Compositor estaduni<strong>de</strong>nse e está entre os compositores mais influentes do final do século XX. A sua música é normalmente chamada <strong>de</strong> minimalista
Consistindo na “simplicida<strong>de</strong>” estética, no que diz respeito à complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua técnica, po<strong>de</strong>mos atribuir o conceito minimalista <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ao formato da carroceria dos atuais carros <strong>de</strong> fórmula 1, que não costumavam ser montados em uma peça única, até ao gênero da música eletrônica, que busca a repetição constante <strong>de</strong> trechos com função <strong>de</strong> tema e explora as possíveis variações <strong>de</strong> acordo com o <strong>de</strong>senvolvimento dos compassos. Apesar <strong>de</strong> ter repulsa pela nomenclatura, é, sem sombra <strong>de</strong> dúvidas, um compositor minimalista. Talvez a associação com os DJ’s atuais o incomo<strong>de</strong>, ou, quem sabe, a limitação da palavra para <strong>de</strong>finir um artista que se consagrou ao longo <strong>de</strong> sua carreira lançando cds com as mais diversas participações (<strong>de</strong>staca-se Björk, Ravi Shankar, Yo-Yo Ma e Uakti), trilhas sonoras para o cinema, óperas, concertos <strong>de</strong> câmara e sinfonias. Glass trabalhou no inusitado Nosso Lar (2010) após um gran<strong>de</strong> interesse no roteiro, que foi enviado pelo diretor Wagner <strong>de</strong> Assis, que também fez o convite para que ele trabalhasse na produção <strong>de</strong> toda a música do filme. Em entrevista, Wagner afirma que Philip Glass ficou extremamente instigado com relação ao pós-vida e realizava ligações telefônicas questionando sobre tal assunto. Além disso, o compositor também trabalhou no filme Jenipapo (1995), que contava com Julia Lemmertz e Marília Pêra no elenco e abordava os conflitos <strong>de</strong> terra no interior do país, o que – pasmem – para aquela época já era um gran<strong>de</strong> problema, que continua sem muita solução. A diretora Monique Gan<strong>de</strong>rberg, que dirigiu Jenipapo, está atualmente envolvida em sua turnê <strong>de</strong> comemoração aos 80 anos do músico, com a divulgação <strong>de</strong> seus estudos pessoais para piano, que ele afirma terem dois propósitos: acrescentar seu acervo <strong>de</strong> música solo <strong>de</strong> recital e exercitar sua evolução no instrumento. O que então viria a singularizar a obra <strong>de</strong> Glass, <strong>de</strong> modo que não vejamos semelhança entre suas composições e a música eletrônica? Algo chamado <strong>de</strong> Modalismo, que se baseia em um sistema musical baseado em modos, isto é, uma forma específica <strong>de</strong> organizar os sons. Até aqui se sente a presença do seu amor pelo que faz: Glass assume estas regras em nome da sua disponibilida<strong>de</strong> concentrada para a Música e vai buscar este “quadro normativo” à própria Música: “Quando eu era uma criança, os meus pais puseram-me a estudar Música porque era um sinal exterior <strong>de</strong> uma boa educação. Quando chegou a vez dos meus filhos, eu apliquei-lhes a mesma receita, mas por razões diferentes - quis, sobretudo, que eles aproveitassem os hábitos <strong>de</strong> trabalho que a Música exige e que ficam para toda a vida, seja qual for o ramo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>”- Fonte: planoaberto.com.br. 19