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REVITALIZAÇÃO URBANA<br />
COM FOCO NO CONVÍVIO SOCIAL<br />
EM PARQUES PÚBLICOS<br />
<strong>Mycaelle</strong> Dias da Silva<br />
Centro Universitário Planalto do Distrito Federal<br />
Arquitetura e Urbanismo<br />
Brasília- DF<br />
2019
Centro Universitário Planalto do Distrito Federal<br />
Arquitetura e Urbanismo<br />
BRASÍLIA – DF<br />
2019<br />
REVITALIZAÇÃO URBANA<br />
COM FOCO NO CONVÍVIO SOCIAL<br />
EM PARQUES PÚBLICOS<br />
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em<br />
Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal,<br />
com requisito parcial para aprovação da disciplina de TC (AP).<br />
Orientadores:<br />
Prof. Me. Camila Correia Teles<br />
Prof. Me. João Renato Carneiro de Aguiar <strong>Mycaelle</strong> Dias da Silva
Resumo<br />
Os parques são importantes espaços urbanos para o convívio social e sua revitalização deve ser<br />
pensada como fator primordial. Além disso, estes ambientes devem suprir as necessidades da<br />
vida cotidiana. Desta forma, este trabalho tem como proposta de discussão, abordar a relevância<br />
da conservação das áreas verdes para o convívio social, para a saúde mental e corporal, com<br />
soluções da arquitetura sociológica, avaliando a importância dos parques públicos na malha<br />
urbana e características de revitalização juntamente com as normativas, legislações para analisar<br />
projetos de parques públicos com base no contexto urbano do parque três meninas assim<br />
desenvolver proposta de revitalização utilizando pesquisas bibliográfica, estudo de caso, estudo<br />
de caso e participação popular, a importância dos parques públicos para a polução e<br />
biodiversidade das cidades direcionou a pesquisa visando contribuir com a utilização desses<br />
espaços.<br />
Palavras-chave: Parque; revitalização urbana e convívio social.<br />
ABSTRACT:<br />
Parks are important urban spaces for social interaction and their revitalization should be thought of<br />
as a primordial factor. In addition, these environments must meet the needs of everyday life. In<br />
this way, this work has as a proposal of discussion, to address the relevance of the conservation<br />
of the green areas for the social life, for the mental and corporal health, with solutions of the<br />
sociological architecture, evaluating the importance of the public parks in the urban mesh and<br />
characterístics of revitalization together with the normative, legislation to analyze public park<br />
projects based on the urban context of the park three girls thus develop revitalization proposal<br />
using bibliographic research, case study, case study and popular participation, the importance of<br />
public parks to pollution and biodiversity of the cities directed the research in order to contribute to<br />
the use of these spaces.<br />
Keywords: Park; urban revitalization and social interaction.
Sumário<br />
1. Introdução:<br />
5 e 6<br />
1. 1 Problema:<br />
7<br />
1. 2 Justificativa:<br />
8 e 9<br />
1. 3 Objetivos:<br />
9<br />
1. 3.1 Objetivos geral:<br />
9<br />
1. 3.1 Objetivos específicos:<br />
9<br />
1.4 Métodos:<br />
10 e 11<br />
2. Referencial Teórico:<br />
11<br />
2.1 Importância dos Parques públicos na malha urbana: 11<br />
2.2 Valores Visuais e paisagístico:<br />
11<br />
2.3 Valores recreativos:<br />
11<br />
11<br />
2.4 Valores ambientais:<br />
3. Estudos Urbanos:<br />
13 a 25<br />
4. Estudo de repertorio:<br />
26 a 28<br />
4.1 Parque Ecológico de Águas Claras-DF:<br />
27<br />
4.2 Parque Madureira- Rio de Janeiro:<br />
5. Programas de necessidades:<br />
6. Fluxograma e organograma:<br />
Referências::<br />
28<br />
30<br />
31<br />
33
1.0 Introdução<br />
Este trabalho irá abordar um tema<br />
relacionado à revitalização de parque com<br />
foco na importância da conservação das<br />
