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RCIA - ED. 65 - DEZEMBRO 2010

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E

ARTIGO

D e t a l h e s

stá prestes a terminar o penúltimo ano

da primeira década do século 21 e, como

sempre, costuma-se não somente

fazer um balanço dos dias que se foram,

mas também planos para os que vêm por

aí. Pois o passado só serve mesmo para se

tentar não cometer os erros voluntariamente

já cometidos, mesmo porque os involuntários

ocorridos dependeram exclusivamente

da sorte, do fado, do destino e, portanto,

não podem ser contados. Foi azar

mesmo. Fazer o quê?

Esses então merecem ser radicalmente

esquecidos, tal como os maus e os péssimos

momentos. E que nunca mais retornem,

nem mesmo nos sonhos. E que sejam

sepultados nas profundezas do inconsciente,

para que jamais possam voltar

à tona. Já os bons e os ótimos, que sejam

relembrados, porém não a toda hora; tão

somente à falta melhor do que se fazer naquele

instante.

Porque, o que vale mesmo é sempre

procurar viver o fugaz momento presente.

E, se este, por acaso, é o refletir sobre o

que já se passou (o presente pensando no

passado), então tudo bem. Por outro lado

planejar o futuro mediato ou imediato não

deixa de ser um exercício racional, típico

do ser humano, dotado de inteligência,

mesmo porque, admitindo-se, por hipótese,

que um animal qualquer possa raciocinar

- como alguns cientistas entendem que

conseguem -, para ele isso é de somenos

importância, pois o que vale mesmo é o instinto.

E o homem deveria imitar o animal nesse

sentido. O ato de pensar nem sempre pode

ser considerado tão importante assim,

porque caso os planos não consigam dar

certo, seria preciso então muita competência

para desconsiderá-los para evitar uma

profunda e inevitável frustração.

Por isso inútil ficar a refletir sobre o passado

e a planejar, pelo menos com muita

antecedência, o futuro. Mas chega de filosofia,

chega de nhenhenhém. O filósofo

Bérgson considerava o ato de filosofar simples.

Certamente até pode ser (mas para

ele mesmo).

Mas esta conversa fiada é apenas para

trazer uma palavra de otimismo para você,

prezado leitor e querida e linda leitora (elas

são sempre lindas...), independentemente

* Luiz Carlos Bedran

de serem adeptos do espírito natalino e cristão

que paira sobre todos nós da civilização

ocidental nessa época e sem querer ter a

mínima pretensão em tentar transmitir mensagens

de auto-ajuda a ninguém.

Porque é preciso encontrar um tempinho

para observar os detalhes da vida sem

se deixar influenciar por uma minoria, que

tenta passar para nós, que fazemos parte

da famosa maioria silenciosa - como disse

um presidente norte-americano certa vez -,

seus pensamentos e suas ideias, extremamente

discutíveis e que nós não temos

oportunidade de contestá-las, limitandonos

a recebê-las passivamente, sem espírito

crítico, tal como autômatos ou zumbis

que seguem ordens superiores subliminares.

A TV principalmente, que nos impinge

diuturnamente o que há de pior no mundo,

como se este fosse a própria cloaca da humanidade;

como se nada mais existisse

além das desgraças e das ideias de seus

produtores de imagens, direcionadas apenas

para uma filosofia chã, essencialmente

pragmática.

Para enxergar melhor, é preciso, às vezes,

ficar distante do objeto visualizado. Dele

tem-se uma visão geral. E é esta visão geral

que muda o pensamento. Observar, ao

acaso, a solidariedade dos passantes em

tentar ajudar uma idosa que tropeçou na

calçada e constatar que há muita gente boa

espalhada por aí; ou então o sorriso gratuito,

en passant, de uma criança num carrinho

e perguntar-se: “o que será que ela está

pensando?”.

Ver a adolescente, completamente aérea,

a falar no celular e a sorrir, de felicidade;

ou prestar atenção ao canto do bem-tevi

logo de manhã; ou ligar para um antigo

amigo, que a vida distanciou e perguntarlhe

como vai vivendo. Desligar o rádio e a televisão;

ler um livro; esquecer um pouco a

internet. E ficar a ouvir o silêncio.

Que todos vocês leitores, otimistas ou

pessimistas, crentes ou descrentes, tenham

um feliz Natal e um feliz solstício de

verão. E que em 2011 haja menos guerra

em todo mundo.

* Luiz Carlos Bedran

é sociólogo, jornalista e colaborador

da Revista Comércio & Indústria

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