Livreto Um Pouco de Muita Vida - edição 2019
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UM POUCO DE MUITA VIDA<br />
<strong>de</strong> trabalho que criaria a graduação em Turismo. Ela revela o quanto foi <strong>de</strong>safiador<br />
montar e <strong>de</strong>senvolver o curso porque existiam muitas tensões internas e<br />
externas para que as coisas pu<strong>de</strong>ssem acontecer. Ciente disso, continuou firme<br />
no propósito e o curso <strong>de</strong> Turismo cresceu. Continuou lá por sete anos até que<br />
em 2004 foi pra Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Administração, permanecendo ligada <strong>de</strong> algum<br />
modo a Turismo porque lá passou a funcionar só com o apoio <strong>de</strong> bolsistas e ela<br />
ficou orientando a distância até que um novo servidor assumisse. Na Coor<strong>de</strong>nação<br />
<strong>de</strong> Admisnistração, Riva passou 14 anos, on<strong>de</strong> concluiu o seus 40 anos <strong>de</strong><br />
serviço ao CCSA.<br />
A melhor lembrança que leva daqui são as amiza<strong>de</strong>s e a percepção <strong>de</strong> que teve<br />
a influência na vida <strong>de</strong> pessoas que se tornaram profissionais exemplares, como<br />
Michel Vieira, Pâmela Brandão, Max Leandro, Marcos Me<strong>de</strong>iros e muitos outros<br />
que hoje estão aqui <strong>de</strong>senvolvendo o CCSA.<br />
Riva diz que um momento crucial na sua vida foi a implantação do Qualivita<br />
porque ela estava vivendo momentos difíceis em sua vida profissional e o trabalho<br />
<strong>de</strong>senvolvido pelo Qualivita, <strong>de</strong> algum modo, resgatou seu ânimo e saú<strong>de</strong>. Ela<br />
cita os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos pelos bolsistas <strong>de</strong> Práticas Integrativas e Complementares<br />
em Saú<strong>de</strong> como bálsamos no cotidiano laboral.<br />
Riva consi<strong>de</strong>ra que se aposentou no momento preciso para sair com dignida<strong>de</strong><br />
e senso <strong>de</strong> contribuição e acrescenta que precisamos saber qual é o nosso<br />
momento <strong>de</strong> partida. Po<strong>de</strong>r voltar a circular pelo centro e ainda ser reconhecida;<br />
receber sorrisos e abraços; po<strong>de</strong>r interagir com pessoas que sequer teve a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> trabalhar; tudo isso Riva enxerga como um presente. “Aprendi com a<br />
primavera a <strong>de</strong>ixar-me cortar e voltar sempre inteira” Cecília Meireles.<br />
A aposentadoria lhe trouxe essa tranquilida<strong>de</strong> e leveza <strong>de</strong> ir e vir sem obrigações<br />
nem horários, só estabelecendo laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>. Também passou a enxergar<br />
quanta vida existe fora da vida funcional, quanta coisa nova pra <strong>de</strong>scobrir:<br />
vivências <strong>de</strong> Dançaterapia, novas amiza<strong>de</strong>s, viajar livremente pra ver as filhas<br />
que moram em outros estados do Brasil, fazer bordados etc.<br />
A palavra aposentadoria não tem peso algum pra Riva. Ao contrário, ela se<br />
sente gratificada pelo trabalho que fez. Aposentar-se não significa peso nem alívio,<br />
é apenas uma consequência.<br />
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