03.03.2019 Views

Max_Lucado_Lições_de_Vida_Evangelho (2)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

NOVO<br />

TESTAM ENTO<br />

EVANGELHO DE MATEUS<br />

M ax<br />

L u c a d o


O REI CARPINTEIRO<br />

M ateus era um coletor <strong>de</strong> impostos corrupto e odiado por seu<br />

próprio povo. Mas, <strong>de</strong>pois que Jesus o chamou para segui-lo, sua<br />

vida nunca mais foi a mesma. Se o Senhor tinha um plano para<br />

aquele pecador, certamente tem um para cada um <strong>de</strong> nós. Nesta<br />

obra, <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong> analisa o relacionamento entre Jesus e Mateus<br />

e extrai preciosas lições, que nos ensinam não só a conhecer mais<br />

<strong>de</strong> Deus mas também a caminhar <strong>de</strong> acordo com sua vonta<strong>de</strong>.<br />

Os livros da série <strong>Lições</strong> <strong>de</strong> <strong>Vida</strong> são valiosos recursos para o estudo da<br />

Bíblia, <strong>de</strong> forma individual ou em grupo. Cada seção oferece importantes<br />

explicações, reflexões, ensinamentos, perguntas para <strong>de</strong>bate e<br />

orações, a fim <strong>de</strong> que você amplie, <strong>de</strong> maneira prática e prazerosa, seu<br />

conhecimento da Palavra <strong>de</strong> Deus.<br />

<strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong> é pastor e escritor <strong>de</strong> best-sellers mundialmente aclamados,<br />

com mais <strong>de</strong> setenta livros publicados e oitenta milhões <strong>de</strong> exemplares<br />

vendidos em <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> idiomas. Ele serve, atualmente, na Igreja <strong>de</strong><br />

Oak Hills em San Antonio, Texas (EUA), junto com a esposa, Denalyn, e<br />

três filhas. <strong>Max</strong> e Denalyn atuaram por cinco anos como missionários<br />

no Brasil.<br />

Estudo Bi


MAX LUCADO<br />

EVANGELHO DE MATEUS<br />

O REI CARPINTEIRO<br />

Traduzido por DANIEL FARIA<br />

MC<br />

miindocristão<br />

São Paulo


Copyright © 2007 por Thomas Nelson<br />

Publicado originalmente por Thomas Nelson Inc., Nashville, Tennessee, EUA<br />

Direitos negociados por Silvia Bastos, S. L., Agência Literária.<br />

Os textos <strong>de</strong> referência bíblica foram extraídos das seguintes versões: Almeida Revista e<br />

Atualizada (RA), da Socieda<strong>de</strong> Bíblica do Brasil; Nova Bíblia Viva (NBV), da Editora<br />

Mundo Cristão; Nova Tradução da Linguagem <strong>de</strong> Hoje (NTLH), da Socieda<strong>de</strong> Bíblica<br />

do Brasil; e Versão Fácil <strong>de</strong> Ler (VFL — Novo Testamento), © 2006 da World Bible<br />

Translation Center (disponível em www.bibleleague.org). À exceção <strong>de</strong>ssas referências, as<br />

<strong>de</strong>mais citações são da Nova Versão Internacional (NV1), da Biblica, Inc.<br />

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, <strong>de</strong> 19/02/1998.<br />

É expressamente proibida a reprodução total ou parcial <strong>de</strong>ste livro, por quaisquer meios<br />

(eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por<br />

escrito, da editora.<br />

Dados Internacionais <strong>de</strong> Catalogação na Publicação (C1P)<br />

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)<br />

<strong>Lucado</strong>, <strong>Max</strong><br />

<strong>Evangelho</strong> <strong>de</strong> Mateus: o rei carpinteiro / <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>; traduzido por Daniel Faria. —<br />

São Paulo: Mundo Cristão, 2014. — (Coleção lições <strong>de</strong> vida)<br />

Título original: The Gospel of Matthew<br />

1. Bíblia. N.T. Mateus - Comentários I. Título. II. Série.<br />

12-09614 CDD-226.207<br />

índice para catálogo sistemático:<br />

1. <strong>Evangelho</strong> <strong>de</strong> Mateus: Comentários 226.207<br />

2. Mateus: <strong>Evangelho</strong>: Comentários 226.207<br />

Categoria: Educação cristã<br />

Publicado no Brasil com todos os direitos reservados por:<br />

Editora Mundo Cristão<br />

Rua Antônio Carlos Tacconi, 79, São Paulo, SP, Brasil, CEP 04810-020<br />

Telefone: (11) 2127-4147<br />

www.mundocristao.com.br


O rientações ao lí<strong>de</strong>r 7<br />

Como estudar a Bíblia 9<br />

Introdução ao evangelho <strong>de</strong> Mateus 13<br />

Lição 1<br />

Deus em carne e osso 15<br />

Lição 2<br />

Vencendo a tentação 22<br />

Lição 3<br />

O po<strong>de</strong>r da oração 29<br />

Lição 4<br />

A compaixão <strong>de</strong> Cristo 35<br />

Lição 5<br />

Seguindo a Cristo 42<br />

Lição 6<br />

O grandioso convite do céu 49<br />

Lição 7<br />

Receptivida<strong>de</strong> espiritual 55<br />

Lição 8<br />

Pão da vida 62<br />

Lição 9<br />

Humilda<strong>de</strong> 68<br />

Lição 10<br />

Per<strong>de</strong>ndo o Messias 75<br />

Lição 11<br />

Os últimos dias 82<br />

Lição 12<br />

Ele está vivo! 88<br />

N o t a a o l e i t o r 94


Estudar a Bíblia é um dos gran<strong>de</strong>s privilégios que recebemos do<br />

Senhor. E <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong>le que conheçamos sua Palavra inspirada, que<br />

é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução<br />

na justiça, para que o homem <strong>de</strong> Deus seja apto e plenamente<br />

preparado para toda boa obra (2Tm 3.16-17). Somos incentivados a<br />

crescer na graça e no conhecimento <strong>de</strong> nosso Senhor e Salvador Jesus<br />

Cristo (2Pe 3.18). O próprio Jesus nos ensinou a amar a Deus <strong>de</strong><br />

todo o nosso entendimento (Mc 12.30).<br />

Para atingir esses objetivos, ele <strong>de</strong>signou alguns como pastores<br />

e mestres, a fim <strong>de</strong> edificar seu povo e conduzi-lo à maturida<strong>de</strong> na<br />

fé (cf. E f 4.11-16), e <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>, como um <strong>de</strong>sses vocacionados,<br />

tem se comprometido com o reino no ensino da Palavra. Por isso,<br />

temos a satisfação <strong>de</strong> oferecer à Igreja evangélica este valioso material<br />

didático para ser usado em grupo, porque acreditamos que<br />

o estudo em conjunto torna o aprendizado interessante, rico e<br />

produtivo (cf. Pv 27.17). Porém, não existe nenhum impedimento<br />

ao estudo individual.<br />

A fim <strong>de</strong> tornar o aprendizado mais eficaz, apresentamos algumas<br />

dicas importantes:<br />

1. Antes <strong>de</strong> tudo, ore e peça orientação ao Senhor para que a<br />

Palavra seja ensinada e entendida com fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e clareza.<br />

2. Prepare-se a<strong>de</strong>quadamente. Familiarize-se bem com cada<br />

lição e não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> buscar subsídios para enriquecer o ensino.<br />

3. Torne o aprendizado interativo e incentive a participação<br />

<strong>de</strong> todo o grupo.<br />

4. Trate com respeito todas as contribuições dos participantes.<br />

Se houver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> divergir <strong>de</strong> alguma i<strong>de</strong>ia ou corrigi-la,<br />

faça-o com mansidão e brandura (G1 6.1; E f 4.2; T t 3.2; T g 3.13).<br />

5. Evite que uma pessoa domine a discussão. Isso inclui o lí<strong>de</strong>r.<br />

Assim, para proporcionar o crescimento do grupo, resista à<br />

tentação <strong>de</strong> dominar ou manipular a coletivida<strong>de</strong> e impor seus<br />

próprios pontos <strong>de</strong> vista.


6. Use a imaginação e a criativida<strong>de</strong> para incrementar as aulas.<br />

Recorra a símbolos visuais, ví<strong>de</strong>os, músicas, dramatizações etc.<br />

Lembre-se: faça isso com mo<strong>de</strong>ração.<br />

Versões bíblicas: nota importante<br />

Para <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong> é imprescindível ler um texto bíblico em diferentes<br />

versões da Bíblia a fim <strong>de</strong> estabelecer comparações. No<br />

original em inglês, ele usou uma versão mais mo<strong>de</strong>rna, com linguagem<br />

menos formal e bem coloquial, e outra mais formal e<br />

tradicional. Assim, para sermos fiéis à proposta do autor, usamos<br />

na seção “Inspiração” duas versões em português que correspon<strong>de</strong>m<br />

às intenções <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>: a tradicional e bem conhecida<br />

Almeida Revista e Atualizada (2a edição, da Socieda<strong>de</strong> Bíblica<br />

do Brasil) e a menos conhecida Versão Fácil <strong>de</strong> Ler (Novo Testamento),<br />

anteriormente publicada pela Editora <strong>Vida</strong> Cristã, mas<br />

hoje se encontra disponível gratuitamente no site da World Bible<br />

Translation Center: .<br />

C onclusão<br />

Esperamos que estas orientações e sugestões sejam úteis para todos<br />

os membros do grupo; que todos cresçam juntos e façam <strong>de</strong>stes<br />

estudos um marco em sua formação espiritual, com o objetivo<br />

<strong>de</strong> serem a cada dia mais parecidos com Jesus, nosso Senhor e<br />

Salvador.<br />

Os E d i t o r e s


Você tem um livro especial em mãos. Palavras esculpidas em outras<br />

línguas. Ações ocorridas em épocas distantes. Acontecimentos<br />

registrados em terras longínquas. Conselhos oferecidos a um<br />

povo estrangeiro. Esse é um livro singular.<br />

E <strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r que alguém o leia. E antigo <strong>de</strong>mais. Alguns<br />

dos escritos datam <strong>de</strong> cinco mil anos atrás. É esquisito <strong>de</strong>mais. O<br />

livro fala <strong>de</strong> enchentes incríveis, incêndios, terremotos e pessoas<br />

com habilida<strong>de</strong>s sobrenaturais. E radical <strong>de</strong>mais. A Bíblia convida<br />

à <strong>de</strong>voção eterna a um carpinteiro que chamava a si mesmo <strong>de</strong><br />

Filho <strong>de</strong> Deus.<br />

A lógica diz que esse livro não sobrevivería. Antigo <strong>de</strong>mais,<br />

esquisito <strong>de</strong>mais, radical <strong>de</strong>mais.<br />

A Bíblia foi proibida, queimada, escarnecida e ridicularizada.<br />

Acadêmicos zombaram <strong>de</strong>la. Reis <strong>de</strong>cretaram sua ilegalida<strong>de</strong>.<br />

Mais <strong>de</strong> mil vezes, a cova foi aberta e o canto fúnebre começou a<br />

ser entoado, mas, por alguma razão, a Bíblia nunca permaneceu<br />

na sepultura. Não somente sobreviveu; ela prosperou. É o livro<br />

mais popular em toda a história. Há anos tem sido o mais vendido<br />

no mundo!<br />

Não existe na terra uma explicação para isso. Essa, talvez, seja<br />

a única explicação. A resposta? A durabilida<strong>de</strong> da Bíbba não se<br />

encontra na terra; encontra-se no céu. Para os milhões que testaram<br />

suas afirmações e reivindicaram suas promessas, há somente<br />

uma resposta: a Bíblia é o livro e a voz <strong>de</strong> Deus.<br />

Ao ler, seria sábio <strong>de</strong> sua parte pensar um pouco acerca <strong>de</strong><br />

duas perguntas: Qual o propósito da Bíblia? Como <strong>de</strong>vo estudá-<br />

-la? O tempo gasto na reflexão <strong>de</strong>ssas duas questões vai engran<strong>de</strong>cer<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente seu estudo bíblico.<br />

Qual o propósito da Bíblia?<br />

Permita que ela própria responda a essa pergunta: Porque <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes <strong>de</strong> torná-lo<br />

sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus (2Tm 3.15).


O propósito da Bíblia? Salvação. O maior <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Deus é<br />

trazer seus filhos para casa. O livro <strong>de</strong>le, a Bíblia, <strong>de</strong>screve seu<br />

plano <strong>de</strong> salvação. O propósito da Bíblia é proclamar o plano e o<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> salvar seus filhos.<br />

E essa a razão <strong>de</strong> a Bíblia ter resistido ao longo dos séculos.<br />

Ela tem a ousadia <strong>de</strong> enfrentar as questões mais difíceis a respeito<br />

da vida: Para on<strong>de</strong> vou <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> morrer? Existe um Deus? O<br />

que faço com os meus medos? A Bíblia oferece respostas a essas<br />

questões cruciais. É o mapa que nos conduz ao maior tesouro <strong>de</strong><br />

Deus: a vida eterna.<br />

Mas como usamos a Bíblia? Inúmeros exemplares das Escrituras<br />

repousam não lidos em estantes e cabeceiras pelo simples<br />

fato <strong>de</strong> as pessoas não saberem como lê-la. O que po<strong>de</strong>mos fazer<br />

para torná-la real em nossa vida?<br />

A resposta mais clara encontra-se nas palavras <strong>de</strong> Jesus. Ele<br />

prometeu: Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e<br />

aporta lhes será aberta (Mt 7.7).<br />

O primeiro passo na compreensão da Bíblia é pedir a Deus<br />

para ajudar-nos. Devemos ler em oração. Se alguém compreen<strong>de</strong> a<br />

Palavra <strong>de</strong> Deus, é por causa <strong>de</strong> Deus, e não do leitor: Mas o Conselheiro,<br />

o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará<br />

todas as coisas e lhesfará lembrar tudo o que eu lhes disse (Jo 14.26).<br />

Antes <strong>de</strong> ler a Bíblia, ore. Convi<strong>de</strong> Deus para falar com você.<br />

Não vá às Escrituras procurando por sua maneira <strong>de</strong> pensar; vá<br />

em busca da maneira <strong>de</strong> pensar <strong>de</strong>le.<br />

Não <strong>de</strong>vemos ler a Bíblia somente em oração; <strong>de</strong>vemos lê-la<br />

com cuidado. A garantia é: busquem, e encontrarão. A Bíblia não é<br />

um jornal a ser folheado, mas uma mina a ser garimpada: se procurar<br />

a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca<br />

um tesouro escondido, então você enten<strong>de</strong>rá o que é temer o Senhor e<br />

achará o conhecimento <strong>de</strong> Deus (Pv 2.4-5).<br />

Qualquer achado valioso requer esforço. A Bíblia não é exceção.<br />

Para compreendê-la, você não precisa ser brilhante, mas tem<br />

<strong>de</strong> estar disposto a arregaçar as mangas e procurar, como obreiro<br />

que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra<br />

da verda<strong>de</strong> (2Tm 2.15).


Eis um ponto prático: estu<strong>de</strong> a Bíblia um pouco <strong>de</strong> cada vez.<br />

Não se sacia a fome comendo 21 refeições <strong>de</strong> uma só vez a cada<br />

semana. O corpo precisa <strong>de</strong> uma dieta constante para permanecer<br />

forte. O mesmo acontece com a alma. Quando Deus enviou alimento<br />

a seu povo, no <strong>de</strong>serto, ele não provi<strong>de</strong>nciou pães prontos.<br />

Em vez disso, enviou o maná, <strong>de</strong>sta forma: flocos finos semelhantes<br />

a geada [...] sobre a superfície do <strong>de</strong>serto (Ex 16.14).<br />

Deus conce<strong>de</strong>u maná em porções ilimitadas e envia alimento<br />

espiritual da mesma forma: abrindo os céus com nutrientes suficientes<br />

para a fome <strong>de</strong> hoje e provi<strong>de</strong>nciando or<strong>de</strong>m sobre or<strong>de</strong>m,<br />

regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali (Is 28.10).<br />

Não <strong>de</strong>sanime se a colheita <strong>de</strong> sua leitura parece pequena. Há<br />

dias em que uma porção menor é tudo o <strong>de</strong> que precisamos. O<br />

importante é buscar diariamente a mensagem daquele dia. Uma<br />

dieta constante da Palavra <strong>de</strong> Deus no <strong>de</strong>correr da vida edifica a<br />

saú<strong>de</strong> da mente e da alma.<br />

Uma garotinha voltou <strong>de</strong> seu primeiro dia na escola. A mãe<br />

perguntou:<br />

— Você apren<strong>de</strong>u alguma coisa?<br />

— Pelo visto, não aprendi o bastante — a menina respon<strong>de</strong>u.<br />

— Tenho <strong>de</strong> voltar amanhã, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> amanhã e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> amanhã...<br />

E assim que funciona a aprendizagem e é assim que funciona<br />

o estudo da Bíblia. A compreensão vem pouco a pouco, ao longo<br />

da vida.<br />

Há um terceiro passo na compreensão da Bíblia. Depois do<br />

pedido e da busca, vem a batida. Depois <strong>de</strong> perguntar e procurar,<br />

você bate: batam, e aporta lhes será aberta (Mt 7.7).<br />

Bater é estar diante da porta <strong>de</strong> Deus. Ficar disponível. Subir<br />

as escadas, cruzar o pórtico, colocar-se à porta e se voluntariar.<br />

Bater vai além da esfera do pensamento e entra na esfera da ação.<br />

Bater é perguntar: O que posso fazer? Como posso obe<strong>de</strong>cer?<br />

Aon<strong>de</strong> posso ir?<br />

Uma coisa é saber o que fazer. Outra é fazer. Mas para aqueles<br />

que fazem, que escolhem obe<strong>de</strong>cer, uma recompensa especial os<br />

aguarda: Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, que


traz a liberda<strong>de</strong>, epersevera na prática <strong>de</strong>ssa lei, não esquecendo o que<br />

ouviu mas praticando-o, seráfeliz naquilo quefizer (Tg 1.25).<br />

Uma promessa e tanto! A felicida<strong>de</strong> vem para quem pratica o<br />

que lê! E o mesmo com medicamentos. Se você apenas ler o rótulo,<br />

mas ignorar as pílulas, <strong>de</strong> nada vai adiantar. É o mesmo com<br />

comida. Se você apenas ler a receita, mas nunca cozinhar, não vai<br />

ser alimentado. Dá-se o mesmo com a Bíblia. Se você apenas ler<br />

as palavras, mas nunca obe<strong>de</strong>cer, jamais conhecerá a alegria que<br />

Deus prometeu.<br />

Peça. Procure. Bata. Simples, não é? Por que então não tentar?<br />

Se o fizer, enten<strong>de</strong>rá por que você tem nas mãos o livro mais<br />

extraordinário da história.


Você <strong>de</strong>ve se perguntar o que Jesus viu em Mateus.<br />

Ele era um cobrador <strong>de</strong> impostos. A profissão nunca foi muito<br />

popular em qualquer época, mas nos dias <strong>de</strong> Cristo era especialmente<br />

impopular. Os cobradores <strong>de</strong> impostos eram os traidores<br />

da Palestina. Tomavam <strong>de</strong> seu próprio povo e entregavam a<br />

Roma. Assim que cumprissem a cota exigida, podiam cobrar impostos<br />

<strong>de</strong> qualquer coisa, e tanto quanto quisessem.<br />

Mateus não era apenas um cobrador <strong>de</strong> impostos; ele era um<br />

cobrador <strong>de</strong> impostos público. Alguns cobradores faziam seu serviço<br />

às ocultas. Eles contratavam agentes <strong>de</strong> cobrança para fazer<br />

o trabalho sujo. Mateus administrava o próprio negócio. Era um<br />

sanguessuga da pior espécie. Dirigia sua limusine até as partes<br />

mais miseráveis da cida<strong>de</strong>, montava sua mesa e estendia a mão.<br />

E on<strong>de</strong> ele estava quando Jesus o chamou.<br />

Você <strong>de</strong>ve se perguntar o que Jesus viu em Mateus. Ao mesmo<br />

tempo, você <strong>de</strong>ve se perguntar o que Mateus viu em Jesus. Quer<br />

dizer, olhe para ele. Sujeira <strong>de</strong>baixo das unhas. Mãos calejadas.<br />

Furos nas sandálias. Nenhum quartel-general. Nenhum escritório.<br />

Nenhum comitê. Nenhum prestígio com a igreja local.<br />

Os lí<strong>de</strong>res religiosos não lhe respon<strong>de</strong>riam um bom-dia. Os<br />

seguidores <strong>de</strong>le pareciam mais estivadores ou jogadores <strong>de</strong> sinuca<br />

do que seminaristas.<br />

Esse sujeito afirma ser o Messias?<br />

Uma dupla e tanto esses dois. Todavia, Mateus aceitou o convite<br />

<strong>de</strong> Cristo e nunca voltou atrás. Passou o resto da vida convencendo<br />

as pessoas <strong>de</strong> que esse carpinteiro era o Rei. Jesus conce<strong>de</strong>u<br />

o chamado e nunca o tomou <strong>de</strong> volta. A relação <strong>de</strong> Jesus com<br />

Mateus po<strong>de</strong> servir para nos convencer <strong>de</strong> que se Jesus tinha um<br />

lugar para Mateus, ele certamente po<strong>de</strong> ter um lugar para nós.


