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RCIA - ED. 97 - AGOSTO 2013

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homenagem<br />

LÁ SE FOI ELE,<br />

ZINHO<br />

Araraquara chora a partida<br />

de um dos seus filhos ilustres,<br />

referência comercial e um<br />

profissional predestinado a<br />

ter amigos fiéis. O ex-prefeito<br />

Waldemar De Santi foi o mais<br />

próximo de todos.<br />

Há 59 anos, o bairro do São Geraldo<br />

ganhava o Bar do Zinho. Provavelmente, o<br />

fundador do estabelecimento, que deu nome<br />

a ele, nem imaginasse a importância que o<br />

espaço teria, anos mais tarde, na história de<br />

Araraquara, mas hoje, contar os passos do<br />

São Geraldo nos últimos 50 anos não é possível<br />

sem falar desse lugar que já não tem<br />

mais o Zinho nos fins de tarde ou nos sábados<br />

e domingos para um aperitivo.<br />

Nesta história é que entra o ex-prefeito<br />

Waldemar De Santi, amigo de fé, irmão camarada<br />

de João Colturato, o Zinho, de quem<br />

se tornou um dos clientes mais assíduos e<br />

respeitados desde o começo do bar. De Santi<br />

após o fim da jornada em sua loja de refrigeração,<br />

na Câmara Municipal enquanto<br />

vereador ou na Prefeitura onde ficou por três<br />

mandatos, fazia do Bar do Zinho o seu reduto.<br />

Era lá que De Santi sempre estava, ao<br />

lado de Reginaldo Galli, José Maria Silvado<br />

Costa, Rubens Bellardi Ferreira, o professor<br />

Moreira, Carlos Alberto Manço, atravessando<br />

épocas que ele considera memoráveis.<br />

Para eles, era o prazer de ver o amigo Zinho,<br />

quase que todos os dias, contribuindo com<br />

a fama e o conceito criado pelo bar. Praticamente<br />

todas as vitórias de De Santi na política<br />

foram comemoradas por alí, pois ele se<br />

identificava com aquele pedaço.<br />

A HISTÓRIA<br />

Zinho e o filho Fran<br />

Nos primeiros cinco anos, o Bar do<br />

Zinho funcionou na esquina da Rua Voluntários<br />

da Pátria (Rua 5) com a Avenida<br />

Bandeirantes. Depois, passou para alguns<br />

metros adiante, na casa que fica em frente à<br />

Praça das Bandeiras, a menina dos olhos dos<br />

frequentadores do bar. Foi ali que Zinho e o<br />

bar se completaram ao lado de tantos amigos<br />

e clientes.<br />

Há pouco mais de 20 anos, Francisco<br />

Salles Colturato, o Fran, filho de Zinho,<br />

assumiu o comando do balcão. E mostrou<br />

neste período que, frente à comunidade,<br />

muito mais pode ser feito. De sua infância<br />

para os dias atuais, ele diz ter visto poucas<br />

mudanças nas redondezas. "O que mais vi<br />

foi o crescimento vertical, mas houve conservação",<br />

lembra.<br />

E as lembranças não param. "Meu pai<br />

era caminhoneiro e vendeu o caminhão.<br />

Com o dinheiro, abriu o bar. Isso aqui foi<br />

palco de muitas discussões políticas e cul-<br />

Zinho permaneceu internado<br />

por nove dias após sofrer<br />

um AVC. Faleceu no dia 11<br />

de julho, deixando a esposa<br />

Dizolina Pirolla Colturato com<br />

quem se casou em 1955, um<br />

ano após criar o bar. O casal<br />

teve cinco filhos: Maria Tereza,<br />

Fausto, Silvia, Francisco e<br />

Fernanda. Ao todo eram 10<br />

netos e 1 bisneto.

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