br />

pensar e agir sobre como não<br />

deixar que as plantas daninhas<br />

tomem conta da área de produção.<br />

É não pensar apenas no<br />

controle químico, mas sim em<br />

integrar com todas as alternativas<br />

possíveis, inclusive fazendo a<br />

agricultura e a pecuária na mesma<br />

área, em rotação, quando<br />

possível. Costumamos dizer que<br />

uma boa palhada pode ser me-<br />

Dionísio Luiz Pisas Gazziero, engenheiro agrônomo e<br />

pesquisador na área de Plantas Daninhas da Embrapa<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

9


ENTREVISTA: DIONÍSIO GAZZIERO<br />

"A ENTRESSAFRA É UMA ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA FAZERMOS<br />

BONS CONTROLES E MANTER A ÁREA LIVRE DAS PLANTAS DANINHAS."<br />

lhor que muitos herbicidas. Enfim,<br />

precisamos dar mais atenção para<br />

os prejuízos causados pelas plantas<br />

daninhas e aprender a conviver<br />

com elas.<br />

RC: Uma mesma planta que pode<br />

ser aliada do produtor, também,<br />

pode ser um problema. Qual deve<br />

ser o tratamento e o manejo com<br />

essa planta para que não se torne<br />

daninha e de difícil controle?<br />

Gazziero: Azevém e aveia podem<br />

ser exemplos da sua pergunta.<br />

São espécies importantes na nossa<br />

agricultura e que nos ajudam<br />

a controlar outras espécies. Mas<br />

para muitos agricultores estas espécies<br />

estão se tornado um problema<br />

devido à resistência aos<br />

herbicidas. A solução passa pela<br />

prevenção, depois por não deixar<br />

o problema crescer na sua área e<br />

por segurar ao máximo o banco<br />

de sementes e a sua multiplicação.<br />

É preciso também trabalhar<br />

com culturas e produtos que possam<br />

ajudar no controle. Por isso eu<br />

destaco a importância do agricultor<br />

ir ao entreposto conversar com<br />

o técnico para buscar a saída mais<br />

viável.<br />

RC: Como avalia o controle no período<br />

de entressafra?<br />

Gazziero: A entressafra é uma ótima<br />

oportunidade para fazermos<br />

bons controles e manter a área livre<br />

das plantas daninhas. Quando<br />

deixamos a área infestar na entressafra<br />

ou quando deixamos que as<br />

plantas cresçam demais, tudo se<br />

complica. Plantas daninhas se<br />

multiplicam de forma impressionante.<br />

Uma única planta, depois<br />

de poucos meses, pode produzir<br />

1000, 10.000, 100.000 sementes<br />

ou até mais, e, em pouco tempo<br />

“O Brasil é um grande<br />

produtor de alimentos<br />

e esperamos que ajude<br />

a garantir a produção<br />

de alimentos para<br />

o mundo. Isso foi<br />

possível graças aos<br />

nossos agricultores,<br />

pesquisadores e<br />

instituições.”<br />

podem tomar conta da área de<br />

produção. Por isso, recomendo<br />

que o agricultor dê uma atenção<br />

especial ao banco de sementes e<br />

não deixe que as plantas se multipliquem,<br />

o que ocorre comumente<br />

na entressafra. Geralmente<br />

é nesse período que ocorre multiplicação<br />

das plantas daninhas.<br />

Nós precisamos ocupar o espaço<br />

e não deixar que elas ocupem.<br />

RC: Para a área de manejo de<br />

plantas daninhas, o que deve se<br />

esperar da pesquisa para os próximos<br />

anos? Como o produtor rural<br />

pode ser um aliado nesse processo?<br />

Gazziero: Há mais de duas décadas<br />

não chega no mercado produtos<br />

com novos mecanismos de<br />

ação. Antes de 2025, provavelmente,<br />

não teremos novidades<br />

nesse campo. Assim, temos que<br />

cuidar dos nossos velhos produtos.<br />

Novas tecnologias como a<br />

Soja Enlist e a Soja Dicamba estão<br />

a caminho, mas apenas para o<br />

controle de folhas largas. A soja LL<br />

já chegou. Rotacionar tecnologias<br />

será importante, mas exigirá muito<br />

planejamento. A nossa preocupação<br />

é principalmente com as<br />

gramíneas. Com a seleção de biótipos<br />

resistentes de capim-amargoso<br />

ao glifosato passamos a usar<br />

de forma intensa os graminicidas<br />

pós-emergentes. Corremos o risco<br />

de resistências múltiplas e de<br />

perder esses produtos. Temos que<br />

pensar em usar pré-emergentes<br />

como uma ferramenta de controle.<br />

O controle de plantas daninhas<br />

está ficando tão difícil quanto era<br />

na soja convencional. Por isso, o<br />

agricultor precisa interagir muito<br />

10 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


com o seu técnico, para encontrar<br />

a melhor forma de conviver com<br />

as plantas infestantes. É importante<br />

comentar que essa facilidade<br />

que vivemos com o glifosato já<br />

acabou para muitos. Para os que<br />

ainda não tem graves problemas<br />

recomendo que fiquem atentos.<br />

Temos que ter em mente que não<br />

existe receita pronta, e que é preciso<br />

fazer o diagnóstico e a receita<br />

por propriedade.<br />

RC: A Coamo se preocupa com o<br />

desenvolvimento tecnológico dos<br />

cooperados e tem importante trabalho<br />

na sua Fazenda Experimental.<br />

Nesse cenário, que impactos<br />

os trabalhos de pesquisa têm tido<br />

no Brasil?<br />

Gazziero: A Coamo tem uma importante<br />

parceira com a Embrapa,<br />

com o Iapar, com as Universidades,<br />

Fundação Meridional e com<br />

todas as empresas que se interessam<br />

no desenvolvimento de novas<br />

tecnologias. Na medida em que<br />

ela se preocupa com o desenvolvimento<br />

tecnológico dos cooperados,<br />

garante a eles mais segurança<br />

e estabilidade na produção.<br />

Além disso, gera uma riqueza de<br />

informações que são reconhecidas<br />

fora da Cooperativa. Prova<br />

disso é que os técnicos da Coamo<br />

são sempre convidados a participar<br />

dos grandes debates técnicos,<br />

como aconteceu recentemente no<br />

Congresso Brasileiro de Soja.<br />

RC: Pela Fazenda Experimental da<br />

Coamo passam pesquisadores de<br />

diversos institutos de pesquisa do<br />

país. Como avalia essa troca de informações<br />

entre a Coamo, cooperados<br />

e pesquisadores?<br />

Gazziero: Costumo participar dos<br />

dias de campo que a Coamo faz<br />

para os cooperados e a troca de<br />

experiência entre os pesquisadores,<br />

técnicos da Coamo e os agricultores<br />

sempre resulta em ganho<br />

de conhecimento para todos. Eles<br />

aprendem conosco e nós aprendemos<br />

com eles. Isso é importante<br />

para todos nós que trabalhamos<br />

para gerar informações aos agricultores.<br />

“A Coamo tem<br />

importantes parceiras,<br />

se preocupa com o<br />

desenvolvimento<br />

tecnológico dos<br />

cooperados para garantir<br />

maior segurança<br />

e estabilidade na<br />

produção.”<br />

SOBRE O ENTREVISTADO<br />

Dionísio Luiz Pisas Gazziero é formado pela<br />

Universidade Federal Paraná desde dezembro<br />

de 1974. Em março de 1976, ele ingressou<br />

na Embrapa como pesquisador na área<br />

de Plantas Daninhas. Possui mestrado pela<br />

Universidade Federal do Rio Grande do Sul<br />

(1980) e doutorado pela Universidade Estadual<br />

de Londrina (2003). Foi consultor da<br />

FAO para América Latina e Caribe, no Grupo<br />

do Melhoramento do Manejo de Plantas Daninhas<br />

e coordenador nacional do Programa<br />

IICA/BID/PROCISUR.<br />

Gazziero foi presidente da Sociedade Brasileira<br />

da Ciência das Plantas Daninhas,<br />

presidente da Associação dos Engenheiros<br />

Agrônomos de Londrina (AEA-LD), da Federação<br />

dos Engenheiros Agrônomos do Paraná<br />

(FEA/PR), conselheiro e diretor do CREA – PR.<br />

Recebeu o prêmio Profissional do Ano pelo<br />

CREA-PR em 2013, o prêmio de melhor trabalho<br />

científico da <strong>Revista</strong> Planta Daninha<br />

no período de 2014-2016, e tese de mestrado<br />

premiada pela Sociedade Brasileira de<br />

Plantas Daninhas.<br />

Dionísio Gazziero sempre participa dos eventos técnicos realizados pela Coamo<br />

Possui inúmeros trabalhos e capítulos de livros<br />

publicados no Brasil e no exterior. Atualmente<br />

além dos trabalhos na área de manejo<br />

integrado de plantas, também, é conselheiro<br />

do CREA-PR e diretor de Política Profissional<br />

da Associação dos Engenheiros Agrônomos<br />

do Paraná.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 11


12 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

BOAS PRÁTICAS<br />

de uso de defensivos agrícolas<br />

Quem é do campo sabe muito bem que os<br />

defensivos agrícolas são avanços tecnológicos.<br />

São fruto da pesquisa agronômica que<br />

além do desenvolvimento das tecnologias se preocupa<br />

em formas de manejo consciente, para que tanto<br />

o agricultor que aplica, quanto o consumidor final<br />

não sofram danos.<br />

A parceria da cooperativa com a pesquisa é<br />

mais um diferencial que garante aos produtores rurais<br />

o conhecimento necessário para o manejo adequado<br />

nas lavouras. No caso da Coamo, a preocupação é<br />

tanta que a cooperativa desde a sua fundação conta<br />

com um laboratório a céu aberto próprio: a Fazenda<br />

Experimental, para validar as tecnologias e capacitar<br />

agrônomos e cooperados para o correto manejo.<br />

Com esse cenário, os mais de 28 mil cooperados<br />

da Coamo são exemplos em manejo consciente,<br />

devolução das embalagens vazias de defensivos e<br />

uso de equipamentos de proteção individual e coletiva.<br />

São práticas que tornam o agricultor um profissional<br />

responsável economicamente, ambiental e social.<br />

Doraci Teresinha Kunz Pavelegini, de Mangueirinha<br />

(Sudoeste do Paraná), é cooperada da Coamo<br />

e exemplo quando o assunto é a realização de<br />

boas práticas de produção. “Utilizamos os defensivos<br />

agrícolas de acordo com a recomendação técnica<br />

que recebemos da Coamo, uma cooperativa preocupada<br />

com o manejo correto. Agimos de acordo com<br />

essas orientações, visando, além da preservação do<br />

meio ambiente, que é o maior bem que temos, a redução<br />

de custos. ”<br />

A aplicação consciente de defensivos agrícolas,<br />

para Dona Dorinha, como é conhecida, é uma<br />

ferramenta de apoio ao agricultor. “Nós que somos<br />

do campo queremos produzir, mas também cuida-<br />

Doraci Teresinha Kunz Pavelegini, de Mangueirinha (PR), é exemplo<br />

quando o assunto é a realização de boas práticas de produção<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 13


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

COOPERADOS <strong>COAMO</strong> SÃO REFERÊNCIA EM ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS.<br />

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS E BOAS PRÁTICAS FAZEM PARTE DO TRABALHO<br />

