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Centro Universitário Planalto do<br />

Distrito Federal<br />

Arquitetura e Urbanismo<br />

ABRIGOS EMERGENCIAIS<br />

EM ESTRUTURA EFÊMERA<br />

<strong>Igor</strong> Viana Azevedo<br />

Brasília-DF<br />

2019


Centro Universitário Planalto do<br />

Distrito Federal<br />

Arquitetura e Urbanismo<br />

ABRIGOS EMERGENCIAIS<br />

EM ESTRUTURA EFÊMERA<br />

Trabalho de Conclusão de Curso<br />

apresentado ao Curso de Graduação em<br />

Arquitetura e Urbanismo do Centro<br />

Universitário Planalto do Distrito Federal,<br />

com requisito parcial para aprovação da<br />

disciplina de TC (AP).<br />

Orientadores:<br />

Prof. Me. Camila Correia Teles<br />

Prof. Me. João Renato Carneiro de Aguiar<br />

<strong>Igor</strong> Viana Azevedo<br />

Ra: 02410025262<br />

BRASÍLIA – DF<br />

2019


1. Introdução:<br />

1. 1 Problema:<br />

5, 6 e 7<br />

8<br />

Sumário<br />

1. 2 Justificativa:<br />

9 e 10<br />

1. 3 Objetivos:<br />

11<br />

1. 3.1 Objetivos geral:<br />

11<br />

1. 3.1 Objetivos específicos:<br />

11<br />

1.4 Métodos:<br />

2. Referencial Teórico:<br />

12<br />

13 e 14<br />

2.1 Breve histórico da habitação humana:<br />

13<br />

2.2 Características arquitetônicas ideais para abrigos emergenciais:<br />

14<br />

2.3 Normativas e legislações para arquitetura habitacional emergencial:<br />

3. Estudos Urbanos:<br />

14<br />

15<br />

4. Estudo de repertorio:<br />

4.1 Casas Paper Log - Kobe, Japão, 1995:<br />

4.2 Habitação Temporária de Container - Onagawa, Miyagi, 2011:<br />

5. Programas de necessidades:<br />

29 a 31<br />

30<br />

31<br />

32<br />

6. Fluxograma e organograma:<br />

33 e 34<br />

Referências 35


Resumo:<br />

Abrigos sempre foram espaços fundamentais para o ser humano, sejam eles provisórios ou<br />

emergenciais. Outro aspecto relevante também é estrutura que deve ser utilizada para estes<br />

abrigos. Neste cenário, este trabalho irá abordar a arquitetura habitacional com foco em habitações<br />

temporárias emergenciais em estrutura efêmera, no intuito de atender toda a população vítima de<br />

desastres ambientais e naturais da Vila Cauhy em Brasília. Para tanto, será feito um estudo do<br />

estilo de arquitetura contemporânea a fim de contribuir para a sobrevivência nos estágios iniciais<br />

pós-desastres ambientais e naturais, criando diretrizes com base no histórico habitacional humano<br />

e assim trazendo características arquitetônicas para abrigos emergenciais com uso de normativas e<br />

legislações vigentes e projetos existentes direcionados a partir do contexto urbano para a<br />

realização da proposta arquitetônica usando pesquisas bibliográficas, estudo de caso e levanto de<br />

campo. Concluindo, portanto a importância do tema para pesquisas futuras, pela grande<br />

recorrência de desastres e a falta de autores direcionados ao tema.<br />

Palavras-chaves: Abrigos emergenciais; estrutura efêmera; arquitetura habitacional;desastres<br />

naturais.<br />

ABSTRACT:<br />

Shelters have always been fundamental spaces for the human being, be they provisional or<br />

emergency. Another relevant aspect is also the structure that should be used for these shelters. In<br />

this scenario, this work will address the housing architecture with a focus on emergency temporary<br />

housing in an ephemeral structure, in order to serve the entire population victim of natural and<br />

natural disasters of Vila Cauhy in Brasília. In order to do so, a study of the contemporary<br />

architecture style will be made to contribute to the survival in the initial stages after environmental<br />

and natural disasters, creating guidelines based on the human habitation history and thus bringing<br />

architectural characteristics to emergency shelters using normative and existing legislation and<br />

existing projects directed from the urban context to the realization of the architectural proposal using<br />

bibliographical research, case study and field survey. In conclusion, therefore, the importance of the<br />

theme for future research, the great recurrence of disasters and the lack of authors directed to the<br />

theme.<br />

Keywords: Emergency shelters; ephemeral structure; housing architecture; natural disasters.


