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Revista Sampa Edição N 32 Novembro

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Edição nº 32

Novembro / 2020

SAMPA

CARNAVAL E TURISMO


O samba não parou...

Editorial

O ano de 2020 foi atípico na vida de todos os sambistas, de

repente um lockdow e tudo para. Sim, por alguns meses nossa

voz se calou.

Músicos, cantores, artistas de uma maneira geral foram obrigados

a ficarem confinados em suas residências e as casas de

show fechadas. O isolamento social é devido ao Covid 19, que

infelizmente, nos pegou de surpresa.

A parte boa do confinamento é o surgimento de belas obras,

pois muitos poetas colocaram suas mentes brilhantes para

elaborarem as composições.

Expediente

Presidente:

Editor Fotográfico:

Editora Executiva:

Editora:

Coordenadora:

Operacional:

Site:

Redação:

Eduardo de Paula • MTB 13898 - SP

Ismael Toledo

Rita Lutfi

Jéssica Souza

Vany Franco

Tadeu Paulista

Lucas Torres

Erick Eduardo• Jéssica Souza• Kathelin Malafaia• Rita Lutfi •

Victoria Vianna

A equipe do Grupo Sampa, que tem o ritmo em seu pensamento

e apoia a cultura brasileira, resolveu promover o “Primeiro

Festival Virtual de Samba e Pagode”.

Fotos:

Marketing :

Elson Santos• João Belli

Domenica Franhani

O objetivo foi dar a oportunidade para novos e antigos intérpretes

divulgarem seus sambas e foram recebidas 13 inscrições

de belíssimas canções.

Na edição desse mês de novembro, nossos leitores poderão

acompanhar cada obra inscrita com seu intérprete e conhecer

a história de cada jurado.

O júri foi composto por apresentadores da rádio Sampa, e

também, músicos experientes e consagrados no cenário do

samba nacional.

O grande campeão do festival foi Anderson Tobias, que interpretou

“Os vários Dons”, autoria de Evandro Mello, sendo

aplaudido por todos os participantes.

Relações Públicas:

Social:

Jurídico:

Conselho:

Diagramação:

Capa:

Texto:

Foto:

Flavia Azevedo (RJ) • Miriam Barros (SP)

Denis Sena

Dr. Luiz Carlos Ribeiro da Silva

Thiago de Paula • Cassius de Paula • Jefferson de Paula • Natacha

Dandara

Eduarda Leão

Anderson Tobias

Jéssica Souza

João Belli

Nessa edição temos, também, uma sensacional matéria com o

pastor sambista Aguinaldo Silva, que conta um pouco do Movimento

Samba Gospel.

Povo do Samba vem com a gente.

Aquele abraço,

Tadeu Paulista

Operacional

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ÉBANO

Instituto Cultural

Grupo

SAMPA



Sumário

Anderson Tobias,

o campeão do festival

06

Intérpretes, um sonho

realizado

09

Jurados, a difícil tarefa

20

Aguinaldo,

o sambista gospel

26

Olhar da Sampa

30



Anderson Tobias é o grande vencedor do 1° festival

da rádio Sampa

por: Jéssica Souza

Mas, as influências que o levaram ao mundo

musical ultrapassaram as fronteiras de sua

comunidade local. Almir Guineto, Beth Carvalho,Cartola,Grupo

Fundo De Quintal,João

Nogueira,Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e

outros grandes nomes da música popular

brasileira são alguns das suas inspirações.

A música ‘Vários Dons’ conquistou o primeiro

lugar no concurso, que contou com a participação

de 13 artistas

Aos 28 anos de carreira, o paulistano Anderson

Tobias é um verdadeiro apaixonado pelo

samba. Influenciado pelo som dos atabaques

nos cantos entoados nos cultos africanos e por

sua família, desde a infância frequentava

bailes, desfiles de carnaval e rodas de samba

após as partidas de futebol que aconteciam no

bairro de Cidade Tiradentes, zona leste de São

Paulo.

Início

O olhar atento ao ritmo e desenvoltura dos

mais velhos na roda samba da várzea, despertou

em Anderson o desejo de fazer música. "

Fui escolhido pela música desde muito jovem,

costumo dizer que ela me escolheu. A mosquinha

musical me picou nas rodas da Cohab Tiradentes.Tentei

outras profissões, trabalhei anos

na área comercial,inicie faculdade de marketing,porém,

música sempre foi muito presente e

forte, na minha história”

Carreira

Começou a tocar profissionalmente aos 15

anos e de lá para cá não largou mais o mundo

musical. Autodidata, Anderson Tobias toca pandeiro,repique,

tantanzinho e outros instrumentos

de percussão. Aprimorou suas habilidades

estudando teoria musical e canto coral. Além

disso, fez aulas de canto e atualmente se

dedica a aprender piano.

Entre as décadas de 80 e 2000 participou de

diversos grupos musicais no cenário do samba

paulista como o Grupo Tendência, Orvalho da

Madrugada Apadrinhado pelo Quinteto Branco

e Preto e o Grupo Total. Também passou pelo

grupo Tia Bida, Parada Zona Leste e Roda de

Samba do Magrão.Dividiu espaço nos palcos

com o artistas consagrados Almirzinho,Grazzi

Brasil,Marquinhos Sensação e Sombrinha são

alguns nomes.Hoje, o músico faz parte do

grupo de samba Quintal da Xika.