D e u s e m c a r n e e o s s o<br />

R eflexão<br />

A cada <strong>de</strong>zembro os cristãos relembram os acontecimentos surpreen<strong>de</strong>ntes<br />

daquele primeiro Natal: exércitos <strong>de</strong> anjos aparecendo<br />

a pastores boquiabertos, a estrela <strong>de</strong> Belém orientando os<br />

sábios e, é claro, o bebê na manjedoura. O que você faz a cada<br />

época natalina para recordar e saborear a afirmação estonteante<br />

do evangelho <strong>de</strong> que Deus se fez carne e habitou entre nós?<br />

Situação<br />

Ao escrever a seus compatriotas ju<strong>de</strong>us, Mateus dá início a seu<br />

evangelho <strong>de</strong>monstrando que Jesus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong> (humanamente falando)<br />

<strong>de</strong> Abraão e do rei Davi. Na sequência, ele discute algumas<br />

das circunstâncias que cercam o nascimento virginal <strong>de</strong> Cristo e<br />

a infância turbulenta.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 1.18—2.12 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

18 Ora, o nascimento <strong>de</strong> Jesus Cristo fo i assim: estando Maria, sua mãe,<br />

<strong>de</strong>sposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo<br />

Espírito Santo. 19 M as José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar,<br />

resolveu <strong>de</strong>ixá-la secretamente. 20 Enquanto pon<strong>de</strong>rava nestas coisas, eis que<br />

lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho <strong>de</strong> D avi, não<br />

temas receber M aria, tua mulher, porque o que nela fo i gerado é do Espírito<br />

Santo. 21 Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome <strong>de</strong> Jesus, porque ele<br />

salvará o seu povo dos pecados <strong>de</strong>les. 22 Ora, tudo isto aconteceu para que se<br />

cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:


23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo<br />

nome <strong>de</strong> Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). 24 Despertado José do sono,<br />

f e z como lhe or<strong>de</strong>nara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. 25 Contudo, não<br />

a conheceu, enquanto ela não <strong>de</strong>u à luz um filho, a quem pôs o nome <strong>de</strong> Jesus.<br />

21 Tendo Jesus nascido em Belém da Ju<strong>de</strong>ia, em dias do rei Hero<strong>de</strong>s, eis<br />

que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. 2 E perguntavam: On<strong>de</strong> está<br />

o recém-nascido Rei dos ju<strong>de</strong>us? Porque vimos a sua estrela no Oriente e<br />

viemos para adorá-lo. 3 Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Hero<strong>de</strong>s, e, com<br />

ele, toda a Jerusalém; 4 então, convocando todos os principais sacerdotes e<br />

escribas do povo, indagava <strong>de</strong>les on<strong>de</strong> o Cristo <strong>de</strong>veria nascer. 5 Em Belém da<br />

Ju<strong>de</strong>ia, respon<strong>de</strong>ram eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta:<br />

6 E tu, Belém, terra <strong>de</strong> Judá, não és <strong>de</strong> modo algum a menor entre as<br />

principais <strong>de</strong> Judá; porque <strong>de</strong> ti sairá o Guia que há <strong>de</strong> apascentar a meu<br />

povo, Israel.<br />

7 Com isto, Hero<strong>de</strong>s, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu <strong>de</strong>les<br />

com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. s E, enviando-os<br />

a Belém, disse-lhes: I<strong>de</strong> informar-vos cuidadosamente a respeito do menino;<br />

e, quando o tiver<strong>de</strong>s encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo.<br />

9 Depois <strong>de</strong> ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente<br />

os precedia, até que, chegando, parou sobre on<strong>de</strong> estava o menino. 10 E, vendo<br />

eles a estrela, alegraram-se com gran<strong>de</strong> e intenso júbilo . 11 Entrando na casa,<br />

viram o menino com M aria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo<br />

os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. 12 Sendo<br />

por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem àpresença <strong>de</strong><br />

Hero<strong>de</strong>s, regressaram por outro caminho a sua terra.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

1S O nascimento <strong>de</strong> Jesus Cristo aconteceu assim: M aria, sua mãe, ia se<br />

casar com José. Antes <strong>de</strong> se casar, porém, M aria ficou grávida pelo po<strong>de</strong>r do<br />

Espírito Santo. 19 José, seu futuro marido, resolveu romper o contrato <strong>de</strong> casamento<br />

sem dizer nada a ninguém, pois era um homem bom e não queria<br />

humilhar Maria.<br />

20 Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor lhe apareceu<br />

em sonho e disse:<br />

— José, filho <strong>de</strong> D avi. Não tenha medo <strong>de</strong> receber M aria como esposa. E<br />

pelo po<strong>de</strong>r do Espírito Santo que ela está grávida. 21 Ela terá um filho e você<br />

lhe dará o nome <strong>de</strong> Jesus, pois Ele irá salvar o seu povo dos pecados <strong>de</strong>les.<br />

22 Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo<br />

profeta:


23 "Olhem, a virgem vaificar grávida e vai ter um filho,<br />

ao qual será dado o nome Emanuel”.<br />

(Emanuel quer dizer °Deus está conosco”.)<br />

24 Quando José acordou, f e z o que o anjo do Senhor havia mandado. Ele<br />

recebeu M aria como esposa, 23 mas não tiveram nenhuma relação sexual até<br />

que o menino nascesse. E quando o menino nasceu, José lhe <strong>de</strong>u o nome <strong>de</strong><br />

Jesus.<br />

21 Jesus nasceu em Belém, na província da Ju<strong>de</strong>ia, no tempo em que H e-<br />

ro<strong>de</strong>s era o rei. Nessa mesma época, alguns homens sábios, vindos do Oriente,<br />

chegaram a Jerusalém. 2 Os sábios perguntaram:<br />

— On<strong>de</strong> está o menino que nasceu para ser o rei dos ju<strong>de</strong>us? Nós vimos a<br />

sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.<br />

3 Quando o rei Hero<strong>de</strong>s soube disso, ficou muito perturbado e todo o povo<br />

<strong>de</strong> Jerusalém também. 4 Ele, então, mandou reunir todos os lí<strong>de</strong>res dos sacerdotes<br />

e professores da lei, e lhes perguntava on<strong>de</strong> <strong>de</strong>veria nascer o Cristo. 5 Eles<br />

respon<strong>de</strong>ram:<br />

— Em Belém, na província da Ju<strong>de</strong>ia, poisfoi isto que o profeta escreveu:<br />

6 “E você, Belém, da terra <strong>de</strong> Judá,<br />

<strong>de</strong> maneira nenhuma é a menor entre as principais cida<strong>de</strong>s da Ju<strong>de</strong>ia.<br />

D e você virá o lí<strong>de</strong>r<br />

que será o pastor do meu povo Israel”. 7*91012<br />

7 Hero<strong>de</strong>s, então, chamando os sábios em particular, <strong>de</strong>scobriu o momento<br />

exato em que a estrela havia aparecido. 8 Depois, enviando-os para Belém,<br />

disse-lhes:<br />

— Vão eprocurem o menino com todo o cuidado e, quando o encontrarem,<br />

venham me dizer, para que eu também possa ir adorá-lo.<br />

9 Os sábios ouviram as palavras do rei e <strong>de</strong>pois partiram para Belém. A<br />

estrela que eles tinham visto no Oriente fo i adiante <strong>de</strong>les até que, chegando,<br />

parou sobre o lugar on<strong>de</strong> o menino estava.<br />

10 Quando viram a estrela, os sábios sentiram gran<strong>de</strong> e intensa alegria.<br />

11 Eles entraram na casa e viram o menino com M aria, sua mãe. Então,<br />

ajoelhando-se, o adoraram. Depois, abriram as caixas que levavam e lhes<br />

ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.<br />

12 Deus os avisou em sonho que não voltassem para on<strong>de</strong> Hero<strong>de</strong>s estava e<br />

eles voltaram para sua terra por outro caminho.


Exploração<br />

1. Por que a <strong>de</strong>scendência <strong>de</strong> Cristo teria importância para os<br />

primeiros leitores ju<strong>de</strong>us do evangelho <strong>de</strong> Mateus?<br />

2. Costuma-se dizer: “As coisas não são o que parecem ser”. De<br />

que maneira essa afirmação se aplica à gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> Maria e à vinda<br />

<strong>de</strong> Cristo ao mundo?<br />

3. Com base em Mateus 1 e 2, o que po<strong>de</strong>mos apren<strong>de</strong>r sobre o<br />

caráter <strong>de</strong> José?<br />

4. Como Hero<strong>de</strong>s reagiu à notícia <strong>de</strong> que Cristo, “o rei dos ju<strong>de</strong>us”,<br />

havia chegado?<br />

5. Na sua opinião, por que os sábios do Oriente viajaram tanto e <strong>de</strong><br />

tão longe para encontrar Cristo, enquanto os estudiosos e lí<strong>de</strong>res<br />

religiosos <strong>de</strong> Israel não procuraram por ele em nenhum momento?<br />

Inspiração<br />

O menino <strong>de</strong> Belém. Emanuel. Lembra-se da promessa do anjo?<br />

Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado<br />

pelo nome <strong>de</strong> Emanuel (que quer dizer: Deus conosco) (Mt 1.23, RA).


Emanuel. O nome aparece na mesma forma hebraica <strong>de</strong> dois<br />

mil anos atrás.“Emanu”significa“conosco”. “El” refere-se a“Elohim”,<br />

ou Deus. Não um “Deus acima <strong>de</strong> nós” ou um “Deus em algum lugar<br />

da vizinhança”. Ele veio como o “Deus conosco”, Deus entre nós.<br />

Não “Deus com os ricos” ou “Deus com os religiosos”. Mas<br />

Deus conosco. Com todos nós. Russos, alemães, caminhoneiros,<br />

taxistas e bibliotecários. Deus conosco.<br />

Deus conosco. Nós não amamos a palavra “com”? “Você vai comigo}”,<br />

perguntamos. “A loja, ao hospital, em toda a minha vida?”<br />

Deus diz que vai. “E eu estarei sempre com vocês”, disse Jesus<br />

antes <strong>de</strong> subir ao céu, “até o fim dos tempos” (Mt 28.20, grifo do<br />

autor). Procure restrições à promessa; não encontrará nenhuma.<br />

Não vai encontrar “Estarei com você caso se comporte... quando<br />

crer. Estarei com você nos domingos em adoração... no culto”.<br />

Não, nada disso. Não há retenção na fonte em relação à promessa<br />

do “com” <strong>de</strong> Deus. Ele está conosco.<br />

Deus está conosco.<br />

Profetas não foram suficientes. Os apóstolos também não seriam.<br />

Anjos não bastariam. Deus enviou mais do que milagres e<br />

mensagens. Ele enviou a si mesmo; enviou seu Filho. “E o Verbo<br />

se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14, RA).<br />

T r e c h o d e C u r e f o r t h e C o m m o n L i f e [ C u r a p a r a a v i d a c o m u m ]<br />

Reação<br />

6. Quando foi a última vez que você realmente foi impactado pela<br />

afirmação bíblica <strong>de</strong> que, durante três décadas, o Criador <strong>de</strong> fato<br />

transitou no meio <strong>de</strong> sua criação na pessoa <strong>de</strong> Jesus Cristo?<br />

7. Para você, o que ajuda ou dificulta a compreensão verda<strong>de</strong>ira<br />

por parte <strong>de</strong> seus vizinhos e colegas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> que Jesus é<br />

Deus encarnado?


8. Quando foi que Deus pareceu mais real, mais tangível, mais<br />

próximo para você?<br />

9. Que lições você po<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> José a respeito <strong>de</strong> se submeter<br />

ao propósito maior <strong>de</strong> Deus?<br />

10. Como os sábios do Oriente, <strong>de</strong> um lado, e o rei Hero<strong>de</strong>s, <strong>de</strong><br />

outro, representam as duas reações divergentes que a maioria das<br />

pessoas <strong>de</strong>monstra em relação a Cristo?<br />

11. Os sábios <strong>de</strong>ram muito a Cristo — atenção, tempo, energia,<br />

esforços, afeição, adoração, riqueza etc. Arriscaram a vida e talvez<br />

carreira, credibilida<strong>de</strong> e reputação. Reserve um momento para<br />

avaliar sua vida e <strong>de</strong>voção a Cristo. Neste exato momento, o que<br />

especificamente você está dando a ele?<br />

L ições <strong>de</strong> vida<br />

Se alguma vez começarmos a duvidar do amor <strong>de</strong> Deus por nós,<br />

não precisamos ir muito além da criança <strong>de</strong> Belém. Não é um<br />

simples bebê <strong>de</strong>itado ali na manjedoura — é a Divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fraldas.<br />

O universo assistiu com espanto enquanto o Rei dos céus (e<br />

da terra) apren<strong>de</strong>u a caminhar. Jesus cresceria num lar ju<strong>de</strong>u. Por<br />

33 anos, sentiria todas as coisas que você e eu sentimos: fraqueza,<br />

cansaço, medo <strong>de</strong> falhar, tentação. Plenamente humano, po<strong>de</strong>mos


presumir que Cristo ficava resfriado e que batia os <strong>de</strong>dos do pé na<br />

pare<strong>de</strong>. Ele se magoava, ficava cansado e sentia dores <strong>de</strong> cabeça.<br />

Pensar em Jesus sob essa ótica é — bem, parece quase irreverente,<br />

não é? Não é algo que gostamos <strong>de</strong> fazer; é <strong>de</strong>sconfortável.<br />

Ê muito mais fácil manter a humanida<strong>de</strong> longe da encarnação.<br />

Mas também é antibíblico. Cristo era Deus — em carne e osso.<br />

D evoção<br />

Pai, obrigado por enviares teu Filho para estar conosco e morrer<br />

por nós. Jesus, obrigado por seres meu Salvador pessoal. Espírito<br />

<strong>de</strong> Deus, abre meus olhos para a verda<strong>de</strong> maravilhosa do evangelho.<br />

Que diariamente eu possa ficar fascinado pela graça. Que<br />

possa caminhar em teu po<strong>de</strong>r. Que tenha coragem e alegria <strong>de</strong><br />

partilhar as boas-novas do Emanuel, o Deus conosco.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre a encarnação, leia Isaías<br />

7.14; Lucas 1.26—2.21; e João 1.1-18.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 1.1—2.23.<br />

Para pensar<br />

De que maneira a minha vida amanhã seria diferente se eu pu<strong>de</strong>sse<br />

viver continuamente com a consciência <strong>de</strong> que Cristo está<br />

comigo e em mim?


V e n c e n d o a t e n t a ç ã o<br />

Reflexão<br />

A realida<strong>de</strong> da tentação é ainda mais certa que a morte, a fome e<br />

os impostos. E pior, como bem satirizou alguém, as tentações são<br />

como gatos <strong>de</strong> rua — trate um <strong>de</strong>les bem, e antes que você consiga<br />

piscar, ele estará <strong>de</strong> volta com uma dúzia <strong>de</strong> amigos! Como<br />

você <strong>de</strong>finiría a tentação para uma criança? Descreva o processo<br />

<strong>de</strong> ser atraído para o pecado.<br />

Situação<br />

Mateus, como os outros escritores dos evangelhos, per<strong>de</strong> pouco<br />

tempo para chegar ao início do ministério público <strong>de</strong> Cristo. Ele<br />

<strong>de</strong>screve o batismo do Senhor e a tentação no <strong>de</strong>serto. Então, nós<br />

o vemos escolher alguns discípulos enquanto começa a ensinar as<br />

boas-novas acerca do reino dos céus.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 4.1-11 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

1A seguir, fo i Jesus levado pelo Espírito ao <strong>de</strong>serto, para ser tentado pelo<br />

diabo. 2 E, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> jejuar quarenta dias e quarenta noites, tevefome. 3 E n­<br />

tão, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho <strong>de</strong> Deus, manda que<br />

estas pedras se transformem em pães. 4 Jesus, porém, respon<strong>de</strong>u: Está escrito:<br />

Não só <strong>de</strong> pão viverá o homem, mas <strong>de</strong> toda palavra que proce<strong>de</strong> da boca<br />

<strong>de</strong> Deus.<br />

5 Então, o diabo o levou à Cida<strong>de</strong> Santa, colocou-o sobre o pináculo do<br />

templo6 e lhe disse: Se és Filho <strong>de</strong> Deus, atira-te abaixo, porque está escrito:<br />

Aos seus anjos or<strong>de</strong>nará a teu respeito que te guar<strong>de</strong>m;<br />

e:


Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalgumapedra.<br />

7 Respon<strong>de</strong>u-lhe Jesus: Também está escrito:<br />

Não tentarás o Senhor; teu Deus.<br />

8 Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos<br />

do mundo e a glória <strong>de</strong>les 9 e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me<br />

adorares. 10 Então, Jesus lhe or<strong>de</strong>nou: Rxtira-te, Satanás, porque está escrito:<br />

Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.<br />

11 Com isto, o <strong>de</strong>ixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

1 Então Jesus fo i levado pelo Espírito para o <strong>de</strong>serto, a fim <strong>de</strong> ser tentado<br />

pelo Diabo. 2 Depois <strong>de</strong> não comer nada durante quarenta dias e quarenta<br />

noites, Jesus teve fome. 3 O tentador aproximou-se, então, <strong>de</strong>le e disse:<br />

— Se você é mesmo o Filho <strong>de</strong> Deus, man<strong>de</strong> estas pedras se transformarem<br />

em pão.<br />

4 Jesus, porém, respon<strong>de</strong>u:<br />

— As Escrituras dizem:<br />

“Nem só <strong>de</strong> pão vive o homem;<br />

mas <strong>de</strong> toda a palavra que proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus”.<br />

5 O Diabo levando-o <strong>de</strong>pois para a cida<strong>de</strong> santa <strong>de</strong> Jerusalém, colocou-o<br />

sobre o ponto mais alto do templo 6 e lhe disse:<br />

— Se você é mesmo o Filho <strong>de</strong> Deus, atire-se daqui para baixo, pois as<br />

Escrituras dizem:<br />

“Deus dará or<strong>de</strong>ns aos seus anjos<br />

para que cui<strong>de</strong>m <strong>de</strong> você.<br />

Eles vão segurá-lo com suas mãos<br />

para que nem os seus pés se machuquem nas pedras”.<br />

7 Jesus, porém, respon<strong>de</strong>u:<br />

— M as as Escrituras também dizem:<br />

“Nãoponha o Senhor seu Deus àprova”.<br />

8 A seguir o Diabo o tentou novamente, levando-o para um lugar muito<br />

alto. Ele lhe mostrou todos os reinos do mundo e toda a glória que eles tinham.<br />

9 Depois, disse:<br />

— Eu lhe darei todas estas coisas se você se ajoelhar diante <strong>de</strong> mim e<br />

me adorar.


10 Jesus lhe disse:<br />

— Vá embora daqui, Satanás! A s Escrituras dizem:<br />

“Adore ao Senhor seu Deus, e sirva somente a Ele".<br />

11 Depois disto, o Diabo o <strong>de</strong>ixou e os anjos vieram e o serviram.<br />

Exploração<br />

1. Reserve alguns momentos para examinar o contexto da passagem<br />

que acabou <strong>de</strong> ler. Qual era o papel <strong>de</strong> João Batista no<br />

ministério <strong>de</strong> Cristo?<br />

2. Analise com atenção a sequência <strong>de</strong> acontecimentos em M a­<br />

teus 3.16—4.2. Alguma coisa parece estranha ou irônica nessa<br />

passagem?<br />

3. O que haveria <strong>de</strong> tão errado em transformar pedras em pão?<br />

(Afinal <strong>de</strong> contas, comer não é pecado.)<br />

4. Para você, o que Jesus sentiu em meio a esse tempo <strong>de</strong> provação?<br />

Como isso difere da forma como ele respon<strong>de</strong>u?<br />

5. De que modo o diabo usou in<strong>de</strong>vidamente as Escrituras para<br />

tentar seduzir Jesus a agir <strong>de</strong> maneira in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Pai?


Inspiração<br />

Alguma vez você já pensou sobre as coisas ruins feitas a Cristo?<br />

Po<strong>de</strong> imaginar as vezes em que Jesus podia ter <strong>de</strong>sistido? E sobre<br />

o momento <strong>de</strong> tentação? Você e eu sabemos o que é suportar um<br />

momento <strong>de</strong> tentação ou uma hora <strong>de</strong> tentação, até mesmo um<br />

dia <strong>de</strong> tentação. Mas quarenta dias? Foi o que Jesus enfrentou:<br />

Jesus [...] foi levado pelo Espírito ao <strong>de</strong>serto, on<strong>de</strong>, durante quarenta<br />

dias, foi tentado pelo Diabo (Lc 4.1-2).<br />

Imaginamos a tentação do <strong>de</strong>serto como três acontecimentos<br />

isolados espalhados por um período <strong>de</strong> quarenta dias. Ah, se<br />

tivesse sido assim. Na realida<strong>de</strong>, o tempo <strong>de</strong> teste <strong>de</strong> Jesus foi<br />

ininterrupto: “durante quarentas dias, foi tentado pelo Diabo”.<br />

Satanás grudou em Jesus feito um carrapato e se recusava a ir<br />

embora. A cada passo, um sussurro nos ouvidos. A cada curva do<br />

caminho, a semente da dúvida. Jesus foi impactado pelo Diabo?<br />

Aparentemente, sim. Lucas não diz que Satanás tentou tentar Jesus.<br />

O versículo não diz que o Diabo intentou tentar Jesus. Não,<br />

a passagem é clara: “foi tentado pelo Diabo”. Jesus foi tentado;<br />

ele foi testado. Tentado a mudar <strong>de</strong> lado? Tentado a ir para casa?<br />

Tentado a se contentar com um reino na terra? Não sei dizer, mas<br />

sei que ele foi tentado. Uma guerra foi travada em seu interior. O<br />

estresse atacava por fora. E, uma vez que foi tentado, ele po<strong>de</strong>ría<br />

ter abandonado a corrida. Mas não. Ele continuou a correr.<br />

A tentação não o <strong>de</strong>teve, nem mesmo as acusações. Consegue<br />

imaginar como seria disputar uma corrida e ser criticado pelos<br />

espectadores?<br />

Alguns anos atrás, participei <strong>de</strong> uma corrida <strong>de</strong> cinco quilômetros.<br />

Nada sério, apenas umas voltas pela vizinhança a fim <strong>de</strong><br />

levantar fundos para uma instituição <strong>de</strong> carida<strong>de</strong>. Não sendo o<br />

mais experiente dos corredores, comecei em um ritmo impossível<br />

<strong>de</strong> manter. Pouco mais <strong>de</strong> um quilômetro <strong>de</strong>pois eu já estava<br />

ofegando. No momento certo, porém, os espectadores me <strong>de</strong>ram<br />

ânimo. Observadores simpáticos me incentivaram. Uma senhora<br />

compassiva distribuiu copos d’água, outra nos refrescou<br />

com uma mangueira. Nunca havia visto aquelas pessoas, mas


isso não importava. Eu precisava <strong>de</strong> uma voz <strong>de</strong> encorajamento,<br />

e elas ofereceram. Amparado pela confiança <strong>de</strong>las, segui adiante.<br />

Mas e se nos trechos mais difíceis da corrida, em vez <strong>de</strong> palavras<br />

<strong>de</strong> incentivo, eu tivesse ouvido palavras <strong>de</strong> acusação? E se a<br />

acusação viesse não <strong>de</strong> estranhos que eu pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>scartar, mas <strong>de</strong><br />

meus próprios vizinhos e familiares?<br />

Quanto você apreciaria se alguém lhe gritasse estas palavras<br />

enquanto você corresse:<br />

“Ei, mentiroso! Por que você não faz algo <strong>de</strong> honesto em sua<br />

vida?” (cf. Jo 7.12).<br />

“Lá vem o estrangeiro. Por que você não volta para o lugar <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> veio?” (cf. Jo 8.48).<br />

“Des<strong>de</strong> quando permitem filhos do diabo participar da corrida?”<br />

(cf. Jo 8.48).<br />

Foi o que aconteceu com Jesus. A própria família o chamou<br />

<strong>de</strong> lunático. Os vizinhos o trataram ainda pior. Quando Jesus<br />

retornou à terra natal, tentaram jogá-lo do topo <strong>de</strong> uma colina<br />

(Lc 4.29). Mas Jesus não <strong>de</strong>sistiu <strong>de</strong> correr. Tentações não o <strong>de</strong>tiveram.<br />

Acusações não o <strong>de</strong>rrotaram. Nem mesmo a vergonha o<br />

<strong>de</strong>sanimou.<br />

T r e c h o d e S i m p l e s m e n t e c o m o J e s u s<br />

Reação<br />

6. A qual das tentações que Jesus enfrentou você acharia mais<br />

difícil <strong>de</strong> resistir?<br />

7. Teólogos gostam <strong>de</strong> discutir sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que Cristo<br />

pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong> fato ce<strong>de</strong>r às tentações do diabo. Alguns argumentam<br />

que Jesus era divino, e Deus é incapaz <strong>de</strong> fazer o mal. Outros<br />

dizem que se fosse impossível para ele ce<strong>de</strong>r, então esse relato da<br />

tentação não faz sentido. O que você acha?


