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Revista +Saúde - 23ª Edição

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MODULAÇÃO INTESTINAL<br />

MODULAÇÃO INTESTINAL<br />

62,<br />

Desde os primeiros dias de vida convivemos<br />

com disfunções intestinais, seja por aquele alimento<br />

novo introduzido à dieta ou por alguma intolerância<br />

ou alergia constatadas. Já na fase adulta<br />

encontrar alguém que nunca sofreu pelo menos<br />

uma vez na vida com problemas no intestino é<br />

quase que impossível. Tem gente que reclama<br />

que ele é preso, outros que é solto demais e ainda<br />

pessoas que dizem que o funcionamento depende<br />

do humor. A verdade é que, como médico coloproctologista,<br />

vejo a necessidade de compreender<br />

o aparelho digestivo de uma forma mais especializada,<br />

ou seja, à partir da modulação intestinal.<br />

A ideia é poder minimizar muitas dessas queixas<br />

que se refletem além do espelho e atingem também<br />

a saúde mental do paciente. Quando falo em<br />

modular não significa apenas mudar os hábitos,<br />

mas sim proporcionar um equilíbrio eficiente por<br />

meio de estratégias nutricionais e de suplementação<br />

para atingir um funcionamento regular do<br />

intestino. Mas, como seria isso?<br />

Para entender melhor vamos ao início. Tudo<br />

começa pela boca. Os alimentos que ingerimos<br />

vão definir como será todo o processo digestivo.<br />

Pode ser que leve mais tempo, seja rápido ou até<br />

mesmo bem imprevisível. A escolha do que comer<br />

vai influenciar diretamente no bom funcionamento<br />

da “máquina” corpo humano. Quando<br />

digo “máquina” estou me referindo a um conjunto<br />

de funções que cada órgão desempenha<br />

para gerar vida: esôfago, estômago, intestino<br />

delgado e por aí vai… E, ao focar no intestino,<br />

o combustível para movimentar toda essa estrutura<br />

que inclui a digestão, absorção e excreção,<br />

precisa ser específica para cada pessoa.<br />

Alimentos ricos em carboidratos, proteínas,<br />

vitaminas, gorduras… O que ingerir? Tudo depende<br />

da necessidade que vai além de se saciar,<br />

envolve também o metabolismo humano. E não<br />

é novidade que há um microbioma dentro do<br />

nosso intestino desempenhando um papel crucial<br />

para a nossa sobrevivência.<br />

O termo microbiota intestinal refere-se aos<br />

microrganismos, bactérias, vírus e fungos, que<br />

habitam todo o trato gastrointestinal, e tem como<br />

as funções manter a integridade da mucosa, estimular<br />

a imunidade inata e consequentemente<br />

controlar a sobrevivência de bactérias potencialmente<br />

patogênicas.<br />

Acredita-se que a microbiota contenha trilhões<br />

de microrganismos, com pelo menos 100<br />

espécies diferentes de bactérias conhecidas, acumulando<br />

trilhões de genes, até 150 vezes mais<br />

genes do que nos humanos.

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