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Foz do Iguaçu, quarta-feira, 7 de agosto de 2019 17<br />
POLÍTICA<br />
Bolsonaro diz que a economia<br />
está dando sinais de recuperação<br />
Presidente participou do 29º congresso da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave)<br />
Andreia Verdélio<br />
Repórter da Agência Brasil<br />
O presidente Jair Bolsonaro<br />
disse ontem (6)<br />
que a economia está<br />
dando sinais de recuperação<br />
e reafirmou que<br />
está trabalhando para<br />
desburocratizar e facilitar<br />
a vida dos empresários<br />
brasileiros. Bolsonaro<br />
falou hoje a empresário<br />
do setor automotivo<br />
durante a abertura<br />
do 29º congresso da Federação<br />
Nacional de Distribuição<br />
de Veículos Automotores<br />
(Fenabrave),<br />
em São Paulo.<br />
"A economia, como<br />
dá sinais fortes de reação,<br />
devemos sim, em<br />
grande parte, ao Ministério<br />
da Economia, que temos<br />
a frente o nosso [ministro]<br />
Paulo Guedes. E<br />
dia após dia, ele vem<br />
mostrando ao Brasil que<br />
eu mudei também, que no<br />
passado eu era estatizante",<br />
disse o presidente. "O<br />
homem evolui e eu venho<br />
aprendendo muito com as<br />
pessoas que tenho ao<br />
meu lado. A maior contribuição<br />
que podemos<br />
dar aos senhores é não<br />
interferir no seu trabalho,<br />
é tirar o Estado de cima<br />
de vocês, é acreditar em<br />
vocês", completou.<br />
Entre as ações já realizadas<br />
pelo seu governo<br />
Bolsonaro: "A maior contribuição que podemos dar aos senhores é não interferir<br />
no seu trabalho, é tirar o Estado de cima de vocês, é acreditar em vocês"<br />
para estimular a economia<br />
e atrair investimentos<br />
para o país, Bolsonaro<br />
destacou a edição da<br />
medida provisória (MP)<br />
da liberdade econômica,<br />
o projeto de lei que propõe<br />
mudanças para obtenção<br />
da habilitação<br />
para motoristas, a liberação<br />
de recursos do Fundo<br />
de Garantia do Tempo<br />
de Serviço (FGTS) para<br />
os trabalhadores e a MP<br />
que garante a antecipação<br />
do pagamento da<br />
metade do décimo terceiro<br />
salário para os aposentados<br />
e pensionistas todos<br />
os anos.<br />
O presidente contou<br />
ainda que, na segundafeira<br />
(5), assinou uma<br />
MP sobre a divulgação<br />
de documentos de empresas<br />
de capital aberto<br />
(com ações negociadas<br />
em bolsa de valores) que<br />
permite que os empresários<br />
possam publicar<br />
seus balanços a custo<br />
zero em sites da Comissão<br />
de Valores Mobiliários<br />
(CVM) ou no Diário<br />
Oficial da União. "As<br />
grandes empresas gastavam<br />
com jornais R$ 900<br />
mil por ano. Vão deixar<br />
de gastar isso aí".<br />
Em abril, o presidente<br />
já havia sancionado a Lei<br />
13.818, de 2019, que dispensa<br />
as companhias fechadas<br />
(sem ações em<br />
bolsa) com menos de 20<br />
acionistas e patrimônio<br />
líquido de até R$ 10 milhões<br />
de publicar documentos<br />
exigidos pela Lei<br />
das Sociedades Anônimas,<br />
como convocações<br />
para assembleias, avisos<br />
aos acionistas e balanços<br />
contábeis e financeiros.<br />
A lei também autoriza as<br />
companhias abertas a<br />
publicarem de forma resumida<br />
em órgão da imprensa<br />
e apenas na internet<br />
a versão completa dos<br />
documentos. As regras<br />
passam a valer a partir de<br />
1º de janeiro de 2022.<br />
Foto: Isac Nobrega/PR<br />
Nacional<br />
Previdência: Onyx espera<br />
que votação em segundo<br />
turno seja concluída hoje<br />
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse<br />
ontem (6) que o governo espera que a votação em<br />
segundo turno da proposta de reforma da<br />
Previdência seja encerrada até hoje (7) na Câmara<br />
dos Deputados. Onyx deu a declaração após reunirse<br />
com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-<br />
RJ), na residência oficial da Câmara, para definir as<br />
estratégias de votação da proposta de emenda à<br />
Constituição (PEC 6/19) da Previdência.<br />
"Queremos a nova Previdência, se possível,<br />
aprovada no início da noite de quarta. Também<br />
sabemos que a oposição deverá apresentar uma<br />
série de destaques. Precisamos construir uma<br />
estratégia para enfrentar isso. A gente já espera<br />
que a oposição cumpra seu papel democrático de<br />
se contrapor", afirmou Onyx.<br />
Segundo ele, o início da discussão deveria ocorrer<br />
ontem à noite, quando seria votada a quebra de<br />
interstício (intervalo) de cinco sessões do plenário<br />
entre o primeiro e o segundo turnos.<br />
Onyx destacou que a expectativa do governo é<br />
repetir o bom resultado da votação em primeiro<br />
turno, no mês passado, quando o texto-base foi<br />
aprovado por 379 votos favoráveis a 131<br />
contrários.<br />
Assim como na votação em primeiro turno, serão<br />
necessários 308 votos para que a matéria seja<br />
aprovada e enviada ao Senado, onde também será<br />
analisada em dois turnos de votação.<br />
Os acordos entre os partidos para aprovar<br />
concessões à reforma da Previdência reduziram<br />
para R$ 933,5 bilhões a economia estimada em 10<br />
anos. Ao encaminhar a proposta ao Legislativo, o<br />
governo federal pretendia gerar uma economia de<br />
R$ 1,236 trilhão, também no período de 10 anos.<br />
(Ana Cristina Campos — repórter da Agência Brasil)