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Edição 151 – ABRIL DE 2020

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Biguá Distribuidora, está localizada

em Bauru/SP e atende a todo o

Estado de São Paulo.

De fato, houve uma crise repentina! Vínhamos já do aumento

do dólar, que já estava impactando no mercado, mas o mercado

estava positivo, aquecido. Nós fizemos muitos investimentos:

estamos com um estoque que nunca tivemos antes. Como sempre

fomos muito parceiros de nossos clientes, temos lidado com essa

situação com muita atenção e até carinho. Temos clientes de

todos os tamanhos e o que percebemos é que pegou a todos, até

grupos grandes de concessionárias estão nos ligando e pedindo

prorrogação de títulos. Também conversamos com os fornecedores

e conseguimos parceria com alguns deles, mas o fator sorte

também nos ajudou, já que tínhamos uma reserva para conseguir

reorganizar a casa e conseguir passar por esse momento com um

pouco mais de tranquilidade.

Desacreditar do mercado jamais! Temos que pensar positivo.

Essa crise atingiu a saúde das pessoas e por isso assusta mais,

mas referente ao fator econômico, normalmente o brasileiro

lida bem. Se o Governo cumprir com todas as ações que tem

anunciado, acredito que logo as pessoas voltam a consumir,

porque outro fator que levamos em conta é que o brasileiro

esquece logo. Por isso, acredito que passado esse susto, em três

ou quatro meses o mercado volta a aquecer novamente. Tudo

ainda está muito recente, estamos há apenas 15 dias lidando com

tudo isso. Acredito que muitos dos que pediram prorrogação de

pagamentos, foi mais para retaguarda. Nós aqui estamos abertos

sempre, demos férias a 70% dos funcionários, e apesar da queda

do faturamento, não paramos de faturar. Aqui nas cidades do

interior, talvez pelas cidades serem menores e as pessoas terem

o relacionamento mais próximo, muitas lojas estão trabalhando

com agendamento com o cliente e utilizando de outras saídas

que tem ajudado. Em Marília e Ribeirão Preto, por exemplo,

hoje faturamos bem, foi um dia bom! Campinas que já é maior

continua faturando menos. Mas acredito que o desaquecimento

foi mais por cautela e não por desespero. As lojas físicas e virtuais

que tiverem estrutura vão enfrentar melhor este período e saírem

fortalecidas.

Posso te dizer que nós aqui na Biguá estamos otimistas, hoje,

depois de anunciada a crise foi nosso melhor dia de faturamento,

o que nos faz acreditar que dias melhores virão!

JLA Representações atua nos estados de

Minas Gerais e Espírito Santo e representa:

Permak, FKS, Tiger Auto, Usina Spark,

Stetsom, Tiger Films, WD-40 e Hurricane.

Num primeiro momento foi um choque, não só na saúde pública,

mas um choque de gestão em todos os negócios. E surgiu aquela

dúvida, se íamos parar, se íamos continuar. Mas como tenho um bom

relacionamento com meus clientes, eu procurei ligar para todos e fui

coletando informações e tentando acalmar dos dois lados, porque não

adianta eu tentar fazer venda, se lá na ponta não está havendo consumo.

O problema do nosso mercado são os “caroneiros”, que aproveitam da

situação e acham que não tem que honrar os boletos, mas mesmo com

estes casos, eu não tive tantos problemas como estes. Pelo que consegui

entender com as fábricas, da minha carteira de clientes, entre prorrogação

de boletos e atraso nos pagamentos foram cerca de 15% somente. A

maioria tem procurado pagar e afirma que enquanto tiver caixa, vai

procurar honrar com os fornecedores. Muitos fornecedores também têm

tentando endurecer um pouco e não prorrogar muitos pagamentos, para

que não vire uma corrente de um prorrogando aqui e outro ali e essa

atitude prejudicar ainda mais a economia fazendo ela parar. Quanto ao

que tenho conversado com as fábricas, elas estão otimistas com as linhas

de crédito que foram disponibilizadas pelo Governo. Essa semana voltei

do Home Office para o escritório e foi fundamental este trabalho da JLA

Representações de acalmar e conversar com o cliente. Hoje mesmo já

senti uma melhora e foi um ótimo dia. As fábricas que represento, a

maioria voltam a trabalhar na próxima segunda e eu e já tenho pedidos

para faturar. Por isso eu acho que foi muito mais um choque de primeiro

momento, e muito mais barulho do que chuva. Acredito que já na

segunda quinzena de abril as vendas já começam a melhorar e temos

que atuar com sabedoria, de identificar que temos que vender para

quem tem estrutura para dar continuidade no negócio. Têm fábricas e

importadores que vão se sair bem, pois o mercado vai retomar aquecido.

Estou bastante otimista e acredito na recuperação. O E-commerce, por

exemplo, foi um setor que equilibrou, apesar de também ter tido queda

nas vendas, apuramos que foi em torno de 30%.

É claro que temos que manter nossos cuidados com a saúde e manter

distância das pessoas, mas acredito que em maio e junho podemos ter uma

recuperação aí de 70% e que os últimos meses do ano serão muito bons e

espero que logo esta página seja esquecida por nós. Acredito que o grande

desafio dessa crise foi o bom relacionamento com o cliente, você confiar em

seu cliente e ele em você, mas isso só acontece quando existe a parceria.

Comercial MS Distribuidora, está

localizada em São José dos Campos/SP,

mas atua não só no estado de São

Paulo, como em algumas cidades do

Sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Para nós a situação ainda está muito confusa. Nós nunca

vivemos nada parecido com essa crise, onde não se sabe

diretamente quem é o inimigo. Não temos ainda muitas respostas

como o tempo que durará essa crise. Estamos apreensivos e sem

um planejamento à longo prazo, pois é um mistério para nós qual

será o comportamento do consumidor nesse pós-crise e nossos

produtos não são de primeira necessidade. Internamente não

paramos nenhum dia. Demos férias a boa parte dos funcionários

e estamos nos reorganizando financeiramente. Atendendo a

muitos clientes que tem pedido prorrogação de boletos, clientes

que estão comigo desde o início e nunca atrasaram um título,

e também buscando junto aos fornecedores a renegociação de

pagamentos. O Governo tem anunciado algumas medidas que

realmente auxiliarão, mas ainda não estão disponíveis nos bancos,

há um tempo para esse investimento chegar e entendemos isso.

Mas em relação aos nossos clientes, mesmo estando abertos não

estamos faturando nada, e por isso acredito sim na retomada

do setor, mas não nos próximos meses, porque infelizmente essa

crise está ligada a saúde das pessoas, o que assusta muito. Não

acredito que mesmo reabrindo o mercado, o consumidor vai voltar

a circular logo, acho que será preciso uma segurança maior para

a retomada do setor.

Claro que o fato do brasileiro ter a característica de esquecer

rápido as coisas, irá ajudar muito. Se o sentimento de segurança

aumentar, tudo tende a normalizar, mas acredito que não por

completo este ano, talvez melhore ali nos últimos meses e a

retomada se dê mesmo no próximo ano.

facebook.com.br/RevistaAutoMOTIVO 23

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