“Assim que pisei naquele quintal me identifiquei

! Veio toda história de estar ligado a minha

base na zona leste, ao samba de roda em

comunidade. Eu participei de alguns projetos

de samba antes do quintal. Com o grupo Total

realizei dois projetos, o pagode da Tia Bida, que

durou 4 anos e o parada Zona Leste que aconteceu

por dois anos. Mas, o formato do Quintal

da Xika tem tudo haver com minha essência.

Antes de integrar oficialmente, participei de um

projeto do grupo em homenagem ao Mussum.

E aí logo depois veio o convite para fazer parte

integralmente. Quando Vitão, fundador do

Quintal da Xika, me chamou nem pensei, só

perguntei o dia , a hora e a roupa que deveria

usar para participar!!”

Em 2016, Anderson Tobias iniciou uma nova

fase em sua carreira.Como intérprete solista, o

músico formou a banda Molho Misto com a

proposta de fazer melodias que vão de encontro

com alma do público sambista.



Alcançando novos voos

O concurso dedicado a compositores e cantores

de samba e pagode promovido pela rádio web do

grupo Sampa, foi visto por Anderson Tobias como

uma oportunidade de levar a sua música para

outros lugares e conquistar novos espectadores.

A disputa pelo primeiro lugar no concurso contou

com 13 artistas e a música ‘Vários Dons’ foi a

vencedora. A canção que foi inscrita na competição

chegou ao conhecimento/ radar de Tobias há

três anos durante uma temporada de shows em

Belo Horizonte. A autoria da canção pertence a

Evandro Mello, integrante do coletivo Reduto

Vários Dons, grupo que desde 2017 diversos compositores

da capital Mineira.

“Assim que ele me apresentou a canção tive

vontade de gravar, me tocou a letra, a melodia,

acho que era o que eu buscava no trabalho solo

que estava iniciando na época.

Só pude gravar um ano e meio depois, e numa

produção independente. ‘Vários Dons’ trás uma

inovação nos arranjos com uma dinâmica bem

interessante somente do trombone com os

instrumentos percussivos em determinado

trecho da música”

Para ele, vencer o torneio foi um grande incentivo

para continuar correndo atrás dos seus sonhos. “

Sinto que se qualquer outro ganhasse, meu

sentimento, só de chegar lá, e mostrar o trabalho

para um grande número de pessoas que

não me conhecem, já seria motivo de gratidão.Todos

nós que fazemos arte neste país,

que defendemos a bandeira do samba, já

somos vencedores.Mas conquistar o primeiro

lugar me deu a sensação de que o caminho

está sendo bem trilhado”

Em 2019, Anderson Tobias lançou o seu EP solo. O

projeto “Samba Brasil" reúne compositores de

diversas regiões do país para representar a musicalidade

brasileira e exaltar a nossa cultura popular.

Por meio das canções o EP conta a trajetória

do artista evidenciando sua origem e essência.

Em novembro do mesmo ano o álbum se transformou

em DVD e o show da turnê começaria em

São paulo a partir de março, mas a pandemia do

novo coronavírus alterou os planos.”Após tanto

tempo de confinamento acredito que as emoções

estarão à flor da pele. A festa de lançamento

acontecerá no próximo dia 28 novembro

e a minha expectativa é grande para esse

evento, juntar os músicos, a família, o público e

mostrar o resultado do trabalho.Estará imperdível!”

Futuro

Para os próximos passos, o artista planeja mergulhar

cada vez mais fundo em sua música. Levar o

seu trabalho a mais pessoas é a sua prioridade.”Estou

focado em participar de projetos

com lei de incentivo à cultura, circular shows

em equipamentos públicos como casas de

cultura, escolas e teatro. Quero levar minha

música de forma gratuita. O trabalho precisa

ir para estrada e chegar nas pessoas, tocar

seus corações”

Em sua opinião, a arte e a cultura são peças

fundamentais para a existência dos povos,elementos

imortais. E são as próximas gerações que

vão ajudar a tornar este legado eterno.

“Tudo pode morrer, se houver cultura , há possibilidade

de recomeçar. Para aqueles que

estão começando eu aconselho a não desistir

dos sonhos, se a música bateu no seu coração,

vá atrás, procure estudar, tem cursos gratuitos

oferecidos na cidade, a internet também pode

auxiliar. Observe os mais velhos, respeite e

aprenda com quem abriu caminhos para que

pudéssemos estar aqui hoje expressando

nossa arte sem apanhar. Não se desconectar

da sua base, da sua origem e formação, valorize

os que correm com você! Não posso dizer

que existe uma receita a ser seguida para o

sucesso, mas existe carinho e dedicação no que

fazemos. Acredite , confie , persevere e ouça as

convicções do coração.”

Zezé Martins: Veja a História deste artista do samba

O artista iniciou na música de maneira inusitada

por: Rita Lutfi

Zezé Martins iniciou na música de uma maneira

diferente, com um pandeiro de plástico, baldes e

muita palma na mão, juntamente com os amigos

da rua. Após algum tempo conseguiram comprar

instrumentos para darem continuidade

com o grupo.

O tempo foi passando e os amigos não mais

quiseram continuar com a música. A partir disso,

ele continuou e começou a tocar cavaquinho no

grupo Meninos do Pagode, e depois no grupo

Beira Rio.