1. INTRODUÇÃO<br />

A grande abundância das cidades e o seu<br />

crescimento demonstram que o espaço<br />

citadino se constitui como um dos fatos mais<br />

importantes para a evolução humana, em face<br />

das necessidades de sobrevivência cada vez<br />

maiores. Vale dizer que os ambientes se<br />

reproduzem de modo desigual e esta<br />

desigualdade espacial é fruto da desigualdade<br />

social. Sendo assim, o abrigo, nesta<br />

conjunção de ideias, se torna uma<br />

continuidade arquitetônica fundamental para a<br />

proteção humana.<br />

Diante disso, os abrigos sempre foram<br />

espaços importantes para o homem em<br />

virtude da sua função de proteção. Rocha<br />

(2018) afirma que homem incivilizado guiavase<br />

para um recinto fechado, de convivência,<br />

onde havia o costume do retorno não apenas<br />

para seu descanso habitual, mas também para<br />

fugir das intempéries. Este espaço é<br />

configurado por um acidente geográfico -<br />

espaço natural -, sob o qual exerce uma<br />

intervenção humana em todas as qualidades<br />

fundamentais, e que pode também ser<br />

definido como uma "habitação primitiva”.<br />

Assim, o abrigo, permanente ou não, continua<br />

sendo fator de relevância para a arquitetura<br />

nos tempos atuais.<br />

Neste cenário, cabe dizer também que a<br />

arquitetura efémera tem alcançado um efetivo<br />

destaque na cultura contemporânea; este fato<br />

relevante procura<br />

responder perguntas ligadas às necessidades<br />

básicas e transitórias, as quais estão<br />

associadas ao conceito de evento,<br />

compreendido como veículo de dinamização<br />

cultural na sociedade contemporânea.<br />

Em tempo, é possível demonstrar que a<br />

arquitetura com estrutura efêmera já existe há<br />

um determinado tempo e que, ao longo do<br />

tempo, ela se manifestou de várias maneiras.<br />

De acordo com Ferreira (2011), habitação de<br />

estrutura efêmera é um tipo de arquitetura<br />

planejada para habitar, onde se utiliza partes<br />

ou elementos passageiros ou pouco<br />

duradouros.<br />

Neste âmbito, a habitação emergencial de<br />

estrutura efêmera pode ser compreendida<br />

também como uma habitação que considere<br />

características importantes, tais como proteger<br />

o usuário do ambiente externo, resguardar sua<br />

dignidade, além de promover e restaurar seu<br />

comportamento cultural, bem como respeitar<br />

aspectos culturais dos cidadãos.<br />

Para tanto, esta pesquisa tem foco voltado<br />

para as habitações emergenciais em estrutura<br />

efêmera, que consiste na disposição estrutural<br />

provisória, com o efeito de habitar em um<br />

curto período, delimitadamente a Vila Cauhy<br />

que é um bairro do núcleo bandeirante,<br />

Região Administrativa (RA) do Distrito Federal.<br />

5


Diante disso, Barbosa salienta:<br />

Área delimitada para a intervenção arquitetônica Vila Cauhy é um assentamento irregular localizado na<br />

região administrativa do Núcleo Bandeirante entre a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), o<br />

córrego Riacho Fundo e a via NB 03. Essa área era antigamente conhecida como colina do Lobo e em 1961<br />

foi Destinada ao Clube de Regatas do Guara para a construção do seu respectivo estádio. De lá para cá a<br />

área passou a ser ocupada por chácaras que aos poucos foram sendo subdivididas e/ou grilada gerando a<br />

