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08 Geral Foz do Iguaçu, segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019 Fábio Campana Vale quer ser vítima A Vale adota uma estratégia de "vitimização" para se afastar da culpa pela tragédia que pode ter matado 350 pessoas em Brumadinho, para além dos danos ambientais incalculáveis. O presidente marqueteiro da Vale agora se aproxima de autoridades que o deveriam tratar como investigado. Ousado, Fabio Schvartsman viajou a Brasília para tentar conversar com a procuradora-geral da República sobre "indenizações extrajudiciais" às vítimas. O pior é que Raquel Dodge o recebeu. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder. A direção da Vale tenta se "blindar" ou contestar as investigações da polícia contratando um "comitê" para "apurar as causas da tragédia". A Vale se negou a informar quanto pretende gastar com o tal "comitê", chefiado pela ministra Ellen Gracie. Alega que "está em formação". Entre Mariana e Brumadinho, a Vale lucrou R$42 bilhões, até por não pagar multas de R$368 milhões, nem gastar na prevenção da tragédia. Mourão sobre aborto Em entrevista ao jornal O Globo, general Mourão revelou ponto de vista oposto ao de Jair Bolsonaro em relação ao aborto. Para o militar, as possibilidades para a interrupção da gravidez deveriam ser ampliadas. "A questão do aborto também é algo que tem que ser bem discutido, porque você tem aquele aborto onde a pessoa foi estuprada, ou a pessoa não tem condições de manter aquele filho. Então talvez aí a mulher teria que ter a liberdade de chegar e dizer 'preciso fazer um aborto', disse. Posição pessoal Questionado se era a favorável à ampliação das possibilidades de aborto, respondeu: "Pessoalmente, eu acho que poderia. Minha opinião como cidadão, não como membro do governo, é de que se trata de uma decisão da pessoa". Sem conversa Nem Beto Richa nem o advogado conversaram com a imprensa, ao contrário do que aconteceu da vez anterior em que foi solto, quando deu entrevista. Os dois saíram rapidamente dentro de um carro com vidros escuros. Sob nova direção O desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira toma posse hoje como presidente do Tribunal de Justiça do Paraná. Também hoje assumem o 1º vice-presidente, Wellington Emanuel Coimbra de Moura; o 2º vicepresidente, José Laurindo de Souza Netto; o corregedor-geral, José Augusto Gomes Aniceto; e o corregedor da Justiça, Luiz Cezar Nicolau. Inteligência artificial A promessa é investir em inteligência artificial para agilizar o julgamento de processos que se acumulam no tribunal e dar mais transparência aos casos. O Paraná tem hoje 3 milhões de processos ativos. Requião vaza ficha Num dia de frustrações, último de sua vida como senador, Requião conseguiu amenizar as péssimas horas da volta à condição de homem comum, publicando em seu Twitter a ficha penitenciária de Beto Richa, seu desafeto. Como conseguiu a ficha? Quem a entregou? São perguntas a serem respondidas por uma investigação em curso. Fim da mamata O governador Ratinho Jr vai encaminhar à Assembleia Legislativa uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe o fim do pagamento de aposentadorias de governadores. Os trabalhos do legislativo começam nesta sexta-feira (01). Ratinho Jr afirmou que a medida, que era um compromisso de campanha, se soma a outras ações do governo para diminuir o inchaço da máquina pública. OPORTUNIDADE Processo seletivo da Itaipu movimenta milhares em Foz do Iguaçu e Curitiba Mais de 17 mil candidatos se inscreveram para as 23 vagas abertas, mais cadastro de reserva do concurso Ronildo Pimentel Reportagem Foto: Robson Meireles As provas do processo seletivo para preenchimento de vagas na margem brasileira da Itaipu Binacional movimentaram, nesse domingo (3), Foz do Iguaçu e Curitiba. Mais de 17 mil candidatos — nos níveis universitário, técnico e médio — inscreveram-se para as 23 vagas disponíveis, mais cadastro de reserva para todos os cargos. O Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná (NC-UFPR), responsável pela organização e aplicação das provas, distribuiu os candidatos em 11 locais em Foz do Iguaçu e um em Curitiba. Os portões ficaram abertos das 8h às 8h30. As provas, a partir das 9h, foram encerradas às 14h. No geral, os candidatos, que chegaram cedo aos locais, consideraram as questões de altíssimo nível: "Puxado", afirmaram. No pro- Polícia Federal garantiu a segurança nos 11 locais de provas em Foz do Iguaçu cesso para seleção de repórter fotográfico da Itaipu, por exemplo, as questões foram técnicas sobre fotografia, inglês e espanhol, assessoria de imprensa e redação. O fotógrafo Francisco Henrique Sierich da Silva, o Kiko, fez a prova para o cargo de sua área de atuação. "Concorrido, lógico", disse. "Mas não achei tão difícil, até porque eles [da organização] passaram a bibliografia", afirmou. Kiko contou que teve um pouco de dificuldade nas questões em inglês, "mas compensei bem no espanhol". A redação, na avaliação do fotógrafo, não teve grande dificuldade. "Tinha uma entrevista pronta, e era só montar um texto", informou. "Não quero criar expectativas", completou, ao comentar sua expectativa com relação ao desempenho na prova. "Para mim, todos são fortes candidatos [a conseguir a vaga]", expôs. O fotógrafo começou a prova às 9h e terminou por volta das 13h15. "A prova não estava difícil", contou o fotógrafo Christian Rizzi. "Foi tranquilo, e quem se preparou e teve a oportunidade de estudar um pouco, com certeza, conseguiu respondeu às questões mais tranquilo. Tive um pouco de dificuldade com a interpretação de texto em inglês", revelou. Locais Em Foz do Iguaçu, as provas foram aplicadas na Universidade Estadual do Paraná (Unioeste), Faculdade Anglo-Americano, Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC), Colégio Caesp, Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu (Cesufoz), Instituto Federal do Paraná (IFPR) e Universidade Federal da Integração Latino- Americana (Unila). Em Curitiba, na Pontifícia Universidade Católica (PUC/PR).