O artista teve o prazer de tocar com Belo, que

para ele é um dos melhores cantores da atualidade

e foi um excelente aprendizado. Atualmente

Zezé Martins está em carreira solo.

O isolamento social o deixa triste pelo fato de ter

desencadeado desempregos e mortes, além do

fechamento das casas de show, às quais afetou

bastante a classe musical.

Na visão do cantor, o festival foi muito bom para

ele e importante para todos e para o samba a

oportunidade que a rádio Sampa proporcionou.

A música concorrente “Amor Distante” teve

como inspiração para a composição o término

da relação de um amigo, a qual disse que o lado

boêmio não o deixava parar de ir para o samba,

ou para outros locais. Zezé iniciou a letra da

música e seu primo Toni Delgado a concluiu.



Evandro Melo,

o cavaquinista compositor

O dom artístico é hereditário na família

do músico mineiro

por: Erick Eduardo

Evandro Melo é de Belo Horizonte, Minas Gerais e conta que

veio de uma família musical. Seu pai era violonista de um

conjunto de choro e seus irmãos por sua vez também tocam

choro. Evandro que gosta muito do gênero, que já se aventurou

em grupos de choro, fazendo cavaco de centro e se declara

autodidata, nunca estudou musica e tocou “apenas ouvindo”.

Ele diz que foi o samba que lhe pegou de fato! Aos 14 anos

montou com alguns de seus amigos, um grupo de samba e

pagode na comunidade onde nasceu e foi criado, o Morro das

Pedras, na zona oeste de Belo Horizonte.

Ele também foi convidado para tocar cavaco em outras

bandas, passou por várias formações, compôs com os amigos

e participou de concurso s e festivais de musica. Algumas

de suas canções compostas são cantadas até os dias de hoje

nas rodas de samba e pagode da capital mineira.

Segundo ele, a pandemia atrapalhou demais a vida dos músicos

em gerais, ainda mais do pessoal que depende diretamente

do dinheiro dos shows, pois eles estão passando por apertos

por lá. Evandro diz que Belo Horizonte não tem muitas

casas de show e as poucas que tem, não estão podendo

funcionar em sua capacidade máxima. “Enfim, tá complicado”,

completa ele.

Em relação ao Festival da Rádio Sampa, Evandro confessa que

foi uma grata surpresa quando viu na página Anderson Tobias,

seu amigo e parceiro, vários dons inscritos e concorrendo. Ele

ainda elogiou o trabalho com a canção de Anderson e também

disse que a presença especial do Mestre Bocatto no trombone,

deu mais vida e “temperou” de forma agradável a canção.

Para ele ser sambista hoje no Brasil é algo complicado, ainda

mais em Belo Horizonte, por questões de visibilidade e vender

esse produto para todo o país é algo bem difícil. Por mais que

se tenham ótimos compositores, intérpretes, músicos geniais,

estúdios de gravação bem montados com profissionais gabaritados,

a distribuição do que se produz aqui é o que deixa a

desejar.

Ele diz que trabalhar com cultura de raiz no Brasil hoje em dia

é uma barra e que a galera consome o que é comercial, como

as musicas com refrões fáceis pra curtir nas baladinhas nos

finais de semana e nada de músicas que trazem informação,

instrução, reflexão e etc.

“Desejo sorte a rádio sampa neste projeto superespecial e que

tenham mais canções de Compositores de BH nas paradas

(risos).”

As experiências e desafios na carreira de Walmir de Oliveira

O dom musical despontou com apenas 8 anos

por: Victoria Vianna

Nascido em 11 de maio de 1972, na cidade de Guarulhos, São Paulo, Walmir de Oliveira foi um dos finalistas do 1°Festival

Samba e Pagode, da Rádio Sampa, com a música “Viver em Função de Te Amar”.

Aos 8 anos de idade, Walmir já se destacava por sua afinação no coro da escola onde estudava. A carreira como cantor

inicia-se em sua adolescência, quando fez parte de um grupo amador, e, ao descobrir seu talento musical, começa a se

interessar e estudar música.

Foi então que o cantor começou a trabalhar como vocalista em grupos de samba e pagode. Um dos grupos em que

teve passagem foi o Nova Safra, onde, em 2002, através da música “Chega Mais Feijão da Dona Vicentina”, o cantor

participou do 1°Festival de Novos Talentos, realizado pela Rádio Transcontinental FM. O Pout Pourri alcançou o primeiro

lugar entre as mais tocadas da emissora por mais de dois meses.

Carreira solo e seus desafios

Dentro dos 33 anos de experiência, Walmir já trabalhou em

diversas áreas da música, uma delas, foi ser intérprete de

escolas de samba do município de Guarulhos. O cantor

passou por diversas agremiações, mas em 2016, representando

a Tok Final Pimentas, foi premiado com o Troféu

Sururu no Samba como Melhor Intérprete. Além disso,

cantou também no Afoxé Kaomy Olhos de Xangô e no Bloco

Três Rosas.

Walmir também trabalhou em outros Carnavais. Na cidade

de Joaçaba, localizada na região meio oeste de Santa Catarina,

foi intérprete da escola de samba Aliança e, em São

Paulo, atuou na tradicional agremiação Flor de Vila Dalila.