ocupação urbana hoje existente (BARBOSA, 2015, p. 22).<br />

Ainda de acordo com Barbosa (2015), a Vila<br />

Cauhy está situada próxima à RA do Núcleo<br />

Bandeirante-DF, Área de Proteção<br />

Permanente (APPS), região que possui<br />

vegetação e não pode ter construções<br />

próximas, assim como as Áreas de Proteção<br />

Ambiental (APA) e veredas.<br />

Já para Andrade e Romero (2005), essas<br />

áreas, APPS e APAS, necessitam de<br />

preocupação constante não só para a<br />

permanência dos assentamentos urbanos,<br />

como também a expansão urbana. Neste<br />

contexto, é possível realçar também o fato de<br />

que muitas pessoas acabam se erradicando<br />

nessas regiões em virtude de desastre<br />

naturais ou catástrofes.<br />

Esta última pode ser definida como<br />

adversidades ou calamidades que ocorre na<br />

natureza, de modo silencioso com um fim<br />

impactante, que acaba, após o evento,<br />

gerando degradação, abandono ou ainda<br />

perda de valores ambientais, culturais e<br />

patrimoniais para a população.<br />

Já em relação aos “desastres naturais”,<br />

fenômenos que integram a geodinâmica<br />

terrestre, ou seja, fazem parte da natureza da<br />

Terra, segundo Jungles (2013), nos últimos<br />

anos, estes são cada vez mais presentes no<br />

cotidiano da população. Com um aumento<br />

considerável na frequência e intensidade, e<br />

também nos impactos gerados, com danos e<br />

prejuízos cada vez maiores. TOMINAGA;<br />

SANTORO e AMARAL assinala:<br />

Os desastres naturais podem ser<br />

provocados por diversos fenômenos, tais<br />

como, inundações, escorregamentos,<br />

erosão, terremotos, tornados, furacões,<br />

tempestades, estiagem, entre outros. Além<br />

da intensidade dos fenômenos naturais, o<br />

acelerado processo de urbanização<br />

verificado nas últimas décadas, em várias<br />

partes do mundo, inclusive no Brasil, levou<br />

ao crescimento das cidades, muitas vezes<br />

em áreas impróprias à ocupação,<br />

aumentando as situações de perigo e de<br />

risco a desastres naturais (TOMINAGA;<br />

SANTORO e AMARAL, 2009,p.13).<br />

6


De acordo com Tominaga (2009),<br />

Quando<br />

fenômenos naturais alcançam uma<br />

determinada população,<br />

chamam-se desastres naturais.<br />

acarretando danos,<br />

Para Tobin, Montz (1997) e Marcelino (2008<br />

apud DESASTRES NATURAIS, 2009),<br />

Desastres naturais são definidos como<br />

consequência do efeito de fenômenos naturais<br />

extremos ou intensos sobre um sistema social,<br />

causando danos e prejuízos que ultrapassam a<br />

capacidade da população atingida em conviver<br />

com o impacto.<br />

Com o crescimento das cidades ocorreu o<br />

fenômeno chamado cornubação, fazendo com<br />

que as cidades ficassem cada vez menos<br />

dispersas, crescimento que foi ficando<br />

desordenado ao passar dos anos surgindo<br />

assim às invasões, onde muitas vezes em<br />

áreas de riscos, ficando assim suscetíveis aos<br />

desastres ambientais e naturais.<br />

As grandes cidades não contam com uma<br />

fiscalização rigorosa para combater invasões<br />

que a cada dia crescem no Brasil e no mundo,<br />

acarretando grande desequilíbrio no meio<br />

ambiente e assim provocando desastres<br />

naturais cada vez maiores.<br />

Neste cenário, aborda-se a arquitetura<br />

habitacional com foco em habitações<br />

temporárias emergenciais em estrutura<br />

efêmera, com proposta para atender toda a<br />

população vítima de desastres ambientais e<br />

naturais da Vila Cauhy em Brasília. Será<br />

estudado o estilo de arquitetura<br />

contemporânea a fim de contribuir<br />

para a<br />

