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GAZETA DIARIO 826

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06 Opinião Foz do Iguaçu, quarta-feira, 20 de março de 2019<br />

Parceria<br />

Em poucas ocasiões houve tanto<br />

entrosamento entre um novo<br />

governador do Paraná e um recém-nomeado<br />

à Direção-Geral de<br />

Itaipu. Ratinho Jr. está de olho em<br />

duas situações: o caminho<br />

transcontinental, ou seja, a ligação<br />

entre os oceanos Atlântico e Pacífico;<br />

e no bolso, porque dependendo<br />

dos resultados da revisão do<br />

Tratado de Itaipu (Anexo C), quanto<br />

à distribuição de royalties aos<br />

municípios afetados, o estado terá<br />

dor de cabeça. O Corvo reflete sobre<br />

o tema mais adiante e de antemão<br />

confirma que os royalties<br />

serão repassados enquanto houver<br />

geração de energia; o que<br />

pode mudar é a forma de distribuição.<br />

A ligação<br />

O que seria o Caminho de<br />

Peabiru moderno, hoje chamado<br />

de corredor oceânico, visa a ligar<br />

o Porto de Paranaguá à localidade<br />

de Antofagasta, que fica na metade<br />

da extensão territorial do Chile.<br />

Como a distância mais curta entre<br />

dois pontos ainda é uma reta, o<br />

natural seria realizar o traçado via<br />

BR-277, atravessar o Paraguai, até<br />

Assunção, e cruzar o Norte da Argentina,<br />

via Salta, até encontrar o<br />

Chile. É um projeto ambicioso, porém<br />

antigo. Ele era chamado de<br />

Estrada Pan-Americana pelos expresidentes<br />

Juscelino Kubitschek e<br />

Alfredo Stroessner, e a intenção<br />

ficou bem clara nos discursos de<br />

inauguração da Ponte da Amizade.<br />

O problema parece ser a Argentina,<br />

pois entre os nossos<br />

hermanos há uma ala resistente à<br />

ideia; mas haveria um plano "B":<br />

desviar o traçado pela Bolívia, um<br />

caminho bem mais longo, porém<br />

menos burocrático. Contudo, na<br />

base da diplomacia, pode ser que<br />

os argentinos quebrem o gelo.<br />

Itaipu é fundamental no trato com<br />

os paraguaios.<br />

Intermodalidade<br />

A binacional pode ajudar, e<br />

muito, em outras frentes, como<br />

criar novas possibilidades de<br />

transporte no Lago de Itaipu. Além<br />

do mais, com o corredor<br />

bioceânico, Foz do Iguaçu poderá<br />

transformar-se num dos maiores<br />

entrepostos de cargas da América<br />

Latina, com o braço rodoviário,<br />

além de ferrovia e navegação fluvial.<br />

Em outras palavras, o "hub"<br />

logístico poderá instalar-se na<br />

fronteira. Por este aspecto, Ratinho<br />

deve estar debruçado sobre as<br />

necessidades emergenciais de duplicação<br />

da BR-277.<br />

Ilha do Bananal<br />

Como sabemos, Foz precisa urgentemente<br />

definir um outro local<br />

para o porto seco. Com a nova ponte<br />

e a perimetral, o entreposto precisará<br />

avançar. Pode ser que as lideranças<br />

adotem a área estratégica<br />

próximo a São Miguel do Iguaçu,<br />

mas que pertence a Foz, uma grande<br />

extensão de terra que antes era<br />

ocupada por plantação de bananas.<br />

Lá pode chegar a ferrovia e a<br />

hidrovia e é acesso rápido até a BR-<br />

277. Isso não é uma invenção do<br />

Corvo, e sim para onde os ventos<br />

sopram, ou seja, há uma movimentação<br />

nesse sentido — e, diante das<br />

novidades, as possibilidades de convergência<br />

são grandes.<br />

Os royalties<br />

Quando este colunista relata<br />

que o Governo do Estado pode ter<br />

dor de cabeça na revisão do Tratado<br />

de Itaipu é porque muitas prefeituras<br />

não sabem viver de outra<br />

maneira que não seja pela projeção<br />

dos royalties nos orçamentos.<br />

Vai que a regra muda, os valores<br />