O cantor então segue na carreira solo e explora seu lado

romântico com a música “Viver em Função de Te Amar”, uma

composição de Flávio Sampaio com a produção e arranjo de

Fabio Negrão e Naldo de Souza. Em 2017, participou pela

segunda vez de um evento promovido pela Rádio Transcontinental,

no 1° Festival de Samba e Pagode. Walmir concorreu

com este samba e foi o único cantor solo entre 13 os

finalistas, percebendo então que deveria continuar neste

caminho.

Para o músico, seu maior desafio da carreira é encontrar

uma parceria, ou seja, empresário, que acredite em seu

projeto e auxilie na divulgação de sua marca. Como conselho

para quem está começando agora na música, Walmir diz

que procurar um empresário pode ser um dos objetivos,

mesmo sendo uma tarefa difícil. Além disso, o cantor sugestiona

como primeiro passo o autoconhecimento, ou seja,

encontrar seus pontos fortes e fraquezas, trabalhando bem

essas áreas, porém dando ênfase no lado positivo.

Participação no 1°Festival Samba e Pagode

da Rádio Sampa e projetos para 2021

Em outubro de 2020, Walmir e mais 3 artistas foram finalistas

do 1°Festival Samba e Pagode, da Rádio Sampa projeto

criado com o objetivo de incentivar a cultura musical e divulgar

novos grupos. O cantor afirma que foi muito legal e

divertido participar de uma disputa online, pois nunca tinha

visto algo parecido. Para 2021, Walmir tem um projeto em

andamento: o lançamento de seu CD e outras novidades,

trazendo inovação e criatividade ao seu público.



Paulinho Cuica traz o samba romântico para o festival

da rádio Sampa

A inspiração da música foi o fim de um relacionamento

por: Rita Lutfi

Paulinho Cuica participou do festival virtual da rádio Sampa com a música “Samba de Amor, Não”. Ele

nos conta que a música fora composta no ano de 2009, após o final de um relacionamento, onde ele

estava triste e não cantava músicas românticas nas rodas de samba.

A pandemia, na opinião dele, não deveria acontecer, pois a população mundial sofre há mais de 100

anos, onde pessoas morrem como se a ciência e a tecnologia atual não tivesse evoluído.

Ressalta, também, que a

cultura, as artes foram

bastante afetados e consequentemente

o samba.

Nesse isolamento social

as casas de shows, os

artistas de uma maneira

geral e também os músicos

sofreram no primeiro

momento, mas as lives

chegaram para que os

animassem. “Não é o

mesmo que o presencial,

o calor humano, mas esse

foi o jeito até que as coisas

se normalizem. ” – comenta

Paulinho.

A opinião do artista em

relação ao festival virtual é

que ele surgiu em um

momento importante e

que nos próximos abranja

mais compositores, músicos

e cantores.

Neide Sales, a voz da Sambista

Feminina no festival de samba

e pagode da rádio Sampa

Por meio da canção, a artista levantou

a bandeira contra o machismo

por: Rita Lutfi

foto: Elena Dias

A trajetória musical de Neide Sales iniciou,

quando com apenas 3 anos de idade,

cantou o Hino Nacional Brasileiro na íntegra.

A cantora relembra sua infância nos

contando que sua memória sempre foi

muito ativa, aprendeu a ler e escrever sozinha

e com 5 anos ingressou na primeira

série do ensino fundamental I. Mudou–se

para a cidade de São Paulo com 9 anos e

juntamente com os amigos, que moravam

na mesma rua, montaram uma banda. A

partir desse fato nunca mais parou de

cantar.

A falta do público, nessa pandemia, afetou

demasiadamente os bares e consequentemente

os músicos, uma vez que as pessoas

estão resguardadas em casa e ao saírem

existem os protocolos de segurança e não

estão frequentando os shows. O seu desejo

é, que quando esse isolamento social

findar, as pessoas sejam mais humanas.

A música apresentada no festival da rádio

Sampa retrata o momento de evidência do

machismo, segundo Neide, nas redes

sociais, onde a mulher estava sendo “passada

para trás”, como diz no ditado popular.

Pensando nisso, compôs a música para

mostrar, que estão atuantes e podem assumir

qualquer função.

A cantora participou com a música “ Lugar

de Mulher”, onde ela comenta que foi uma

ótima oportunidade dos artistas mostrarem

seus trabalhos de músicas autorais.



Mauro Amorim, o autodidata no violão

Músico é sinônimo de referência e experiência no mundo do samba

por: Rita Lutfi

Em “Falsa Liberdade” Júnior Oliveira,

canta a luta do povo negro

O artista traz em sua composição a dor e força da

população negra brasileira

Mauro Amorim nasceu na cidade de Osasco (SP), é

cantor, violonista, compositor. As suas referências

musicais vai de Tunico e Tinoco a Adoniran Barbosa.

O artista considera-se um autodidata no violão, pois

desde os 16 anos toca o instrumento e na adolescência

iniciou a paixão pela MPB dos tempos da

ditadura.

Ele percorreu festivais na década de 70 e nos anos

80 conseguiu tocar em bares de Moema (SP) e na

sua terra natal. A interrupção de sua carreira foi a

partir de 1990, por motivos familiares e profissionais,

retomando-a em 2010, quando retornou às

rodas de samba e aos bares de Osasco e Vila Madalena

(SP).

O CD autoral, Dia de Jogo, foi lançado em 2016, a

qual trazia vertentes do samba paulista.