8. Por que conhecer, e lembrar-se <strong>de</strong>la e apegar-se à Palavra <strong>de</strong><br />

Deus são tão essenciais na superação da tentação?<br />

9. Há momentos na vida em que você se encontra mais suscetível<br />

e vulnerável à tentação do que o normal?<br />

10. Na sequência <strong>de</strong>ssa tentação, Jesus oficialmente inicia seu ministério<br />

ao selecionar alguns seguidores. Os rabinos ju<strong>de</strong>us (isto<br />

é, os mestres) costumavam escolher os jovens mais ilustres e instruídos<br />

das escolas rabínicas para serem seus discípulos. Jesus, ao<br />

contrário, escolheu alguns pescadores iletrados. O que isso lhe diz<br />

a respeito <strong>de</strong> Cristo?<br />

11. Consi<strong>de</strong>rando a evidência positiva que você acabou <strong>de</strong> estudar<br />

em Mateus 3 e 4, é difícil imaginar que alguém pu<strong>de</strong>sse ficar infeliz<br />

com Jesus. Por que sua vida impecável e seus ensinos criariam<br />

por fim tamanha polêmica e hostilida<strong>de</strong>?<br />

L ições <strong>de</strong> vida<br />

Po<strong>de</strong>mos encontrar gran<strong>de</strong> conforto e ajuda no relato <strong>de</strong> Mateus<br />

acerca da tentação <strong>de</strong> Jesus. Possibilida<strong>de</strong>s teológicas à parte, o<br />

fato é que, em sua humanida<strong>de</strong>, Jesus estava faminto e exausto,<br />

e o diabo astutamente se aproximou para tentar explorar a condição<br />

vulnerável <strong>de</strong>le. Nada no texto sugere que houve somente<br />

três tentações e que esse encontro com Satanás consistiu em uma<br />

provação rápida, <strong>de</strong> cinco minutos. O ataque <strong>de</strong> Satanás no <strong>de</strong>serto


foi ardiloso e implacável. Mas Cristo resistiu, o que significa que<br />

temos um Salvador vitorioso que sabe — realmente enten<strong>de</strong> — o<br />

que é ser cortejado e seduzido a praticar o mal. E na fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

persistente do Senhor à verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, temos um exemplo<br />

magnífico do que fazer quando nos virmos <strong>de</strong>sejando aquilo que<br />

é agradável à nossa natureza pecadora, aquilo que é agradável aos<br />

nossos olhos e o orgulho pelas coisas <strong>de</strong>sta vida (ljo 2.16, VFL).<br />

D evoção<br />

Obrigado, Senhor, pois enten<strong>de</strong>s nossas fraquezas. Na terra, foste<br />

tentado <strong>de</strong> todas as maneiras com que somos tentados. Louvamos-te,<br />

Senhor, por tua firme recusa ao pecado. Tu és santo e<br />

prometeste fazer-me santo. Dá-me discernimento hoje. Enche-<br />

-me com o teu todo-po<strong>de</strong>roso Espírito.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre a tentação, leia lCoríntios<br />

10.13; Hebreus 4.14-16; e Tiago 1.12-15.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 3.1—4.25.<br />

Para pensar<br />

Em relação à tentação mais comum em minha vida neste momento,<br />

algumas medidas práticas e específicas que posso tomar<br />

para combater seu po<strong>de</strong>r são...


O P O D E R D A O R A Ç Ã O<br />

Reflexão<br />

Em uma intrigante reportagem <strong>de</strong> capa alguns anos atrás, uma<br />

das principais revistas dos Estados Unidos divulgou que cerca <strong>de</strong><br />

quatro em cada cinco adultos dizem orar pelo menos uma vez<br />

por semana. A pesquisa revelou também que 85% dos que oram<br />

afirmam que não recebem regularmente respostas a suas orações.<br />

Como você explica esse contraste?<br />

Situação<br />

Depois <strong>de</strong> ser apresentado por Mateus como o muito aguardado<br />

Messias-Rei enviado por Deus Jesus estabelece os padrões para a<br />

vida no reino em seu famoso Sermão do Monte. A habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

orar efetivamente está entre as práticas que honram a Deus e que<br />

é esperada dos seguidores <strong>de</strong> Cristo.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 6.5-15 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

5 E, quando orar<strong>de</strong>s, não sereis como os hipócritas;porque gostam <strong>de</strong> orar<br />

em p é nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens.<br />

E m verda<strong>de</strong> vos digo que eles j á receberam a recompensa. 6 Tu, porém, quando<br />

orares, entra no teu quarto e, fechada aporta, orarás a teu Pai, que está em<br />

secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.7 E, orando, não useis<br />

<strong>de</strong> vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar<br />

serão ouvidos. 8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai,<br />

sabe o <strong>de</strong> que ten<strong>de</strong>s necessida<strong>de</strong>, antes que Ihopeçais.<br />

9 Portanto, vós orareis assim:<br />

Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;


10 venha o teu reino;<br />

faça-se a tua vonta<strong>de</strong>, assim na terra como no céu;<br />

11 o pão nosso <strong>de</strong> cada dia dá-nos hoje;<br />

12 eperdoa-nos as nossas dívidas,<br />

assim como nós temos perdoado aos nossos <strong>de</strong>vedores;<br />

13 e não nos <strong>de</strong>ixes cair em tentação;<br />

mas livra-nos do mal<br />

[pois teu é o reino, o po<strong>de</strong>r e a glória para sempre. Amém]!<br />

14 Porque, se perdoar<strong>de</strong>s aos homens as suas ofensas, também vosso Pai<br />

celeste vos perdoará; 15 se, porém, não perdoar<strong>de</strong>s aos homens [as suas ofensas],<br />

tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

5 — E quando vocês orarem, não façam como os hipócritas, que gostam <strong>de</strong><br />

orar <strong>de</strong> p é nas sinagogas e nas esquinas para po<strong>de</strong>rem ser vistos pelo povo. Digo<br />

a verda<strong>de</strong> a vocês: Eles j á receberam a recompensa que mereciam. 6 Você, entretanto,<br />

quando orar, vá para o quarto, feche aporta e ore ao seu Pai, que não po<strong>de</strong><br />

ser visto. E seu Pai, que vê o que você fa z em segredo, lhe dará a recompensa.<br />

7 — Quando vocês orarem, não repitam palavras que não significam<br />

nada, como os pagãos; pois eles pensam que por causa das suas muitas palavras<br />

Deus os ouvirá. 8 Portanto, não sejam como eles, pois o Pai <strong>de</strong> vocês sabe<br />

o que vocês precisam antes mesmo <strong>de</strong> vocês pedirem. 9 Quando vocês orarem,<br />

orem assim:<br />

“Pai nosso que está no céu.<br />

Que todos reconheçam que o seu nome é santo.<br />

10 Que o seu reino venha a nós.<br />

Que a sua vonta<strong>de</strong> seja feita aqui na terra como no céu.<br />

11 Dê-nos hoje o pão nosso <strong>de</strong> cada dia.<br />

12 Perdoe os nossos pecados assim como nós perdoamos aos que nos f a ­<br />

zem mal.<br />

13 Não nos <strong>de</strong>ixe cair em tentação, mas livre-nos do mal".<br />

14 Pois se vocês perdoarem as ofensas que as outras pessoas lhes fazem ,<br />

o Pai <strong>de</strong> vocês que está no céu também lhes perdoará. 15 Se, entretanto, não<br />

perdoarem as ofensas dos outros, o Pai <strong>de</strong> vocês também não lhes perdoará as<br />

suas ofensas.<br />

Exploração<br />

1. Como Jesus <strong>de</strong>screveu os hábitos <strong>de</strong> oração dos religiosos “hipócritas”?


2. O que Jesus disse a respeito <strong>de</strong> orações repetitivas ou “pagãs”?<br />

3. Por que Jesus instruiu seus seguidores a se dirigirem a Deus<br />

como “Pai” e não com outro título ou forma <strong>de</strong> tratamento?<br />

4. Antes <strong>de</strong> pedir a Deus por necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos, que tipo <strong>de</strong><br />

coisas Cristo nos or<strong>de</strong>nou expressar?<br />

5. De que modo um espírito perdoador está ligado à oração eficaz?<br />

Inspiração<br />

Faça isto. Mu<strong>de</strong> sua <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> oração. Pense na oração menos<br />

como uma ativida<strong>de</strong> para Deus e mais como uma consciência<br />

<strong>de</strong> Deus. Procure viver em consciência ininterrupta. Reconheça a<br />

presença <strong>de</strong>le aon<strong>de</strong> quer que vá. Em pé na fila para registrar seu<br />

carro, pense: “Obrigado, Senhor, por estar aqui”. No supermercado<br />

enquanto faz compras: “Recebo, meu Rei, a tua presença”. Ao<br />

lavar a louça, adore seu Criador. O Irmão Lawrence o fez. Esse<br />

famoso religioso chamava a si mesmo <strong>de</strong> “senhor <strong>de</strong> tachos e panelas”.<br />

Em seu livro A prática da presença <strong>de</strong> Deus, escreveu:<br />

O tempo <strong>de</strong> ocupação comigo não difere do tempo <strong>de</strong> oração; e<br />

no ruído e barulho <strong>de</strong> minha cozinha, enquanto várias pessoas estão<br />

ao mesmo tempo clamando por coisas diferentes, eu <strong>de</strong>sfruto


Deus em uma gran<strong>de</strong> tranquilida<strong>de</strong> como se estivesse <strong>de</strong> joelhos<br />

no Santíssimo Sacramento.<br />

Apesar <strong>de</strong> ser um novato na Liga da Oração Incessante, certamente<br />

aprecio o esforço. Descobri a força <strong>de</strong> manter duas conversas:<br />

uma com a pessoa, outra com a Pessoa. E possível, ao mesmo<br />

tempo, ouvir e rogar. À medida que alguém revela seu problema,<br />

estou muitas vezes em silêncio, dizendo: “Deus, uma ajudinha<br />

aqui, por favor”. Ele sempre provê. Ao longo <strong>de</strong> todo o dia, meus<br />

pensamentos estão marcados com frases: Guia-me, querido Pai.<br />

Perdoa aquela i<strong>de</strong>ia, por favor. Proteje minhasfilhas hoje.<br />

T r e c h o d e Q u e m t e m s e d e v e n h a<br />

Reação<br />

6. Você pensa na oração nestes termos, como uma consciência <strong>de</strong><br />

Deus que resulta em uma conversa contínua com ele (lTs 5.17)?<br />

Se não, quais são os maiores impedimentos que você tem para<br />

uma vida <strong>de</strong> oração mais consistente?<br />

7. Jesus observou que muitas orações são exibicionistas e fingidas.<br />

Quantas orações “fajutas” acontecem nas igrejas? E na sua vida?<br />

8. Analise novamente a sequência específica da oração que Jesus<br />

postulou. O que é importante notar nesse modo <strong>de</strong> oração mais<br />

centrado em Deus?<br />

9. Marcos 1.35 e Lucas 6.12 apresentam um vislumbre da disciplina<br />

<strong>de</strong> oração particular <strong>de</strong> Cristo. Quais são as implicações para<br />

nós com base no exemplo <strong>de</strong> Cristo aqui?


10. Quais outros fatores nos tornam mais eficazes em oração?<br />

(Veja um exemplo em Lucas 18.1-8.)<br />

11. Você sente que se distrai facilmente enquanto ora? Por que<br />

acha que isso acontece?<br />

L ições <strong>de</strong> vida<br />

Inúmeros cristãos têm sido fortalecidos na área da oração ao<br />

apren<strong>de</strong>r a seguir o acrônimo A-Ç-A-O. O A refere-se à adoração,<br />

na qual a pessoa que ora passa alguns momentos focando<br />

a natureza <strong>de</strong> Deus (sua santida<strong>de</strong>, misericórdia, bonda<strong>de</strong>, seu<br />

po<strong>de</strong>r etc.) e louvando a Deus por quem ele é.OC (sem o sinal<br />

gráfico do cedilha) representa a confissão. Aqui, um cristão, com<br />

a ajuda do Espírito, reconhece falhas pessoais (ljo 1.9) e clama<br />

o perdão infindável <strong>de</strong> Deus. O outro A significa ação <strong>de</strong> graças,<br />

expressando apreço e gratidão pelas muitas bênçãos <strong>de</strong> Deus, espirituais<br />

ou materiais. O O é um convite à oração <strong>de</strong> súplica, isto<br />

é, pedir a Deus para suprir nossas necessida<strong>de</strong>s e as necessida<strong>de</strong>s<br />

dos outros (por força, resistência, sabedoria, ajuda financeira<br />

e relacionai, e assim por diante). Tente isto pelos próximos dias<br />

durante seu caminho até o trabalho, sessões <strong>de</strong> exercício ou outras<br />

ativida<strong>de</strong>s em sua rotina.<br />

D evoção<br />

Senhor, dá-me um coração que tem fome <strong>de</strong> ti. Peço-te a mesma<br />

coisa que teus primeiros discípulos pediram: “Ensina-me a<br />

orar” — com fé, ousadia e <strong>de</strong> acordo com a tua vonta<strong>de</strong> perfeita.


Ajuda-me a ver a oração não como um <strong>de</strong>ver árido, mas como<br />

uma oportunida<strong>de</strong> para compartilhar contigo, durante todo o dia,<br />

todos os dias.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre a oração, leia Neemias<br />

1.4-11; João 17.1-26; Efésios 6.18; e Filipenses 4.6-7.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 5.1—7.29.<br />

Para pensar<br />

Faça uma lista <strong>de</strong> oração. Escreva cinco coisas que honram a Deus<br />

que você gostaria <strong>de</strong> ver o Senhor realizar:<br />

• No seu coração/na sua vida<br />

• No seu casamento/na sua família<br />

• Na sua igreja<br />

• No trabalho<br />

• No mundo


A c o m p a i x ã o d e C r i s t o<br />

Reflexão<br />

A escritora Anne Lamott <strong>de</strong>screve em seu livro <strong>de</strong> memórias espirituais<br />

o homem que foi fundamental na sua conversão: “Ele foi<br />

praticamente o primeiro cristão que conheci com quem po<strong>de</strong>ria<br />

dividir a mesma sala. Em sua maioria, os cristãos pareciam quase<br />

hostis na crença <strong>de</strong> que eles foram salvos e você não” (Traveling<br />

Mercies: Some Thoughts on Faith, [New York: Anchor, 1999], p. 43).<br />

Por que tantas pessoas não religiosas se sentem assim a respeito<br />

da Igreja e dos cristãos?<br />

Situação<br />

Depois <strong>de</strong> realçar as palavras <strong>de</strong> Cristo (isto é, o Sermão do M onte<br />

nos capítulos 5—7), Mateus lançou os holofotes sobre as obras<br />

<strong>de</strong> Jesus. Por meio <strong>de</strong> milagres variados e <strong>de</strong> sua preocupação<br />

incessante com pessoas vazias e feridas, Jesus consistentemente<br />

<strong>de</strong>monstra compaixão divina. Os atos <strong>de</strong> misericórdia <strong>de</strong> Jesus<br />

apenas ressaltam a indiferença insensível que os lí<strong>de</strong>res religiosos<br />

<strong>de</strong> Israel tinham em relação à difícil situação do povo.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 9.18-38 áa RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

18 Enquanto estas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, o<br />

adorou e disse: M inhafilha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre<br />

ela, e viverá.<br />

19 E Jesus, levantando-se, o seguia, e também os seus discípulos. 20 E eis que<br />

uma mulher, que durante doze anos vinha pa<strong>de</strong>cendo <strong>de</strong> uma hemorragia, veio por<br />

trás <strong>de</strong>le e lhe tocou na orla da veste;21 porque dizia consigo mesma: Se eu apenas


lhe tocar a veste, ficarei curada. 22 E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom<br />

ânimo, filha, a tua f é te salvou. E, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquele instante, a mulherficou sã.<br />

23 Tendo Jesus chegado à casa do chefe e vendo os tocadores <strong>de</strong> flauta e o<br />

povo em alvoroço, disse:24 Retirai-vos,porque não está morta a menina, mas<br />

dorme. E riam-se <strong>de</strong>le. 25 Mas, afastado o povo, entrou Jesus, tomou a menina<br />

pela mão, e ela se levantou. 26 E a fam a <strong>de</strong>ste acontecimento correu por toda<br />

aquela terra.<br />

22 Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão<br />

<strong>de</strong> nós, Filho <strong>de</strong> D avi! 28 Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos,<br />

e Jesus lhes perguntou: Cre<strong>de</strong>s que eu posso fa zer isso? Respon<strong>de</strong>ram-lhe:<br />

Sim, Senhor! 29 Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a<br />

vossa fé. 30 E abriram-se-lhes os olhos. Jesus, porém, os advertiu severamente,<br />

dizendo: Acautelai-vos <strong>de</strong> que ninguém o saiba. 31 Saindo eles, porém, divulgaram-lhe<br />

a fam a por toda aquela terra.<br />

32 Ao retirarem-se eles, foi-lhe trazido um mudo en<strong>de</strong>moninhado.33 E,<br />

expelido o <strong>de</strong>mônio, falou o mudo; e as multidões se admiravam, dizendo: Jamais<br />

se viu tal coisa em Israel!34 M as osfariseus murmuravam: Pelo maioral<br />

dos <strong>de</strong>mônios é que expele os <strong>de</strong>mônios.<br />

35 E percorria Jesus todas as cida<strong>de</strong>s e povoados, ensinando nas sinagogas,<br />

pregando o evangelho do reino e curando toda sorte <strong>de</strong> doenças e enfermida<strong>de</strong>s.<br />

36 Vendo ele as multidões, compa<strong>de</strong>ceu-se <strong>de</strong>las, porque estavam aflitas<br />

e exaustas como ovelhas que não têm pastor. 37 E, então, se dirigiu a seus<br />

discípulos: A seara, na verda<strong>de</strong>, é gran<strong>de</strong>, mas os trabalhadores são poucos.<br />

38 Rogai, pois, ao Senhor da seara que man<strong>de</strong> trabalhadores para a sua seara.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

18 M al Jesus tinha acabado <strong>de</strong> dizer essas coisas, quando um chefe da sinagoga<br />

aproximou-se <strong>de</strong>le e, ajoelhando-se, disse:<br />

— M inha filha acaba <strong>de</strong> morrer; mas venha e coloque as mãos sobre ela<br />

para que ela volte à vida.<br />

19 Jesus, então, levantou-se e o seguiu. Os seus discípulos também foram.<br />

20 Enquanto caminhavam, uma mulher que há doze anos sofria <strong>de</strong> hemorragia<br />

aproximou-se por trás <strong>de</strong> Jesus e tocou na barra <strong>de</strong> sua roupa. 21 Ela fe z<br />

aquilo porque pensava:<br />

— Se eu ao menos tocar em sua roupa, ficarei curada.<br />

22 Jesus virou-se e, vendo a mulher, lhe disse:<br />

— Coragem, minhafilha, a sua f é a curou.<br />

E <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquele momento a mulherficou curada.<br />

23 Jesus chegou à casa do chefe da sinagoga e viu algumas pessoas tocando<br />

música <strong>de</strong> enterro e o povo em alvoroço.24 Ao ver aquilo, Jesus disse:


— Saiam todos!A menina não está morta; apenas dorme!<br />

M uitas pessoas começaram a caçoar <strong>de</strong>le por causa disso.<br />

23 Depois <strong>de</strong> todos terem saído, Jesus entrou no quarto da menina, pegou-a<br />

pela mão e ela se levantou.26 E a notícia a respeito <strong>de</strong>sse fato se espalhou por<br />

toda aquela região.<br />

27 Jesus estava indo embora quando dois cegos o seguiram. Eles gritavam:<br />

— Tenha misericórdia <strong>de</strong> nós, Filho <strong>de</strong> D avi!<br />

28 Assim que Jesus entrou na casa, os cegos se aproximaram <strong>de</strong>le e Jesus<br />

lhes perguntou:<br />

— Vocês creem que eu posso realmente curá-los?<br />

E eles respon<strong>de</strong>ram:<br />

— Sim, senhor!<br />

29 Jesus tocou nos olhos <strong>de</strong>les e disse:<br />

— Que seja feito <strong>de</strong> acordo com a sua fé.<br />

30 E os olhos dos cegos se abriram. Jesus, entretanto, os avisou severamente,<br />

dizendo:<br />

— Não <strong>de</strong>ixem que ninguém saiba disso!<br />

31 M as assim que eles saíram, espalharam as notícias a respeito <strong>de</strong> Jesus<br />

por toda aquela região.<br />

32 Depois <strong>de</strong> eles terem ido embora, algumas pessoas levaram um homem<br />

até Jesus. Ele era mudo, pois estava possuído por um <strong>de</strong>mônio. 33 Quando o<br />

<strong>de</strong>mônio fo i expulso, o homem começou a falar e toda a multidão, admirada,<br />

dizia:<br />

— Nunca se viu coisa igual a esta em Israel!<br />

34 Osfariseus, porém, diziam:<br />

— E o chefe dos <strong>de</strong>mônios que lhe dá po<strong>de</strong>r para expulsar <strong>de</strong>mônios.<br />

35 Jesus viajava por todas as cida<strong>de</strong>s e al<strong>de</strong>ias daquela região e ensinava<br />

nas suas sinagogas. Ele proclamava as Boas Novas do reino a todos e curava toda<br />

espécie <strong>de</strong> doenças e enfermida<strong>de</strong>s. 36 Quando Jesus viu a multidão, teve muita<br />

pena, pois as pessoas pareciam aflitas e <strong>de</strong>samparadas, como ovelhas que não<br />

têm pastor. 37 Jesus, então, disse aos seus discípulos:<br />

— A colheita é gran<strong>de</strong>, mas os trabalhadores são poucos. 38 Portanto, orem<br />

ao Senhor para que Ele man<strong>de</strong> mais trabalhadores para a sua colheita, pois<br />

Ele é o dono dos campos.<br />

Exploração<br />

1. Em uma sucessão <strong>de</strong> disparos rápidos, Jesus realizou uma série<br />

<strong>de</strong> milagres <strong>de</strong> cura. Quais foram eles?


