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Revista Seguro é Seguro - março

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REVISTA SEGURO É SEGURO

Andar de moto aumenta risco de acid

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Os motociclistas têm aumentadas em

20 vezes as chances de sofrer um acidente,

em comparação com um motorista de

automóvel. Esse número sobe para 60 vezes

se a pessoa não estiver usando capacete.

Segundo o presidente da Associação

Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet)

no Paraná, Dirceu Antônio Silveira Junior,

em um período de 15 anos, de 2000 a 2015,

o número de acidentes envolvendo motos

passou de 1,4% para 5,9%, um crescimento

de mais de 300%. Num período de 16 anos, a

frota nacional de motos passou de 4.034.544

em 2000 para 25.311.251 em 2016, aumento

de 122,8%. Os acidentes com vítimas

aumentaram muito mais em todo o Brasil.

Em 2000 foram 2.492 e, em 2015, 12.126, um

acréscimo de quase 400%.

“Em razão de não termos um transporte

público de qualidade no país, e por ser um

veículo relativamente barato, muitos optam

em comprar uma moto para se locomover”,

destaca o presidente.

A questão fica mais séria quando

muitos desses novos motociclistas se

aventuram pelas ruas sem estar habilitados e

sem equipamentos de segurança, pois cerca

de 25% dos acidentados não têm carteira A,

para moto. “A moto é um veículo que, por

suas características, não oferta proteção para

o condutor e isso colabora para aumentar as

estatísticas de acidentados”.

Para Dirceu, que é chefe do setor

médico do Detran-PR, poderia haver uma

redução das estatísticas de mortos e inválidos

se houvesse uma fiscalização mais rigorosa.

“Não adiantam leis, se não há fiscalização

suficiente para o seu cumprimento”, salienta.

As maiores vítimas de acidentes com

motos são homens jovens, negros e pobres,

segundo pesquisa do Centro de Estudos

de Segurança e Cidadania da Universidade

Cândido Mendes e da Secretaria Municipal

de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro.

Uma explicação é o fato de que 85% dos

compradores de motos pertencem às classes

C, D e E.

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