Imagem 1<br />

Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros (MG) 2011<br />

Imagem 2<br />

Foto: Divulgação/Governo do Estado do Rio de<br />

Janeiro 2013<br />

sobrevivência nos estágios iniciais pósdesastres<br />

ambientais e naturais.<br />

7


1.1 Problema<br />

De acordo com Kazazian (2005 apud<br />

REMPEL, 2017), o consumo de recursos<br />

naturais extrapolou as capacidades biológicas<br />

da terra durante os anos 70, e até hoje o<br />

desenvolvimento industrial se globaliza ferindo<br />

drasticamente o meio ambiente. Assim, é<br />

recorrente a grande mudança nas condições<br />

de sobrevivência do mundo, e também a<br />

fragilização dos meios naturais, podendo-se<br />

compreender que há uma séria ameaça à<br />

espécie humana. Assim, Tawfeiq e Silva:<br />

Os problemas ambientais são realidade em todo<br />

mundo. Catástrofes, mortes e desamparo estampam<br />

os noticiários diariamente. Os efeitos devastadores do<br />

El Niño e La Niña; o degelo como efeito do<br />

aquecimento global; formas distintas de poluição que<br />

afetam diretamente a qualidade de vida do homem<br />

como a poluição do ar, da água, do solo, a poluição<br />

sonora e visual; igualmente, a extinção de espécies e<br />

desmatamento de áreas verdes concorrem para o<br />

desequilíbrio sócio-ambiental, gerando impactos<br />

devastadores quando aglutinados e muitos efeitos dos<br />

quais o homem ainda desconhece (TAWFEIQ E<br />

SILVA, 2013, p. 3 apud TAWFEIQ s/d, p. 2).<br />

efeitos devastadores onde em grande maioria<br />

dos acontecimentos, famílias ficam<br />

desabrigadas em decorrência de alguns<br />

fenômenos inesperados.<br />

De acordo com Barbosa (2015), além<br />

das APPs e vereda, o código florestal<br />

configura outros tipos de áreas que devem ser<br />

protegidas. Destas (quais? APP, vereda e o<br />

que mais?) três estão presentes na Vila Cauhy<br />

nascentes no raio de 50 metros, APA. (rever a<br />

coesão e a coerência desse parágrafo. Está<br />

confuso).<br />

Por ser um local de proteção<br />

ambiental, a área em estudo é passível de<br />

remoção. Sendo assim, são necessários<br />

abrigos emergenciais para o caso de desastres<br />

ambientais, até que as famílias sejam<br />

direcionadas para local seguro.<br />

Diante desse contexto, de que forma os<br />

abrigos emergenciais podem ser<br />

projetados para a sobrevivência nos<br />

estágios iniciais pós-desastres ambientais<br />

e naturais na Vila Cauhy?<br />

Em decorrência dos problemas ambientais e<br />

naturais, a população é cada vez mais afetada<br />

no Brasil e no mundo, sofrendo com esses<br />

8


1.2 Justificativa<br />

O tema de arquitetura de abrigos emergenciais<br />

com foco em habitações residenciais<br />

temporárias se justifica por ser uma importante<br />

alternativa para proporcionar amparo e<br />

dignidade temporariamente às vitimas pósdesastres<br />

naturais e ambientais.<br />

O estudo será direcionado para Brasília no<br />

bairro Vila Cauhy Núcleo Bandeirante-DF com<br />

área total de 196, 404,66m², a fim de propor<br />

uma solução para atender toda a população<br />

vítima de desastres que reside no local, área<br />

recorrentemente afetada por enchentes e<br />

deslizamentos de terra. A sugestão de abrigos<br />

emergenciais de arquitetura contemporânea<br />

poderá contribuir para sanar as necessidades<br />

emergenciais pós-desastres.<br />

Neste sentido, é importante ressaltar a<br />

importância da arquitetura contemporânea,<br />

que se difere da moderna, por ter a<br />

capacidade de se adaptar e atender as<br />

necessidades de habitação dos indevidos. Vale<br />

