GAZETA DIARIO 839

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Ford Ka Sedan 1.5 AT a partir de R$55.990. Reserve o seu! Ligue para Autoeste: (45)3520-9900 06 Opinião Foz do Iguaçu, quinta-feira, 4 de abril de 2019 Contrabando na Vila Portes Alguns comerciantes telefonaram, com um certo ar de desconforto, em razão de a manchete de ontem mencionar o nome da Vila Portes em matéria relacionada ao contrabando. E como é que faz? A batida policial ocorreu em outro local? É fato que muitas pessoas se valem da zona primária para estocar ilícitos, e isso vai de pneus até drogas, medicamentos, armas e munições. Fazem isso em pontos comerciais de portas baixadas, hotéis..., e há casos de aluguel de residências para a finalidade. O desconforto Há alguns locais na Vila Portes muito parecidos com a região do mercado de abasto em Presidente Franco. Nem parece que estamos no Brasil, a começar pela desordem no trânsito, com veículos em cima das calçadas, sujeira e produtos de certa forma insalubres, como é o caso da venda de roupas usadas. Há quem cuide do segmento lavando e reformando o que é vendido, ao contrário de certos endereços nos quais a roupa vem com a catinga; e o sapato, com chulé. Se bobear, é capaz de escorpiões virem junto com os produtos. "Compre um casaco usado e ganhe um escorpião!" Mas se há mercado, sem problema, desde que tudo esteja devidamente regularizado. Desconforto mesmo existe quando uma loja formal tem ao lado um comércio informal; e, sendo assim, os empresários de verdade deveriam estar felizes. No centro Este Corvo deu um passeio pela Avenida Brasil e conferiu a quantidade de quinquilharias espalhadas por todos os locais, sobretudo em frente às grandes lojas, na base da concorrência desleal. O comerciante precisa pagar impostos, recolher encargos, submeter-se a leis. Alguns ambulantes levam a vida sem precisar nada disso. Trânsito na BR Corvo, eu não ligo nem um pouco para a interrupção do trânsito quando é por uma boa causa. Se estão asfaltando, ajeitando uma rua ou construindo um viaduto, o povo precisa ter paciência. Escrevo pra você porque ontem fui fazer um desvio, por causa da obra na BR-277, e atrás vinha um cara com uma Kombi buzinando e esbravejando, xingando a prefeitura inclusive. Será que essa gente pensa que um viaduto sai igual pão na padaria? Maria Conceição Brottas O Corvo responde: prezada leitora, o que acontece é que as pessoas estão muito impacientes. Infelizmente não entendem o processo de melhorias, talvez porque essas coisas, em geral, demoram muito. Mas o cidadão que é "safo" fica antenado e se antecipa aos desvios. Transtorno por causa de obras é algo temporário; pelo menos sabemos que as melhorias virão. Travessia de pedestres Corvo, dá uma raiva na gente! Eu, sempre que passo por uma faixa, olho bem para saber se vem um pedestre. E é assim em frente à UniAmérica e mais adiante, no Shopping Catuaí Palladium. E tem gente que não respeita coisa nenhuma e vai com tudo, correndo o risco de atropelar alguém. O que me chateia, Corvo, é quando a gente para e a pessoa faz descaso, caminhando devagar para enticar. E quando fazem cara feia, sem agradecer?! Que falta de educação isso! E tem outra coisa: a gente espera o pedestre passar e atrás alguém fica buzinando, enchendo o saco. Que situação, não acha? Veruska Brunoski O Corvo responde: parar o veículo e dar vez ao pedestre é uma obrigação do motorista, sobretudo se houver uma faixa de travessia. Não espere agradecimentos, faça a sua parte. Quanto aos que ficam buzinando e agem diferente, estão sujeitos a levar uma multa em alguma ocasião, ainda mais se houver uma viatura por perto. Obedecer à sinalização é uma medida preventiva muito eficaz no trânsito. O Corvo viu no telejornal que na Inglaterra os redutores de velocidade funcionam muito bem, reduziram o número de acidentes em 70%. Bolsonaro em Israel Corvo, eu votei no Bolsonaro, aprovo a política exterior do governo e penso que todos devem ter um pouco mais de paciência. O homem nem completou os cem dias. A viagem a Israel é importante para consolidar novos convênios, e isso vai começar a aparecer lá na frente, e muita gente vai se calar, sem saber o que dizer. E o senhor, veja se para de reclamar do nosso capitão. Gervásio Bragança O Corvo responde: este colunista não reclama, apenas constrói os textos de acordo com a força da opinião pública. Bolsonaro viajou quatro vezes em apenas três meses. E no mais, o que gera polêmica é o que ele diz, não o que faz. Se bem que não teve tempo de fazer quase nada. Sobre Israel, em geral, um presidente devolve uma visita, passados pelo menos seis