Jornal de março
Tudo para você Umbandista
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que não podem ser objeto de debate, que estão acima de
qualquer suspeita, que não podem ter sua obra e suas
qualificações analisadas e questionadas com nosso direito à
liberdade de expressão.
Precisamos tomar muito cuidado com esse personalismo no
espiritismo. Não pode existir uma pessoa intocável, que não
pode ser criticada. Ninguém pode jamais estar acima do bem e
do mal. Obviamente precisamos tomar todo o cuidado para não
julgar, para não sermos levianos e rotularmos uma pessoa. Todo
rótulo é um limite, todo julgamento é uma distorção da realidade.
Por outro lado, não podemos alimentar em hipótese alguma a
existência de ídolos, alguém do qual ninguém pode tecer
comentários, e caso o faça, surgem dezenas de fãs desse “ídolo”
para atacar quem teceu comentários sobre uma pessoa e sua
obra.
Em O Livro dos Espíritos é abordado várias vezes a respeito do
valor da abnegação como ferramenta imprescindível de evolução.
Jesus falou muito sobre a importância da renúncia de si mesmo e
da humildade: “Os humildes serão exaltados”. O próprio Chico
Xavier disse que ele não passava de um pezinho de grama… um
cisco… e que as pessoas sempre o elevavam a um patamar que
ele mesmo não julgava merecer. Chico foi muito humilde, foi
atacado durante toda a sua vida e nunca reclamou disso…
Jamais pediu aos seus seguidores que o defendessem desses
ataques. Ele nunca pediu, por exemplo, que os espíritas fossem a
sede da revista “O Cruzeiro” para ataca-la pelas reportagens
críticas que foram publicadas contra ele. Não… Chico sempre
aceitou todas as críticas e nunca estimulou o personalismo no
Espiritismo. Ele sempre deixou claro que nosso mestre é Jesus e
é ele quem devemos louvar e seguir. No fundo, as pessoas
querem um guru, alguém para seguir, alguém que lhes dê
segurança… querem alguém para se apoiar. No entanto, para a
decepção dessas pessoas, não existem gurus no Espiritismo.
Podemos sim falar da obra de qualquer palestrante ou escritor
espírita de modo crítico, com análises minuciosas de suas ideias.
Não há nenhum problema nisso. É saudável e positivo que haja
debates e troca de ideias, de forma crítica, sobre a obra dos
expoentes do Espiritismo. Espiritismo não tem ídolos, mas tem
servidores… tem obreiros que jamais devem colocar sua própria
persona em destaque, ou acima de outras, como sendo a “mais
conhecedora”, a “mais capaz”, a “mais caridosa”. Vaidade e
Espiritismo são duas coisas opostas… O palestrante vaidoso,
que se jacta de suas grandes performances como expositor ou
como médium, está em desalinho com a proposta de humildade
que o Espiritismo ensinou desde a sua origem.
Edição 03/20 contato: portalcdovendas@gmail.com
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