GAZETA DIARIO 839

10 Cidade Foz do Iguaçu, quinta-feira, 4 de abril de 2019
Carpe diem
Idgar Dias Junior
Olá! Bom dia, leitor!
- Hoje, quinta-feira, dia 04 de abril, é celebrado o 'Dia Nacional
do Parkinsoniano';
- Também hoje é comemorado o 'Dia do Livreiro Católico';
- Celebra-se hoje o 'Dia Internacional de Informação Sobre o
Perigo das Minas Terrestres'.
Obsolescência programada
Em meio a tantas notícias relevantíssimas, uma parece passar
despercebida: a CPI do BNDES. Há em andamento naquela
comissão o que na campanha eleitoral o candidato a
presidente Jair Bolsonaro prometeu fazer: abrir a caixa preta
do banco. Se prosperar, será mais um fator de desgaste na já
tão combalida reputação da gestão petista.
Oráculo
"O ministro da Educação, Ricardo Vélez, tem dito que a
esquerda domina as escolas e universidades. Acredita que ele
conseguirá quebrar a hegemonia do chamado 'marxismo
cultural'?
Não acho. Para fazer isso, o ideal seria acabar com o Ministério
da Educação. Já falei para o Paulo Guedes: feche o MEC. A
máquina, a veia burocratizante e a tendência que arma a
Nomenklatura, como se falava na época da União soviética,
nascem com o MEC. Penso que o nível máximo que o estado
poderia meter a mão na educação devia ser a prefeitura. No
pior cenário, o estado. Mas jamais a federação. O MEC não
serve para nada. Dependendo do burocrata que está lá, ele
acha que vai dar um resultado. Como esse cara (Ricardo Vélez).
É um burocrata, não entende nada da máquina, e que tem lá o
seu ideário combativo e cultural. Ele se meteu nessa história
idiota de mandar as crianças cantar o hino nacional, pedir para
filmar e mandar para Brasília. É uma proposta tosca".
Do filósofo e professor Luiz Felipe Pondé, em entrevista à
revista digital Crusoé.
Comentário: de uma forma geral, os ministérios no Brasil -
salvo raríssimas exceções - serviram e ainda servem muito
mais para resolver questões políticas e ideológicas que para a
solução das grandes questões nacionais. Então o que sempre
se teve foram ministérios demais para ações e soluções de
menos.
Chegará um tempo em que os ministros e ministérios
brasileiros sequer serão percebidos, entretanto a 'entrega' -
isto é, os resultados - será tão ou mais profícua que a
corrupção e o enriquecimento ilícito no Brasil (que a esta
altura terão lugar só nos livros de história). Oremos.
Dicotomia ideológica
"...Esquerda e direita. Duas faces, uma moeda; ideológica farsa!
Gente ruminando ódios que a politicagem inventou, batendo
palma pra maluco, sem perceber que desvairou. Enxergando
virtude no vício, no algoz, um salvador. Mas, ainda bem que
tudo passa..."
Do poeta e escritor gaúcho Mário Quintana (1906-1994).
Comentário: Quintana morreu aos 88 anos, solteiro! Passados
25 anos de sua morte, o que escreveu é ainda atualíssimo! O
filósofo Mário Sérgio Cortella conta que o poeta gaúcho, antes
de morrer, pediu para que em sua lápide ficasse o epitáfio: "Eu
não estou aqui"..!
Contato: idgar_dias@hotmail.com
Veja A Gazeta na internet: www.gdia.com.br
Tenha uma excelente quinta-feira, leitor! Até amanhã!
Sorte e saúde sempre!
CIDADANIA
Câmara convoca audiência para debater
situação das famílias do Arroio Dourado
Prefeitura busca cumprir um TAC que prevê a remoção das 63
famílias que residem ao lado do antigo "lixão" de Foz
Ronildo Pimentel
Reportagem
A questão envolvendo a
remoção das 63 famílias do Arroio
Dourado, que residem ao
lado da área do "lixão" de Foz
do Iguaçu, será discutida, no
próximo dia 24 de abril, em uma
audiência pública, a partir das
9h, no plenário da Câmara de
Vereadores. Para o evento,
convocado pela Comissão de
Legislação, Justiça e Redação,
serão convidados lideranças e
moradores da região e representantes
dos poderes Executivo
e Legislativo e também do
Ministério Público (MP).
A audiência foi convocada
diante da polêmica gerada após
a prefeitura encaminhar à Câmara
o Projeto de Lei 28/2019,
que trata de desafetação de
área do município com a finalidade
de construir casas para
abrigar as famílias. As primeiras
moradias no antigo "lixão" surgiram
na década de 1990 e abrigavam
catadores de recicláveis.
Com o passar do tempo foram
surgindo novas habitações precárias
na área.
Em 1999, o ex-prefeito Harry
Daijó foi notificado da necessidade
de mudar as famílias do
local. Com o descumprimento,
foi movida uma ação judicial
contra a prefeitura. Em 2016, o
ex-prefeito Reni Pereira assinou
um Termo de Ajuste de Conduta
(TAC) no qual o município se
comprometeu com a remoção
Moradores querem permanecer no Arroio Dourado, onde residem há mais de 20 anos
das famílias. Algumas foram removidas
para um loteamento no
bairro Três Lagoas, mas voltaram
por falta de adaptação.
Há aproximadamente dez
anos, muitas famílias começaram
a construir casas de alvenaria.
Hoje existem imóveis que chegam
a R$ 200 mil, relatou Carlos
Alexandre Martins da Silva, de
22 anos, que nasceu no bairro.
Diálogo
"A audiência dará oportunidade
da gente fazer uma ampla
discussão, juntamente com lideranças
dos moradores do Arroio
Dourado, membros do Poder
Executivo, Legislativo e Judiciário",
disse o vereador Anderson
Andrade, relator do projeto
na Comissão de Legislação,
Justiça e Redação. "Entendemos
que é um problema que
existe há muito tempo e precisa
de uma solução", frisou.
Anderson lembra a existência
do TAC firmado pelo município
com o MP. "Esta situação
exige uma preocupação grande
em todos os sentidos, na
questão dos moradores, na preocupação
da legalização do
pessoal, remanejamento...",
analisou.
Conforme o vereador, o
projeto enviado à Câmara pela
prefeitura indica que já há uma
área e que o Instituto de Habitação
(Fozhabita) irá cuidar do
atendimento às famílias. "Tem
esta preocupação com a construção
de novas moradias e
também incluídos dentro do aluguel
social", lembrou.
"Existe esta preocupação de
uma discussão para que a gente
possa buscar uma solução
definitiva, e logicamente que a
preocupação maior é com os
moradores da área", completou
o vereador.
Remanso
De acordo com a diretorasuperintendente
do Fozhabita,
Elaine Anderle, a desafetação
da área prevista no projeto vai
permitir a implantação de um loteamento
de interesse social,
que será denominado Jardim
do Remanso. "Resolvendo a
questão da desafetação da área,
será feita a licitação para construção
das casas e também o
cadastro das famílias para laudo
da assistência social", disse.
O Fozhabita informa que a
desativação do antigo "lixão"
ocorreu devido à saturação da
área e também pelo fato de o riacho
nos fundos da área fazer
parte da Bacia do Tamanduá,
responsável em grande parte
pelo abastecimento do município.