21.10.2019 Views

RCIA - ED. 103 - FEVEREIRO 2014

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

- 1 -


- 2 -


- 3 -


ÍNDICE<br />

Artigos<br />

05 | Da Redação Sônia Maria<br />

Marques - Paguem pra ver quantos<br />

feriados afetarão o comércio em <strong>2014</strong><br />

07 | Editorial Ivan Roberto Peroni<br />

Baixando a bola, uma referência a<br />

escolha das subsedes para a Copa<br />

39 | Nicolau de Souza Freitas Novas<br />

culturas mudam o cenário tradicional dos<br />

negócios no campo<br />

42 | Thais Costa Domingues<br />

Monitoramento do e-mail do empregado<br />

Capa<br />

Araquimica decide<br />

investir na fabricação<br />

dos seus próprios<br />

produtos que podem<br />

ser encontrados<br />

em sua loja na Via<br />

Expressa.<br />

Cidade<br />

12 | Fort-Lar Ademir Ramos da Silva inaugura<br />

o novo prédio da empresa que cresce na<br />

fabricação de artefatos de alumínio<br />

16 | Compras Governamentais<br />

Aprenda vender sem correr os riscos<br />

18 | Acia Pronta para comemorar<br />

80 anos de fundação em junho<br />

25 | Colégio Progresso<br />

Começa o seu ano letivo <strong>2014</strong> - uma<br />

entrevista com a diretora Leliana Serafim<br />

26 | Homenagem A trajetória do<br />

professor Raphael Lia Rolfsen que<br />

nos deixou em janeiro<br />

Segurança<br />

27 | Por trás das câmeras<br />

Coronel Spera que já foi guarda de<br />

honra da Jules Rimet vive o drama<br />

de fortalecer a Guarda Municipal<br />

Reportagem<br />

20 | Posse Sincoar e Aescar<br />

Marcos Duó assume a AESCAR e<br />

Geraldo Tampellini continua no<br />

SINCOAR<br />

Wladimir Bersanetti<br />

PÁG. 08<br />

PÁG. 12<br />

Compras<br />

Governamentais<br />

Rodrigues agora<br />

é delegado da Sub<br />

Regional do Sescon<br />

em Araraquara PÁG. 20<br />

Especial<br />

32 | Sindicato Rural Açai<br />

já não é mais moda. É a fruta<br />

nossa de cada dia que vem<br />

do norte<br />

Raphael Lia Rolfsen PÁG. 26<br />

Solidariedade<br />

30 | Espaço Ieda Botões de rosa<br />

para o Dia Internacional da Mulher<br />

no dia 8 de março<br />

Jamil Massud e<br />

Celeste Monteiro<br />

são protagonistas<br />

em uma história<br />

de pioneirismo<br />

hoteleiro<br />

Meio Ambiente<br />

34 | Cidade Ela está mais verde<br />

pelos lados do Pinheirinho<br />

Lembranças<br />

42 | Bons tempos Pequenas<br />

lembranças que se transformam<br />

em um tesouro<br />

Jamil e Celeste PÁG. 43<br />

Em foco<br />

45 | Posse no SINCOMERCIO Antonio Deliza<br />

Neto continua como presidente do sindicato para<br />

dar sequência ao excelente trabalho que realizou no<br />

primeiro mandato<br />

CUIDANDO BEM DOS NOSSOS VELHINHOS<br />

O Centro do Idoso está sendo construído<br />

na Avenida Mário Ybarra de Almeida<br />

Está chegando a hora do Centro do Idoso em Araraquara ser inaugurado.<br />

O aporte de R$ 833 mil utilizado na construção do prédio é oriundo<br />

do governo estadual e contrapartida do município. No térreo, os espaços<br />

são destinados à recepção, serviços sociais, ações de saúde, cozinha,<br />

refeitório e copa. Na parte superior, as salas estão reservadas para os<br />

consultórios médicos, enfermaria e gestão do órgão. A unidade é um local<br />

de convivência de manhã e à tarde e terá uma equipe multidisciplinar<br />

com profissionais qualificados na saúde, no esporte e assistência social.<br />

A gestão será da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento<br />

Social com apoio do Fundo Social de Solidariedade e demais secretarias<br />

municipais.<br />

Obrigado<br />

doutor<br />

Helder<br />

O vereador Doutor Helder apresentou na<br />

Câmara requerimento cumprimentando a Revista<br />

Comércio & Indústria pela reportagem sobre<br />

Olívia Croce, na seção Seu Nome Está na Rua,<br />

coordenada por Samuel Brasil Bueno. Olívia era<br />

a filha mais velha das mulheres de uma prole de<br />

11 filhos. Seus pais, Paulínia e Leonardo Croce.<br />

Agradecemos a gentileza do vereador em destacar<br />

o nosso trabalho.<br />

- 4 -


DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

Sônia Maria Marques<br />

Edinei Capistrano compra mais um<br />

Boeig para sua central de eventos na<br />

estrada de Bueno<br />

PÁG. 40<br />

Turquinho<br />

PÁG. 53<br />

Futebol Amador<br />

53 | Palmeirinha<br />

A Vila descia para a cidade<br />

nos dias de jogos pelo<br />

Campeonato Amador.<br />

Era uma alegria só. Em<br />

campo estava o Turquinho.<br />

Na Série Ouro dos grandes<br />

clubes do Amador veja<br />

a história do Palmeiras.<br />

A Secretaria de Meio Ambiente, em<br />

parceria com a Locomotiva Rugby e<br />

o Instituto Brasileiro de Preservação<br />

e Conscientização Ambiental, plantou<br />

500 mudas nativas e frutíferas no<br />

entorno do campo de rugby do<br />

Pinheirinho. O plantio em janeiro<br />

contou com a participação dos atletas<br />

da Locomotiva Rugby e do diretor do<br />

IBPCA Serginho Maxxi.<br />

Para o secretário de Meio Ambiente,<br />

José Antônio Delle Piagge, “a ação<br />

fortalece o programa Município Verde<br />

Azul e amplia a Reserva Verde do<br />

Pinheirinho, além de sensibilizar os<br />

adeptos do rugby para as questões<br />

ambientais”. Segundo o diretor<br />

Serginho Maxxi, do IBPCA, o plantio<br />

em Araraquara integra o programa de<br />

Neutralização de Carbono (CO²)<br />

Documento<br />

50 | Samuel Brasil Bueno<br />

A história de Benedito Flório que<br />

conseguiu criar com seus filhos uma<br />

das maiores redes de padarias nos<br />

anos 60 na cidade<br />

Saúde<br />

52 | Descoberta Antonio Carlos<br />

Guastaldi, da Química local,<br />

desenvolve uma bioválvula que<br />

pode simplificar as operações do<br />

coração<br />

53 | Verão Ele está com tudo e a<br />

esteticista Cátia Rezende passa<br />

algumas orientações para sua<br />

pele não ficar tão judiada<br />

Comportamento<br />

57 | Os Rolling Stones em<br />

Araraquara e Matão<br />

No começo de 1969, Mick Jagger e<br />

Keith Richards passaram por aqui e<br />

seguiram para Matão onde ficaram por<br />

duas semanas. Tempo de loucuras.<br />

Variedades<br />

64 | Em foco Os fatos e as pessoas da cidade<br />

70 | Luiz Carlos Bedran Tudo igual; é ilusão<br />

pensar que o ser humano mudou. Continua o mesmo,<br />

igualzinho a milhares de anos<br />

AQUECIMENTO COM CINTURÃO VERDE<br />

referente à partida de rugby entre<br />

Seleção Brasileira e Seleção de<br />

Portugal e mais os jogos do<br />

campeonato paulista de 2013. “As<br />

árvores plantadas irão ao longo<br />

de suas vidas, retirarem o gás da<br />

atmosfera. Araraquara sai na frente e<br />

é o primeiro campo oficial de rugby a<br />

receber plantio de mudas no entorno<br />

do alambrado“, avalia Serginho.<br />

“Daqui a 10 anos iremos ter um<br />

cinturão verde em volta do nosso<br />

campo de rugby”, projetou o hooker<br />

Michel Priori, 30, “e também estamos<br />

colaborando por uma cidade melhor a<br />

cada dia”, completou. O Rugby é um<br />

esporte coletivo de intenso contato<br />

físico. É originário da Inglaterra e só<br />

agora começa a ser difundido na<br />

cidade.<br />

Paguem para ver quantos<br />

feriados afetarão o<br />

comércio em <strong>2014</strong><br />

Pobre comércio. Com tantos feriados caindo em dias úteis ao longo do<br />

ano e a realização da Copa do Mundo, já se começa uma contagem regressiva<br />

para ver quantos dias livres teremos em <strong>2014</strong>. No ano passado<br />

- 20 de novembro, Dia da Consciência Negra - marcado pela luta contra<br />

o preconceito racial, acabou se transformando em um meio feriado. Este<br />

ano com mais tempo para debates é provável que a questão volte a ser<br />

debatida. E olhe que seria um feriado em plena quinta-feira. Na época,<br />

uma parte do comércio esteve aberta, outra fechada e a situação foi<br />

confusa. Em <strong>2014</strong>, de acordo com o calendário oficial brasileiro, o País<br />

possui nove feriados nacionais e sete pontos facultativos, sem contar<br />

com datas comemorativas estaduais e municipais. Com a Copa, os<br />

dias de jogos da Seleção Brasileira e das partidas nas cidades-sede<br />

podem ser somadas ao calendário de dias livres.Contando apenas os<br />

feriados que cairão em dias úteis, por exemplo, podemos ter 16 feriados<br />

neste ano. Além dos que constam no calendário oficial brasileiro,<br />

estão nessa soma mais um dia de feriado estadual, sete dias de ponto<br />

facultativo nacionais, três feriados municipais, três jogos da Seleção<br />

Brasileira. Somando esses 16 feriados com os 104 finais de semana<br />

de <strong>2014</strong>, serão 120 dias de folga ao longo do ano. O detalhe é que,<br />

dependendo do desempenho da Seleção Brasileira ao longo das fases<br />

da competição, mais alguns dias podem ser incluídos nessa conta. O<br />

número e a sequência de feriados na cidade têm atrapalhado as vendas<br />

no comércio e em determinados períodos os prejuízos chegam a<br />

50%. No ano passado, o comércio de Araraquara deixou de arrecadar<br />

pelo menos R$ 80 milhões nos 13 feriados que caíram em dias úteis,<br />

segundo o Sincomercio, Fecomercio-SP e Secretaria de Estado da Fazenda.<br />

Neste ano os prejuízos serão maiores.<br />

REVISTA<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>103</strong> - <strong>FEVEREIRO</strong> / <strong>2014</strong><br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi,<br />

Marcos Assumpção<br />

Design: Mário Francisco, Carolina Bacardi,<br />

Fernando Oprime, Bete Campos<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente<br />