mos do meio ambiente que deixaremos para a geração<br />

futura. Além disso, o alimento que entregamos<br />

é para nosso consumo. Por isso, quando manejamos<br />

corretamente, estamos preservando a natureza e entregando<br />

alimentos saudáveis”, explica a cooperada.<br />

Ela ainda destaca que sem o uso de defensivos<br />

seria impossível produzir. “Com todo respeito<br />

àqueles que defendem o não uso deles, mas sabemos<br />

que seria impossível produzir alimentos e<br />

suprir a demanda mundial sem essa ferramenta.<br />

Como sustentaríamos toda a população? ”, ressalta<br />

a agricultora.<br />

Sempre presente em eventos técnicos da<br />

Coamo, dona Dorinha, ainda busca constantemente<br />

o aprimoramento de sua equipe. “Como fazemos<br />

parte da Coamo, uma cooperativa muito preocupada<br />

com o nosso desenvolvimento, sempre tem<br />

eventos para que possamos aprimorar as técnicas<br />

de produção. Toda as vezes que tem um treinamento<br />

nosso funcionário participa. Já estamos inscritos<br />

no próximo curso sobre Manejo Integrado de Pragas,<br />

mais uma forma de se manejar e reduzir o uso<br />

de defensivos.”<br />

Produtora em uma região fria, dona Dorinha,<br />

sabe que preservar o solo é necessário. “Apesar das<br />

dificuldades que temos com o plantio de algumas<br />

culturas devido ao clima da região, nunca deixamos<br />

o solo descoberto e, inclusive, neste ano procuramos<br />

outras opções de cobertura. Temos uma massa foliar<br />

muito grande, sendo esta mais uma forma de reduzir<br />

o uso de defensivos, pois existem ervas daninhas<br />

que crescem em ambientes com menos cobertura.<br />

Se deixamos o solo descoberto, beneficiamos o crescimento<br />

dessas ervas daninhas, obviamente teríamos<br />

de utilizar mais o controle químico.”<br />

Há pouco tempo na agricultura, a cooperada<br />

diz que nada se iguala a satisfação de produzir alimentos.<br />

“Saber que contribuímos para alimentar não<br />

só o Brasil como também o mundo é muito gratificante.<br />

Seguindo as recomendações técnicas é possível<br />

produzir alimentos de forma sustentável. ”<br />

Trabalho na propriedade da cooperada Doraci Teresinha Kunz<br />

Pavalegine é realizado com parceria e respaldo técnico da Coamo. Na<br />

imagem a cooperada com o engenheiro agrônomo Wagner Locatelli<br />

Fazendo a coisa certa<br />

Outro cooperado que não abre mão de uma<br />

produção sustentável de alimentos é Ivo Gondolo, de<br />

Ipuaçu (Oeste de Santa Catarina). Ele segue as orientações<br />

técnicas da Coamo à risca. “A agricultura exige<br />

conhecimento para o momento certo para aplicação<br />

dos defensivos agrícolas. Para cada situação existe<br />

um produto e a quantidade ideal para se aplicar.<br />

Seguindo esses parâmetros não existe risco a nossa<br />

saúde e nem a do consumidor. ”<br />

No começo do dia, o cooperado confere<br />

cada bico da máquina de pulverização, avalia a vazão<br />

e limpa os filtros de cada tanque. São cuidados<br />

necessários para que a aplicação seja efetiva. “O objetivo<br />

é colocar a quantidade exata de agroquímicos,<br />

sem desperdício ou excesso. A aplicação precisa ser<br />

realizada de forma eficiente.”<br />

Quanto ao aumento da produção, o cooperado<br />

destaca que é possível, e sem descuidar<br />

do manejo consciente. “Ano a ano, novas variedades<br />

surgem no mercado, permitindo o incremen-<br />

14 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

Outro cooperado que não abre mão de uma produção<br />

sustentável de alimentos é Ivo Gondolo, de Ipuaçu (SC).<br />

Ele segue as orientações técnicas da Coamo à risca<br />

to da produção de uma forma<br />

sustentável. Basta se planejar e<br />

seguir o que o agrônomo nos<br />

recomenda. Por isso, não abro<br />

mão de participar nos eventos<br />

técnicos da cooperativa e de<br />

ouvir atentamente aquilo que o<br />

técnico repassa nas visitas a nossa<br />

propriedade”, destaca.<br />

Orgulhoso por ser um<br />

produtor de alimentos, ‘seo’ Ivo<br />

salienta que o homem do campo<br />

é o primeiro a defender o meio<br />

ambiente. “É claro que aplicamos<br />

defensivos agrícolas, mas<br />

sempre seguindo as normas e<br />

padrões exigidos e com a orientação<br />

do agrônomo da Coamo.<br />

Isso prova que fazemos o uso<br />

moderado, pois além de garantir<br />

um alimento seguro, reduz os<br />

custos de produção.”<br />

Para Bruno Henrique Alves<br />

Garcia, engenheiro agrônomo<br />

da Coamo em Ipuaçu, a tecnologia<br />

de aplicação é uma das<br />

principais ferramentas para obter<br />

melhor produtividade. “Para colher<br />

bem e com sustentabilidade<br />

é preciso ter conhecimento. Por<br />

isso, a assistência técnica da Coamo<br />

trabalha junto do produtor rural.<br />

Nesse quesito os cooperados<br />

da Coamo saem na frente, pois<br />

têm suporte e estão acostumados<br />

a fazer a coisa certa.”<br />

Para Bruno Henrique Alves Garcia, engenheiro agrônomo da Coamo em Ipuaçu, a tecnologia de aplicação é uma das principais ferramentas para obter melhor produtividade<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 15


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Perpetuando o sistema<br />

Edelfonso Becker e Fernando<br />

Juliato Becker, pai e filho,<br />

trabalham juntos na propriedade<br />

da família localizada em Mamborê<br />

(Centro-Oeste do Paraná). Eles sabem<br />

que um manejo sustentável<br />

depende de conhecimento técnico<br />

e investimento. “Seguimos sempre<br />

as recomendações do departamento<br />

técnico. Mas, também é preciso<br />

ter máquinas que respondam às<br />

aplicações daquilo que você quer<br />

fazer, utilizar sementes de qualidade,<br />

a adubação recomendada para<br />

Fernando e o pai Edelfonso Becker, de Mamborê<br />

(PR), sabem que um manejo sustentável depende<br />

de conhecimento técnico e investimento<br />

a área e ter uma equipe que corresponda<br />

a todo esse investimento<br />

fazendo o que é preciso e na hora<br />

certa”, afirma Edelfonso.<br />

Ele também um produtor<br />

consciente e preocupado com o resultado<br />

e impacto do seu trabalho.<br />

“O alimento que estou produzindo<br />

poderá ser consumido pelo meu filho,<br />

pai e mãe. Temos que produzir<br />

aquilo que estamos dispostos a consumir.<br />

Produzir com consciência.”<br />

Com o aumento populacional,<br />

os defensivos agrícolas<br />

são fundamentais para a produção<br />

em larga escala. Contudo, é<br />

possível aliar o uso destes produtos<br />

à práticas sustentáveis. “São<br />

bilhões de pessoas se alimentando,<br />

e se não for a agricultura empresarial<br />

para produzir, somente a<br />

agricultura familiar não dará conta<br />

de alimentar todo esse povo.<br />

Mas, com a conservação do solo<br />

e do meio ambiente, é possível<br />

obter uma produção sustentável.”<br />

Edelfonso Becker, inclusive<br />

já repassa esse legado ao filho<br />

Fernando Juliato Becker. “Minha<br />

fase já está passando e a geração<br />

dos nossos filhos tem que vir com<br />

a consciência de produzir, preservando<br />

o meio ambiente.”<br />

O filho faz parte de uma<br />

nova geração de produtores rurais.<br />

Ele observa que essas práticas<br />

são fundamentais para perpetuar<br />

a atividade. “O agricultor não quer<br />

usar herbicida, ele precisa. Quanto<br />

menos usar é melhor, pois o custo<br />

é menor. Mas, a necessidade de alimentos<br />

no mundo está numa crescente,<br />

tão grande, que se não forem<br />

utilizadas todas as tecnologias disponíveis,<br />

em pouco tempo o mundo<br />

não terá alimento suficiente.”<br />

A consciência ambiental,<br />

conforme Fernando, já parte do<br />

próprio cuidado de se ter uma propriedade<br />

saudável. “Temos muitas<br />

ferramentas para produzir de<br />

forma sustentável e os defensivos<br />

são apenas uma dessas. Com uma<br />

rotação de culturas bem feita, por<br />

exemplo, muitas plantas daninhas<br />

ou insetos e pragas, têm a população<br />

reduzida no próximo ano.”<br />

16 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

Edelfonso Becker adota várias práticas e sistemas para uma produção sustentável.<br />

Todo trabalho é acompanhado pelo engenheiro agrônomo Marcelo Soares da Silva<br />

Lição de casa bem feita<br />

Quando o assunto é agricultura, o brasileiro pode<br />

estufar o peito e se orgulhar de ter nascido no Brasil, um<br />

país produtor de alimentos com alta tecnologia e um dos<br />

maiores exportadores do mundo. Porém, fazer a lição de<br />

casa bem feita, vai além da produção. Prova disso, são os<br />

resultados que o Brasil tem no campo da devolução das<br />

embalagens vazias de defensivos agrícolas, ou seja, 94%<br />

da embalagens são devolvidas corretamente. No Estados<br />

Unidos, por exemplo, esse número cai para 33%.<br />

O coordenador de Operações do Inpev, Fábio Macul,<br />

ressalta que o sistema de devolução de embalagens<br />

vazias funciona. “Outros países vêm ao Brasil para ver como<br />

fazemos essa logística. Somos uma parte do sistema, que<br />

é composto pelo agricultor, revenda, cooperativa, poder<br />

público e indústrias. O agricultor é peça chave, pois é consciente<br />

e colabora muito para que esse projeto continue dando<br />

grande resultado.”<br />

Devolução das embalagens vazias é uma ação importante para a sustentabilidade<br />

Jhony Moller, analista<br />

de desenvolvimento<br />

Técnico da Ocepar<br />

Cooperando<br />

a favor do mundo<br />

Jhony Moller, analista de desenvolvimento<br />

Técnico da Ocepar, avalia que o cooperativismo<br />

é um dos meios para que o agricultor<br />

trabalhe em favor de uma produção de<br />

alimentos consciente. “A cooperativa por meio<br />

do quadro técnico recomenda o uso de defensivos<br />

conforme a necessidade para cada<br />

situação. São realizadas avaliações in loco na<br />

propriedade dos cooperados e, conforme a<br />

necessidade, o agrônomo faz a recomendação<br />

para o controle daquela situação.”<br />

De acordo com Moller é possível que<br />

o agricultor alcance boas produtividades sem<br />

agredir o meio ambiente. “O uso de defensivos<br />

agrícolas é aliado a outras práticas que<br />

a cooperativa também desenvolve como, por<br />

exemplo, o manejo integrado de pragas e a<br />

avaliação do uso de um produto químico específico<br />

para o controle da praga. Sem necessidade,<br />

não há a indicação”, explica.<br />

“A produtividade que se alcançou hoje<br />

no país, pelo volume de produção, demandará<br />

em algum momento esse controle. Isso é<br />

necessário em razão de fatores que não temos<br />

interferência, como o clima, pragas, dentre outros.<br />

O que se precisa é uma avaliação técnica,<br />

e por meio de cooperativas como a Coamo,<br />

esse trabalho tem sido muito bem conduzido”,<br />

analisa Moller.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 17


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

Avanços na tecnologia são resultados<br />

de muitos anos de pesquisa científica<br />

Ciência a favor da produção<br />

Apesar de todos os esforços<br />

para a produção sustentável<br />

de alimentos, alguns setores tentam<br />

criminalizar a atividade agrícola<br />

que faz o uso de defensivos.<br />

O agricultor sabe que qualquer<br />

produto químico deve ser utilizado<br />

adequadamente, porém, a forma<br />

como se tem sido abordado o<br />

assunto por parte da mídia, passa<br />

a impressão de que a prática é negativa<br />

e prejudicial.<br />

O pesquisador da Embrapa,<br />

Dionísio Gazziero, é defensor<br />

de uma análise crítica e ponderada<br />

sobre o assunto. “Sabemos que<br />

qualquer produto químico deve<br />

ser utilizado com muita cautela.<br />

Por isso insistimos no uso adequado<br />

desses produtos. Se utilizarmos<br />

corretamente, evitaremos ao<br />

máximo qualquer tipo de problema.<br />

Mas, a forma como se coloca<br />

a discussão parece que tudo que<br />

acontece de ruim no mundo é devido<br />

ao agrotóxico. Isso não é bem<br />

assim, a moeda tem dois lados e<br />

precisamos olhar cada lado para<br />

ver o que está acontecendo.”<br />

Gazziero explica que o Brasil<br />

por se tratar de um país tropical<br />

precisa de defensivos agrícolas<br />

para produzir alimentos. “Precisamos<br />

desses produtos para manter<br />

a agricultura no país. Por outro<br />

lado, precisamos ter muito cuidado<br />

e a maioria dos agricultores utilizam<br />

de forma consciente”, explica.<br />

Segundo Gazziero, a<br />

orientação e preocupação técnica<br />

vai desde o momento da colocação<br />

do produto no tanque, pois a<br />

manipulação realizada incorretamente<br />

pode ser perigosa principalmente<br />

para o próprio agricultor<br />

ou o aplicador. Outro ponto, é<br />

a aplicação conforme os períodos<br />

de carência. “Existem produtos,<br />

por exemplo, que precisamos esperar<br />

três a cinco dias para fazer a<br />

colheita. Existem outros produtos<br />

que precisamos esperar 30, 40,<br />

70 dias. Então, precisamos respeitar<br />

esses períodos de carência e<br />

não só na soja ou no milho, mas<br />

principalmente nas hortaliças. Se<br />

o agricultor aplicar hoje algo que<br />

não poderia e colocar em comercialização<br />

amanhã, com certeza<br />

levará a mesa do consumidor um<br />

produto contaminado.”<br />

Porém, com muito respaldo<br />

técnico os agricultores que cumprem<br />

esses requisitos básicos, entregam<br />

produtos que não trazem<br />

problemas a saúde do consumidor<br />

e deles próprios. “A pesquisa,<br />

a cooperativa e a assistência técnica<br />

de uma forma geral tem como<br />

meta orientar os agricultores nesse<br />

sentido. Mas, é preciso também um<br />

entendimento do agricultor da importância<br />

de cada item apontado<br />

no sentido de utilizar corretamente<br />

cada um desses produtos”, esclarece<br />

o pesquisador.<br />

Orgulho para o Brasil,<br />

a agricultura tem sido uma das<br />

grandes alavancas da economia,<br />

conforme explica Gazziero. “A<br />

agricultura em nosso país é responsável<br />

por praticamente todo o<br />

sucesso que temos em nosso PIB<br />

[Produto Interno Bruto], ou seja,<br />

em nossa economia. Mas, parece<br />

que querem derrubar o que temos<br />

de bom nesse país. Temos sim o<br />

que melhorar. É preciso equilibrar<br />

as coisas, pois senão fica somente<br />

trabalhando e desgastando um<br />

lado quando na verdade temos<br />

que corrigir tudo que tem de errado.<br />

Devemos melhorar o nível<br />

18 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

cultural como um todo.”<br />

O pesquisador da Embrapa<br />

ainda acrescenta que o agricultor<br />

precisa se conscientizar de tudo<br />

que está acontecendo, pois essa é<br />

uma onda que acaba afetando a<br />

todos. “Na medida em que brasileiros<br />

começam a dizer que nossos<br />

alimentos estão intoxicados, e isso<br />

não é uma verdade, isso sai lá fora e<br />

acaba influenciando nas questões<br />

de custo e comercialização. Então,<br />

muitas vezes, pessoas que não tem<br />

o mínimo conhecimento do que<br />

é agricultura e de como se usa os<br />

produtos, ficam falando coisas que<br />

não entendem e acabam prejudicando<br />

o país como um todo.”<br />

Para Dionísio Gazziero, o<br />

trabalho da Coamo é de fundamental<br />

importância. “Os dias de<br />

campo que a cooperativa faz levando<br />

os agricultores até a Fazenda<br />

Experimental e reunindo os pesquisadores<br />

de diversos Estados,<br />

professores e os próprios técnicos<br />

da cooperativa, no sentido de tratar<br />

desses assuntos importantes na<br />

área da tecnologia, é fundamental.<br />

Mas, existem ainda outros trabalhos<br />

importantes feitos no dia a dia<br />

como a assistência técnica.”<br />

Segundo o pesquisador,<br />

diante de tanta informação errônea<br />

a solução é continuar trabalhando<br />

e se aprimorando. “Tem<br />

muita gente falando o que não<br />

deveria. Nossa saída é continuar<br />

com trabalhos como o que a Coamo<br />

sempre fez, que são esses treinamentos,<br />

interagindo os técnicos<br />

da cooperativa com outros de<br />

fora. Sempre precisamos melhorar<br />

qualquer processo e o defensivos<br />

também podemos melhorar.<br />

Todos têm a informação, e sabem<br />

como devem e podem utilizar esses<br />

produtos. Basta continuar esse<br />

trabalho.”<br />

Dionísio Gazziero, da Embrapa<br />

Assistência em campo<br />

Coamo conta com um dos maiores corpos técnicos do país, auxiliando e recomendando as práticas mais corretas,<br />

eficientes e em harmonia com o meio ambiente e a saúde dos agricultores e consumidores de alimentos<br />

