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OPINIÃO DO PRESIDENTE

Momento

de perspectivas

Fim de ano é o momento quando, normalmente, se

faz o balanço do período que passou e estabelecem

as expectativas para o ano seguinte. Passamos um ano

de novos governos, nos âmbitos estadual e federal,

e agora temos que pensar no que vem aí, ou no que

precisamos almejar. Nesse sentido, é fundamental que

se fale na economia, pois é ela que, de uma maneira ou

de outra, influencia na vida das pessoas e das empresas.

Espera-se, por isso, a retomada efetiva do crescimento

econômico, que em 2020 deve ficar na faixa de 2% a 3%,

conforme a maioria dos especialistas tem estimado para o

desempenho da economia nacional no novo ano.

Especialmente quanto ao setor do comércio, seu

desempenho deverá, no mínimo, acompanhar a

expectativa que se tem para o crescimento da economia,

pela melhoria do cenário em geral e pela maior oferta de

crédito, inclusive dentro da expectativa de concretização

de vendas represadas. Esse represamento ocorreu em

2019 em função da espera do novo cenário no País e foi

influenciado por fatores como o alto nível de desemprego

e da taxa de juros, especialmente no primeiro semestre.

Assim, dois motivos, de certa forma, travaram um pouco

o saldo positivo: o cenário de espera de melhorias na

economia no final de 2018 e começo de 2019, que gerou

medo de comprar, e a redução das taxas de juros que

nem sempre chegou à ponta do consumo. Quanto à

possibilidade de algum segmento sair-se melhor, isso

deve ocorrer na chamada linha branca, que tem produtos

eletrodomésticos de maior valor agregado, como fogão,

geladeira, freezer e micro-ondas.

Porém, não basta o empresário debruçar-se na

espera de medidas oficiais, até porque elas podem não

atender suas demandas. É preciso que ele, então, adote

atitudes em sua própria organização. Entre elas, uma

das fundamentais é gerenciar a empresa com todo o

cuidado possível, dentro da tendência cada vez maior

de que as margens de lucratividade sejam menores.

Deve, ainda, gerenciar custos e fazer análise cuidadosa

quanto ao crédito. Precisa, também, considerar a

competição não somente com o vizinho ou no mercado

local, mas também com outros players, especialmente a

compra online, até porque o consumidor sabe valorizar

o comércio local instituído. Porém, o cliente precisa

ser sempre bem atendido, e daí vem outra medida que

necessita ser constante: capacitar os funcionários. Uma

empresa não se trata somente de uma marca, mas em

muito é representada por aqueles que estão na linha de

frente com o cliente, que necessitam entender do produto

e fazer a diferença com máxima atenção na hora da

venda.

De parte do governo, sempre há decisões que devem

ser tomadas, mesmo que, certamente, já tenha dado bons

passos neste 2019. É preciso que continue a agir com

vistas a um ambiente competitivo e de melhorias para

o setor produtivo e os consumidores. Deve o governo,

igualmente, controlar melhor as suas contas e adotar

medidas que facilitem o aquecimento do mercado,

como fez com a liberação do FGTS e a diminuição do

compulsório em 2019, para que mais dinheiro circule.

Além disso, é necessário que seja menos intervencionista

na iniciativa privada.

Não basta o empresário debruçar-se na espera de

medidas oficiais, até porque elas podem não atender

suas demandas.

É preciso que adote atitudes em sua própria organização.

Ricardo Urbancic,

Presidente em exercício do Sicom

MAIS SICOM | Página 2

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