Em sua trajetória artística, Mauro , apresentou-se

em hotéis, Anhembi, Pavilhão Imigrantes, nos SESCs

das cidades de Taubaté, Santo André, Osasco, além

do da 24 de Maio e Pompéia. Vale ressaltar, que

também se apresentou na cidade de Santana de

Parnaíba e na saudosa casa Tupi or not Tupi.

Para ele a pandemia não afetou somente o samba,

mas sim a todos os artistas. Os artistas mais jovens

conseguem utilizar a tecnologia e se reinventarem,

mas os com mais idade sentem muito esse momento

de isolamento social.

No festival, Mauro Amorim , participou com a

música Brasiliano, a qual ele declara que é um

protesto a esse governo, que para ele, apoderam-se

da nossa bandeira como símbolo do conservador,

racista, homofóbico e genocida. “Somos chamados

por um nome de profissão, quando deveríamos ser

Brasiles ou Brasiliano.” – complementa.

O artista considerou-se meio antigo em relação ao

festival, por ainda ter o conceito dos que viu em

épocas passadas, a qual era um espaço de protesto.

Percebeu seu engano quando ouviu as belas

canções românticas , que estavam concorrendo.

por: Rita Lutfi

A música “Falsa Liberdade” nasceu na Gurigica, que é uma

comunidade em Vitória (ES). Tudo começou em um lindo dia

quando Júnior Oliveira estava em um bar situado no Morro

da Floresta, a qual fica atrás de sua casa.

Segundo as histórias do local, no morro há uma pedra, a qual

é chamada de cativeiro, pois pessoas maldosas levavam suas

vítimas para serem mortas lá.

Pensando no que sempre ouviu, começou a escrever o

refrão, mas para ele não estava fazendo sentido, mesmo

assim, continuou a pensar no que poderia retratar. Júnior

começou a pensar no sofrimento do negro e então, a composição

aos poucos começava a ser escrita e as conversas com

o parceiro Nego Josy foram iniciadas.

A analogia entre morros e senzalas está na parte “daqui

debaixo eu enxergo o cativeiro”, onde retrata o cidadão que

vai para o trabalho e retorna para casa e em diversas vezes

não tem a estrutura que merece.

As demais partes da letra da música, segundo ele, se auto

explica no que se refere a violência, racismo e demais temas

que é sabido da população brasileira.

No que se refere a pandemia, Júnior Oliveira, acredita que

tenha atrapalhado o entretenimento em geral, mas por

outro lado, traz a verdade de saber quem se preocupa com

seus semelhantes. Ele não sabe mensurar o prejuízo que os

músicos sambistas tiveram, pois acha que é um egoísmo

pensarmos nesse tipo de perda, uma vez que o pior é a dor

da saudade, que diversas famílias tiveram ao perderem seus

entes queridos.

O artista é apaixonado pelo samba, pela batucada, por

harmonias e nos conta que o primeiro grupo musical que

participou foi em 1993, onde relembra um trecho da música

que cantavam :

“...O mundo está cheio de sonhos ,cheio de ilusão

O povo busca a qualquer preço a felicidade para o coração

Sabendo que o candência, descência,ciência e inspiração

Convido porque sou amigo,vem junto comigo cantar o

refrão

Liberdade,liberdade

Liberdade no samba

Liberdade

Quem samba tem mais simpatia tem os pés no chão

Anda cheio de euforia curte a poesia batendo na palma da

mão

Vive sempre em sintonia com som do Cavaco Banjo, violão

O surdo, chocalho,tantan ,afoxé e o repique de mão....”



Raízes musicais e cristianismo:

A carreira de Edineo Martins

por: Victoria Vianna

A imersão de Edineo Martins no mundo da música se inicia a

partir da infância. Com uma família festeira, que frequentava

escolas de samba no Carnaval de São Paulo, o cantor afirma

que quando havia festas de aniversário em sua casa, seus

parentes celebravam com canções de samba-rock e pagode.

Ao ver seus amigos aprenderem a tocar instrumentos, achou

interessante e procurou acompanhá-los. Foi então que surgiu o

Grupo Descontração, em que Edineo afirma que foi criado na

brincadeira, mas, logo depois, o projeto acabou ficando para

trás.

O cantor então conheceu, através de seu amigo Carlos Eduardo,

um grupo chamado Atitude Brasil. “Foi um grande divisor de

águas na minha vida”, conta. Edineo então passou a levar a

música mais sério e sonhar em ser um músico de verdade.

Durante dois anos, o cantor conta que continuou aprendendo e

crescendo dentro da música, mas, a partir dos anos 2000, saiu

do grupo e se converteu ao cristianismo, onde mudou sua vida

e passou a cantar na igreja. “Deus me trouxe uma revelação de

que eu não tinha que largar minhas raízes, mas sim trazer as

minhas raízes para dentro da igreja. Então, aprendi que eu

poderia cantar o meu pagode para Deus, e isso foi um grande

marco na minha vida.”

Roberta Oliveira, cantora, foi uma das juradas do festival da rádio

Sampa

A música é o instrumento de sua vida

por: Rita Lutfi

Roberta Oliveira é cantora e a música é o instrumento fundamental em sua vida. A tradição ancestral,

descoberta tardiamente por ela, é parte da história de grandes baluartes, com quem teve a honra e

privilégio de conviver e aprender algo com eles. A cantora destaca Seo Carlão (Peruche), Toquinho

Batuqueiro, toinho Melodia, silvio Modesto, Ideval Anselmo, Zelão, Sr. Airton Santamaria, tio Mário,

dona Neide. As tias Baianas Paulistas que contribuíram para a resignificância de sua vida.

