13.11.2020 Views

Revista Sampa Edição N 32 Novembro

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Evandro Melo,

o cavaquinista compositor

O dom artístico é hereditário na família

do músico mineiro

por: Erick Eduardo

Evandro Melo é de Belo Horizonte, Minas Gerais e conta que

veio de uma família musical. Seu pai era violonista de um

conjunto de choro e seus irmãos por sua vez também tocam

choro. Evandro que gosta muito do gênero, que já se aventurou

em grupos de choro, fazendo cavaco de centro e se declara

autodidata, nunca estudou musica e tocou “apenas ouvindo”.

Ele diz que foi o samba que lhe pegou de fato! Aos 14 anos

montou com alguns de seus amigos, um grupo de samba e

pagode na comunidade onde nasceu e foi criado, o Morro das

Pedras, na zona oeste de Belo Horizonte.

Ele também foi convidado para tocar cavaco em outras

bandas, passou por várias formações, compôs com os amigos

e participou de concurso s e festivais de musica. Algumas

de suas canções compostas são cantadas até os dias de hoje

nas rodas de samba e pagode da capital mineira.

Segundo ele, a pandemia atrapalhou demais a vida dos músicos

em gerais, ainda mais do pessoal que depende diretamente

do dinheiro dos shows, pois eles estão passando por apertos

por lá. Evandro diz que Belo Horizonte não tem muitas

casas de show e as poucas que tem, não estão podendo

funcionar em sua capacidade máxima. “Enfim, tá complicado”,

completa ele.

Em relação ao Festival da Rádio Sampa, Evandro confessa que

foi uma grata surpresa quando viu na página Anderson Tobias,

seu amigo e parceiro, vários dons inscritos e concorrendo. Ele

ainda elogiou o trabalho com a canção de Anderson e também

disse que a presença especial do Mestre Bocatto no trombone,

deu mais vida e “temperou” de forma agradável a canção.

Para ele ser sambista hoje no Brasil é algo complicado, ainda

mais em Belo Horizonte, por questões de visibilidade e vender

esse produto para todo o país é algo bem difícil. Por mais que

se tenham ótimos compositores, intérpretes, músicos geniais,

estúdios de gravação bem montados com profissionais gabaritados,

a distribuição do que se produz aqui é o que deixa a

desejar.

Ele diz que trabalhar com cultura de raiz no Brasil hoje em dia

é uma barra e que a galera consome o que é comercial, como

as musicas com refrões fáceis pra curtir nas baladinhas nos

finais de semana e nada de músicas que trazem informação,

instrução, reflexão e etc.

“Desejo sorte a rádio sampa neste projeto superespecial e que

tenham mais canções de Compositores de BH nas paradas

(risos).”

As experiências e desafios na carreira de Walmir de Oliveira

O dom musical despontou com apenas 8 anos

por: Victoria Vianna

Nascido em 11 de maio de 1972, na cidade de Guarulhos, São Paulo, Walmir de Oliveira foi um dos finalistas do 1°Festival

Samba e Pagode, da Rádio Sampa, com a música “Viver em Função de Te Amar”.

Aos 8 anos de idade, Walmir já se destacava por sua afinação no coro da escola onde estudava. A carreira como cantor

inicia-se em sua adolescência, quando fez parte de um grupo amador, e, ao descobrir seu talento musical, começa a se

interessar e estudar música.

Foi então que o cantor começou a trabalhar como vocalista em grupos de samba e pagode. Um dos grupos em que

teve passagem foi o Nova Safra, onde, em 2002, através da música “Chega Mais Feijão da Dona Vicentina”, o cantor

participou do 1°Festival de Novos Talentos, realizado pela Rádio Transcontinental FM. O Pout Pourri alcançou o primeiro

lugar entre as mais tocadas da emissora por mais de dois meses.

Carreira solo e seus desafios

Dentro dos 33 anos de experiência, Walmir já trabalhou em

diversas áreas da música, uma delas, foi ser intérprete de

escolas de samba do município de Guarulhos. O cantor

passou por diversas agremiações, mas em 2016, representando

a Tok Final Pimentas, foi premiado com o Troféu

Sururu no Samba como Melhor Intérprete. Além disso,

cantou também no Afoxé Kaomy Olhos de Xangô e no Bloco

Três Rosas.

Walmir também trabalhou em outros Carnavais. Na cidade

de Joaçaba, localizada na região meio oeste de Santa Catarina,

foi intérprete da escola de samba Aliança e, em São

Paulo, atuou na tradicional agremiação Flor de Vila Dalila.

O cantor então segue na carreira solo e explora seu lado

romântico com a música “Viver em Função de Te Amar”, uma

composição de Flávio Sampaio com a produção e arranjo de

Fabio Negrão e Naldo de Souza. Em 2017, participou pela

segunda vez de um evento promovido pela Rádio Transcontinental,

no 1° Festival de Samba e Pagode. Walmir concorreu

com este samba e foi o único cantor solo entre 13 os

finalistas, percebendo então que deveria continuar neste

caminho.

Para o músico, seu maior desafio da carreira é encontrar

uma parceria, ou seja, empresário, que acredite em seu

projeto e auxilie na divulgação de sua marca. Como conselho

para quem está começando agora na música, Walmir diz

que procurar um empresário pode ser um dos objetivos,

mesmo sendo uma tarefa difícil. Além disso, o cantor sugestiona

como primeiro passo o autoconhecimento, ou seja,

encontrar seus pontos fortes e fraquezas, trabalhando bem

essas áreas, porém dando ênfase no lado positivo.

Participação no 1°Festival Samba e Pagode

da Rádio Sampa e projetos para 2021

Em outubro de 2020, Walmir e mais 3 artistas foram finalistas

do 1°Festival Samba e Pagode, da Rádio Sampa projeto

criado com o objetivo de incentivar a cultura musical e divulgar

novos grupos. O cantor afirma que foi muito legal e

divertido participar de uma disputa online, pois nunca tinha

visto algo parecido. Para 2021, Walmir tem um projeto em

andamento: o lançamento de seu CD e outras novidades,

trazendo inovação e criatividade ao seu público.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!