Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
DOENÇA<br />
<strong>maio</strong> <strong>2019</strong><br />
OÍDIO EM ABÓBORA<br />
EXIGE CONTROLE IMEDIATO<br />
Ronaldo Machado Junior<br />
Engenheiro agrônomo, mestre em<br />
Fitotecnia e doutorando em Genética e<br />
Melhoramento – Universidade Federal de<br />
Viçosa (UFV)<br />
ronaldo.juniior@ufv.br<br />
Herika Paula Pessoa<br />
Engenheira Agrônoma, mestra e<br />
doutoranda em Fitotecnia - UFV<br />
herika.paula@ufv.br<br />
Fabiana Silva de Souza<br />
fassouza@yahoo.com.br<br />
Carlos Nick<br />
carlos.nick.ufv@gmail.com<br />
Engenheiros agrônomos e professores -<br />
UFV<br />
A<br />
abóbora é suscetível a diversos patógenos<br />
que podem causar prejuízos<br />
ao crescimento e desenvolvimento<br />
das plantas e, consequentemente,<br />
redução de produtividade das lavouras.<br />
Dentre as principais doenças fúngicas que<br />
acometem a parte aérea das plantas, destaca-se<br />
o oídio.<br />
Essa doença é muito comum em cucurbitáceas,<br />
ocorrendo frequentemente em espécies<br />
cultivadas e silvestres, entre elas a<br />
abóbora (Cucurbita spp.), o melão (Cucumis<br />
melo L.) e o pepino (Cucumis sativus).<br />
Epidemias são mais severas em condições<br />
de altas temperaturas e baixa umidade,<br />
seja o cultivo realizado no campo<br />
ou sob proteção.<br />
O terrível oídio<br />
Dentre as espécies de fungos causadores<br />
de oídio que atacam a família das<br />
cucurbitáceas, as que ocorrem com <strong>maio</strong>r<br />
frequência e que causam <strong>maio</strong>res danos<br />
econômicos são: Podosphaera xanthii, Golovinomyces<br />
cichoracearum e Sphaerotheca<br />
fuliginea.<br />
Outras espécies de menor importância,<br />
como Erysiphe communis, Erysiphe polygoni,<br />
Erysiphe polyphaga e Leveillula taurica<br />
também são citadas por atacarem as<br />
cucurbitáceas.<br />
Com exceção do fungo I, que tem<br />
como fase assexual o fungo Oidiopsis taurica,<br />
a fase assexual dos demais agentes patogênicos<br />
corresponde ao gênero Oidium<br />
sp. Nessa fase o fungo produz hifas claras<br />
e septadas, dando origem ao micélio branco<br />
ou cinza, com paredes finas, produzindo<br />
conídios hialinos em cadeia, na forma<br />
ovalada ou oblonga, que possuem corpos<br />
de fibrosina quando imaturos.<br />
Esses patógenos são parasitas obrigatórios<br />
de plantas, e para seu crescimento e reprodução<br />
a retirada de nutrientes da planta<br />
hospedeira é realizada sem matá-la, com<br />
a formação de uma estrutura especializada<br />
de penetração e absorção de nutrientes<br />
chamada de haustórios, formados dentro<br />
de células epidérmicas.<br />
Portanto, a observância de plantas hospedeiras<br />
entre os cultivos é fundamental<br />
para o adequado manejo da doença.<br />
Regiões mais afetadas<br />
O oídio é uma das principais doenças<br />
das cucurbitáceas e ocorre em praticamente<br />
todas as regiões onde essas plantas são<br />
cultivadas.<br />
Entretanto, as epidemias da doença<br />
são mais intensas em condições de altas<br />
temperaturas e baixa umidade no campo,<br />
ou sob cultivo protegido.<br />
Todas as cucurbitáceas, cultivadas ou<br />
silvestres, são suscetíveis. Entretanto, a<br />
doença é mais importante nas abóboras,<br />
Henrique Martins Gianvecchio<br />
38