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livro

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a nossa liturgia segue esse padrão de vitórias e<br />

restituições, nossos cânticos exigem que os anjos nos<br />

tragam as bênçãos – custe o que custar. A nossa homilética<br />

tornou-se mística, alicerçada numa exegese recheada de<br />

símbolos. É muito comum hoje - até nas igrejas históricas –<br />

o pregador apresentar um discurso acalorado para falar de<br />

finanças, afirmando que a nossa oferta abrirá as portas do<br />

céu sobre a nossa cabeça. O nosso evangelismo promete<br />

uma vida comparada ao estilo MATRIX, onde o bem e o mal<br />

se enfrentam no mundo virtual, e que basta um telefonema<br />

e todo se resolve. O Reino de Deus apresentado na Bíblia é<br />

voltado para o serviço, a renúncia, sem promessas de<br />

conquistas pessoais ou qualquer “liquidação de bênçãos<br />

sem medida”. Jesus nos ensina que, se o nosso inimigo nos<br />

perseguir devemos amá-lo, se tivermos duas túnicas<br />

dividirmos uma delas com quem não tem nenhuma, que<br />

neste mundo teríamos aflições, mas cultivássemos o bom<br />

ânimo. Um reino que exalta muito mais o dar do que o<br />

receber. Exalta os humilhados, mas abate os exaltados.<br />

Abomina o pecado, mas ama incondicionalmente o<br />

pecador. Isso é o Reino de Deus, o que ouvimos de alguns<br />

pregadores hoje em dia não passa de retórica e técnica de<br />

marketing para se alcançar cada vez mais adeptos. Peço<br />

que a misericórdia de Deus nos alcance antes que<br />

corramos a terra inteira atrás de prosélitos e então os<br />

tornemos duas vezes filhos do inferno. (Mt 23.15)

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