02.01.2020 Views

RCIA - ED. 174 - JAN 2020

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Paolo Tognocchi

em 1973 da Categoria 125cc. Dentre

outros, participaram também Felipe

Carmona, Walter “Tucano” Barchi, Edmar

Ferreira, Denisio Casarini, Paolo

Tognocchi, Paulo “Paulé” Salvalagio

e Carlos “Jacaré” Pavan. Na Esporte

José Ponticelli, Ubiratan Rios, Elias

Trujillo, Juarez Plasmann e Antonio

Neto. Na 125cc Milton Benite, Ramon

Macaya, Wilson Yassuda, Milton

Adib e Antonio Pinheiro. Na 50cc

Roberto Boettcher, Edson Tech Tche,

Denilson Perez, Paulo Castroviejo e

é claro, nosso campeoníssimo José

da Penha Moreira, todos pilotos extraordinários

que ao longo de suas

carreiras vitoriosas, escreveram seus

nomes na história do motociclismo

nacional de competição.

Como tudo na vida serve de

experiência, nosso retorno para Araraquara

no fim da prova, em especial

marcou para mim um acontecimento

inesquecível: “Viajávamos em uma

Perua Kombi, no banco da frente

Buru, o proprietário do veículo, Diogo

Faito e Penha. Em cima do motor Eu,

Baiano Faito e Vanderlei Cavalari. No

miolo, em cima dos cavaletes que serviam

de suporte para as motocicletas,

Evaldo Salerno e Pinho (José Manoel

do Amaral Sampaio) e finalmente

no assoalho Luiz Carlos Gonçalves,

nosso Patrick Depailler. Chovia torrencialmente,

o condutor da Kombi

dirigindo com toda cautela na Rodovia

Anhanguera, na época pista única e

em duplicação, tomada de barro em

toda a sua extensão, escapou do asfalto,

indo de encontro a uma parte

de puro barro, fofo e escorregadio,

tombando lateralmente o veículo

que foi parar no barranco lateral da

estrada. A situação foi angustiante,

Eu, cansado da prova e do dia desgastante,

sonolento, acordei lançado

fora do veículo conjuntamente com

Faito e Vanderlei, que aos gritos pediam

calma; em movimento simultâneo,

rapidamente fomos prestando

socorro para os demais. Adrenalina

a mil: Galões de gasolina de avião se

misturavam com pessoas submersas,

motocicletas, ferramentas e equipamentos

espalhados naquele chão

íngreme, faróis iluminando pessoas

e tempestade que não diminuía, carros

em velocidade não paravam para

nos socorrer. Momentos de angústia

e medo como nunca. Eu havia sentido

na minha vida, a morte passando

pela nossa porta.

Sozinhos, unidos como sempre e

sem nenhuma ajuda, desviramos a

Kombi, carregamos a mesma com o

que sobrou até o posto de combustível

na entrada da cidade de Cordeirópolis,

onde fomos recebidos com

carinho pelo proprietário, que nos

ofereceu o que tinha de melhor: “um

banho frio, um copo de leite com conhaque

e o esguicho de água para

limpeza do barro”. Banho tomado, Perua

amassada e carregada e o regresso

para nossa Araraquara, chegando

aqui ao amanhecer.”

Semana seguinte, dia 17, estávamos

lá novamente em busca dos

nossos sonhos.

Velhos Tempos... Belos Dias

57|

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!