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RCIA - ED. 79 - FEVEREIRO 2012

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João Luis Roveri,

da Fonteri Serviços,

empresa que mantém

plano de assistência

Segundo ele, a Fonteri Serviços nunca

entrou em conflito com as empresas que

comercializam planos de saúde, porque as

regras contratuais são claras para seus

clientes. “Os associados sabem que não

possuem um plano de saúde e sim um “plano

de assistência familiar” e ainda ganham

o benefício por ter contratado o plano de

fundo mútuo. Isso é deixado bem claro, na

forma contratual”, defende o empresário.

O CREMESP rebate a

justificativa e aponta que

alguns consumidores estão

sendo induzidos a

acreditar que o serviço

prevê atendimento médico

integral, embora cubra

consultas e exames.

Por este motivo, é que o Conselho notificou

recentemente, 575 médicos e 100 estabelecimentos

que mantêm convênio com

empresas do ramo, oferecendo descontos

em procedimentos médicos em 95 cidades

do Estado.

Para o CREMESP, o entendimento é

de que o desconto acaba funcionando como

uma vantagem para o profissional angariar

clientela. É uma concorrência desleal

com os médicos que ganham menos

dos planos de saúde,

que são regulamentados

pela (ANS) Agência

Nacional de Saúde

Suplementar e mantêm

um compromisso, de

fato, com o usuário e o

sistema hospitalar.

Roveri explica que

nenhum valor extra é

cobrado do associado

pelo serviço. “A consulta

é paga diretamente

ao médico; nós não

temos uma rentabilidade

financeira dos profissionais

da saúde por isso, não vemos nada

de ilegal. Trata-se de uma ação preventiva,

que no meu entendimento, é benéfica

para os nossos clientes. Não estamos filiados

à ANS e nem trabalhamos com cartãodesconto”.

O empresário diz ainda que é

importante esclarecer que a Fonteri Serviços

não responde e não respondeu por nenhum

processo cívil ou criminal, por vender

plano de assistência familiar iludindo

o cliente com falsa promessa

de cobertura em

atendimento de urgência,

emergência e internação

hospitalar e

não há informações de

que alguma empresa

de Araraquara tenha sofrido

qualquer processo”, conclui.

A mesma opinião é a de Thaís Micelli,

da Funerária Micelli, ratificando que a funerária

não é um plano de saúde: “A Micelli

não trabalha com vendas de planos de

saúde e nem tem essa pretensão; nosso foco

é o setor funerário e o que fazemos é apenas

uma forma de benefíciar os clientes

com alternativas de atendimento na área

da saúde, como também em outros setores”.

Para o CREMESP, o

entendimento é de que o

desconto acaba funcionando

como uma vantagem para o

profissional angariar clientela.

Na realidade, prossegue a empresária,

não sabemos se estamos causando o temor

de que vamos ter uma grade maior de médicos

para realizar esse trabalho futuramente.

As empresas funerárias descobriram que

uma forma de cativar seus clientes é ter essa

atuação social e assim demonstram que não

estão apenas interessadas no óbito do cliente.

Ilegalidade não existe”, justifica.

O Ministério Público Federal (MP-

SP), por meio da Recomendação SP Nº 14,

de 7 de abril de 2008, da Procuradoria do

Consumidor e da Ordem Econômica, solicita

que as empresas funerárias não mais

ofertem, ainda que gratuitamente, vantagens

a seus clientes, seja por meio de cadastro,

de cartões descontos, indicação ou

qualquer outro meio, profissionais e clínicas

que prestem serviços médicos, hospitalares

ou odontológicos que, por via de

parcerias firmadas, concedam condições e

preços especiais. Entretanto, a ANS afirmou

que não possui autonomia para fiscalizar

a atuação dos profissionais ou das funerárias,

mas salientou que todas as operadoras

de plano de saúde registradas estão

proibidas de oferecer cartões desconto, ainda

que outras empresas não estejam impedidas

de fazê-lo.

Thaís Micelli,

da Funerária

Micelli

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