em Araraquara e região<br />

INFORMAÇÕES ACIA: (16) 3322 3633<br />

COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

Equipe da Locomotiva Rugby que defende<br />

Araraquara no Campeonato Paulista<br />

- 5 -


- 6 -


<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

BAIXANDO A BOLA<br />

Araraquara está fora do roteiro da Copa do Mundo.<br />

Aliás, já estávamos. O que se criou ao longo do tempo<br />

foi uma forte expectativa e sobre a qual nos colocamos a<br />

sonhar, imaginando que seria possível buscar a realidade<br />

caminhando sobre a areia. Mentimos para nós mesmos.<br />

Ficou claro durante todo processo seletivo, que um belo<br />

estádio de futebol não tinha nenhum poder de convencimento<br />

para que qualquer seleção viesse para cá durante<br />

a fase preparatória. Fomos trocados é verdade, por centros<br />

de treinamentos que não chegam aos pés da Arena da<br />

Fonte e se o critério de escolha tenha sido pautado apenas<br />

por este item, chego a desconfiar então que houve ingerência<br />

política contrária para evitar que a cidade entrasse<br />

na rota do Mundial.<br />

Se as seleções classificadas colocaram - e normalmente<br />

é isso que acontece - como prioridades o sossego,<br />

a distância do assédio e a possibilidade de paz de espírito<br />

aos jogadores, aliando estes itens à necessidade do conforto<br />

e qualidade de vida dos seus atletas, é evidente que<br />

o descarte de Araraquara se deu há muito mais tempo do<br />

que se imagina.<br />

Vejamos. No final de 2012 estiveram em nossa cidade<br />

o Secretário de Comércio Exterior de Portugal e o Cônsul<br />

de Portugal para algumas missões. Foram conhecer<br />

na oportunidade, um local onde a seleção portuguesa<br />

poderia estar se concentrando. Após a apresentação deste<br />

espaço, timidamente o gerente disse aos portugueses:<br />

“Podemos ceder os dois últimos andares para a vossa seleção”.<br />

Prontamente, o dirigente português respondeu:<br />

“Amigo, vocês nos entregam a chave e voltam depois<br />

para fechar a conta”. Ao comentar as benfeitorias,<br />

os portugueses foram ainda mais incisivos: “Tudo é muito<br />

bonito mas a piscina pode ser vista<br />

como uma banheira para o Cristiano<br />

Ronaldo”.<br />

Naquele momento, sentimos um<br />

ponto final em nossas pretensões,<br />

A Bélgica que não é seleção de ponta ficará neste lugar<br />

em Mogi das Cruzes: Paradise Golf and Lake Resort<br />

porém, convictos que ainda somos uma cidade despreparada<br />

para um evento deste porte. E de lá para cá quase nada mudou;<br />

continuamos com a mesma cadeia de lanchonetes e restaurantes,<br />

rede hoteleira, estádio de futebol, roteiro turístico inalterado,<br />

e, de novo mesmo, a reabertura do Aeroporto Bartholomeu<br />

de Gusmão e chegada da Azul com suas operações, uma delas<br />

recentemente frustrada por um caminhão que parado na pista,<br />

impediu a aterrisagem do avião que trazia passageiros de<br />

Campinas.<br />

A desclassificação de Araraquara ser subsede tem que nos<br />

levar à reflexão e ser vista com seriedade para evitarmos até<br />

mesmo humilhações. Usando uma expressão popular, já não<br />

podemos “soltar o rojão para depois corrermos atrás da vareta”.<br />

A tecnologia nos leva a fatos imediatistas, precisos, ações<br />

concretas que preencham as necessidades de cada um. Devemos<br />

nos adequar à realidade e estarmos conscientes se a nossa<br />

estrutura atenderá os anseios de quem promoverá o evento. A<br />

estratégia da venda de uma imagem falsa, é ruim.<br />

Louvamos a iniciativa do prefeito Marcelo Barbieri em entrar<br />

nesta disputa para conquistar uma subsede. Consideramos<br />

até mesmo ousadia da sua parte, no entanto, à distância sentíamos<br />

que ele estava só, sem respaldo político e até mesmo<br />

trabalhando desguarnecido do apoio de quem poderia ter benefícios<br />

comerciais. O lobby tão comum em situações assim<br />

não aconteceu e devemos entender que isso seria indispensável<br />

dentro da sua legalidade e moralidade pois como é que se<br />

explica Itú abrigar as seleções do Japão e da Rússia. Perdemos<br />

até para Porto Feliz que ficou com Honduras. Da próxima vez<br />

vamos baixar a bola...<br />

- 7 -


A loja na Via Expressa, 656<br />

O SUCESSO QUE VEM DO TRABALHO<br />

ARAQUIMICA EXPANDE SUAS ATIVIDADES<br />

EMPRESA LANÇA NO MERCADO SEUS<br />

PRÓPRIOS PRODUTOS: É O DINO<br />

Muitas empresas nascem<br />

pequenas, contudo, os<br />

sonhos e os planos oferecem<br />

perspectivas de um futuro<br />

enorme: felizes são os que<br />

se valem da ousadia e juntam<br />

a audácia à vontade de vencer.<br />

Com visão nas suas ações e<br />

uma missão a cumprir, a<br />

Araquimica sentiu que era<br />

hora de crescer. Hoje não é<br />

apenas uma loja: também<br />

é uma indústria<br />

Em uma cidade que vem atingindo um<br />

índice de desenvolvimento econômico dos<br />

mais expressivos, graças a chegada de novas<br />

empresas, a Araquimica - genuinamente<br />

araraquarense - vem consolidando seu espaço<br />

na área corporativa. No mercado local<br />

e regional há nove anos, a Araquimica<br />

durante todo esse espaço<br />

de tempo, sempre<br />

pautou em sua linha<br />

de compromissos pelo<br />

excelente atendimento<br />

e produtos de ótima<br />

qualidade; porém, a<br />

expansão econômica<br />

da cidade agora exige<br />

simultaneamente uma<br />

abertura no seu leque<br />

de serviços. Daí o início<br />

da fabricação dos<br />

seus próprios produtos,<br />

criando a marca Dino, que engloba vários<br />

produtos, obedecendo as mais rígidas exigências<br />

normativas.<br />

“Dino”, produtos que vêm sendo fabricados<br />

há dois anos, é a marca criada pela<br />

Araquimica que a conduz à condição de<br />

indústria. A marca engloba inúmeros itens<br />

fabris como desinfetante, amaciante, detergente,<br />

alvejante sem cloro, água sanitária,<br />

- 8 -<br />

limpadores perfumados, sabão líquido e<br />

multiuso. Todos os produtos são desenvolvidos<br />

em seu laboratório e produzidos com<br />

os padrões de qualidade e competitividade<br />

exigidos pelo mercado, seguindo as exigências<br />

da ANVISA, Vigilância Sanitária,<br />

CETESB, CRQ - Conselho Regional de<br />

Química, o que lhe garante rígido controle<br />

de qualidade. O laboratório conta com um


Linha Dino para limpeza de pneus<br />

O mesmo produto em vasilhames menores<br />

Exposição da sua linha de produtos Dino<br />

O PROCESSO DE FABRICAÇÃO<br />

A Araquimica utiliza equipamentos dos<br />

mais modernos e insumos químicos de alta<br />

qualidade para composição e fabricação<br />

dos seus produtos, além de manter químico<br />

responsável e técnico em seu laboratório.<br />

1. Composição<br />

químico responsável e um técnico que trabalham<br />

diariamente na empresa.<br />

Consolidada no mercado, a Araquimica<br />

apresenta uma linha completa de produtos<br />

de limpeza, utilidades domésticas em geral,<br />

limpeza de carros, polimento, cristalização,<br />

descartáveis, linha completa para tratamento<br />

de piso, matéria-prima e essências específicas<br />

para o desenvolvimento de produtos<br />

de limpeza, limpeza de piscinas, tanto para<br />

as donas de casas, até para pessoas jurídicas,<br />

aproveitando o crescimento comercial e industrial<br />

do município.<br />

Nesse caso - comércio, indústria e prestadoras<br />

de serviços, é importante salientar<br />

que a Araquimica dá todo suporte para as<br />

empresas, com explicações e indicações, inclusive<br />

orientações quanto à documentação<br />

para que os fabricantes fiquem em conformidade<br />

com todas as exigências e leis que<br />

se fazem necessárias para a produção desses<br />

materiais, como produtos de limpeza, sabonetes<br />

e outros. Há também na empresa, toda<br />

3. Envasamento<br />

parte para manutenção<br />

de piscinas<br />

com diversos produtos<br />

e orientações<br />

de como devem ser<br />

usados e manuseados.<br />

Araquimica<br />

Produtos de Limpeza<br />

e Descartáveis<br />

atende clientes de<br />

Araraquara e região,<br />

como São Carlos,<br />

Jaú, Bauru, Pederneiras,<br />

Boa Esperança<br />

do Sul, Santa<br />

Lúcia, Américo Brasiliense, Rincão, Matão,<br />

Nova Europa e até de São Paulo.<br />

A empresa, que<br />

começou na Rua Gonçalves<br />

Dias, 31, em fevereiro<br />

de 2005 pelos<br />

fundadores Cesar Augusto<br />

Martins, Silvana<br />

Gomes Martins e Rosa<br />

Chiconato Gomes,<br />

hoje está num local<br />

privilegiado da cidade<br />

- Av. Via Expressa,<br />

656 – Vila Suconasa e<br />

conta com uma equipe<br />

especializada, desde o<br />

atendimento até as orientações que os clientes<br />

necessitam, inclusive, com entrega em<br />

domicílio.<br />

2. Armazenamento<br />

4. Consumidor<br />

- 9 -<br />

ATENDIMENTO ARAQUIMICA<br />

Avenida Via Expressa, 656<br />

Vila Suconasa<br />

Tel.: (16) 3301.0026


- 10 -


- 11 -


REALIZAÇÃO<br />

A FORT-LAR INAUGURA SEU NOVO PRÉDIO<br />

E MOSTRA QUE VALEU A PENA SONHAR.<br />

Acreditar. Talvez seja essa a<br />

lógica que exalta a ousadia de<br />

Ademir Ramos da Silva, que em<br />

1986 fundou a Alumínio Fort-Lar<br />

tendo o apoio e o trabalho da<br />

esposa Maria Aparecida e dos<br />

filhos Vinicius, Fabrício e Flávia.<br />

Juntos, com o passar dos anos,<br />

transformaram a Fort-Lar num<br />

exemplo de amor e respeito aos<br />

negócios, tornando a marca um<br />

orgulho para a cidade.<br />

10 de janeiro de <strong>2014</strong>. A rotina profissional<br />

do empresário Ademir Ramos da Silva<br />

desta feita foi quebrada por uma situação<br />

inusitada: inaugurar ao lado da família - esposa<br />

e filhos - o novo prédio da Alumínio<br />

Fort-Lar, fundada em 1986. Foi em uma<br />

data tão especial que ele e Maria Aparecida,<br />

buscaram resgatar momentos históricos<br />

de uma caminhada traçada por exemplos de<br />

determinação, perseverança, que o próprio<br />

Ademir admite ser a razão do acentuado<br />

crescimento da empresa.<br />

“Nascemos na Alameda Paulista, 2817,<br />

em uma área com pouco mais de 50m², 3<br />

funcionários e a transformação anual de<br />

2500 kg de alumínio em utensílios para cozinha”,<br />

lembra orgulhoso o empresário.<br />

Quatro anos mais tarde (1990), as mudanças<br />

podiam ser notadas, pois a empresa<br />

já contava no seu quadro com 10 funcionários<br />

numa área<br />

instalada de 400m².<br />

Eram 25 toneladas<br />

de alumínio por<br />

ano.<br />

Em 1995, Ademir<br />

Ramos da Silva<br />

exibia com orgulho<br />

a qualidade de<br />

um dos produtos<br />

fabricados pela<br />

Fort-Lar<br />

Tudo caminhava bem e Ademir sentiu<br />

que era preciso crescer ainda mais a partir<br />

de 1995. A fábrica passou então a ocupar<br />

uma área de 1800 m². Issou levou a Fort-Lar<br />

a disponibilizar 40 postos de trabalho direto<br />

e uma transformação de 180 toneladas de<br />

alumínio/ano.<br />

“O que começou com apenas 6 itens em<br />

nossa linha de produção, já eram 290 produtos<br />

diferentes, voltados para as mais diversas<br />

aplicações”, relata Ademir.<br />

- 12 -


Em 1950, Ademir e seus<br />

irmãos Ademar e Adenirce<br />

e os pais Reinor Ramos da<br />

Silva e Maria, na lavoura<br />

em Guarani d’ Oeste:<br />

uma vida toda cheia de<br />

sonhos para ele<br />

A Família Fort-Lar reunida:<br />

Maria Aparecida e Ademir<br />

com os filhos Fabrício,<br />

Flávia e Vinicius, durante<br />

exposição em que a<br />

empresa uma vez mais<br />

divulgou o nome de<br />

Araraquara<br />

Interior da fábrica em<br />

2010, quando a<br />

produção exigia a<br />

expansão em função<br />

do crescimento da<br />

empresa no mercado<br />

Para dar conta dessa ampliação em sua<br />

produção, com redução de custos, melhoria<br />

de qualidade e manter-se no mercado<br />

competitivo, foi necessário criar uma nova<br />

unidade industrial que permitisse a compra<br />

do alumínio bruto e sua transformação em<br />

chapas laminadas. O filho Vinicius, que<br />

acompanha o pai Ademir desde os 12 anos<br />

de idade, hoje explica que em 2001, a Fort-<br />

Lar decidiu montar sua própria fundição e<br />

laminação, atualmente instalada no Disitrito<br />

Industrial, em área própria de 1200m².<br />

Paralelamente, a Fort-Lar com sua expansão,<br />

deixou a Alameda Paulista e foi<br />

para a Rua Miguel Buccalen no Jardim<br />

Iguatemi ocupando 4 mil m² de uma área<br />

total de 20.000 m².<br />

A efetiva participação da esposa Maria<br />

Aparecida à frente dos negócios, bem como<br />

da segunda geração formada pelos filhos Fabrício,<br />

Vinicius e Flávia, tornou a Fort Lar<br />

uma empresa ainda mais conceituada pelos<br />

laços familiares e grande poder visionário,<br />

levando a empresa a novos investimentos:<br />

em 2008 a fábrica adquiriu uma outra área<br />

para construção do seu novo prédio na Avenida<br />

Major Antônio Mariano Borba, 789, no<br />

Jardim Portugal. As obras de expansão começaram<br />

em 2011 e no final do ano passado<br />

foram concluídas: são 6 mil m² de construção<br />

para empregar 120 profissionais e transformar<br />

em média, 50 toneladas de alumínio<br />

por mês na fabricação de 450 itens, entre<br />

panelas de pressão,<br />

panelas, frigideiras, canecas,<br />

canecões, conjuntos<br />

paneleiros, entre<br />

outros.<br />

A diretora administrativa<br />

Maria Aparecida Silva,<br />

considera que a união<br />

familiar e a dedicação do<br />

quadro de colaboradores<br />

foram fundamentais para<br />

o contínuo crescimento<br />

da empresa.<br />

“São essas algumas<br />

das razões da expansão da<br />

Fort-Lar, baseada na ética,<br />

responsabilidade e respeito<br />

ao consumidor, valores<br />

que a família Fort-Lar<br />

considera imprescindíveis, principalmente<br />

quando sabemos que a tecnologia e a modernidade<br />

estão presentes na vida das pessoas”,<br />

revela Maria Aparecida, orgulhosa com o<br />

empreendimento inaugurado em janeiro.<br />

Com a fundação da<br />

Laminação, a Fort-<br />

Lar além da redução<br />

de custos, também<br />

acelerou a fabricação<br />

dos seus produtos<br />

- 13 -


IMPOSTÔMETRO<br />

ELE CHEGOU AOS<br />

200 MILHÕES<br />

Até mesmo na hora de pular<br />

carnaval o folião estará<br />

pagando imposto. No preço<br />

do confete e da serpentina o<br />

índice embutido é de 43%.<br />

À zero hora do dia primeiro de fevereiro<br />

o Impostômetro do site da ACIA e<br />

da Associação Comercial de São Paulo<br />

(ACSP) chegou à marca de R$ 200 bilhões.<br />

Esse é o valor pago em impostos, taxas<br />

e contribuições por todos os brasileiros<br />

desde o 1º dia do ano.<br />

A carga tributária aumentou do ano passado<br />

para esse, já que em 2013 os R$ 200<br />

bilhões foram atingidos dia 14/2.<br />

O presidente da ACSP e da Federação<br />

das Associações Comerciais do Estado<br />

de São Paulo (Facesp), Rogério Amato,<br />

destaca que a maior parte de todo esse dinheiro<br />

arrecadado vai para gastos de custeio<br />

e não de investimento, o que atrasa<br />

o desenvolvimento do Brasil. “Os gastos<br />

do governo federal atingiram um recorde<br />

histórico em 2013 e que os investimentos<br />

cresceram muito pouco. Isso mostra que o<br />

problema das finanças públicas não está do<br />

lado da receita, mas sim, do lado do gasto,<br />

da despesa”, afirma Amato.<br />

FATOS E FOTOS<br />

O GRITO DOS EXCLUÍDOS<br />

A suspeita de desvio dos repasses para compra<br />

de alimentos destinados a entidades sociais<br />

pelo ex-vereador Ronaldo Napeloso, deixou as<br />

instituições filantrópicas da cidade, como o Lar<br />

São Francisco, em situação complicada. Eram<br />

recursos que vinham do Ministério do Desenvolvimento<br />

Social e Combate à Fome, para a<br />

compra de alimentos. Com as denúncias, os recursos<br />

- desde a prisão de Napeloso - pararam<br />

de vir e ainda não se sabe quando serão liberados.<br />

Entidades prejudicadas pelas mazelas do<br />

vereador estão subindo pelas paredes; e nem<br />

poderia ser diferente.<br />

AMOR COM AMOR SE PAGA, DIZ O POETA<br />

UM PRESENTE AO<br />

MELHOR AMIGO<br />

DO HOMEM<br />

O deputado estadual<br />

Roberto Massafera ainda<br />

comemora a sanção pelo<br />

governador Alckmin da<br />

lei que proíbe, em todo<br />

Estado de São Paulo, o<br />

uso de animais em testes<br />

ou na produção de cosméticos,<br />

produtos de higiene<br />

pessoal e perfume.<br />

Massafera reconheceu<br />

que a lei é resultado da<br />

luta abnegada de milhares<br />

de cidadãos paulistas que, individualmente<br />

ou associados em organizações não governamentais,<br />

defendem o direito dos animais. “A<br />

indústria de cosméticos e perfumaria já desenvolveu<br />

tecnologias avançadas e que dispensam<br />

o uso de animais. Diversas empresas já adotam<br />

essa postura.<br />

O APITO DO TREM<br />

SEMINÁRIO DA INDÚSTRIA FERROVIÁRIA<br />

O presidente da Associação<br />

Brasileira da Indústria<br />

Ferroviária, Vicente Abate, diz<br />

que vai colaborar na realização<br />

do seminário da indústria<br />

ferroviária que Araraquara<br />

fará em maio. O objetivo é<br />

fortalecer o setor ferroviário<br />

na região. Um dos motivos<br />

para a organização do evento,<br />

é a vocação logística da cidade, associada à malha<br />

ferroviária, que tem atraído investimentos para<br />

Araraquara, como a Randon, Brado Logística, e as<br />

parcerias entre Iesa/Hyundai e ALL/GE Transportation.<br />

É importante aproveitar o momento.<br />

CTA: BOM OU RUIM<br />

O vereador William Affonso está defendendo<br />

redução de 50% na tarifa de<br />

ônibus urbano, ou seja, metade do preço,<br />

aos domingos e feriados em Araraquara,<br />

como alternativa para aumentar o número<br />

de usuários da CTA. Ele diz que os<br />

balancetes da empresa indicam que nesses<br />

dias os ônibus circulam com poucos<br />

passageiros, gerando mais despesas que<br />

receita à empresa. Alguns questionam a<br />

ideia do vereador achando que “o momento<br />

não é oportuno<br />

para discutir<br />

esse tipo de medida”<br />

que parece<br />

um tanto demagógica<br />

ou então uma<br />

ação política para<br />

conquista do eleitorado.<br />

Quem gosta<br />

de andar de ônibus<br />

aplaude...<br />

Nem na hora da folia o brasileiro vai<br />

escapar da alta carga tributária. Do preço<br />

da serpentina e do confete, 43,83% são de<br />

impostos. No spray de espuma são 45,94%<br />

- 14 -<br />

Tudo acertado. A largada para o Carnaval Para Todos será<br />

no sábado, 01 de março, quando cinco escolas serão destaques<br />

na Passarela do Samba, no Cear, a partir das 19h45,<br />

com entrada gratuita. Participarão: Mancha Araraquara,<br />

Nação Quilombola, Gaviões do Selmi Dei, Morada do Sol<br />

e Victorio De Santi. A apuração das notas e o resultado do<br />

desfile serão conhecidos no dia 5 de março (quarta-feira), às<br />

15 horas, no Cear. De acordo com o secretário municipal da<br />

Cultura, Renato Haddad, este ano haverá um repasse de R$<br />

30 mil reais para cada escola, como no ano passado. Haddad<br />

lembra que "para quem aprecia, o Carnaval é um momento<br />

de total descontração. Nesses dias, livre de horários e compromissos,<br />

o caminho é passar pelas escolas e ir entrando no<br />

clima".<br />

Mancha Verde sempre<br />

foi destaque


- 15 -


COMÉRCIO ILEGAL<br />

ARROCHO EM<br />

CIMA DELES<br />

Bancos, mesas, mesa de<br />

snooker, balanços, cofres e<br />

tantas outras bujigangas vêm<br />

sendo expostos na periferia<br />

da cidade. A Prefeitura diz<br />

que isso vai acabar.<br />

COMPRAS GOVERNAMENTAIS<br />

FORNECER PARA A ADMINISTRAÇÃO<br />

PÚBLICA SEM CORRER OS RISCOS<br />

Curso organizado pela ACIA e<br />

o SEBRAE visa apresentar aos<br />

empresários, de forma direta,<br />

as alternativas para as micro e<br />

pequenas empresas operarem<br />

sem risco no momento em que<br />

participam de licitações.<br />

Uma limpeza<br />

na Nove de<br />

Julho deixou<br />

a rua assim<br />

Ao longo dos anos o SINCOMERCIO<br />

e a ACIA têm reivindicado do Poder Público<br />

o combate ao comércio clandestino em<br />

nossa cidade. Ainda recentemente, o secretário<br />

de Desenvolvimento Econômico,<br />

Antônio Martins, comentou que o Poder<br />

Público adotaria medidas drásticas para<br />

quem age na clandestinidade.<br />

E não deu outra. No final de janeiro, a<br />

Secretaria Municipal de Serviços Públicos,<br />

por meio da Fiscalização de Posturas, intensificou<br />

a ação contra o comércio ilegal<br />

na cidade. Nas últimas semanas, os fiscais<br />

municipais, com apoio da Guarda Municipal,<br />

efetuaram várias apreensões de mercadorias.<br />

Entre os itens constam: cintos, carteiras,<br />

mantas, colchas, tapetes, relógios. A<br />

ação, segundo consta, agora deverá atingir<br />

também os bairros onde caminhões encostam<br />

e são transformados em lojas, esparramando<br />

produtos e artigos pelas calçadas.<br />

As mercadorias poderão ser devolvidas,<br />

desde que o autuado apresente nota<br />

fiscal dos produtos apreendidos e efetue o<br />

pagamento de taxas e multas que variam de<br />

5 a 15 Unidades Fiscal (UFM). Em janeiro<br />

deste ano, a UFM foi reajustada em 5,91%<br />

passando de R$ 39,05 para R$ 41,36.<br />

Segundo o secretário de Serviços Públicos,<br />

Valter Rozatto, a Fiscalização de<br />

Posturas está à disposição dos contribuintes<br />

no combate ao comércio ilegal e com<br />

respaldo jurídico.<br />

Desde que a Lei Geral das Micro e<br />

Pequenas Empresas começou a entrar em<br />

vigor, o empreendedor viu nova oportunidade<br />

de crescimento e geração de emprego<br />

e renda. Surgiu também a oportunidade<br />

de começar a fornecer produtos e serviços<br />

para a administração pública, algo que pode<br />

contribuir e muito para o crescimento de<br />

um Microempreendedor Individual (MEI)<br />

ou Micro e Pequena Empresa (MPE). Mas<br />

devido a falta de informação, os empresários<br />

dessas categorias ficam de fora por não<br />

saberem como funciona o sistema.<br />

“O programa visa conscientizar o empresário<br />

de que ele pode sim participar de<br />

licitações de compras da administração pública,<br />

ou seja, prefeituras e câmaras municipais<br />

de todo o país. Agindo dessa maneira, o<br />

empresário poderá ao ganhar uma licitação,<br />

obter mais faturamento nos seus negócios,<br />

mantendo e aumentando os empregos, enfim,<br />

gerando mais desenvolvimento local.<br />

Com o programa, em parceria com o SE-<br />

BRAE, os empresários aprenderão as melhores<br />

práticas nesse sentido”, diz o presidente<br />

da ACIA, Renato Haddad.<br />

- 16 -<br />

Renato<br />

Haddad<br />

Uma cartilha para também orientar o micro<br />

e o pequeno empreendedor<br />

Segundo ele, tudo é possível, em virtude<br />

dos artigos 42 a 49 da Lei 123/06, Estatuto<br />

Nacional das Micro e Pequenas Empresas,<br />

que falam do tratamento preferencial e diferenciado.<br />

Importante ressaltar que em caso<br />

de empate no preço, a MPE terá a preferência<br />

para o fornecimento, em detrimento daquela<br />

de maior porte, mesmo que o seu preço<br />

seja até 10% maior, completa o dirigente.<br />

A melhor forma de começar a fornecer<br />

produtos ou serviços para a administração<br />

pública, é por meio de dispensas eletrônicas,<br />

também conhecidas como cotações eletrônicas.<br />

A divulgação de dispensas eletrônicas<br />

é diária, através do ComprasNet, que é um<br />

site onde empresas se cadastram e ficam por<br />

dentro das Licitações existentes em todo o<br />

território nacional. As aquisições lançadas<br />

como dispensa eletrônica precisam ficar um<br />

período mínimo de 4 horas e máximo de 48<br />

horas disponível no site. Portanto é um ponto<br />

onde a MPE poderá efetuar consultas de<br />

novas oportunidades de negócio de forma<br />

recorrente. Diariamente haverá novos compradores<br />

divulgando suas necessidades.<br />

Para que se tenha uma ideia, existem<br />

mais de 4 mil unidades compradoras vinculadas<br />

ao sistema. Os órgãos compradores<br />

que utilizam o sistema estão distribuídos em<br />

todo o território nacional.


Paulo Viana,<br />

consultor do SEBRAE<br />

De acordo com o consultor jurídico do<br />

Sebrae-SP, Paulo Viana, o curso visa apresentar<br />

ao empresário as regras que o Poder<br />

Público utiliza para adquirir os produtos<br />

para o seu dia a dia. “Procuramos desmistificar<br />

o receio de que participar de licitações<br />

públicas é algo complexo. Ao mostrarmos<br />

os benefícios que a Lei concede e sua regulamentação<br />

editada em Araraquara, juntamente<br />

com as regras da Lei nº 8.666/93<br />

(Lei Federal de Licitações), mostramos que<br />

é possível e vantajoso ser um fornecedor do<br />

Poder Público”, explica Viana.<br />

O CURSO EM ARARAQUARA<br />

O curso Compras Governamentais -<br />

Como fornecer para a Administração Pública<br />

e Reduzir os Riscos, será realizado em Araraquara,<br />

através da parceria da ACIA e SE-<br />

BRAE, nos dias 17 e 18 de fevereiro, das 8h<br />

às 12h, na ACIA. As inscrições gratuitas, com<br />

disponibilidade de apenas 30 vagas também<br />

podem ser feitas na ACIA e SEBRAE, tendo<br />

o objetivo de reunir os micro e os pequenos<br />

empresários.<br />

Para o consultor do SEBRAE em Araraquara,<br />

Paulo Viana, trata-se de um curso inovador<br />

com tratamento diferenciado, simplificado<br />

e favorecido para as micro e pequenas<br />

empresas para que elas possam compreender<br />

a importância das inovações nos processos<br />

de licitação pública, como instrumento<br />

para o desenvolvimento.<br />

Eu diria também, comenta Renato Haddad,<br />

que é um curso que visa promover nos<br />

participantes, a autoconfiança suficiente para<br />

que possam participar de um processo de licitação<br />

pública. Para o dirigente, a participação<br />

do empreendedor no curso trará grandes<br />

benefícios na expansão dos seus negócios.<br />

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO -<br />

COMPRAS GOVERNAMENTAIS<br />

Encontro 1: Licitação, uma nova<br />

oportunidade para o seu negócio<br />

Encontro 2: AMPE na licitação Pública<br />

Conhecer as leis para controlar os riscos<br />

Encontro 3: Aprender a licitar sem risco<br />

(Parte I)<br />

Encontro 4: Aprender a licitar sem risco<br />

(Parte II)<br />

Encontro 5: Encontrando novas<br />

oportunidades para o seu negócio<br />

- 17 -


FESTA DE ANIVERSÁRIO<br />

A ACIA ESTÁ PRONTA PARA COMEMORAR<br />

80 ANOS DE FUNDAÇÃO EM JUNHO<br />

30 de junho de 1934. Um grupo<br />

de comerciantes e industriais<br />

decide fundar uma associação<br />

que defendesse seus anseios.<br />

A entidade resistiu ao tempo e<br />

se torna cada vez mais atuante.<br />

A atual diretoria da Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara tem em <strong>2014</strong><br />

uma grande responsabilidade: proporcionar<br />

ao seu quadro associativo e por extensão a<br />

toda população, a oportunidade de mostrar o<br />

processo evolutivo de uma entidade que está<br />

completando 80 anos de vida.<br />

Da associação que começou com menos<br />

de cinquenta empresas associadas e hoje<br />

tendo cerca de mil, há um enorme rastro de<br />

saudades. “É de extrema importância que<br />

valorizemos o desempenho dos nossos antepassados<br />

em uma época de poucos recursos”,<br />

revela o presidente Renato Haddad.<br />

Em 1934, a cidade não possuía mais<br />

que 40 mil habitantes e a exemplo de todo<br />

o país, vivia marcada pelo início das mudanças<br />

econômicas, políticas e educacionais<br />

estabelecidas pelo regime de intervenção da<br />

Era Getúlio Vargas em meio a Revolução<br />

Constitucionalista.<br />

Foi neste clima que surgiu a Associação<br />

Comercial e Industrial de Araraquara e o<br />

ideal de seus fundadores jamais foi esquecido;<br />

todos que passaram pela ACIA, lutaram<br />

e lutam em favor do desenvolvimento de<br />

uma cidade que é gostosa de se viver. Como<br />

força viva da sociedade, a associação jamais<br />

esteve ausente, empunhando a bandeira do<br />

progresso e acreditando que “aqui onde<br />

mora o sol” se faz o<br />

alavancamento de<br />

um povo ordeiro e<br />

trabalhador.<br />

Em 1942, ocorreu<br />

a aquisição da<br />

sede social; a primeira<br />

reunião da<br />

diretoria foi em 20<br />

de dezembro de 1942, sob a presidência de<br />

Orlando Da Valle. Durante esta caminhada<br />

o número de associados cresceu juntamente<br />

com o trabalho e o aumento de serviços<br />

prestados, sempre recebendo o apoio de<br />

entidades, clubes de serviços, autoridades,<br />

associados, enfim, de toda a cidade.<br />

A ACIA jamais se limitou a defender e<br />

prestigiar a classe empresarial. Esteve sempre<br />

na vanguarda das grandes causas em favor<br />

de Araraquara e sua população. Sua história<br />

é repleta de atitudes corajosas sempre<br />

com a visão de um futuro ainda melhor. Não<br />

é entidade política partidária, entretanto, é<br />

uma associação em busca de ideais.<br />

Nos anos 60, a associação foi ficando<br />

cercada de prédios de grande porte. Com<br />

isso, foi nascendo o sonho de uma sede<br />

mais moderna com alguns andares. A realização<br />

desse sonho chegou com o presidente<br />

Jovenil Rodrigues de Souza que trabalhou<br />

pela compra do terreno localizado entre a<br />

entidade e a antiga sede do Banco Bradesco,<br />

imóvel pertencente à família Karan.<br />

Hoje, Renato Talel Haddad é o presidente<br />

da ACIA, cumprindo um primeiro mandato<br />

no período 2010-2013. Reeleito em<br />

2013, Renato Haddad dá continuidade aos<br />

projetos criados na primeira gestão.<br />

Para comemorar seus 80 anos, a ACIA<br />

tem o objetivo de organizar um calendário<br />

de eventos voltados para seu quadro associativo,<br />

buscando simultaneamente a captação<br />

de novos sócios. Em fevereiro esta<br />

programação estará definida pela diretoria.<br />

A bela sede em pleno centro da cidade<br />

mostra a força e a pujança da ACIA,<br />

orgulho para o comércio, indústria e o<br />

setor de serviços<br />

- 18 -


- 19 -


AESCAR, SINCOAR E SESCON<br />

NOITE DE FESTA PARA OS CONTABI<br />

Encontro que reuniu em 31 de janeiro contabilistas e proprietários<br />

de empresas contábeis da cidade, além da apresentação das<br />

novas diretorias da AESCAR e SINCOAR, teve a indicação oficial<br />

de Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues como delegado da Sub<br />

Regional do SESCON em Araraquara.<br />

Marcos Henrique Duó<br />

Presidente da AESCAR<br />

Um momento altamente significativo,<br />

histórico para uma das classes profissionais<br />

mais nobres e representativas em nosso<br />

País: a classe que congrega os contabilistas.<br />

Assim é que deve ser definida a cerimônia<br />

de apresentação das novas diretorias do<br />

Sindicato dos Contabilistas de Araraquara<br />

(SINCOAR) e a Associação das Empresas<br />

de Serviços Contábeis de Araraquara (AES-<br />

CAR), empossadas oficialmente no dia 8 de<br />

janeiro. Simultaneamente, o encontro festivo<br />

realizado no Quiosque Eventos propiciou<br />

oficialmente a indicação do nome de Wladimir<br />

Carlos Bersanetti Rodrigues para a Sub<br />

Regional do SESCON em Araraquara.<br />

Marcos Henrique Duó, novo presidente<br />

da AESCAR e Geraldo Luis Tampellini,<br />

reeleito presidente no SINCOAR, fizeram<br />

alusão ao fato, considerando que a chegada<br />

da Sub Regional do SESCON é uma conquista<br />

da classe, demonstrando sua força no<br />

Estado de São Paulo. O diretor José Dini Filho<br />

representou na ocasião o presidente do<br />

SESCON, Sérgio Aprobato Machado Jr.<br />

Geraldo Luis Tampellini<br />

Presidente do SINCOAR<br />

O sistema sindical brasileiro apresenta como um<br />

de seus fundamentos a estrutura confederativa,<br />

ou seja, uma pirâmide formada na base pela representação<br />

de categorias através do sindicato;<br />

no segundo plano pela federação que coordena<br />

a atuação dos sindicatos; e, em última instância,<br />

pela confederação, também com atribuições de<br />

coordenação dos interesses de categorias, desta<br />

feita no nível nacional.<br />

O SESCON-SP neste contexto, é uma entidade<br />

de primeiro grau, um sindicato representativo<br />

das categorias “empresas de serviços contábeis”<br />

e “empresas de assessoramento, perícias, informações<br />

e pesquisas”.<br />

O QUE É O SESCON<br />

Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues<br />

Delegado da Sub Regional do SESCON<br />

contábeis, sociedades e escritórios individuais,<br />

devidamente registradas no Conselho Regional<br />

de Contabilidade do Estado de São Paulo, abrangendo<br />

48 atividades especializadas e privativas<br />

dos Contabilistas e outras 19 atividades compartilhadas<br />

com outros profissionais.<br />

Na categoria assessoramento, perícias, informações<br />

e pesquisas, que é mais genérica, tem cerca<br />

de 70 (setenta) atividades econômicas a ela pertencentes,<br />

abrangendo desde serviços auxiliares<br />

do comércio, serviços auxiliares de intermediação<br />

financeira, atividades privativas de Administradores<br />

e Economistas, consultorias, assessorias e<br />

outras conexas e similares.<br />

Dini entrega<br />

diploma de<br />

delegado<br />

do SESCON<br />

a Wladimir<br />

A própria Constituição Federal se refere à grande<br />

importância dos sindicatos ao dizer que a eles<br />

cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos<br />

ou individuais da categoria, inclusive em questões<br />

judiciais ou administrativas.<br />

No caso do SESCON-SP esses direitos e interesses<br />

dizem respeito a todas as organizações<br />

- 20 -<br />

Em Araraquara instala-se a Sub-Regional e da<br />

qual Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues se torna<br />

seu primeiro delegado. Ele é araraquarense,<br />

nasceu em 1971, é casado com Andréia, tem os<br />

filhos Murilo e Marcelo, está na atividade contábil<br />

desde 1986 e faz parte do quadro societário do<br />

Escritório São Paulo de Contabilidade.