As raízes da Coamo vêm<br />

do trabalho de extensão agrícola,<br />

ou seja, de atuação do agrônomo<br />

em campo, para orientar o cooperado<br />

sobre práticas e técnicas<br />

agronômicas. Assim, desde a sua<br />

fundação a Coamo realiza um importante<br />

trabalho de assistência<br />

técnica e difusão de tecnologias.<br />

Com a Fazenda Experimental, todo<br />

o trabalho é validado e repassado<br />

uniformemente a agrônomos e<br />

cooperados, com o respaldo de<br />

pesquisadores dos principais institutos<br />

de pesquisa do país.<br />

A Coamo também conta<br />

com um dos maiores corpos técnicos<br />

do país. São mais de 260 engenheiros<br />

agrônomos, em toda a<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 19


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

FAZENDA EXPERIMENTAL É LABORATÓRIO A CÉU ABERTO PARA VALIDAR<br />

E REPASSAR TECNOLOGIAS AOS MAIS DE 28 MIL ASSOCIADOS DA <strong>COAMO</strong><br />

área de ação da cooperativa, nos<br />

Estados do Paraná, Santa Catarina<br />

e Mato Grosso do Sul. “A Coamo<br />

dispõe de profissionais habilitados<br />

pelo conselho que rege a categoria,<br />

que é o Crea. Ou seja, há uma<br />

grande responsabilidade em cima<br />

destes técnicos”, explica Lucas<br />

Gouvea, chefe do Departamento<br />

de Suporte Técnico da Coamo.<br />

Diante dessa responsabilidade<br />

e preocupação da Coamo<br />

para a realização de um trabalho<br />

de excelência, Gouvea esclarece<br />

que toda equipe técnica vistoria<br />

as áreas para obter um diagnóstico<br />

sobre a necessidade de aplicação<br />

dos defensivos agrícolas.<br />

“Tudo parte da visita que nossos<br />

agrônomos realizam em campo.”<br />

Contudo, Lucas Gouvea<br />

explica que outra vertente importante<br />

para este trabalho é o manejo<br />

integrado de pragas. “O diagnóstico,<br />

além de tudo, passa pelo MIP,<br />

que nada mais é do que as pragas<br />

chegarem a um nível de dano que<br />

justifique uma intervenção química.<br />

Essa prática é bastante difundida<br />

por todos os técnicos da Coamo.”<br />

Além disso, ele destaca que é preciso<br />

atentar-se a tecnologia de<br />

aplicação, que vem evoluindo ano<br />

após ano. “É uma prática comum,<br />

mas que tem princípios básicos. Primeiramente,<br />

o cooperado precisa<br />

ter controle da condição climática<br />

– ventos, umidade relativa do ar e<br />

temperatura - naquele momento da<br />

aplicação. Isso para que o produto<br />

possa realmente atingir o alvo, evitando<br />

problemas de deriva.”<br />

O engenheiro agrônomo<br />

diz que um ponto importante e<br />

diferencial da Coamo é a Fazenda<br />

Experimental. “Em nosso laboratório<br />

a céu aberto, desenvolvemos<br />

trabalhos direcionados aos cooperados.<br />

Os produtos e serviços<br />

que temos a disposição dos associados,<br />

em algum momento, passaram<br />

pela Fazenda Experimental<br />

para validarmos. Levamos, assim,<br />

a certeza de que o que estão utilizando<br />

realmente trará um benefício.”<br />

Por dentro da lei<br />

O uso dos defensivos agrícolas no Brasil<br />

é regido pela Lei nº 7.802, de 11 de julho<br />

de 1989, que foi publicada em 2002, pelo<br />

decreto 4.074/02, momento em que a<br />

fiscalização foi intensificada. A legislação<br />

define vários protagonistas, sendo o agricultor,<br />

o agrônomo e o fornecedor, os principais.<br />

Cada um tem uma responsabilidade<br />

muito bem definida, conforme explica<br />

o advogado e chefe do Departamento de<br />

Direito Administrativo e Meio Ambiente<br />

da Coamo, Djalma Lucio Oliveira.<br />

Conforme o advogado, no dia a dia, a<br />

lei é cumprida de forma exemplar, mas<br />

é sempre bom lembrar de alguns detalhes<br />

e riscos que os atores desse processo<br />

estão sujeitos. “Embora o número de<br />

acidentes e intoxicações com defensivos<br />

agrícolas sejam muito baixos, pois os<br />

defensivos e os equipamentos de aplicação<br />

evoluíram muito, proporcionando<br />

uma segurança muito maior, a fiscalização<br />

tem aumentado cada vez mais.”<br />

Antes da aplicação dos defensivos, recomendação é a utilização do MIP, que nada mais<br />

é do que as pragas chegarem num nível de dano que justifique uma intervenção química<br />

Com possíveis desdobramentos até mesmo<br />

criminais, o homem do campo, precisa<br />

estar atento a cada detalhe para seguir a<br />

lei a risca. “É preciso que o agricultor conheça<br />

muito bem a lei, pois existem casos<br />

que podem levar a pena de 2 a 4 anos de<br />

reclusão. Se os defensivos forem recomendados<br />

para determinada área, devem ser<br />

utilizados exatamente na área recomendada,<br />

mesmo que haja uma área próxima e<br />

similar. Por isso, o agricultor deve atender<br />

exatamente o que está recomendado pelo<br />

agrônomo no receituário.”<br />

20 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS<br />

Defensivos a favor da<br />

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS<br />

Os defensivos agrícolas são, na prática, avanços<br />

tecnológicos resultado de décadas de pesquisas<br />

científicas do poder público e iniciativa privada. Os<br />

produtos têm uma série de trâmites e exigências legais<br />

a serem cumpridas antes da liberação para uso,<br />

como procedimentos de segurança pré-definidos e<br />

um controle criterioso, o que vale da fabricação até a<br />

venda, do uso nas lavouras até a análise de amostras<br />

de alimentos já colhidos para análises em laboratório.<br />

Isso faz com que seja uma cadeia de alto controle e<br />

de responsabilidades econômica, ambiental e social.<br />

Mas, todo esse esforço de cada elo da cadeia não costuma<br />

ser facilmente reconhecido pela opinião pública.<br />

Em um dos episódios mais recentes que<br />

exemplificam essa situação, o debate de um Projeto<br />

de Lei que prevê uma modernização da legislação<br />

para regular o registro de defensivos agrícolas causou<br />

furor na internet. Artistas e celebridades, muitos sem<br />

qualquer contato mais próximo com a complexidade<br />

da área agrícola, começaram uma ofensiva contra os<br />

produtores.<br />

Nas peças com conteúdo ideológico, sem embasamento<br />

científico, os agricultores são acusados de<br />

usarem defensivos em excesso e mais do que qualquer<br />

outro lugar do mundo. Os números levantados com<br />

critério científico, no entanto, mostram justamente o<br />

contrário. Segundo a Organização das Nações Unidas<br />

para a Alimentação (FAO), mesmo sendo um país tropical<br />

(sem a neve e o frio congelante que esterilizam o<br />

solo em nações tradicionais de agricultura na América<br />

do Norte, Europa e Ásia), o Brasil usa 11 vezes menos<br />

agrotóxicos, em relação à área cultivada, do que o Japão,<br />

país conhecido pela longevidade do seu povo.<br />

Apesar de o Brasil ser o maior exportador<br />

do mundo de café, soja e suco de laranja, e um dos<br />

maiores na produção de vários outros alimentos, os<br />

produtores ocupam apenas o 11º lugar no ranking<br />

mundial do uso de defensivos agrícolas em relação<br />

ao volume total produzido, ainda segundo a FAO.<br />

Isso mostra algo que é desconhecido à imagem que<br />

circula no senso comum. Os produtores rurais, na verdade,<br />

são os que mais buscam a economia no uso de<br />

Ranking Mundial<br />

Uso de defensivos agrícolas<br />

Japão<br />

Holanda<br />

França<br />

Alemanha<br />

Brasil<br />

11,75 kg/ha<br />

4,59 kg/ha<br />

2,40 kg/ha<br />

1,9 kg/ha<br />

1,1 kg/ha<br />

Fonte: Fao e Banco Mundial<br />

"Segundo a Organização das Nações<br />

Unidas para a Alimentação (FAO), Brasil usa<br />

11 vezes menos agrotóxicos, em relação<br />

à área cultivada, do que o Japão, país<br />

conhecido pela longevidade do seu povo."<br />

defensivos agrícolas. A cada aplicação que deixa de<br />

ser feita em uma lavoura há um ganho financeiro significativo,<br />

além de todo o ganho ambiental e outros<br />

benefícios intangíveis.<br />

Modernização das leis sobre defensivos<br />

Os defensivos agrícolas são um dos mercados mais regulados do mundo.<br />

No Brasil, o trâmite lento para o registro de novos produtos é um dos<br />

aspectos que mais causa problemas. Atualmente, a liberação de agroquímicos<br />

precisa passar por três órgãos: Ministério da Agricultura, Pecuária<br />

e Abastecimento (Mapa), Agência Nacional de Vigilância Sanitária<br />

(Anvisa) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis (Ibama). É comum que um produto leve até 10 anos para<br />

cumprir todos os processos antes de ser comercializado. Esse cenário<br />

abriu o debate sobre a necessidade de modernizar as regras que regulamentam<br />

o setor, por meio do Projeto de Lei nº 6.299/2002.<br />

Fonte: Boletim Informativo – Sistema Faep<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 21


INDÚSTRIA<br />

Obras em Dourados chegam a 20%<br />

São cerca de 1.400 trabalhadores de diversas empreiteiras contratadas<br />

Claudio Rizzatto, vice-presidente da Coamo, Emerson Abrahão Mansano, gerente<br />

da Indústria de óleo em Dourados, Divaldo Correa, superintendente Industrial e<br />

Airton Galinari, superintendente de Logística e Operações<br />

Quem passa pela rodovia BR-163, entre Dourados<br />

e Caarapó, no Mato Grosso do Sul, percebe<br />

a evolução nas obras das indústrias de<br />

processamento de soja e refinaria de óleo de soja da<br />

Coamo. O cronograma está dentro da normalidade,<br />

atinge 20% do total e conta com 1.400 trabalhadores<br />

das diversas empreiteiras contratadas. “Este número de<br />

mão de obra deverá ser em breve em torno de 2.500<br />

trabalhadores, conforme a evolução do cronograma. A<br />

entrada em operação das novas indústrias está prevista<br />

para agosto do próximo ano e já verificamos que o<br />

empreendimento vem impulsionando a economia da<br />

região”, informa Emerson Abrahão Mansano, gerente<br />

da Indústria de óleo da Coamo em Dourados.<br />

A fase atual é de execução das obras civis com<br />

os trabalhos de terraplanagem, estruturas metálicas,<br />

montagem mecânica e dos equipamentos, finalização<br />

das estacas, fabricação de pré-moldados na própria área<br />

industrial, concretagem nos blocos e lajes, e colocação<br />

dos pilares nos prédios principais. O novo empreendimento<br />

conta com uma indústria de processamento de<br />

soja para 3.000 toneladas de soja/dia, produção de farelo<br />

e óleo, e uma refinaria para 720 toneladas/dia de óleo<br />

de soja refinado, equivalente a 16 milhões de sacas de<br />

soja /ano.<br />

Andamento das obras da<br />

nova indústria da Coamo<br />

em Dourados está dentro<br />

do cronograma<br />

22 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


REVISTA EXAME<br />

Coamo, a 46ª maior empresa do Brasil<br />

No ranking da revista Exame<br />

– Melhores e Maiores <strong>2018</strong>,<br />

a Coamo Agroindustrial<br />

Cooperativa é a 46ª maior empresa<br />

do Brasil. Com sede em Campo<br />

Mourão, no Centro-Oeste do Paraná<br />

e entrepostos em 71 municípios<br />

no Paraná, Santa Catarina e Mato<br />

Grosso do Sul, a cooperativa é destaque<br />

no anuário da Exame, considerada<br />

uma das mais importantes<br />

publicações do país. A cooperativa<br />

é a 1ª empresa paranaense e a 16ª<br />

entre as maiores do país com capital<br />

100% nacional.<br />

Os números divulgados<br />

pelo anuário registram que as vendas<br />

líquidas da Coamo atingiram R$<br />

10,61 bilhões no exercício de 2017.<br />

O levantamento está circulando em<br />

todo o país e analisa o desempenho<br />

das mil maiores empresas brasileiras<br />

em mais de 20 setores da economia.<br />

No Paraná, a Coamo está em segundo<br />

lugar no geral, atrás apenas<br />

da empresa Renault que é de capital<br />

francês e está na 41ª posição e a<br />

frente da Copel Distribuição (55).<br />

Entre as maiores exportadoras<br />

do país, a Coamo ocupa<br />

a 23ª colocação com o valor (em<br />

US$ milhões) de 1.264,2 – o ranking<br />

tem nas primeiras posições<br />

as empresas Vale (Mineração) e<br />

Petrobrás (Energia).<br />

O anuário das Melhores e<br />

Maiores apresenta também as maiores<br />

empresas do Agronegócio brasileiro.<br />

Neste segmento, a Coamo está<br />

na 10ª posição pelos resultados no<br />

lucro líquido. No segmento Comércio<br />

liderado pela Petrobrás, a Coamo<br />

está na 16ª posição no ranking<br />

Cooperativa é a 1ª empresa privada do Paraná e a 16ª entre as maiores do país com capital 100% nacional<br />

das maiores do país entre empresas<br />

multinacionais, estatais e privadas.<br />

O Anuário da Exame mostra<br />

que apesar do crescimento da<br />

safra brasileira de grãos em 2017<br />

com a colheita de 239 milhões de<br />

toneladas, a maior da história, o<br />

ano foi marcado por queda dos<br />

preços de vários produtos como<br />

soja, milho, com recuo de 11,5%<br />

ao ano. “Assim, os produtores produziram<br />

mais a preços menores e<br />

os agricultores contribuíram para<br />

o abastecimento dos mercados e<br />

para o controle da inflação. “<br />

Os números da edição Melhores<br />

e Maiores <strong>2018</strong> da revista<br />

Exame são comemorados com orgulho<br />

pela diretoria, cooperados e<br />

funcionários. Mesmo com a queda<br />

dos preços que reduziu a rentabilidade,<br />

a performance apresentada<br />

no anuário da Exame reflete a<br />

solidez da cooperativa na sua atividade.<br />

O engenheiro agrônomo,<br />

idealizador e presidente da Coamo,<br />

José Aroldo Gallassini afirma que<br />

a força do trabalho, da união e do<br />

profissionalismo dos mais de 7.500<br />

funcionários impulsiona o crescimento<br />

e o sucesso dos mais de 28<br />

mil cooperados e da cooperativa.<br />

“Ficamos felizes em ver esse reconhecimento<br />

à Coamo, comemoramos<br />

e partilhamos esses bons resultados<br />

com todos da família Coamo.<br />

Temos orgulho de ser do campo,<br />

do Brasil e exportar nossos produtos<br />

para o mundo, com a certeza de<br />

que a Coamo é uma empresa séria,<br />

bem administrada e profissionalizada,<br />

voltada para a prestação de produtos<br />

e serviços de qualidade em<br />

prol do desenvolvimento dos seus<br />

associados”, explica.<br />

NÚMEROS DA <strong>COAMO</strong><br />

<strong>Revista</strong> Exame Melhores e Maiores <strong>2018</strong><br />

46ª Maior empresa do País<br />

23ª Maior exportadora do Brasil<br />

1ª Maior empresa paranaense<br />

4ª Maior empresa da Região Sul<br />

10ª Maior no segmento Agronegócio<br />

16ª Maior no segmento Comércio<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 23