áreas verdes para o convívio social, para a<br />
saúde mental e corporal, com soluções da<br />
arquitetura sociológica definidas por Holanda<br />
(2013). A área de estudo está localizada em<br />
Samambaia Norte/ Brasília, no Parque Três<br />
Meninas na Qr 611. Segundo Oliveira (2013),<br />
sua área é equivalente a 72 hectares, onde o<br />
local de estudo será de apenas 102.811,39 m²<br />
medidos pelo Google Maps. O público a ser<br />
abordado será predominante de 25 a 59 anos,<br />
além disso o parque irá atender ao público de<br />
faixa etária entre 4 a 10 anos é 15 a 25 anos,<br />
trazendo a convivência entre as diversidades.<br />
Portanto a revitalização é um aspecto<br />
fundamental para a arquitetura, seja ela<br />
realizada em edificações ou em espaços<br />
públicos, como, por exemplo, de lazer.<br />
Marcellino (1987) afirma que considera o<br />
lazer, como “estilo de vida”, independente de<br />
um tempo determinado, e que qualquer<br />
atividade humana, fora do trabalho, da<br />
religião e de outros campos de alcance do ser<br />
humano.<br />
Deste modo, áreas urbanas são espaços<br />
importantes de convívio social, onde a<br />
interação auxilia na ordenação social. Diante<br />
disso, vale destacar que a ideia de<br />
revitalização está ligada, principalmente, à<br />
reestruturação de conjunto urbanístico ou<br />
obra arquitetônica.<br />
Castelnou Neto (1992) assinala que a<br />
revitalização consiste na reestruturação de<br />
conjunto urbanístico ou obra arquitetônica,<br />
que seria dar vida ao local, oferecendo novas<br />
funções a determinados equipamentos onde<br />
não se tem mais uso ou se encontra em<br />
deterioração por falta de utilização. Com<br />
efeito, é possível reformular o local e<br />
possibilitar novos usos ou associar funções<br />
ao projeto, mas mantendo sua total<br />
característica ou parcial.<br />
Assim, vale lembrar que os parques urbanos<br />
surgiram na Inglaterra no final do século XVlll,<br />
quando no século XlX se expandiu para as<br />
cidades europeias devido à revolução<br />
industrial. No século XX os parques ganham<br />
funções além de estéticas e lazer, passando<br />
então a ter práticas esportivas, culturais e a<br />
conservação do meio ambiente de acordo<br />
com Mayomone (2009).<br />
Kliass (1993) assinala que os parques<br />
urbanos são áreas públicas com tamanhos<br />
significativos e tem a predominância dos<br />
elementos naturais, como a cobertura vegetal,<br />
uma das principais áreas que se destina a<br />
recreação. Com o acelerado crescimento da<br />
urbanização, os impactos ambientais e a<br />
artificialismo do meio urbano afetam na vida<br />
da população, sendo necessária a criação de<br />
espaços públicos nos interiores das cidades,<br />
onde esses sedo necessária a 5
criação de espaços públicos nos interiores<br />
das cidades, onde esses espaços passam a<br />
ser conhecidos como refúgios verdes, que<br />
são praças, parques e jardins.<br />
De acordo com Szeremeta e Zannin (2013),<br />
os parques urbanos podem trazer qualidade<br />
de vida para a população, devido ao contato<br />
com a natureza e às possibilidades de<br />
realização de atividades físicas e o lazer.<br />
Estas atividades físicas geram benefícios para<br />
a saúde, bem como para o psicológico,<br />
influenciando na redução do estresse<br />
cotidiano, como também ajudam na<br />
diminuição do sedentarismo. Oliveira e<br />
Mascaró (2007) afirma que as vegetações<br />
proporcionam o bem-estar das pessoas,<br />
ajudando também no clima e na absorção de<br />
poluentes.<br />
Imagem 1<br />
Parque Madureira<br />
Convivências entre as diversidades<br />
www.archdaily.com.br<br />
2016<br />
Parque Madureira<br />
Interação familiar e visitantes<br />
Imagem 2<br />
www.archdaily.com.br<br />
2016<br />
6
1.1 Problema<br />