LISTAS DE ARARAQUARA E REGIÃO<br />

José de Souza<br />

Presidente da FECONTESP<br />

José Donizete Valentina<br />

Vice-Presidente do CRC SP<br />

Antônio Deliza Neto<br />

Presidente do SINCOMERCIO<br />

Vereador Jair Martineli<br />

Representante da Câmara Municipal<br />

A AESCAR foi fundada em 1990 por um<br />

grupo de empresários do setor contábil;<br />

o SINCOAR nasceu como Associação<br />

Profissional dos Contabilistas em 1944,<br />

recebendo sua carta sindical em 1975.<br />

DIRETORIA DA AESCAR<br />

Mandato: <strong>2014</strong> / 2016<br />

Presidente: Marcos Henrique Duó<br />

Vice-Presidente: Luis Carlos Velludo<br />

1º Secretário: Valter Renato Moraes<br />

2º Secretário: Daniel Stoque Pecin<br />

1º Tesoureiro: Wladimir C. B. Rodrigues<br />

2º Tesoureiro: Marcos Cristiano Martins<br />

1º Diretor Social: Francisco José Formariz<br />

2º Diretor Social: Vitor Luiz Tampelini<br />

1º Diretor Adjunto: Ronaldo Paganini Oliveira<br />

2º Diretor Adjunto: Eduardo Bonifácio Martins<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Marcos César Garrido<br />

José Antônio Ioca<br />

João Paulo Marconato<br />

SUPLENTES DA DIRETORIA<br />

Roberto Aiello Fonari<br />

Geraldo Luiz Tampelini<br />

José de Paula Trindade<br />

Vilmo Cioni<br />

Júlio Fernando Pascoal Basso<br />

Márcio Antônio Brambilla<br />

José Gomes Araujo<br />

Donizete Fuzari<br />

Paulo Luiz Pecin<br />

Paulo Henrique Pradelli Bonavina<br />

SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL<br />

Rita de Cássia Servidoni Spreafico<br />

Paulo Roberto de Andrade<br />

Marcelo Faiz<br />

- 21 -<br />

Antônio Martins<br />

Secretário de Desenvolvimento Econômico<br />

DIRETORIA DO SINCOAR<br />

Mandato: <strong>2014</strong> / 2016<br />

Presidente: Geraldo Luis Tampellini<br />

Vice-Presidente: Paulo Luiz Pecin<br />

1º Secretário: Luiz Carlos Velludo<br />

2º Secretário: José Antônio Ioca<br />

1º Tesoureiro: Marcos Cristiano Martins<br />

2º Tesoureiro: Eduardo Bonifácio Martins<br />

1º Diretor Social: Wladimir C. B. Rodrigues<br />

2º Diretor Social: Roberto Aiello Fonari<br />

1º Diretor Cultural: Marcos Henrique Duó<br />

2º Diretor Cultural: Francisco José Formariz<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Marcos César Garrido<br />

Maria Regina Fonari Moura<br />

Oscar Sbaglia<br />

SUPLENTES DA DIRETORIA<br />

Paulo Roberto de Andrade<br />

José Roberto de Castro<br />

Benedito Salvador Carlos<br />

Orlando Bonifácio Martins<br />

Marcelo Fais<br />

Geraldo Stivanatto<br />

Júlio Fernando Pascoal Basso<br />

José Antônio da Silva<br />

José Brás de Lima<br />

Paulo Pacchiega<br />

SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL<br />

Rita de Cássia Servidoni Spreafico<br />

Roberto Mantegassi<br />

Donizete Fuzari<br />

DELEGADOS REPRESENTANTES<br />

Geraldo Luis Tampellini<br />

Orlando Bonifácio Martins<br />

SUPLENTES<br />

Luis Carlos Velludo<br />

Roberto Aiello Fonari


A classe contábil na atualidade em Araraquara é muito forte em função do trabalho que<br />

vem realizando ao longo dos anos através do SINCOAR e da AESCAR, que se tornaram<br />

entidades altamente representativas. A maior prova disso é a conquista da Sub Regional<br />

do SESCON e a transformação do posto da JUCESP também em Escritório Regional e<br />

que desde sua implantação é administrado por Orlando Bonifácio Martins.<br />

Roberto<br />

Mantegassi<br />

Daniel Pecin, empossado<br />

como 2° Secretário da<br />

AESCAR<br />

Paulo Luiz Pecin, em seu discurso de<br />

agradecimento após deixar a presidência<br />

da AESCAR<br />

Antônio Carlos<br />

Amaral Callera<br />

Douglas Eugeni da Silva (Escritório Benê), José Donizete<br />

Valentina (Vice Presidente do CRC SP) e o seu anfitrião<br />

Benedito Salvador Carlos, que é o Delegado Regional<br />

do CRC SP<br />

Valmir Marim e Valéria (Escritório São Paulo)<br />

Silvio Rabelo (Vilage<br />

Marcas e Patentes) e José<br />

Marcelo Corrêa (diretor<br />

do SESCON Regional<br />

Ribeirão Preto)<br />

Cesar Neves (Sindicato dos Contabilistas de<br />

Franca) e Wilma; Nilva e João Paulo<br />

Marconato (Conselho Fiscal da AESCAR)<br />

Marcos Cristiano<br />

Martins e Terezinha<br />

Oscar Sbaglia e<br />

Tereza com a<br />

filha Cléo no<br />

jantar realizado<br />

pela classe<br />

- 22 -


Família Duó reunida em noite especial para comemorar a posse de<br />

Marquinhos na AESCAR: Sumara, Mari Helena, Sérgio Ricardo, João<br />

Vitor, José Marcos e Marcos Júnior<br />

Luis Carlos Velludo, vice<br />

presidente da AESCAR<br />

e Maria da Graça<br />

Orlando Bonifácio<br />

Martins e Edna com<br />

o filho Eduardo e a<br />

nora Andréia<br />

Sueli e José<br />

Antônio Ioca<br />

Cidinha e Valdívio Gonçalves<br />

Tânia e Mauro Solssia; Berenice e Sérgio Solssia (Solssia Seguros)<br />

Ana Lúcia e Paulo Henrique Girasol, do<br />

Escritório Modelo Adriana e Marcos Garrido Fabiana Fray e Mariana Junqueira<br />

- 23 -


A GIGANTE INDIANA<br />

A INFOSYS LODESTONE ACABA<br />

DE CHEGAR EM NOSSA CIDADE<br />

A Infosys Lodestone, empresa<br />

oriunda da compra da<br />

consultoria suíça especializada<br />

em projetos SAP pela<br />

multinacional indiana de<br />

serviços de TI, já está em<br />

Araraquara. Sua vinda é uma<br />

das grandes conquistas do<br />

prefeito Marcelo Barbieri.<br />

Fundada em 2005 na Suíça por executivos<br />

oriundos das grandes empresas de consultoria<br />

- as chamadas Big Four - a Lodestone<br />

tem presença em 17 países e faturou US$<br />

211 milhões em 2011. A especialidade da<br />

empresa são projetos internacionais de roll<br />

out de sistemas de gestão SAP, mas no Brasil,<br />

onde abriu em outubro de 2011, o foco<br />

tem sido mais diverso.<br />

A estratégia no país inclui aquisições,<br />

como a da carteira de clientes da<br />

paulista Actual, especializada em<br />

projetos de BI e dos direitos de<br />

licença e vendas do software de<br />

sistema de monitoração e análise<br />

de riscos para ambientes customizados<br />

SAP Code Control da<br />

também paulista Xtet Systems.<br />

Segundo consta, a estratégia<br />

da empresa no Sul é buscar espaço<br />

em projetos nos quais “custos<br />

não são o fator número 1”<br />

envolvendo adequação a regras<br />

como Sarbanes Oxley e ISO ou<br />

metodologias de gestão de serviços<br />

de tecnologia como ITIL<br />

e Cobit. Muitas empresas no Sul<br />

estão dando o pulo de médias para grandes,<br />

fazendo altos investimentos em tecnologia<br />

que precisarão ser gerenciados. O quadro<br />

de consultores da Lodestone é “100% sênior”.<br />

Assim, a capacidade de consultores<br />

mais experientes de acelerar a execução dos<br />

projetos compensaria os maiores custos de<br />

contratação.<br />

A FUSÃO LODESTONE / INFOSYS<br />

A Lodestone foi comprada pela Infosys<br />

em setembro de 2011, por US$ 349,4 milhões.<br />

Por parte dos indianos, o objetivo da<br />

compra foi reforçar sua área de consultoria e<br />

a capacidade de disputar contratos de maior<br />

valor agregado. Foram incorporados cerca<br />

de 850 funcionários da Lodestone, além<br />

de uma carteira de mais de 200 clientes. A<br />

Infosys pretende obter uma receita superior<br />

a US$ 1 bilhão com projetos de consultoria<br />

relacionados aos softwares da SAP.<br />

São números modestos frente ao tamanho<br />

da gigante indiana, que atua com mais<br />

de 30 mil consultores (dentro de uma força<br />

de trabalho de 130 mil) e tem fatia média de<br />

31% na receita da empresa (de US$ 6 bilhões<br />

no último ano fiscal) nesta na.<br />

No Brasil, tanto a Lodestone como a Infosys,<br />

que abriu em Belo Horizonte em 2009,<br />

são negócios recentes, mas a fusão já está<br />

abrindo muitas possibilidades também por<br />

aqui. A fusão combina alto nível de consultoria<br />

com e enorme capacidade de entrega.<br />

A Infosys Lodestone está chegando<br />

graças ao contrato estabelecido com a Citrosuco;<br />

motivada, estrutura a instalação da<br />

empresa em região estratégica no Estado de<br />

São Paulo, visando atender outras empresas<br />

como a Randon. O prefeito Marcelo Barbieri<br />

no começo do ano já havia anunciado<br />

a chegada da Infosys, empresa de capital<br />

indiano que presta serviços na área da tecnologia<br />

da informação. “Esta nova empresa<br />

fechou um grande contrato na região e escolheu<br />

Araraquara para se instalar”, afirmou<br />

Marcelo Barbieri na época.<br />

- 24 -


- 25 -


RAPHAEL LIA ROLFSEN<br />

PERDEMOS UMA PARTE DA<br />

HISTÓRIA ODONTOLÓGICA<br />

Um dos nomes mais importantes<br />

da área odontológica paulista<br />

nos últimos 65 anos nos deixou.<br />

Com ele foram os capítulos de<br />

uma história que só proporcionou<br />

à classe, muito orgulho.<br />

O professor Francisco Lopes, o “Kiko”,<br />

do Núcleo de Artes Visuais de Araraquara<br />

ao retratar certa vez Raphael Lia Rolfsen em<br />

bico de pena, comentou: “Este homem foi<br />

um lutador para a implantação do Campus<br />

Universitário de Araraquara”. No entanto, foi<br />

mais que isso. Sua luta vem desde o dia 5 de<br />

1945 quando fundou a APCD (Associação<br />

Paulista de Cirurgiões Dentistas) em Araraquara,<br />

ao lado do professor Arlindo Soares<br />

de Azevedo, eleito primeiro presidente. Na<br />

época, Rolfsen, ficou como secretário, assumindo<br />

a presidência da entidade em 1957.<br />

A tranquila Araraquara da época, comentou<br />

Rolfsen nos 65 anos de fundação<br />

da APCD, ainda nem contava com o Jardim<br />

Primavera, Quitandinha e São José e<br />

limitava-se a pouco além da igreja de Santo<br />

Antonio, na Vila. A Faculdade de Farmácia<br />

e Odontologia já existia desde 1923. Pouco<br />

mais de 20 consultórios dentários, dois laboratórios<br />

de prótese, um depósito de artigos<br />

odontológicos e três aparelhos de raios-x<br />

especializados: era tudo o que Araraquara<br />

possuía na área, em uma época em que técnicas<br />

e materiais odontológicos apenas começavam<br />

a ser desenvolvidos e a própria<br />

Odontologia passava por grande evolução.<br />

Essa é parte da história da nossa odontologia<br />

que Rolfsen levou no dia 10 de janeiro;<br />

internado no Hospital São Paulo, com<br />

93 anos de idade. Despediu-se com a mesma<br />

elegância que o caracterizou a vida toda<br />

quando profissional, ou diretor da Odontologia<br />

por 10 anos (1962/1972). Ele foi vice<br />

Raphael<br />

Lia Rolfsen<br />

Retrato em bico de pena feito por Kiko Lopes<br />

Reitor da Unesp entre 1980-1984 e dizia<br />

sempre ter orgulho da profissão que abraçara.<br />

Era casado com Olga Haddad.<br />

“Lamentamos profundamente o falecimento<br />

de Rolfsen. Diretor da Odonto por<br />

quatro mandatos, foi o responsável pela<br />

construção do edifício onde funciona a instituição<br />

até hoje. Foi um profissional brilhante<br />

e dedicado que muito fez por Araraquara.<br />

Sem dúvida o seu falecimento é uma grande<br />

perda para a comunidade araraquarense”,<br />

comentou o prefeito Marcelo Barbieri.<br />

- 26 -


SEGURANÇA<br />

O GUARDA DA<br />

“JULES RIMET”<br />

A vida militar de José Antonio<br />

Spera, secretário de Segurança<br />

Pública na cidade, é formada por<br />

desafios e situações inusitadas.<br />

Uma delas: há menos de cinco<br />

meses da Copa do Mundo de<br />

Futebol, ele lembra que no início<br />

da carreira fez a guarda da Taça<br />

Jules Rimet conquistada pelo<br />

Brasil, no México em 1970. O<br />

desafio está em fortalecer o<br />

trabalho da Guarda Municipal.<br />

A realização do Campeonato Mundial<br />

de Futebol no Brasil a partir de junho, faz<br />

o Coronel José Antonio Spera mergulhar<br />

no passado, pois ele no começo da sua atividade<br />

militar em 1970, fez parte de uma<br />

equipe de segurança para a guarda da Taça<br />

Jules Rimet, que o Brasil conquistara definitivamente<br />

em julho de 1970, no México. Os<br />

militares se revezavam em turnos na Praça<br />

Roosevelt, no Vale do Anhangabaú em São<br />

Paulo, onde a taça ficou exposta por vinte<br />

dias. “Segurar a Jules Rimet foi um sonho,<br />

não acreditava naquilo tudo”, recorda.<br />

A taça media 30 centímetros de altura e<br />

possuía 3,8 quilos em ouro puro, tendo um<br />

peso total de 4 quilos. Seu custo foi orçado<br />

em 50 mil francos, considerada uma grande<br />

soma na época. Em 19 de dezembro de<br />

1983, treze anos depois de conquistada, foi<br />

roubada das instalações da CBF. Alguns<br />

dias depois, a imprensa noticiou que o troféu<br />

havia sido derretido para a venda do seu<br />

ouro. Mais tarde, uma réplica foi produzida.<br />

Spera em 1970 segura a “Jules Rimet” no Anhangabaú, em São Paulo. A taça apresentava a<br />

imagem de Niké (ou Nice, a deusa grega da Vitória) com asas estilizadas. A figura tinha os<br />

braços levantados e segurava uma copa de formato octogonal. Um trabalho em início de<br />

carreira que jamais será esquecido por Spera.<br />

Saiba mais sobre o homem da Guarda<br />

Hoje Coronel da<br />

Reserva, José Antonio<br />

Spera ingressou<br />

como aluno soldado<br />

na então Força<br />

Pública de São<br />

Paulo em agosto<br />

de 1969. Em 1970<br />

trabalhou no Quartel<br />

General em São<br />

Paulo. Em fevereiro do ano seguinte, Spera<br />

entrou na Academia de Polícia Militar do Barro<br />

Branco, tendo sido declarado Aspirante<br />

a Oficial em 25/01/1974, completando 40<br />

anos em janeiro passado.<br />

Spera passou a comandar a guarnição do<br />

Tribunal de Justiça de São Paulo e posteriormente<br />

trabalhou em diversas unidades da<br />

Polícia Militar, entre elas o 13° Batalhão de<br />

Araraquara. Ele encerrou a carreira na Assessoria<br />

Policial Militar do Tribunal de Justiça de<br />

São Paulo em 2000.<br />

No final da década<br />

de 70, Spera já<br />

estava em Araraquara,<br />

fazendo parte do<br />

chamado anos dourados<br />

da Polícia Militar<br />

Na Prefeitura Municipal,<br />

a convite do prefeito<br />

Marcelo Barbieri, foi designado<br />

para as funções<br />

de Secretário Municipal<br />

de Segurança Pública<br />

em 2009 e 2010; Secretário de Comunicação<br />

em 2011; Coordenador Executivo de<br />

Governo em 2013 e atualmente responde<br />

pelo cargo de Secretário de Segurança Pública,<br />

da qual faz parte a Guarda Municipal.<br />

Sua função é desenvolver projetos especiais<br />

neste setor, inclusive fortalecendo a Guarda,<br />

após os impactos negativos gerados pela<br />

Central de Monitoramento das câmeras no<br />

final de 2013.<br />

- 27 -


SEGURANÇA PÚBLICA<br />

O QUE ACONTECE HOJE<br />

POR TRÁS DAS CÂMERAS<br />

Em meio aos conflitos e o<br />

clamor por mais segurança, o<br />

coronel José Antônio Spera<br />

assume secretaria disposto a<br />

aliviar a carga de críticas sobre<br />

a Guarda Municipal. Para isso<br />

investe sua experiência em<br />

projetos que têm o apoio do<br />

governo Federal.<br />

Coronel Spera: a experiência<br />

a serviço de projetos que vão<br />

melhorar a segurança pública<br />

Desde o dia 13 de dezembro quando foi<br />

nomeado Secretário de Segurança Pública,<br />

o coronel José Antonio Spera não tem pensado<br />

em outra coisa a não ser restruturar a<br />

Guarda Municipal de Araraquara. Na bagagem<br />

ele carrega diariamente uma outra função:<br />

resgatar a imagem da corporação após<br />

o escândalo envolvendo a espionagem de<br />

mulheres e casais de namorados em closes<br />

íntimas, por alguns guardas em 2013 e denunciadas<br />

em dezembro.<br />

Na época, o prefeito Marcelo Barbieri<br />

decidiu criar uma Corregedoria para apurar<br />

as denúncias, nomeando para isso, o major<br />

aposentado da Polícia Militar Nelson Brito<br />

dos Santos. Duas semanas antes, Barbieri já<br />

havia nomeado para secretário da Segurança<br />

Pública, José Antonio Spera. Uma das primeiras<br />

ações do novo secretário foi anunciar<br />

que a parte administrativa da secretaria seria<br />

transferida para a Arena da Fonte, onde fica<br />

a Central de Monitoramento por câmeras.<br />

Com plena autonomia para recompor a<br />

Guarda Municipal, Spera disse que seriam<br />

adotadas algumas frentes de trabalho: “Temos<br />

que começar pela reconstrução da imagem<br />

que sofreu desgaste com o episódio”.<br />

Na sua opinião, quem deve cuidar da Guarda<br />

Municipal é o próprio Guarda, trabalhando<br />

com ética e responsabilidade nas ações<br />

cotidianas. A Corregedoria apenas abrirá as<br />

portas para que aconteça uma aproximação<br />

entre a unidade e a população. Spera salienta<br />

que para isso existe “um compromisso firmado<br />

entre todos os colegas”.<br />

Uma das exigências de Spera na sua volta<br />

ao comando da Segurança Pública foi de<br />

estar próximo ao Centro de Monitoramento:<br />

“Não faz sentido ficar longe do monitoramento<br />

que é uma ferramenta que contribui<br />

decisivamente para acompanhar as ações<br />

que acontecem nas ruas da cidade; as medidas<br />

de segurança sempre serão mais rápidas”,<br />

diz ele. Por essa razão, sua secretaria<br />

se deslocou para o estádio da Ferroviária.<br />

O projeto de Monitoramento com uso<br />

de câmeras é a menina dos olhos do Secretário<br />

de Segurança: foi ele que preparou o<br />

projeto e trabalhou em cima da aprovação<br />

atendendo pedido do prefeito. O caminho na<br />

época seria o Pronasci (Programa Nacional<br />

de Segurança Pública com Cidadania) de<br />

âmbito federal, para diminuir os indicadores<br />

de criminalidade nas regiões mais violentas<br />

do Brasil.<br />

No início de 2009, diz Spera, foi criado<br />

o Gabinete de Gestão Integrada<br />

Municipal composto pelo prefeito,<br />

autoridades municipais, do Governo<br />

Federal e do Governo do Estado de<br />

São Paulo que atua no município, e re-<br />

Central de Monitoramento na Arena:<br />

é nela que agora fica concentrada a<br />

Segurança Pública<br />

- 28 -


Araraquara terá base móvel de videomonitoramento<br />

com 20 câmeras, apoiada com veículos e a<br />

capacitação de 40 agentes de segurança pública<br />

presentantes da sociedade civil organizada.<br />

O Gabinete seria um requisito para celebrar<br />

convênio de cooperação federativa entre o<br />

Ministério da Justiça e o município, com o<br />

objetivo de promover a institucionalização<br />

do Programa Nacional de Segurança Pública<br />

com Cidadania (Pronasci). Todo projeto<br />

obteve recursos no valor de um milhão de<br />

reais para a instalação de câmeras de videomonitoramento<br />

em pontos estratégicos da<br />

cidade. Porém, logo após essa conquista<br />

histórica para a cidade, Spera e os componentes<br />

da Guarda Municipal entraram em<br />

rota de colisão e ele decidiu se afastar da Segurança<br />

Pública e assumir outra função na<br />

administração pública.<br />

Dois anos depois deu no que deu: o escândalo<br />

das câmeras correu o Brasil e Spera<br />

foi chamado para apagar o incêndio e resgatar<br />

a imagem da corporação com um novo<br />

projeto para colocar em prática através do<br />

Gabinete de Gestão Integrada, da qual a<br />

Guarda Municipal faz parte. É o programa<br />

“Crack, é possível vencer”. A iniciativa tem<br />

o objetivo de aumentar a oferta de tratamento<br />

de saúde e atenção aos usuários de<br />

drogas, enfrentar o tráfico e ampliar atividades<br />

de prevenção até o final do ano.<br />

Para participar, a Prefeitura elaborou<br />

um plano de ação através do Comitê Gestor<br />

que envolve as secretarias de Saúde, Educação,<br />

Assistência e Desenvolvimento Social,<br />

Governo e Segurança, além do setor de Direitos<br />

Humanos da Ordem dos Advogados<br />

do Brasil (OAB Araraquara) e a própria<br />

ACIA, com um representante.<br />

Este programa consiste na efetivação de<br />

três eixos de trabalho - autoridade, prevenção<br />

e cuidado -, e a partir de sua elaboração,<br />

Araraquara teve o plano aprovado pelo governo<br />

Federal.<br />

No plano de ação, a Prefeitura pediu alguns<br />

equipamentos e a liberação de recursos<br />

financeiros para a sua execução no município.<br />

Foram solicitados a instalação do Caps<br />

Infantil; a transformação do Caps Ad (Centro<br />

de Atenção Psicossocial, especializado<br />

no atendimento aos dependentes de álcool e<br />

drogas) em uma unidade de atendimento 24<br />

horas; um Consultório na Rua; uma Unidade<br />

de Acolhimento para Adultos (UAA) e o<br />

apoio às comunidades terapêuticas do município.<br />

Segundo dados do Ministério da Justiça,<br />

Araraquara deve receber para a implantação<br />

e manutenção desses serviços de saúde e<br />

assistência social, cerca de R$ 5,6 milhões.<br />

A Prefeitura também solicitou uma base<br />

móvel de videomonitoramento com 20 câmeras,<br />

apoiada com veículos e a capacitação<br />

de 40 agentes. Neste setor, a estimativa é que<br />

sejam investidos cerca de R$ 2 milhões. A<br />

capacitação dos profissionais que participarão<br />

do Eixo Segurança ocorrerá a partir deste<br />

mês, certificando agentes que trabalharão<br />

no projeto e na parte operacional. A entrega<br />

dos equipamentos tem previsão para a metade<br />

do ano. Outro projeto em andamento e<br />

que aguarda a liberação de recursos, destinase<br />

a compra de equipamentos no valor de<br />

R$ 800 mil reais.<br />

“Embora a Segurança Pública deva ser<br />

provida pelo Estado e União, por intermédio<br />

dos órgãos policiais, o prefeito Marcelo<br />

Barbieri sempre se preocupou em fazer uma<br />

gestão nesta área com a visão totalmente<br />

voltada para a segurança da comunidade”,<br />

diz o Coronel Spera.<br />

Araraquara receberá mais 6 câmeras de<br />

monitoramento de alta definição inclusive<br />

com dispositivo para leitura de placas<br />

- 29 -


NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER<br />

PARA ELA UM<br />

BOTÃO DE ROSA<br />

O Espaço Ieda atende cerca de<br />

30 crianças carentes em meio<br />

período para evitar que elas<br />

permaneçam na rua. Vamos<br />

ajudá-lo a manter seus projetos.<br />

Outrora “Mansão do Caminho”, e hoje<br />

conhecido como “Espaço Ieda”, é onde desde<br />

dezembro quando assumiu a presidência<br />

que o empresário Eder Amador tem trabalhado<br />

com um grupo de voluntários visando<br />

manter os propósitos da entidade: atender<br />

crianças carentes.<br />

“Sempre imaginei colaborar na construção<br />

de uma casa onde pudessemos cuidar de<br />

crianças na faixa de 7 a 14 anos de idade. E<br />

hoje são cerca de 30”, comenta com orgulho<br />

Vicente de Paula Oliveira, um dos voluntários<br />

do grupo responsável pelo Espaço<br />

Ieda. A diretoria da entidade é formada por<br />

membros de todos os clubes Rotarys de Araraquara.<br />

“Procuramos servir a comunidade<br />

com os nossos serviços; fundamos pelo Rotary<br />

Carmo, o Banco de Cadeira de Rodas<br />

há 36 anos e hoje está espalhado por todo o<br />

país”, comenta Vicente. Para ele, são ações<br />

assim que refletem a filosofia do Rotary<br />

sempre preocupado em desenvolver ações<br />

sociais.<br />

O Espaço Ieda já realizou cursos de<br />

Flauta e Alfabetização para as crianças no<br />

ano passado, além de programas “Brincando<br />

e Aprendendo”, integrante de um Curso<br />

de Férias; no Natal, houve atividades esportivas<br />

e entrega de bicicletas e tablets dentro<br />

de uma gincana. Além disso, as crianças saíram<br />

para conhecer o Corpo de Bombeiros e<br />

acompanhar o trabalho dos policiais.<br />

O presidente Eder Amador comenta que<br />

o objetivo do Espaço Ieda é crescer para<br />

ampliar o atendimento às crianças: “Temos<br />

Entrega de bicicletas para as crianças na Gincana de Prêmios<br />

Atividades durante a Gincana<br />

um espaço de 9 mil metros quadrados; pelo<br />

menos, 800 metros quadrados estão ocupados<br />

com a casa do zelador, a cozinha para<br />

refeição e lanches das crianças e sala para<br />

a realização de cursos. Estamos retomando<br />

Bombeiros mostram serviços de<br />

primeiros socorros às crianças<br />

Voluntários na cozinha<br />

a construção do campo de futebol para as<br />

crianças se divertirem e o Salão de Festas<br />

que locado, poderá proporcionar renda para<br />

a entidade manter seus projetos de atendimento<br />

à comunidade”, completa Amador.<br />

No Natal a chegada do papai<br />

Noel para distribuição de<br />

prêmios<br />

O Espaço Ieda, no Jardim Ieda,<br />

vai se integrando rapidamente<br />

à vida da comunidade<br />

- 30 -


AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

INFORMATIVO<br />

edição fevereiro <strong>2014</strong><br />

Novas culturas mudam o<br />

cenário tradicional dos<br />

negócios no campo<br />

É também papel do nosso Sindicato Rural informar, sugerir<br />

e orientar o associado interessado em desenvolver nova<br />

cultura em sua propriedade. Temos em épocas como essa,<br />

que buscar alternativas que contribuam no fortalecimento<br />

do agronegócio, ainda que a laranja e a cana-de-açúcar<br />

sejam a nossa tradição rural. É imprescindível mostrar o<br />

que o presente está nos entregando e o que o futuro nos<br />

proporcionará.<br />

Na verdade, o campo ainda é o nosso habitat onde<br />

preservamos os costumes e as raízes, mas é acima<br />

de tudo o chão abençoado que nos dá a<br />

oportunidade de sobreviver.<br />

Dois meses atrás, quando estivemos na Alemanha como<br />

membro de uma missão coordenada pela Federação da<br />

Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP) e formada por<br />

produtores e presidentes de Sindicatos Rurais, sentimos o<br />

avanço e a importância que aquele país dá ao agronegócio<br />

para ter um desenvolvimento econômico sustentável.<br />

O agronegócio lá se diversifica e creio que aqui será o<br />

caminho graças ao cooperativismo no agronegócio.<br />

Avançamos na produção de alimentos e nas pesquisas; a<br />

tecnologia surge como fonte de prosperidade, daí a razão<br />

de iniciarmos uma série de reportagens mostrando o<br />

surgimento de novas culturas e a prosperidade de<br />

novos negócios vindos do campo, como o açaí.<br />

Nicolau de Souza Freitas<br />

Presidente<br />

Presidente Nicolau de Souza Freitas, do Sindicato<br />

Rural de Araraquara, em meio ao plantio de maçãs,<br />

durante missão da FAESP na Alemanha para<br />

acompanhar a evolução do agronegócio no país<br />

- 31 -


NOVO HÁBITO ESTÁ NA MESA<br />

AÇAÍ JÁ NÃO É MAIS MODA. É A FRUTA<br />

NOSSA DE CADA DIA QUE VEM DO NORTE<br />

Na região de Araraquara investir<br />

no plantio do açaí é visto como<br />

risco: só é possível em várzeas<br />

ou regiões ribeirinhas. Por essa<br />

razão, sua produção em nosso<br />

Estado é mínima, ao contrário<br />

do consumo que é um dos mais<br />

elevados do país.<br />

Há algum tempo, o brasileiro descobriu<br />

o açaí e se rendeu ao seu sabor exótico, mas<br />

muito apreciado. Araraquara não ficou atrás.<br />

Passou a receber casas<br />

especializadas para<br />

a transformação da<br />

polpa ou da fruta em<br />

pratos e tijelas, con-<br />

quistando um público que hoje tem no Açaí<br />

uma grande preferência. Mas que fruta é essa<br />

que ganhou o mercado?<br />

O açaí é também conhecido como açaizeiro,<br />

uaçaí, açaí-branco, iuçara, coqueiro-açaí,<br />

iuçara, palmiteiro, palmito, piná e tucaniei.<br />

Uma palmeira que produz um fruto bacáceo<br />

de cor roxa muito usado na confecção de<br />

refrescos. ‘’Açaí" e "uaçaí" são oriundos do<br />

tupi yasa'i, "fruta que chora", alusão ao<br />

sumo desprendido pelo seu fruto.<br />

Essa palmeira chamada de açaizeiro<br />

é encontrada na várzea da região<br />

amazônica (Amazonas, Pará,<br />

Maranhão, Rondônia, Acre, Amapá e<br />

Tocantins) e países como Venezuela,<br />

Colômbia, Equador, Guianas.<br />

A plantação é nativa e o fruto é colhido<br />

por trabalhadores ribeirinhos que<br />

- 32 -<br />

sobem nas palmeiras com auxílio de um trançado<br />

de folhas amarrado aos pés - a peconha.<br />

Para ser consumido, o açaí deve ser primeiramente<br />

despolpado em máquina própria<br />

ou amassado manualmente (depois de ficar<br />

de molho na água), para que a polpa se solte,<br />

e misturada com água, se transforme em um<br />

suco grosso também conhecido como vinho<br />

do açaí.


