RCIA - ED. 63 - OUTUBRO 2010

Futuro
PEQUENAS EMPRESAS
COMPETITIVAS
Inovação para assegurar a
competitividade. É assim que
pequenas empresas podem
buscar de forma segura, a
permanência e o sucesso no
mercado em constante
transformação.
O cenário mundial passa por desenvolvimento
constante e é nesse ambiente cada
vez mais dinâmico e competitivo que as
empresas atuam, em especial no que tange
aos aspectos de mercado, de tecnologias,
meio ambiente, transformações políticas,
econômicas, culturais e sociais.
Este é o novo contexto de competição
das empresas que tentam, em primeiro lugar,
buscar a sobrevivência. “Os empresários
à frente de seus negócios necessitam
aprender a aprender, através de atividades
de captação, assimilação e utilização do
aprendizado, de forma permanente. Isso virou
uma necessidade. E a isso chamamos
de inovar”, comenta a professora e pesquisadora
da Uniara, Helena de Lorenzo.
Hoje em dia, o mercado exige uma empresa
inteligente, ágil e flexível. E de acordo
com a pesquisadora, é neste panorama
que surge a oportunidade para a pequena
empresa, pois, apesar de ser mais frágil,
ela conta com a vantagem de ter a capacidade
de reagir mais rapidamente neste novo
contexto de mudanças constantes.
“No modelo atual em que se privilegia
Pesquisadora
e professora
de Mestrado
na Uniara, Helena
de Lorenzo que há
muitos anos se
dedica à pesquisa
sobre inovação
a competitividade, as pequenas empresas
passam a ser elos importantes das cadeias
produtivas. Competitividade é o grande desafio
do século XXI para as empresas de
pequeno porte. E as inovações são um dos
fatores fundamentais para permanência,
sucesso e mesmo a sobrevivência das
MPEs”, diz Helena.
Contudo, a pesquisadora explica que é
importante entender que inovação em uma
empresa não ocorre apenas quando se faz
um grande investimento em tecnologia.
“Hoje, as inovações incrementais são muito
importantes para melhorias de competitividade
das MPEs. Podem ocorrer quando se
muda um processo produtivo, quando se lança
um produto novo para a empresa (as vezes,
não é novo para o mercado), ou quando
se introduz melhorias em gestão. Inovar pode
decorrer de um processo de parceria com
entidades tecnológicas (universidades, centros
e institutos de pesquisa e desenvolvimento,
escolas técnicas, prestadores de serviços
tecnológicos e outros) e com especialistas”,
explica.
Além de inovar, outros fatores como
conhecimento, experimentação, relacionamento,
sistemas logísticos e comunicativos
e garantia de crédito são fundamentais
para as MPEs. Entretanto, a pesquisadora
chama a atenção para um novo ponto.
“A pequena empresa operando de modo individualizado,
não pode mais servir de modelo
para a empresa do futuro. As MPEs
devem investir em redes relacionais de diversas
modalidades. Esse seria um grande
salto de qualidade para as MPEs”.