2. Qual foi o papel da fé nas experiências <strong>de</strong>ssas pessoas com o<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Cristo?<br />

3. Que or<strong>de</strong>m inusitada ou surpreen<strong>de</strong>nte Jesus <strong>de</strong>u aos cegos que<br />

ele curou? Por que eles <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>ceram?<br />

4. Como a reação “oficial” dos lí<strong>de</strong>res religiosos <strong>de</strong> Israel ao ministério<br />

<strong>de</strong> cura <strong>de</strong> Cristo se compara à reação das multidões?<br />

5. Quais fatores específicos Mateus diz que suscitaram a compaixão<br />

<strong>de</strong> Cristo?<br />

Inspiração<br />

“Eram como ovelhas sem pastor. Então, começou a ensinar-lhes<br />

muitas coisas” (Mc 6.34, VFL).<br />

“Quando Jesus saiu do barco e viu tão gran<strong>de</strong> multidão, teve<br />

compaixão <strong>de</strong>les e curou os seus doentes” (M t 14.14).<br />

Ainda bem que esses versículos não foram escritos sobre mim.<br />

Ainda bem que milhares <strong>de</strong> pessoas não <strong>de</strong>pendiam do <strong>Max</strong><br />

para seu ensino e sua nutrição. Especialmente no dia em que eu<br />

acabara <strong>de</strong> saber da morte <strong>de</strong> um amigo querido. Sobretudo <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> ter entrado num barco para fugir das multidões. Se eu


estivesse no lugar <strong>de</strong> Jesus naquela praia <strong>de</strong> Betsaida, os versículos<br />

seriam mais ou menos assim:<br />

Eram como ovelhas sem pastor. Então, <strong>Max</strong> lhes disse para darem<br />

ofora do seu pasto e cada um ir pastar no próprio canto.<br />

Quando <strong>Max</strong> saiu do barco e viu tão gran<strong>de</strong> multidão, ele resmungou<br />

alguma coisa sobre como era difícil ter um dia <strong>de</strong> folga e chamou<br />

um helicóptero pelo rádio. Então, ele e os discípulos fugiram para um<br />

lugar reservado.<br />

Ainda bem que eu não era o responsável por aquelas pessoas.<br />

Eu não teria nenhuma disposição para lhes ensinar, nenhum ânimo<br />

para lhes ajudar. Não teria nenhum <strong>de</strong>sejo sequer <strong>de</strong> estar<br />

com elas.<br />

Porém, quando penso a respeito, Jesus também não tinha nenhum<br />

<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> estar com elas. O que o fez mudar <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia e<br />

passar o dia com pessoas às quais ele estava até então tentando<br />

evitar?<br />

A resposta? Dê uma olhada nestas palavras em Mateus 14.14:<br />

“[Ele] teve compaixão <strong>de</strong>les”.<br />

A palavra grega usada para compaixão nessa passagem é<br />

splanchnizomai, que não vai significar muita coisa, a menos que<br />

você trabalhe na área da saú<strong>de</strong> e tenha estudado “esplancnologia”<br />

na faculda<strong>de</strong>. Se esse for o caso, você lembra que “esplancnologia”<br />

é o estudo das partes viscerais. Ou, no jargão contemporâneo, o<br />

estudo do intestino.<br />

Quando Mateus escreve que Jesus tinha compaixão das pessoas,<br />

ele não está dizendo que Jesus sentia pieda<strong>de</strong> casual por elas.<br />

Não, o termo é muito mais vivido. Mateus está dizendo que Jesus<br />

sentia a dor <strong>de</strong>les em suas entranhas:<br />

• Ele sentiu a dificulda<strong>de</strong> do aleijado.<br />

• Ele sentiu a dor do enfermo.<br />

• Ele sentiu a solidão do leproso.<br />

• Ele sentiu o constrangimento do pecado.<br />

E, uma vez que Jesus sentiu a dor das pessoas, ele nada po<strong>de</strong>ría<br />

fazer senão curar aquela dor. Ele foi movido no estômago


pelas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>las. Ele ficou tão comovido por aquela necessida<strong>de</strong><br />

toda que se esqueceu <strong>de</strong> sua própria necessida<strong>de</strong>. Ficou<br />

tão emocionado pela dor do povo que colocou suas dores <strong>de</strong><br />

escanteio.<br />

T r e c h o d e U m d i â n a v id a d e J e s u s<br />

Reação<br />

6. Como você <strong>de</strong>finiria compaixão com suas próprias palavras?<br />

7. O que esta série <strong>de</strong> acontecimentos revela a você sobre o coração<br />

<strong>de</strong> Jesus?<br />

8. A imagem que todos os evangelhos retratam dos fariseus, escribas<br />

e mestres da lei é a <strong>de</strong> um bando <strong>de</strong> gente sisuda, que gosta<br />

<strong>de</strong> criticar. O que provoca uma reação tão mesquinha em face da<br />

misericórdia e graça <strong>de</strong> Deus?<br />

9. Quais são algumas coisas específicas que a Igreja po<strong>de</strong>ria fazer<br />

para corrigir sua reputação <strong>de</strong> ser dura e hostil? 10<br />

10. Quando foi a última vez que você se sentiu dilacerado interiormente<br />

por causa da condição <strong>de</strong> alguém? O que você fez?


11. Como um cristão se torna mais compassivo? É <strong>de</strong> fato possível<br />

<strong>de</strong>senvolver essa qualida<strong>de</strong> ou é mais uma questão <strong>de</strong> índole?<br />

L ições <strong>de</strong> vida<br />

O testemunho claro das Escrituras, tanto no Antigo como no Novo<br />

Testamento, é que Deus sofre quando vê a dor <strong>de</strong> seu povo (cf.<br />

Ex 2.23-25). Ele entra em nosso sofrimento e se i<strong>de</strong>ntifica com nossa<br />

dor. No entanto, mais do que experimentar emoções <strong>de</strong> pieda<strong>de</strong><br />

e tristeza, compelido por sua compaixão, Deus age (cf. Ex 3.1-10).<br />

Não há melhor <strong>de</strong>monstração disso do que Cristo. Todo o ministério<br />

<strong>de</strong>le revela essa profunda preocupação no coração <strong>de</strong> Deus,<br />

que sem <strong>de</strong>scanso percorre qualquer distância para trazer conforto.<br />

Como seguidores <strong>de</strong> Jesus, os que se envolvem no processo ao<br />

longo da vida para se tornarem iguais a ele, <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>monstrar o<br />

mesmo tipo <strong>de</strong> compaixão ativa <strong>de</strong> maneira sempre crescente.<br />

D evoção<br />

Senhor Jesus, teu coração transborda <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo intenso <strong>de</strong><br />

encontrar e ajudar os que sofrem. Obrigado por me amares com<br />

tanta ternura. Mostra-me como ser mais amoroso e compassivo<br />

no dia a dia. Que tua gentil preocupação flua através <strong>de</strong> mim.<br />

Que eu seja uma presença <strong>de</strong> cura aos que estão ao meu redor.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre a compaixão, leia Salmos<br />

103; 116.5; Isaías 49.13; Lucas 15.20; e Colossenses 3.12.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 8.1—9.38.<br />

Para pensar<br />

Hoje, quem são os principais candidatos em sua vida para a compaixão<br />

<strong>de</strong> Deus? Faça uma lista <strong>de</strong>les e, enquanto escuta o Espírito,<br />

anote alguns passos específicos que você po<strong>de</strong>ría dar para<br />

<strong>de</strong>monstrar preocupação à maneira <strong>de</strong> Cristo.


S e g u i n d o a C r i s t o<br />

Reflexão<br />

O chamado “evangelho da saú<strong>de</strong> e da prosperida<strong>de</strong>” diz que <strong>de</strong>vido<br />

ao fato <strong>de</strong> sermos “filhos do Rei”, nós, cristãos, temos o direito<br />

a uma vida <strong>de</strong> fartura e bênção. Se vivermos pela fé, estaremos<br />

imunes a <strong>de</strong>sastres e angústias. Experimentaremos o favor <strong>de</strong><br />

Deus e dos homens. O que você acha <strong>de</strong>sse ensino da “prosperida<strong>de</strong>”?<br />

É bíblico? Sim ou não, explique sua resposta.<br />

Situação<br />

Na época <strong>de</strong> Cristo, a sabedoria convencional dizia que o sofrimento<br />

do povo resultava <strong>de</strong> uma punição divina. Tem dificulda<strong>de</strong>s<br />

na vida? Ah, essa é a prova conclusiva <strong>de</strong> que você não<br />

<strong>de</strong>ve estar vivendo <strong>de</strong> maneira que agrada a Deus. Jesus atacou<br />

esse modo <strong>de</strong> pensar ao <strong>de</strong>ixar seus seguidores cientes <strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong>veriam esperar uma vida <strong>de</strong> perseguição. A obediência a Cristo<br />

resultará em conflitos por parte do mundo.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 10.24-42 da R A ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

24 O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor.<br />

25 Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor.<br />

Se chamaram Belzehu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?<br />

26 Portanto, não os temais;pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado;<br />

nem oculto, que não venha a ser conhecido.210 que vos digo às escuras,<br />

dizei-o a plena luz; e o que se vos d iz ao ouvido, proclamai-o dos eirados.<br />

28 Não temais os que matam o corpo e não po<strong>de</strong>m matar a alma; temei, antes,<br />

aquele que po<strong>de</strong> fa zer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. 29 Não


se ven<strong>de</strong>m dois pardais por um asse? E nenhum <strong>de</strong>les cairá em terra sem o<br />

consentimento <strong>de</strong> vosso Pai. 30 E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da<br />

cabeça estão contados. 31 Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos<br />

pardais. 32 Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também<br />

eu o confessarei diante <strong>de</strong> meu Pai, que está nos céus;33 mas aquele que me negar<br />

diante dos homens, também eu o negarei diante <strong>de</strong> meu Pai, que está nos céus.<br />

34 Não penseis que vim trazer p a z à terra; não vim trazer paz, mas<br />

espada. 35 Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre afilha e sua<br />

mãe e entre a nora e sua sogra. 36 Assim, os inimigos do homem serão os da<br />

sua própria casa. 37 Quem ama seu p a i ou sua mãe mais do que a mim não é<br />

digno <strong>de</strong> mim; quem ama seufilho ou suafilha mais do que a mim não édigno<br />

<strong>de</strong> mim ;3S e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno <strong>de</strong> mim.<br />

39 Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, per<strong>de</strong> a vida por<br />

minha causa achá-la-á.<br />

40 Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que<br />

me enviou. 41 Quem recebe um profeta, no caráter <strong>de</strong> profeta, receberá o galardão<br />

<strong>de</strong> profeta; quem recebe um justo, no caráter <strong>de</strong> justo, receberá o galardão<br />

<strong>de</strong> justo. 42 E quem <strong>de</strong>r a beber, ainda que seja um copo <strong>de</strong> água fria, a um<br />

<strong>de</strong>stes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verda<strong>de</strong> vos digo que <strong>de</strong> modo<br />

algum per<strong>de</strong>rá o seu galardão.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

24 — Nenhum discípulo é mais importante do que o seu mestre, nem nenhum<br />

escravo é mais importante do que o seu senhor.25 0 discípulo <strong>de</strong>ve ficar satisfeito<br />

em ser como o seu mestre e o escravo em ser como seu o seu senhor. Se até mesmo<br />

o chefe dafamília é chamado <strong>de</strong> Belzebu, quanto mais os membros dafamília?<br />

26 — Não tenham medo dos homens, pois não há nada que esteja oculto<br />

e que não venha a ser revelado, nem nada que esteja escondido que não seja<br />

<strong>de</strong>scoberto. 21 Eu quero que vocês digam à luz do dia o que estou dizendo às<br />

escuras e que gritem em voz alta o que estou dizendo em particular. 28 Não<br />

tenham medo daqueles que po<strong>de</strong>m matar o corpo, mas não po<strong>de</strong>m matar a<br />

alma. M as antes, tenham medo daquele que po<strong>de</strong> <strong>de</strong>struir no inferno tanto a<br />

alma como o corpo. 29 Vocês po<strong>de</strong>m comprar dois pardais por um centavo, mas<br />

nem um só <strong>de</strong>les cai no chão sem a permissão do Pai <strong>de</strong> vocês. 30 A té mesmo<br />

osfios <strong>de</strong> cabelos <strong>de</strong> suas cabeças estão contados!31 Por isso, não tenham medo.<br />

Vocês valem muito mais do que muitos pardais.<br />

32 Se alguém afirmar publicamente ser meu seguidor, então eu também<br />

afirmarei diante <strong>de</strong> meu Pai que está no céu que tal pessoa é meu seguidor.<br />

33 M as aquele que me negar publicamente, eu também o negarei diante <strong>de</strong><br />

meu Pai que está no céu.


34 — Não pensem que vim trazer p a z ao mundo. Não vim trazer paz<br />

mas sim espada. 35 Eu vim para fa zer com que estas coisas aconteçam:<br />

"Filhos se voltarão contra seus pais,<br />

filhas contra suas mães e noras contra suas sogras.<br />

36 Os piores inimigos <strong>de</strong> uma pessoa<br />

serão os membros <strong>de</strong> sua própria família".<br />

37 — Quem ama a seu p a i ou a sua mãe mais do que a mim, não é digno<br />

<strong>de</strong> mim; e quem ama a seu filho ou a sua filha mais do que a mim, não édigno <strong>de</strong><br />

mim. 38 Quem não tomar a sua cruz e me seguir, não é digno <strong>de</strong> mim.<br />

39 Aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas aquele que per<strong>de</strong>r<br />

sua vida por minha causa, irá salvá-la.<br />

40 — Quem recebe a vocês, recebe também a mim; e quem me recebe, recebe<br />

aquele que me enviou. 41 Quem recebe um profeta pelo fato <strong>de</strong> ele ser profeta,<br />

receberá a recompensa <strong>de</strong> profeta. Quem recebe a um homem justo pelo fato <strong>de</strong><br />

ele serjusto, receberá a recompensa <strong>de</strong> justo. 42 E lhes digo também isto: Qualquer<br />

pessoa que <strong>de</strong>r mesmo que seja um copo <strong>de</strong> água fr ia a qualquer um <strong>de</strong>stes<br />

pequeninos, que são meus seguidores, por causa do meu nome, sem dúvida que<br />

também receberá a sua recompensa.<br />

Exploração<br />

1. Qual é a “promessa” perturbadora <strong>de</strong> Cristo nos versículos 24<br />

e 25?<br />

2. Por que Jesus sugere que é tolice ter medo das pessoas?<br />

3. Quais exemplos Jesus usa para transmitir a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que Deus<br />

realmente está olhando para nós?


4. Quais recompensas Jesus promete nessa passagem aos que fielmente<br />

o seguirem?<br />

5. Ao reler esse trecho, você o consi<strong>de</strong>ra mais perturbador ou mais<br />

reconfortante? Por quê?<br />

Inspiração<br />

Conta-se a história <strong>de</strong> certo homem em um safári africano no<br />

meio da selva. O guia à frente <strong>de</strong>le tinha um facão e ia cortando<br />

o mato alto e a vegetação espessa. O viajante, cansado e zangado,<br />

perguntou frustrado:<br />

— On<strong>de</strong> estamos? Você sabe para on<strong>de</strong> está me levando?<br />

Cadê o caminho?!<br />

O guia experiente parou, olhou para o homem e respon<strong>de</strong>u:<br />

— Eu sou o caminho.<br />

Nós fazemos as mesmas perguntas, não é? Perguntamos a<br />

Deus: “Para on<strong>de</strong> você está me levando? Cadê o caminho?”. E<br />

ele, como o guia, não nos diz. Ah, talvez ele dê uma dica ou duas,<br />

mas isso é tudo. E se o fizesse, será que enten<strong>de</strong>riamos? Compreen<strong>de</strong>riamos<br />

nossa localização? Não, pois, como o viajante,<br />

não estamos familiarizados com a selva. Assim, em vez <strong>de</strong> nos<br />

dar uma resposta, Jesus nos dá uma dádiva muito maior. Ele dá<br />

a si mesmo.<br />

Acaso ele some com a selva? Não, a vegetação ainda é espessa.<br />

Acaso ele remove os predadores? Não, o perigo ainda espreita.<br />

Jesus não conce<strong>de</strong> a esperança <strong>de</strong> mudar a floresta; ele restaura<br />

nossa esperança ao nos dar a si mesmo. E ele prometeu ficar até o<br />

último momento: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos<br />

tempos” (M t 28.20).<br />

Precisamos <strong>de</strong>sse lembrete. Todos nós precisamos <strong>de</strong>sse lembrete.<br />

Pois todos nós precisamos <strong>de</strong> esperança.


Alguns <strong>de</strong> vocês não precisam <strong>de</strong> esperança neste exato momento.<br />

Sua selva se tornou uma campina, e sua viagem, um <strong>de</strong>leite.<br />

Se este é o caso, parabéns. Lembre-se, porém: não sabemos<br />

o que o amanhã reserva. Não sabemos on<strong>de</strong> essa estrada vai dar.<br />

Talvez você esteja a uma esquina do cemitério, do leito do hospital,<br />

<strong>de</strong> uma casa vazia. Talvez esteja na curva <strong>de</strong> uma estrada até<br />

a selva.<br />

T r e c h o d e A l iv i a n d o a b a g a g e m<br />

Reação<br />

6. Seguir a Cristo alguma vez lhe causou a sensação <strong>de</strong> atravessar<br />

uma floresta selvagem, sem nenhum sentido claro <strong>de</strong> direção?<br />

7. Consi<strong>de</strong>rando essas palavras duras e preocupantes <strong>de</strong> Cristo,<br />

que tipo <strong>de</strong> recepção <strong>de</strong>veriamos esperar ao vivenciarmos nossa fé<br />

no mundo, no trabalho, no bairro, na escola?<br />

8. Quais são algumas das maneiras específicas pelas quais um seguidor<br />

<strong>de</strong> Jesus po<strong>de</strong> reconhecê-lo antes <strong>de</strong> outras pessoas?<br />

9. Na sua opinião, o que Jesus quer dizer quando fala <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r a<br />

vida por causa <strong>de</strong>le? Soa radical e assustador. O que isso representa<br />

em termos <strong>de</strong> dia a dia?<br />

10. Quais foram os momentos altos e baixos em seu período como<br />

seguidor <strong>de</strong> Jesus?


11. Quais são suas lutas mais enérgicas na tentativa <strong>de</strong> caminhar<br />

com Cristo dia após dia?<br />

<strong>Lições</strong> <strong>de</strong> vida<br />

Precisamos relembrar que os primeiros discípulos eram sujeitos<br />

comuns chamados para uma missão fora do comum. Antes <strong>de</strong><br />

os transformarmos em santos envidraçados em janelas manchadas<br />

<strong>de</strong> catedrais, Pedro, João e todo o restante eram apenas caras<br />

normais tentando ganhar a vida, tentando ir adiante. Eles não<br />

eram graduados em seminários ou gigantes espirituais. Não possuíam<br />

qualida<strong>de</strong>s sobre-humanas. O máximo que po<strong>de</strong>mos dizer<br />

a respeito <strong>de</strong>les é que a <strong>de</strong>voção que tinham a Jesus superava<br />

— por um fio <strong>de</strong> cabelo — seus medos e suas inseguranças. Em<br />

consequência disso, Deus os transformou e os usou para realizar<br />

algumas coisas <strong>de</strong> espantar. Por que Deus não po<strong>de</strong>ria — por que<br />

Deus não haveria <strong>de</strong> — fazer a mesma coisa em e através <strong>de</strong> você<br />

e <strong>de</strong> mim?<br />

D evoção<br />

Senhor, não me chamaste para uma vida <strong>de</strong> facilida<strong>de</strong>s e conforto.<br />

Tu me chamaste para uma vida <strong>de</strong> confiança e obediência. Ajuda-<br />

-me a crescer em ti. E ajuda-me a resistir à noção comum, mas<br />

errônea, <strong>de</strong> que te seguir será qualquer coisa, exceto difícil.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre o que significa seguir<br />

a Cristo, leia Salmos 15; Marcos 8.34; Lucas 14.25-35; e<br />

2Tímoteo 2.1-7.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 10.1-42.


Para pensar<br />

Quais são suas maiores lutas neste momento? A luz do que você<br />

estudou, <strong>de</strong> que modo Deus po<strong>de</strong> estar agindo, apesar <strong>de</strong> seus<br />

problemas?