A pandemia atinge todos os setores e o de eventos foi o mais afetado. Vale ressaltar, que o samba e

a arte, a qual vivem com poucos recursos e reconhecimentos, estão entre os que tiveram que parar

e os músicos tiveram que se adaptar, por não poderem trabalhar, uma vez que depende do público.

Roberta acredita que esse momento tem mostrado, que uma pessoa precisa da outra e a importância

de organização para proporcionarem mudanças significativas no segmento musical.

“Ações, como por exemplo, o festival amplificam a voz de tantos compositores e tantas compositoras

incríveis que pouco espaço tem hoje em dia. A rádio Sampa está de parabéns pela iniciativa.” – declara

a jurada do festival, Roberta.

“Na Santidade”: Canção finalista do 1°Festival Samba e Pagode

Juntamente ao seu amigo Daniel Holanda, compôs a canção “Na

Santidade”, a qual foi finalista do 1°Festival Samba e Pagode, da

Rádio Sampa. Edineo conta que esta música marcou muito a

sua vida, assim como de outras pessoas, incluindo a de seu

parceiro compositor.

O autor de “Na Santidade” conta sua experiência no Festival.

Para ele, serviu como uma grande chance de mostrar um trabalho

que, durante um bom tempo, estava adormecido e, de

repente, despertou. Edineo também afirma sobre a importância

de procurar novos talentos e continuar mostrando a nossa

cultura afro-brasileira: “Muitos dizem que o samba iria acabar,

mas isso é impossível. Ande nas ruas, vejam os lugares. O

samba e o pagode estão mais vivos que nunca. Essa é nossa

cultura, esse é o nosso som, é uma chama que não se apaga”.

Aos novos músicos que estão chegando, Edineo aconselha para

que eles sigam acreditando em seus potenciais e busquem

melhorar sempre, pois, segundo ele, a música é infinita e pode

te levar a lugares maravilhosos, assim como pode trazer paz e

esperança para pessoas. O cantor cita novamente sobre o Festival,

dizendo que estar entre os finalistas foi justamente porque

acredita que podemos cantar aquilo que vivemos e também

mostrar para o povo aquilo que sentimos.

Futuro projeto

Em 2021, Edineo planeja o lançamento de um EP chamado

“Homenagens”, trazendo a participação de alguns amigos do

estilo samba gospel. O músico afirma que realizará uma grande

roda de samba àqueles curtem pagode, para que assim possam

todos juntos adorar à Deus por meio deste ritmo.



Alisson do Banjo, o mineiro sambista no corpo de jurados do festival

da rádio Sampa

O sambista que compôs sua primeira música aos 17 anos

por: Kathelin Malafaia

Alison do Banjo é músico, compositor e intérprete mais conhecido como Alisson do Banjo nasceu em

Belo Horizonte (MG) no ano de 1975. Quando criança foi apresentado ao samba pelo seus pais, tios e

avós, a família fazia comemorações com muita alegria, sempre regado à música mais popular do

Brasil. O cantor teve uma relação de amor à primeira vista, quando teve proximidade com o instrumento

cavaquinho.

O músico compôs sua primeira canção (Falsa Promessa) no auge dos seus 17 anos de idade, além

disso Banjo foi integrante do grupo Mania do Samba por 16 anos, e já chegou a abrir show de diversos

artistas renomados, entre eles: Arlindo Cruz e o grupo Fundo de Quintal. Atualmente o cantor segue

em uma carreira solo, atuando no mercado musical capixaba com um repertório repleto de sambas

consagrados e composições próprias.

Banjo, acredita que sairemos melhor de toda essa situação de pandemia em que estamos vivendo, é

como choque de realidade e consciência que nos faz entender que vida é preciosa e precisa ser o

centro de tudo.

O músico apoia a ideia do festival e crê que será uma oportunidade de grandes artistas mostrarem

seus trabalhos para o público. Talentos serão descobertos!

Desde pequeno o

jurado Pica Pau,

sabia que seria DJ

Para ser DJ é necessário ter

sensibilidade musical

por: Rita Lutfi

Nascido em uma família de

DJs, Pica Pau desde pequeno

é encantado com a

música. Aos 10 anos já sabia

qual caminho seguiria na

fase adulta. Quando completou

16 anos, ingressou

na equipe Zimbabwe e

como é sabido para se

tornar um DJ é necessário

ter uma sensibilidade musical

para ter êxito na profissão.

Para ele é fato, que as

pessoas estão se adaptando

com um novo começo e o

meio artístico é o que mais

sentiu esse isolamento

social. “Com a reabertura

gradual dos estabelecimentos,

a tendência é que as

coisas se normalizem” –

comenta o DJ.

A classe musical está sem

exercer o que mais gosta e

sendo assim, Pica Pau,

declara que o festival foi

uma maneira de dar um

ânimo aos músicos em

tempos de pandemia e

parabeniza os organizadores

pela iniciativa.



