8ª Edição revista InVista - 2ª Edição Transparência e SA #MulheresQueInVestem
O empreendedorismo - definitivamente - caiu nas graças e nos gostos femininos, nos permitindo assim, trazer trajetórias de mulheres de negócios, empresárias, profissionais empreendedoras, mães de família, esposas e filhas, mas acima de tudo, de mulheres donas de si e dispostas a ocuparem lugares de liderança e tomada de decisões, sem medo! Mostrando a quem quiser ver, que apesar das disparidades sociais e econômicas entre os gêneros, lugar de mulher é sim, onde ela quiser!
O empreendedorismo - definitivamente - caiu nas graças e nos gostos femininos, nos permitindo assim, trazer trajetórias de mulheres de negócios, empresárias, profissionais empreendedoras, mães de família, esposas e filhas, mas acima de tudo, de mulheres donas de si e dispostas a ocuparem lugares de liderança e tomada de decisões, sem medo! Mostrando a quem quiser ver, que apesar das disparidades sociais e econômicas entre os gêneros, lugar de mulher é sim, onde ela quiser!
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do os negócios e adquirindo sede
própria. Envolvida, não percebeu
que dava espaço para a depressão
e, de modo furtivo, os sintomas voltaram.
“Fui me deixando de lado
e quando dei por mim estava sem
forças, prostrada, afastada do trabalho,
negligenciando meu papel
de mãe, de esposa. Piorei devido a
associação do transtorno de ansiedade
ao quadro e foi necessário
muito apoio e toda a força que eu
consegui juntar para vencer mais
uma crise depressiva.”
Mas, por quê?
Sabe-se que a depressão é uma
doença incapacitante que não deve
ser negligenciada, porém, os pacientes
ainda são vítimas de preconceito e
punições. “Por isso estou aqui expondo
minha vida, o que vivenciei pode
ajudar outras mulheres no enfrentamento
desse mal e dos prejulgamentos
que nos destroem como seres humanos
e que podem levar ao suicídio.”
Hoje em remissão, com a doença
controlada sob tratamento, Francini
compartilha os aprendizados que a
auxiliaram na recuperação. “Quero
falar com as mulheres que vivem a
mesma dor, porque depressão dói,
ansiedade incapacita, preconceito
destrói. Porque é difícil, mas não impossível.
Quero que elas saibam que
o autoconhecimento é o melhor aliado
e que, ainda que pareça, elas não
estão sozinhas. Mesmo nos piores
momentos nunca parei a assistência
médica e tive apoio de meu esposo,
filha e alguns amigos e infelizmente
essa não é a realidade da maioria das
pacientes. Mas apesar das dificuldades
e preconceitos, não parem o tratamento
e a medicação. Apesar dos
julgamentos, não se isolem, não se
calem. Apesar dos problemas, se concentrem
nas pequenas coisas, nos
que ama, e nunca abram mão do lado
mulher, não desistam de si próprias.
Foi olhar para mim que fez a diferença,
vi que queria preparar a lancheira
da minha filha todos os dias e me
apeguei nisso, e mesmo tendo crises
de depressão e ansiedade, vi que me
fazia bem sair de casa. Entendi que
para cura é preciso se conhecer, saber
quem é, o que se quer a cada dia,
porque a doença tira a identidade. Aí
então, nos concedemos o necessário,
tempo, direito de errar, de voltar al-
guns passos, de recomeçar e, até, de
não fazer nada.”
Francini passou pelo autoconhecimento,
e com aceitação, tratamentos
e muito querer ela conseguiu se
reconectar, cultivar amor próprio e
equilibrar a vida, aprendendo a conviver
com a depressão. “Me dedico às
minhas atividades profissionais, minha
família, minhas amizades, mas
também me dedico a mim, a me conhecer,
a lidar com meus sintomas.
E eu me aceito, me permito, me celebro.
Quero compartilhar o saber que
dentro das mulheres está a força necessária
para lutar, mas que elas não
precisam carregar sozinhas o peso e
as dores do diagnóstico.”
Francini é empresária parceira do Clube da Luluzinha e, junto as fundadoras Paula e
Daiane Steffen, atua inspirando, incentivando e conectando mulheres empreendedoras.
Abril 2020
InVista + TRANSPARÊNCIA E S/A
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