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<strong>Boletim</strong> <strong>Integral</strong> B<br />
<strong>2019</strong><br />
Educadora: Aline Santana<br />
Auxiliar: Regina Galdino<br />
Orientadora: Cíntia Simão
Projeto: Artistas Viajantes -<br />
Expedições na Natureza<br />
As árvores estão por<br />
toda parte. Pensando<br />
nisso, nosso Projeto<br />
teve como ponto de<br />
partida as observações<br />
dos trabalhos de alguns<br />
Artistas Viajantes,<br />
como Rubens Matuck,<br />
Johann M. Rugendas,<br />
Spix e Martius, entre<br />
outros que faziam<br />
registros com desenhos<br />
do que observavam na<br />
natureza a sua volta.<br />
Alguns desses artistas<br />
faziam também<br />
representações de<br />
povos, modos de vida<br />
de muitos anos atrás,<br />
no entanto, nunca<br />
perderam de vista a<br />
flora e a fauna, a nossa<br />
riqueza natural.
As crianças<br />
foram inspiradas<br />
por esses<br />
artistas<br />
talentosos e<br />
convidadas a<br />
olhar com mais<br />
atenção a beleza<br />
natural logo ali,<br />
no nosso<br />
quintal.<br />
Mergulhamos de<br />
cabeça nesse<br />
percurso e<br />
pudemos<br />
descobrir mais<br />
sobre nossas<br />
maravilhosas,<br />
jovens e velhas<br />
árvores, a fim de<br />
aprimorar<br />
olhares<br />
estéticos,<br />
científicos e<br />
poéticos.
Durante o percurso,<br />
surgem diversas<br />
indagações: como as<br />
árvores sobrevivem? O que<br />
há por dentro delas? Como<br />
apareceram na nossa<br />
escola? Com todos esses<br />
questionamentos,<br />
mergulhamos um pouco<br />
mais a fundo na ciência<br />
para fazermos descobertas<br />
e nos encantar cada vez<br />
mais por nossas belas<br />
árvores.
Descobrimos que, ao<br />
olharmos<br />
atentamente para as<br />
folhas que caem pelo<br />
chão, podemos<br />
levantar hipóteses<br />
sobre a origem da<br />
árvore à qual elas<br />
pertenciam, por<br />
exemplo: “essa folha<br />
é de uma árvore que<br />
se chama pata de<br />
vaca, eu vi essa<br />
árvore com meu pai”<br />
(Arthur Mariano);<br />
“essa folha é de uma<br />
vitória régia” (Luma);<br />
“ eu já vi uma vitória<br />
régia e as folhas são<br />
maiores” (Henrique<br />
Feijó).
Imersos em profunda<br />
pesquisa, constatamos que<br />
dentro das árvores existe a<br />
seiva, que garante sua<br />
sobrevivência, pois fornece<br />
todos os nutrientes dos quais<br />
as magras, gordas, velhas,<br />
jovens, altas e baixas árvores<br />
precisam para embelezar<br />
nossos espaços. Além disso,<br />
não perdemos de vista o fato<br />
de que, para outras culturas,<br />
essas árvores possuem outras<br />
interpretações além das<br />
nossas, como para os<br />
indígenas, que veem nas<br />
árvores possibilidades de<br />
cura, boa sorte, fonte de<br />
alimento, entre várias outras<br />
funções.
O olhar estético toma conta do espaço,<br />
movido pelas produções de desenhos com<br />
aquarela de Rubens Matuck; as crianças<br />
passam a observar o espaço com ainda<br />
mais brilho no olhar, registram suas<br />
impressões acerca deste e acendem<br />
afinidades por espaços, e intervenções que<br />
antes não observavam.
Desenhos de<br />
observação das<br />
árvores do nosso<br />
quintal!
Logo,<br />
aprofundamos<br />
o estudo sobre<br />
essa árvore e<br />
fizemos<br />
múltiplas<br />
descobertas.<br />
Desse modo,<br />
redescobrem uma<br />
árvore que lhes<br />
chamou a<br />
atenção, a<br />
Araucária; pouco<br />
se sabia sobre ela,<br />
e algo que lhes<br />
saltava aos olhos<br />
era a diferença<br />
desta quando<br />
comparada a<br />
outras árvores<br />
encontradas por<br />
aqui.
Descobertas<br />
como,<br />
tamanho, tipo<br />
de casca ...
Diâmetro, tipo<br />
de folha ...
Regiões típicas,<br />
clima favorável,<br />
tempo de<br />
sobrevivência ...
Tipo de fruto,<br />
entre outras<br />
várias<br />
descobertas.
Para o encerramento do nosso projeto,<br />
expandimos nossas investigações para além<br />
dos muros da escola: fomos olhar as árvores<br />
que habitam a nossa volta, e vivenciamos<br />
momentos incríveis de descobertas e<br />
redescobertas.
Registros...<br />
Coletas...
Algumas<br />
intervenções<br />
que pudemos<br />
observar e<br />
fazer.