As artes sempre presentes a

vida da jurada Márcia Franco

A busca por conhecimento a faz

se considerar autodidata

por: Rita Lutfi

Márcia Franco é graduada em artes. Desde

criança sempre apreciou a dança, a qual

participou de aulas de jazz, e a música, que

sempre esteve presente em sua trajetória

de vida. Na adolescência, mais precisamente

com 17 anos, começou a cantar no

coral da igreja. A jurada considera-se autodidata,

pois busca conhecimento para

treinar a respiração, afinação, aquecimento

vocal para que seu canto saia com

perfeição.

O distanciamento social fez com que os

eventos parassem e com isso, as casas de

espetáculos fecharam as portas por

precaução. Não há show sem público,

sendo assim, a classe musical foi afetada.

“Foi uma ótima oportunidade para conhecermos

novas obras, novos talentos, existem

diversos trabalhos bons que nem imaginávamos,

quero aqui parabenizar a toda

equipe do Grupo Sampa por essa iniciativa,

podem sempre contar comigo. Esse será o

primeiro de muitos com certeza.” – declara

Márcia referindo-se ao 1º Festival Virtual

da Rádio Sampa

Lula Matos, o sambista

carioca no julgamento

do festival da Rádio

Sampa

O sambista teve influência familiar

para se aproximar da música

por: Kathelin Malafaia

Lula Matos nasceu e cresceu

durante toda a sua infância na

Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.

O amor pelo samba vem de

família, seu pai tocava tambor e

seu tios, cavaquinho e cuíca em

escolas de samba, esses foram um

dos motivos que o levou à essa

proximidade com a música.

O artista acredita, que o isolamento

social mostrou que as pessoas

estão totalmente vulneráveis, uma

vez que um vírus pode dizimar

toda uma sociedade, principalmente

em um país como o Brasil,

cheio de mazelas e preconceitos.

‘’Acredito que o momento chegou

e nos fez ter ainda mais humildade’’

disse o carioca.

Em meio a uma pandemia o artista

acredita que a ideia do festival

virtual da rádio Sampa é simplesmente

magnífico. Poderá ser uma

oportunidade gigantesca para

milhares de sambistas de qualidade

e que grandes talentos surgirão

a partir desse evento, grandioso e

um ótimo momento para que

muitas pessoas realizem seus

sonhos e um incentivo a mostrar

todo o seu talento e potencial.



O ritmo é o cotidiano do

DJ Bitta, jurado do festival

da rádio Sampa

O interesse pelo meio artístico veio

do seu primeiro emprego

por: Kathelin Malafaia

DJ Bitta é nascido e criado no Jardim

Peri, um bairro da Zona Norte de São

Paulo. Aos seus 12 anos de idade

trabalhava na bilheteria da Elite

Itaquerense, local esse que estava

rodeado de música e foi lá que ele se

interessou por esse meio artístico,

além de curtir muito, ia às matinês

de São Paulo. Bitta era integrante da

escola de samba Camisa Verde e

Branco, onde participava tocando

um dos instrumentos da escola, a

bateria.

Encantando pela música, pelas

pessoas, pelo ritmo, o rapaz pegava

os discos de vinil de sua mãe e se

divertia, e consequentemente esse

amor pela música só aumentava.

O DJ deixou sua opinião sobre o

isolamento social e a pandemia do

novo coronavírus ‘’Fez com que

muitas pessoas aprendesse a dar

mais valor a vida, a família e as

pessoas que realmente amamos.

Nos aproximou mesmo distante dos

nossos entes queridos’’ disse o artista.

O julgamento das canções

nos olhares do poeta Aquiles

da Vila

No próximo festival deseja concorrer

com composição própria

por: Rita Lutfi

O samba e o carnaval fazem parte da vida de

Aquiles da Vila. Ele é nascido na Vila Sá

Barbosa, um vilarejo próximo à Avenida

Tiradentes (SP), que é o palco dos antigos

carnavais.

Desde a infância ouve músicas, e exemplifica

com The Beatles e Nelson Gonçalves,

além de declarar que se emocionava com as

canções.

De uma forma geral, a pandemia afetou a

população mundial e a música também faz

parte desse fato. Porém como em outras

situações já vividas pela humanidade, o

homem se reinventará.

O festival, segundo Aquiles, resgata grandes

momentos da nossa música. Nesse tipo de

evento grandes talentos são revelados e por

essa razão é um incentivador desses projetos.

“Esse ano participo como jurado, mas ano

que vem, quero participar como compositor”

– declara Aquiles da Vila.

Ainda complementou afirmando

que o festival é sem dúvidas, uma

grande oportunidade para tantas

pessoas talentosas e um incentivo

positivo.



Andréa Gadelha crê que

os festivais “não deixam

o samba morrer”

Os cantores sambistas são suas

influências musicais

por: Rita Lutfi

Andréa Gadelha, graduada em artes

visuais e educação ambiental, teve

seu início na música desde pequena,

época em que frequentava a quadra

da escola de samba Império Lapeano.

Em sua casa a boa música estava

sempre presente, recorda-se de

cantores, tais como, Beth Carvalho,

Lupicínio Rodrigues, Martinho da

Vila, Clara Nunes, Maísa, Dalva de

Oliveira.

Quando questionada a respeito da

pandemia, nos diz, que a pandemia é

uma situação nova, que teremos que

conviver, talvez, para sempre. Em

relação ao mundo do samba, para

ela, assim como demais setores,

foram e ainda serão afetados.

O músico Renan Siqueira, declara que o festival é uma excelente

inciativa

O trabalho social faz parte do grupo “Segunda Sem Lei”

por: Kathelin Malafaia

Renan Farias Siqueira, 35 anos, integrante do ‘’Segunda sem-lei’’ um dos dirigentes do pagode SSL.