dizer que essa necessidade foi se alterando<br />

com o tempo e atender novos estilos de vida<br />

que vão surgindo.<br />

Segundo Mcconnan (2004, apud MASSARANI,<br />

KRETZER, 2016), o abrigo é decisivo para a<br />

sobrevivência da população nos estágios<br />

iniciais de um desastre; é necessário para<br />

garantir a segurança e a proteção individual:<br />

protege contra climas severos e garante<br />

resistência a problemas de saúde e doenças.<br />

Este tem uma função importante para a<br />

integridade humana e para o amparo da vida<br />

familiar e comunitária, tanto quanto possível,<br />

em circunstâncias difíceis.<br />

De acordo com Massarani e Kretzer (2016), o<br />

abrigo é essencial, pois traz segurança aos<br />

atingidos e protege contra as intempéries do<br />

tempo, além de que proporciona dignidade e<br />

acolhimento, atendendo as necessidades<br />

básicas.<br />

Segundo a constituição da República<br />

Federativa do Brasil de 1988-CRFB/1988<br />

(BRASIL, 2015ª), artigo 5°, estão entre os<br />

direitos fundamentais a segurança e a<br />

propriedade: Esses são um direito positivo, os<br />

quais, o governo tem obrigatoriedade de atuar<br />

de forma agil diante disso é evidente que o<br />

Estado, na ocorrência de um desastre, se<br />

responsabiliza pelo abrigo do indivíduo que,<br />

sem condições, se vê na necessidade de sair<br />

de sua residência para a sua segurança diante<br />

de algum desastre (Massarani, Kretzer, 2016).<br />

9


Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente<br />

para lhe assegurar e a sua família a saúde e o bem-estar,<br />

principalmente quanto [...] ao alojamento [...], na velhice<br />

ou noutros casos de perda de meios de subsistência por<br />

circunstâncias independente da sua vontade (NAÇÕES<br />

UNIDAS, 2015, art. 25 apud Massarani, Kretzer, 2016,<br />

p.184).<br />

Imagem 3<br />

Lopes (2010, p.119 apud MASSARANI,<br />

KRETZER, 2016, p. 187) afirma que: abrigos<br />

temporários com espaços forçados com restrição<br />

à intimidade entre famílias pode alterar o<br />

comportamento das pessoas tornando-as<br />

agressivas até mesmo aquelas que eram<br />

anteriormente descritas como calmas e<br />

acolhedoras.<br />

(Foto: Inaê Brandão/G1 RR) 2017<br />

Atualmente os desastres de maior impacto recebem<br />

auxilio da ONU e de alguns outros grupos de ajuda, como<br />

o Architectes de l’urgence (em português, Arquitetos de<br />

Emergência) e Arquitetos sem Fronteira, que são<br />

organizações não-governamentais e de ajuda humanitária<br />

(JUNQUEIRA,2011, P.31).<br />

Imagem 4<br />

Nota-se, portanto, a relevância dos abrigos<br />

temporários para reabilitação e socialização<br />

das vitimas após um desastre contribuindo<br />

para saúde física e mental, trazendo amparo,<br />

segurança e dignidade para famílias em<br />

estágios iniciais pós-desastres ambientais.<br />

(Foto: Ítalo Di Lucena/TV Cabo Branco) 2018<br />

10


1.3 Objetivos<br />

1.3.1 Objetivo geral.<br />

Analisar impactos de desastres ambientais no Brasil, a fim de desenvolver uma solução<br />

arquitetônica para abrigar a população residente da Vila Cauhy Núcleo Bandeirante vítima de<br />

desastres naturais.<br />

1.3.2 Objetivo especifico.<br />

a) Mostrar um breve histórico da habitação humana.<br />

b) Apresentar as características arquitetônicas ideais para abrigos emergenciais.<br />

c) Rever normativas e legislações para arquitetura habitacional emergencial.<br />

d) Avaliar projetos e obras existentes de abrigos emergenciais<br />

e) Avaliar o contexto urbano da Vila Cauhy.<br />

f) Desenvolver solução arquitetônica para abrigos emergenciais em estrutura efêmera para a Vila<br />

