GAZETA DIARIO 834
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30 Esporte<br />
Foz do Iguaçu, sexta-feira, 29 de março de 2019<br />
FORÇA DAS MULHERES<br />
Atletas ganham espaço e empoderamento<br />
em modalidades coletivas<br />
Manoela Gomiero Martinez é um dos exemplos no esporte; apesar de todas as restrições e obstáculos, atletas mostram autonomia<br />
DM Esportes<br />
Reportagem<br />
Abel da Banca<br />
Fotografia<br />
O esporte coletivo feminino<br />
vem ganhando<br />
espaço e despertando entidades<br />
que promovem<br />
eventos para uma maior<br />
valorização de atletas.<br />
No futsal, por exemplo,<br />
especialmente em Foz do<br />
Iguaçu, a participação de<br />
menores e adolescentes<br />
do sexo feminino cresce,<br />
muitas vezes tendo de<br />
superar preconceitos de<br />
determinadas pessoas<br />
que mostram o seu lado<br />
ofensivo às praticantes.<br />
Enquanto uma minoria<br />
com pouca informação<br />
sobre a importância da<br />
prática esportiva ainda<br />
existe, o empoderamento<br />
feminino no esporte, principalmente<br />
no futsal, ganha<br />
espaço. Em 2019, a<br />
liga seguirá promovendo<br />
eventos, assim como a<br />
Federação Paranaense,<br />
Novo Futsal Paraná<br />
(NFP) e Confederação<br />
Brasileira de Futebol de<br />
Salão.<br />
Conforme matéria da<br />
Federação Gaúcha de<br />
Futsal, as mulheres sempre<br />
foram colocadas à<br />
margem do futebol brasileiro.<br />
Sendo uma modalidade<br />
direcionada e compreendida<br />
a partir da<br />
perspectiva dos homens,<br />
a presença das mulheres<br />
estava quase sempre voltada<br />
a três direções: entendidas<br />
como natural-<br />
No Ginásio Costa Cavalcanti, ela comemora<br />
conquista com os colegas do Fut Foz Iguaçu<br />
Manoela sendo premiada como destaque do futsal;<br />
atleta é artilheira e colecionadora de títulos<br />
mente dóceis e frágeis,<br />
direcionadas para a maternidade<br />
e possuidoras<br />
de aspectos essencialmente<br />
femininos; dúvida<br />
da sexualidade da mulher<br />
atleta sob argumentos<br />
homofóbicos; medidas<br />
arbitrárias para condicionar<br />
e restringir a presença<br />
delas no âmbito<br />
esportivo (até 1979, as<br />
mulheres foram proibidas<br />
por lei de jogar bola).<br />
Apesar de todas as restrições<br />
e obstáculos enfrentados<br />
por elas ao longo<br />
dos últimos anos, o<br />
futsal feminino pode mostrar-se<br />
como um gerador<br />
de autonomia e liberdade,<br />
propiciando o empoderamento<br />
das mulheres.<br />
"O número de mulheres<br />
brasileiras que hoje<br />
pratica o futsal em clubes<br />
e áreas de lazer aumentou<br />
se comparado às<br />
décadas anteriores. Mais<br />
do que identificar quando<br />
o futebol/futsal feminino<br />
teve seu início no<br />
Brasil, é importante dizer<br />
que essa inserção feminina<br />
no universo masculino<br />
é considerada uma<br />
transgressão ao passo<br />
que subverte a ordem de<br />
um espaço que não é apenas<br />
esportivo, mas também<br />
sociocultural que<br />
traz consigo outros valores<br />
embutidos, como o<br />
corpo erotizado, a graciosidade,<br />
a beleza e a sensualidade",<br />
diz o texto.<br />
Apoio e destaque<br />
Entre os destaques em<br />
Foz está a atleta Manoela<br />
Gomiero Martinez, de<br />
7 anos de idade, integrante<br />
da equipe do Fut Foz<br />
Iguaçu, treinada pelos<br />
professores Joel da Silva<br />
Coelho e Leandro Tertuliano.<br />
Ela debutou como jogadora<br />
com o incentivo<br />
dos pais, Victor Hugo<br />
Feitosa e Paula Gomiero.<br />
Detentora de vários títulos<br />
e dona de troféus<br />
como artilheira, tem o<br />
sonho de crescer no futsal.<br />
"Uma das dificuldades<br />
é encontrar outras<br />
meninas da mesma idade<br />
para treinar e jogar",<br />
contou a senhora Paula.<br />
"Simbolicamente, entidades,<br />
assim como nós<br />
do Gazeta Diário, estamos<br />
apoiando a todas as<br />
mulheres que se dedicam<br />
com amor ao futsal, seja<br />
em clubes, em ginásios<br />
ou em canchas de cimento<br />
queimado das praças<br />
públicas das cidades, pois<br />
elas estão buscando mais<br />
do que simplesmente praticar<br />
o esporte, elas estão<br />
ocupando um espaço de<br />
empoderamento, estão<br />
escrevendo a história do<br />
esporte sob a perspectiva<br />
feminina e estão engrandecendo<br />
ainda mais no<br />
futsal", comentou os responsáveis<br />
pela editoria.<br />
Estudante do<br />
Colégio Betta é<br />
finalista do<br />
Festival de Xadrez<br />
Daniella se constitui em uma enxadrista imbatível<br />
Aconteceu na cidade de Campo Mourão a etapa<br />
classificatória para a final do Festival Estadual de<br />
Xadrez para Menores.<br />
Daniella Campolino Vieira Silva, representando o<br />
Colégio Betta de Foz do Iguaçu, após uma disputa<br />
acirrada, sagrou-se campeã, garantindo o<br />
primeiro lugar. A competição recebe enxadristas<br />
em diversas etapas, nas quais os primeiros<br />
colocados gerais são classificados para a grande<br />
final nas categorias Sub-8, Sub-10, Sub-12, Sub-14,<br />
Sub-16 e Sub-18.<br />
A etapa final ocorrerá em São José dos Pinhais, de<br />
5 a 7 de abril, e a enxadrista do Betta é uma das<br />
favoritas a medalha. "Estamos incentivando os<br />
nossos alunos, pois entendemos que o esporte<br />
ajuda no crescimento dos mesmos. Juntos vamos<br />
construindo uma sociedade justa para que<br />
tenhamos um mundo melhor. Os jovens de agora<br />
serão o futuro de nosso país", comentou a<br />
professora Beth Rial, diretora do colégio.