Moendo a fruta<br />

O açaí pode ser consumido de diversas<br />

formas: sucos, doces, sorvetes e geleias, ou<br />

até mesmo na tigela, onde a polpa é acompanhada<br />

de frutas ou de outros alimentos.<br />

Na região amazônica, a polpa é consumida<br />

com farinha de mandioca ou tapioca. A polpa<br />

do açaí é um ótimo energético: cada 100<br />

gramas possui 250 calorias. É uma fruta rica<br />

em proteínas, fibras e lipídios, contém as vitaminas<br />

C, B1 e B2, além de boa quantidade<br />

de fósforo, ferro e cálcio. O que antes era<br />

fruto barato e acessível à população das regiões<br />

em que era produzido, tem se tornado<br />

algo elitizado e chega a custar hoje, segundo<br />

o Dieese, R$ 11 o litro, uma alta de 650%<br />

em relação ao preço de 1994: R$ 1,50.<br />

Se por um lado o consumo regional está<br />

em queda, por outro, a demanda nos grandes<br />

centros urbanos do País nunca esteve<br />

tão alta, principalmente no Rio de Janeiro,<br />

em São Paulo, Brasília, Goiás e na região<br />

Nordeste. No Rio de Janeiro, o açaí é muito<br />

consumido nas praias, onde é bastante popular<br />

entre os adeptos da “cultura da saúde”<br />

e entre os frequentadores de academias.<br />

Assim, sua cultura segue com importância<br />

socioeconômica para a região Norte.<br />

O principal aproveitamento é a extração do<br />

açaí, mas as sementes do açaizeiro são aproveitadas<br />

no artesanato e como adubo orgânico.<br />

A planta fornece ainda palmito e as suas<br />

folhas são utilizadas para cobertura de casas<br />

dos habitantes do interior da região. Dos estipes<br />

adultos, 30% podem ser cortados de<br />

cinco em cinco anos e destinados à fabricação<br />

de pastas e polpa de celulose para papel.<br />

Para a população ribeirinha, uma das<br />

mais rentáveis possibilidades comerciais é<br />

a produção e comercialização de seu fruto<br />

in natura. Além disso, o cultivo para o mercado<br />

local é uma atividade de baixo custo e<br />

de excelente rentabilidade econômica. Sua<br />

valorização contribuiu, nos últimos anos,<br />

para um aumento da área manejada de 9.223<br />

hectares, em 1996, para 18.816 hectares, em<br />

Combinação do açaí<br />

2002, tanto para produção de frutos como<br />

para extração de palmito, atendendo mais<br />

de 5 mil produtores, dos quais 92,1% são do<br />

Estado do Pará.<br />

EM ARARAQUARA<br />

Em Araraquara, várias lanchonetes têm<br />

o açaí em seus cardápios, mas o Açaizeiro,<br />

marca que detém três lojas na cidade, trabalha<br />

com o açaí puro, sem conservantes, com<br />

uma polpa de qualidade, por isso a diferença<br />

no sabor que é mais acentuado e cor intensa.<br />

A marca Açaizeiro começou há nove<br />

anos, com Wilton e Fernanda Moura, quando<br />

abriram a loja da Rua Gonçalves Dias,<br />

1165. A partir daí, o açaí tornou-se uma novidade<br />

apreciada pelos araraquarenses.<br />

Bruno Azzolino Macias, que era empreendedor<br />

com uma loja no shopping, se interessou<br />

pelo açaí e em dezembro de 2010, foi<br />

inaugurada então, a segunda loja da marca<br />

Açaizeiro no Shopping Jaraguá e em agosto<br />

de 2013, inaugurou a terceira loja que está<br />

localizada na Av. Bento de Abreu, 638, ao<br />

lado da Lupo Store e Academia Náutico.<br />

O Açaizeiro trabalha com o açaí médio<br />

(tipo B) e exportação (tipo A) Premium, que<br />

vem direto do Norte e processado diretamente<br />

numa distribuidora do próprio Açaizeiro,<br />

em Araraquara, no Distrito Industrial,<br />

Bruno fala que o consumo aumentou<br />

- 33 -<br />

Sorvete<br />

com açaí<br />

muito e quem saboreia uma taça de açaí em<br />

uma das três lojas do Açaizeiro, com certeza<br />

retornará, pois o cliente sente a diferença<br />

no sabor, tornando-se um cliente fiel. As lojas<br />

têm além do açaí, os sucos naturais, as<br />

combinações de sucos nutritivos, os sucos<br />

energéticos (com aveia, amendoim, pó de<br />

guaraná e outros). É importante lembrar que<br />

as receitas, tanto de açaí, sucos e lanches,<br />

tem a supervisão de nutricionista que atende<br />

a marca Açaizeiro, elaborando um cardápio<br />

de forma combinada. Lembramos ainda que<br />

muitas pessoas que experimentam pela primeira<br />

vez o açaí puro ou acompanhado de<br />

sorvete de creme, por exemplo, que é uma<br />

ótima combinação, sempre voltam, como é<br />

o caso de algumas pessoas de outros países<br />

que adoraram o açaí.<br />

Isso para nós é muito bom, pois trabalhamos<br />

com a melhor matéria-prima tanto<br />

do açaí como dos sucos, temos um atendimento<br />

excelente e diferenciado e ótimas<br />

localizações.<br />

Os investimentos na<br />

montagem de lojas<br />

para atendimento ao<br />

consumidor do açaí<br />

têm sido cada vez mais<br />

altos, o que demonstra<br />

que o produto ganha<br />

cada vez mais espaço


MEIO AMBIENTE<br />

CIDADE ESTÁ<br />

MAIS VERDE<br />

Após a iniciativa da Locomotiva<br />

Rugby em plantar 500 árvores<br />

no Pinheirinho, o Rotary<br />

Araraquara também entra no<br />

movimento com 100 mudas.<br />

Estamos na verdade formando<br />

uma grande reserva florestal.<br />

TURISMO RURAL<br />

Milhares de visitantes<br />

prestigiam o Festival<br />

Delícias do Milho em<br />

Bueno de Andrada<br />

em Araraquara, que<br />

a partir deste ano está<br />

no calendário turístico<br />

estadual que destaca<br />

os melhores circuitos<br />

do país<br />

CONSUMO DE ESPIGAS NA FESTA<br />

DEVE CHEGAR A 170 MIL UNIDADES<br />

Aluisio Lima e Tufick Haddad<br />

O Rotary Club Araraquara e a Secretaria<br />

Municipal de Meio Ambiente plantaram<br />

mais 100 mudas no Parque Pinheirinho<br />

no dia 24 de janeiro. “Essas iniciativas<br />

são fundamentais para ampliar a Reserva<br />

Verde do parque que ganhou 43.500 mudas<br />

plantadas pela Secretaria do Meio Ambiente<br />

em parceria com o Departamento<br />

Nacional de Infraestrutura de Transportes<br />

(Dnit) referente à supressão vegetal do pátio<br />

de Tutóia”, disse o secretário da pasta<br />

ambiental José Antônio Delle Piagge.<br />

Segundo o rotariano Tufick Haddad,<br />

o Rotary realiza campanha de reflorestamento<br />

no País e proteção às nascentes.<br />

“As árvores diminuem a poluição e em<br />

Araraquara também cuidamos do bosque<br />

maçônico com limpeza e manutenção”,<br />

disse Haddad. Nos últimos cinco anos, a<br />

área verde da cidade ganhou 200 mil árvores<br />

plantadas no entorno dos córregos<br />

Tanquinho e Serralhal, Ribeirão das Cruzes,<br />

Chácara Flora, entre outras regiões.<br />

Outra ação dos rotarianos é o apoio às<br />

campanhas de vacinação contra a poliomielite,<br />

acrescentou o conselheiro Aluisio<br />

Castro Lima.<br />

Cada vez mais a população<br />

regional vai se habituando a<br />

participar do festival em Bueno.<br />

O movimento passa a ser tão<br />

grande que exigirá o esforço do<br />

pequeno produtor rural dos<br />

assentamentos próximos da<br />

cidade para fornecer o produto.<br />

- 34 -<br />

Com expectativa de superar a média<br />

anual de 50 mil visitantes, o Festival Delícias<br />

do Milho programado para os dias 14<br />

e 15 de junho em Bueno de Andrada, será<br />

diversificado com a presença de equipes de<br />

pilotos brasileiros de paramotor e estrangeiros<br />

que virão para o campeonato paulista da<br />

modalidade esportiva. O festival está inserido<br />

no calendário turístico estadual que destaca<br />

Araraquara dentre os melhores roteiros<br />

de turismo no país. E o prato típico Trem<br />

de Milho, premiado no concorrido Festival<br />

Gastronômico Sabor de São Paulo, promovido<br />

pela Secretaria de Turismo do Estado,<br />

integra o guia oficial que divulga os melhores<br />

pratos típicos no roteiro gastronômico<br />

paulista.<br />

Com isso, a produção de milho verde<br />

para abastecer o evento será aumentada em<br />

30% em relação ao ano passado, quando foram<br />

consumidas 150 mil espigas manufaturadas<br />

em comidas artesanais à base de milho<br />

verde na área de alimentação típica.<br />

Em fevereiro serão feitas duas reuniões<br />

para a apresentação da proposta do evento<br />

aos produtores nos assentamentos Monte<br />

Alegre em Bueno de Andrada e no Bela<br />

Vista do Chibarro. O encontro visa promover<br />

o rateio de produção com prioridade aos<br />

pequenos produtores rurais.<br />

Com a inclusão da modalidade esportiva<br />

no festival (Campeonato Paulista de Paramotor<br />

e Encontro Paulista de Paramotor),<br />

o evento mostra a junção de lazer gratuito<br />

com shows, cultura e gastronomia que prioriza<br />

o desenvolvimento sociocultural e econômico<br />

sustentável da população que trabalha<br />

com a agricultura familiar no município.<br />

Théo com as coordenadoras Eneida de<br />

Toledo (Turismo) e Marimar Guidorzi<br />

(Agricultura)<br />

Promover pequenos negócios no campo<br />

para minimizar o êxodo rural é a tônica<br />

do projeto deste festival gastronômico,<br />

entendendo-se o turismo rural como<br />

um fenômeno que acaba multiplicando<br />

de postos de trabalho e sinônimo de<br />

progresso como essência da perene<br />

contrapartida oferecida à população,<br />

comenta o publicitário Théo Bratfisch,<br />

idealizador e organizador do evento.


CHUTANDO O CALOR<br />

ESCOLHER BEM A ROUPA DE CAMA É<br />

ESTRATÉGIA PARA DORMIR MELHOR<br />

No verão, com temperaturas elevadas inclusive durante a noite,<br />

dormir bem e confortavelmente não é tarefa das mais fáceis.<br />

Tecidos sintéticos, como o poliéster, tendem a esquentar mais e não deixar o corpo transpirar<br />

O calor nos deixa mais agitados e, como<br />

se não bastasse, ainda pode provocar a transpiração<br />

excessiva. Porém, todo esse mal estar<br />

tende a ser amenizado se as roupas de<br />

cama forem adequadas, capazes de absorver<br />

a umidade do suor e se manterem mais leves<br />

e frescas no correr do sono.<br />

Os lençóis mais indicados para os meses<br />

quentes são os feitos de fibras naturais, pois<br />

permitem a transpiração. Nessa categoria<br />

entram o algodão, o linho, a seda natural e o<br />

percal (trama fina e composta por fios penteados,<br />

geralmente de algodão). Alternativas<br />

são o modal (feito de uma fibra extraída da<br />

madeira) e o bambu, que absorvem a umidade<br />

e são bem macios e confortáveis.<br />

O modal e a fibra de bambu ainda têm<br />

vantagens extras: secam muito mais rápido<br />

que o algodão e mantêm o aspecto novo,<br />

mesmo após muito tempo de uso. Por fim,<br />

os lençóis feitos de malha são uma opção<br />

mais barata e útil. Leves, eles amassam<br />

pouco e, por isso, são perfeitos para levar na<br />

mala, porém, tendem a ser um pouco mais<br />

quentes.<br />

Outro fator a ser observado é a quantidade<br />

de fios que compõem a trama, pois ela influencia<br />

na sensação térmica que os lençóis<br />

e fronhas vão proporcionar. Quanto<br />

maior o número de fios, mais fechado<br />

será o tecido, o que dificulta<br />

a passagem do ar. Por esse motivo,<br />

o indicado é que as peças a serem<br />

usadas no verão tenham, no máximo,<br />

300 fios.<br />

Na hora da compra, também<br />

vale conferir, na etiqueta, a composição<br />

da fazenda. O ideal é que<br />

a quantidade de fibras sintéticas,<br />

como o poliéster, não exceda 40%<br />

da peça.<br />

- 35 -


A forma disposta acaba<br />

oferecendo um ar<br />

futurista ao espaço<br />

tornando-a até mesmo<br />

maior por causa do estilo<br />

decorativo<br />

PROJETO<br />

EMBUTIR A TV<br />

NA PAR<strong>ED</strong>E<br />

Em espaços pequenos, uma<br />

boa ideia é deixar de lado o<br />

hack e instalar o televisor na<br />

parede. Como os ambientes<br />

estão cada vez menores,<br />

colocando a TV embutida, além<br />

de deixar o local aconchegante<br />

e sofisticado, ainda salva<br />

bastante espaço para sua sala.<br />

Segundo o arquiteto Nicholas Alencar,<br />

uma boa solução prática e que libera bastante<br />

espaço é embutir o aparelho entre vidros<br />

e espelhos. Dessa forma, você permite o reflexo<br />

natural quando a TV estiver desligada,<br />

fazendo com que ela “suma” no ambiente,<br />

se transformando em um objeto decorativo.<br />

“Uma opção que deixa o ambiente moderno<br />

é instalar entre portas de vidro ou espelhadas.<br />

Porém, é importante que seja totalmente<br />

invisível quando desligada, criando assim<br />

um ar mais futurístico ao local”, pontua o<br />

especialista.<br />

Motivos para embutir televisores<br />

entre vidros e espelhos:<br />

O arquiteto listou alguns motivos pelos quais<br />

essa ideia é bem interessante. Confira:<br />

- Segundo Nicholas, a estrutura de sustentação<br />

é bem firme, portanto não importa<br />

se a TV é bem leve ou mais pesada;<br />

- O vidro não impede a ação do controle<br />

remoto, por isso ela pode ser ligada e desligada<br />

normalmente;<br />

- O ideal é usar um espelho fumê ou um<br />

vidro refletivo, pois tanto a manutenção<br />

quanto a instalação são bem acessíveis;<br />

- Por ter um vidro entre a TV e o observador,<br />

o ideal é que seja uma televisão de<br />

apoio, e não uma TV onde tenha que se ler<br />

legendas, pois a qualidade não fica 100%.<br />

E, quanto mais escuro o ambiente, melhor.<br />

- Você pode usar esses televisores em cozinhas,<br />

bares e salas de estar e de jantar.<br />

- A instalação deve seguir uma ordem:<br />

primeiro o marceneiro com os painéis de<br />

fundo, depois o eletricista para o suporte<br />

da TV, fiação e cabos, depois volta o marceneiro<br />

para concluir os painéis. Por último,<br />

o vidraceiro instala os vidros e o eletricista<br />

faz os testes e dá os ajustes finais.<br />

Os ambientes acabam<br />

conquistando uma beleza<br />

incomum com o televisor<br />

embutido na parede. Procure<br />

se orientar com um arquiteto<br />

- 36 -


PINTANDO A CASA<br />

COM ECONOMIA<br />

Planejamento e outros cuidados<br />

são fundamentais para deixar<br />

os ambientes mais bonitos sem<br />

pesar no seu bolso<br />

PINTURA<br />

Nada melhor do que uma boa pintura<br />

para reparar pequenos estragos, garantir a<br />

limpeza dos ambientes e trazer novo ânimo<br />

para a casa. Mas para que o serviço não vire<br />

uma obra cara e trabalhosa, é necessário se<br />

programar. Numa reforma, os gastos com a<br />

pintura giram em torno de 8% do orçamento<br />

total. Se o planejamento for ruim, o material<br />

errado e a mão-de-obra desqualificada, os<br />

custos podem extrapolar bastante. Por isso,<br />

para começar certo, a primeira coisa a se<br />

fazer é conhecer a superfície a ser pintada.<br />

Dependendo do tipo de problema, são indicados<br />

técnicas e produtos diferentes. E essas<br />

variações podem acontecer até num mesmo<br />

ambiente. Medir exatamente as áreas a serem<br />

pintadas é outro passo importante para<br />

evitar desperdício. Como nas embalagens de<br />

tintas está indicado o rendimento do produto,<br />

é possível comprar exatamente a quantidade<br />

que você precisará para suas paredes.<br />

COMEÇANDO BEM<br />

Limpar e selar a superfície que receberá<br />

a tinta, diluir o produto como indicado pelo<br />

fabricante, usar as ferramentas adequadas<br />

para aplicação e dar as demãos necessárias<br />

para cobertura da área: são essas as etapas<br />

da pintura perfeita. Ignorar alguma dessas<br />

fases diminui a qualidade do serviço e pode<br />

acabar exigindo um retrabalho, que significa<br />

prejuízo.<br />

E sabe aquele ditado “o barato sai caro”?<br />

Então, é o que acontece quando você compra<br />

um produto de qualidade duvidosa. Por<br />

isso, não adianta analisar só o preço, pois se<br />

o resultado final não for o esperado, você<br />

precisará gastar mais que o dobro do investimento<br />

inicial.<br />

COMPRA CERTEIRA<br />

- Na hora de escolher suas tintas, avalie<br />

o custo/benefício. Produtos de boa qualidade<br />

rendem e duram mais.<br />

- Observe os rótulos e peça a ajuda de<br />

um vendedor que entenda do assunto. As<br />

próprias embalagens devem conter o rendimento,<br />

a resistência e a cobertura do produto.<br />

- Econômica, standard, premium, sem<br />

cheiro, perfumada, com maior resistência à<br />

umidade ou à maresia, com efeito imantado,<br />

de secagem rápida, para ambientes internos<br />

e externos, à base de água ou solvente.<br />

Uma boa mão-de-obra evitará problemas<br />

como manchas, desbotamento precoce,<br />

craquelamento, descascamento e perda de<br />

brilho. Então, encontre um profissional e<br />

firme com ele um contrato em que estejam<br />

claros a marca e a quantidade de produtos<br />

utilizados, o prazo do serviço e a forma de<br />

pagamento.<br />

Acompanhe o serviço de perto para não<br />

se arrepender depois!<br />

- 37 -


- 38 -


SERVIÇOS<br />

COMO LIMPAR OS<br />

PISOS DO BOX<br />

Não importa o tipo de piso:<br />

existe sempre uma solução<br />

para deixá-los limpos, brilhantes<br />

e longe de manchas. Caso o<br />

piso seja porcelanato, existem<br />

produtos específicos para não<br />

agredi-lo.<br />

Atualmente temos várias opções de<br />

limpa-porcelanato que possuem em sua fórmula<br />

componentes capazes de retirar dos<br />

poros do piso toda e qualquer tipo de sujidade,<br />

desde uma incrustação mais leve a uma<br />

mais pesada.<br />

No entanto, é importante lembrar que<br />

no caso das incrustações mais pesadas, nem<br />

sempre em uma primeira aplicação o resultado<br />

será 100%. Em muitos casos é sempre<br />

necessária a reaplicação do produto. É também<br />

importante lembrar que o hábito deverá<br />

ser constante para termos uma superfície<br />

100% limpa.<br />

Já se os pisos forem de cerâmica , azulejo<br />

ou outros, é possível utilizar um limpador<br />

geral de piso. Vale a pena direcionarmos<br />

cada detalhe a ser limpo a um produto específico<br />

para ele. No caso do limpador geral de<br />

piso, ele possui características semelhantes<br />

ao anterior, ou seja, contém em sua fórmula<br />

componentes que retiram resíduos de sujeira,<br />

gordura e etc. O sabão ajuda, sim, mas<br />

aliado a um limpador específico, o resultado<br />

será melhor.<br />

É importante ressaltar<br />

que todo produto<br />

tem um tempo de ação,<br />

até mesmo o popular<br />

cloro. Primeiro devese<br />

aplicar e deixar agir<br />

no mínimo 5 minutos<br />

enquanto fazemos<br />

qualquer outra tarefa. Dessa forma, o processo<br />

ficará mais fácil e rápido.<br />

Outro detalhe que deve ser levado em<br />

conta é a atenção na diluição de produtos,<br />

pois muito deles dependem do componente<br />

água para concluir a reação química.<br />

Primeiro aplique o produto, deixe-o agir<br />

e venha com um esfregão ou escova para a<br />

finalização da limpeza. Enxágue com bastante<br />

água e cuidado para não deixar resíduos<br />

no piso.<br />

MANCHAS NO CHÃO DO BOX<br />

Ao falar de manchas, é bom observar o<br />

grau de absorção que ela teve na superfície.<br />

O piso contém micro furinhos que chamamos<br />

de poros. Dependendo do piso, como<br />

um porcelanato, temos limpadores que possuem<br />

um componente que chamamos de<br />

“sequestradores” de sujeira, ou seja, ele tem<br />

como função entrar nesses poros e retirar a<br />

sujeira mais profunda.<br />

Já para pisos muito porosos, como mármores<br />

e pedras, é interessante fazer um teste<br />

de absorção. Fazendo pequenas aplicações<br />

de produtos como testes, conseguimos entender<br />

se a mancha será passível de remoção.<br />

Para pisos com leves incrustações e alta<br />

sujidade, sempre devemos aplicar o produto<br />

e deixar agir. Temos que usar também um<br />

acessório de acordo com o tipo de piso para<br />

evitarmos maiores danos.<br />

Cuidado com os produtos<br />

a serem usados<br />

- 39 -


LAZER EM CONSTRUÇÃO<br />

Capistrano, há 7 anos residindo na cidade<br />

Edinei Capistrano, extremamente apaixonado<br />

pela aviação, está transformando<br />

aos poucos sua propriedade na estrada Araraquara-Bueno<br />

em verdadeiro angar. A chegada<br />

do Boeing 737-299 Cargo PP-SMW,<br />

pertencente a antiga Vasp, no dia 17 de janeiro<br />

se juntou ao outro Boeing comprado<br />

por ele em maio de 2012. Com uma aeronave<br />

de passageiros e outra de carga, Capistrano<br />

vai dando força ao projeto de ter naquele<br />

local um Centro de Eventos.<br />

É o que ele diz: “A primeira aeronave,<br />

foi adquirida para ser preservada e utilizada<br />

em uma área para eventos, porém, seu estado<br />

de conservação é primordial que seja<br />

PILOTO QUE COMPRA BOEINGS<br />

ESTÁ DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO<br />

Quandro criança, Capistrano tinha um sonho: ser piloto de avião.<br />

Deixou o Mato Grosso e foi ao Rio de Janeiro. Formado, entrou<br />

para a aviação e nunca mais saiu. São 38 anos de atividades e<br />

quer deixar para a história sua audácia em possuir um airport caipira.<br />

utilizada de uma forma mais leve, ou seja,<br />

não realizar eventos dentro da aeronave e<br />

sim que ela seja mais um complemento na<br />

interação de um evento”.<br />

Quanto ao segundo Boeing, ele considera<br />

que veio exatamente para ser o complemento<br />

que faltava da primeira, uma vez<br />

que esta aeronave é de uma configuração<br />

cargueira, portanto sem assentos, com possibilidade<br />

de disponibilizá-la para promoções<br />

dentro da aeronave.<br />

Capistrano na conversa com a RCI,<br />

comentou que não pode precisar quando o<br />

projeto estará concluído: “Será tão logo sejam<br />

realizadas obras que ofereçam o mínimo<br />

operacional na parte de infraestrutura”,<br />

revela o Comandante Capistrano que há 21<br />

anos tem ligações com a nossa cidade, como<br />

piloto executivo particular.<br />

O antigo aviador da TAM por 18 anos,<br />

sonha voar mais alto adquirindo inclusive<br />

um avião maior. “Não é exatamente a exploração<br />

comercial que viso, ou então uma<br />

competição com mercado, e sim trazer essas<br />

relíquias para aqueles que de maneira direta<br />

ou indireta, sejam simpatizantes pela aviação.<br />

Faço isso por amor à camisa que visto<br />

há 38 anos, e para que no futuro possa deixar<br />

um pouco da preservação da história da<br />

aviação brasileira”, comenta.<br />

- 40 -


Capistrano e sua esposa Marlene quando da chegada do Boeing em nossa cidade no dia 17 de janeiro<br />