O G R A N D IO S O C O N V IT E D O C É U<br />

Reflexão<br />

Convites para fazer parte <strong>de</strong>ste ou daquele clube, solicitações <strong>de</strong><br />

nossa presença em uma festa neste fim <strong>de</strong> semana ou num casamento<br />

mês que vem, propostas para um negócio aqui ou uma<br />

parceria ali... Admita, a vida está repleta <strong>de</strong> ofertas. Quais são<br />

alguns dos melhores convites que você já recebeu? Quais foram<br />

os piores?<br />

Situação<br />

Des<strong>de</strong> o tempo <strong>de</strong> Moisés, Israel esteve <strong>de</strong> posse da lei <strong>de</strong> Deus,<br />

incluindo seus mandamentos bem <strong>de</strong>finidos e as provisões para<br />

o sábado, o dia semanal <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso e reflexão. Ao longo dos<br />

séculos, os lí<strong>de</strong>res ju<strong>de</strong>us transformaram tudo num confuso sistema<br />

<strong>de</strong>struidor <strong>de</strong> almas. Então aparece Jesus com um convite<br />

surpreen<strong>de</strong>nte.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 11.20-30 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

20 Passou, então, Jesus a increpar as cida<strong>de</strong>s nas quais ele operara numerosos<br />

milagres,pelofato <strong>de</strong> não se terem arrependido:21 A i <strong>de</strong> ti, Corazim!Ai <strong>de</strong><br />

ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres<br />

que em vós sefizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano <strong>de</strong><br />

saco e cinza. 22 E, contudo, vos digo: no D ia do Juízo, haverá menos rigor para<br />

Tiro e Sidom do que para vós outras. 23 Tu, Cafarnaum, elevar-te-ãs, porventura,<br />

até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem


operado os milagres que em ti se fizeram , teria ela permanecido até ao dia <strong>de</strong><br />

hoje. 24 Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no D ia do Juízo, para com<br />

a terra <strong>de</strong> Sodoma do que para contigo.<br />

25 Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e<br />

da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos<br />

pequeninos. 26 Sim, 6 Pai, porque assim fo i do teu agrado. 27 Tudo mefoi entregue<br />

por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece<br />

o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.<br />

28 Vin<strong>de</strong> a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos<br />

aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e apren<strong>de</strong>i <strong>de</strong> mim, porque sou manso<br />

e humil<strong>de</strong> <strong>de</strong> coração; e achareis <strong>de</strong>scanso para a vossa alma. 30 Porque o meu<br />

jugo é suave, e o meu fardo é leve.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

20 Depois Jesus começou a acusar as cida<strong>de</strong>s nas quais tinha feito numerosos<br />

milagres, pois os seus moradores não tinham se arrependido <strong>de</strong> seus pecados.<br />

Ele dizia:<br />

21 — A i <strong>de</strong> você, cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corazim! A i <strong>de</strong> você, cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Betsaida! Digo<br />

isto pois, se os milagres que foram feitos a í tivessem sido feitos nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Tiro e <strong>de</strong> Sidom, há muito que o povo daquelas cida<strong>de</strong>sjá teria se arrependido<br />

e mostrado o seu arrependimento usando roupas <strong>de</strong> saco e <strong>de</strong>rramado cinzas<br />

sobre suas cabeças.22 M as eu lhes digo que no D ia do Julgamento haverá mais<br />

tolerância para com as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tiro e <strong>de</strong> Sidom do que para com vocês!23 E<br />

você, cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cafarnaum, pensa que será elevada até o céu ? Você será jogada<br />

no lugar dos mortos. Digo isto pois, se os milagres queforam feitos a í tivessem<br />

ocorrido na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sodoma, ela ainda existiría hoje! 24 M as eu lhes digo<br />

que no D ia do Julgamento haverá mais tolerância para com o povo da cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Sodoma do que para com vocês!<br />

25 Naquela ocasião Jesus disse:<br />

— Pai, Senhor do céu e da terra! Eu lhe agra<strong>de</strong>ço por ter escondido estas<br />

coisas dos sábios e dos entendidos epor tê-las mostrado aos que são simples.<br />

26 Sim, Pai, pois esta era a sua vonta<strong>de</strong>.<br />

21 — Todas as coisas foram dadas a mim pelo meu Pai. Ninguém conhece<br />

o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a<br />

quem o Filho o quiser revelar. 28 Venham a mim todos vocês que estão cansados<br />

e sobrecarregados e eu lhes darei <strong>de</strong>scanso. 29 Aceitem o meu jugo e aprendam<br />

<strong>de</strong> mim, pois eu sou bondoso e tenho espírito humil<strong>de</strong>. Dessa form a vocês encontrarão<br />

<strong>de</strong>scanso para as suas almas. 30 Eu digo isso pois o meu jugo é suave<br />

e a carga que lhes dou para carregar é leve.


E xploração<br />

1. Pare por um momento e consi<strong>de</strong>re o contexto <strong>de</strong>ssa passagem.<br />

Depois, volte para os versículos 16-19. O que eles revelam acerca<br />

da natureza humana?<br />

2. Por que Jesus con<strong>de</strong>nou muitas cida<strong>de</strong>s nas quais ministrara?<br />

3. O que você consegue enten<strong>de</strong>r da oração <strong>de</strong> Jesus aqui? O que<br />

ele está <strong>de</strong> fato dizendo?<br />

4. A quem Cristo esten<strong>de</strong> seu gracioso convite?<br />

5. O que esse convite lhe diz a respeito do coração <strong>de</strong> Deus?<br />

Inspiração<br />

Convites. Palavras impressas em alto relevo: “Você está convidado a<br />

uma cerimônia <strong>de</strong> gala para celebrar a inauguração <strong>de</strong>...”. Solicitações<br />

recebidas na caixa <strong>de</strong> correio: “Sr. e Sra. João da Silva <strong>de</strong>sejam<br />

a vossa presença no casamento <strong>de</strong> sua filha...”. Surpresas ao telefone:<br />

“Ei, José. Tenho um ingresso extra para o jogo. Interessado?”.<br />

Receber um convite é ser honrado — ser tido em alta estima.<br />

Por essa razão, todos os convites merecem uma resposta gentil<br />

e atenciosa.


Porém, os convites mais incríveis não estão nos envelopes ou<br />

nos biscoitinhos da sorte; estão na Bíblia. Não se po<strong>de</strong> ler sobre<br />

Jesus sem visualizá-lo distribuindo convites. Ele convida Eva a<br />

se casar com Adão, os animais a entrarem na arca, Davi a ser rei,<br />

Israel a <strong>de</strong>ixar o cativeiro, Neemias a reconstruir Jerusalém. Deus<br />

é um Deus convidador. Convidou Maria a dar à luz o filho <strong>de</strong>le;<br />

os discípulos, a pescar homens; a mulher adúltera, a recomeçar;<br />

e Tomé, a tocar suas feridas. Deus é o Rei que prepara o palácio,<br />

põe a mesa e convida seus súditos para o banquete.<br />

De fato, parece que sua palavra favorita é venham,-.<br />

“‘Venham, vamos refletir juntos’, diz o S e n h o r . ‘Embora os<br />

seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão<br />

brancos como a neve’” (Is 1.18, grifo do autor).<br />

“ Venham, todos vocês que estão com se<strong>de</strong>, venham ás águas”<br />

(Is 55.1, grifo do autor).<br />

“ Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados<br />

e eu lhes darei <strong>de</strong>scanso” (Mt 11.28, VFL, grifo do autor).<br />

“ Venham para a festa!” (Mt 22.4, VFL, grifo do autor).<br />

“ Venham comigo e eu farei <strong>de</strong> vocês pescadores <strong>de</strong> pessoas”<br />

(Mc 1.17, VFL, grifo do autor).<br />

“Se alguém tem se<strong>de</strong>, venha a mim e beba” (Jo 7.37, VFL, grifo<br />

do autor).<br />

Deus é um Deus que convida. Deus é um Deus que chama.<br />

Deus é um Deus que abre a porta e esten<strong>de</strong> a mão, apontando aos<br />

peregrinos a mesa farta.<br />

O convite <strong>de</strong>le, porém, não é apenas para uma refeição; é um<br />

convite para a vida. Um convite para entrar em seu reino e passar<br />

a residir em um mundo sem lágrimas, túmulos e sofrimentos.<br />

Quem po<strong>de</strong> vir? Quem quiser. O convite é ao mesmo tempo universal<br />

e pessoal.<br />

T r e c h o d e Q u a n d o o s a n j o s s i l e n c i a r a m<br />

R eação<br />

6. Do que você se lembra em relação à primeira vez que compreen<strong>de</strong>u<br />

e respon<strong>de</strong>u ao convite <strong>de</strong> Cristo para ir até ele?


7. Qual é o jugo <strong>de</strong> Jesus, e o que ele quer dizer quando afirma que<br />

é “suave” — suave comparado a quê?<br />

8. De que maneiras os atuais cristãos (e igrejas) repetem os erros<br />

dos fariseus e criam um sistema religioso que <strong>de</strong>sgasta as pessoas?<br />

9. Que tipos <strong>de</strong> fardos diários causam mais cansaço à sua alma?<br />

10. Em que momento você experimentou <strong>de</strong>scanso genuíno <strong>de</strong><br />

alma no nível mais profundo? Você atribui isso a quê?<br />

11. Que conselho você daria a alguém que diz: “Cheguei a meu<br />

limite. Não aguento mais. Por favor, me aju<strong>de</strong>. Diga-me o que<br />

fazer!”?<br />

<strong>Lições</strong> <strong>de</strong> vida<br />

Cristo olhou para o rosto marcado dos homens rústicos e as expressões<br />

<strong>de</strong> cansaço das donas <strong>de</strong> casa e ofereceu <strong>de</strong>scanso. As<br />

multidões vieram. Despejaram as complicações e os complexos<br />

<strong>de</strong> seu dia. Trouxeram-lhe os encargos <strong>de</strong> sua existência, e ele não


lhes ofereceu religião, doutrina ou sistemas, mas <strong>de</strong>scanso. Hoje,<br />

Cristo continua a olhar para os olhos <strong>de</strong>siludidos do frequentador <strong>de</strong><br />

igreja, o olhar <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhoso do banqueiro e os olhos famintos <strong>de</strong> uma<br />

garçonete. E o convite paradoxal permanece <strong>de</strong> pé: Tomem sobre vocês<br />

o meu ju go e aprendam <strong>de</strong> mim , pois sou manso e humil<strong>de</strong> <strong>de</strong> coração, e<br />

vocês encontrarão <strong>de</strong>scanso para as suas almas (Mt 11.29).<br />

D evoção<br />

Pai, quero trocar os meus fardos — todas as regras feitas pelo homem<br />

e as obrigações religiosas autoimpostas — pelo verda<strong>de</strong>iro<br />

<strong>de</strong>scanso que Jesus prometeu. Obrigado pelo convite constante<br />

para ir a ti. Conce<strong>de</strong>-me sabedoria e coragem para viver da maneira<br />

que planejaste, <strong>de</strong> modo que eu possa atrair outros a ti, e<br />

não repeli-los.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre <strong>de</strong>scanso, leia Êxodo<br />

23.12; Salmos 62; Isaías 30.15; e Hebreus 4.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 11.1—12.50.<br />

Para pensar<br />

De que modo você po<strong>de</strong> lançar sobre Deus todas as suas ansieda<strong>de</strong>s<br />

(lPe 5.7)? Se fizer isso, quão mais “<strong>de</strong>scansada” e menos<br />

ansiosa seria sua alma?


Reflexão<br />

A Bíblia está repleta <strong>de</strong> imagens agrícolas. Se você tiver experiência<br />

com o cultivo <strong>de</strong> flores, frutas ou vegetais, qual é, a seu ver, o<br />

segredo para ter êxito no quintal ou no jardim?<br />

Situação<br />

O reino dos céus era uma fonte <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> esperança para o povo<br />

ju<strong>de</strong>u. Contudo, esse assunto bastante discutido era também uma<br />

questão <strong>de</strong> enorme equivocada compreensão. Ao longo <strong>de</strong> histórias<br />

curtas chamadas parábolas, Jesus usa objetos e ativida<strong>de</strong>s<br />

comuns do dia a dia para ilustrar diversas verda<strong>de</strong>s sobre o reino<br />

<strong>de</strong> Deus.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 13.3-23 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

3E <strong>de</strong> muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador<br />

saiu a semear. 4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as<br />

aves, a comeram. 5 Outra parte caiu em solo rochoso, on<strong>de</strong> a terra era pouca, e<br />

logo nasceu, visto não ser profunda a terra. 6 Saindo, porém, o sol, a queimou;<br />

e, porque não tinha raiz, secou-se. 7 Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos<br />

cresceram e a sufocaram. 8 Outra, enfim, caiu em boa terra e <strong>de</strong>u fruto: a cem,<br />

a sessenta e a trinta por u m .9 Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça.<br />

10 Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes<br />

falas por parábolas?11 Ao que respon<strong>de</strong>u: Porque a vós outros é dado conhecer<br />

os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido.12 Pois ao<br />

que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem<br />

lhe será tirado.13 Por isso, lhesfalo por parábolas; porque, vendo, não veem; e,


ouvindo, não ouvem, nem enten<strong>de</strong>m.14 D e sorte que neles se cumpre a profecia<br />

<strong>de</strong> Isaías:<br />

Ouvireis com os ouvidos e <strong>de</strong> nenhum modo enten<strong>de</strong>reis; vereis com os<br />

olhos e <strong>de</strong> nenhum modo percebereis.<br />

15 Porque o coração <strong>de</strong>ste povo está endurecido, <strong>de</strong> mau grado ouviram com<br />

os ouvidos e fecharam os olhos;para não suce<strong>de</strong>r que vejam com os olhos, ouçam<br />

com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados.<br />

16 Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos,<br />

porque ouvem.17 Pois em verda<strong>de</strong> vos digo que muitos profetas e justos<br />

<strong>de</strong>sejaram ver o que ve<strong>de</strong>s e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram.<br />

18 Aten<strong>de</strong>i vós, pois, à parábola do semeador.19 A todos os que ouvem a palavra<br />

do reino e não a compreen<strong>de</strong>m, vem o maligno e arrebata o que lhes fo i<br />

semeado no coração. Este é o que fo i semeado à beira do caminho. 20 O que<br />

fo i semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com<br />

alegria;21 mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, <strong>de</strong> pouca duração; em<br />

lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.<br />

22 O que fo i semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém<br />

os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica<br />

infrutífera. 23 M as o quefoi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a<br />

compreen<strong>de</strong>; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

3 Jesus lhes ensinou muitas coisas por meio <strong>de</strong> parábolas. Ele dizia:<br />

— Certo homem saiu para semear.4 Enquanto semeava, uma parte das<br />

sementes caiu à beira do caminho e os pássaros vieram e as comeram.5 Outra<br />

parte caiu no meio <strong>de</strong> pedras, on<strong>de</strong> havia pouca terra. Essas sementes brotaram<br />

<strong>de</strong>pressa pois a terra não era funda, 6 mas, quando o sol apareceu, elas<br />

secaram, pois não tinham raízes. 7 Outra parte das sementes caiu no meio <strong>de</strong><br />

espinhos, os quais cresceram e as sufocaram.8 Uma outra parte ainda caiu em<br />

terra boa e <strong>de</strong>u frutos, produzindo 30, 60 e até mesmo 100 vezes mais do que<br />

tinha sido plan tado.9 Quem po<strong>de</strong> ouvir, ouça.<br />

10 Os discípulos <strong>de</strong> Jesus, então, se aproximaram <strong>de</strong>le e lhe perguntaram:<br />

— Por que o senhor ensina o povo por meio <strong>de</strong> parábolas?<br />

11E Jesus lhes respon<strong>de</strong>u:<br />

— Somente a vocês é dado o privilégio <strong>de</strong> conhecer as verda<strong>de</strong>s secretas do<br />

reino do céu e não aos outros.12 Pois quem tem, receberá ainda mais e terá em<br />

abundância. M as quem não tem, até o que tem lhe será tirado.13 E épor isto<br />

que ensino o povo por meio <strong>de</strong> parábolas: Eles olham, mas não veem; ouvem,<br />

mas não enten<strong>de</strong>m. 14 Portanto, por intermédio <strong>de</strong>les acontece o que disse o<br />

profeta Isaías:


“Vocês ouvirão mas, mesmo ouvindo, não conseguirão enten<strong>de</strong>r;<br />

vocês olharão mas, mesmo olhando, não conseguirão ver.<br />

15 Isto acontece pois o coração <strong>de</strong>ste povo está endurecido.<br />

Eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos.<br />

Se não fosse assim, eles po<strong>de</strong>ríam ver com os olhos,<br />

ouvir com os ouvidos e enten<strong>de</strong>r com o coração,<br />

e se voltariam para mim e eu os curaria’’.<br />

16 — M as felizes são os seus olhos, pois eles po<strong>de</strong>m ver; e os seus ouvidos,<br />

pois eles po<strong>de</strong>m ouvir. 17 Digo a verda<strong>de</strong> a vocês: Muitos profetas e homens<br />

justos <strong>de</strong>sejaram ver as coisas que vocês veem, mas não viram. Eles <strong>de</strong>sejaram<br />

ouvir o que vocês ouvem, mas não ouviram.<br />

13 — Ouçam o que a parábola daquele que semeia quer dizer. 19 A semente<br />

que caiu à beira do caminho representa a pessoa que ouve a mensagem<br />

a respeito do reino, mas não a compreen<strong>de</strong>, e Satanás então vem e tira as<br />

coisas que foram semeadas em seu coração. 20 A semente que caiu no meio <strong>de</strong><br />

pedras representa a pessoa que ouve a mensagem a respeito do reino e a aceita<br />

imediatamente e com muita alegria. 21 Mas, como não tem raiz, não dura<br />

muito tempo. Assim que encontra dificulda<strong>de</strong>s ou que éperseguida por causa<br />

da mensagem, abandona a sua fé. 22 A semente que caiu no meio <strong>de</strong> espinhos<br />

representa a pessoa que ouve a mensagem a respeito do reino mas é sufocada<br />

pelas preocupações com as coisas <strong>de</strong>sta vida e pela ilusão das riquezas. Essa<br />

pessoa não produz nenhum fruto. 23 Mas a semente que caiu em terra boa<br />

representa a pessoa que ouve a mensagem e a compreen<strong>de</strong>. Essa pessoa cresce<br />

e produz muitos frutos, algumas vezes trinta, outras sessenta e outra ainda<br />

cem vezes mais.<br />

Exploração<br />

1. O que aconteceu na história do semeador que saiu a semear?<br />

2. Que fator ou fatores foram <strong>de</strong>terminantes para a semente frutificar<br />

ou não?


3. Por que Jesus diz que <strong>de</strong>pendia tanto das parábolas em seu<br />

ensinamento?<br />

4. Como Jesus explica a seus seguidores o significado oculto da<br />

parábola do semeador?<br />

5. De acordo com Jesus, é suficiente para uma pessoa ser exposta<br />

à Palavra <strong>de</strong> Deus? Sim ou não, explique sua resposta.<br />

Inspiração<br />

Na mentalida<strong>de</strong> hebraica, o coração é o lugar para on<strong>de</strong> convergem<br />

as emoções, os preconceitos e a sabedoria. E a bifurcação que<br />

recebe vagões carregados com humores, idéias, emoções e convicções,<br />

e os coloca no trilho exato.<br />

E assim como o óleo <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> ou a gasolina adulterada<br />

fariam você questionar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> uma refinaria,<br />

os atos <strong>de</strong> malda<strong>de</strong> e os pensamentos impuros nos levam a questionar<br />

a condição <strong>de</strong> nosso coração. O coração é o centro da vida<br />

espiritual. Se o fruto da árvore é ruim, não se tenta consertar o<br />

fruto; tenta-se cuidar da raiz. E se as ações <strong>de</strong> uma pessoa são<br />

más, não basta mudar os hábitos; é preciso ir mais fundo. Deve-se<br />

ir ao coração do problema, que é o problema do coração.<br />

E por isso que o estado do coração é tão crítico. Qual é o estado<br />

do seu?<br />

Quando alguém grita com você, você grita <strong>de</strong> volta ou mor<strong>de</strong><br />

a língua? Isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do estado <strong>de</strong> seu coração.<br />

Quando a agenda está muito apertada ou a lista <strong>de</strong> coisas a<br />

fazer não para <strong>de</strong> crescer, você per<strong>de</strong> a calma ou permanece tranquilo?<br />

Isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do estado <strong>de</strong> seu coração.


Quando lhe oferecem um pedaço <strong>de</strong> fofoca temperado com<br />

calúnia, você o rejeita ou passa adiante? Isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do estado<br />

<strong>de</strong> seu coração.<br />

Você vê uma mendiga na rua como um fardo para a socieda<strong>de</strong><br />

ou uma oportunida<strong>de</strong> para Deus? Isso, também, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do estado<br />

<strong>de</strong> seu coração.<br />

O estado <strong>de</strong> seu coração <strong>de</strong>termina se você guarda rancor ou<br />

dá graças, busca autopieda<strong>de</strong> ou a Cristo, bebe da miséria humana<br />

ou saboreia a misericórdia <strong>de</strong> Deus.<br />

Não é <strong>de</strong> admirar, portanto, a súplica do sábio: “Acima <strong>de</strong> tudo,<br />

guar<strong>de</strong> o seu coração” (Pv 4.23).<br />

A oração <strong>de</strong> Davi <strong>de</strong>veria ser a nossa: “Cria em mim um coração<br />

puro, ó Deus” (SI 51.10).<br />

E a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> Jesus anuncia a verda<strong>de</strong>: “Bem-aventurados<br />

os puros <strong>de</strong> coração, pois verão a Deus” (Mt 5.8).<br />

T r e c h o d e O a p l a u s o d o c ê u<br />

Reação<br />

6. Milhares <strong>de</strong> pessoas po<strong>de</strong>m ouvir o mesmo sermão, e apenas<br />

cinco são realmente afetadas e transformadas. O que <strong>de</strong>termina<br />

a diferença?<br />

7. Explique a diferença entre os quatro solos.<br />

8. Se uma pessoa se dá conta <strong>de</strong> que o solo <strong>de</strong> seu coração não é<br />

propício para o crescimento ou que sua vida é estéril <strong>de</strong> frutos, o<br />

que é necessário para a mudança? Seja específico e prático.


9. Com que se parecem a frutificação e a fartura em uma vida que<br />

é entregue a Deus?<br />

10. Compare sua vida com os solos que Jesus <strong>de</strong>screveu. Em qual<br />

<strong>de</strong>les você está?<br />

11. Como a riqueza é “enganosa”? Como um cidadão do reino dos<br />

céus se protege contra o amor ao dinheiro?<br />

<strong>Lições</strong> <strong>de</strong> vida<br />

O reino <strong>de</strong> Deus tem um aspecto presente e um aspecto futuro.<br />

Em sua primeira vinda, Jesus cumpriu o papel <strong>de</strong> um servo sofredor.<br />

Por meio <strong>de</strong> sua morte na cruz, ele <strong>de</strong>rrotou o reino das<br />

trevas tornou o perdão possível aos pecadores e estabeleceu seu<br />

reino espiritual. Hoje, governa discretamente no coração dos que<br />

lhe são receptivos, que, no conjunto, compõem sua Igreja. Mas,<br />

na segunda vinda, Cristo governará todas as coisas. Seu reino,<br />

então, será visível e universal, e nunca terá fim. Ao permitir que<br />

sua Palavra assente raízes em nosso coração, produzimos frutos<br />

para Deus. Por meio <strong>de</strong> um cultivo espiritual, <strong>de</strong>vemos vigiar nossa<br />

alma, impedindo-a <strong>de</strong> se endurecer ou ficar hostil à verda<strong>de</strong>,<br />

e arrancar quaisquer ervas daninhas do mundanismo capaz <strong>de</strong><br />

sufocar o fruto da justiça.<br />

D evoção<br />

Pai, protege-me do mal. Guarda-me da indiferença espiritual e<br />

da superficialida<strong>de</strong>. Faz-me ciente das atitu<strong>de</strong>s mundanas e intolerante<br />

a elas. Dá-me a vonta<strong>de</strong> cada vez mais intensa <strong>de</strong> receber


tua Palavra com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo. Que ela possa firmar raízes profundas<br />

em minha alma <strong>de</strong> modo que possa dar frutos duradouros<br />

para a tua glória.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre frutificação, leia Oseias<br />

10.11-12; Lucas 3.8-9; 13.6-9; João 15; Gálatas 5.22-23;<br />

Colossenses 1.10.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 13.1-52.<br />

Para pensar<br />

Quais são as preocupações <strong>de</strong>ste mundo que ameaçam torná-lo<br />

infrutífero em sua fé?