Segundo a compreensão de Pinheiro e Souza<br />
(2017), a cidade tem crescido<br />
desordenadamente, comprometendo a<br />
qualidade de vida de seus habitantes,<br />
distanciando o homem da natureza e criando<br />
a ausência de paisagens em meio às<br />
edificações. Com o avanço horizontal das<br />
áreas urbanas, o conforto ambiental e a<br />
qualidade de vida, física e mental, parece não<br />
fazer parte desse planejamento, se tornando<br />
cada vez mais complexas com o crescimento<br />
demográfico. É necessário que exista junção<br />
dos espaços construídos com os espaços<br />
naturais, pois estes trazem um bem estar<br />
psicológico.<br />
Segundo a perspectiva de Oliveira e Mascaró<br />
(2007), as mudanças que os humanos<br />
provocam no meio ambiente é alvo de<br />
estudos para compreender a relação dos<br />
mesmos, buscando assim soluções que<br />
melhorem a qualidade de vida do homem e<br />
do seu ambiente. Devido à globalização da<br />
economia e da comunicação, a sociedade e a<br />
funcionalidade das cidades têm sofrido<br />
grandes mudanças gerando um grande<br />
reflexo no ambiente urbano quanto na<br />
estrutura física.<br />
Os parques são locais efêmeros. Costumam<br />
experimentar extremos de popularidade e<br />
impopularidade. Seu desempenho nada tem de<br />
simples. Podem constituir elementos maravilhosos<br />
dos bairros e também um trunfo econômico para a<br />
vizinhança, mas infelizmente poucos são assim. Com<br />
o tempo, podem tornar-se mais apreciados e<br />
valorizados, mas infelizmente poucos duram tanto.<br />
( JACOBS, 2014, p 69).<br />
Segundo Jacobs (2014), os parques<br />
impopulares nos trazem preocupações pelo<br />
seu desperdício e pelas suas oportunidades<br />
perdidas, fato que implica constantemente<br />
efeitos negativos sobre a população,<br />
tornando-se como as ruas ‘sem olhos’; seus<br />
riscos espalham-se pela vizinhança a fama de<br />
que as ruas de suas mediações são<br />
perigosas e passam a serem evitadas; os<br />
parques sem uso são alvos de<br />
vandalismos. Assim, vale dizer que é possível<br />
detectar uma série de problemas nos parques<br />
urbanos como questões físicas,<br />
degradamento, falta de manutenção,<br />
problemas relacionados à circulação de<br />
pessoas e veículos, segurança, bem como a<br />
sustentabilidade necessária e viável para<br />
melhoria de sua manutenção.<br />
<strong>Para</strong> tanto, de que maneira é possível<br />
estimular a segurança, a qualidade de vida<br />
e o convívio social em uma requalificação<br />
no Parque Três Meninas?<br />
7
1.2 Justificativa<br />
Esse trabalho está voltado para o urbanismo,<br />
cuja proposta é a revitalização do Parque<br />
Ecológico Três Meninas; o foco da pesquisa é<br />
trazer para ao parque a convivência social,<br />
para que haja mais visitante e usuários.<br />
Localizado em Samambaia Norte na Qr 611, o<br />
parque é equivalente a 72 hectares, mas a<br />
área de estudo é de 102.811,39 m².<br />
A faixa etária da população predominante na<br />
área do parque é de 15 a 30 anos. Diante<br />
disso, vale dizer que o parque irá atender não<br />
somente a população predominante, mas<br />
também crianças na faixa etária de 4 a 10<br />
anos, bem como idosos; ou seja, a população<br />
de quase todas as idades será o foco. É de<br />
grande importância trazer vários usuários de<br />
várias idades para o mesmo ambiente<br />
fazendo com que haja o convívio entre a<br />
vizinhança ou visitantes.<br />
O estilo a ser inserido é o contemporâneo,<br />
que permite trabalhar com várias formas de<br />
espaço, fazendo uma conexão harmônica<br />
entre o novo e o antigo. De acordo com<br />
Oliveira e Mascaró (2007):<br />
Os espaços livres, como as ruas, calçadas, praças,<br />
parques têm a função de melhorar a qualidade<br />
ambiental das cidades já que em função das suas<br />