diminuem, como já ocorreu! Será<br />

aquele "Deus nos acuda" e, é claro,<br />

isso vai arrebentar no Palácio<br />

Iguaçu.<br />

Mãos fechadas<br />

O encontro entre Ratinho e Silva<br />

e Luna protagoniza também<br />

outra situação: ambos possuem o<br />

perfil da mão fechada, de uma<br />

maneira que fica difícil saber como<br />

se cumprimentaram. Mas isso é<br />

uma contingência dos novos tempos,<br />

em que economizar é o primeiro<br />

item entre as tarefas.<br />

Richa again<br />

O ex-governador foi, mais uma<br />

vez, conduzido ao aprisionamento<br />

preventivo. No ranking dos ex-governadores<br />

complicados, Richa é o<br />

que mais se aproxima de Sérgio<br />

Cabral, pelo menos nos assuntos<br />

relacionados à carceragem. Daqui<br />

algum tempo, isso parecerá coisa<br />

normal.<br />

Dr. Brito e a<br />

condenação<br />

Foi a bomba da segunda-feira<br />

e está repercutindo até hoje, afinal<br />

poucos imaginariam um desfecho<br />

tão amargo. É cadeia pra mais<br />

de metro, praticamente uma prisão<br />

perpétua. Também, foi usar<br />

logo a grana da saúde? O que ninguém<br />

engole é um sistema de saúde<br />

que não consegue atender à<br />

demanda e quem deveria protegêla<br />

enfia a mão. É repugnante!<br />

Influência<br />

Mas o que detonou o Dr. Brito foi a pregação<br />

da moralidade, com tiroteio que abriu em cima de<br />

vários setores e no fim, ao que consta, as intenções<br />

eram bem outras. Ele fez andar as CIs e CPIs<br />

mais duras e polêmicas da história do Legislativo<br />

local, porém acabou engolido por coisa bem pior.<br />

Segundo ele, em suas declarações, os casos ocorridos<br />

eram uma "mancha". No fim tornou-se mais<br />

do que isso, jogou pela janela a carreira e a vida<br />

profissional e frustrou a comunidade, porque depois<br />

da prisão de quase toda a legislatura anterior<br />

quem imaginaria um borrão maior? Que situação!<br />

Fertilidade<br />

Com a condenação de Brito e seus<br />

asseclas, muita gente amanheceu sonhando<br />

em dar a volta, em especial alguns vereadores<br />

afastados pela CPI comandada pelo médico.<br />

Mas uma coisa nada tem com a outra;<br />

quem se lambuzou no poder terá de pagar<br />

do mesmo jeito. E a bronca segue na Justiça.<br />

Semáforo maluco<br />

Corvo, já escrevi reclamando da rapidez<br />

da sinaleira (assim chamam os semáforos em<br />

algumas regiões) que há ao lado do Restaurante<br />

China, mas ontem percebi que a esquina<br />

mais movimentada da cidade é outra, o<br />

cruzamento entre a Avenida Paraná, Costa e<br />

Silva e República Argentina. O semáforo de lá<br />

é do tipo The Flash. Entrei na travessia quando<br />

havia três luzes verdes e mal cheguei ao meio<br />

da rua já estava no vermelho? Quase fui atropelado<br />

por uns motoqueiros que inventaram<br />

de vazar o sinal antes do tempo. O Foztrans<br />

precisa dar uma olhada no tempo que há entre<br />

as luzes verdes e vermelhas. Mas aqui<br />

entre nós, seu Corvo, esse sincronismo, de<br />

manter o tráfego andando, deve ser uma obra<br />

e tanto de engenharia, hein? É difícil o trânsito<br />

parar em Foz.<br />

Melciades Barbosa<br />

O Corvo responde: prezado, é por isso que<br />

dizem "engenharia de tráfego", e graças a esta<br />

visão o trânsito flui em toda a cidade, embora<br />

algumas pessoas não se conformem com a velocidade<br />

dos semáforos. Mas o Foztrans trabalha<br />

duro no aperfeiçoamento das ferramentas.<br />

Além-fronteira<br />

O Gazeta Diário é um jornal muito lido<br />

no Brasil, Argentina e Paraguai, em especial<br />

pelos empresários em Ciudad del Este, como<br />

é o caso do amigo Jorbel Jacson Griebeler,<br />

que comanda a Cellshop, o mais badalado e<br />