P ão d a v i d a<br />

Reflexão<br />

A comida é uma parte dominante da vida cotidiana. Quando está em<br />

falta, nós notamos! Pense em algum momento em que você passou<br />

sem comida, por opção ou necessida<strong>de</strong>. Descreva a sensação <strong>de</strong> estar<br />

com fome e, em seguida, <strong>de</strong> ter comida a seu dispor novamente.<br />

Situação<br />

Tendo como pano <strong>de</strong> fundo a injusta execução <strong>de</strong> João Batista<br />

por Hero<strong>de</strong>s, Mateus mostra tanto o po<strong>de</strong>r como a compaixão <strong>de</strong><br />

Jesus. O Rei carpinteiro alimenta uma multidão <strong>de</strong> 5 mil homens<br />

(além <strong>de</strong> mulheres e crianças) com 5 pães e 2 peixes. Em seguida,<br />

caminha sobre a água, para o espanto <strong>de</strong> seus seguidores.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 14.13-21 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar <strong>de</strong>serto,<br />

à parte; sabendo-o as multidões, vieram das cida<strong>de</strong>s seguindo-o por terra.<br />

14 Desembarcando, viu Jesus uma gran<strong>de</strong> multidão, compa<strong>de</strong>ceu-se <strong>de</strong>la e<br />

curou os seus enfermos.15 Ao cair da tar<strong>de</strong>, vieram os discípulos a Jesus e lhe<br />

disseram: O lugar é<strong>de</strong>serto, e vai adiantada a hora; <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>, pois, as multidões<br />

para que, indo pelas al<strong>de</strong>ias, comprem para si o que comer.16 Jesus, porém, lhes<br />

disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, <strong>de</strong> comer. 17 Mas eles<br />

respon<strong>de</strong>ram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.1S Então, ele disse:<br />

Trazei-m os.19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva,<br />

tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou.<br />

Depois, tendo partido os pães, <strong>de</strong>u-os aos discípulos, e estes, às multidões.


20 Todos comeram e sefartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda<br />

doze cestos cheios. 21E os que comeram foram cerca <strong>de</strong> cinco m il homens, além<br />

<strong>de</strong> mulheres e crianças.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

13 Quando Jesus ficou sabendo o que tinha acontecido, saiu dali num barco<br />

e fo i sozinho para um lugar isolado. Quando a multidão soube disso, <strong>de</strong>ixou<br />

os povoados e o seguiu por terra.14 Quando Jesus saiu do barco e viu a gran<strong>de</strong><br />

multidão, teve muita pena do povo e curou os doentes.<br />

ISAo anoitecer, os discípulos <strong>de</strong> Jesus se aproximaram e lhe disseram:<br />

— Este lugar é isolado e j á é tar<strong>de</strong>; <strong>de</strong>speça estas pessoas para que elas<br />

possam chegar até as vilas próximas e comprar comida para si.<br />

16 Jesus, porém, lhes disse:<br />

— Essa gente não precisa ir embora; por que vocês mesmo não lhes dão<br />

alguma coisa para comer?<br />

n Eles, no entanto, respon<strong>de</strong>ram:<br />

— M as tudo o que temos são cinco pães e dois peixes!<br />

18 Jesus, então, disse:<br />

— Tragam os pães e os peixes aqui.<br />

19 Depois mandou que a multidão se sentasse na grama. A seguir, Jesus pegou<br />

os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu a agra<strong>de</strong>ceu a Deus pelo alimento.<br />

Então, partiu os pães, <strong>de</strong>u-os aos discípulos que os distribuíram entre a multidão.<br />

20 Todos comeram e ficaram satisfeitos e os discípulos recolheram ainda<br />

doze cestos cheios dos pedaços que sobraram. 21 Os que comeram foram mais ou<br />

menos cinco m il homens, sem contar as mulheres e as crianças.<br />

Exploração<br />

1. Que notícia terrível Jesus recebe no início <strong>de</strong>ssa passagem (cf.<br />

M t 14.1-12)?<br />

2. Qual foi a resposta <strong>de</strong> Jesus a esse informe?<br />

3. Como a multidão reagiu quando Jesus partiu <strong>de</strong> barco?


4. Qual foi a atitu<strong>de</strong> e a recomendação dos discípulos <strong>de</strong> Cristo<br />

quando o dia terminou e a multidão ainda estava ali?<br />

5. Como Jesus, em última análise, lida com a situação — todas<br />

aquelas pessoas famintas que o seguiram até um local afastado?<br />

Inspiração<br />

A multiplicação dos pães respon<strong>de</strong> à pergunta: O que Deus faz<br />

quando seus filhos estão fracos?<br />

Se Deus alguma vez precisou <strong>de</strong> um pretexto para <strong>de</strong>sistir das<br />

pessoas, ele teria aqui uma bela <strong>de</strong>sculpa. Certamente Deus expulsará<br />

esses seguidores até que aprendam a crer.<br />

E isso o que ele faz? Você <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>: “Então Jesus pegou os pães,<br />

agra<strong>de</strong>ceu a Deus, e os <strong>de</strong>u a todos que estavam sentados. Fez o mesmo<br />

com os peixes, dando a todos quanto queriam” (Jo 6.11, VFL).<br />

Quando os discípulos não oraram, Jesus orou. Quando os discípulos<br />

não viram a Deus, Jesus buscou a Deus. Quando os<br />

discípulos estavam fracos, Jesus foi forte. Quando os discípulos<br />

não tiveram fé, Jesus teve fé. Ele agra<strong>de</strong>ceu a Deus. Ignorou as<br />

nuvens e encontrou a luz, e <strong>de</strong>u graças a Deus por isso.<br />

Veja o que ele faz em seguida: “Então, partiu os pães, <strong>de</strong>u-os aos<br />

discípulos que os distribuíram entre a multidão” (Mt 14.19, VFL).<br />

Em vez <strong>de</strong> punir os discípulos, ele lhes dá encargos. Lá vão<br />

eles, passando o pão que não pediram, <strong>de</strong>sfrutando a resposta à<br />

oração que eles nem sequer fizeram. Se Jesus agisse <strong>de</strong> acordo<br />

com a fé dos discípulos, as multidões ficariam sem alimento. Mas<br />

ele não agiu assim, e ele não age. Deus é fiel conosco mesmo<br />

quando nos esquecemos <strong>de</strong>le.


Deus conce<strong>de</strong> bênçãos conforme as riquezas <strong>de</strong> sua graça, não<br />

<strong>de</strong> acordo com a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa fé: “Se não formos fiéis,<br />

Ele continuará sendo fiel, pois <strong>de</strong> maneira nenhuma po<strong>de</strong> negar a<br />

si mesmo” (2Tm 2.13, VFL).<br />

Por que é importante saber isso? Para que você não se torne<br />

um <strong>de</strong>scrente. Olhe ao seu redor. Não há mais bocas que pão?<br />

Não há mais feridos que médicos? Não há mais dos que precisam<br />

da verda<strong>de</strong> que os que a proclamam? Não há mais igrejas adormecidas<br />

que igrejas em chamas?<br />

Então, o que fazer? Jogar as mãos para o alto e ir embora?<br />

Dizer ao mundo que não po<strong>de</strong>mos ajudá-lo? É o que discípulos<br />

queriam fazer. Não <strong>de</strong>veriamos <strong>de</strong>sistir? Não, nós não <strong>de</strong>sistimos.<br />

Nós olhamos para o alto. Nós confiamos. Nós acreditamos. E<br />

nosso otimismo não é vazio. Cristo se provou digno. Ele mostrou<br />

que nunca falha, embora em nós não exista nada além <strong>de</strong> falhas.<br />

Deus é fiel mesmo quando seus filhos não o são.<br />

T r e c h o d e O u v in d o D e u s n a t o r m e n t a<br />

Reação<br />

6. João Batista e Jesus eram primos e companheiros. Especule<br />

sobre a condição emocional e os <strong>de</strong>sejos naturais que Jesus <strong>de</strong>ve<br />

ter sentido quando soube da execução brutal <strong>de</strong> João.<br />

7. Como a resposta <strong>de</strong> Jesus nessa situação resume a noção <strong>de</strong><br />

compaixão e servidão altruísta?<br />

8. Como e on<strong>de</strong> encontramos a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar, servir e estar<br />

centrado nos outros quando estamos lutando contra nossas próprias<br />

provações e tragédias?


9. Resuma a reação geral dos discípulos a essa série <strong>de</strong> acontecimentos.<br />

Você consegue <strong>de</strong>screver a postura e as ações <strong>de</strong>les?<br />

10. Existe uma tensão nessa passagem entre o <strong>de</strong>sejo constante <strong>de</strong><br />

Cristo em ter comunhão com o Pai e as necessida<strong>de</strong>s das pessoas<br />

ao redor <strong>de</strong>le. Como equilibrar essas necessida<strong>de</strong>s concorrentes<br />

— a <strong>de</strong> nossa alma para <strong>de</strong>scanso e restauração e as infindáveis<br />

exigências (muitas legítimas) dos outros?<br />

11. O versículo 19 observa que Jesus mandou as pessoas se sentarem<br />

na grama. Marcos 6.39 adiciona o pequeno <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong> que a<br />

grama era “ver<strong>de</strong>”. O que esse fato muitas vezes esquecido nos recorda<br />

acerca daquele que é conhecido como o Bom Pastor? (Dica:<br />

veja o Salmo 23.)<br />

L ições <strong>de</strong> vida<br />

A vida é confusa e difícil. As pessoas são carentes e exigentes.<br />

Somos chamados para a vida <strong>de</strong> sacrifício e serviço. Como dar<br />

conta disso? Assim como os discípulos <strong>de</strong> antigamente, seguimos<br />

ao único que possui todo o po<strong>de</strong>r e compaixão. Nós olhamos<br />

para ele. Nós o ouvimos. Fazemos tudo o que ele nos diz. Em<br />

última análise, confiamos nele para trabalhar por meio <strong>de</strong> nós.<br />

Uma vida assim é assustadora e incerta. Seremos testados e empurrados.<br />

Mas, no final, nossa fé crescerá e as necessida<strong>de</strong>s dos<br />

outros serão atendidas. A que único fato <strong>de</strong>vemos nos agarrar?<br />

Jesus é o pão <strong>de</strong> Deus que <strong>de</strong>sce do céu e conce<strong>de</strong> vida ao mundo<br />

(Jo 6.33).


D evoção<br />

Senhor Jesus, és o Pão da <strong>Vida</strong> que dá vida ao mundo. Dá-me o<br />

bom senso para alimentar-me <strong>de</strong> ti diariamente; para extrair minha<br />

força <strong>de</strong> ti. Tu és o Bom Pastor. Conce<strong>de</strong>-me coragem para<br />

seguir teu exemplo, a fim <strong>de</strong> que possa servir outros e levá-los à<br />

tua presença.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre alimento espiritual, leia<br />

Êxodo 16.1-35; Isaías 25; João 4.31-34; 6.27; Hebreus<br />

5.12-14;<br />

* Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 13.53—17.27.<br />

Para pensar<br />

Alguém sabiamente disse: “Não se po<strong>de</strong> dar aquilo que não se<br />

possui”. O que você precisa fazer para se tornar um servo mais<br />

eficaz para os outros, um testemunho mais convincente da bonda<strong>de</strong><br />

do Senhor?


H u m i l d a d e<br />

Reflexão<br />

Em 1997, duas mulheres mundialmente famosas morreram com<br />

poucos dias <strong>de</strong> diferença. A princesa Diana era mais conhecida<br />

por sua beleza e seu senso estético vistoso. Madre Teresa <strong>de</strong> Calcutá<br />

era saudada pelo serviço incansável aos mais pobres <strong>de</strong>ntre<br />

os pobres na índia. Quais qualida<strong>de</strong>s admiráveis cada uma <strong>de</strong>ssas<br />

duas mulheres possuía?<br />

Situação<br />

Na época <strong>de</strong> Cristo, Israel estava sob a autorida<strong>de</strong> do império romano.<br />

Honra, po<strong>de</strong>r, orgulho, prestígio, aplausos — esses eram os<br />

valores dominantes <strong>de</strong> Roma. Não é <strong>de</strong> admirar que Jesus tenha<br />

<strong>de</strong>fendido e mo<strong>de</strong>lado um sistema <strong>de</strong> valores diferente. Os caminhos<br />

do mundo não são os caminhos do reino <strong>de</strong> Cristo.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 18.1-14 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

1 Naquela hora, aproximaram-se <strong>de</strong> Jesus os discípulos, perguntando:<br />

Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? 2 E Jesus, chamando uma<br />

criança, colocou-a no meio <strong>de</strong>les. 3 E disse: Em verda<strong>de</strong> vos digo que, se não<br />

vos converter<strong>de</strong>s e não vos tornar<strong>de</strong>s como crianças, <strong>de</strong> modo algum entrareis<br />

no reino dos céus. 4 Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o<br />

maior no reino dos céus. 5 E quem receber uma criança, tal como esta, em meu<br />

nome, a mim me recebe.<br />

6 Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um <strong>de</strong>stes pequeninos que creem<br />

em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma gran<strong>de</strong> pedra<br />

<strong>de</strong> moinho, e fosse afogado na profun<strong>de</strong>za do mar.


7 A i do mundo, por causa dos escândalos;porque é inevitável que venham<br />

escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo! 8 Portanto, se a tua<br />

mão ou o teu p é te f a z tropeçar, corta-o e lança-o fora <strong>de</strong> ti; melhor é entrares<br />

na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado<br />

no fogo eterno.9 Se um dos teus olhos tefa z tropeçar, arranca-o e lança-ofora<br />

<strong>de</strong> ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois,<br />

seres lançado no inferno <strong>de</strong> fogo.<br />

10 Ve<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>sprezeis a qualquer <strong>de</strong>stes pequeninos; porque eu vos afirmo<br />

que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face <strong>de</strong> meu Pai celeste.<br />

11 [Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido.]12 Que vos<br />

parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma <strong>de</strong>las se extraviar, não <strong>de</strong>ixará<br />

ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou?<br />

13 E, se porventura a encontra, em verda<strong>de</strong> vos digo que maior prazer sentirá<br />

por causa <strong>de</strong>sta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram.14 Assim,<br />

pois, não é da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> vosso Pai celeste que pereça um só <strong>de</strong>stes pequeninos.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

1 Naquele momento os discípulos <strong>de</strong> Jesus chegaram perto <strong>de</strong>le e lhe perguntaram:<br />

— Quem éo maior no reino do céu?<br />

2 Jesus, então, chamou uma criança e, colocando-a diante <strong>de</strong>les,3 disse-lhes:<br />

— Digo a verda<strong>de</strong> a vocês: Vocês <strong>de</strong>vem mudar <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> e se tornar como<br />

crianças. Se não fizerem isso, jam ais entrarão no reino do céu! 4 Portanto, o<br />

maior no reino do céu é aquele que se humilha para ser como esta criança.<br />

5 Todo aquele que, em meu nome, recebe uma criança como esta, é como se<br />

estivesse recebendo a mim.<br />

6 — Se alguém fize r com que um <strong>de</strong>stes pequeninos que tem f é em mim<br />

peque, será melhor para essa pessoa que ela seja jogada no mar com uma enorme<br />

pedra amarrada no pescoço. 7 A i do mundo por causa daquelas coisas que<br />

fazem com que as pessoas pequem! Essas coisas têm que acontecer, mas ai dos<br />

que são responsáveis por elas! s Se a sua mão ou o seu p é f a z com que você<br />

peque, corte-o e jogue-o fora. Pois é melhor entrar para a vida eterna manco<br />

ou aleijado do que ser jogado no fogo eterno do inferno com as duas mãos ou<br />

os dois p é s.9 Se o seu olho f a z com que você peque, arranque-o e jogue-o fora!<br />

Pois é melhor entrar para a vida eterna só com um olho do que ser jogado no<br />

fogo eterno do inferno com ambos os olhos.<br />

10 — Tomem cuidado, portanto, para não <strong>de</strong>sprezar nenhum <strong>de</strong>stes pequeninos,<br />

pois os anjos <strong>de</strong>les estão sempre na presença <strong>de</strong> meu Pai que está no céu.<br />

11 O Filho do Homem veio salvar os perdidos.<br />

12 D igam -m e o que vocês acham. Se um homem tiver cem ovelhas e uma<br />

<strong>de</strong>las se per<strong>de</strong>r, será que ele não va i <strong>de</strong>ixar as outras noventa e nove nos


montes para procurar aquela que se per<strong>de</strong>u? 13 E claro que vai! E eu lhes<br />

digo que quando ele a encontrar; vaificar mais fe liz por causa <strong>de</strong>sta ovelha<br />

do que por causa das outras noventa e nove que nunca se per<strong>de</strong>ram. 14 D a<br />

mesma forma, o Pai <strong>de</strong> vocês também não quer que nenhum <strong>de</strong>stes pequeninos<br />

se perca.<br />

Exploração<br />

1. Que assunto os discípulos estavam discutindo e <strong>de</strong>batendo?<br />

2. De que maneira Jesus resolveu a disputa <strong>de</strong>les? Que qualida<strong>de</strong><br />

ele exigiu?<br />

3. Como especificamente Jesus insere uma perspectiva eterna<br />

nessa conversa?<br />

4. De acordo com Jesus, quem é gran<strong>de</strong> aos olhos <strong>de</strong> Deus?<br />

5. De que maneira Jesus ilustrou a importância <strong>de</strong> pessoas “simples”<br />

e “esquecidas” como crianças?<br />

Inspiração<br />

Esvaziar egos inflados é tão importante para Deus que ele se oferece<br />

para ajudar.


Ele me ajudou quando passei uma semana <strong>de</strong> outono viajando<br />

para divulgar um livro. Víamos filas longas e livrarias lotadas.<br />

Uma pessoa após a outra me cumprimentava. Por três dias, me<br />

banhei no rio do louvor. Comecei a acreditar nos elogios. Todas<br />

essas pessoas não po<strong>de</strong>m estar erradas. Eu <strong>de</strong>vo ser mesmo uma dádiva<br />

<strong>de</strong> Deus para os leitores. Meu peito inflou tanto que mal podia ver<br />

on<strong>de</strong> autografar os livros. Afinal, se tivesse nascido dois mil anos<br />

antes, po<strong>de</strong>riamos ler os evangelhos <strong>de</strong> Mateus, <strong>Max</strong>, Lucas e<br />

João. No momento em que comecei a me perguntar se a Bíblia<br />

precisava <strong>de</strong> outra epístola, Deus atirou uma flecha <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong><br />

em minha direção.<br />

Estávamos correndo apressados para a sessão <strong>de</strong> autógrafos<br />

que aconteceria à noite, e atrasados porque a da tar<strong>de</strong> havia recebido<br />

as tais filas enormes. Esperávamos que o mesmo acontecesse<br />

na livraria seguinte. Preocupados, telefonamos:<br />

-— Estamos atrasados. Digam às pessoas que logo estaremos aí.<br />

— Não precisam se apressar — garantiu a gerente da livraria.<br />

— Mas e quanto às pessoas?<br />

— Nenhum dos dois parece estar com pressa.<br />

— Nenhum dos dois?<br />

Assim que chegamos à loja, a multidão <strong>de</strong> duas pessoas felizmente<br />

triplicara; agora eram seis. Havíamos programado duas<br />

horas para os autógrafos; precisei <strong>de</strong> <strong>de</strong>z minutos.<br />

Ciente <strong>de</strong> estar sentado sozinho à mesa, salpiquei a última<br />

pessoa com perguntas. Falamos sobre os pais <strong>de</strong>la, a escola, a festa<br />

<strong>de</strong> aniversário predileta. Contra minhas súplicas, ela teve <strong>de</strong> ir.<br />

Assim, fiquei sozinho à mesa. Uma pilha enorme <strong>de</strong> livros do<br />

<strong>Lucado</strong>, ninguém na fila.<br />

Perguntei à gerente da livraria:<br />

— Você divulgou o evento?<br />

— Sim. Mais do que o habitual.<br />

E saiu.<br />

Na vez seguinte que ela passou, perguntei:<br />

— Houve outras sessões <strong>de</strong> autógrafos?<br />

— Sim, geralmente temos uma gran<strong>de</strong> resposta por parte<br />

do público.


E seguiu adiante.<br />

Autografei todos os livros em minha mesa. Autografei todos<br />

os livros do <strong>Lucado</strong> nas prateleiras. Autografei até os livros <strong>de</strong><br />

Tom Clancy e John Grisham. Por fim, um cliente veio até a mesa.<br />

— Você escreve livros? — perguntou ele, com o meu livro<br />

novo nas mãos.<br />

— Escrevo. Quer que eu assine esse?<br />

— Não, obrigado — ele respon<strong>de</strong>u, e saiu.<br />

Deus atingiu o alvo. Ah, antes que eu me esqueça, minha leitura<br />

diária na manhã seguinte trazia esta passagem: “Não sejas<br />

sábio aos teus próprios olhos” (Pv 3.7, RA).<br />

Quando você está cheio <strong>de</strong> si mesmo, Deus não po<strong>de</strong> encher<br />

você.<br />

T r e c h o d e C u r e f o r t h e C o m m o n L i f e [ C u r a p a r a a v id a<br />

c o m u m ]<br />

Reação<br />

6. Por que muitas vezes ficamos tão orgulhosos <strong>de</strong> nós mesmos?<br />

7. Descreva a humilda<strong>de</strong> e dê alguns exemplos.<br />

8. A socieda<strong>de</strong> atual é um pouco diferente do antigo império romano.<br />

Seus vizinhos e colegas vivem <strong>de</strong> acordo com quais valores<br />

dominantes?<br />

9. Quais são os riscos <strong>de</strong> viver humil<strong>de</strong>mente, <strong>de</strong> seguir a postura<br />

<strong>de</strong> madre Teresa e mostrar bonda<strong>de</strong> fora do comum a “estes pequeninos”?