RAÇÕES <strong>COAMO</strong><br />

Cooperados Irineu Toiller e Valdecir Luiz Ferster<br />

utilizam Rações Coamo para o trato dos peixes.<br />

Trabalho conta com assistência do médico veterinário<br />

da Coamo, Cezar Augusto Pante Neto<br />

Em busca de alta performance<br />

Coamo conta com linha completa de rações e vem investindo em unidades<br />

de transbordo para agilizar a entrega direto na propriedade dos cooperados<br />

Para alcançar a alta performance produtiva nas<br />

diferentes espécies e categorias animais, seja<br />

em ganho de peso ou produção de leite, há<br />

a necessidade de um correto balanceamento nutricional<br />

e fornecimento de ingredientes alimentares<br />

de alta qualidade, compostos por nutrientes como<br />

carboidratos, proteínas, lipídeos, fibras, minerais e<br />

vitaminas, de alto valor biológico. Conhecedora dessas<br />

exigências nutricionais, a Coamo dispõe de uma<br />

linha de rações e concentrados que levam a marca da<br />

cooperativa.<br />

Desde 2011, quando as rações foram lança-<br />

24 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


RAÇÕES <strong>COAMO</strong><br />

Unidade de Transbordo de ração mais recente fica em Toledo e atende cooperados do Oeste do Paraná<br />

Unidade de Transbordo em Toledo<br />

das, a Coamo vem realizando mudanças<br />

estruturais, para melhorar<br />

o armazenamento e entrega do<br />

produto aos cooperados.<br />

Atualmente, a cooperativa<br />

conta com unidades de transbordo<br />

em Toledo, Mangueirinha, Pitanga,<br />

Manoel Ribas, no Paraná, e<br />

São Domingos, em Santa Catarina,<br />

e 11 caminhões que fazem a entrega<br />

a granel direto na propriedade<br />

dos cooperados. Além de agilizar<br />

a entrega, essa ação, garante que<br />

a qualidade das rações seja a mesma<br />

desde a saída da fábrica até o<br />

momento do trato dos animais.<br />

A Unidade de Transbordo<br />

de ração mais recente fica em<br />

Toledo e atende cooperados do<br />

Oeste do Paraná. A região tem<br />

como característica a diversificação<br />

e uma das atividades desenvolvidas<br />

é a piscicultura, gerando<br />

grande demanda de ração para<br />

os peixes. Um dos produtores é<br />

o cooperado Valdecir Luiz Ferster,<br />

que trabalha com o sogro 'seo' Irineu,<br />

e a família na Granja Toillier,<br />

no distrito de Dois Irmãos, em Toledo.<br />

Eles começaram com a piscicultura<br />

há cerca de quatro anos.<br />

Uma forma de otimizar a propriedade<br />

e ocupar as áreas alagadas.<br />

A família produz entre<br />

150 e 160 toneladas de tilápias a<br />

cada ciclo, que dura de dez a 12<br />

A unidade de transbordo<br />

de ração em Toledo teve um<br />

investimento de cerca de R$ 2<br />

milhões de reais. A estrutura conta<br />

com uma moega com capacidade<br />

de 40 toneladas, protegida<br />

por portões, evitando a presença<br />

de animais, folhas e outras sujidades.<br />

Tem uma capacidade de escoamento<br />

de 80 toneladas/hora.<br />

Possui quatro tulhas lacradas,<br />

sem risco de entrada de<br />

insetos e roedores, cada uma<br />

com capacidade de 75 toneladas,<br />

ou seja, um total de 300<br />

toneladas para armazenagem.<br />

Possui também um sistema de<br />

auto-limpeza, com fluxo independente,<br />

evitando assim, uma<br />

contaminação quando houver<br />

embarques de mais de um tipo<br />

de ração. Além de contar com<br />

uma balança automática, conferindo<br />

mais segurança e agilidade<br />

nos embarques.<br />

Família produz entre 150 e 160 toneladas de tilápias a cada ciclo, que dura de dez a 12 meses<br />

meses. “O ciclo depende de algumas<br />

situações, como o comércio,<br />

por exemplo”, frisa. Para tratar dos<br />

peixes durante o ciclo são necessários<br />

em torno de sete a oito mil<br />

quilos de ração. “É tudo fornecido<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 25


RAÇÕES <strong>COAMO</strong><br />

COOPERATIVA CONTA COM CINCO UNIDADES DE TRANSBORDO E 11 CAMINHÕES<br />

FAZENDO A ENTREGA A GRANEL DIRETO NAS PROPRIEDADES DOS COOPERADOS<br />

Cooperado Claudemir Roecker, de Manoel Ribas (PR) utiliza ração Coamo na alimentação das vacas<br />

pela Coamo. Pegamos na cooperativa,<br />

porque sabemos da qualidade<br />

da ração e por ter um prazo<br />

de pagamento que se enquadra<br />

na nossa atividade”, assinala Valdecir<br />

Ferster.<br />

Para receber a ração, o cooperado<br />

adquiriu um pequeno silo<br />

e o produto é descarregado diretamente<br />

no local, sem contato com<br />

outras áreas. A estrutura é toda automatizada,<br />

com programação para<br />

tratar duas vezes por dia. “A ração<br />

sai direto do silo para os tanques. É<br />

um investimento que vale a pena e<br />

temos a Coamo como parceira nos<br />

oferecendo tudo o que precisamos,<br />

seja para a alimentação ou assistência<br />

técnica”, comenta.<br />

O médico veterinário Cezar<br />

Augusto Pante Neto, da Coamo<br />

em Toledo, observa que a<br />

cooperativa vem investindo para<br />

melhorar a entrega da ração e os<br />

cooperados vêm respondendo à<br />

altura, efetivando a parceria e utilizando<br />

as rações. “São produtos de<br />

alta qualidade e os investimentos<br />

têm agilizado a entrega, fazendo<br />

com que as rações cheguem na<br />

propriedade com o mesmo teor<br />

nutritivo, desde a fábrica até o trato<br />

dos animais”, assinala.<br />

A região de Manoel Ribas<br />

é uma grande produtora de leite.<br />

A atividade se encaixa como alternativa<br />

de diversificação, principalmente<br />

nas pequenas propriedades,<br />

gerando renda e melhorando<br />

a qualidade de vida das famílias.<br />

São cooperados que investem na<br />

produção, e as rações Coamo en-<br />

Ração chega diretamente em um silo na propriedade<br />

26 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


RAÇÕES <strong>COAMO</strong><br />

tram como parte importante na<br />

nutrição dos animais. O cooperado<br />

Claudemir Roecker, vem<br />

melhorando a sua estrutura, pensando<br />

sempre nos três pilares<br />

que sustentam a pecuária que é<br />

nutrição, sanidade e genética. “Já<br />

utilizamos as rações Coamo há<br />

algum tempo. É um produto de<br />

qualidade, que mantém a uniformidade<br />

sempre. A construção da<br />

Unidade de transbordo melhorou<br />

e agilizou a entrega”, comenta.<br />

Ele conta com um total de 53<br />

vacas, com uma média de 46 em<br />

lactação.<br />

O leite é a principal atividade<br />

da família. Eles também<br />

plantam um pouco de soja e<br />

contam com alguns bois para<br />

engorda. “Na verdade, a maior<br />

renda é com o leite. Por isso, estamos<br />

investindo para melhorar<br />

sempre a produção”, assinala<br />

Roecker. Recentemente, a família<br />

adquiriu um canzil, melhorando a<br />

técnica para o trato dos animais.<br />

Agora, as vacas são divididas em<br />

três lotes e recebem a ração conforme<br />

o tempo que estão produzindo<br />

leite e a quantidade diária.<br />

“Antes, as vacas comiam em um<br />

coxo coletivo e hoje recebem alimento<br />

conforme o lote que estão<br />

inseridas. Isso fez com que diminuísse<br />

o custo e melhorasse em<br />

média de três a quatro litros por<br />

animal.”<br />

O médico veterinário<br />

Luis Gustavo Kapp Titski, da<br />

Coamo em Manoel Ribas, explica<br />

que o trabalho para fornecimento<br />

da ração inicia durante as<br />

campanhas veterinárias. É neste<br />

momento que os cooperados reservam<br />

boa parte da ração que<br />

utilizarão durante o ano, aproveitando<br />

o melhor preço e as<br />

condições de pagamento. “Com<br />

a ração já adquirida, depois é só<br />

o cooperado programar a entrega<br />

conforme a necessidade”,<br />

comenta. Ele observa que com a<br />

Unidade de transbordo foi possível<br />

duplicar a quantidade de<br />

entrega no dia, além de manter<br />

um produto com mais qualidade<br />

para os animais. “A alimentação<br />

é a base para quem produz leite,<br />

e com a ração Coamo o animal<br />

consegue expressar todo o potencial<br />

produtivo que tem.”<br />

Médico veterinário Luis Gustavo Kapp<br />

Titski acompanha qualidade da ração<br />

Nutrição na medida certa<br />

As Rações Coamo são desenvolvidas<br />

por meio de pesquisa em nutrição<br />

equilibrada com ingredientes<br />

de qualidade e embasadas no exato<br />

conhecimento das necessidades<br />

produtivas inerentes à cada espécie<br />

e categoria animal. Pensando<br />

em nutrição de vacas leiteiras, o<br />

produtor necessita fornecer toda a<br />

demanda diária de nutrientes para<br />

suprir a manutenção do organismo<br />

animal e da produção leiteira.<br />

Para isso, recomenda-se implantar<br />

um sistema alimentar baseado em<br />

uma dieta completa composta por<br />

forragens e concentrados, os quais<br />

devem ser fornecidos em uma proporção<br />

equilibrada para se obter<br />

uma mistura de conteúdo nutricional<br />

condizente com a necessidade<br />

produtiva animal e com eficiência<br />

econômica.<br />

Claudemir Roecker: "Utilizamos as rações Coamo há algum tempo. É um produto de qualidade e que<br />

mantém a uniformidade sempre. A construção da Unidade de transbordo melhorou e agilizou a entrega."<br />

Caminhão entrega ração direto na propriedade<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 27


CREDI<strong>COAMO</strong><br />

ENERGIA SOLAR<br />

para empreender a céu aberto<br />

Nova modalidade<br />

de financiamento da<br />

Credicoamo traz ao<br />

associado mais uma opção<br />

para inovar e reduzir<br />

custos no meio rural<br />

As propriedades rurais estão<br />

cada vez mais modernas.<br />

A evolução no campo<br />

é significativa, sendo possível afir-<br />

mar, sem hesitar, que cada área é<br />

um empreendimento a céu aberto.<br />

Diante desse cenário, o agricultor<br />

precisa se profissionalizar<br />

constantemente, buscando inovações<br />

para diminuir custos e aumentar<br />

a renda. Pensando em facilitar<br />

esse processo, a Credicoamo<br />

lançou uma linha de crédito para<br />

financiamento de sistema de conversão<br />

de energia solar em energia<br />

elétrica .<br />

Trata-se de uma fonte<br />

sustentável, de manutenção simples<br />

e que reduz custos significativamente,<br />

conforme explica o<br />

presidente da Credicoamo, José<br />

Aroldo Gallassini. “É um projeto<br />

novo que além de captar a energia<br />

solar para que o cooperado<br />

possa economizar, o excedente<br />

da energia gerada é passada<br />

para a rede da concessionária de<br />

energia elétrica. Se algum dia ele<br />

precisar dessa energia que acumulou,<br />

esses créditos poderão<br />

ser utilizados para abater no seu<br />

consumo próprio.”<br />

Gallassini ainda explica<br />

que é um investimento que se<br />

paga a médio prazo, uma vez que,<br />

os reajustes nas tarifas de energia<br />

28 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


CREDI<strong>COAMO</strong><br />

elétrica têm sido significativos. “Com o tempo o cooperado<br />

poderá observar o barateamento de custos. É um benefício<br />

muito bom que está à disposição dos associados, além de<br />

ser uma fonte de energia silenciosa e de menor custo, pois<br />

como temos uma produção energética própria, os aumentos<br />

na tarifa, inflação e oscilações de taxas, não serão problema,<br />

já que não dependemos mais completamente da concessionária,<br />

então, seus impactos negativos têm sua influência reduzida<br />

drasticamente nas faturas de energia."<br />

O QUE É ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA?<br />

É a energia elétrica produzida a partir de luz solar, que pode ser<br />

produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos. Quanto maior<br />

for a radiação solar, maior será a quantidade de eletricidade produzida.<br />

O processo de conversão da energia solar utiliza células<br />

fotovoltaicas, normalmente feitas de silício ou outro material<br />

semicondutor. Quando a luz solar incide sobre uma célula fotovoltaica,<br />

os elétrons do material semicondutor são postos em<br />

movimento, desta forma gera-se eletricidade.<br />

QUAIS OS BENEFÍCIOS DE GERAR MINHA PRÓPRIA<br />

ENERGIA?<br />

É um recurso totalmente renovável. Isso significa que mesmo<br />

quando não podemos fazer uso de energia do sol, por causa da<br />

noite ou de dias nublados e chuvosos, podemos sempre contar<br />

com o sol surgindo no dia seguinte como uma fonte de energia<br />

constante e consistente. Aliás, dos recursos renováveis, assim<br />

como energia eólica, energia hídrica e solar, a energia solar é a<br />

mais consistente e previsível.<br />

A MANUTENÇÃO É MÍNIMA.<br />

Não existem peças móveis em um painel fotovoltaico, ou seja,<br />

quase não há desgaste mecânico. Os painéis fotovoltaicos duram<br />

mais de 30 anos, apenas com uma limpeza anual.<br />

BAIXO CUSTO DA ENERGIA SOLAR CONSIDERANDO A VIDA<br />

ÚTIL DO SISTEMA.<br />

Os painéis solares podem parecer muito caros quando você decide<br />

comprá-los, mas ao longo dos anos você vai economizar muito<br />

dinheiro. Afinal, a luz do sol é grátis! Se calcularmos todo o investimento<br />

de compra do sistema fotovoltaico somando à mínima<br />

manutenção que terá com ele ao longo de toda a sua vida útil e<br />

dividirmos pela energia gerada ao longo desses anos, veremos<br />

que a energia solar é muito mais barata do que a que compramos<br />

da distribuidora.<br />

PODE SER USADA EM ÁREAS ISOLADAS DE REDE ELÉTRICA.<br />

A energia solar fotovoltaica é uma das melhores alternativas em<br />

regiões isoladas onde não se tem rede elétrica, muito mais barata<br />

que geradores a diesel ou óleo combustível.<br />

EU QUERO! O QUE PRECISO FAZER PARA INSTALAR?<br />

Os geradores de energia solar fotovoltaica são dimensionados, conforme<br />

o consumo elétrico de cada cooperado. Diante de uma analise<br />

é possível saber quantos painéis solares serão necessários e também<br />

a potência do inversor que este gerador precisa ter. A partir desse<br />

ponto, o projeto de engenharia elétrica será realizado e apresentado<br />

para a análise e aprovação da distribuidora de energia local. Assim<br />

que o projeto é aprovado, a instalação do sistema fotovoltaico é realizada<br />

e a concessionária de energia faz a conferência do gerador para<br />

dar início à sua operação.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 29