áreas verdes influenciam no microclima mediante a<br />
amenização da temperatura, aumento da umidade<br />
relativa do ar e absorção de poluentes, além de<br />
incrementar a biodiversidade (Oliveira e Mascaró,<br />
2007).<br />
Segundo Castelnou Neto (1992),<br />
compreende-se que a revitalização pode ser<br />
apenas melhorada através de uma<br />
reformulação mais atual, com complemento<br />
de novos usos, de maneira a contribuir com<br />
atividades existentes, não perdendo sua<br />
função original, mas sim recebendo<br />
adaptações.<br />
Szereme e Zannin (2013) assinalam a<br />
importância da boa conservação dos parques<br />
que determina a utilização adequada para a<br />
prática de atividades físicas ou até mesmo<br />
lazer, o que pode contribuir na redução do<br />
sedentarismo ou auxiliar na saúde e no bemestar<br />
dos usuários, além de gerar um número<br />
maior de pessoas praticando atividades<br />
físicas ao ar livre. Sendo assim, a falta de<br />
qualidade do ambiente junto à insatisfação<br />
dos usuários faz com que o espaço seja visto<br />
pela população de forma não muito<br />
agradável, por que quando o parque perde<br />
sua caracterização, ele perde suas funções<br />
associadas à qualidade de vida e saúde<br />
pública.<br />
Por meio dessa pesquisa, é possível perceber<br />
a importância dos parques e sua influência<br />
em relação à saúde física e mental da<br />
população, ajudando a melhorar a qualidade<br />
de vida. Estudos de Barton e Pretty (2010<br />
apud Szereme e zannin 2013), mostram a<br />
importância de caminhar cinco minutos em<br />
8
parques públicos, já são suficientes para<br />
melhorar a saúde mental e também beneficia<br />
o humor e auto-estima.<br />
Mayome (2009) afirma que a existência de<br />
parques nos espaços urbanos tende a<br />
minimizar a deterioração relacionada à<br />
qualidade de vida e ao processo de<br />
degradação ambiental, através de condições<br />
bióticas.<br />
De acordo com artigo 25 da Constituição<br />
Federal da República Federativa do Brasil<br />
(CF cap. Vl):<br />
Todos têm direito ao meio ambiente<br />
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum<br />
do povo e essencial à sadia qualidade de vida,<br />
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o<br />
dever de defendê-lo e preservá-lo para as<br />
presentes e futuras gerações.(CF BRASIL 2017).<br />
1.3 Objetivos<br />
1.3.1 Objetivo geral<br />
Avaliar estratégias para sanar problemáticas da falta de convívio social, lazer e cultura das<br />
diferentes classes e faixa etária populacional no Parque Três Meninas em Samambaia Norte –<br />
DF.<br />
1.3.2 Objetivos específicos<br />
a) Avaliar a importância dos Parques públicos na malha urbana.<br />
b) Pesquisar características de revitalização em parques públicos.<br />
c) Normativas e legislações para parques públicos.<br />
d) Analisar projetos de revitalização em parques públicos.<br />
e) Avaliar contexto urbano do parque do Parque Três Meninas.<br />
f) Desenvolver um projeto de revitalização do Parque Três Meninas.<br />
9
1.4 Métodos<br />
Segundo Gerhardt e Silveira (2009), é<br />
necessário adquirir conhecimentos<br />
arquitetônicos qualitativos para que haja<br />
aplicação de prática, assim como para<br />
solucionar problemas específicos<br />
relacionados a parques urbanos,<br />
conhecimentos esses que busquem uma<br />
verdade e os interesses sociais. Este método<br />
de estudo será utilizado para analisar projetos<br />
de revitalização em parques públicos e<br />
compreender a contextualização do Parque<br />
Três Meninas.<br />
Ainda de acordo com Gerhardt e Silveira<br />
(2009), todos aqueles que buscam utilizar os<br />
métodos qualitativos tentam explicar o porquê<br />
das coisas, passando o que deve ser feito,<br />
mas não qualificam os valores e as trocas<br />