10. Em O peso da glória, C. S. Lewis observou: “Não existe gente<br />

comum. Você nunca conversou com um simples mortal. As nações,<br />

as culturas, as artes, as civilizações — essas são mortais, e a<br />

vida <strong>de</strong>las está para a nossa como a vida <strong>de</strong> um mosquito. Mas é<br />

com criaturas imortais que brincamos, trabalhamos ou casamos, a<br />

quem censuramos e exploramos — horrores imortais ou esplendores<br />

perpétuos”. Por que é tão difícil lembrar disso, <strong>de</strong> tratar os<br />

outros — todos os outros — com dignida<strong>de</strong> e respeito?<br />

11. Quais são os perigos do orgulho? (Cf. Pv 16.18)<br />

<strong>Lições</strong> d e v i d a<br />

Ou aceitaremos as sugestões do mundo ou as da Bíblia. Não há<br />

outras opções. Po<strong>de</strong>mos cair neste conto do êfemero sistema <strong>de</strong><br />

valores dominantes: Seja impiedoso. Seja competitivo. Encare os outros<br />

todos como rivais. Promova a si mesmo (rebaixando os outros).<br />

Corra atrás dos aplausos alheios. Ou po<strong>de</strong>mos adotar este raro e<br />

precioso sistema <strong>de</strong> valores eternos: Seja semelhante a Cristo. Encare<br />

os outros como aqueles a quem você po<strong>de</strong> servir. Viva para promover<br />

a Cristo. Corra atrás das or<strong>de</strong>nanças <strong>de</strong> Deus. O primeiro caminho é<br />

o do orgulho. O segundo, o da humilda<strong>de</strong>. O primeiro caminho<br />

ironicamente termina em <strong>de</strong>struição. O segundo, em exaltação.<br />

D evoção<br />

Senhor, dá-me um espírito perspicaz e a mentalida<strong>de</strong> transformada<br />

necessária para ver que as coisas não são o que parecem.<br />

Ajuda-me a dizer não à tentação constante <strong>de</strong> promover a mim


mesmo. Faz-me sempre lembrar que meu chamado é para promover-te<br />

para te e que eu faço isso ao servir os outros usando os<br />

dons e as oportunida<strong>de</strong>s que me <strong>de</strong>ste.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre humilda<strong>de</strong>, leia Salmos<br />

18.27; Provérbios 11.2; 29.23; Tiago 4.10; e lPedro 3.8.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 18.1-35.<br />

Para pensar<br />

Faça uma pequena lista <strong>de</strong> pessoas a quem Deus tem instado<br />

você a servir, além <strong>de</strong> algumas formas concretas com as quais você<br />

po<strong>de</strong> fazê-lo.


P e r d e n d o o M<br />

e s s i a s<br />

Reflexão<br />

A <strong>de</strong>cepção sempre resulta <strong>de</strong> expectativas não atendidas. Nosso<br />

nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>cepção em qualquer situação está diretamente ligado<br />

à diferença entre o que esperavamos e o que <strong>de</strong> fato aconteceu.<br />

Partilhe algumas <strong>de</strong> suas maiores <strong>de</strong>cepções ou <strong>de</strong>silusões na<br />

vida.<br />

Situação<br />

Jesus entrou em Jerusalém como um rei; mas não o monarca exaltado<br />

que muitos teriam preferido. Ele montou em um humil<strong>de</strong><br />

jumentinho, não no cavalo branco do conquistador. Ao <strong>de</strong>scer, ele<br />

prontamente causou um conflito no templo, chamando sobre si<br />

a ira dos lí<strong>de</strong>res religiosos <strong>de</strong> Israel. Esses acontecimentos instigantes,<br />

aliados a todas as outras afirmações excêntricas e pontos<br />

<strong>de</strong> vista incomuns <strong>de</strong> Jesus, levaram muitos a duvidar <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>clarações<br />

messiânicas.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 21.1-17 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

1 Quando se aproximaram <strong>de</strong> Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte<br />

das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:2 I<strong>de</strong> à al<strong>de</strong>ia que aí<br />

está diante <strong>de</strong> vós e logo achareis presa uma jum enta e, com ela, um jum entinho.<br />

Despren<strong>de</strong>i-a e trazei-mos. 3 E, se alguém vos disser alguma coisa,<br />

respon<strong>de</strong>i-lhe que o Senhor precisa <strong>de</strong>les. E logo os enviará. 4 Ora, isto aconteceu<br />

para se cumprir o que fo i dito por intermédio do profeta:<br />

5 D izei à filha <strong>de</strong> Sião: Eis a í te vem o teu Rei, humil<strong>de</strong>, montado em<br />

jumento, num jumentinho, cria <strong>de</strong> animal <strong>de</strong> carga.


6 Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes or<strong>de</strong>nara, 67 *trouxeram a<br />

jum enta e o jumentinho. Então, puseram em cima <strong>de</strong>les as suas vestes, e sobre<br />

elas Jesus montou. s E a maior parte da multidão esten<strong>de</strong>u as suas vestes pelo<br />

caminho, e outros cortavam ramos <strong>de</strong> árvores, espalhando-os pela estrada. 9 E<br />

as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: H o-<br />

sana ao Filho <strong>de</strong> D avi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas<br />

maiores alturas! 10 E, entrando ele em Jerusalém, toda a cida<strong>de</strong> se alvoroçou,<br />

e perguntavam: Quem é este? 11 E as multidões clamavam: Este é o profeta<br />

Jesus, <strong>de</strong> N azaré da Galileia!<br />

12 Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e<br />

compravam; também <strong>de</strong>rribou as mesas dos cambistas e as ca<strong>de</strong>iras dos que<br />

vendiam pom bas.13 E disse-lhes: Está escrito:<br />

A minha casa será chamada casa <strong>de</strong> oração;<br />

vós, porém, a transformais em covil <strong>de</strong> salteadores.<br />

14 Vieram a ele, no templo, cegos e coxos, e ele os curou. 13 Mas, vendo os<br />

principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fa zia e os meninos<br />

clamando: Hosana ao Filho <strong>de</strong> Davi!, indignaram-se e perguntaram-lhe:<br />

16 Ouves o que estes estão dizendo? Respon<strong>de</strong>u-lhes Jesus: Sim; nunca lestes:<br />

D a boca <strong>de</strong> pequeninos e crianças <strong>de</strong> peito tiraste perfeito louvor?<br />

17 E, <strong>de</strong>ixando-os, saiu da cida<strong>de</strong> para Betânia, on<strong>de</strong> pernoitou.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

1 Quando Jesus e seus discípulos se aproximavam da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém,<br />

chegaram a uma vila chamada Betfagé, perto do M onte das Oliveiras. D ali<br />

Jesus enviou dois dos seus discípulos, 2 com as seguintes instruções:<br />

— Sigam até a próxima vila que fica logo adiante e encontrarão presos<br />

uma jum enta e um jumentinho. Soltem os dois e tragam-nos até aqui. 3 Se<br />

alguém perguntar alguma coisa, digam o seguinte: “O Senhor precisa <strong>de</strong>les.<br />

Ele logo os mandará <strong>de</strong> volta!'.<br />

4 Isso aconteceu para que se cumprisse o que fo i escrito por meio do profeta:<br />

5 “Digam à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sião:<br />

Olhem! O seu Rei está chegando!<br />

Ele é humil<strong>de</strong> e está montado num jumento,<br />

num jumentinho, filho <strong>de</strong> animal <strong>de</strong> carga!”<br />

6 Os discípulos foram efizeram exatamente o que Jesus lhes tinha dito,7 levando<br />

a jum enta e o jumentinho. Depois, colocaram suas capas em cima <strong>de</strong>les<br />

e Jesus montou sobre elas. s M uitas pessoas esten<strong>de</strong>ram suas capas pelo caminho,<br />

e muitas outras cortaram ramos <strong>de</strong> árvores e os espalharam pela estrada.<br />

9 Todos os que caminhavam, tanto à frente como atrás <strong>de</strong> Jesus, gritavam:


— Glória ao Filho <strong>de</strong> D avi!<br />

\Bendito é aquele que vem em nome do Senhor!’<br />

Glória a Deus nas maiores alturas!<br />

10 Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cida<strong>de</strong> ficou agitada e todo<br />

mundo perguntava:<br />

— Quem é este homem ?<br />

11E as multidões repetiam sem parar:<br />

— Este é o profeta Jesus, da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> N azaré da Galileia.<br />

12 Quando Jesus entrou no templo, expulsou <strong>de</strong> lá todos os que compravam<br />

e vendiam coisas, e <strong>de</strong>rrubou as mesas dos que trocavam dinheiro e as ca<strong>de</strong>iras<br />

dos que vendiam pombos.13 Ele lhes disse:<br />

— As Escrituras dizem: "Minha casa será chamada casa <strong>de</strong> oração”; vocês,<br />

porém, a transformaram num “escon<strong>de</strong>rijo <strong>de</strong> ladrões”!<br />

14 Alguns cegos e coxosforam ao encontro <strong>de</strong> Jesus no templo, e Ele os curou.<br />

1S Quando os lí<strong>de</strong>res dos sacerdotes e os professores da lei viram as maravilhas<br />

que Jesus tinha feito e também as crianças do templo gritando: “Glória ao<br />

Filho <strong>de</strong> D avi!” 16ficaram muito zangados, e lhe perguntaram:<br />

— O senhor está escutando o que estas crianças estão dizendo?<br />

E Jesus lhes respon<strong>de</strong>u:<br />

— Sim. Vocês nunca leram as Escrituras que dizem: “Ó Deus, o senhor<br />

ensinou as crianças e os pequeninos a dar louvores”?<br />

11 Depois, partindo dali, Jesus saiu da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém e dirigiu-se à<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Betânia, on<strong>de</strong> passou a noite.<br />

Exploração<br />

1. As instruções <strong>de</strong> Jesus no início <strong>de</strong>ssa passagem lhe parecem<br />

um pouco esquisitas? Coloque-se no lugar <strong>de</strong> algum daqueles<br />

discípulos. O que você sente e no que pensa? 2<br />

2. Isaías 62.11 e Zacarias 9.9 profetizam a entrada do Messias<br />

em Jerusalém montado num jumento. Por que isso por si só não<br />

convenceu <strong>de</strong> fato a multidão <strong>de</strong> que Jesus era, mesmo, o Cristo?


3. Por que Jesus ficou tão nervoso quando entrou no templo?<br />

4. O que as crianças estavam fazendo durante esse episódio <strong>de</strong><br />

purificação do templo?<br />

5. À medida que esses acontecimentos especiais aparentemente<br />

conflitantes aconteciam, o que faziam os seguidores <strong>de</strong> Jesus —<br />

que haviam passado os últimos três anos viajando com Jesus, vivendo<br />

com ele, ouvindo-o e apren<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>le?<br />

Inspiração<br />

Alguns <strong>de</strong> nós já tentaram ter um tempo diário <strong>de</strong> tranquilida<strong>de</strong> e<br />

não foram bem-sucedidos. Outros têm dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> concentração.<br />

E todos nós estamos ocupados. Assim, em vez <strong>de</strong> gastar tempo<br />

com Deus, ouvindo sua voz, <strong>de</strong>ixamos que outros passem tempo<br />

com ele e <strong>de</strong>pois nos aproveitamos da experiência. Deixamos<br />

que eles nos contem o que Deus está dizendo. Afinal, não é por<br />

essa razão que pagamos os pastores? Não é por isso que lemos<br />

livros cristãos? Esses caras são bons em <strong>de</strong>voções diárias. Vou apren<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>les, então.<br />

Se esse é o seu método, se as suas experiências espirituais são<br />

<strong>de</strong> segunda mão, e não <strong>de</strong> primeira, gostaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>safiá-lo com<br />

este pensamento: Você faz isso com as outras partes <strong>de</strong> sua vida?<br />

Penso que não.<br />

Você não faz isso com as férias. Não diz: “As férias são uma<br />

chateação e tanto... fazer as malas, viajar, essas coisas todas. Vou<br />

enviar alguém no meu lugar. Quando ele voltar, vou ouvir tudo<br />

sobre as férias e serei poupado <strong>de</strong> todos os inconvenientes”. Você


faria isso? Não! Você quer experimentar em primeira mão. Certas<br />

coisas ninguém po<strong>de</strong> fazer por você.<br />

Você não faz isso com o romance. Não diz: “Estou apaixonado<br />

por essa pessoa maravilhosa, mas o romance é uma chateação e<br />

tanto. Vou contratar um amante substituto para <strong>de</strong>sfrutar o romance<br />

no meu lugar. Vou ouvir tudo sobre o romance e serei poupado<br />

<strong>de</strong> todos os incovenientes”. Quem faria algo do tipo? Nem<br />

pense nisso. Você quer o romance em primeira mão. Certas coisas<br />

ninguém po<strong>de</strong> fazer por você.<br />

Você não <strong>de</strong>ixa alguém comer em seu nome, não é? Não diz:<br />

“Mastigar é um incômodo e tanto. Minhas mandíbulas ficam tão<br />

cansadas, e a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sabores é tão opressiva. Vou contratar<br />

alguém para mastigar minha comida, e eu só vou engolir tudo que<br />

ele me <strong>de</strong>r”. Você faria isso? Eca! Claro que não! Certas coisas<br />

ninguém po<strong>de</strong> fazer por você.<br />

E uma <strong>de</strong>ssas coisas é passar tempo com Deus.<br />

Ouvir a Deus é uma experiência <strong>de</strong> primeira mão. Quando<br />

Deus pe<strong>de</strong> a sua atenção, ele não quer que você man<strong>de</strong> um substituto;<br />

ele quer você. Deus convida você para passar férias no esplendor<br />

<strong>de</strong>le. Ele convida você para sentir o toque <strong>de</strong> sua mão. Ele<br />

convida você para o banquete divino. Ele quer passar tempo com<br />

você. E com um pouco <strong>de</strong> treinamento, seu tempo com Deus po<strong>de</strong><br />

constituir o ponto alto <strong>de</strong> seu dia.<br />

T r e c h o d e S i m p l e s m e n t e c o m o J e s u s<br />

Reação<br />

6. A maioria <strong>de</strong> suas idéias a respeito <strong>de</strong> Cristo vem do que outros<br />

disseram acerca <strong>de</strong>le ou <strong>de</strong> suas próprias interações com ele?<br />

7. De que maneira a fé com algo <strong>de</strong> segunda mão po<strong>de</strong> levar à<br />

<strong>de</strong>cepção com Cristo?


8. Uma coisa é ficar empolgado com Jesus em um <strong>de</strong>sfile ou algo<br />

do tipo, num clima <strong>de</strong> animação. Outra é <strong>de</strong>dicar-se a ele e ser<br />

um <strong>de</strong> seus seguidores diários. Quais fatores impe<strong>de</strong>m você <strong>de</strong><br />

manter uma relação mais pessoal com Jesus?<br />

9. Os cristãos são o templo <strong>de</strong> Deus. Esse é um dos ensinamentos<br />

do Novo Testamento (lCo 3.16-17; 6.19; 2Co 6.16). Tendo isso<br />

em vista, que tipo <strong>de</strong> limpeza Jesus talvez apreciasse realizar em<br />

sua alma?<br />

10. Imagine um monte <strong>de</strong> crianças gritando nos reverentes pátios<br />

do templo (v. 15). O que esse cenário nos ensina sobre a adoração,<br />

a celebração e a empolgação acerca da pessoa <strong>de</strong> Cristo?<br />

11. Como o tempo com o Senhor, que nos conduz à maior intimida<strong>de</strong><br />

com ele, po<strong>de</strong> minimizar nossos sentimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cepção<br />

com Deus?<br />

L ições <strong>de</strong> vida<br />

Muitas vezes, Deus nos surpreen<strong>de</strong> ou nos <strong>de</strong>saponta porque<br />

nossas expectativas sobre ele não correspon<strong>de</strong>m à sua vonta<strong>de</strong> ou<br />

à realida<strong>de</strong> última. Po<strong>de</strong>mos ter idéias consistentes (e erradas) a<br />

respeito <strong>de</strong> como a vida <strong>de</strong>veria se <strong>de</strong>senrolar. Mas então batemos<br />

a cabeça nos propósitos <strong>de</strong> Deus, e a confusão se instala. A<br />

solução para esse dilema comum é renunciar a nossas opiniões e<br />

esperanças acerca do que <strong>de</strong>veria ser em favor do plano perfeito <strong>de</strong>


Deus (ou seja, “o que é”). Passe algum tempo buscando conhecer<br />

ao Senhor em primeira mão. Quando fazemos isso, e quando, em<br />

seguida, abordamos as situações da vida com mente aberta e um<br />

espírito entregue, somos capazes <strong>de</strong> evitar a <strong>de</strong>cepção <strong>de</strong>snecessária.<br />

Lembre-se <strong>de</strong> que Deus não é qualquer coisa que <strong>de</strong>sejamos<br />

que ele seja. Ele é quem ele é. Ele fará o que ele tem <strong>de</strong> fazer.<br />

D evoção<br />

Senhor, tantas pessoas estavam ali. Elas se aproximaram <strong>de</strong> ti e te<br />

viram, mas te per<strong>de</strong>ram! Elas permitiram que as expectativas falsas<br />

e as informações <strong>de</strong> outros as impedissem <strong>de</strong> ter um encontro<br />

pessoal contigo. Não me <strong>de</strong>ixes cometer o mesmo erro. Aviva-me<br />

para que eu possa te buscar com paixão e venha conhecer como<br />

és verda<strong>de</strong>iramente.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre conhecer a Cristo<br />

como o Messias, leia Mateus 12.22-23; e João 1.44-46;<br />

4.29; 6.42.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 19.1—23.39.<br />

Para pensar<br />

Minhas maiores <strong>de</strong>cepções são...


OS Ú L T IM O S D IA S<br />

Reflexão<br />

Poucos assuntos provocam <strong>de</strong>bates tão calorosos entre os cristãos<br />

quanto o “fim dos tempos”: Quando Cristo vai voltar? Qual será<br />

a sequência dos eventos? O que é o Armagedon? Qual é sua compreensão<br />

atual dos últimos dias?<br />

Situação<br />

Em sua última semana, Cristo reuniu seus discípulos e falou com<br />

franqueza a respeito <strong>de</strong> sua segunda vinda. Do alto do monte das<br />

Oliveiras (on<strong>de</strong> o profeta Zacarias revelara que o Messias estaria<br />

quando ele voltasse para estabelecer seu reino), Jesus exortou seus<br />

seguidores a estarem prontos para seu retorno e para serem fiéis<br />

até o fim.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 24.32-51 da RA ou áa VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

32 Apren<strong>de</strong>i, pois, a parábola da figueira: quando j á os seus ramos se renovam<br />

e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. 33 Assim também<br />

vós: quando vir<strong>de</strong>s todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.34 Em<br />

verda<strong>de</strong> vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.<br />

35 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.<br />

36 M as a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus,<br />

nem o Filho, senão o Pai. 37 Pois assim como fo i nos dias <strong>de</strong> Noé, também será<br />

a vinda do Filho do Homem. 38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao<br />

dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em<br />

que Noé entrou na arca, 39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e<br />

os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.


40 Então, dois estarão no campo, um será tomado, e <strong>de</strong>ixado o outro;41 duas<br />

estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e <strong>de</strong>ixada a outra.42 Portanto,<br />

vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.43 Mas consi<strong>de</strong>rai<br />

isto: se o pai <strong>de</strong> fam ília soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não<br />

<strong>de</strong>ixaria que fosse arrombada a sua casa. 44 Por isso, ficai também vós apercebidos;<br />

porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.<br />

45 Quem é, pois, o servo fie l e pru<strong>de</strong>nte, a quem o senhor confiou os seus<br />

conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? 46 Bem-aventurado aquele<br />

servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. 47 Em verda<strong>de</strong><br />

vos digo que lhe confiará todos os seus bens. 48 Mas, se aquele servo, sendo mau,<br />

disser consigo mesmo: Meu senhor <strong>de</strong>mora-se, 49 e passar a espancar os seus<br />

companheiros e a comer e beber com ébrios, so virá o senhor daquele servo em<br />

dia em que não o espera e em hora que não sabe 51 e castigá-lo-á, lançando-lhe<br />

a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

32 E Jesus, <strong>de</strong>pois, lhes disse:<br />

— Aprendam a lição que a figueira lhes ensina. Assim que os seus galhos se<br />

renovam e as suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo.<br />

33 D a mesma forma, quando vocês virem todas essas coisas acontecerem,<br />

saberão que o tempo está próximo, pronto para chegar.34 Digo a verda<strong>de</strong> a vocês:<br />

Todas essas coisas acontecerão antes que morram todas as pessoas que agora estão<br />

vivas. 35 0 céu e a terra passarão, porém as minhas palavras nunca passarão.<br />

36 — Ninguém sabe o dia ou a hora em que essas coisas acontecerão —<br />

nem os anjos do céu nem o próprio Filho. Somente o Pai sabe quando elas vão<br />

acontecer.37 Pois assim como fo i no tempo <strong>de</strong> Noé, também será quando o Filho<br />

do Homem voltar. 38 Digo isto pois, antes <strong>de</strong> v ir o dilúvio, as pessoas estavam<br />

comendo, bebendo, se casando e se dando em casamento, até o dia em que Noé<br />

entrou na arca. 39 Ninguém sabia o que ia acontecer até que veio o dilúvio e<br />

levou a todos. A mesma coisa acontecerá quando o Filho do Homem voltar.<br />

40 Nesse dia dois homens estarão trabalhando no campo — um será levado e<br />

outro será <strong>de</strong>ixado.41 Duas mulheres estarão moendo trigo no moinho — uma<br />

será levada, a outra <strong>de</strong>ixada. 42 Portanto, se cui<strong>de</strong>m, pois vocês não sabem em<br />

que dia o Senhor virá. 43 Lembrem-se disto: Se o dono da casa soubesse a que<br />

hora da noite o ladrão viria, eleficaria acordado e não <strong>de</strong>ixaria que o ladrão<br />

arrombasse a sua casa. 44 E por isso que eu digo que vocês <strong>de</strong>vem ficar preparados,<br />

pois o Filho do Homem virá na hora em que não estiverem esperando.<br />

45 — Quem é, então, o servo fiel e pru<strong>de</strong>nte a quem o senhor <strong>de</strong>ixou a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tomar conta dos outros servos e <strong>de</strong> lhes dar comida nas horas<br />

certas? 46 Feliz é o servo que estiver fazendo assim quando o seu senhor chegar.