LAVOURA DE INVERNO<br />

TRIGO,<br />

com resultado e<br />

particularidades<br />

Uma imensidão verde partindo<br />

para o amarelo. É esta<br />

a visão para quem olha os<br />

campos de produção na região de<br />

Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná). A<br />

maioria das áreas estão tomadas por<br />

lavouras de trigo, o carro-chefe da<br />

safra de inverno. Os cooperados da<br />

Coamo em Ivaiporã Laurindo Macri<br />

e Roberto Aparecido Ricardo, moradores<br />

da localidade de Barra Preta,<br />

em Jardim Alegre, são triticultores<br />

tradicionais na região. Eles trabalham<br />

em sociedade e apesar da estiagem<br />

ocorrida este ano esperam uma boa<br />

produção nos mais de 130 alqueires<br />

destinados para o trigo nesta<br />

safra. “Para a nossa região, o trigo é<br />

a lavoura mais favorável porque não<br />

precisamos forçar a soja para plantar<br />

milho depois. Outro motivo é que<br />

somos apaixonados pelo trigo. Nem<br />

sempre dá a renda que esperamos,<br />

mas deixa um resultado muito bom<br />

para o solo”, comenta Macri. Ele recorda<br />

que na safra passada o clima<br />

não contribuiu e a produtividade ficou<br />

abaixo do esperado. Contudo,<br />

a qualidade do cereal proporcionou<br />

uma boa renda.<br />

Cooperados Roberto Aparecido Ricardo e Laurindo Macri são triticultores tradicionais na região de Ivaiporã<br />

Roberto Aparecido Ricardo<br />

diz que plantam trigo pensando na<br />

renda financeira, mas também levam<br />

em consideração a importância<br />

do cereal para o sistema produtivo.<br />

“Com o trigo, reduzimos a infestação<br />

de plantas daninhas, gastando menos<br />

e facilitando o controle dessas<br />

ervas para o plantio da soja”, diz o<br />

cooperado.<br />

Gregório Kurten mora em<br />

Arapuã e, também, é cooperado da<br />

Coamo em Ivaiporã. Ele planta trigo<br />

há mais de 20 anos ininterruptos. No<br />

ano passado, colheu uma média de<br />

125 sacas por alqueire. “Em 2017<br />

tivemos falta de chuva justamente<br />

no momento que as plantas mais<br />

precisavam, o que reduziu a produtividade.<br />

Este ano também tivemos<br />

estiagem, mas os investimentos<br />

realizados fizeram com que as plantas<br />

suportassem um pouco mais e<br />

esperamos uma boa média e trigo<br />

de qualidade. Se o preço continuar<br />

30 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


LAVOURA DE INVERNO<br />

Engenheiro agrônomo da Coamo, Rafael Fernando Viscardi acompanha lavoura com o cooperado Gregório Kurten<br />

como está, o cereal ainda valerá a<br />

pena”, assinala.<br />

O cooperado reitera a importância<br />

do trigo para a conservação<br />

e manejo do solo. De acordo com<br />

ele, um bom investimento na lavoura<br />

de inverno reflete de forma positiva<br />

diminuindo o custo e elevando<br />

a produtividade da soja. “O trigo<br />

deixa uma área mais limpa, quando<br />

comparado com o milho. Também<br />

ajuda a evitar a erosão e no manejo<br />

de plantas daninhas. É a nossa melhor<br />

opção para o inverno”, pontua<br />

Gregório.<br />

O engenheiro agrônomo<br />

Rafael Fernando Viscardi, da Coamo<br />

em Ivaiporã, ressalta que o trigo<br />

tem grande importância para a<br />

economia e para o sistema produtivo<br />

na região. De acordo com ele,<br />

já é tradição o investimento por<br />

parte dos cooperados, sempre<br />

buscando novas tecnologias para<br />

que possam alcançar boas produtividades<br />

e qualidade do cereal.<br />

“São cooperados que seguem as<br />

recomendações técnicas e sabem<br />

a importância do trigo para a renda<br />

e o sistema. Eles utilizam boa<br />

adubação e os tratos culturais necessários”,<br />

diz. A previsão é que a<br />

colheita inicie na segunda quinzena<br />

de setembro.<br />

Se os cooperados citados<br />

acima cultivam trigo todos os anos,<br />

Adelércio Caleffi, de São João do<br />

Ivaí (Centro-Norte do Paraná), voltou<br />

a acreditar na cultura após alguns<br />

anos plantando somente milho safrinha.<br />

Ele conta que a opção pelo<br />

trigo surgiu após incentivo do departamento<br />

Técnico da Coamo. “É<br />

a segunda safra consecutiva após<br />

anos sem trigo na propriedade”, salienta<br />

e revela que no ano passado<br />

mesmo com a safra prejudicada o<br />

trigo ainda garantiu renda melhor<br />

que o milho safrinha.<br />

‘Seo’ Caleffi destaca que<br />

nos últimos anos surgiram novas variedades<br />

de trigo, mais produtivas e<br />

com mais qualidade. “Faço a minha<br />

parte, investindo em boa tecnologia<br />

e buscando sempre a melhor produção<br />

possível. A Coamo nos oferece<br />

tudo o que precisamos para uma<br />

boa safra”, observa.<br />

Conforme o engenheiro agrônomo<br />

Antonio Carlos de Oliveira, da<br />

Coamo em São João do Ivaí, o milho<br />

predomina como opção na segunda<br />

safra, mas as áreas de trigo existentes<br />

são cultivadas com tecnologia e<br />

visando renda para os associados.<br />

“O ‘seo’ Caleffi, por exemplo, está<br />

na segunda safra consecutiva com<br />

bons resultados. Além da renda, o<br />

trigo deixa uma boa palhada beneficiando<br />

a safra de soja e o manejo do<br />

solo. É uma cultura que se encaixa<br />

muito bem no sistema produtivo da<br />

região e é importante que o cooperado<br />

destine uma parte da área para<br />

diversificar o sistema.”<br />

Adelércio Caleffi, de São João do Ivaí, voltou a acreditar no trigo após alguns anos plantando somente milho.<br />

Conforme o engenheiro agrônomo Antonio Carlos de Oliveira, o milho predomina como opção na segunda safra, mas<br />

as áreas de trigo existentes são cultivadas com tecnologia e visando renda para os associados<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 31


MILHO SAFRINHA<br />

Safra determinada pelo clima<br />

Segunda safra de milho sofreu com a falta de chuva e médias ficaram abaixo<br />

do esperado. Bom manejo e tecnologia adequada seguraram produtividade<br />

Com a colheita da segunda<br />

safra de milho safrinha na<br />

reta final, o momento é de<br />

computar os dados e analisar as<br />

lições que ficaram. A colheita está<br />

confirmando o que já se previa,<br />

com médias abaixo do esperado<br />

devido ao clima desde a implantação<br />

das lavouras. Primeiro,<br />

ocorreu atraso no plantio devido<br />

a falta de chuva. Durante o desenvolvimento,<br />

as lavouras também<br />

sofreram com falta de água e em<br />

alguns casos fortes ventos deitaram<br />

as plantas. Contudo, mesmo<br />

com as várias situações adversas,<br />

há casos em que cooperados alcançaram<br />

boas produtividades,<br />

assim como outros que viram a<br />

produção despencar.<br />

A família Antunes, de Boa<br />

Esperança (Centro-Oeste do Paraná),<br />

retrata bem o cenário do milho<br />

nesta safra. O cereal predomina<br />

nas áreas de agricultura na região,<br />

e os cooperados não abrem mão<br />

de tecnologia e manejos adequados<br />

para alcançar boas médias de<br />

produtividade. “Sempre fazemos<br />

um bom investimento e alcançamos<br />

boa produção. Esse ano, devido<br />

ao clima, as médias ficaram<br />

abaixo do esperado. Contudo, se<br />

não tivéssemos utilizado boa tecnologia,<br />

a produtividade poderia<br />

ter sido ainda menor”, comenta<br />

Adilson José Antunes.<br />

O cooperado conta que<br />

teve dois cenários de colheita: um<br />

com produtividade acima de 250<br />

sacas por alqueires e outro com<br />

pelo menos 100 sacas a menos.<br />

“O clima foi determinante neste<br />

ano. Onde se plantou mais cedo,<br />

houve uma produção melhor. O<br />

'Seo' Faustino com o filho Adilson e o neto<br />

Vinicius: segunda safra de milho com dois<br />

cenários: com produtividade acima de 250<br />

sacas por alqueires e outro com 150 sacas<br />

32 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


MILHO SAFRINHA<br />

Análise técnica<br />

Família Antunes com o agrônomo Thiago Xavier Bonfim e colaboradores durante a colheita<br />

manejo foi o mesmo, assim como o investimento. Toda a<br />

área teve um solo bem corrigido com agricultura de precisão”,<br />

acrescenta.<br />

Ele ressalta que um ponto positivo na safra é o valor<br />

do milho, que até o início da segunda quinzena de agosto<br />

estava em torno de R$ 32,00 a saca. “Tivemos uma queda<br />

na produtividade, mas os preços compensaram e ainda tivemos<br />

uma boa renda. Mesmo diante de toda as dificuldades,<br />

foi um ano bom para a safrinha”, comenta Antunes.<br />

O engenheiro agrônomo Thiago Xavier Bonfim, da<br />

Coamo em Boa Esperança, reitera que o período de plantio<br />

influenciou diretamente na produção do milho segunda<br />

safra. “Estamos em uma mesma região e com cenários diferentes.<br />

Os cooperados que conseguiram plantar mais cedo,<br />

antes da prorrogação do zoneamento, tiveram um melhor<br />

resultado. Quanto mais tarde se plantou, pior foi a produtividade.<br />

Tivemos cooperados colhendo entre 280 e 300 sacas,<br />

e outros que colheram menos de 150 sacas. Nossos produtores<br />

tradicionalmente são bem tecnificados, mas o clima foi<br />

determinante neste ano”, assinala.<br />

Devido ao atraso da colheita de soja na<br />

safra 2017/18, que teve o ciclo alongado<br />

em torno de 12 a 15 dias, houve um<br />

atraso no plantio do milho de segunda<br />

safra, se comparado a safra anterior. A<br />

semeadura se concentrou em meados da<br />

segunda quinzena de fevereiro e primeira<br />

de março. Na safra de 2017, o plantio<br />

iniciou em meados da segunda quinzena<br />

de janeiro, com quase 85% da área plantada<br />

até final de fevereiro.<br />

Clima<br />

Os dados de precipitações da Fazenda<br />

Experimental da Coamo, em Campo<br />

Mourão, mostram que os meses de abril,<br />

maio, junho e julho, ficaram abaixo da<br />

média de chuva nos últimos dez anos.<br />

Nestes meses as fases de desenvolvimento<br />

da cultura na área de ação da Coamo,<br />

passavam por vegetativo, florescimento e<br />

frutificação, e a falta de água contribuiu<br />

negativamente para a cultura.<br />

Aprendizado/lição<br />

A adoção de tecnologias por parte dos<br />

cooperados Coamo, realizando corretamente<br />

o manejo do solo, plantas daninhas,<br />

pragas e doenças, alinhados com uma<br />

boa assistência Técnica, contribuiu para a<br />

diminuição do impacto. Podendo ainda o<br />

cooperado alcançar altos tetos produtivos<br />

e com boa rentabilidade, pois o preço está<br />

bem superior a última safra.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 33