Cauhy.<br />

11


1.4 Métodos<br />

Para elaboração desta pesquisa, foi<br />

necessário um estudo amplo sobre o assunto,<br />

bem como uma revisão bibliográfica sobre as<br />

questões pertinentes à habitação humana,<br />

além da abordagem sobre as legislações<br />

vigentes que regem o abrigo emergencial.<br />

Desta forma, esta pesquisa se classifica como<br />

de natureza aplicada, que segundo Gerhardt e<br />

Silveira (2009), é o tipo de pesquisa que<br />

pretende gerar conhecimentos para problemas<br />

específicos, envolvendo verdades e interesses<br />

locais.<br />

No entanto, é importante fazer inicialmente<br />

uma “pesquisa explorativa” (GIL, 2007 apud<br />

GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p.35), a qual é<br />

possível denominar de “fortuna crítica” e que<br />

possui, como intuito, criar maior familiaridade<br />

com o problema, tornando-os mais explícitos e<br />

a construir hipóteses. Essa pesquisa tem a<br />

finalidade respaldar a abordagem do objetivo<br />

geral que é mostrar um breve histórico da<br />

habitação humana.<br />

Outros procedimentos que serão adotados<br />

para a realização da pesquisa é o e estudo<br />

qualitativo, os quais embasam tanto o objetivo<br />

geral, quanto os objetivos específicos, visto<br />

que não podem ser quantificados e sim<br />

compreendidos (GERHARDT e SILVEIRA,<br />

2009).<br />

Para tanto, a pesquisa bibliográfica,<br />

também fundamental para o embasamento<br />

teórico, é definida por Fonseca (2002) apud<br />

Gerhardt e Silveira (2009) como a investigação<br />

que trabalha com levantamento de referencias<br />

teóricas, já analisadas, e publicadas como<br />

livros, artigos, paginas de web e etc. Método<br />

será utilizado para os objetivos, b trazendo as<br />

características dos abrigos emergenciais, c<br />

revendo normativas e legislações.<br />

Já estudo de caso utilizado no objetivo<br />

especifico D e o E, ainda segundo Fonseca<br />

(2002) apud Gerhardt e Silveira (2009), é<br />

caracterizado com estudo de uma entidade<br />

bem definida com programas, instituições,<br />

sistema educativo e pessoas. Este estudo visa<br />

o porquê de cada situação, procurando<br />

descobrir o que há de mais essencial e<br />

característico.<br />

12


2. Referencial teórico<br />

2.1 Breve histórico da habitação humana.<br />

De acordo com Marinho (2013), na idade da<br />

pedra lascada, período paleolítico os ancestrais<br />

do homem viviam em um clima tropical,<br />

abrigando-se em cavernas quando necessário,<br />

devido ao clima disputando mesmo espaço e<br />

muitas vezes, com animais selvagens, onde<br />

mais a frente, devido à escassez de alimentos<br />

e o frio, tiveram que mudar seu comportamento<br />

e, assim, passam a desenvolver os primeiro<br />

abrigos. Observe os tipos de abrigos.<br />

a) Primeiros abrigos artificiais<br />

Segundo Marinho (2013), o homem préhistórico<br />

vivia da caça tendo que se deslocar<br />

constantemente em busca de alimentos, devido<br />

a isso, surgiu a necessidade de estar próximo a<br />

sua fonte de alimentos assim dando origem<br />

aos primeiros abrigos artificiais, constituído de<br />

madeira e pele de animais chamado de tipi.<br />

Observe a figura 1.<br />

Imagem 6 – ABRIGO TERRESTRE<br />

Fonte: KRONENBURG (1995 apud ANDERS, 2007)<br />

13


) Primeiros abrigos temporários-Ártico.<br />

Para Marinho (2013), os abrigos indígenas do<br />

Ártico feitos de gelo conhecidos como Iglus,<br />

típico dos esquimós ou Inuits, com<br />

aproximadamente 3.000 anos, onde eram<br />

feitos de ossos e peles de animais, já no<br />

inverno eles utilizavam blocos de gelo que se<br />

mantem em pé somente no inverno e se<br />

dissolve na primavera.<br />

2.2 Características arquitetônicas ideais para abrigos emergenciais.<br />

Segundo Anders (2007), existe algumas<br />

características dos abrigos emergenciais, que<br />

afetam na forma e na sua funcionalidade, para<br />

uma situação de emergência devem preencher<br />

alguns critérios, que são:<br />

a)Rápido fornecimento<br />

b)Baixo custo<br />

c)Exequível<br />

d)Adaptável<br />

Essas características contribuem diretamente<br />

para que sejam implantados os abrigos<br />

emergenciais, de forma rápida, atendendo com<br />

segurança as vitimas de desastres.<br />

2.3 Normativas e legislações para arquitetura habitacional emergencial.<br />

Anders (2007), fez algumas considerações<br />

normativas aos equipamentos hidrossanitários:<br />

“- 1 vaso sanitário para 10 residentes<br />

(mictórios podem substituir até a metade dos<br />

vasos sanitários para banheiros destinados<br />

aos homens;<br />

- 1 lavatório para 10 residentes; - 1 chuveiro<br />

para cada 30 residentes (locais de clima<br />

quente) (...).<br />

- 1 bebedouro e uma pia de serviço para cada<br />

50 residentes;<br />

- O volume total de água requerido pode ser<br />

estimado com uma dotação de 40<br />

litros/pessoa/dia (ANDERS, 2007, p. 70).<br />

Além dos itens acima de ser seguido a<br />

NBR9050 que trata da sobre acessibilidades<br />

nas edificações, mobiliários, espaços e<br />

equipamentos urbanos.<br />

14


3.0 ESTUDOS URBANOS<br />

Os estudos urbanos compreendem em<br />

verificar a dinâmica do entorno em relação à<br />

proposta apresentada a fim de apontar<br />

potencialidades e restrições que influenciaram<br />

nas diretrizes projetuais.<br />

Estudo realizado com delimitação do raio de<br />

abrangência de 500m atingindo a área<br />

territorial do Núcleo Bandeirante –DF e o bairro<br />

Vila Cauhy –DF.<br />

15

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