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ESPORTE
Elas são o futuro
da Ginástica
Rítmica
QUEM VÊ A
BELEZA DE UMA
APRESENTAÇÃO
DE GINÁSTICA
RÍTMICA NÃO
IMAGINA O
ESFORÇO E
DEDICAÇÃO
NECESSÁRIOS
PARA BUSCAR A
PERFEIÇÃO
A tatuagem colorida em um dos
antebraços é o que chama a atenção
de cara, para uma conquista
que foi tatuada mesmo, na alma
da ginasta Morgana Gmach. Está
no olhar. Na alegria em relembrar
as Olímpiadas do Rio de 2016,
quando a toledana representou o
Brasil com a seleção de conjunto.
Mas para entender essa história é
preciso voltar no tempo. 28 anos
para ser exata. A Morgana, com
apenas três, foi uma das veteranas
de um projeto que de lá para cá
já formou aproximadamente 28 mil
meninas como cidadãs e dezenas
de atletas, como ela, de alto rendimento.
Um projeto que hoje é
modelo para a Ginástica Rítmica
do Brasil e do mundo. Tudo começou
em 1990 com equipamentos
improvisados na Casa da Cultura
de Toledo. Hoje, com os melhores
equipamentos, todos oficiais, a
técnica Anita Klemann lembra com
emoção. “É uma vida inteira de dedicação.
Esse projeto é como um
filho e me orgulho em dizer que na
América do Sul não tem nada parecido
com o que temos aqui”.
Enquanto conversamos um grupo
de adolescentes treina no tablado
do Centro Olímpico Arnoldo
Bohnen. Com uma média de 15
anos é difícil acreditar, que estão
todas entre as melhores atletas da
modalidade no país. Morgana, que
acompanha o treino é a inspiração
das ginastas que sonham em participar
dos Jogos mais importantes
do mundo. “Eu cresci junto com
o projeto de GR de Toledo. Meu
primeiro Brasileiro foi em 2003 e
o primeiro troféu só em 2006. Em
2008 fui campeã brasileira e uma
lesão em 2010 quase me tirou do
esporte. Persisti e em 2015, depois
da quinta tentativa, conquistei a
vaga na seleção brasileira”, lembra.
Seguindo os passos da veterana,
que prestes a se formar em Educação
Física se prepara para se tornar
técnica, a jovem Karine Walter
promete ir longe. Aos 16 anos a ginasta
participou em 2017 de todas
as competições internacionais da
modalidade pela seleção brasileira.
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