SAFRA DE VERÃO<br />

Contagem<br />

regressiva para<br />

a nova safra<br />

Cooperados já começaram<br />

com os manejos da área e<br />

esperam com expectativa<br />

para a largada do plantio<br />

da safra de verão<br />

Depois de um ano marcado<br />

por instabilidade climática,<br />

onde sobrou chuva no verão<br />

e faltou no inverno, condição<br />

que em muitas regiões prejudicou<br />

o melhor desempenho das lavouras,<br />

os cooperados da Coamo depositam<br />

esperanças na nova safra<br />

de verão, que em breve será aberta<br />

com o plantio do milho e, logo<br />

após, com a semeadura da soja.<br />

Sempre bem planejados,<br />

os produtores associados garantiram<br />

os insumos no tradicional<br />

Plano Safra da cooperativa e,<br />

agora, aguardam o momento cer-<br />

Irmãos Felipe e Protásio, de Nova<br />

Santa Rosa (PR), caminham na palhada<br />

do milho que logo dará lugar a soja<br />

34 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


SAFRA DE VERÃO<br />

to de iniciar o manejo, para na<br />

sequência lançar a semente ao<br />

solo. É o que vai acontecer em<br />

breve no sítio Schneider, dos irmãos<br />

Felipe e Protásio, em Nova<br />

Santa Rosa (Oeste do Paraná),<br />

onde o milho de segunda safra<br />

está sendo colhido para dar<br />

lugar ao plantio da soja, que<br />

começa em setembro. “Começamos<br />

nossos preparativos na<br />

campanha da Coamo, quando<br />

encomendamos os insumos”,<br />

explica Felipe, afirmando a necessidade<br />

de conduzir a propriedade<br />

com profissionalismo,<br />

diluindo os riscos naturais da<br />

atividade. “Quanto maior o planejamento,<br />

menos riscos. Neste<br />

ano, esperamos uma seca no verão,<br />

no entanto, choveu mais do<br />

que se previa e colhemos bem.<br />

Já no inverno tivemos uma seca<br />

de mais de 40 dias e mesmo assim<br />

estamos fechando a produtividade<br />

do milho com números<br />

razoáveis”, declara o cooperado,<br />

que obteve média de 155 sacas<br />

de soja e 300 de milho de segunda<br />

safra, numa área de 24<br />

alqueires de cultivo.<br />

Os Schneider defendem<br />

e realizam correção anual<br />

de solo e não abrem mão de<br />

uma boa adubação, além de<br />

investir em novas tecnologias<br />

que agreguem produtividade e<br />

renda. “Todo ano mantemos a<br />

área corrigida, sem economizar<br />

na adubação e, também, experimentamos<br />

novas variedades<br />

que vão entrando no mercado”,<br />

comenta o produtor, esclarecendo<br />

que o importante é cada<br />

um fazer a sua parte. “O que<br />

sabemos fazer é produzir, por<br />

isso, precisamos fazer a nossa<br />

Irmãos Schneider defendem e realizam correção anual de solo e não abrem mão de uma<br />

boa adubação, além de investir em novas tecnologias que agreguem produtividade e renda<br />

parte bem feita. Já o mercado<br />

é difícil acertar, mas vamos tentando”,<br />

brinca.<br />

O engenheiro agrônomo<br />

Giovani Romani, da Coamo<br />

em Nova Santa Rosa, declara<br />

que o melhor caminho para o<br />

sucesso é o planejamento. “O<br />

Felipe e o Protásio são bons<br />

exemplos. Eles se planejaram,<br />

escolhendo as sementes que<br />

melhor se adaptam à propriedade,<br />

definiram todos os insumos<br />

que precisavam de acordo<br />

com a realidade deles e, agora,<br />

é trabalhar corretamente da porteira<br />

para dentro e deixar que o<br />

clima faça sua parte. Só assim<br />

pode-se almejar o máximo de<br />

produtividade na atividade agrícola”,<br />

argumenta o agrônomo,<br />

exemplificando que, apesar do<br />

ano difícil de <strong>2018</strong>, o produtor<br />

que investiu, adotou tecnologia,<br />

escolheu a variedade certa<br />

e população adequada, além de<br />

fazer aplicações de fungicidas<br />

e inseticidas na época correta,<br />

conseguiu se sobressair.<br />

DICAS DE PLANTIO<br />

Plantabilidade é um assunto muito<br />

importante. Quando o produtor investe<br />

no correto plantio tanto da soja<br />

como do milho, o resultado é gratificante:<br />

uma lavoura bem estabelecida,<br />

com espaçamento uniforme entre as<br />

plantas, pode render muito mais. Lá<br />

adiante, essa conjuntura se traduz em<br />

boa colheita.<br />

Por isso, procure evitar as falhas durante<br />

o plantio regulando e lubricando<br />

bem a plantadeira. Faça uma<br />

revisão geral da máquina observando<br />

atentamente a limpeza, lubrificação<br />

e avaliação da situação dos componentes<br />

e troca das peças desgastadas.<br />

Quando iniciar o trabalho preste<br />

atenção nos fatores ambientais, como<br />

o déficit hídrico, a temperatura e a luminosidade.<br />

Use sementes tratadas<br />

e certificadas, e execute o trabalho<br />

respeitando sempre a velocidade máxima<br />

do maquinário.<br />

Em caso de dúvidas consulte um engenheiro<br />

agrônomo.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 35


36 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


BENEFÍCIOS <strong>COAMO</strong><br />

Frutos do cooperativismo<br />

Agregar valor à produção dos seus associados<br />

com desenvolvimento sustentável é missão da<br />

Coamo e integra suas Diretrizes Corporativas.<br />

Todo o trabalho realizado pela Coamo diariamente com<br />

a competência e o profissionalismo dos seus funcionários<br />

visa unicamente o desenvolvimento técnico, educacional<br />

e social dos seus mais de 28 mil cooperados.<br />

Muitos são os benefícios disponibilizados<br />

pela cooperativa em prol do progresso dos produtores<br />

associados.<br />

Para divulgar e mostrar ao quadro social<br />

quais são estes benefícios e como eles são planejados<br />

e disponibilizados, a Coamo organizou os Benefícios<br />

em três pilares – “Cooperação além do campo”,<br />

“Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação” e “Logística,<br />

Gestão e Suporte”, abrangendo todas as áreas e atividades<br />

que atuam diretamente em todo o processo<br />

da cadeia produtiva, desde a aquisição dos insumos<br />

até o recebimento, industrialização, comercialização<br />

e exportação da produção.<br />

A <strong>Revista</strong> Coamo inicia a partir desta edição<br />

uma série de matérias para destacar esses Benefícios<br />

aos Cooperados, como forma de apresentar a<br />

importância dessas facilidades, que têm o propósito<br />

de melhorar a produtividade, renda e o status sócio-<br />

-econômico dos cooperados e familiares.<br />

Fornecimento de toda a linha de insumos de<br />

alta tecnologia e com qualidade assegurada<br />

Os cooperados da Coamo<br />

sabem que o sucesso das suas lavouras<br />

começa com um bom planejamento,<br />

apoio da assistência<br />

técnica e a definição do que plantar,<br />

de qual nível tecnológico utilizar<br />

para produzir mais e melhor.<br />

Neste processo de planejamento,<br />

por meio do Plano Safra<br />

Coamo, os associados estabelecem<br />

um plano de ação e definem<br />

junto com os agrônomos de<br />

acordo com a realidade das suas<br />

propriedades quais os insumos e<br />

as quantidades necessárias a serem<br />

utilizadas a cada safra, seja<br />

no verão ou inverno. Por este<br />

motivo, nada melhor do que saber<br />

qual a real necessidade para<br />

cada propriedade e diante disso<br />

planejar a melhor forma para começar<br />

a safra.<br />

Como resultado deste<br />

trabalho, a cooperativa vai ao<br />

mercado e adquiri os melhores<br />

insumos com preços acessíveis<br />

junto aos fornecedores dos diversos<br />

produtos.<br />

Os insumos são de alta<br />

qualidade e para sua comprovação<br />

e eficiência, na Fazenda Experimental<br />

da Coamo, são testadas<br />

variedades, defensivos e fertilizantes<br />

agrícolas, máquinas e implementos,<br />

além de sistemas de<br />

plantio, cujos resultados são transmitidos<br />

aos associados depois de<br />

aprovados pelos especialistas da<br />

área Técnica em parceria com os<br />

pesquisadores.<br />

“A Coamo é voltada exclusivamente<br />

para o sucesso dos<br />

seus cooperados, então o nosso<br />

propósito é garantir a eles os<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 37


BENEFÍCIOS <strong>COAMO</strong><br />

COOPERADO DA <strong>COAMO</strong> É PRIVILEGIADO PELA QUANTIDADE E<br />

QUALIDADE DAS FACILIDADES QUE TEM NA SUA UNIDADE DE NEGÓCIO<br />

insumos com antecedência e desta maneira, proporcionar<br />

a tranquilidade necessária para o plantio.<br />

Na prática, os produtores têm o produto certo,<br />

na hora certa e podem retirar dos armazéns da<br />

cooperativa quando melhor lhe convier”, explica<br />

o engenheiro agrônomo Aquiles de Oliveira Dias,<br />

superintendente Técnico da Coamo, cuja área tem<br />

entre suas atribuições a responsabilidade de comprar<br />

e fornecer os bens de loja e insumos aos cooperados.<br />

Segundo Dias, pensando no incremento da<br />

produtividade e redução de custos é que a Coamo<br />

oferece todos os anos o Plano Safra, que graças a um<br />

forte trabalho da cooperativa resulta em melhores<br />

condições de preços, prazo e na garantia da entrega<br />

dos insumos aos associados no momento certo.<br />

Armazenagem dos insumos adquiridos<br />

antecipadamente pelos cooperados<br />

Uma vez adquiridos os<br />

insumos junto aos fornecedores<br />

entra em campo outra área importante.<br />

A logística. Com planejamento<br />

e estrutura para melhor<br />

atender os cooperados, a cooperativa<br />

otimiza o transporte dos<br />

insumos mediante uso de frota<br />

própria e terceirizada, para que<br />

estejam nos armazéns das dezenas<br />

de unidades com antecedência<br />

visando a retirada no momento<br />

oportuno para a implantação<br />

das lavouras.<br />

38 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


BENEFÍCIOS <strong>COAMO</strong><br />

"Com a Coamo tudo ficou mais fácil e seguro"<br />

Cooperado Jean Carlos Coltro Boiko destaca serviço da Coamo que oferece insumos no momento que precisar<br />

A cena se repete nos últimos<br />

anos no entreposto da Coamo<br />

em Manoel Ribas, região Centro do<br />

Paraná. O jovem cooperado Jean<br />

Carlos Coltro Boiko, 23, que faz parte<br />

da terceira geração de agricultores<br />

cooperados da Coamo – o avô<br />

é Albino Coltro, associado desde<br />

1984 e o pai Valdomiro Boiko foi<br />

admitido em 1996-, de posse da<br />

nota fiscal ele se dirige ao armazém<br />

da cooperativa e faz a retirada dos<br />

insumos que precisa para plantar e<br />

controlar suas lavouras.<br />

Jean Carlos cultiva com o<br />

pai um total de 148 alqueires, onde<br />

planta soja e trigo. Na soja, sua produtividade<br />

média é de 180 sacas<br />

por alqueire. Neste mês ele retira<br />

insumos para a lavoura de trigo,<br />

visando as últimas aplicações, mas<br />

em breve irá se abastecer de sementes<br />

de soja para semear a safra<br />

<strong>2018</strong>/19 na propriedade da família.<br />

“Somos 100% Coamo e<br />

isso é bom, as vantagens são gran-<br />

des e o nosso cooperativismo com<br />

a Coamo é forte e seguro”, garante<br />

o cooperado.<br />

Ele ressalta que o trabalho<br />

realizado pela Coamo é sério e de<br />

qualidade, dando a tranquilidade<br />

e a confiança que os associados<br />

precisam para plantar e produzir.<br />

“As providências para a nossa próxima<br />

safra já foram feitas, fizemos<br />

o Plano Safra, adquirimos os insumos<br />

com antecedência e boas<br />

condições, e agora é só esperar<br />

o momento certo para buscar os<br />

produtos no armazém da Coamo.<br />

Isso tudo é muito bom, porque<br />

além de reservar os insumos e ter<br />

qualidade, temos a segurança que<br />

a cooperativa nos oferece, porque<br />

a gente não precisa deixar as sementes,<br />

os defensivos, guardados<br />

na fazenda. A gente vem na Coamo<br />

com o caminhão ou a camionete<br />

e retira somente o que precisa.<br />

Esta é uma vantagem, muito<br />

grande que a gente valoriza”, considera.<br />

Agregação de valor<br />

O presidente da Coamo,<br />

engenheiro agrônomo José<br />

Aroldo Gallassini destaca que a<br />

parceria entre a Coamo e os cooperados<br />

garante um importante<br />

benefício e promove resultados<br />

satisfatórios. “Os cooperados sabem<br />

dos benefícios que a Coamo<br />

oferece para que eles possam<br />

produzir bem, mas entendo ser<br />

muito importante lembrar e divulgar<br />

a todos os benefícios que<br />

a cooperativa disponibiliza no dia<br />

a dia. Tenho certeza que o quadro<br />

social da Coamo é privilegiado<br />

pela quantidade e qualidade das<br />

facilidades que tem nas unidades<br />

de negócios. Trabalhamos para<br />

isso, com o foco em agregar valor<br />

às atividades dos cooperados,<br />

como a cooperativa que é, bem-<br />

-estruturada, sólida e segura para<br />

apoiá-los em todos os momentos”,<br />

afirma Gallassini.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 39


FAMÍLIACOOP<br />

Professor João Carlos Oliveira fez palestra<br />

motivacional para as mulheres em Mangueirinha<br />

Família cooperativista em foco<br />

Eventos em São Domingos (SC),<br />

Mangueirinha (PR) e Coronel<br />

Vivida (PR) valorizam a participação<br />

feminina na cooperativa<br />

Não é de hoje que as mulheres têm conquistado<br />

espaço no campo, onde além das tarefas<br />

diárias com a casa e família, auxiliam na<br />

produção e na administração da propriedade rural. A<br />

Antonio Cesar Gomes, gerente da Coamo em Mangueirinha:<br />

evento é aguardado com expectativa pelas mulheres<br />

Coamo valoriza esse trabalho e sabe da importância<br />

do envolvimento de toda a família para o sucesso da<br />

atividade agrícola e do cooperativismo. Para celebrar<br />

a presença feminina no trabalho e na cooperativa, a<br />

Coamo realiza eventos voltados para elas. No início<br />

de agosto foram realizados três encontros para a família<br />

cooperativista, sendo dois no Sudoeste do Paraná,<br />

Mangueirinha e Coronel Vivida, e um no Oeste<br />

catarinense, em São Domingos.<br />

O encontro em Mangueirinha está na 11ª edição<br />

e reuniu mais de 300 mulheres. O evento contou<br />

com apresentação da Orquestra Ladies Ensemble e<br />

do professor e palestrante motivacional João Carlos<br />

Oliveira. De acordo com Antonio Cesar Gomes, gerente<br />

da Coamo em Mangueirinha, o evento é aguardado<br />

com expectativa pelas mulheres. “Tradicionalmente,<br />

realizamos o encontro em agosto, e quando<br />

vai se aproximando do mês as mulheres já começam<br />

a perguntar a data e as atrações. É um evento que<br />

marca Mangueirinha. As mulheres valorizam e agradecem<br />

a diretoria pela realização. É um evento idealizado<br />

e preparado para as mulheres, para a família<br />

cooperativista”, diz.<br />

A cooperada Jussara Smolek diz que o<br />

40 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


FAMÍLIACOOP<br />

Orquestra Ladies Ensemble encantou as participantes com a apresentação musical<br />