meses da posse. Bolsonaro está cumprindo uma agenda internacional prematura, segundo a análise de muitas pessoas, inclusive de membros do governo. O que está pegando é a comparação entre a direita e a esquerda de Adolf Hitler; e, aqui entre nós, discutir isso em visita ao Memorial do Holocausto é algo um tanto desconfortável. Mas vamos ver como as coisas caminham. Aperto no calo Vai que as manifestações em Ciudad del Este "colem" em prol da prisão de Zacarías Irún e de sua esposa, Sandra McLeod. Os protestos, por enquanto, são pequenos, com poucas pessoas, mas o barulho é coisa de estourar os tímpanos. Pelo visto estão utilizando o que há de melhor em matéria de som, e que é vendido nas lojas da cidade. Alguém ligou para o Corvo informando que dava para ouvir o protesto no Jardim América! Conselheiros Taí uma eleição que mexe com a cidade, a escolha de conselheiros tutelares. Muitos postulantes às vagas estão de olho no futuro, tal a trajetória do hoje vereador Márcio Rosa. Foi na atividade de conselheiro que a carreira decolou. Falência A gráfica que venceu a licitação para imprimir as provas do ENEM baixou as portas. Os funcionários foram para a beira da estrada protestar, em São Paulo. Os diretores alegam a crise no mercado e a baixa nos pedidos daquilo que é confeccionado com o bom e velho papel. Enquanto isso, o Brasil continua exportando a melhor celulose do planeta a preços bem acessíveis, e ela volta em bobinas, com os preços mais altos no mercado do papel mundial. Dá para entender? Tá difícil. Mas sobre as provas do ENEM, empresa que consegue errar feio na diagramação e impressão de um pedido tão valioso, e pago com o dinheiro público, tem mais é de sair do mercado. Dengue na fronteira Corvo, será que o mosquito, com aquelas asinhas pequenas, consegue atravessar o Rio Iguaçu? Qual a razão dos argentinos ficarem tão preocupados? É só não atravessarem o rio, como fazem muitos brasileiros que se sentem ofendidos com as decisões dos políticos de lá. Essa gente acha que tem um rei na barriga! Paulo Mattos O Corvo responde: prezado, a discussão não é essa. Uma autoridade em saúde, de Missiones, recomendou que as pessoas não visitem nem o Brasil nem o Paraguai, onde há muitos casos de dengue. Ele está prevenindo os cidadãos de sua província, porque sabe que a dengue pode causar sérios danos aos infectados. O alerta deveria servir também para os brasileiros, ainda mais numa cidade visitada até por seres de outros planetas (presume-se). E pensar que a população não levou a sério a vacinação contra a doença! Energia clandestina Corvo, sabe aquelas favelas onde a luz foi cortada? Já realizaram os "gatos" de novo. É rapidinho para fazerem as ligações clandestinas. Mas como será que essas pessoas não levam choques ao fazerem esse tipo de ligação? Pelo que imagino, é preciso subir em poste e mexer com a rede enquanto está ativa. Que perigo, hein Corvo? Marluce Baptista O Corvo responde: prezada, há inúmeras ocorrências de acidentes causados nas tentativas de ligações clandestinas. Alguns inclusive fatais. As pessoas precisam da energia e dão um jeito, mesmo correndo riscos. Há inclusive gente especializada nessa tarefa, ou seja, de fazer um "gato" na rede da Copel. Ou a companhia adota novas medidas sociais, ou a conta dos consumidores vai continuar subindo. Os chamados "gatos", ligações clandestinas e demais desvios, são rateados entre os consumidores. Pedintes Corvo, ontem eu fui ao banco e tive que enfrentar os pedintes. Se fosse só um vai lá, mas entre sair do carro e caminhar até a agência bancária fui abordado por quatro pessoas pedindo ajuda e dois vendedores, um de bilhete de loteria, outro de meias. O que está acontecendo? E num dos casos com pedintes, ainda fui hostilizado, porque disse que não tinha dinheiro e ouvi poucas de boas. Pensa se no lugar de um pedinte aparecesse um assaltante! E é assim também na porta dos supermercados, farmácias... Isso precisa ser controlado, Corvo, porque está ficando difícil sair em Foz. Roberto Lages O Corvo responde: prezado leitor, na semana passada este colunista foi abordado na porta de uma drogaria. Um cidadão pediu se eu poderia comprar um pacote de fraldas. O estranho é que ele solicitou uma marca entre as mais caras. Um dia depois, ao retornar à mesma farmácia, a mesma pessoa continuava por lá, pedindo fraldas ou leite em pó. Resultado: um dos atendentes disse que a pessoa em questão pede as doações e depois vende na localidade onde vive. Que barbaridade! A situação não está fácil em matéria de pedintes, mas o que se vê é muita gente ganhando a vida ocupando o espaço dos necessitados.