Foz do Iguaçu, segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019 LUTO O último adeus ao empresário iguaçuense Narciso Valiati Ele foi presidente da ACIFI e do Clube Hípico e ajudou a fundar a Facisa, hoje Unioeste Da redação Reportagem Foto: Revista ACIFI Narciso Valiati com a esposa, Maeli Foi sepultado nesse domingo, 3 de fevereiro, o empresário e professor Narciso Valiati. Ele lutava havia muitos anos contra uma doença degenerativa e faleceu na manhã de sábado. Filho de João Valiati e Malania Menegat Valiati, Narciso sempre teve uma forte atuação social. Foi professor do Colégio Agrícola Manoel Moreira Pena e fundador, no final da década de 1970 e início da década de 1980, da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa), primeira faculdade de Foz do Iguaçu, junto com a pedagoga Hildegard (Tuti) Litzinger Ghisi. Mais tarde a Facisa foi integrada à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Ao lado da esposa, dona Maeli Chibiaque, Narciso Valiati foi presidente, durante anos, do Clube Hípico. Por um longo período, foi responsável pela realização de diversos campeonatos, trazendo grandes cavaleiros de nível internacional. Na área comercial, Narciso destacou-se como empresário no ramo da exportação e comércio exterior, chegando a ser presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACIFI) na gestão 1986/ 1988. "A trajetória de Narciso Valiati está diretamente ligada à história da ACIFI. O empreendedor foi o 11º presidente da entidade. Em dois anos, foram muitas conquistas para o fortalecimento da economia local. A ACIFI resgata a memória dessa liderança histórica, que contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu e região ao participar, de forma atuante, em vários setores da sociedade civil organizada", destacou a diretoria da ACIFI em nota à imprensa. A edição especial da Revista ACIFI, 60 anos, destacou: "Narciso começou a se engajar no trabalho da ACIFI na época em que trabalhava com o sogro. Como empresário, passou a ver os problemas que a classe enfrentava e resolveu se dedicar a esse compromisso. Como um conciliador nato, tinha a qualidade de ouvir, questionar e tomar decisões sempre em conjunto com seus diretores e auxiliares da época, entre eles Cesar Cabral, Roberto Apelbaum, Wádis Benvenutti e Wanderlei Teixeira". Valiati também se preocupou com uma área de suma importância para Foz do Iguaçu: a segurança. Com o objetivo de ajudar os órgãos de segurança pública a combater a criminalidade no município, a ACIFI criou, na gestão de Narciso, o Conselho Comunitário de Segurança, presidido com muita maestria pelo empresário Carlos Duso. Cidade 09 Crise nas exportações Como presidente da ACIFI, Narciso enfrentou uma das mais difíceis crises econômicas em Foz do Iguaçu, causada, principalmente, pela imposição da então Cacex (Carteira de Comércio Exterior), do Banco do Brasil, de exigir que as empresas locais exportassem produtos para o Paraguai usando o dólar como moeda, e não o cruzado, moeda nacional na época. Com muito empenho e apoio de sua diretoria, Narciso não poupou esforços para resolver o problema e atenuar a crise enfrentada pelas exportadoras locais — antes da entrada em vigor do Mercosul. Fique com a Ene, é muito mais seguro. Ene Corretora de Seguros: (45)3523-2828.
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