- 41 -


DOCUMENTO<br />

O pionerismo do ramo hoteleiro<br />

e gastronômico em Araraquara<br />

começou em 1924 com a<br />

Família Monteiro. O casal<br />

Orminda e José Monteiro chega<br />

de Portugal com sete filhos;<br />

outros três nascem em nossa<br />

cidade e tudo começa com um<br />

bar. Depois vieram os hotéis<br />

São Bento, Embaixador, Grande<br />

Hotel, restaurantes e também<br />

churrascarias. Eles formam<br />

uma das mais lindas histórias<br />

de amor familiar.<br />

TEXTO: FARID FREM<br />

Celeste Monteiro Massud e seu marido,<br />

o dentista Jamil Massud, na segunda quinzena<br />

de janeiro recebem a RCI em sua casa.<br />

Casada há 58 anos com Jamil, Celeste é a<br />

única dos 10 filhos que sobreviveu ao desgaste<br />

do tempo, mantendo o perfil e a classe<br />

de uma professora de piano, mas também<br />

com energia para ainda fazer “pão em casa”,<br />

como nos tempos dos seus pais. Foi com Orminda<br />

e José Monteiro que ela aprendeu e<br />

mantém a imagem e o gosto pela culinária.<br />

Ainda existe na cidade a expressão de<br />

se falar que a Família Monteiro, são heróis<br />

anônimos da gastronomia araraquarense nas<br />

décadas de quarenta e cinquenta, quando a<br />

cidade surgia como pedaço de terra emergente<br />

no coração do Estado de São Paulo.<br />

A ferrovia permitia isso, e, como ponto de<br />

parada para os viajantes, os Monteiro’s investiam<br />

em hotéis e restaurantes.<br />

O patriarca da clã, José Monteiro, comandava<br />

sua prole, da qual, só remanesceu<br />

O casal Orminda e José Monteiro com os filhos: Abel, Laurentino, Alfredo, João, Cândido,<br />

Antônio, Nelson, José, Celeste e Bernardo<br />

PEQUENAS LEMBRANÇAS QUE SE<br />

TRANSFORMAM EM UM TESOURO<br />

a filha Celeste, casada com Jamil Massud,<br />

dentista de renome, instalado na rua Gonçalves<br />

Dias, entre as avenidas Espanha e<br />

Duque de Caxias e, de cuja união nasceu o<br />

advogado Antônio Fernando Massud.<br />

No total eram 10 os filhos de Orminda<br />

e José, sendo nove homens: José Monteiro<br />

Filho, Bernardo, João, Abel, Alfredo, Laurentino,<br />

Cândido, Antônio, mais conhecido<br />

por Tonico e, Nelson que somados à filha<br />

remanescente Celeste, constituíam uma<br />

numerosa família de liderança absoluta no<br />

ramo que abraçaram. Consta, que José e<br />

Orminda resolveram atribuir à filha remanescente,<br />

o nome Celeste, imaginando ter<br />

sido trazida pelos anjos celestes, após nove<br />

homens. Das atividades da família, apenas<br />

Abel não participou dos negócios pois residia<br />

fora na época.<br />

Celeste lembra que os seus pais começaram<br />

com um pequeno bar; depois veio<br />

o Hotel União, mais tarde vieram o Hotel<br />

São Bento e o Grande Hotel, que tornou-se<br />

um dos mais prestigiados estabelecimentos<br />

hoteleiros do interior; paralelamente, a sociedade<br />

frequentava naqueles tempos a mercearia,<br />

instalada na esquina da avenida São<br />

Paulo, com rua Gonçalves Dias, a menos de<br />

uma quadra dalí, também da família.<br />

Se ombreava em status ao Grande Hotel,<br />

- 42 -


O Hotel São Bento surgiu em 1907; passou<br />

por vários donos e hoje está à venda<br />

o Hotel São Bento hoje desativado, que foi<br />

construído a partir de 1907 na Avenida Brasil<br />

com Rua Antonio Prado, defronte a estação<br />

ferroviária. Eram sócios neste empreendimento<br />

José Monteiro Filho, o primogênito<br />

da família, amante e praticante de tênis,<br />

como associado do Clube Araraquarense e<br />

Manuel Ruas, funcionário do hotel.<br />

Com a morte de José Monteiro, o Grande<br />

Hotel passou a ser administrado por seu<br />

filho Bernardo, que dinamizou sua atuação,<br />

integrando-o a receber, as segundas-feiras,<br />

as reuniões do Rotary Clube de Araraquara,<br />

o que abriu espaço para que outros fossem<br />

criados ao longo do tempo.<br />

João assessorava o irmão Bernardo no<br />

que diz respeito à lavanderia, executando<br />

com maestria essa missão. Falecendo Bernardo,<br />

João assumiu sua direção e, tempos<br />

depois, 1980, o vendeu a Vicente Michetti,<br />

uma dos sócios da BVM, que entre outras<br />

atividades, ainda envolve o setor hoteleiro,<br />

através do Hotel e Estância Uirapurú.<br />

Um dos outros filhos de Orminda e José<br />

Monteiro, o Laurentino, criou o Restaurante<br />

Central, na esquina da Avenida Portugal<br />

com Rua São Bento, um dos pontos mais<br />

frequentados e badalados do velho centro<br />

gastronômico, ponto de referência da elite<br />

social e esportiva araraquarense. Recentemente<br />

o escritor araraquarense Ignácio de<br />

Loyola Brandão, a ele se referiu surpreso<br />

quando de uma de suas estadas em Araraquara.<br />

Tanto é verdade esta importância do<br />

restaurante, que dirigentes e torcedores do<br />

Paulista e São Paulo que pleiteavam acesso<br />

ao futebol de São Paulo, quando jogavam<br />

fora se reuniam no Restaurante Central para,<br />

via telefone, conhecerem o resultado. O restaurante<br />

representaria hoje o que são Terraço,<br />

Estrela do Sul, e outros de grande porte.<br />

Ao mesmo tempo, a família mantinha a<br />

churrascaria que levava o nome de Antônio<br />

Monteiro, o “Tonico”, localizada na Avenida<br />

São Paulo, quase esquina da Rua São<br />

Bento e Matriz (hoje é a Casa das Noivas).<br />

Tonico fez sucesso naquela churrascaria,<br />

tanto é verdade que logo depois adquiriu<br />

o prédio onde se acha instalado o Hotel<br />

Itamaratí, na Avenida Brasil entre a Nove<br />

de Julho e Gonçalves Dias, permanecendo<br />

com ele até sua morte que se deu no último<br />

dia do carnaval, em 1950. Na viagem a São<br />

Paulo para compra do terreno, os que o conheceram<br />

dizem que foi acompanhado por<br />

uma pessoa conhecida simplesmente por<br />

Saletti, que teria confidenciado a um amigo,<br />

a honorabilidade de Tonico, quando dos<br />

negócios realizados no “fio do bigode”, ao<br />

final honrado o preço acordado.<br />

Por fim aparece Nelson Monteiro como<br />

dono de uma churrascaria na esquina da Portugal<br />

com Nove de Julho, fechando com fase<br />

vitoriosa a atividade da Família Monteiro no<br />

velho centro gastronômico de Araraquara.<br />

O Grande Hotel foi um dos empreendimentos<br />

da família Monteiro em Araraquara; passou<br />

depois por vários proprietários chegando a<br />

Vicente Michetti, já falecido. Hoje está<br />

novamente à venda<br />

Celeste (84) ao lado do marido Jamil há 58<br />

anos, sobrevivente de uma família de dez<br />

filhos de Orminda e José Monteiro, cuja<br />

imagem, a cidade guarda com muita ternura<br />

- 43 -


BOOK DE OPORTUNIDADES<br />

O HAPPY HOUR<br />

DA TV RECORD<br />

Emissora reuniu agências da<br />

cidade num concorrido happy<br />

hour no dia 30 de janeiro para<br />

apresentar projetos que fazem<br />

parte da sua reestruturação.<br />

Foi no Tijuca Choperia que Marcelo<br />

Cauchick (gerente comercial) e Érika Bermudes<br />

(representante comercial), em nome<br />

da TV Record receberam os representantes<br />

das agências de publicidade de Araraquara<br />

em janeiro. A TV Record Franca, Ribeirão<br />

Preto e São Carlos hoje ocupa posição privilegiada<br />

no mercado televisivo, abrangendo<br />

só no interior paulista mais de 100 cidades.<br />

São mais de 4 milhões de pessoas assistindo<br />

diariamente sua programação.<br />

Marcelo Cauchick explicou que a Record<br />

é pioneira na cidade de Franca, sendo<br />

uma geradora que produz mais de 80 horas<br />

de programação local e com uma equipe de<br />

mais de 160 funcionários entre as filiais de<br />

Ribeirão Preto e São Carlos. “Com investimento<br />

maciço em estrutura e tecnologia,<br />

a TV se torna cada dia mais querida na região”,<br />

comentou.<br />

Em Ribeirão Preto a sucursal foi reinaugurada<br />

em 2011 com um novo newsroom<br />

(ambiente de trabalho) com 400m² e um<br />

prédio de 5 pisos. Para Cauchick, a estrutura<br />

iniciou a nova fase da Record, com mais<br />

qualidade e inovação. “E nossos parceiros<br />

fazem parte desta história, daí a série de<br />

projetos que vêm sendo lançados visando o<br />

crescimento da região”, completou.<br />

Atualmente a Record organiza a Copa<br />

Record de Futsal Masculino e Feminino, o<br />

Carnaribeirão, o Rodeio de Ibaté, a Meia<br />

Maratona, o Mundo da Criança e tem um<br />

programa especial voltado para as cidades<br />

que recebem seus sinais: é o Balanço Geral.<br />

O objetivo da Record é ter uma aproximação<br />

mais ampla com o público regional,<br />

fortalecendo sua marca e permitindo que a<br />

população possa ter sempre à sua disposição<br />

um canal para interagir através de programas<br />

específicos voltados para todos os setores<br />

da comunidade. A TV Record de São<br />

Paulo foi fundada oficialmente em 27 de<br />

setembro de 1953, tendo como seu patrono,<br />

o empresário Paulo Machado de Carvalho.<br />

Érika Bermudes e Marcelo<br />

Cauchick<br />

Patrícia Gatti (Agência Day by Day), Tamires Brizolari e<br />

Mateus Carrascosa (Atacadão da Construção)<br />

Sônia Maria Marques (Revista Comércio &<br />

Indústria e Agência Marzo), Neusa e Dalton<br />

Guaglianoni (W&L Publicidade)<br />

Monique Camargo, Marina Chiolino,<br />

Isabela Haddad (Rebeca Come Terra)<br />

e Marcelo Cauchick (Record)<br />

- 44 -<br />

Marcos Assumpção e Carlo Endrigo Peroni (Revista Comércio<br />

& Indústria e Agência Marzo) com Fernando Sotratti (Tarp)<br />

Danilo Loschiavo (Agência Day<br />

by Day) e sua esposa Lara<br />

Débora Silvestre, Thaíse Tyrone e Rafaela<br />

Lopes (Agência Ponto de Ideias)<br />

Sabrina Botega, Ágata Baptista, Lucas,<br />

Bruno e Fernanda Nadeo (ComTexto)<br />

e Alexandre Bonini (Oito Comunicação),<br />

no evento organizado pela TV Record


A POSSE DE TONINHO DELIZA<br />

ENTRE OS GRANDES LÍDERES DA<br />

HISTÓRIA DO NOSSO COMÉRCIO<br />

Antônio Deliza Neto por mais<br />

quatro anos, fica à frente do<br />

SINCOMERCIO, sendo a sua<br />

gestão marcada por trabalho e<br />

novos desafios, base do discurso<br />

de posse na segunda quinzena<br />

de janeiro. Pela sua postura, seu<br />

nome já se insere como um dos<br />

grandes líderes da história<br />

comercial da cidade.<br />

“Vivemos uma noite muito especial,<br />

pois trata-se do lançamento de mais um desafio<br />

em uma atividade onde cerca de 18 mil<br />

empregos diretos, com carteira assinada ou<br />

seja, 22% da força total de trabalho do município,<br />

onde o comércio varejista só perde<br />

em empregos para o governo, continua a<br />

ser enfrentado pela nossa diretoria”.<br />

Foi com dados estatísticos em mãos que<br />

o empresário Antonio Deliza Neto optou em<br />

abrir a mensagem de posse de presidente do<br />

SINCOMERCIO no dia 24 de janeiro. Na<br />

verdade, ele dá continuidade ao primeiro<br />

mandato cumprido no período de 2010-<br />

<strong>2014</strong>. Reeleito, Toninho Deliza será presidente<br />

até 2018.<br />

De fato, a cada cinco empregos formais<br />

em Araraquara, um está no setor de varejo;<br />

em um universo de 63 mil estabelecimentos,<br />

43% ou seja, quase 2700 pertencem a atividade<br />

varejista e segundo o IBGE, isso mostra<br />

que 64% do PIB da cidade é do comércio.<br />

De acordo com o faturamento da Delegacia<br />

Regional Tributária que compreende<br />

39 cidades da região, comentou o presiden-<br />

te do SINCOMERCIO, o varejo representa<br />

18% do total - cerca de 2,3 bilhões/mês.<br />

“Vejam então o quanto o nosso comércio<br />

traz de ICMS para a nossa cidade”, lembrou.<br />

A palavra desafio comentada por Toninho<br />

Deliza no seu discurso de posse, estava<br />

também atrelada ao perfil do novo consumidor<br />

que surgiu nos últimos anos tendo tempo<br />

cada vez menor para suas compras e a<br />

concorrência com as novas modalidades de<br />

comércio como o eletrônico (crescimento de<br />

40%) e os shoppings com horários cada vez<br />

mais estendidos.<br />

Deliza lembrou que o varejista precisa<br />

evoluir para acompanhar as mudanças:<br />

“Uma evolução inversamente proporcional<br />

da exigência do consumidor em relação a<br />

força de trabalho de cada empresário”. Para<br />

ele, um consumidor mais esclarecido atento<br />

aos seus direitos, e uma força de trabalho<br />

que acompanhe estas modificações, se<br />

profissionalizando e se aperfeiçoando. Ver e<br />

estar no comércio hoje, deve ser visto como<br />

uma carreira, que aliás é um grande desafio”,<br />

completou.<br />

Mas ele também criticou um outro desafio:<br />

“A concorrência desleal estabelecida<br />

por produtos de origem duvidosa em nossas<br />

ruas, da falta de segurança para o comércio<br />

e o consumidor”. Contudo, completou o<br />

dirigente, temos uma esperança e um agradecimento<br />

especial a fazer: aos nossos parceiros,<br />

Senac e Sebrae que nos fornecem as<br />

ferramentas para que possamos nos preparar<br />

e enfrentar tudo isso e ao Sesc que nos acolhe<br />

e alimenta o nosso espírito com cultura,<br />

lazer e entretenimento”.<br />

Presidente: Antonio Deliza Neto<br />

Vice-Presidente: Gaetano Morvillo Neto<br />

1º Secretário: Roberto Abud<br />

2º Secretário: Paulo André Alves Pinto<br />

1º Tesoureiro: Laércio Grili Grande<br />

2º Tesoureiro: Mario Takechi Takatsui<br />

Suplentes:<br />

DIRETORIA ELEITA<br />

Conselho Fiscal - Efetivos<br />

Artur Wormhoudt<br />

Teresa Ap. Y. Uhiara Zingarelli<br />

Alexandre Delbon<br />

Walter Domingos de Prince<br />

Manoel F. Marques da Silva<br />

Eugênio Lamoréa<br />

Conselho Fiscal - Suplentes<br />

Donisete Daniel Orlando<br />

Carlos Renato Mendonça Segura<br />

Reinaldo Dias de Lima<br />

Alexandre Aurélio Harteman<br />

Delegados - Representantes<br />

Antonio Deliza Neto<br />

Ivo Dall’Acqua Júnior<br />

Delegados - Suplentes<br />

Roberto Abud<br />

Paulo André Alves Pinto<br />

Antônio Deliza Neto,<br />

presidente do SINCOMERCIO<br />

Diretoria do SINCOMERCIO<br />

- 45 -


Paulo Gullo,<br />

presidente do<br />

Conselho do<br />

Comércio<br />

Varejista da<br />

Fecomercio<br />

Associados e convidados<br />

prestigiaram a cerimônia<br />

de posse da diretoria do<br />

SINCOMERCIO, que agora<br />

se prepara para comemorar<br />

o seu Jubileu de Ouro. O<br />

reconhecimento do sindicato<br />

se deu em 1964, porém a<br />

expedição da carta sindical<br />

ocorreu em 1965. Isto é um<br />

legado de representatividade<br />

e força frente aos desafios.<br />

SINCOMERCIO<br />

UMA BASE CADA<br />

VEZ MAIS SÓLIDA<br />

Durante a solenidade de posse,<br />

Toninho Deliza lembrou a<br />

importância da sua diretoria e a<br />

forma com que ela tem atuado,<br />

sempre apoiando as ações<br />

que visam dar poder à classe.<br />

Da mesma forma agradeceu<br />

a equipe de colaboradores do<br />

SINCOMERCIO.<br />

Por parte da FecomercioSP não faltaram<br />

elogios na cerimônia de posse de Antônio<br />

Deliza Neto, no dia 21 de janeiro, no SIN-<br />

COMERCIO. Representando a Federação<br />

do Comércio no Estado de São Paulo e seu<br />

presidente Abram Szajman, o presidente do<br />

Conselho do Comércio Varejista da entidade,<br />

Paulo Gullo, disse que o nosso SINCO-<br />

MERCIO sempre foi referência no sistema<br />

confederativo no plano da Confederação<br />

Nacional do Comércio, por sua atuação e<br />

seriedade. Da mesma forma, a Fecomercio,<br />

federação que engloba 154 sindicatos a ela<br />

filiados.<br />

“A responsabilidade dessa diretoria que<br />

hoje inicia seu mandato, será muito maior<br />

das que a antecederam. Compulsoriamente<br />

representamos os empresários do comércio<br />

varejista, porém a busca contínua de toda<br />

nossa estrutura é da representatividade que<br />

se faz necessária porque a realidade se impõe<br />

e ter o reconhecimento da nossa base é<br />

o nosso objetivo”, comentou Paulo Gullo.<br />

Para ele, o SINCOMERCIO tem os dois -<br />

representação e a representatividade.<br />

Na verdade, o cenário torna a gestão<br />

de Toninho Deliza num grande desafio.<br />

A postura de referência frente à estrutura<br />

sindical e brasileira faz cada passo do SIN-<br />

Antônio<br />

Martins<br />

“Este é o momento de<br />

Araraquara; todos devem<br />

aproveitar para fortalecer<br />

seus negócios e prosperar. A<br />

vinda de novas empresas nos<br />

impulsiona para um quadro<br />

de grande desenvolvimento”.<br />

Antônio Martins<br />

Secretário de Desenvolvimento<br />

Toninho recebe<br />

o abraço da<br />

mãe Dirce<br />

- 46 -<br />

COMERCIO ter uma comparação pesada e<br />

forte com o passado, sempre de qualidade<br />

em seus serviços, responsabilidade em sua<br />

atuação e excelência em sua gestão. “Tenho<br />

certeza que tais características só se fortaleceram<br />

com o passar dos anos e continuarão<br />

fortes neste novo horizonte”, disse Gullo<br />

ao presidente Toninho Deliza. Para ambos,<br />

ocupar um cargo como esse exige uma postura<br />

de excelência frente aos consumidores e<br />

profissionais que compõem o setor.<br />

Renato<br />

Haddad<br />

“Como parceiros, ACIA e<br />

o SINCOMERCIO sempre<br />

estiveram próximos, com<br />

os mesmos ideais. E o<br />

objetivo de ambos segue<br />

a mesma linha que é a<br />

representatividade da<br />

nossa classe”.<br />

Renato Haddad<br />

Presidente da ACIA<br />

Toninho e Ivo<br />

Dall’Acqua Júnior<br />

João<br />

Farias<br />

“É inegável a força do nosso<br />

comércio, gerando empregos<br />

e divisas; o Poder Legislativo<br />

tem então o dever de apoiar<br />

suas iniciativas e contribuir<br />

com o seu engrandecimento<br />

para crescer cada dia mais”.<br />

João Farias<br />

Presidente da Câmara


Neusa Guaglianoni<br />

(W&L), Ivo Dall’Acqua<br />

e Lurdinha Cabrera<br />

Colaboradores do SINCOMERCIO: Iran Carlos Ribeiro, Jaime Vasconcelos, Éssio Pedrazolli,<br />

