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GAZETA DIARIO 765

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Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 5 e 6 de janeiro de 2019 Nacional 13<br />

GERAL<br />

Forças federais de segurança<br />

começam a atuar hoje no Ceará<br />

Cerca de 100 homens já estão a caminho de Fortaleza<br />

Jonas Valente<br />

Repórter da Agência Brasil<br />

Forças federais de segurança<br />

começaram a se deslocar<br />

para o Ceará e devem iniciar<br />

a atuação neste sábado.<br />

Cerca de 70 integrantes da<br />

Força Nacional que estavam<br />

no Rio Grande do Norte e 30<br />

em Sergipe já começaram a se<br />

dirigir para a capital cearense,<br />

informou ontem (4) o secretário<br />

nacional de Segurança<br />

Pública, Guilherme Teophilo.<br />

O emprego da Força<br />

Nacional foi autorizado hoje<br />

pelo ministro da Justiça, Sergio<br />

Moro, por um período inicial<br />

de 30 dias.<br />

"Às 15h nós estamos deslocando<br />

mais 88 homens<br />

num Hércules 630 da Força<br />

Aérea Brasileira e durante a<br />

madrugada um Boeing 767<br />

vai levar o restante dos 300<br />

homens que o nosso governador<br />

do estado do Ceará pediu.<br />

E mais 30 viaturas estão iniciando<br />

comboio para Fortaleza.<br />

Acredito que em 48h elas<br />

estejam lá", afirmou.<br />

O envio das forças foi autorizado<br />

por Sergio Moro após<br />

pedido do governador do estado,<br />

Camilo Santana. Foram<br />

designados agentes da Polícia<br />

Federal, Polícia Rodoviária<br />

Federal, do Departamento Penitenciário<br />

Nacional e homens<br />

da Força Nacional e das<br />

Forças Armadas. As forças<br />

atuarão em parceria com a<br />

Secretaria de Segurança Pública<br />

e Defesa Social e as polícias<br />

locais. Segundo Guilherme<br />

Teophilo, o tempo de resposta<br />

foi de 24 horas, período<br />

necessário para o planejamento<br />

da ação e organização dos<br />

integrantes.<br />

O secretário disse que<br />

equipes de inteligência têm<br />

acompanhado a situação do<br />

estado desde a morte de um<br />

líder criminoso, GG do Mangue,<br />

no ano passado. O estudo,<br />

acrescentou ele, indicou a<br />

necessidade do emprego dos<br />

300 integrantes das forças,<br />

inclusive de militares.<br />

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil<br />

O envio das forças foi autorizado por Sergio Moro após<br />

pedido do governador do estado, Camilo Santana<br />

Ataques<br />

Desde quarta-feira (2), ataques<br />

vêm sendo registrados na<br />

região metropolitana de Fortaleza<br />

e no interior do estado.<br />

Segundo último balanço divulgado<br />

pela Secretaria de<br />

Segurança Pública, foram registrados<br />

incêndios, crimes e<br />

episódios de depredação de<br />

estruturas públicas em diversos<br />

bairros de Fortaleza. Também<br />

foram identificados ataques<br />

com veículos em três cidades<br />

da região metropolitana<br />

(Guaiuba, Pindoterama e<br />

Horizonte).<br />

No interior, as forças de<br />

segurança estaduais foram<br />

informadas de crime contra<br />

estruturas públicas em nove<br />

cidades: Pacatuba, Acaraú,<br />

Aracoiaba, Jaguaruana, Morada<br />

Nova, Morrinhos, Massapê,<br />

Piquet Carneiro e Tianguá.<br />

Entre as ocorrências foram<br />

registrados ataques contra<br />

agências bancárias, prédios<br />

públicos e veículos.<br />

De acordo com o governo<br />

do estado, até o momento, 45<br />

pessoas foram presas ou apreendidas<br />

por participação nos<br />

atos. Ontem, após reunião<br />

entre órgãos do Executivo e<br />

de outros poderes, como o<br />

Ministério Público estadual,<br />

a administração anunciou<br />

medidas de reação à ofensiva,<br />

como a nomeação de 220<br />

agentes penitenciários e de<br />

373 policiais do último concurso<br />

realizado.<br />

Em entrevista à Agência<br />

Brasil, o defensor público Carlos<br />

Castelo Branco afirmou<br />

que as causas da ofensiva precisam<br />

ser apuradas, mas lembrou<br />

que os ataques começaram<br />

após o novo secretário<br />

estadual de administração penitenciária,<br />

Luís Mauro de<br />

Albuquerque, ter anunciado<br />

endurecimento contra presos<br />

e ter dito não reconhecer facções<br />

criminosas.<br />

Na entrevista coletiva ontem,<br />

o secretário nacional de<br />

Segurança Pública não foi<br />

assertivo sobre as causas, mas<br />

apontou relação com a disputa<br />

entre grupos criminosos.<br />

"Para quem trabalha com<br />

segurança pública, só tem<br />

mais violência ou aumento da<br />

taxa de homicídio onde tem<br />

uma disputa entre as facções<br />

no território. Como no estado<br />

do Ceará nós temos Comando<br />

Vermelho, PCC [Primeiro Comando<br />

da Capital], GDE<br />

[Guardiões do Estado], Família<br />

do Norte e tantas outras,<br />

há ainda uma disputa muito<br />

grande por territórios. E é isso<br />

o que eles fazem", disse.<br />

Bolsonaro<br />

sanciona lei que<br />

permite faltar à<br />

aula por motivo<br />

religioso<br />

Estudantes poderão faltar aulas<br />

e provas por motivos<br />

religiosos. É que estabelece lei<br />

sancionada pelo presidente Jair<br />

Bolsonaro e publicada no Diário<br />

Oficial da União de ontem (4). A<br />

lei entrará em vigor em 60 dias,<br />

em março. A partir desse mês,<br />

as escolas terão ainda dois<br />

anos para tomar as<br />

providências e fazer as<br />

adaptações necessárias para<br />

colocar a medida em prática.<br />

A nova lei estabelece que<br />

estudantes de escolas e<br />

universidades públicas e<br />

privadas poderão se ausentar<br />

de provas ou aulas, em dias<br />

que, "segundo os preceitos de<br />

sua religião, seja vedado o<br />

exercício de tais atividades".<br />

Para isso, os estudantes terão<br />

que apresentar um<br />

requerimento com a devida<br />

antecedência.<br />

Para repor as atividades, as<br />

instituições de ensino poderão<br />

aplicar prova ou aula de<br />

reposição, conforme o caso.<br />

Poderão ainda solicitar dos<br />

alunos um trabalho escrito ou<br />

outra modalidade de atividade<br />

de pesquisa. Os estudantes que<br />

fizerem essas atividades terão<br />

garantida a presença.<br />

A lei não se aplica, no entanto,<br />

às escolas militares. Isso<br />

porque o ensino militar é<br />

regulado em lei específica,<br />

admitida a equivalência de<br />

estudos, de acordo com as<br />

normas fixadas pelos sistemas<br />

de ensino.<br />

De acordo com Agência<br />

Senado, a estimativa de líderes<br />

religiosos é que cerca de 2<br />

milhões de brasileiros guardam<br />

o sábado e, por razões de fé,<br />

não podem estudar ou<br />

trabalhar até o pôr do sol.<br />

(Mariana Tokarnia — repórter da<br />

Agência Brasil)<br />

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