simbólicas, onde não se tem provas de fatos,<br />
por que os dados quando são analisados não<br />
são métricos e se valem de diferentes<br />
abordagens. Esta abordagem também pode<br />
ser utilizada para análise do projeto de<br />
revitalização no parque.<br />
De acordo com Gil (2007 apud Gerhard é<br />
Silveira 2009), esse tipo de pesquisa,<br />
exploratória, proporciona uma maior<br />
conectividade com os problemas, de forma<br />
que torne ele mais exposto para que se<br />
construa hipóteses. Este método será<br />
utilizado para compreender as normativas e<br />
legislações para parques públicos.<br />
1.4.1 Procedimentos para pesquisa<br />
Os procedimentos adotados como<br />
embasamento teórico dizem respeito à<br />
pesquisa bibliográfica, como aponta Fonseca<br />
(2002 apud Gerhardt e Silveira 2009), onde<br />
os autores explicam que esse tipo de<br />
pesquisa, a qual é feita quando se tem<br />
referências teóricas que já foram analisadas,<br />
publicadas por vários meios escritos ou<br />
eletrônicos, livros ou artigos científicos e por<br />
meio das páginas de websites. Este método<br />
será usado no objetivo que diz respeito<br />
Cabe dizer também que a pesquisa<br />
bibliográfica consiste em embasar<br />
teoricamente todo o trabalho científico ou<br />
acadêmico, com o objetivo de agrupar as<br />
informações e dados que serão úteis a<br />
elaboração da investigação proposta na<br />
pesquisa, a partir de determinado tema.<br />
Após a escolha de uma temática específica<br />
para ser abordada, a pesquisa bibliográfica<br />
deve se limitar ao tema que foi escolhido pelo<br />
pesquisador, servindo como modo de se<br />
aprofundar no assunto. Desta forma, além de<br />
traçar um histórico sobre o objeto de estudo,<br />
a pesquisa bibliográfica também ajuda a<br />
identificar contradições e respostas 10
Anteriormente encontradas sobre as<br />
perguntas formuladas.<br />
Fonseca (2002) apud Gerhard é Silveira<br />
(2009), diz que a pesquisa de campo é<br />
caracterizada por coletas e investigações,<br />
seja bibliográfica ou documental onde pode se<br />
coletar dados junto a pessoas com vários<br />
tipos de recursos de diferentes tipos de<br />
pesquisas. Este método será utilizado no<br />
objetivo que diz respeito à pesquisar<br />
características de revitalização em parques<br />
públicos.<br />
Portanto para analisar projetos de<br />
revitalização em parques públicos irei utilizar<br />
No objetivo D o método de analise baseado<br />
nos aspectos sociológicos segundo Holanda<br />
(2013) que são os aspectos funcionais, pelo<br />
fato da arquitetura ter que suprir as exigências<br />
práticas da vida cotidiana<br />
em termos de tipo de quantidade de espaços<br />
para atividades do corpo e da mente,<br />
aspectos bi climáticos devido a satisfação das<br />
expectativas do nosso corpo quanto a<br />
temperatura, umidade, qualidade, aromas e<br />
movimentos do ar, luminosidade diurna ou<br />
noturna, som ou ruidos, Topoceptivo sentindo<br />
captado pela visão trazendo identidade e<br />
estímulos visuais trazendo quantidade,<br />
qualidade e ordenação capazes de trazer uma<br />
boa orientação. Afetivos por que desperta<br />
emoções e sensações provocados pelo<br />
atributos do lugar. Aspectos simbólicos por<br />
tornar elementos um símbolo que invoca o<br />
lugar onde está.<br />
2.0 Referencial teórico<br />
Os parques urbanos são espaços verdes<br />
essenciais, com função tanto ecológica<br />
quanto estética, os quais podem trazer<br />
qualidade de vida para a sociedade, afinal, os<br />
parques promovem contato da natureza com<br />
suas estruturas e qualidade ambiental, além<br />
de serem determinantes para a realização de<br />
atividade física e o lazer.<br />
De acordo com Kliass, “os parques urbanos<br />
são espaços públicos com dimensões<br />