Cláudia Goe, Dalila Abreu, Marta Prince e Ana Paula Momo<br />

Em noite de festa: Ivete e Alexandre<br />

Delbon (Conselho Fiscal)<br />

Ivo Dall’Acqua Junior e Toninho Deliza recepcionam Antônio<br />

Martins, secretário de Desenvolvimento Econômico<br />

Gislaine e Eugênio Lamoréa,<br />

diretor do SINCOMERCIO<br />

José Aldo do Carmo<br />

e Jorge Haddad<br />

Ana Paula Micelli do Carmo recebe uma orquídea<br />

de Ana Paula Momo, do SINCOMERCIO<br />

Contabilistas Roberto<br />

Fonari, Orlando<br />

Bonifácio Martins,<br />

Geraldo Luis<br />

Tampellini, Paulo<br />

Luiz Pecin, Wladimir<br />

Bersanetti Rodrigues,<br />

da JUCESP, do<br />

SINCOAR, AESCAR<br />

e SESCON com<br />

Toninho Deliza<br />

Os presidentes Antônio Deliza Neto<br />

(SINCOMERCIO) e Renato Haddad<br />

(ACIA), das duas entidades mais<br />

representativas do nosso comércio e<br />

indústria, parceiros em importantes<br />

eventos, que mostram a força do<br />

comércio e da indústria.<br />

- 47 -


Diretores, familiares,<br />

empresários e amigos<br />

abraçaram Antônio Deliza<br />

Neto, que cumpre mais<br />

quatro anos à frente de<br />

um dos mais importantes<br />

sindicatos da região<br />

Fernanda Musto (gerente<br />

do SENAC), Laércio Grili<br />

Grande (SINCOMERCIO)<br />

e Roseli Pinho (SENAC),<br />

durante a posse de<br />

Toninho Deliza<br />

Toninho Deliza ao lado da tia Maria<br />

Aparecida Biffi e da mãe Dirce Deliza<br />

Os contabilistas e empresários Orlando<br />

Bonifácio Martins (diretor da JUCESP) e<br />

Oscar Sbáglia<br />

Toninho e a irmã Claudia<br />

Deliza Jakubowski<br />

Carmo Zingarelli, Mário Takechi Takatsui, Laércio Cruz<br />

e sua esposa Isley (SEBRAE). A propósito, o SEBRAE se<br />

tornou ao longo do tempo num importante parceiro do<br />

SINCOMERCIO, contribuindo no fortalecimento do setor<br />

varejista<br />

O casal Sandra-Paulo André Alves Pinto<br />

(2° Secretário do SINCOMERCIO)<br />

Valmir Moreira e João Farias<br />

Luzia e Guto<br />

Toscano<br />

Gaetano Morvillo Neto, vice presidente<br />

do SINCOMERCIO, com o presidente<br />

Toninho Deliza e o secretário Roberto<br />

Abud: um longo trabalho pela frente<br />

Os diretores do sindicato: Manoel<br />

Marques da Silva (Vera ) e Artur<br />

Wormhoudt (Ana Maria)<br />

- 48 -


JURÍDICO<br />

Monitoramento do<br />

e-mail do empregado<br />

Dra. Thaís Costa Domingues<br />

Advogada do SINCOMERCIO Araraquara<br />

O uso de e-mails nas atividades profissionais,<br />

prática comum nos dias atuais, tem<br />

gerado constantes conflitos nas relações de<br />

trabalho.<br />

A possibilidade de controle da utilização<br />

desta ferramenta pelo empregador, frente ao<br />

direito à intimidade e à privacidade dos empregados,<br />

tem sido motivo de preocupação<br />

nas empresas, que temem violar as legislações<br />

constitucional e trabalhista.<br />

A Constituição Federal, em seu artigo 5º,<br />

inciso X, assevera que são invioláveis a intimidade,<br />

a vida privada, a honra e a imagem<br />

das pessoas, assegurado o direito à indenização<br />

pelo dano material ou moral decorrente<br />

de sua violação.<br />

Ressalte-se que os direitos à intimidade e<br />

à vida privada estão inseridos no rol dos direitos<br />

fundamentais individuais conferidos a<br />

qualquer cidadão e que resguardam a dignidade<br />

da pessoa humana.<br />

Notório também é o poder de direção do<br />

empregador, como se depreende pela análise<br />

do artigo 2º da Consolidação das Leis do<br />

Trabalho, caracterizado pelo poder de organização<br />

de suas atividades para controlar e<br />

disciplinar o trabalho, em conformidade com<br />

os objetivos da empresa.<br />

Dessa forma, verifica-se que, como o<br />

direito à intimidade e à vida privada do empregado,<br />

o poder diretivo do empregador<br />

encontra-se tutelado pelo direito pátrio, ainda<br />

que por norma infraconstitucional.<br />

Por certo que o monitoramento de e-<br />

mails muitas vezes se faz necessário como<br />

meio de segurança e proteção dos dados da<br />

empresa evitando eventuais prejuízos ou detectando<br />

os responsáveis por possíveis violações<br />

do sistema de informações.<br />

Mas como garantir o direito do empregador<br />

de exercer o poder diretivo através<br />

desse monitoramento sem que haja violação<br />

do direito à intimidade e à vida privada do<br />

empregado?<br />

O poder diretivo é conferido ao empregador<br />

para que seja exercido nas atividades que<br />

tenham tão somente relação com o trabalho<br />

efetuado pelo empregado.<br />

Por sua vez, a Constituição Federal, em<br />

seu artigo 5º, inciso XII, estabelece a inviolabilidade<br />

do sigilo das correspondências, o<br />

que nos faz concluir que não é permitido ao<br />

empregador acessar, fiscalizar ou controlar o<br />

conteúdo do e-mail pessoal do empregado.<br />

Destarte, embora não lhe seja permitida<br />

a fiscalização do e-mail pessoal do empregado,<br />

o empregador poderá fixar limites ao<br />

uso dessa ferramenta, bem como dos meios<br />

de comunicação, bloqueando as páginas que<br />

entende não serem úteis ao trabalho ou até<br />

mesmo proibindo o empregado de acessar<br />

o e-mail particular no horário de trabalho.<br />

Ressalte-se que as referidas restrições devem<br />

sempre ser de conhecimento prévio do empregado,<br />

sendo aconselhável incluí-las no<br />

regimento interno da empresa.<br />

Com relação ao e-mail corporativo (ferramenta<br />

de trabalho utilizada tão somente<br />

para as atividades profissionais), muito embora<br />

ainda haja divergência na doutrina e<br />

na jurisprudência, entendemos que pode ser<br />

monitorado pelo empregador, desde que sejam<br />

estabelecidos critérios para o exercício<br />

dessa fiscalização, sempre respeitando a intimidade<br />

e a privacidade do empregado.<br />

Nesse sentido, ao monitorar o correio<br />

eletrônico corporativo do empregado, se faz<br />

crucial a observância dos princípios da boafé<br />

e da razoabilidade.<br />

O empregador, ao efetuar este tipo de<br />

controle, também deverá fazê-lo mediante<br />

prévio conhecimento dos seus empregados,<br />

fazendo constar no regimento interno da empresa.<br />

É necessário que o empregado saiba<br />

quais as limitações e condições de trabalho<br />

existentes.<br />

Frise-se ainda que o empregado também<br />

deve prezar pela boa-fé, pois o uso indevido<br />

do e-mail corporativo pode acarretar a quebra<br />

da confiança depositada pelo empregador,<br />

além de eventuais danos a terceiros, bem<br />

como ao patrimônio e a imagem da empresa.<br />

Dessa forma, se o empregado, ciente das<br />

restrições e controle impostos, descumprir<br />

as normas estipuladas, poderá o empregador<br />

aplicar as punições cabíveis, sempre em<br />

conformidade com a legislação vigente e se<br />

utilizando do juízo de ponderação.<br />

- 49 -


FALECIMENTO<br />

A DESP<strong>ED</strong>IDA DE<br />

CLODOALDO M<strong>ED</strong>INA<br />

Araraquara lamenta a perda<br />

de um dos mais influentes<br />

políticos da sua história.<br />

SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />

BEN<strong>ED</strong>ITO FLÓRIO<br />

A HISTÓRIA DAS PANIFICADORAS<br />

NA CIDADE PELAS SUAS MÃOS<br />

O trabalho sempre foi a palavra chave para nortear os negócios da<br />

Família Flório e grande parte deste respeito adquirido ao longo do<br />

tempo se deve a Benedito Flório, que começou na panificação em<br />

julho de 1945. Os filhos seguiram os rastros do pai e da mesma<br />

forma foram marcados pelo trabalho e orgulho em servir a cidade.<br />

Medina e Fernando Henrique Cardoso<br />

Clodoaldo Medina será lembrado<br />

para sempre na história de Araraquara.<br />

Um homem visionário, empreendedor<br />

e ativo, foi resposável por uma gestão<br />

dinâmica e fundamental para nossa cidade.<br />

É desta forma que a classe política<br />

sempre acompanhou a trajetória de Medina,<br />

que faleceu na madrugada do dia 3<br />

de fevereiro.<br />

Ele foi prefeito de Araraquara por<br />

dois mandatos, de 1973 a 1976, eleito<br />

com 19.042 votos, e de 1983 a 1988,<br />

com 32.678 votos. Em junho de 1988,<br />

antes do final de seu segundo mandato,<br />

Medina assumiu a presidência da CESP.<br />

Também foi responsável por trazer a<br />

Villares para a cidade, hoje a Iesa, e dar<br />

o primeiro grande impulso desenvolvimentista<br />

de Araraquara.<br />

Antes da política, foi comerciante<br />

de sucesso. Proprietário da Eletro Tamoio,<br />

Clodoaldo se tornou conhecido e<br />

influente, o que o levou a ocupar o cargo<br />

de presidente da Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara (ACIA) entre<br />

1962 e 1966, além de ser um dos fundadores<br />

do Sindicato do Comércio Varejista<br />

de Araraquara (Sincomercio).<br />

Clodoaldo Medina, natural de Recreio<br />

(MG), era casado com Dora Galvão<br />

Medina, com quem teve os filhos<br />

Clodoaldo Junior, Adriana, Rodrigo e<br />

Valéria. Foi sepultado no dia 4 no Cemitério<br />

São Bento.<br />

Na década de 40, na antiga Rua do Tesouro,<br />

hoje Bento de Barros, na Vila Xavier,<br />

nascia a primeira panificadora, fruto<br />

do sonho de Benedito Flório e sua esposa<br />

Isabel Menezes Flório. Naquela época, das<br />

mãos prendadas de Dona Isabel,<br />

originaram-se os primeiros pães<br />

caseiros, os quais eram vendidos<br />

em cestas de porta em porta pelos<br />

filhos do casal.<br />

Com o passar do tempo, a<br />

qualidade e a variedade dos produtos<br />

da família Flório foram os<br />

principais responsáveis pelo grande<br />

sucesso da empresa, que cresceu<br />

rapidamente, estabelecendose<br />

em vários pontos da cidade.<br />

Ele era um apaixonado por<br />

Araraquara. Sempre fora um homem<br />

simples, vivendo as asperezas<br />

amargas da vida desde sua<br />

mocidade. Sofrera na carne os<br />

revezes mais duros. Mas nunca<br />

desanimou. Jamais esmoreceu na<br />

luta. Sentia que, através do esforço,<br />

do trabalho honesto e bem<br />

norteado, poderia ser bem sucedido.<br />

E assim fez.<br />

Nascido a 14 de julho de 1899,<br />

em Botucatu, Benedito Flório era<br />

Benedito Flório, exemplo de<br />

cidadania e modelo para o<br />

comércio e a indústria local<br />

- 50 -<br />

filho de José Flório, de origem italiana e de<br />

Josefina Flório, brasileira, sendo o primogênito<br />

dos três filhos do casal. Eram seus irmãos,<br />

Francisco e Maria José.<br />

Seu pai era sapateiro e faleceu muito jo-


vem, deixando na orfandade três menores e<br />

uma viúva sem recursos, que dali por diante<br />

precisava trabalhar e bastante para mantê-los.<br />

Benedito, como o filho mais velho, teve que<br />

valer-se de empregos mal pagos, que lhe assegurava<br />

algo para ajudar sua mãe no trato<br />

da casa e dos irmãos menores.<br />

E assim foram-se os meses, até que a<br />

convite de uma tia, residente em Sorocaba,<br />

para lá se transferiram, de mudança. Ali sua<br />

vida de trabalho continuou, até que um dia,<br />

a convite de uma firma de São Paulo, pertencente<br />

à família Bonadia, velha amizade<br />

da casa, passou a trabalhar<br />

para ela, merecendo toda<br />

confiança.<br />

Começou a comprar<br />

ovos e frangos e outros produtos<br />

de origem dos sítios e<br />

fazendas que percorria, remetendo-os<br />

todos para São<br />

Paulo. Assim progredindo<br />

sempre, como comprador,<br />

mudou-se para a Vila do<br />

Botafogo, onde encontrava<br />

melhor ambiente para seus<br />

negócios. Ali conheceu a<br />

jovem Isabel, filha de portugueses,<br />

da qual ficou noivo,<br />

casando-se mais tarde na cidade<br />

de Bebedouro, no ano<br />

de 1921.<br />

Em 1922, nasceu o filho<br />

José, assim chamado<br />

em homenagem ao pai.<br />

Mudou-se de Botafogo para<br />

Pirangi, onde dois anos depois,<br />

nasceu Moacyr, seu<br />

segundo filho. Em Pirangi<br />

os negócios da firma para<br />

a qual trabalhava começaram<br />

a fracassar. Voltou então<br />

para Sorocaba. Ali chegando começou<br />

a trabalhar na Padaria Roial, onde fazia de<br />

tudo, até ser padeiro. Como a firma também<br />

trabalhava com macarrão, fez-se macarroneiro.<br />

Anos depois comprou em Sorocaba<br />

uma padaria, à qual deu o nome de Aurora,<br />

vendendo-a mais tarde, com pequeno lucro.<br />

Foi, depois, para Monte Alto Paulista, trabalhar<br />

com seu irmão na compra de gado. Mas<br />

não deu certo, não lhe agradava a ocupação.<br />

Finalmente, em 1935, veio para Araraquara,<br />

nesta época já com a prole aumentada,<br />

passando a trabalhar na então Padaria<br />

Pasetto e, posteriormente, na Panificadora<br />

Palamone, onde permaneceu por maior<br />

tempo.<br />

Em seguida, com a experiência adquirida<br />

na Rua do Tesouro, já em 1° de julho<br />

de 1945, na Avenida São Paulo (atual Av.<br />

Santo Antonio), na Vila Xavier, inaugurava<br />

sua padaria, com o auxílio dos filhos, que<br />

formavam uma verdadeira equipe, transformando<br />

o sonho inicial em uma organização<br />

que honra e dignifica a indústria de panificação<br />

local. Benedito e Dona Isabel tiveram<br />

10 filhos. José (Zinho), casado com Josefina<br />

Amaral Flório; Moacyr, casado com Alice<br />

Palácios Flório; Aparecida, casada com<br />

Euclides Fogal; Dirce, casada com Célio<br />

Tita; Dulce, casada com Walter Ramalho;<br />

Claudio, casado com Elsie Tedesco Flório;<br />

Clóvis, casado com Maria Helena Corrêa<br />

Flório; Neide, casada com Antonio Carlos<br />

Celli; Luiz Antônio (Biscoito), casado com<br />

Maria Aparecida Benatti Flório e Sônia, casada<br />

com Francisco Corvello. Seus descendentes<br />

somam ainda 31 netos e até agora, 39<br />

bisnetos.<br />

Benedito Flório foi em vida um lutador.<br />

De grande líder dos próprios sonhos, dos sonhos<br />

que o conduziram à concretização de<br />

uma vida estável, onde seus descendentes<br />

pudessem fortalecer esse exemplo de união<br />

e de se identificarem com a humildade, que<br />

sempre guiou seus desejos. Ele faleceu em 7<br />

de novembro de 1966 e sua esposa Isabel,<br />

em 17 de abril de 1972.<br />

Através do decreto n° 3511, de 14 de<br />

março de 1975, recebeu a denominação de<br />

Rua Benedito Flório, a Rua “R” do Loteamento<br />

Vila D’Onofre (Vila), com início na<br />

Av. Octaviano de Arruda Campos e término<br />

na Av. Estrada de Ferro Araraquara, fronteira<br />

do Grupo Escolar da Vila D’Onofre.<br />

- 51 -


JOGOS REGIONAIS<br />

OUTRA VEZ A<br />

CIDADE É S<strong>ED</strong>E<br />

Bebedouro decidiu desistir de<br />

ser sede dos Jogos Regionais<br />

de <strong>2014</strong>. Com isso, Araraquara<br />

foi chamada às pressas pelo<br />

Governo do Estado e por ter<br />

uma boa estrutura, atenderá aos<br />

apelos e receber cerca de cinco<br />

mil atletas em junho.<br />

Bom para a economia local. Pelo menos<br />

essa é a primeira avaliação que se fez<br />

logo que o prefeito Marcelo Barbieri deu a<br />

palavra de aceitar a sediar pelo segundo ano<br />

consecutivo os Jogos Regionais. Em 2013<br />

o movimento agradou os varejistas e os<br />

proprietários de hotéis, bares e restaurantes.<br />

Neste ano, ainda que a competição seja realizada<br />

em pleno período da Copa do Mundo,<br />

existe a esperança de que tudo se junte num<br />

clima só, de muita festa.<br />

A realização dos jogos em Araraquara<br />

foi no dia 28 de janeiro; o convênio confirma<br />

Araraquara como sede da 58ª edição<br />

dos Jogos Regionais da 5ª Região Esportiva<br />

do Estado do Estão Paulo, sendo disputados<br />

entre os dias 18 e 28 de junho.<br />

Pelo convênio, o Governo do Estado libera<br />

R$ 400 mil para o custeio dos Jogos. A<br />

expectativa é pela participação de 60 municípios,<br />

a exemplo de 2013, quando a cidade<br />

também sediou a competição.<br />

Segundo o coordenador estadual de<br />

Esporte, Lazer e Juventude, Mário Cesar<br />

Bortoluzo, com a desistência da cidade anteriormente<br />

escolhida (Bebedouro), era preciso<br />

que outra cidade fosse convidada. “E<br />

decidimos optar por Araraquara porque conhecemos<br />

bem Marcelo Barbieri e o trabalho<br />

realizado pela Secretaria Municipal de<br />

Esportes e Lazer”, acrescentou Bortoluzo.<br />

Vale destacar que Araraquara sagrou-se<br />

a campeã geral em 2013, ficando à frente<br />

dos demais 59 municípios participantes.<br />

O prefeito também solicitou ao coordenador<br />

a construção de cancha oficial de malha<br />

no Centro Esportivo Municipal.<br />

Eduardo Anastasi (chefe de gabinete), Barbieri<br />

e o coordenador estadual de Esporte, Lazer<br />

e Juventude durante o acerto em São Paulo e<br />

que premia Araraquara com uma ciclofaixa<br />

O coordenador de Esportes do Estado<br />

também informou que como contrapartida<br />

à realização dos Jogos, Araraquara será incluída<br />

no projeto “Ciclofaixa”, parceria do<br />

governo paulista com a Federação Paulista<br />

de Ciclismo e prefeituras.<br />

De acordo com Mário Bortoluzo, este<br />

projeto que está sendo trazido para o Interior,<br />

consiste na criação de uma faixa exclusiva<br />

em determinada via da cidade a cada sábado<br />

ou domingo para a prática do ciclismo.<br />

- 52 -


SÉRIE OS GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />

DIA DE FESTA NA VILA XAVIER,<br />

O PALMEIRINHA VAI JOGAR<br />

A imagem registra o espírito empreendedor dos esportistas que<br />

com o coração aberto, escreveram as gloriosas páginas do<br />

Palmeiras Esporte Clube de Araraquara, o PECA, nos anos<br />

dourados do futebol amador de nossa terra. Aos que viabilizaram<br />

a construção do querido “palmeirinha da vila”, a nossa singela<br />

homenagem e gratidão.<br />

ESPECIAL: TETÊ VIVIANE<br />

1945, 22 de agosto. É neste dia que<br />

tem início a história de um grande clube<br />

amador, que marcaria definitivamente sua<br />

trajetória, consagrando-se no cenário social<br />

e esportivo de Araraquara.<br />

Dragão, Orlandinho, Carlão, Gildo,<br />

Chiquinho, Tamoio, Peixe, Emílio, Victor,<br />

Fogueira e Anésio, estão no Estádio<br />

Municipal “Tenente Siqueira Campos”,<br />

prontos para o primeiro jogo do Palmeiras<br />

em sua história. O técnico era Zé<br />

Palito (José Zavagli), que posou para o<br />

inesquecível momento ao lado dos seus<br />

diretores: Francisco Ópice, Bento Zaniolo<br />

e o querido Redicieri Zaniolo, primeiro<br />

presidente do Palmeiras.<br />

Na cidade não se falava em outra coisa<br />

senão da “descida de um time da Vila<br />

para jogar no centro da cidade”, num<br />

tempo em que ela se dividia pela linha do<br />

trem, imperando uma grande rivalidade.<br />

Os palmeirenses da Vila queriam paz,<br />

pois as marcas deixadas pela II Grande<br />

Guerra Mundial entre os membros da<br />

colônia italiana ainda não estavam cicatrizadas<br />

e a maioria fazia parte do clube<br />

como que a desafiar as determinações do<br />

Governo de que nenhum clube ou<br />

associação poderia expressar admiração<br />

ou paixão pelos costumes<br />

trazidos pelos imigrantes no final<br />

do século XIX.<br />

O pontilhão da Avenida São<br />

Paulo, única passagem de um lado<br />

ao outro para os veículos transitarem<br />

na época, naquele 22 de agosto<br />

de 1945, fervilhava. Os caminhões<br />

desciam lotados em direção ao Estádio<br />

Municipal. Os que vinham a pé<br />

da Vila, caminhavam em pequenos<br />

grupos, temerosos com a rivalidade<br />

criada entre a cidade e o bairro.<br />

Foi neste clima que surgiu o Palmeiras,<br />

nome oriundo de um marketing<br />

antigo e esperto: a colônia italiana<br />

predominava em toda a cidade<br />

e seria uma forma de se colocar um<br />

fim na suposta rivalidade entre os<br />

bairros.<br />

» SEGUE A HISTÓRIA DO PALMEIRAS<br />

- 53 -


FUTEBOL AMADOR<br />

A MARCA DE UMA LEMBRANÇA<br />

PINTADA EM VERDE E BRANCO<br />

A Vila Xavier sempre foi um<br />

celeiro de craques; aos olhares<br />

atentos do treinador Roberto<br />

Martini desfilaram atletas que<br />

até hoje são lembrados pela<br />

forma honrosa que defendiam<br />

o time. Foi um período de ouro<br />

do nosso futebol amador e do<br />

Palmeirinha, impondo-se no<br />

campo de luta, graças ao amor<br />

à camisa demonstrado pelos<br />

seus jogadores.<br />

1944. Dia 22 de agosto, aniversário da<br />

cidade. Mais um dos muitos treinos ou “peladas”<br />

sob o comando de Rafael Magrini,<br />

estava sendo realizado num terreno baldio<br />

entre os muitos existentes na época na Vila<br />

Xavier. Passava por alí o esportista José Zavagli,<br />

mais conhecido por “Zé Palito”.<br />

Ele parou para olhar o treino no chapadão<br />

e viu muitos conhecidos do bairro<br />

fazendo o mesmo. Terminada a correria<br />

atrás da bola, surgiu de um bate-papo com<br />

Reinaldo Passerine e Ricardo Tellaroli, Benedito<br />

Corrêa de Toledo, Moacyr Bervethe.<br />

Antoninho Aiello, José Borsato, Ridicieri<br />

Zaniolo, Servideo Pachiega, Bento Zaniolo,<br />

Chico Ópice, Orlando Celli, a ideia de se<br />

montar um time de respeito e oficializá-lo<br />

no amadorismo local.<br />

Uma das formações clássicas do Palmeiras para ser campeão em 1969: o técnico Roberto<br />

Martini, Candinho, Demá, Fininho, Mauro, Pereira, Buri e o presidente Gaeta; João Zanin,<br />

Zéca, Everaldo, Pedrinho Marcomini e Peitada<br />

Novos encontros foram surgindo. Vitório<br />

Zaniolo, alguns dias depois cedeu sua residência<br />

na Avenida São Paulo (atual Santo<br />

Antônio), próximo à igreja de São Benedito,<br />

para as reuniões que passaram a ser costumeiras.<br />

Vez por outra as reuniões eram realizadas<br />

na residência de Orlando Celli em<br />

frente ao campo de terra na Avenida 22 de<br />

Agosto, um terreno cercado de mato por todos<br />

os lados. A casa de Celli também passou<br />

a servir de vestiário, onde os rapazes tomavam<br />

água fresca do poço.<br />

O entusiasmo foi crescendo, outras pessoas<br />

foram prestando sua colaboração. O desejo<br />

tornava-se realidade. E foi na residência<br />

do abnegado Vitório Zaniolo, de tradicional<br />

POR QUE PALMEIRAS?<br />

1942 marca a entrada do Brasil na II Guerra<br />

Mundial, ao lado dos aliados, fato que leva<br />

o governo Vargas a baixar lei obrigando<br />

todas as instituições esportivas com<br />

nomes estrangeiros a mudarem suas<br />

denominações. Caso se recusasse a atender<br />

essa nova denominação, o clube poderia ter<br />

sua sede e estádio tomados. Por isso, o<br />

Palestra em São Paulo viu-se obrigado a<br />

substituir seu nome e suas cores, abdicando<br />

da cor vermelha do uniforme. Assim, em 20<br />

de setembro daquele ano, o Palestra Itália<br />

passou a chamar-se Palmeiras.<br />

Em Araraquara, a colônia italiana era<br />

imensa e pregava-se uma rivalidade entre<br />

o centro da cidade e o bairro. Os italianos<br />

da Vila achavam que o futebol poderia<br />

amenizar e evitar a discriminação que se<br />

falava. O Palmeiras seria esse pêndulo com<br />

a proposta de amizade e companheirismo<br />

dado o número de imigrantes em meio a<br />

uma população de 48 mil habitantes. Pode<br />

se dizer que a contribuição foi significativa<br />

e as muitas conquistas obtidas ao longo de<br />

sua história nos campos de futebol fazem do<br />

Palmeiras, um clube de respeito.<br />

- 54 -<br />

Buri, capitão do time recebe a taça de<br />

Campeão Amador em 1969


Inauguração da sede social do clube em 16 de outubro de 1969: prefeito<br />

Rubens Cruz, Miguel Tedde Netto, José Alberto Gonçalves (Gaeta),<br />

Gildo Merlos, Mário Dextro e Roberto Martini<br />

Com sua Rainha do<br />

Carnaval, o Palmeiras<br />

foi às ruas com seu<br />

carro alegórico para<br />

mostrar que também<br />

era bom de samba. A<br />

animação tomou<br />

conta da Nove de<br />

Julho. A estratégia dos<br />

italianos em 1945<br />

estava dando<br />

resultado: o clube se<br />

popularizava e o<br />

Palmeiras já não era<br />

uma agremiação só<br />

da Vila Xavier: estava<br />

conquistando a cidade.<br />

família da Vila Xavier, que surgiu o Palmeiras<br />

Esporte Clube. Era primeiro de janeiro<br />

de 1945 e formava-se a primeira diretoria.<br />

Presidente: Ridicieri Zaniolo<br />

Vice-Presidente: Bento Zaniolo<br />

Secretários: José Borsato, José Zavagli<br />

(Zé Palito) e Reinaldo Passerine<br />

Tesoureiros: Ricardo Tellaroli e Servideo<br />

Pachiega<br />

Diretores: Antônio Aiello Filho, Moacyr<br />

Bervethe, Orlando Celli, Francisco Ópice<br />

e Benedito Corrêa de Toledo<br />

O campinho foi substituído por um terreno<br />

maior, adquirido após alguns anos e que<br />

não chegou a ser utilizado; foi trocado por<br />

outro que possibilitou a construção da sede<br />

social. Na gestão do prefeito Rubens Cruz, o<br />

então vereador José Alberto Gonçalves, Gaeta,<br />

conseguiu a doação de um terreno onde<br />

foi construído o Estádio Rubens Cruz. O que<br />

era apenas um time de futebol transformouse<br />

em um clube social, orgulho para a Vila<br />

Xavier e toda a nossa comunidade.<br />

Na inauguração da piscina na sede social do Palmeiras, o prefeito Clodoaldo Medina (1) não<br />

escapou de um banho, nem mesmo Gaeta (2), considerado um dos grandes presidentes do<br />

clube; na verdade, a agremiação cresceu pela influência política de Gaeta que chegou a<br />

vereador, presidente da Câmara e vice-prefeito. A Vila Xavier e o Palmeiras além do respeito<br />

e admiração por Gaeta, sempre o tiveram na conta de um dos seus filhos mais ilustres.<br />