Salete Cavali<br />

Jussara Smolek<br />

evento fortalece a participação das mulheres na cooperativa<br />

e mostra que a Coamo está preocupada com o envolvimento<br />

de toda a família. “Nos sentimos acolhidas. Eventos<br />

como esse melhoram a nossa participação no dia a dia da<br />

cooperativa. Saímos daqui com mais disposição e a certeza<br />

de que a Coamo sempre pensa no melhor para o cooperado<br />

e seus familiares.”<br />

A participante Salete Cavali destaca a importância<br />

do engajamento das mulheres, do ‘sair de casa’ e correr<br />

atrás dos sonhos. “Muitas têm seus sonhos e não realizam<br />

porque acham que não conseguem. Mas, nem tentam, não<br />

fazem nada. Já são mais de dez eventos direcionados para<br />

as mulheres, e participei de todos. É um evento que saímos<br />

com as baterias recarregadas e prontas para correr atrás<br />

dos nossos sonhos e vencer os desafios”, assinala.<br />

LADIES ENSEMBLE<br />

Atuando desde 2008 no cenário musical, a<br />

Orquestra Ladies Ensemble é formada exclusivamente<br />

por mulheres. Elas foram as<br />

responsáveis pela apresentação artística nos<br />

eventos em São Domingos (SC) e Mangueirinha<br />

(PR). Para a artistas, a oportunidade de<br />

se apresentar para um público somente de<br />

mulheres é única e valoriza a atuação feminina<br />

em todos os setores da sociedade. “O<br />

mercado ainda é dominado pelos homens,<br />

mas vemos que esse cenário está mudando.<br />

Para nós, é gratificante ter espaço e mostrar<br />

o nosso trabalho, e apresentar um pouco de<br />

cultura para tantas mulheres”, comenta a integrante<br />

da orquestra Rebeca Vieira.<br />

Ladies Ensemble conta com a participação<br />

de mais de 20 mulheres, profissionais da<br />

música. Criada pela violinista Fabiola Bach<br />

– diretora e fundadora- Ladies Ensemble<br />

em 2008, tem solistas das principais orquestras<br />

do Paraná - O grupo reúne nomes<br />

da Orquestra Sinfônica do Paraná, Camerata<br />

de Curitiba e Orquestra de Câmara da<br />

PUC.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 41


FAMÍLIACOOP<br />

ENCONTRO EM MANGUEIRINHA ESTÁ NA 11ª EDIÇÃO E REUNIU MAIS DE 300<br />

MULHERES QUE PRESENCIARAM APRESENTAÇÃO MUSICAL E PALESTRA MOTIVACIONAL<br />

Conforme o assessor de Cooperativismo<br />

da Coamo, Guilherme Montenegro Sávio, a expressiva<br />

participação das mulheres mostra a importância<br />

do evento e do envolvimento da família na cooperativa.<br />

“É um momento de integração, de receber conhecimento<br />

e acima de tudo de descontração com<br />

uma palestra motivacional e apresentação cultural.<br />

Pensamos no cooperado e na família, melhorando o<br />

convívio familiar e a qualidade de vida de todos os<br />

envolvidos”, assinala.<br />

Guilherme Montenegro Savio, assessor de Cooperativismo da Coamo<br />

Nos três eventos, a parte<br />

motivacional ficou por conta do<br />

professor e palestrante João Carlos<br />

Oliveira. Conhecedor da filosofia<br />

do cooperativismo, com muito<br />

carisma e empolgação ele agitou<br />

as mulheres e os casais participantes<br />

do evento. “Quando eu digo<br />

para as pessoas não deixarem<br />

para amanhã o que podem fazer<br />

hoje, vemos que elas querem isso,<br />

que elas querem mais. Esse programa<br />

da Coamo traz essa ternura,<br />

do ser, da gente não apenas fazer<br />

negócio por fazer, mas fazer negócio<br />

pela família, de fazer diferente<br />

para a família. Mostramos para as<br />

pessoas que dinheiro é bom, mas<br />

se tiver um trabalho de parceria<br />

e companheirismo fica ainda melhor”,<br />

assinala.<br />

João Carlos observa que as<br />

mulheres precisam acreditar que<br />

podem mais, que devem fazer<br />

parte da atividade, não só ajudando<br />

a desenvolver a atividade no<br />

campo, mas também participando<br />

da tomada de decisão e da vida<br />

“Não deixe<br />

para amanhã<br />

o que pode<br />

fazer hoje”<br />

da cooperativa. “A Coamo enxerga<br />

a esposa e a filha como sócia<br />

da cooperativa. Por muito tempo,<br />

a sociedade colocou a mulher em<br />

segundo plano, mas no cooperativismo<br />

isso não acontece. Ela é<br />

evidenciada e sentem que fazem<br />

parte desse segmento. O homem<br />

do campo é empresário do agronegócio<br />

e nada melhor do que ter<br />

a família ao seu lado para conduzir<br />

os trabalhos”, pondera.<br />

42 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


FAMÍLIACOOP<br />

Participação ativa em Santa Catarina<br />

Em São Domingos, o encontro reuniu também mulheres de Abelardo Luz, Xanxerê, Ipuaçu e Ouro Verde<br />

Em São Domingos, o encontro<br />

reuniu também mulheres<br />

de Abelardo Luz, Xanxerê, Ipuaçu<br />

e Ouro Verde. Foram mais de 300<br />

participantes. De acordo com o<br />

gerente da Unidade da Coamo<br />

anfitriã, Adenilson Zaffari, o evento<br />

cumpriu o objetivo valorizando as<br />

mulheres que integram o cooperativismo<br />

e a família cooperativista.<br />

“Esse é um presente para elas,<br />

para celebrar a participação delas<br />

no cooperativismo e mostrar a importância<br />

e participação feminina<br />

na Coamo”, pondera.<br />

O encontro está na quarta<br />

edição e é a segunda vez que<br />

São Domingos recebe, sendo que<br />

já foi realizado em Abelardo Luz<br />

e Xanxerê. “É um evento que deu<br />

certo e faz parte do calendário oficial<br />

da Coamo. As mulheres aprovaram<br />

porque é a oportunidade<br />

de passarem um dia especial, com<br />

uma programação pensada para<br />

elas”, diz Zaffari.<br />

Conforme a participan-<br />

Claudia Rodighero Bertan, de Abelardo Luz Marilice Terezinha Sonda Gallina, de Xanxerê Marlene Luiza Piacentini Lodi, de São Domingos<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 43


FAMÍLIACOOP<br />

ENCONTRO EM SANTA CATARINA ESTÁ NA QUARTA EDIÇÃO E É A SEGUNDA VEZ QUE<br />

SÃO DOMINGOS RECEBE. EVENTO JÁ FOI REALIZADO EM ABELARDO LUZ E XANXERÊ<br />

te Claudia Rodighero Bertan, de<br />

Abelardo Luz, o evento fortalece o<br />

cooperativismo e mostra a importância<br />

que as mulheres têm para<br />

a Coamo. “Fazemos os trabalhos<br />

de casa, cuidamos dos filhos e ajudamos<br />

nas atividades agrícolas.<br />

Nada mais justo do que acompanharmos<br />

nossos esposos na cooperativa<br />

e o evento faz com que<br />

nos sintamos parte da Coamo e<br />

acolhidas pelo cooperativismo.”<br />

É o segundo encontro que<br />

Marilice Terezinha Sonda Gallina,<br />

de Xanxerê, participa. Ela observa<br />

que as mulheres ainda estão distantes<br />

de alguns setores, mas que<br />

na Coamo isso não ocorre. “A cooperativa<br />

incentiva a participação<br />

feminina, demonstrando que está<br />

preocupada com toda a família, e<br />

com a qualidade de vida dos seus<br />

associados. Depois de um evento<br />

como esse, volto para a casa mais<br />

preparada, com mais força para<br />

trabalhar e continuar na atividade<br />

agrícola.”<br />

Marlene Luiza Piacentini<br />

Lodi, de São Domingos, observa<br />

que só o fato de se encontrar<br />

com outras mulheres, para trocar<br />

conhecimento e informação já valeria<br />

a pena. “A Coamo traz uma<br />

palestra de alto nível e ainda nos<br />

proporciona um momento único,<br />

de assistir a apresentação de uma<br />

orquestra. É um evento que nos<br />

deixa mais leve, nos enriquece<br />

emocionalmente e culturalmente.”<br />

Adenilson Zaffari, gerente da Coamo em São Domingos<br />

Inovação em Coronel Vivida<br />

A Unidade da Coamo em Coronel Vivida já<br />

vem realizando o tradicional encontro tecnológico e<br />

neste ano inovou promovendo um evento para a família<br />

cooperativista. Foram duas palestras: a primeira<br />

técnica com o engenheiro agrônomo Alex Antonio<br />

Moacir Ferrari, gerente da Coamo em Coronel Vivida<br />

Ribeiro, que falou sobre a tecnologia de aplicação de<br />

defensivos agrícolas, e a segunda motivacional pelo<br />

professor João Carlos Oliveira. “Já temos os eventos<br />

técnicos, em que a família também participa. Porém,<br />

neste ano procuramos algo diferente para que as<br />

cooperadas, esposas e filhas de cooperados tivessem<br />

um momento especial”, comenta o gerente da<br />

Coamo em Coronel Vivida, Moacir Ferrari.<br />

Alex Antonio Ribeiro abordou sobre a importância<br />

de se fazer o uso de defensivos agrícolas de<br />

forma racional e consciente, principalmente alertando<br />

sobre a necessidade da utilização dos EPIs (Equipamento<br />

de Proteção Individual). “São produtos que<br />

devem seguir as boas práticas de utilização. Se usado<br />

corretamente, é um grande aliado na produção<br />

agrícola. Contudo, devem ser seguidas as recomendações<br />

técnicas e ter a preocupação com a saúde de<br />

quem aplica e do meio ambiente.”<br />

44 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


FAMÍLIACOOP<br />

Nos três eventos, a parte motivacional ficou por conta do professor e palestrante João Carlos Oliveira. Na imagem, momento da palestra em Coronel Vivida<br />

Tania Dala Costa estava<br />

acompanhada da mãe Adelaide e<br />

da irmã Tamires. Ela destaca a importância<br />

da participação de toda a<br />

família no dia a dia da cooperativa e<br />

nas atividades agrícolas. “A Coamo<br />

incentiva nossa participação e é isso<br />

que estamos fazendo. Eventos como<br />

esse, nos motivam e informam sobre<br />

as recomendações técnicas, além de<br />

contar com uma palestra de alto astral.<br />

Na Coamo, vemos que a mulher<br />

do campo também é valorizada.”<br />

O casal Ofélia e André<br />

Luís Zanatta também aprovaram<br />

a iniciativa de realizar o evento<br />

voltado para a família. “A Coamo<br />

é um local de cooperação e nada<br />

mais importante do que integrar<br />

a esposa no nosso dia a dia”, comenta<br />

André. “Esse momento<br />

ajuda a melhorar a autoestima e o<br />

convívio familiar. Crescemos emocionalmente,<br />

socialmente e profissionalmente.<br />

Só temos a melhorar<br />

participando da Coamo.”<br />

Tania Dala Costa com a mãe Adelaide e a irmã<br />

Tamires: "A Coamo incentiva nossa participação e é<br />

isso que estamos fazendo."<br />

Engenheiro agrônomo da Coamo, Alex Antonio Ribeiro, falou sobre a tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas<br />

Casal André Luis Zanatta e Ofélia aprovaram a<br />

iniciativa de realizar o evento voltado para a família<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 45


2 design<br />

70 anos<br />

de inovações sempre<br />

ao lado do agricultor<br />

Uniport 2030<br />

Tellus 10.000 NPK<br />

Arbus 4000 Tower<br />

Omni 700<br />

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SISTEMA DE PRODUÇÃO<br />

NABO FORRAGEIRO<br />

no sistema produtivo<br />

da família Becker<br />

Cooperados Elio Jorge Becker e Leandro Andrei Becker, pai e filho, vêm sempre buscando inovar<br />

e utilizando tecnologias que possam melhorar o sistema produtivo e incrementar a produtividade<br />

A<br />

segunda safra foi uma<br />

inovação para a família<br />

Becker, em Vila<br />

Nova, distrito de Toledo (Oeste<br />

do Paraná). Os cooperados<br />

Elio Jorge Becker e Leandro<br />

Andrei Becker, pai e filho,<br />

vem sempre buscando inovar<br />

e utilizando tecnologias que<br />

possam melhorar o sistema<br />

produtivo e incrementar e<br />

produtividade. A família que<br />

já praticava rotação de culturas<br />

com aveia, trigo, soja e<br />

milho primeira e segunda safra,<br />

este ano optou pelo nabo<br />

forrageiro.<br />

Becker explica que o<br />

nabo forrageiro no sistema<br />

de rotação de cultura traz<br />

grandes benefícios ao solo.<br />

“A cultura proporciona boa<br />

cobertura vegetal, descompactação<br />

do solo por ter um<br />

desenvolvimento radicular<br />

agressivo ocasionando uma<br />

escarificação biológica, além<br />

de auxiliar na ciclagem de<br />

nutrientes do solo principalmente<br />

do nitrogênio e fósforo.<br />

É uma cultura tolerante a<br />

seca e a geada fator importante<br />

a ser considerado na<br />

implantação da safra de outono<br />

e inverno”, diz.<br />

De acordo com o engenheiro<br />

agrônomo Guilherme<br />

Augusto Fischer, da Coamo<br />

em Vila Nova, os cooperados<br />

ficaram satisfeitos com o resultado<br />

da cultura e esperam um<br />

incremento de produtividade<br />

para a lavoura posterior, que<br />

será o milho verão. “Eles pretendem<br />

incluir o nabo no seu<br />

sistema de rotação de culturas<br />

e manejo do solo”, frisa.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 47