Atualmente, o grupo tem 6 anos de existência e o pagode do SSL começou em 2014 e vem fazendo

um trabalho de solidariedade e samba, uma vez por mês arrecada em média uma tonelada de

alimento com o projeto pagode solidário, para ajudar o próximo.

Siqueira, toca desde os seus 14 anos de idade, começou tocando repique em rodas de samba entre

amigos e logo após passou por alguns grupos até montar o projeto SSL. O grupo já tem um DVD ,

quatro músicas gravadas e já tem feito participações fora da cidade de São Paulo, tais como Porto

Alegre, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Campinas, Jundiaí, Sorocaba.

Siqueira, impactado sobre a pandemia do novo coronavírus, diz acreditar, que Deus de alguma forma

paralisou a população para que pudessem dar mais atenção às pequenas coisas ao nosso redor, para

que só assim pudéssemos enxergar a vida de outras maneiras, com outros olhos. Pensativo, ele faz

uma reflexão: ‘’Precisamos sair desse momento, dessa pandemia melhor do que no inicio quando

nós entramos. É importante analisar, são tempos para que possamos evoluir, corrigir os nossos erros

e ser cauteloso para que voltemos todos com saúde e mais consciência.’’

Na visão do cantor, o festival além de ser uma excelente iniciativa é, também, uma grande oportunidade

para realização de sonhos de tantos outros artistas que vivem pela música.

O festival virtual é definido, pela

jurada, como uma maneira de não

deixar o samba morrer e também

apresentar novos talentos, que estejam

trilhando um caminho longo,

para serem conhecidos.



O Sambista de Cristo, pastor Aguinaldo Silva

por: Rita Lutfi

Atualmente, o pastor conta com a discografia de 52 músicas gravadas, 3 álbuns, 9 EPs, 2 DVDs, além de

diversas participações em outros trabalhos.

O propósito desse trabalho é levar o samba gospel para as ruas, bares, escolas de samba, sempre com

a mensagem de paz, vida e esperança através da música.

O pastor Aguinaldo Silva é um

sambista de Cristo, o que para

muitos causa surpresa. Para ele, o

ritmo musical é tão maravilhoso e

cheio de amor que abraça todos

os segmentos musicais, assim

como a música cristã ou gospel. A

sua carreira foi iniciada em 1985,

aos 15 anos de idade, a qual

tocava nas rodas de samba de sua

comunidade, mais precisamente

na região de São Miguel (SP), com

o Grupo Musical Nossa Gente, a

qual o aprendizado dos primeiros

sons dos instrumentos pandeiro e

cuíca foi com os músicos.

O artista, também, cantou e tocou

com vários nomes do samba, tais

como, Anselmo (Quinteto Pagão),

Grupo Cultura Samba, além de

acompanhar o apresentador

Sargentelli nos shows e tocou

cavaco na escola de samba 1ª do

Itaim, em 1985.

A caminhada não acontece sem a mão de Deus, pois ninguém chega sozinho a lugar nenhum e o pastor

Aguinaldo ressalta que no samba gospel tem “bamba” também.

Há diversos apoiadores nesse projeto e destaca grupos, tais como, Dom da Fé, Nova Raiz em Cristo, que

sempre o apoiam e quando possível o acompanham, Pagodeiros do Abc, Luciano JS, Ricardo Muniz, Edi

Musica (Edineo), que participaram de trabalhos com o pastor Aguinaldo, e vice-versa, pastora Nice Garcia,

que também é uma batalhadora pelo samba, pastor Dymys Gil (Ex Grupo Sem Compromisso), que é

baterista , pastor Akira Takaiama da 96.5 FM, programa Palavra Para Hoje e TP1 RTV, há também, o apoio

dos produtores musicais,Pepeu do PS Studio, pastor Serginho Bisica e o Studio Prisco,que são os responsáveis

por inserirem as músicas no mercado fonográfico, integrantes da CEPA, pastor Douglas Cervi, que

dirige uma Igreja de sambistas . A sua comunidade, a UNT com os bispos Luis e Elizabeth, que também

são seus apoiadores em todas as ocasiões.

Nos dias atuais, o samba no segmento gospel está bem representado, pois há muita gente se dedicando

a este trabalho.

Conheça seu trabalho acessando:

Site: www.prguina.com

Facebook: https://facebook.com/prguina /

Youtube: https://youtube.com/praguinaldosilva

Instagram: https://www.instagram.com/pr.aguinaldosilva

A sua nova caminhada aconteceu

em 1997, ano esse, que o pastor

inicia sua trajetória trazendo uma

mensagem de vida através da

música, ou seja, do samba. A vida

e a esperança agora era cantada

através do ritmo brasileiro, o

samba gospel.

A música tem um papel fundamental

na ação social, que o

pastor Aguinaldo realiza. O seu

objetivo é tirar as pessoas em situação

de rua, aprisionados aos

vícios e apoio a casas de recuperações

e instituições, que cuidam de

crianças.



A torre através

do grande espelho

na Avenida Paulista

João Belli



O gracioso olhar de palavras expressas

Elson Santos



Novembro Azul

Lutas podem ser finalizadas

antes mesmo de serem iniciadas

Previna-se!

GRUPO

SAMPA

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