Os jogadores do Palmeiras<br />

aguardam o momento para<br />

enfrentar o Monte Líbano,<br />

de São José do Rio Preto,<br />

no Estádio Rubens Cruz<br />

que estava sendo entregue<br />

naquele dia 2 de abril de<br />

1972. Foi uma festa que<br />

marcou época; anos mais<br />

tarde, o clube teve que<br />

vender seu estádio para<br />

o pagamento de dívidas<br />

contraídas ao longo da<br />

sua história.<br />

- 55 -<br />

» SEGUE A HISTÓRIA<br />

DO PALMEIRAS


O GRANDE AMOR DA VILA<br />

COM OS PÉS EM<br />

TERRA FIRME<br />

Alguns devotados palmeirenses<br />

decidiram se juntar e reerguer o<br />

clube. Entre eles, o Toninho, que<br />

hoje conta com apoio da própria<br />

família neste trabalho.<br />

Orgulho do clube e maior obra desde a<br />

fundação, a diretoria do Palmeiras inaugura<br />

neste início do ano o novo salão social com<br />

seis camarotes, bilheterias e sanitários. O<br />

projeto iniciado nos anos 90 contempla dois<br />

ambientes, um salão no térreo e um pavimento<br />

superior.<br />

Segundo o presidente Antônio Carlos<br />

de Souza, o Toninho, de 60 anos de idade,<br />

o salão de entrada será destinado aos bailes,<br />

festas de casamentos, aniversários, palestras<br />

entre outros eventos sociais; no andar de<br />

cima funcionará a academia de musculação<br />

também com aulas de dança. “Um sonho<br />

que conseguimos concluir com a colaboração<br />

dos associados”, relata Toninho.<br />

Com o novo salão à disposição, o antigo<br />

será totalmente reformado. “Uma das<br />

principais fontes de renda que temos são<br />

os bailes aos sábados e por conta disso ficava<br />

impossível qualquer obra com apenas<br />

um salão. Agora, com dois salões teremos<br />

tempo para revitalizar o salão histórico do<br />

clube que foi palco de muitas<br />

emoções com grandes<br />

bailes, carnavais e festas da<br />

comunidade, projeta.<br />

A tesoureira do clube,<br />

Maria Aparecida Ferreira<br />

de Souza, diz que as verbas<br />

para a reforma do antigo<br />

salão virão dos aluguéis da<br />

quadra, minicampo e dos<br />

festivais.<br />

O calendário das atividades esportivas<br />

deste ano está sendo elaborado e uma das<br />

prioridades é a promoção de torneios nas<br />

novas canchas do Palmeiras. “Em 2012<br />

inauguramos o Palácio das Bochas “Manoel<br />

Guidolim” com duas modernas canchas e<br />

placar eletrônico. Com a venda da Sociedade<br />

dos Amigos do Carmo (SAC) à Prefeitura,<br />

o tradicional torneio 1º de Maio foi<br />

realizado pela primeira vez no Palmeiras em<br />

2013 e agradou a todos. Nossa intenção é<br />

unir os bochófilos nas canchas do Verdão”,<br />

adianta Toninho.<br />

ESCOLINHAS<br />

O Palmeiras sempre cuidou da<br />

base e pelo clube começaram o goleiro<br />

Abelha, ex- Ferroviária, Flamengo<br />

RJ, São Paulo FC e seleção brasileira<br />

de novos e também Douglas Onça, ex-<br />

Ferroviária, Coritiba, Atlético Goiano,<br />

Sport Recife e atual técnico tetracampeão<br />

da Ferroviária Fundesport. As<br />

revelações continuam com as escolinhas<br />

de basquete, voleibol, futsal e futebol em<br />

parceria com a Secretaria Municipal de Esporte<br />

e Lazer. “Investir no jovem por meio<br />

do esporte é formar cidadãos conscientes”,<br />

enfatiza o diretor de esportes Carlos Rogério<br />

Pegrucci de Souza.<br />

O futsal mantém a tradição do clube<br />

nas disputas oficiais da cidade. “Conseguimos<br />

montar boas equipes nos mais recentes<br />

campeonatos da LAFS, 2011 e 2012, e a intenção<br />

é renovar o grupo para que possamos<br />

voltar forte nos próximos anos”,<br />

avalia Rogério.<br />

O presidente Toninho de Souza<br />

e sua esposa Maria Aparecida,<br />

contemplam a realização de um<br />

sonho: o fim das obras do Salão<br />

de Festas do Palmeiras<br />

Cancha de Bochas<br />

DANÇA DE SALÃO E HIDRO<br />

A diretora social Gislaine Pegrucci de<br />

Souza, se desdobra para atender as turmas<br />

mistas de aulas de dança de salão. As vagas<br />

nos horários nos dois dias da semana, segunda<br />

e quarta-feira, estão no limite e a diretoria<br />

estuda a formação de novas turmas.<br />

Outra atividade disputada são as aulas<br />

de hidroginástica nas terças-feiras e quintasfeiras<br />

a partir das 16h30 com a professora<br />

Ana Paula.<br />

FESTIVAL DE PRÊMIOS<br />

Aberto aos colaboradores do clube, o<br />

Palmeiras promove o festival de prêmios<br />

as quintas-feiras, a partir das 20h. Confraternização<br />

entre amigos com o objetivo de<br />

melhorias e manutenção nas dependências<br />

do clube.<br />

É FÁCIL SER ASSOCIADO<br />

Com a categoria sócio comum sem necessidade<br />

de compra de título, o Palmeiras<br />

oferece ao associado: piscina, sauna, quadra<br />

poliesportiva, minicampo, salão social,<br />

academia, canchas de bochas, playground e<br />

área livre para happy-hour. Mais informações<br />

na sede do clube, Av. João Batista de<br />

Oliveira, 333, telefone (16) 3322-0676.<br />

- 56 -


ESPECIAL: COMPORTAMENTO<br />

AS MARCAS E AS LEMBRANÇAS<br />

GUARDADAS PELOS SESSENTÕES<br />

ROLLING STONES EM MATÃO<br />

O Trabalho de Conclusão de<br />

Curso de cinco formandos da<br />

área de Jornalismo na cidade<br />

nos leva a refletir sobre um dos<br />

fatos importantes ocorridos na<br />

região em 1969. A visita de dois<br />

Rolling Stones que ficaram 17<br />

dias passarelando entre Matão<br />

e Araraquara, em busca de paz.<br />

Rádio Cultura, 7 de janeiro de 1969. Era<br />

uma terça-feira, pouco mais das 14h. Eu estava<br />

começando o programa “RC Especial”<br />

pelo AM, na época em que o FM era simplesmente<br />

um sonho. Antônio Carlos Rodrigues<br />

dos Santos, que mantinha o programa<br />

Beatlemania (17h), passa pela porta elétrica<br />

que separava a recepção do auditório e estúdio<br />

da emissora: “Ivan, o Carminho Tucci<br />

está indo para Matão fotografar os Rolling<br />

Stones. Eles estão lá”.<br />

TEXTO: IVAN ROBERTO PERONI<br />

Tucci, além do foto que mantinha<br />

com seu pai - “seo Cármine” na<br />

Rua São Bento, fazia as coberturas<br />

fotográficas para O Diário da Araraquarense<br />

e a Folha de São Paulo.<br />

Fomos então, um dos primeiros a<br />

dar a notícia da visita do vocalista<br />

Mick Jagger e do guitarrista Keith<br />

Richards, a Matão.<br />

Junto com Carminho Tucci naquela<br />

tarde seguiu Ricardo Simões,<br />

que durante bom tempo atuou<br />

como comunicador na rádio; os<br />

dois, relembra Tucci, para fazer as<br />

fotos enviadas depois para a Folha<br />

em forma de negativo, tiveram que<br />

invadir uma cerca e fugir do esquema<br />

de segurança.<br />

Em Araraquara, Jagger e seu<br />

novo relacionamento, a atriz Marianne<br />

Faithfull (e o filho Nicholas,<br />

do casamento com o galerista John<br />

Dunbar) e acompanhados do casal<br />

Keith Richards e Anita Pallenberg,<br />

tomaram sorvete na Kawakami e<br />

circularam alguns dias depois por terreiros<br />

de umbanda em busca de novidades para<br />

suas músicas (acordes vindos do ritmo afro).<br />

Na época um dos centros mais visitados era<br />

a Tenda de Umbanda Pai João Boiadeiro, da<br />

mãe de Santo, Ana Domingues.<br />

Em outubro de 1968, os dois casais já<br />

tinham passado por Marraquexe com o mesmo<br />

objetivo: buscar sons, cheiros e cores.<br />

Dois meses depois (dezembro), vinte dias<br />

antes de viajar para o Brasil, Marianne participou<br />

da gravação do lendário The Rolling<br />

Stones Rock and Roll Circus, cantando “Something<br />

Better”.<br />

No Brasil, Richards e Anita estariam se<br />

escondendo de Brian Jones, o baterista da<br />

banda encontrado morto na piscina seis meses<br />

depois (julho de 1969). Um mês antes.<br />

junho, ele havia sido desligado da banda que<br />

ele mesmo fundou e convidara Jagger e Richards<br />

para fazer parte.<br />

» SIGA COM OS ROLLING STONES<br />

EM MATÃO E ARARAQUARA<br />

- 57 -


STONES EM MATÃO<br />

ERA UM BANDO DE<br />

LOUCOS<br />

Em 1969, a pequena Matão,<br />

com pouco mais de 15 mil<br />

habitantes, nem sonhava em<br />

abrigar dois integrantes de uma<br />

das maiores bandas de rock do<br />

planeta. Matão ao nosso lado,<br />

foi marcada como a cidade que<br />

abrigou dois integrantes do<br />

Rolling Stones no Brasil.<br />

A música "Honky Tonk Women", lançada inicialmente com o nome "Country Honk" no álbum<br />

Let it Bleed, de 1969, foi escrita por Mick Jagger e Keith Richards durante suas férias na Fazenda<br />

Boa Vista, em Matão. No livro "Vida", Richards conta que compôs a música sentado na varanda<br />

da fazenda como um caubói, fingindo que estava no Texas.<br />

Tudo começou com a tumultuada fase<br />

que a banda estava passando na Inglaterra.<br />

O verdadeiro motivo pelo qual eles vieram<br />

até nosso país variava entre a morte do guitarrista<br />

Brian Jones, afogado numa piscina,<br />

e as supostas acusações de satanismo devido<br />

à recente música gravada “Sympathy For<br />

The Devil” (simpatia pelo diabo). A primei-<br />

ra hipótese pode-se dizer descartada pois as<br />

biografias confirmam que o guitarrista morreu<br />

em julho de 1969.<br />

Pouco se fala no entanto que o motivo<br />

da viagem teria ocorrido diante do envolvimento<br />

romântico da modelo Anita Pallenberg<br />

com Brian Jones, que ela conheceu em<br />

1965. Dois anos depois, numa viagem a caminho<br />

de Marraquexe, no Marrocos, Brian<br />

Jones viria a adoecer, ficando pelo caminho,<br />

e Richards e Anita, que com ele seguiam<br />

viagem, acabaram por se envolver.<br />

Diz-se que quando Jones chegou finalmente<br />

a Marraquexe, Anita e Richards<br />

haviam fugido. Richards voltou para a gravação<br />

do lendário The Rolling Stones Rock<br />

A pacata Matão dos anos 60 não pensava que eram os Stones,<br />

pois a Fazenda dos Ingleses recebia muita gente do exterior<br />

- 58 -


Wanderley Zanoni, o<br />

"jornaleiro dos Stones",<br />

levava os principais jornais<br />

do Brasil a Mick Jagger e<br />

Keith Richards na Fazenda<br />

Boa Vista durante o tempo<br />

que passaram em Matão.<br />

Ele era uma das poucas<br />

pessoas que tinha acesso<br />

aos dois ícones do rock.<br />

Além de levar os jornais,<br />

trabalhava no escritório da<br />

fazenda. Zanoni conta no<br />

documentário os hábitos<br />

dos Stones e algumas<br />

histórias sobre a visita<br />

and Roll Circus (11 de dezembro de 1968)<br />

convencendo a Mick Jagger (ambos tinham<br />

a mesma idade) para viajar ao Brasil. Fora do<br />

grupo a partir de junho (69) e sem a mulher<br />

Anita, Brian Jones apareceu morto na piscina<br />

no mês seguinte.<br />

O contato com o banqueiro brasileiro<br />

Walter Moreira Sales, na época proprietário<br />

da Fazenda Boa Vista ou Fazenda dos Ingleses,<br />

em Matão, serviu então como uma<br />

"válvula de escape" para Richards e Jagger<br />

e favoreceu a vinda dos roqueiros ao Brasil.<br />

Desembarcaram no Rio de Janeiro e<br />

logo vieram para Matão. A matonense Fátima<br />

Labataglia, ainda adolescente naquela<br />

época, foi uma das poucas pessoas que tiveram<br />

o privilégio de ver a banda. “Vi saindo<br />

de um jipe dois sujeitos (Jagger e Richards)<br />

vestidos com túnica que chegava aos tornozelos.<br />

Sujos, cabelos compridos e um deles<br />

com uma mochila nas costas, provavelmente<br />

carregando algum instrumento musical”.<br />

Na hora pensou se tratar de mendigos,<br />

mas quando começaram a falar em inglês<br />

já desconfiou que fossem convidados da fazenda,<br />

pois naquela época muitos ingleses<br />

visitavam as redondezas. “Sabia que eram<br />

convidados da fazenda, mas nem desconfiava<br />

que fossem os Rolling Stones. Naquele<br />

tempo pouco ouvia se falar da banda em<br />

nossa região e além disso eu gostava mesmo<br />

era de Beatles e Elvis Presley”, conta.<br />

Junto com o vocalista Mick Jagger e o<br />

guitarrista Keith Richards, desembarcaram<br />

também Marianne Faithfull, namorada de<br />

Jagger e o filho dela, Nicholas e Anita, namorada<br />

de Richards.<br />

Wanderley Zanoni, matonense, trabalhava<br />

na fazenda. Sempre se encarregava de entregar<br />

os jornais todas as manhãs à trupe. “Eu soube<br />

que eram os Rolling Stones porque vi num jornal<br />

do Rio de Janeiro uma foto deles publicada<br />

pouco antes deles virem para Matão”.<br />

Marianne sabia falar um pouco de português<br />

e sempre esperava Zanoni ansiosa<br />

na varanda da casa para receber os jornais<br />

e atrás dela, quase fora da casa, Jagger e Richards.<br />

Além de buscar informações do que<br />

acontecia na Inglaterra, eles queriam saber<br />

se a vinda para o interior paulista não havia<br />

sido percebido pela mídia.<br />

“Quando eu entregava o jornal ela sempre<br />

me recebia apenas com um penhoar e<br />

sem nada por baixo. Naquela época não víamos<br />

nem nossa mãe sem roupa, quanto mais<br />

uma pessoa estranha”, diz sorrindo Zanoni.<br />

Segundo ele, logo pela manhã era possível<br />

ouvir os músicos tocando e cantando.<br />

“Para falar a verdade era muito melhor a voz<br />

deles daquele jeito, sem microfone algum”.<br />

Vizinha da Fazenda Boa<br />

Vista em 1969, Rosely Scutti<br />

chegou a acampar em<br />

frente ao local que Mick<br />

Jagger e Keith Richards<br />

ficaram hospedados<br />

durante a passagem dos<br />

integrantes da banda pela<br />

cidade de Matão<br />

- 59 -


STONES EM ARARAQUARA<br />

O TEMPO NÃO VAI<br />

APAGAR A HISTÓRIA<br />

Imaginar que dois Rolling<br />

Stones andaram pelos terreiros<br />

de umbanda em Araraquara. À<br />

noite colocavam pratos e velas<br />

ao redor da piscina: um estímulo<br />

para dois dos maiores sucessos<br />

do grupo nos anos 70.<br />

A visita dos roqueiros a Matão não passou<br />

tão despercebida quanto planejaram e<br />

dias depois começaram a aglomerar pessoas<br />

na frente da casa apenas para vê-los sair no<br />

jardim. Tentativas frustradas. “Um jornal da<br />

região me ofereceu dinheiro para que eu entregasse<br />

o jornal um pouco mais longe da<br />

casa, para que eles tivessem que sair e, assim,<br />

serem fotografados”, afirma Wanderley<br />

Zanoni.<br />

A estadia na fazenda foi acompanhada<br />

de perto pelos caseiros Paulo Viziolli e<br />

Joana, excelente cozinheira que preparava<br />

pratos à base de batatas, a pedido de Jagger.<br />

A retribuição do rockstar era com simpatia.<br />

Todas as manhãs dava um sonoro “bom<br />

dia”, em português, para a caseira.<br />

Durante o dia usavam a piscina da casa<br />

e, sem pudor, expunham os corpos como<br />

vieram ao mundo. Também frequentavam a<br />

sorveteria existente no centro de Matão.<br />

Já no período da noite se divertiam soltando<br />

fogos de artifícios. Vez e outra iam<br />

para a cidade comprá-los. Tudo regado a<br />

muita cerveja, mas com um detalhe: em lata.<br />

Naquela época ainda não se fabricava cervejas<br />

em lata no Brasil, portanto, eles trouxeram<br />

do exterior.<br />

Também no período noturno, aconteciam<br />

as cenas que os matonenses julgavam<br />

José Roberto Siqueira foi o sanfoneiro de<br />

Mick Jagger e Keith Richards durante uma<br />

festa que a dupla organizou na Fazenda<br />

Boa Vista, em Matão. Os Stones queriam<br />

um sanfoneiro para criar um clima de festa<br />

junina, apesar de terem passado pela<br />

cidade em janeiro de 1969. A sanfona que<br />

Siqueira traz consigo até hoje é a mesma<br />

que foi usada na ocasião, há 45 anos.<br />

ser as mais misteriosas da banda. Durante o<br />

jantar apagavam todas as luzes e deixavam<br />

apenas velas ao redor da mesa, além de espalhá-las<br />

ao redor da piscina. O fato ganhou<br />

forte indício de rituais a partir do momento<br />

em que a banda decidiu conhecer terreiros de<br />

umbanda em Araraquara, aproveitando para<br />

tomar sorvete na Sorveteria Kawakami.<br />

Outro mistério eram as supostas gravações<br />

que a banda fez com músicas<br />

compostas na fazenda. Duas delas seriam<br />

“Honky Tonk Women” e “Country Honk”<br />

e, segundo declarações de Richards à revista<br />

“Rolling Stone”, eles as compuseram numa<br />

fazenda, com cavalos imponentes, longe de<br />

tudo, como se estivessem no Arizona. As<br />

músicas atingiram o primeiro lugar das rádios<br />

de todo o mundo e se sagraram como<br />

duas das mais famosas da banda.<br />

A estadia dos roqueiros em Matão durou<br />

17 dias. Tempo suficiente para ficar marcado<br />

na história da banda, do Brasil e, principalmente,<br />

da cidade. Dias que jamais foram<br />

esquecidos por aqueles que naquela época<br />

tiveram o privilégio de ver uma das maiores<br />

bandas do mundo.<br />

Grupo que pesquisou<br />

os Rolling Stones para o<br />

TCC: Diego Gibertoni,<br />

Gianfrancesco Bariani,<br />

Rafael Zocco de<br />

Camargo, Fernanda<br />

Vilela e Matheus<br />

Carvalho. A pessoa ao<br />

fundo é um amigo dos<br />

formandos.<br />

- 60 -


COMO NOS FILMES<br />

AS TRAGÉDIAS QUE<br />

VIERAM DEPOIS<br />

Na vida real nem tudo foram<br />

flores para os Stones. Jagger<br />

teve sete filhos com quatro<br />

mulheres, uma delas a<br />

brasileira Luciana Gimenez.<br />

Marianne mora em Paris; Anita<br />

e Richards se separaram em<br />

1980.<br />

Wanderley Zanoni, quem mais conviveu<br />

com os Stones no Brasil, bem que gostaria<br />

de saber o fim de tudo isso... Pois bem, o<br />

romance de Marianne com Mick Jagger<br />

terminou em maio de 1970, um ano depois<br />

de estar em Matão; no mesmo ano Marianne<br />

perdeu a guarda de seu filho Nicholas,<br />

tendo porisso buscado o suicídio. Daí para<br />

frente, sua vida pessoal entrou em colapso e<br />

a carreira de cantora e atriz foi praticamente<br />

interrompida. Parecia que aquele anjo,<br />

visto diariamente por Wanderley Zanoni, o<br />

caseiro da Fazenda Boa Vista, agora estava<br />

vivendo no inferno. Ela levaria anos para<br />

se restabelecer. Chegou a<br />

viver dois anos perambulando<br />

pelas ruas do Soho,<br />

em Londres, dependente<br />

de heroína e sofrendo de<br />

anorexia nervosa. Seus<br />

amigos tentaram levá-la<br />

para reabilitação várias<br />

vezes. Durante os anos 70<br />

ela fez poucas aparições.<br />

A mais memorável delas<br />

foi cantando "I Got You<br />

Babe" com David Bowie,<br />

na NBC, em 1973. Mas<br />

ainda levaria alguns anos<br />

para voltar à música plenamente.<br />

Ela também apareceu,<br />

como Lilith, no filme experimental de<br />

Kenneth Anger Lucifer Rising (completado<br />

em 1972 mas só estreado oito anos depois).<br />

Atualmente, Marianne Faithfull vive<br />

em Paris e está gravando um novo álbum<br />

de material inédito, mas o trabalho foi em<br />

interrompido devido a problemas de saúde,<br />

em julho de 2013.<br />

Já Richards e Anita permaneceram juntos,<br />

com idas e voltas, devido à sua relação<br />

tumultuosa, até 1980, embora nunca se tenham<br />

casado. O par viria a ter três filhos:<br />

Marlon, Angela e Tara, que morreria no berço<br />

dez semanas depois de ter nascido.<br />

Assim, termina uma história acompanhada<br />

pelos “sessentões de hoje” e impossível<br />

de ter os mesmos protagonistas. Na metade<br />

do caminho, Jagger teve um filho com<br />

a brasileira Luciana Gimenez.<br />

Na época em que<br />

Allan Dellon, tinha<br />

Marianne como<br />

namorada, Jagger<br />

já aparecia do lado<br />

do casal. Foi com<br />

ela que o roqueiro<br />

veio para Matão,<br />

mais Richards e<br />

Anita<br />

Richards e Anita<br />

Fontes:<br />

Nas Pegadas dos Stones http://whiplash.net/<br />

materias/biografias/101606-rollingstones<br />

Documentário: “Aliens 69: Quando os Rolling<br />

Stones invadiram Matão”<br />

- 61 -


INSTITUTO DE QUÍMICA DE ARARAQUARA<br />

UMA AJUDA PARA O<br />

CAIRBAR SCHUTEL<br />

Vigas de reforço no muro do alambrado<br />

Com empresa contratada em caráter<br />

emergencial, a Prefeitura refaz 3 muros no<br />

hospital Cairbar Schutel, que atende pacientes<br />

pelo SUS. A obra visa proteger as<br />

diversas alas da unidade de psiquiatria, que<br />

foram atingidas pelas chuvas ocorridas nos<br />

dias 23 e 24 de janeiro, após as quedas dos<br />

muros. O investimento de R$ 135 mil é de<br />

recursos próprios.<br />

Na parte alta do hospital, na lateral da<br />

Rua Lavínio Pedro de Arruda Falcão, a<br />

Prefeitura constrói 50 metros de muro que<br />

também servirá de mureta para o novo<br />

alambrado. O desnível em relação à rua é<br />

de dois metros.<br />

A entidade também necessita repor as<br />

33 portas estragadas e os interessados em<br />

doar o material podem entrar em contato<br />

com o hospital (16) 3322-4336.<br />

Muro é feito em caráter emergencial<br />

INSTITUTO DE QUÍMICA ARARAQUARA<br />

MAIS UMA GRANDE<br />

DESCOBERTA<br />

O projeto transcateter de válvula<br />

cardíaca, ou bioválvula, que foi<br />

desenvolvido por uma parceria<br />

entre a Química da Unesp local<br />

e a Braile Biomédica, indústria<br />

de Rio Preto, recebeu o Prêmio<br />

Finep de Inovação 2013, na<br />

categoria Média Empresa.<br />

- 62 -<br />

“Pesquisadores da Unesp de Araraquara<br />

ajudaram uma empresa privada a desenvolver<br />

uma bioválvula que pode simplificar as<br />

operações no coração”. Esta é a boa notícia<br />

deste começo de ano publicada pelas revistas<br />

especializadas em Saúde. O tempo de<br />

uma cirurgia tradicional que pode chegar<br />

até 4 horas, agora foi reduzido<br />

para até 40 minutos. O custo<br />

do material ainda é alto, mas<br />

os pesquisadores acreditam<br />

que futuramente ele possa ser<br />

usado no SUS.<br />

Para evitar os problemas<br />

casuais da cirurgia tradicional,<br />

os pesquisadores em Araraquara<br />

criaram uma válvula<br />

cardíaca, implantada de forma menos invasiva<br />

e mais rápida. A técnica é indicada para<br />

pacientes idosos, de alto risco.<br />

A válvula pesa três gramas, tem 30 milímetros<br />

de diâmetro e foi feita com uma<br />

membrana que reveste o coração do boi.<br />

O produto desenvolvido por uma empresa<br />

privada foi aperfeiçoado por cientistas do<br />

Instituto de Química. Antes, a válvula tinha<br />

uma liga metálica de aço, menos resistente.<br />

“Passou a ser cortada a laser e testamos<br />

vários materiais, dentre eles a liga metálica<br />

de cobalto cromo. Foi a que ofereceu a melhor<br />

resposta, o melhor acabamento, bastante<br />

atualizado e que tem biocompatibilidade<br />

com o organismo, menos rejeição”, explicou<br />

o coordenador do Grupo de Biomate-<br />

Antonio Carlos Guastaldi, coordenador<br />

do Grupo de Biomateriais da Unesp local<br />

riais da Unesp, Antônio Carlos Guastaldi.<br />

Com ela, o implante é bem mais simples.<br />

Os médicos fazem um pequeno corte<br />

na costela e, com um cateter, introduzem a<br />

válvula fechada. Quando chega ao coração,<br />

ela abre, como um guarda-chuva.<br />

Ao todo, 250 pessoas já passaram pela<br />

cirurgia. O procedimento é<br />

usado em pacientes com estenose<br />

aórtica, quando a válvula<br />

não abre completamente<br />

e reduz o fluxo de sangue. “É<br />

a primeira transcateter desenvolvida<br />

no Brasil, a única<br />

válvula nacional”, afirma o<br />

diretor de produtos Guilherme<br />

Agreli.<br />

O problema é o custo, que não sai por<br />

menos de R$ 70 mil. A rede pública de saúde<br />

não cobre o procedimento. Os custos envolvidos<br />

num primeiro momento são altos,<br />

mas, como tudo aquilo que é difundido de<br />

uma forma mais ampla, a tendência é que<br />

esses custos caiam e se possa expandir o uso<br />

para a população atendida pelo SUS.<br />

Atualmente, os consumidores dessa<br />

válvula são hospitais particulares e planos<br />

de saúde, já que o SUS só poderá adquiri-la<br />

após validações que incluem o acompanhamento<br />

dos pacientes operados a médio prazo.<br />

A expectativa do fabricante é que, quando<br />

for incorporado à lista de equipamentos<br />

pagos pelo SUS, o produto ajude a forçar o<br />

preço para baixo.