bem frequentado complexo de produtos e<br />

marcas de todo o planeta. O que é lançado<br />

nos maiores centros comerciais em todos<br />

os continentes acontece simultaneamente<br />

na Cellshop! Aqui vai um abraço do Corvo!<br />

Enchentes<br />

Nobre ave apreciadora das enchentes, a sua<br />

coluna de ontem estava deveras inspirada. Ri muito.<br />

Mas quanto ao exercício aquático praticado por<br />

um cidadão, o “snowboarding” em questão aconteceu<br />

faz bem uns três anos, porque é o tempo que<br />

isso está nas redes sociais. Mas o fato de o filme<br />

ser novo ou velho não vem ao caso; nos interessa<br />

saber se a administração está trabalhando as obras<br />

para conter ou erradicar as enchentes em alguns<br />

pontos. Saiba que os prejuízos são grandes para o<br />

comércio e população. É duro saber que uma pessoa<br />

equipou a cozinha e uma semana depois tudo<br />

precisou ser jogado fora, porque esses aglomerados<br />

de madeira são sensíveis à ação da água.<br />

Matheus Silva<br />

O Corvo responde: e não são apenas móveis<br />

que se perdem, eletrodomésticos também. Uma coisa<br />

é saber que as pessoas arriscam em habitar áreas<br />

de risco, outra é a água invadir locais antes seguros.<br />

Muitas pessoas estão inconformadas com as<br />

enchentes, sobretudo motoristas e pedestres, porque<br />

a água suja pode trazer doenças. E ao falar<br />

nisso, a população que se cuide, porque com o passar<br />

do aguaceiro surgirão os mosquitos e outros<br />

insetos. Cuidado com a dengue! Ela mata!<br />

Nomes dos bairros<br />

Quem não está contente com a nova denominação<br />

do bairro onde mora pode ir manifestar a<br />

opinião na audiência pública de hoje. O caso é<br />

que a aprovação foi maciça. Muitas pessoas, no<br />

início, não entenderam a necessidade das mudanças.<br />

Hoje há quem jogue as mãos para o céu.<br />

Prédio da Santa Casa<br />

Se depender dos beneméritos que ajudaram,<br />

através dos tempos, na construção do edifício que<br />

abrigou a Santa Casa Monsenhor Guilherme, utilizaram<br />

apenas materiais de primeiríssima. Seu<br />

Antônio Bordim, por exemplo, vivia dando uma<br />

baixa nos estoques da loja de materiais de construção<br />

dos filhos. Havia muita discussão em família<br />

sobre isso, mas no fim todos acabavam concordando<br />

e acreditando na entidade. As paredes<br />

são muito sólidas, podem abrigar um hospital e<br />

até faculdade de Medicina, o que seria uma grande<br />

homenagem à cidade e aos iguaçuenses. Ver<br />

o edifício da Santa Casa em funcionamento é o<br />

sonho saudosista de muita gente.<br />

Dr. Marcelo<br />

Corvo, muito interessante a coluna do Dr. Marcelo.<br />

Analisando bem o que ele escreveu, sofro esses<br />

crimes várias vezes no espaço de uma semana<br />

e preciso reconhecer: também os pratico. Vejo o<br />

que sai na internet e compartilho muitos desses<br />

conteúdos. Sabe me dizer se pelo fato de eu compartilhar<br />

alguma ofensa, calúnia, injúria ou difamação<br />

também posso ser processado? Nos tempos<br />

de campanha política, então, compartilhei um monte<br />

de vídeos contra os petralhas. Responda aí, Corvo!<br />

JRV (O leitor preferiu não escrever o nome,<br />

decerto pelo conteúdo de sua nota.)<br />

O Corvo responde: como o Dr. Marcelo escreveu,<br />

a Justiça está equipando-se tecnologicamente para<br />

dar uma resposta contra ações criminosas na<br />

internet. Ele deve mencionar se alguém pode sofrer<br />

com um processo compartilhando. Vamos ficar de<br />

olho. De qualquer forma, compartilhar quer dizer<br />

propagar, e isso pode ser um complicador. Em todo o<br />

caso, veremos o que diz o advogado.

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