Foz do Iguaçu, quinta-feira, 4 de abril de 2019 SAÚDE Cidade Hospital de Foz está há três meses sem repasse do Governo do Estado 07 Prefeitura utiliza recursos próprios para cobrir despesas; grupo político tem trabalhado contra o repasse, acredita Brasileiro Ronildo Pimentel Reportagem Os repasses de recursos do Governo do Estado ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck, de Foz do Iguaçu, estão atrasados há três meses. A informação foi confirmada ao Gazeta Diário pelo prefeito Chico Brasileiro. Em fevereiro, o governador Ratinho Junior garantiu a manutenção dos repasses, fundamentais para o funcionamento da unidade de saúde. O prefeito acredita que existe um grupo político trabalhando para não liberar dinheiro ao hospital. Em novembro de 2017, após um ano de intervenção, o Governo do Estado assinou um convênio para repassar R$ 2,5 milhões mensais ao Hospital Municipal. O prazo do acordo, que era de um ano, venceu no final de 2018. Desde então, o diretor Sérgio Fabriz, junto com a prefeitura, vem articulando para renovar a parceria, uma vez que o estabelecimento atende as populações de Foz do Iguaçu, municípios vizinhos e Foto: Roger Meireles Prefeitura de Foz vem bancando o Hospital Municipal com o uso da reserva de contingência do município oriunda do Paraguai e Argentina. No domingo (31 de março) completaram três meses sem os repasses do Governo do Estado, confirmou o prefeito. "Neste período, a prefeitura vem bancando com caixa próprio", ressaltou. De acordo com Brasileiro, isto só está sendo possível porque a administração municipal vem otimizando os recursos, incluindo os repasses recebidos em royalties da Itaipu Binacional. "Agora, imagina se a gente não tivesse uma reserva de contingência para este tipo de situação?", questionou o prefeito. Ao ser indagado sobre a justificativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Brasileiro revelou que a informação é a de que o governo Ratinho Junior está passando por uma fase de ajuste. "Esperamos que eles consigam logo resolver a situação e retomar os repasses", completou. Grupo contra Em entrevista à Rádio Cultura, na última segunda-feira (1º), Chico Brasileiro voltou a falar sobre o atraso nos repasses. Ele afirmou que um grupo político tenta causar uma crise. "Inclusive tem um grupo político trabalhando para não vir dinheiro para o hospital. Querem criar uma crise achando que me atinge, mas atinge a população", disse. O prefeito informou não acreditar que a não renovação do convênio com o Governo do Estado seja reflexo da campanha eleitoral do ano passado. "Nunca apoiei a [ex-governadora] Cida Borghetti. Tenho que agradecer as pessoas que fazem pela cidade. Meu voto é outra coisa", ressaltou. "Estou apurando, e a população vai saber. Estamos tratando vidas humanas que não são só de Foz do Iguaçu, mas da região inteira", disse Brasileiro. E completou: "Não acredito que o governador vai dar ouvidos para isso. Já falei com o secretário Beto Preto [Saúde] e em breve teremos uma resposta positiva", finalizou. Articulação Em fevereiro passado, Chico Brasileiro discutiu a questão com o governador, durante uma audiência no Palácio Iguaçu. Na ocasião, Ratinho Junior garantiu, junto com o secretário Beto Preto, a continuidade do aporte financeiro ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck. "Hoje tivemos uma importante reunião no Palácio Iguaçu com o governador Ratinho Junior, também com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, e toda sua equipe", disse o prefeito, logo após o encontro. "O Hospital Municipal Germano Lauck foi o tema central da audiência", ressaltou Brasileiro. A parceria do estado com o município vem desde 2015. A unidade, que atende 100% do Sistema Único de Saúde (SUS), conta com aproximadamente 920 envolvidos entre prestadores de serviços, médicos que são terceirizados, estagiários e o corpo efetivo. Em 2016, o estado decretou a intervenção após o hospital ter sido alvo da Operação Pecúlio, que investigou uma série de irregularidades envolvendo o setor de saúde de Foz do Iguaçu. Referência em 14 especialidades O Hospital Municipal Padre Germano Lauck dispõe de 212 leitos ativos e 172 leitos credenciados ao SUS e atende a população da região trinacional, sendo referência regional em 14 especialidades: - Ortopedia/ Traumatologia - Neurocirurgia - Cirurgia Geral - Clínica Médica - Pediatria - Cirurgia Vascular - Cirurgia Plástica Reparadora - Cirurgia Bucomaxilofacial - Cirurgia Pediátrica - Infectologia - Urologia - Cirurgia Torácica - Pronto Socorro de Politrauma - UTI Geral e UTI de Trauma
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