47 Digo a verda<strong>de</strong> a vocês: Ele o colocará para tomar conta <strong>de</strong> todos os seus bens.<br />

4S Por outro lado, imaginem um servo mau. Ele diz consigo mesmo: “Meu senhor<br />

vai <strong>de</strong>morar para voltar”, 49 e então começa a bater nos outros servos e a comer e<br />

beber com bêbados. 50 O senhor <strong>de</strong>sse servo chegará num dia que ele não o espera, e<br />

numa hora que ele nem imagina.51 Ele o castigará com severida<strong>de</strong> e o con<strong>de</strong>nará a<br />

sofrer o mesmo <strong>de</strong>stino dos hipócritas. E lá eles vão chorar e ranger os <strong>de</strong>ntes.<br />

Exploração<br />

1. Reserve alguns momentos para analisar o contexto da passagem<br />

<strong>de</strong>stacada. Como Cristo <strong>de</strong>screveu sua segunda vinda?<br />

2. Qual é a lição do relato da figueira?<br />

3. Qual era o objetivo <strong>de</strong> Jesus ao citar Noé?<br />

4. Quando exatamente Jesus disse que viria?<br />

5. Qual é a advertência severa <strong>de</strong> Cristo aos que vivem como se<br />

ele nunca fosse voltar?<br />

Inspiração<br />

Quando Jesus procurou uma maneira <strong>de</strong> explicar seu retorno, ele<br />

atentou para Noé e o dilúvio. Os paralelos são óbvios. Uma mensagem<br />

<strong>de</strong> julgamento foi proclamada naquela ocasião. Ela ainda é


proclamada. As pessoas não ouviram então. Recusam ouvir hoje.<br />

Noé foi enviado para salvar os fiéis. Cristo foi enviado para fazer<br />

o mesmo. Uma inundação <strong>de</strong> água veio naquela época. Uma<br />

inundação <strong>de</strong> fogo virá a seguir. Noé construiu um local seguro a<br />

partir da ma<strong>de</strong>ira. Jesus fez um lugar seguro com a cruz. Os que<br />

creram se escon<strong>de</strong>ram na arca. Os que creem estão escondidos<br />

em Cristo.<br />

Mais importante: o que Deus fez na geração <strong>de</strong> Noé, ele fará<br />

na volta <strong>de</strong> Cristo. Ele pronunciará um julgamento universal e<br />

irreversível. Um julgamento em que a graça é revelada, as recompensas<br />

são divulgadas, e os impenitentes são punidos. Ao ler a<br />

história <strong>de</strong> Noé, você não encontrará a palavra julgamento, mas<br />

encontrará ampla evidência <strong>de</strong> um.<br />

A época <strong>de</strong> Noé foi <strong>de</strong>plorável: “Para Deus todas as outras<br />

pessoas eram más, e havia violência por toda parte” (Gn 6.11,<br />

NTLH).Tamanha rebelião partiu o coração <strong>de</strong> Deus. “O S e n h o r<br />

ficou tão triste e com o coração tão pesado” (Gn 6.6, NTLH).<br />

Então, enviou um dilúvio, uma po<strong>de</strong>rosa enchente <strong>de</strong> purificação,<br />

sobre a terra. Caiu chuva dos céus durante quarenta dias. “A água<br />

subiu tanto, que cobriu todas as montanhas mais altas da terra. E<br />

<strong>de</strong>pois ainda subiu mais sete metros” (Gn 7.19-20, NTLH). Somente<br />

Noé, sua família e os animais na arca escaparam. Todos os<br />

<strong>de</strong>mais pereceram. Deus não bateu o martelo no tribunal, mas ele<br />

<strong>de</strong> fato fechou a porta da arca. De acordo com Jesus: “A mesma<br />

coisa acontecerá quando o Filho do Homem voltar” (Mt 24.39,<br />

VFL). E assim, a sentença foi proferida.<br />

Pense em algo que causa ansieda<strong>de</strong>! Só o termo dia do julgamento<br />

já suscita a imagem <strong>de</strong> pessoas minúsculas aos pés <strong>de</strong><br />

uma tribuna imensa. No topo da tribuna há um livro, e atrás da<br />

tribuna está Deus, e <strong>de</strong>le vem a voz do juízo: “Culpado!”. Glub!<br />

Deveriamos encorajar uns aos outros com essas palavras? Como<br />

o julgamento po<strong>de</strong> provocar algo senão pânico? Para os <strong>de</strong>spreparados,<br />

certamente não po<strong>de</strong>. Mas, para o seguidor <strong>de</strong> Jesus que<br />

compreen<strong>de</strong> o julgamento, não é hora para ficar assustado. Na<br />

verda<strong>de</strong>, uma vez que o enten<strong>de</strong>mos, po<strong>de</strong>mos antecipá-lo.<br />

T r e c h o d e Q u a n d o C r i s t o v o l t a r


Reação<br />

6. Um dos elementos-chave dos “últimos dias” será a realida<strong>de</strong> do<br />

julgamento. Os que creram serão avaliados no tribunal <strong>de</strong> Cristo<br />

com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber recompensas (2Co 5.10). Os que não<br />

creram serão julgados no gran<strong>de</strong> trono branco (Ap 20). Qual é a<br />

sua reação honesta a esse fato bíblico?<br />

7. A seu ver, quanto esforço os fiéis <strong>de</strong>veriam empreen<strong>de</strong>r tentando<br />

<strong>de</strong>scobrir a sequência <strong>de</strong> acontecimentos do fim dos tempos?<br />

Por quê?<br />

8. De quais sinais <strong>de</strong>veriamos estar à procura para saber que a<br />

vinda <strong>de</strong> Cristo está próxima?<br />

9. Você acredita que a maioria dos cristãos — que você — verda<strong>de</strong>iramente<br />

vive como se Cristo pu<strong>de</strong>sse voltar a qualquer momento?<br />

Sim ou não, explique sua resposta.<br />

10. Como po<strong>de</strong>mos viver em preparação para a volta <strong>de</strong> Cristo<br />

“a qualquer momento”? (cf. lTs 4.13—5.11 e ljo 2.28 para mais<br />

<strong>de</strong>talhes.)


11. Se tudo isso é verda<strong>de</strong>iro, dê o nome <strong>de</strong> algumas ativida<strong>de</strong>s em<br />

sua vida que, à luz da eternida<strong>de</strong>, são provavelmente bem inutéis<br />

e até perda <strong>de</strong> tempo.<br />

L ições <strong>de</strong> vida<br />

Os escritores do Antigo Testamento anteviram a primeira vinda<br />

<strong>de</strong> Cristo. Em todos os casos, as profecias foram cumpridas ao pé<br />

da letra. Da mesma forma, os documentos do Novo Testamento<br />

contêm inúmeros e explícitos <strong>de</strong>talhes acerca da segunda vinda<br />

<strong>de</strong> Cristo. Por que duvidaríamos <strong>de</strong>ssas previsões? As implicações<br />

para nós são nítidas. Se Cristo está voltando e se a sua vinda é<br />

iminente, como estamos vivendo? Nossos valores e nossas ações<br />

se enquadram nessa realida<strong>de</strong> final? Ou será que estamos tão focados<br />

na vida <strong>de</strong> agora, que esquecemos a vida à frente? Afinal,<br />

ou atentamos às promessas <strong>de</strong> Cristo e acreditamos nelas, ou as<br />

consi<strong>de</strong>ramos equívocos e/ou enganação. Não há outra escolha.<br />

D evoção<br />

Senhor Jesus, embora eu <strong>de</strong>sconheça todos os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> tua vinda,<br />

reconheço o fato. Tu voltarás à terra. Creio em tuas promessas.<br />

Portanto, preciso estar pronto. Enquanto leio e reflito sobre<br />

as tuas palavras, renova minha mente. Dá-me uma perspectiva<br />

eterna que possa me ajudar a evitar ser pego em assuntos insignificantes<br />

e mundanos.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre a volta <strong>de</strong> Cristo, leia<br />

Marcos 13.1-23; Lucas 12.35-40; ICoríntios 15.50-57; Tito<br />

2.11-13; e Apocalipse 19.<br />

• Para completar o evangelho <strong>de</strong> Mateus durante este estudo<br />

em doze partes, leia Mateus 24.1—25.46.<br />

Para pensar<br />

Algumas das minhas perguntas não respondidas a respeito do “final<br />

dos tempos” são...


E l e e s t á v i v o !<br />

Reflexão<br />

Domingo <strong>de</strong> Páscoa, o dia em que cristãos <strong>de</strong> todo o mundo comemoram<br />

a ressurreição <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong>ntre os mortos. Assim como<br />

todos os outros dias consi<strong>de</strong>rados santos, a Páscoa tornou-se para<br />

muitos um mero feriado, o significado da data foi obscurecido<br />

pela propaganda secular. Como era a Páscoa em sua casa na infância?<br />

Que tradições ou costumes vocês observavam?<br />

Situação<br />

Um vida fora do comum, cheia <strong>de</strong> ensinamentos revolucionários<br />

e milagres <strong>de</strong> cair o queixo, e terminando com uma morte horrível.<br />

Só que esse não era o fim. Mateus, como fizeram todos os<br />

escritores dos evangelhos, encerra seu relato do Carpinteiro que<br />

se transforma em Rei <strong>de</strong>monstrando a autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus Cristo<br />

sobre a própria morte. Mateus conclui com um Messias que está<br />

muito vivo e ansioso para que o mundo inteiro saiba disso.<br />

O bservação<br />

Leia Mateus 28.1-10 da RA ou da VFL.<br />

Almeida Revista e Atualizada<br />

1 N ofindar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, M aria M adalena<br />

e a outra M aria foram ver o sepulcro. 2 E eis que houve um gran<strong>de</strong> terremoto;<br />

porque um anjo do Senhor <strong>de</strong>sceu do céu, chegou-se, removeu a pedra<br />

e assentou-se sobre ela. 3 0 seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste,<br />

alva como a neve. 4 E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se<br />

estivessem mortos. 5 M as o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais;<br />

porque sei que buscais Jesus, quefoi crucificado.6 Ele não está aqui; ressuscitou,


como tinha dito. Vin<strong>de</strong> ver on<strong>de</strong> ele ja z ia .7 I<strong>de</strong>, pois, <strong>de</strong>pressa e dizei aos seus<br />

discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante <strong>de</strong> vós para a Galileia;<br />

ali o vereis. E como vos digo! 8 E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro,<br />

tomadas <strong>de</strong> medo e gran<strong>de</strong> alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos.<br />

9 E eis que Jesus veio ao encontro <strong>de</strong>las e disse: Salve! E elas, aproximando-se,<br />

abraçaram-lhe os pés e o adoraram.10 Então,Jesus lhes disse: Não temais! I<strong>de</strong><br />

avisar a meus irmãos que se dirijam à Galileia e lá me verão.<br />

Versão Fácil <strong>de</strong> Ler<br />

1 Passado o sábado, no domingo bem cedo, M aria Madalena e a outra<br />

M ariaforam ver o túmulo on<strong>de</strong> Jesus tinha sido enterrado. 2 *Naquela ocasião<br />

houve um gran<strong>de</strong> terremoto, pois um anjo do Senhor tinha <strong>de</strong>scido do céu,<br />

removido a pedra quefechava o túmulo e agora estava sentado sobre a pedra.<br />

3 Ele se parecia com um relâmpago e as suas roupas eram brancas como a neve.<br />

4 Os guardas tinham ficado com tanto medo que estavam duros, como se estivessem<br />

mortos. 5 Então o anjo disse às mulheres:<br />

— Não tenham medo! Eu sei que vocês vieram procurar por Jesus, aquele<br />

que fo i crucificado,6 mas Ele não está mais aqui. Ele ressuscitou, exatamente<br />

como havia dito que iria fazer. Venham ver o lugar on<strong>de</strong> Ele estava <strong>de</strong>itado.<br />

7 Agora vão <strong>de</strong>pressa e digam aos discípulos <strong>de</strong>le o seguinte: Jesus ressuscitou<br />

dos mortos e vai adiante <strong>de</strong> vocês para a Galileia. L á vocês o verão novamente".<br />

Façam exatamente como eu falei.<br />

8 Elas saíram <strong>de</strong>pressa do túmulo, pois estavam com muito medo, mas também<br />

muito felizes, e correram para contar aos discípulos o que havia acontecido.<br />

9 D e repente, Jesus apareceu diante <strong>de</strong>las e disse:<br />

— Olá!<br />

E elas se aproximaram <strong>de</strong>le, abraçaram seus pés e o adoraram. 10 Jesus,<br />

então, lhes disse:<br />

— Não tenham medo! Vão e digam aos meus irmãos para se dirigirem à<br />

Galileia. L á eles me verão novamente.<br />

Exploração<br />

1. Em que dia as mulheres visitaram o túmulo <strong>de</strong> Cristo?<br />

2. Que acontecimentos sobrenaturais específicos Mateus afirma<br />

terem ocorrido naquela manhã <strong>de</strong> Páscoa?


3. Quem as mulheres encontraram, e o que ele disse?<br />

4. Como Mateus <strong>de</strong>screve o estado <strong>de</strong> espírito das mulheres?<br />

5. O que aconteceu enquanto as mulheres partiram para encontrar<br />

os outros seguidores <strong>de</strong> Jesus?<br />

I nspiração<br />

O túmulo vazio nunca se opõe à investigação honesta. A lobotomia<br />

não é um pré-requisito do discipulado. Seguir a Cristo exige<br />

fé, mas não uma fé cega. “Venham ver”, convida o anjo. Vamos?<br />

Dê uma olhada na tumba vazia. Você sabia que os adversários<br />

<strong>de</strong> Cristo nunca contestaram o vazio do sepulcro? Nenhum<br />

fariseu ou soldado romando levou um contingente até o túmulo<br />

e <strong>de</strong>clarou: “O anjo estava errado. O corpo está aqui. Tudo não<br />

passou <strong>de</strong> boato”.<br />

E se pu<strong>de</strong>ssem, o teriam feito. Em poucas semanas os discípulos<br />

ocuparam cada esquina <strong>de</strong> Jerusalém, anunciando o Cristo<br />

ressurreto. E que maneira mais rápida os inimigos da Igreja tinham<br />

para calá-la do que exibir um corpo frio e sem vida? Mostre<br />

o cadáver, e o cristianismo é morto no berço. Mas eles não<br />

tinham cadáver nenhum para mostrar.<br />

Isso ajuda a explicar o <strong>de</strong>spertar religioso <strong>de</strong> Jerusalém. Quando<br />

os apóstolos usaram a tumba vazia como argumento, o povo<br />

olhou para os fariseus à espera <strong>de</strong> uma refutação. Mas eles não


tinham nenhuma para dar. Como disse o teólogo escocês Andrew<br />

M artin Fairbairn muito tempo atrás: “O silêncio dos ju<strong>de</strong>us é tão<br />

eloquente quanto o discurso dos cristãos!”.<br />

Falando dos cristãos, lembra-se do medo <strong>de</strong>les na crucificação?<br />

Eles correram, assustados como gatos em um canil. Pedro<br />

amaldiçoou Cristo diante <strong>de</strong> uma fogueira. Os discípulos <strong>de</strong><br />

Emaús lamentaram a morte <strong>de</strong> Cristo no caminho. Após a crucificação,<br />

“os discípulos estavam reunidos com as portas trancadas,<br />

com medo dos lí<strong>de</strong>res judaicos” (Jo 20.19, NBV).<br />

Esses caras eram tão frangotes que po<strong>de</strong>riamos chamar o cenáculo<br />

<strong>de</strong> galinheiro.<br />

Mas avancemos quarenta dias. Traidores arruinados se tornaram<br />

uma impetuosa força transformadora <strong>de</strong> vidas. Pedro está<br />

pregando no mesmo bairro on<strong>de</strong> Jesus foi preso. Seguidores <strong>de</strong><br />

Cristo <strong>de</strong>safiam os inimigos <strong>de</strong>le. Açoitem-nos, e eles adorarão.<br />

Trancafiem-nos e eles começarão um ministério no presídio. Tão<br />

corajosos após a ressurreição quanto eram covar<strong>de</strong>s antes <strong>de</strong>la.<br />

A explicação?<br />

Ganância? Eles não ganharam dinheiro nenhum.<br />

Po<strong>de</strong>r? Eles <strong>de</strong>ram todos os créditos a Cristo.<br />

Popularida<strong>de</strong>? A maioria foi morta por causa <strong>de</strong> suas crenças.<br />

Só há uma explicação: um Cristo ressurreto e seu Espírito<br />

Santo. A coragem <strong>de</strong>sses homens e mulheres foi forjada no fogo<br />

do túmulo vazio. Os discípulos não inventaram a ressurreição. A<br />

ressurreição incendiou os discípulos. Tem dúvidas sobre o túmulo<br />

vazio? Venha ver os discípulos.<br />

T r e c h o d e O Sa l v a d o r m o r a a o l a d o<br />

Reação<br />

6. Você concorda com esta conclusão — <strong>de</strong> que não havia outra<br />

explicação convincente para a mudança radical entre os discípulos<br />

senão o fato <strong>de</strong> que realmente viram o Cristo ressurreto?


7. No primeiro século, o testemunho <strong>de</strong> mulheres judias não era<br />

consi<strong>de</strong>rado digno <strong>de</strong> crédito. Como esse fato confere autenticida<strong>de</strong><br />

à alegação do evangelho <strong>de</strong> que duas mulheres foram as<br />

primeiras a ver o Cristo vivo?<br />

8. Mateus 28.11-15 narra um plano tramado pelos lí<strong>de</strong>res ju<strong>de</strong>us e<br />

os guardas romanos para negar a história <strong>de</strong> um Cristo ressurreto.<br />

Por que essa história é tão obviamente falsa?<br />

9. Mateus 28.17 sugere que alguns (e “alguns” parece significar<br />

pelo menos três) dos seguidores <strong>de</strong> Jesus tiveram dúvidas — embora<br />

ele estivesse bem ali! Há momentos em que você acha difícil<br />

confiar em Cristo?<br />

10. Se Cristo foi capaz <strong>de</strong> levantar outros <strong>de</strong>ntre os mortos, e se<br />

ele mesmo conquistou a morte, quais são as implicações para nós?<br />

11. Siga adiante até o final <strong>de</strong> Mateus 28. Quais foram as últimas<br />

palavras <strong>de</strong> Jesus a seus seguidores?<br />

L ições <strong>de</strong> vida<br />

O evangelho <strong>de</strong> Mateus, do início ao fim, está repleto <strong>de</strong> gloriosas<br />

boas-novas. Emanuel — Deus conosco. O sem pecado,


impermeável às tentações <strong>de</strong> Satanás. O Rei-Messias que oferece<br />

cidadania no reino “já e ainda não” <strong>de</strong> Deus. O curador<br />

compassivo. O mestre engenhoso. O todo-po<strong>de</strong>roso realizador<br />

<strong>de</strong> milagres. O Senhor do sábado. O inimigo da religião falsa. O<br />

Filho <strong>de</strong> Davi. O Salvador crucificado. O Senhor ressurreto que<br />

possui toda a autorida<strong>de</strong> nos céus e na terra. O Filho do homem<br />

que voltará. Cristo é todas essas coisas e muito mais. Esta é a<br />

nossa mensagem. Ele é a nossa mensagem!<br />

D evoção<br />

Pai, obrigado por enviares teu Filho. Que dádiva incrível, e que<br />

vida extraordinária! Com sua morte e ressurreição, Jesus é mais<br />

que capaz <strong>de</strong> me salvar da punição e do po<strong>de</strong>r do pecado. Agora,<br />

que o Espírito do Cristo vivo possa reinar em mim, dando-me o<br />

po<strong>de</strong>r para viver conforme tua vonta<strong>de</strong>.<br />

• Para mais passagens bíblicas sobre a vitória <strong>de</strong> Cristo (e a<br />

nossa) sobre a morte, leia Salmos 23.4; Oseias 13.14; Romanos<br />

8.2; ICoríntios 15.54-57; e Efésios 2.4-5.<br />

• Para completar o livro <strong>de</strong> Mateus durante este estudo em<br />

doze partes, leia Mateus 26.1—28.20.<br />

Para pensar<br />

A percepção mais importante que estou apreen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>ste estudo<br />

da vida, morte e ressurreição <strong>de</strong> Cristo é...


Todos os textos da seção “Inspiração” foram traduzidos diretamente<br />

dos originais em inglês <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>, publicados por<br />

W Publishing Group, uma divisão da Thomas Nelson, Inc.,<br />

Nashville,Tennessee. Apresentamos essas obras a seguir e as correspon<strong>de</strong>ntes<br />

versões em português, quando for o caso.<br />

A Gentle Thun<strong>de</strong>r. Copyright © 1995 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>. [Ouvindo<br />

Deus na tormenta. Rio <strong>de</strong> Janeiro: CPAD, 2006].<br />

And theAngels Were Silent. Copyright © 1992,2004 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>.<br />

\Quando os anjos silenciaram. Campinas: United Press, 1999].<br />

Come Thirsty. Copyright © 2004 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>. [ Quem tem se<strong>de</strong><br />

venha. Rio <strong>de</strong> Janeiro: CPAD, 2006].<br />

Curefor the Common Life. Copyright © 2005 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>.<br />

In the Eye o f the Storm. Copyright © 1991 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>. \Um<br />

dia na vida <strong>de</strong> Jesus. São Paulo: <strong>Vida</strong> Cristã, 2002].<br />

JustLike Jesus. Copyright © 1998 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>. [Simplesmente<br />

como Jesus. Rio <strong>de</strong> Janeiro: CPAD, 2005],<br />

Next Door Savior. Copyright © 2003 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>. [O Salvador<br />

mora ao lado. Rio <strong>de</strong> Janeiro: CPAD, 2005].<br />

The Applause ofHeaven. Copyright © 1990, 1996, 1999 <strong>de</strong> <strong>Max</strong><br />

<strong>Lucado</strong>. [O aplauso do céu. Campinas: United Press, 2005].<br />

Traveling Light. Copyright © 2001 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>. [Aliviando a<br />

bagagem. Rio <strong>de</strong> Janeiro: CPAD, 2006],<br />

When Christ Comes Copyright © 1999 <strong>de</strong> <strong>Max</strong> <strong>Lucado</strong>. [Quando<br />

Cristo voltar. Rio <strong>de</strong> Janeiro: CPAD, 2003].

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!