ESTÉTICA<br />

VERÃO ESTÁ<br />

COM TUDO<br />

O verão caminha sob os efeitos<br />

de um sol que judia, e sua pele<br />

está com uma aparência de que<br />

você envelheceu cerca de cinco<br />

anos? Ressecada, opaca e sem<br />

brilho? Para evitar os danos<br />

causados pelo sol, água do<br />

mar e da piscina e do vento,<br />

a esteticista Cátia Rezende<br />

passa algumas orientações.<br />

Veio para brilhar<br />

ainda mais nossos<br />

dias, mas devemos<br />

ficar atentos aos cuidados<br />

com a pele.<br />

Precisamos ter<br />

consciência de que<br />

fatores decorrentes do<br />

excesso de sol podem<br />

causar danos à pele, e<br />

muitos; como manchas,<br />

queimaduras,<br />

ressecamentos e até<br />

escamações.<br />

O uso constante do protetor solar é imprescindível,<br />

devendo ser reaplicado constantemente,<br />

principalmente pelos praticantes<br />

de esportes ou pessoas em contato com<br />

água. Assim, protege e mantém a pele hidratada<br />

por muito mais tempo.<br />

Cátia Rezende diz que sempre aconselha<br />

suas clientes a fazerem uma esfoliação,<br />

seguida de hidratação 3 dias antes da exposição<br />

ao Sol.<br />

O procedimento citado ajuda a retirar<br />

todas as células mortas do tecido epitelial<br />

O que acontece é que, com a exposição solar<br />

intensa e crônica promovida pelos meses do<br />

verão, a pele ficou exposta por um tempo maior<br />

a um estresse (oxidativo) produzido pela<br />

absorção dos radicais livres<br />

(pele), fazendo com que a pele fique bronzeada<br />

por mais tempo, sem correr o risco de<br />

descascar.<br />

Em relação às crianças, devemos reaplicar<br />

o filtro solar de meia em meia hora para<br />

garantirmos uma proteção eficaz.<br />

Cátia recomenda que em ambientes fechados,<br />

a proteção também é essencial por<br />

conta das luzes fosforescentes, e a reaplicação<br />

deve ser feita a cada 2 horas.<br />

Não podemos esquecer que uma alimentação<br />

saudável, com frutas, verduras,<br />

ingestão de água de coco e, principalmente,<br />

muita água mineral, é fundamental para<br />

manter a pele mais hidratada; sobretudo se<br />

estiver em locais com maior exposição aos<br />

raios solares, como praias, clubes. Vamos<br />

pois tomar cuidado com o Sol excessivo!<br />

De qualquer forma, dentro das inúmeras<br />

possibilidades e opções, para cada tipo<br />

de pele e dano causado, existe uma indicação<br />

de conduta objetivando sempre<br />

uma abordagem dessa pele da forma<br />

mais completa possível. Daí a importância<br />

do exame com o especialista. Vivemos<br />

em um país tropical, onde a maior parte<br />

das atividades acontecem com frequência<br />

ao ar livre e apesar das outras estações,<br />

temos sol e calor em mais da metade do<br />

ano. É necessário então, que haja uma<br />

reeducação no hábito da proteção solar,<br />

que precisa ser, dessa forma, diária e não<br />

exclusivamente na estação mais quente.<br />

- 63 -


VIDA SOCIAL<br />

O grande triunfo da vida e do trabalho<br />

Na atualidade já não se dá para<br />

dimensionar a importância da Fort-Lar<br />

no contexto industrial da cidade; em<br />

toda sua trajetória mistura-se ideal,<br />

ousadia e trabalho, ações que se<br />

integram à originalidade de uma<br />

família integralmente voltada para<br />

o trabalho e a vontade de vencer. O<br />

tempo para ela não apenas serviu de<br />

conselheiro, mas principalmente de um<br />

norte a quem a vida toda esteve à<br />

frente de um barco destinado a aportar<br />

em terra firme. Para dar suporte à<br />

longa jornada de Ademir Ramos da<br />

Silva, sempre estiveram a esposa Maria<br />

e os filhos Vinicius, Fabrício e Flávia<br />

que compreendendo a importância<br />

desta união, mergulharam seus sonhos<br />

convictos de que o futuro seria de<br />

conquistas. As imagens que<br />

apresentamos, expressam a realidade<br />

desta alegria vivida durante a<br />

inauguração do novo prédio da<br />

Fort-Lar em Araraquara.<br />

Ademir e Maria<br />

na entrada do<br />

novo prédio<br />

ÁLBUM DE FAMÍLIA<br />

Momento histórico<br />

para Ademir e Maria:<br />

ter ao lado como<br />

complementação de<br />

todos os sonhos, os<br />

filhos Vinicius, Fabrício<br />

e Flávia, com aqueles<br />

que passam a<br />

constituir a terceira<br />

geração na família<br />

Ramos da Silva:<br />

Otávio e Murilo, filhos<br />

de Vinicius.<br />

Vinicius e Cleise Ramos<br />

Fabrício e Graziela<br />

- 64 -<br />

Graziela, Flávia e Cleise


Vinicius, Paulo<br />

e Fabrício no<br />

anfiteatro da<br />

Fort-Lar<br />

O prefeito Marcelo Barbieri e o vereador Elias<br />

Chediek ao cumprimentar Ademir Ramos da Silva,<br />

além dos elogios pela ousadia no investimento<br />

empresarial, disseram que estavam encantados com<br />

a importância da fábrica hoje pontuada pelo avanço<br />

da tecnologia<br />

Antônio Martins, atual secretário de<br />

Desenvolvimento Econômico e o prefeito<br />

Marcelo Barbieri, convidados pelo<br />

empresário Ademir Ramos da Silva,<br />

conheceram as novas instalações da<br />

fábrica, considerada por eles, dentro<br />

deste segmento, como uma das maiores<br />

no interior paulista<br />

Vinicius recepciona os amigos Dimas<br />

Fausto e Fabiana, da Hora Sol,<br />

parceiros da Fort-Lar<br />

Prefeito Marcelo Barbieri foi homenageado<br />

na inauguração da Fort-Lar com uma<br />

pequena lembrança: a panelinha, um dos<br />

produtos fabricados pela empresa e que na<br />

verdade, transformou-se em um símbolo<br />

da luta imposta pela família para atingir<br />

essa notável fase de expansão<br />

Logo após a inauguração do novo prédio, o abraço fraternal do<br />

prefeito Marcelo Barbieri aos empresários Ademir e Maria<br />

- 65 -<br />

Guilherme, Adnael, Aline, Marcieli, Graziela e Flávia,<br />

durante a inauguração do novo prédio da Fort-Lar


A Uniodonto Araraquara festejou seu 23ª aniversário<br />

om a presença dos seus cooperados e convidados.<br />

Presidente Theophilo Perche<br />

recebeu muitos elogios pelo<br />

trabalho que vem realizando<br />

ao lado dos diretores Gustavo<br />

Loria e João Franco. A grande<br />

expansão da cooperativa com<br />

mais de 20 mil beneficiários<br />

mostra a importância dos<br />

projetos que eles colocaram<br />

em prática, levando a nossa<br />

Uniodonto a ser uma das mais<br />

conceituadas operadoras<br />

odontológicas do interior.<br />

Gustavo Leoni, Mário Galucci, Theophilo Perche, João Franco<br />

e Luis Henrique Santos na festa de confraternização<br />

José Alves (Uniodonto Brasil), Theophilo<br />

Perche (Uniodonto Araraquara) e Leopoldo<br />

(Sicredi Araraquara)<br />

Matheus, Rosangela e Gilson Silva,<br />

prestigiando o evento da classe<br />

Cléa Rossana e Simeão<br />

Otávio Ribeiro e Reinolds Frais<br />

A Uniodonto atualmente dispõe de 150<br />

profissionais cooperados que realizam<br />

quase 200 mil procedimentos por ano,<br />

número considerado expressivo, sempre<br />

pautados pela qualidade, segurança e<br />

agilidade na prestação dos serviços.<br />

Luís Huss e Josi Furlanetto<br />

- 66 -


O presidente Theophilo Perche<br />

considera que o sucesso da<br />

cooperativa tem se dado pelo<br />

apoio e o incentivo dos seus<br />

cooperados. A integração<br />

nos permite cada vez mais a<br />

consolidação dos projetos.<br />

QUE SEJAM FELIZES!<br />

Roberta Freitas, Antônio Carlos Cápua, Donizett,<br />

Artemizia e Maciel Fedozzi, mesa vestida pela alegria<br />

de mais um ano de atividades<br />

Miguel Cabau, Antonio Carlos Machado (Uniodonto<br />

Bebedouro), Theophilo e Paulo Madeira<br />

Nereide Belotti e Adriana Mendes<br />

durante o encontro da Uniodonto<br />

No dia 15 de fevereiro, na Chácara do<br />

Nelson (39) no Parque Tropical, acontece<br />

o casamento de Amanda Tiba e Orivaldo<br />

Moreira, brilhante profissional da TV<br />

Circulando. A propósito será uma grande<br />

festa para selar esta união.<br />

Cerca de 650 empresas na<br />

cidade e região formam a<br />

carteira da Uniodonto. Ao<br />

todo foram quase 200 mil<br />

atendimentos nos últimos<br />

12 meses envolvendo 30<br />

mil pessoas. Os números<br />

consolidam a brilhante história<br />

da Uniodonto, construída com<br />

ética e responsabilidade.<br />

Marcela Barreto, Guilherme e Marcos Olenscki<br />

Ana Flávia, Dilsa,<br />

Gustavo Leoni, Sandra,<br />

Ana Laura, Luiza e<br />

Matheus, no ritmo de<br />

felicidade da festa que<br />

tornou-se uma tradição<br />

dentro da classe<br />

odontológica que<br />

participa da Uniodonto<br />

- 67 -


Lucas, Lúcia e Luís Fernando Marcomini, Luís<br />

Antonio e Eliana Marcomini<br />

Maria Tereza e Luís Renato Biasioli<br />

Miguel Cabau, Theophilo Perche e<br />

Wilson Chediek<br />

O médico Antonio Carlos Durante, Theophilo<br />

Perche e Carlos Augusto Staufackar<br />

André, Valéria e Luís Henrique dos Santos<br />

Cláudia, Rafaela, Amanda e Luís Paulo Bellini<br />

comemorando a festa da cooperativa<br />

Cristiane, Tais, Karine, Mauro Watanabe e<br />

Massao<br />

- 68 -<br />

Heloisa, Geovana, Agueda e Geraldino<br />

Ferreira


ANIVERSÁRIOS<br />

A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />

<strong>FEVEREIRO</strong><br />

01/02<br />

01/02<br />

01/02<br />

01/02<br />

01/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

03/02<br />

04/02<br />

04/02<br />

05/02<br />

05/02<br />

06/02<br />

07/02<br />

07/02<br />

08/02<br />

08/02<br />

09/02<br />

09/02<br />

10/02<br />

10/02<br />

10/02<br />

11/02<br />

11/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

13/02<br />

14/02<br />

14/02<br />

14/02<br />

14/02<br />

Adriana C. V. Bertolucci<br />

Edson Vicente da Costa<br />

Marcelo de Paula Alves<br />

Gilberto Aparecido Durante<br />

Mara R. G. A. Laroca<br />

Maurício Cândido Lopes<br />

Marcos Miguel Pierri<br />

Juliano Karam Mascaro<br />

Walter Silva Fraga<br />

Osmar Manfre<br />

Adão de Paula Trindade<br />

Cristiane Fernandes Machado<br />

João Aparecido Vicente<br />

Walter Logatti Filho<br />

Sênia Mori<br />

Firmino Fernandes de Freitas<br />

Antônio Parelli Filho<br />

Valdecir Claudinei Bachi<br />

Francisco Augusto Merlos<br />

Antônia de Rizzo da Matta<br />

Valter Merlos<br />

José Rafael Vaz da Silva<br />

Carlos Nei Viola<br />

Ademir Ramos da Silva<br />

Maria Aparecida Veiga<br />

Fabrício Papini Fornazari<br />

Emerson Fabiano Leite<br />

Ali Omar Rajad<br />

Nanci Sinabuco Dakuzaku<br />

Francisco Carlos Carrascossa<br />

Leonardo Pavoni Filho<br />

Carlos Alberto Pizzicara<br />

Reinaldo Dias de Lima<br />

Rosa Marli Galiano Damito<br />

Ana Maria Romano Bortolozzo<br />

Geani M. do N. Trevisóli<br />

Edesio Silveira Rios<br />

Álvaro José Magdalena<br />

Osvaldo Gomes da Silva<br />

Evandro Lucas Yashuda<br />

Antonio Messias de Lima<br />

Ione de Lucca Morvillo<br />

Depósito de Pedras São José<br />

Joalheria Jóias Nova<br />

All Equip<br />

Fabrica da Imagem<br />

Panificadora Jóia<br />

Pallas<br />

Seek Informática<br />

Buffet Karam<br />

Rádio Brasil FM<br />

Konsult<br />

Walmar Funilaria e Pintura<br />

Nubafo Churrasqueiras<br />

SR Ferragens<br />

Logatti<br />

Sênia Modas<br />

Ótica Thiago<br />

Auto Eletro Carlão<br />

Acoval<br />

Treliara<br />

Ótica Araraquara<br />

Provac<br />

Thera Investimentos<br />

Carneval<br />

Alumínio Fort Lar<br />

New Look - Clínica de Beleza<br />

Papini Multimedia Arts<br />

Mercafrios<br />

Rajab Engenharia<br />

Sorveteria Biju<br />

Mecânica Auto Peças Carrascossa<br />

Copav Industria de Móveis<br />

Rodocap<br />

Montreal<br />

Mercearia Peixaria Brasilia<br />

Panificadora Bortolozzo<br />

Di Gianny Novidades<br />

Alinhamento Araraquara<br />

Magdalena Imóveis<br />

Depósito Astro Armarinhos<br />

Farmácia Bandeirantes<br />

Extintores Avanço<br />

MMC Morvillo Materiais p/ Construção<br />

15/02<br />

15/02<br />

15/02<br />

15/02<br />

15/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

18/02<br />

18/02<br />

18/02<br />

18/02<br />

19/02<br />

19/02<br />

20/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

23/02<br />

23/02<br />

24/02<br />

24/02<br />

24/02<br />

25/02<br />

25/02<br />

26/02<br />

26/02<br />

27/02<br />

27/02<br />

27/02<br />

27/02<br />

28/02<br />

28/02<br />

28/02<br />

Dirceu José Rigolin<br />

Débora Capi Maurino Rodrigues<br />

Márcio Antônio Brambilla<br />

Vanderlei de Paula<br />

Aparecida Silberschmidt Freitas<br />

Maurício Botelho Alves<br />

José Roberto Placco Rodriguez<br />

Grasiela Caetano<br />

Maria Aparecida L. Assumpção<br />

Leda Maria Zenatti<br />

Maria José S. C. Rodrigues<br />

Cristina Dahab Monteacultti<br />

Ilda Scotton Sylvestre<br />

Fernando Affonso Giansante<br />

Orildo Paulino Basegio<br />

Salma Maria Colombo Bermudez<br />

Rui Athanázio Fernandes Lopes<br />

Manoel de Carvalho Soffner<br />

José Anesio Pavão<br />

Alberto Sadalla Filho<br />

Marlene da Costa Tucci<br />

Haroldo Franzin<br />

José Roberto Sedenho<br />

Liliana Aufiero<br />

Osvaldo Leme da Silva<br />

Mauro S. Shinzato<br />

Sebastião Aparecido Mortari<br />

José João Jordão Junior<br />

Carlos Alberto Tampellini<br />

Sergio Roni Junior<br />

Laércio Piva<br />

Luis Amadeu Sadalla<br />

Leila Regina Garitta<br />

Fernandes Guzzi Netto<br />

Eduardo Bueno Govatto<br />

Adelcio Magrini<br />

Manoel Messias das Neves<br />

Theophilo Perche<br />

Silvio da Silva Junior<br />

Luiz Eduardo Joioso<br />

Ivan Roberto Fucci<br />

Vanessa de Souza Juliani<br />

Drogaria Nossa Senhora das Graças<br />

Sagrado Coração de Jesus<br />

BR Assessoria Contábil<br />

Tita Eletrocomerciais<br />

Jornal Folha da Cidade<br />

Serralheria Botelho<br />

Morada do Sol Corretora de Seguros<br />

Valmag<br />

Panificadora Jóia<br />

Casa de Carnes Edinho<br />

Souza Rodrigues e Lisboa Advogados<br />

Montseg Seguros<br />

Scott´S Moda Jovem<br />

Agropecuária Affonso Giansante<br />

Porto Alegre<br />

Varejão São José<br />

Auto Posto Caravan / Auto Posto Vaz Filho<br />

Maq Soffner<br />

Master Café<br />

Comfort Hotel<br />

Foto Tucci<br />

New Standard Software<br />

Transterra de Araraquara<br />

Lupo<br />

Leme Comercial<br />

Plasitiban<br />

Supermercado Mortari<br />

Lotérica Integração<br />

Gemarge<br />

Francine Relógios e Presentes<br />

Gráfica Alvorada<br />

Comfort Hotel<br />

Remo Garitta - Jóias e Relógios<br />

Escritório Gaspar<br />

W & Financeiro<br />

Decolores Tintas / Aquarela Tintas<br />

Bar e Mercearia da Lourdes<br />

Uniodonto de Araraquara<br />

Potier Noivas - Atelier de Alta Costura<br />

Marmoraria Art Tec<br />

Panificadora Pão da Terra<br />

Naju Modas<br />

Estamos colaborando<br />

na construção de uma<br />

grande cidade<br />

- 69 -


CRÔNICA<br />

LUÍS CARLOS B<strong>ED</strong>RAN *<br />

TUDO IGUAL<br />

O que o Conselheiro Acácio, personagem<br />

de Eça de Queiroz no “Primo Basílio”<br />

dizia? Que um dia sempre é diferente<br />

do outro ou que não há nada como um<br />

dia após o outro? Claro que tudo vai depender<br />

do estado de espírito de cada um,<br />

no dia a dia... Pois não é que quem costuma<br />

estar ligado a tudo o que ocorre no<br />

mundo já não sabe mais o que pensar?<br />

Todos já conhecem aquela frase famosa<br />

extraída do romance “O Leopardo”,<br />

de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, dita<br />

no filme de Luchino Visconti pelo grande<br />

ator Burt Lancaster no papel do Príncipe<br />

de Salina, nobre decadente, quando foi<br />

arranjado o casamento de seu sobrinho<br />

Tancredi (Alain Delon) com Angélica<br />

(Cláudia Cardinale), filha de um próspero<br />

comerciante, a própria<br />

burguesia em ascensão:<br />

“para que as coisas permaneçam<br />

iguais, é preciso<br />

que tudo mude”.<br />

Essa conversa de que<br />

a história se repete, “a<br />

primeira vez como tragédia<br />

e a segunda como farsa”<br />

(Karl Marx) é meio estranha<br />

porque, quem conhece mesmo a história<br />

da civilização, sabe perfeitamente que o<br />

homem pouco ou nada mudou nestes<br />

10000 anos. A tragédia continua.<br />

Seria engraçado, se não fosse trágico,<br />

que na antiga Mesopotâmia, onde<br />

hoje é o Iraque, região considerada como<br />

o início da nossa civilização, continua, tal<br />

como no passado, as guerras fratricidas<br />

entre aqueles povos, sob os mais vários<br />

pretextos, religiosos, políticos e econômicos.<br />

Apenas o que as diferenciam são as<br />

armas sofisticadas para matar ou aleijar,<br />

que se aproveitam da mais moderna<br />

tecnologia eletrônica, como os drones,<br />

aviões não tripulados.<br />

Mas a finalidade é a mesma: a destruição,<br />

a morte do inimigo. Pode-se dizer<br />

que, se no passado as guerras eram limitadas<br />

e localizadas pela dificuldade nos<br />

transportes e nas comunicações, hoje elas<br />

se ampliaram e a tal ponto que qualquer<br />

política belicosa de um país qualquer contra<br />

outro, ou até mesmo entre os próprios<br />

cidadãos de uma nação qualquer, repercute<br />

em todo mundo, envolvendo-o todo.<br />

Somente não ocorrem muito mais tragédias<br />

graças à diplomacia, a arte da hipocrisia,<br />

mentiras de um lado e de outro,<br />

a inteligência em busca da manutenção<br />

da paz. Ainda bem. Tudo isso porque o<br />

homem continua o mesmo, seu instinto<br />

voraz e predador na busca da sobrevivência<br />

de sua espécie,<br />

que se utiliza da evolução<br />

de sua inteligência adquirida<br />

em milhões de<br />

anos e que tem mantido,<br />

ainda que aos trancos e<br />

barrancos, a nossa civilização.<br />

Mas a que preço?<br />

Será que progredimos<br />

ou regredimos? Mas<br />

o que pode ser considerado progresso?<br />

Televisão, celular, computador, internet,<br />

avião, carro, transatlântico? Amar os cães<br />

como se fossem pessoas? Ou regredimos?<br />

Somente para recordar o último<br />

século: a Primeira Guerra Mundial, que<br />

neste ano completa 100 anos, onde morreram<br />

milhões de pessoas e que desencadeou<br />

outra pior, a Segunda Guerra,<br />

onde outros tantos sucumbiram. Isso é<br />

progresso?<br />

É muita ilusão pensar que o ser humano<br />

mudou. Continua o mesmo, igualzinho<br />

como há milhares e milhares de anos.<br />

*Sociólogo e articulista da Revista &<br />

Comércio e Indústria de Araraquara<br />

- 70 -


- 71 -


- 72 -

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!