Modelagem<br />
“Arte não é só desenho, não é só pintura. Arte é um monte de coisa.”<br />
O ponto de partida para a abertura do trabalho em<br />
Linguagens da Arte foram algumas provocações em<br />
torno do modelar, o que, para as crianças, seria esse<br />
processo?
Em meio a várias colocações das próprias<br />
crianças, como “modelar é o serviço das mãos”<br />
(Clara), “eu acho que modelagem é misturar algo<br />
com as mãos” (Maria Eduarda M.), “modelar é<br />
mexer e fazer um modelo” (Kim), “modelar é uma<br />
mistura de água, terra e misturar tudo com as<br />
mãos” (Thiago), iniciamos uma pesquisa em<br />
torno de algumas matérias, como massinha,<br />
terra, e argila.
As crianças interessaram-se muito pela mistura da<br />
terra com a água, então, foram apresentados a elas<br />
artistas que podiam contribuir para o percurso que o<br />
grupo pré-determinou, o de estudar mais a<br />
materialidade. Vimos alguns trabalhos de Celeida<br />
Tostes, que usa terra em suas produções de<br />
modelagem, inclusive terra para intervenções no<br />
próprio corpo.
O olhar dos pequenos se<br />
acende para a terra,<br />
fizeram diversas<br />
experimentações com<br />
esse material...
Concluem que para modelar existem<br />
vários materiais, porém, a argila,<br />
derivada da terra, é o mais eficiente.
Desse modo, partimos para investigações na argila. As<br />
crianças ampliaram seu repertório e apropriaram-se<br />
de novas técnicas, embaladas por alguns artistas<br />
como Mestre Vitalino e Mestre Nena, que faziam<br />
produções que representavam suas vidas no sertão.<br />
Assim, o grupo descobre seu próprio caminho<br />
pessoal muito voltado para reproduções e<br />
criações de personagens que fazem parte de seu<br />
dia a dia. As crianças apropriaram-se da<br />
linguagem, levadas pelo lado lúdico do mundo<br />
que as cerca.
Ateliê de<br />
Percurso<br />
No ateliê, as crianças descobriram novas<br />
maneiras de uso dos materiais que lhes eram<br />
disponibilizados. Aprimoraram suas técnicas<br />
ao longo do processo, pela constância dos<br />
materiais, podendo assim experimentá-los de<br />
várias maneiras.
Cada um seguiu seu<br />
percurso individual,<br />
trabalhando com o que mais<br />
lhe chamava a atenção, e<br />
assim as crianças foram<br />
descobrindo suas<br />
preferências. Para inspirar<br />
as pesquisas, a cada<br />
encontro lhes eram<br />
apresentados ateliês de<br />
alguns artistas que<br />
pudessem contribuir com os<br />
caminhos que cada um<br />
escolheu percorrer.
Leitura no 1º<br />
ano:<br />
Depois de realizarem as suas lições de casa, é no<br />
fim da tarde que o 1º ano se encontra para as<br />
sessões de leitura, encaminhadas pela professora<br />
auxiliar Camila. Seguimos, neste semestre, com a<br />
proposta de diversificar as nossas leituras ao<br />
trazer para a roda gêneros diversos.<br />
As crianças puderam se divertir com as adivinhas<br />
do livro Armazém do Folclore, dentre outros do<br />
gênero. Bons livros, como Os cinco Esquisitos,<br />
dispararam interessantes conversas sobre as<br />
nossas diferenças. Apreciaram também a beleza de<br />
poemas presentes em livros como O Varal de<br />
poesia, e em demais títulos. Atualizaram seus<br />
saberes sobre o mundo por meio de notícias sobre<br />
esporte, ciência e animais fornecidas pelo Joca,<br />
jornal impresso com publicações direcionadas às<br />
crianças.
Brincadeiras no<br />
1° ano:<br />
Terminadas as lições e a roda de leitura,<br />
as crianças se encontram com o estagiário<br />
de educação física, o Guilherme, para a<br />
proposta de brincadeira dirigida.<br />
Organizamos um acervo contendo as brincadeiras<br />
que as crianças foram conhecendo ao longo dos<br />
meses. Brincadeiras como: Ordem, Gato e rato,<br />
Tica Gelo, Corrida Pô, Passa 10, são algumas das<br />
que podem ser encontradas nessa nossa coleção.<br />
Cada nova brincadeira conhecida passa a integrar<br />
esse conjunto. No início da semana, esse acervo é<br />
consultado e realizamos um sorteio, definindo<br />
assim o cronograma de brincadeira da semana.
Orientação de estudo dos<br />
2º, 3º, 4º e 5º anos<br />
No estudo orientado do 2º ao 5º ano, as<br />
crianças foram auxiliadas nas suas lições<br />
de modo que se tornassem cada vez mais<br />
autônomas na resolução de seus<br />
problemas. Eram convidadas a tirar<br />
dúvidas com colegas, não só com os<br />
adultos, para que pudessem, juntas,<br />
chegar a soluções possíveis.
Boas férias!<br />
Até semestre que<br />
vem!!!