CURSOS SOCIAIS<br />

Delícias culinárias para a família<br />

Coamo realizou diversos cursos em agosto. Em Moreira Sales e<br />

Campo Mourão, o clima foi de aprendizado e descontração<br />

Ao chegar em Moreira<br />

Sales (Centro-Oeste do<br />

Paraná), a equipe de reportagem<br />

da <strong>Revista</strong> Coamo encontrou<br />

um grupo de mulheres<br />

unidas e integradas. Boas histórias<br />

e risadas não faltaram. O clima<br />

era de sexta-feira, mas na verdade<br />

era apenas quarta-feira. O<br />

motivo de tanta alegria era o fato<br />

das participantes – cooperadas,<br />

esposas e filhas de cooperados –<br />

estarem encerrando mais um curso<br />

social. Com o tema ‘Delícias<br />

com o Café Coamo’, a cada receita<br />

finalizada, todas degustavam<br />

um pouco e aprovavam as novidades<br />

que estavam aprendendo.<br />

Entre uma receita e outra,<br />

as participantes trocavam dicas<br />

e novas ideias com outras possibilidades<br />

para aquelas receitas<br />

ensinadas surgiam. Um clima de<br />

fato agradável, que faz Elaine<br />

Gloor, marcar presença em todos<br />

os cursos sociais da Coamo, realizados<br />

em parceria com o Serviço<br />

Nacional de Aprendizagem<br />

do Cooperativismo (Sescoop). “É<br />

sempre um aprendizado para a<br />

gente. Como eu amo café, o tema<br />

por si só já me chamou a atenção.<br />

Porém, mais que isso, quando estamos<br />

em grupo sempre aprendemos<br />

mais.”<br />

Ao ser questionada sobre<br />

a receita que mais lhe agradou,<br />

Elaine enumerou várias. “Acabamos<br />

de aprender fazer o cappuc-<br />

Em Moreira Sales, alunas ouvem atentamente as recomendações da instrutora do Sescoop<br />

cino, mas aprendemos também o<br />

café cremoso, o sorvete, têm muitas<br />

receitas. Mas, tem que ser com<br />

o Café Coamo, é o ingrediente especial<br />

de cada receita”, garante.<br />

Quem também aprovou o<br />

curso de Delícias com Café Coamo<br />

foi Eliana Souza. “Aprendemos<br />

receitas maravilhosas e ainda mais<br />

com os Alimentos Coamo, tudo<br />

fica melhor. Não tem como enumerar<br />

qual a melhor receita, pois<br />

todas ficaram ótimas. Quando venho<br />

nos cursos sociais da Coamo<br />

sei que vou aprender ótimas receitas<br />

e ter um momento de descontração<br />

com as minhas amigas”,<br />

revela Eliana.<br />

O curso de Delícias com<br />

Café Coamo é novidade deste<br />

ano e a repercussão tem sido positiva,<br />

conforme conta a instrutora<br />

do Sescoop, Lidinalva Tavares<br />

Guiral. “Elas ficaram felizes, deram<br />

boas risadas e fizeram pratos deliciosos<br />

com o Café Coamo. Hoje,<br />

utilizamos o Café Sollus Extra Forte<br />

da cooperativa, que tem ótima<br />

qualidade e garantiu o excelente<br />

resultado final. Esses dois dias de<br />

curso passaram com a sensação<br />

Participantes envolvidas em todas etapas<br />

48 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


CURSOS SOCIAIS<br />

Participantes e funcionários da Coamo reunidos no encerramento do curso de "Delícias com o café Coamo"<br />

de ‘quero mais’. ”<br />

Esse clima de descontração<br />

e confraternização também<br />

foi compartilhado pelas mulheres<br />

cooperativistas de Campo Mourão<br />

(Centro-Oeste do Paraná). Elas<br />

participaram recentemente do<br />

curso de Bolachas Caseiras. Foram<br />

tantas ideias de receitas aprendidas<br />

que para aquelas mulheres<br />

que pensam em ganhar um dinheiro<br />

extra ou fazer em casa para<br />

a família, opções não faltarão.<br />

Sinamara Liberari escolheu<br />

a segunda opção. Com dois<br />

filhos pequenos ela aprendeu<br />

muitas receitas para fazer o gosto<br />

da criançada. “São receitas práticas<br />

e fáceis de fazer no dia a dia.<br />

Não tem aquela receita que não<br />

vou fazer, pois achei difícil. Se chegar<br />

uma visita já dá para fazer e<br />

para quem tem criança em casa,<br />

aprende mais opções para preparar.<br />

Meus filhos, já estão me esperando<br />

com expectativa (risos). ”<br />

Outro ponto fundamental<br />

do curso para Sinamara, foi a oportunidade<br />

de fazer novas amizades.<br />

“Além da convivência, é um ambiente<br />

muito bom de estar. Fiz novas<br />

amigas aqui. Não somos mais<br />

apenas um grupo de conhecidas,<br />

mas sim um grupo de amigas. ”<br />

Dona Rita Mignosso Letrari<br />

também saiu do curso contente.<br />

“Essa é uma oportunidade de nos<br />

unirmos e vivermos o cooperativismo,<br />

convivendo com outras<br />

cooperadas, esposas e filhas de<br />

cooperados. Foi muito bom e eu<br />

estava precisando mesmo. É uma<br />

terapia diferente, nem vemos o<br />

tempo passar.”<br />

Para quem ainda não participou,<br />

Dona Rita faz o convite.<br />

“Aprendemos receitas que podemos<br />

fazer com o que temos em<br />

casa. Quem ainda não participou eu<br />

convido a participar também, pois<br />

além de sair da rotina, é possível<br />

aprender muitas coisas, até mesmo<br />

receitas que já conhecemos, aprendemos<br />

novas formas de fazê-las, de<br />

um jeito bem mais prático. ”<br />

A instrutora do Sescoop,<br />

Herta Radecki, revela que ficou<br />

feliz com o desempenho da turma.<br />

“São receitas muito boas, realmente<br />

práticas, onde utilizamos<br />

os Alimentos Coamo e obtivemos<br />

um excelente resultado. Participar<br />

dos cursos sociais também traz<br />

qualidade de vida, pois elas além<br />

de produzir alimentos no campo,<br />

transformam esses alimentos em<br />

Em Campo Mourão participação das mulheres também foi expressiva<br />

receitas deliciosas. A cada curso<br />

vejo a satisfação delas e nesse não<br />

foi diferente.”<br />

Bolachas produzidas pelas alunas<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 49


50 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


DICA DO CAMPO<br />

Aprendendo mais sobre...<br />

QUIABO<br />

O<br />

quiabo é uma hortaliça pertencente à família Malvácea.<br />

Pode ter sido originário da África ou da Ásia e foi introduzido<br />

no Brasil pelos escravos. O fruto do quiabeiro é uma<br />

boa fonte de vitaminas, em especial as vitaminas A, C e B1, além de<br />

fornecer cálcio.<br />

Época de plantio: setembro a janeiro em regiões de inverno e o<br />

ano todo nas regiões quentes. Desenvolve-se bem entre 22 e 25 °C<br />

e é prejudicado pelo frio.<br />

Adubação: aplicar em cada metro de sulco as seguintes quantidades:<br />

5 f de esterco de curral, 100 g de superfosfato simples e 30 g<br />

de cloreto de potássio. Os adubos minerais podem ser substituídos<br />

por 100 g de NPK na fórmula 4-14-8.<br />

Plantio: no espaçamento de 20 a 30 cm entre covas por 1 m entre linhas,<br />

plantam-se 3 ou 4 sementes por cova. Cada grama contém 18 a<br />

20 sementes. Pode-se plantar em sulcos, semeando em linha corrida.<br />

Irrigação: regas a cada 3 dias.<br />

Raleação: deixam-se duas plantas por cova ou 8 a 10 por metro<br />

linear quando o plantio for feito por semeadura em linha corrida.<br />

Adubação em cobertura: depois da raleação, aplicam-se 30 a 50 g<br />

de sulfato de amônio ou nitrocálcio por metro de sulco.<br />

Colheita: os frutos devem ser colhidos antes de se tornarem fibrosos,<br />

entre 70 e 80 dias depois do plantio.<br />

COMO COMPRAR<br />

Para verificar a qualidade dos quiabos não é preciso quebrá-los. Os<br />

frutos devem ter cor verde intensa, serem firmes, sem manchas escuras<br />

e com comprimento menor que 12 cm. Frutos muito grandes<br />

e com coloração verde esbranquiçada (pálida) tendem a ser fibrosos<br />

e duros. Frutos manuseados sem o devido cuidado tornam-se escuros<br />

rapidamente.<br />

COMO CONSERVAR<br />

Após a colheita, o quiabo deve ser consumido rapidamente pois fica<br />

murcho, fibroso e escurece em seguida. O quiabo não tolera temperaturas<br />

muito baixas por longo período de tempo, pois fica escuro<br />

e deteriora-se. Por isso, ele deve ser colocado na parte inferior da<br />

geladeira, dentro de sacos de plástico. Nesta condição, ele pode ser<br />

conservado por até uma semana. Para congelar os frutos, estes devem<br />

ser levados, picados e acondicionados em saco de plástico, do<br />

qual se retira todo o ar com uma bombinha de vácuo. Para congelar<br />

frutos inteiros, é recomendável lavá-los, secá-los, e em seguida<br />

deixá-los por 2 a 3 minutos em água fervente, por 4 a 5 minutos no<br />

vapor, ou por 3 1/2 a 4 1/2 minutos no microondas. Depois, deve-se<br />

secar os frutos e, quando estes estiverem frios, colocá-los em saco<br />

de plástico, retirando todo o ar com bombinha de vácuo. Em seguida,<br />

deve-se lacrar o saco e levar ao congelador.<br />

COMO CONSUMIR<br />

O quiabo é uma hortaliça de fácil preparo. Não é preciso descascá-<br />

-lo; somente remova as pontas. Geralmente é consumido cozido,<br />

refogado ou frito, porém, também pode ser consumido cru, quando<br />

os frutos são pequenos (menores que 5 cm de comprimento),<br />

tenros e recém-colhidos. Tradicionalmente utilizado no preparo de<br />

pratos típicos como frango com quiabo, caruru e com costelinha<br />

de porco, o quiabo também é saboroso no preparo de saladas frias<br />

com tomate, pimentão e cheiro verde. O descongelamento dos frutos<br />

pode ser lento, na parte inferior da geladeira ou rápido, direto<br />

ao fogo, durante o preparo do prato.<br />

Fonte: Embrapa Hortaliças<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 51


52 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>


CELEBRAÇÃO<br />

Jacto 70 anos: história de inovação<br />

e respeito com os agricultores<br />

Elevar produtividades, otimizar<br />

o tempo de operações e reduzir<br />

custos, são objetivos dos<br />

produtores associados da Coamo<br />

na condução da atividade agrícola.<br />

Para isso, eles estão investindo em<br />

máquinas modernas para colher<br />

produtividades satisfatórias e praticar<br />

uma agricultura sustentável.<br />

Esses propósitos são possíveis<br />

com a parceria entre a Coamo e<br />

a Jacto, parceria forte e consistente,<br />

efetivada ao longo das últimas décadas.<br />

“A Jacto completa 70 anos, é<br />

uma empresa exemplo de pioneirismo<br />

e evolução, e de princípios<br />

que são comuns também para nós.<br />

Por isso, temos orgulho e satisfação<br />

em ter esta empresa inovadora e<br />

admirada entre os nossos principais<br />

parceiros e fornecedores” afirma o<br />

engenheiro agrônomo e vice-presidente<br />

da Coamo, Claudio Francisco<br />

Bianchi Rizzatto.<br />

Segundo ele, os associados<br />

da Coamo têm recebido o<br />

apoio e a assistência direta da cooperativa<br />

e da Jacto para produzir<br />

mais e com maior sustentabilidade.<br />

A Jacto completou dia 18<br />

de agosto, 70 anos de existência.<br />

“São 70 anos de uma história rica<br />

em pioneirismo, inovação e respeito<br />

às pessoas e, principalmente, ao<br />

agricultor. O desenvolvimento da<br />

agricultura é o motivo pelo qual a<br />

empresa trabalha incansavelmente,<br />

produzindo as melhores soluções<br />

para a proteção das lavouras.<br />

Neste momento marcante, torna-<br />

-se essencial uma reflexão sobre o<br />

futuro, sem deixar de lado o tripé<br />

que sustenta as atividades da empresa:<br />

a sua história, a atuação social<br />

e os constantes investimentos<br />

em inovação”, comemora Jorge Nishimura,<br />

presidente do Conselho<br />

de Administração do Grupo Jacto.<br />

Irmãos Shiro e Jorge Nishimura com<br />

o vice-presidente da Coamo, Claudio<br />

Rizzatto, e o superintendente<br />

Técnico da Coamo, Aquiles Dias, no<br />

evento dos 70 anos da Jacto<br />

SELO PRESERVA A TRADIÇÃO - O selo de 70 anos recebe<br />

o apoio de um haikai - poema curto, conciso e objetivo<br />

de origem japonesa. Forma poética criada no século<br />

XVI e espalhada pelo mundo. A estrutura do haikai é<br />

composta por três versos curtos para preservar a tradição<br />

e retratar com simplicidade os principais elementos<br />

norteadores da trajetória da Jacto em seus versos.<br />

TERRA AMADA - É o elemento da natureza de onde<br />

parte o haikai. Elemento concreto, onde se desenvolve<br />

a vida vegetal e a atividade da agricultura para<br />

a qual se destinam os produtos que deram início ao<br />

Grupo Jacto. Terra é também nosso planeta, nosso lugar<br />

na vastidão do universo. Terra amada pelos agricultores.<br />

Terra amada, nesse caso, é também a pátria-<br />

-mãe, que recebe o imigrante Shunji Nishimura, a<br />

pessoa física e os seus sonhos. A pátria amada que<br />

ele também amou e a quem foi grato. Também osolo<br />

fértil e seguro onde estão fincadas as raízes da Jacto.<br />

CORAÇÃO GRATO- Duas palavras muito ligadas à trajetória<br />

de Shunji Nishimura e da Jacto. Coração é o<br />

lugar do amor, sentimento maior. Amor ao Brasil, à<br />

Terra Amada, que recebeu nosso fundador. Amor ao<br />

trabalho, amor ao novo, amor às pessoas (clientes,<br />

colaboradores, comunidade). Foi um coração grato<br />

que moveu Nishimura a retribuir tudo o que recebeu,<br />

criando sua fundação.<br />

INSPIRA O NOVO -Desde o nome, inspirado pelo rastro<br />

deixado no céu pelos aviões a jato, símbolo de<br />

modernidade quando surgiu, o novo sempre inspirou<br />

a trajetória do Grupo Jacto. Os pés sempre estiveram<br />

na terra firme, mas as cabeças sempre foram<br />

movidas pela busca do novo. Por isso a inovação é<br />

uma marca característica impressa no DNA da Jacto.<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 53


Creme de alho<br />

para o pão no<br />

churrasco<br />

Ingredientes<br />

- 250ml de Leite<br />

- 3 dentes de alho<br />

- 1 pitada de sal<br />

- 1 sachê de tempero para legumes<br />

- 1 tablete de caldo de legumes<br />

- 1 colher de sopa de Margarina Coamo Família<br />

- 100g de queijo mussarela<br />

- 400ml de Óleo de soja Coamo<br />

Modo de preparo<br />

Bata todos os ingredientes, menos o óleo, no liquidificador<br />

em velocidade média, daí vá adicionando o óleo em fio até que<br />

a mistura fique cremosa C. aso os 400ml de óleo não sejam<br />

suficientes, aumente esse volume até obter a consistência desejada.<br />

Rendimento: 15 pães francês ou baguete.<br />

Para mais receitas acesse:<br />

www.facebook.com/alimentoscoamo<br />

www.alimentoscoamo.com.br<br />

54 REVISTA<br />

<strong>Agosto</strong>/<strong>2018</strong>

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