significativas e predominância de elementos<br />
naturais, principalmente cobertura vegetal,<br />
destinado à recreação” (KLIASS, 1993, p. 19)<br />
2.1 Importância dos Parques públicos na malha urbana<br />
De acordo com Bartalini (1986), as áreas verdes e espaços livres desempenham funções, sendo<br />
agrupadas em três conjuntos, serão discorridos a seguir:<br />
11
2.2 Valores Visuais e paisagístico<br />
Bartalini (1986) mostra a importância da<br />
preservação paisagística urbana, relata um<br />
problema detectado na paisagem sendo ele a<br />
falta ou perda da identidade visual e<br />
orientabilidade. Os espaços e áreas verdes<br />
exerce um importante papel de identificação<br />
de lugares, enfatizando suas características<br />
físicas do sitio, que atua como limites de<br />
áreas urbanizadas, formando assim<br />
compartimentos de paisagens.<br />
No que tange ao planejamento visual da<br />
paisagem, precisa-se da organização dos<br />
elementos que compõe para a associação<br />
entre as formas, produzida pela própria<br />
sociedade e aquelas que já existem no próprio<br />
território, sendo assim, a preservação ou<br />
criação de valores cênicos vale como<br />
referencia para uma determinada área urbana.<br />
2.3 Valores recreativos<br />
Bartalini (1986) assinala também que é de<br />
grande relevância, o papel da qualidade visual<br />
da paisagem, bem como as condições<br />
ambientais urbanas, as áreas verdes e<br />
espaços livres, as quais têm de ter uma<br />
atenção bem especial para o papel que eles<br />
desempenham na recreação.<br />
O crescimento das cidades acaba criando<br />
uma situação contraditória nas áreas verdes e<br />
espaços livres, onde a demanda de espaços<br />
aumenta, mas sua oferta diminui. A oferta de<br />
áreas públicas para recreação pode ser<br />
pequena ou nula; o preço dessas terras,<br />
muitas vezes, está fora de cogitação, assim<br />
como a aquisição de novas áreas.<br />
A compreensão dessa situação nos leva a<br />
considerar a possibilidades de<br />
aproveitamento dos espaços livres<br />
disponíveis, sendo públicos ou privados<br />
abrindo alternativas para suprir a carência<br />
neste setor.<br />
2.4 Valores ambientais<br />
Segundo Dorigo e Ferreira (2015), as áreas<br />
verdes são importantes para qualidade<br />
ambiental das cidades, assumindo o papel de<br />
equilíbrio entre o espaço urbano e o meio<br />
ambiente. E de grande importância o<br />
conhecimento dessas áreas no meio urbano<br />
destacando as devidas funções que elas<br />
desempenham na melhoria das condições<br />
ambientais e de vida da população. Tendo em<br />
vista que os benefícios dessas áreas verdes,<br />
eles vão desde o lazer e recreação a<br />
integração, ajudando também na redução da<br />
poluição.<br />
Bartalini (2015) relata também que um dos<br />
papéis ativo da vegetação está na proteção<br />
do solo, nas áreas urbanas e muito<br />
importante nas encostas íngremes que são<br />
mais sujeitas a erosão. Defendendo o solo<br />
contra erosão, as áreas verdes estão também<br />
garantindo armazenamento de água no<br />
subsolo.<br />
12
3.0 Estudos Urbanos<br />
A compreensão do entorno imediato e<br />
importantíssimo para traçar diretrizes<br />
pro+jetuais com base na coleta de dados<br />
através do mapeamento da área, sendo<br />
assim foi determinado o raio de abrangência<br />
de 1000m com base na quantidade<br />
populacional de 20.000 habitantes em<br />
paralelo a área de estudo.<br />
Mapeamento realizado em samambaia norte-<br />
DF avenida norte para proposta de<br />
revitalização urbana do parque três meninas.<br />
LEVANTAMENTO POPULACIONAL (Autor, IBGE, 2019).<br />
SAMAMBAIA NORTE-DF<br />
QUADRAS<br />
QUANT. HABITANTES<br />
607<br />
5.031.8<br />
609<br />
611<br />
6.398.8<br />
613<br />
409 7.476.73<br />
411 5.875.76<br />
TOTAL 24.783.09<br />
13