Edição 42 Dezembro 2020

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Olá, leitores! É uma felicidade encontrar vocês aqui, nestas páginas, e ser a nova colunista da Revista Mais. Em primeirolugar (e não poderia ser diferente), gostaria de agradecer a oportunidade de compartilhar alguns de meus pontos de vista comvocês. Não escrevo por obrigação ou presunções, mas por genuinamente acreditar que a troca de ideias é fundamental paraenriquecer a experiência humana. Afinal, se Anaïs Nin estava certa ao escrever que não vemos o mundo como ele é, mas comonós somos, de certo as experiências e ideias compartilhadas são capazes de nos fazer vivenciar diferentes mundos em umaúnica existência. Espero que vocês apreciem tanto a leitura de minhas palavras quanto eu certamente apreciarei escrevê-las.Um abraço, Lívia.Em sua essência, 2020 foi umano de dificuldades. Umacoisa, contudo, mostrou-serelativamente fácil: perder asesperanças no altruísmo humano.Desde que aprendi as bases dotema, no segundo ano do colegial, atravésdas aulas de filosofia do querido einsubstituível Padre Edson Maia, no ColégioSanto André, a questão do contratosocial versus a natureza humana sempreme fascinou.Em breve síntese, a teoria docontrato social é aquela que defende queo Estado civil se organiza a partir de umcontrato, ou seja, de uma forma não natural,contrária à natureza humana.Os principais autores do contratualismo(Thomas Hobbes, John Locke eJean-Jacques Rousseau), muito emboracompartilhem a perspectiva de que ahistória humana se divide em dois períodosantagônicos – o homem no estadode natureza, anterior ao contrato social;e o homem inserido na sociedade civil,originada pelo contrato social –, divergemsubstancialmente quando cuidamde explicar a relação intrínseca entre ocontrato social e a natureza humana. Édizer, em outras palavras, cada um temuma resposta distinta para as seguintesperguntas: Por que precisamos de umcontrato social para nos organizar em sociedade?Por que organizar-se em sociedadenão é algo natural ao ser humano?No fundo, essas questões nãosão relevantes apenas para justificar aorganização do Estado, em uma perspectivada filosofia política, mas igualmentepara refletirmos sobre a verdadeira naturezahumana – somos inerentementebons ou maus?De forma racional e prática, eusei que somos seres complexos, contemosmultitudes – como dizia Walt Whitman– e somos amplamente capazes tanto decoisas boas quanto coisas ruins; mas confessoque, mesmo com algumas reservas,sempre tendi a acreditar em Rousseau,para quem o homem, em seu estado denatureza, é fundamentalmente bom e dotadode virtudes inatas, como a empatia ea compaixão.Mas a pandemia de Covid-19alterou rápida e radicalmente essa visãode mundo.Como acreditar que empatia,altruísmo e compaixão são inerentes aohomem quando vivemos a maior pandemiada história recente da humanidade,com mais de doze mil pessoas morrendono mundo em um único dia por contade uma doença que, caso agíssemos demaneira altruísta e pensássemos no bemmaior, poderíamos evitar e diminuir adisseminação? O uso de máscaras e oisolamento social, sabemos, são comprovadamenteextremamente eficientes nocontrole da disseminação do vírus, mascada vez mais vemos as ruas lotadas, pessoassem máscaras e aglomerações desnecessárias.Não consigo parar de pensar se,em nosso âmago, nós, humanos, somosrealmente tão egoístas e individualistascomo defendia Hobbes, um século antesde Rousseau. Para Hobbes, o homem, emseu estado de natureza, seria dominadopor instintos puramente egoístas, dedicadotão somente a si mesmo e a seus interesses.Esse estado de natureza, segundoo autor, pode retornar quando as amarrasdo pacto social tornam-se insuficientespara limitar essa vil natureza humana.Não retornamos ao estado denatureza hobbesiano, ainda; mas certamenteparecemos estar a caminho dele.Felizmente, não se trata de um destinoinescapável – mas o único jeito de evitá--lo é reforçando as premissas do contratosocial, através da cooperação social.Como sociedade, temos quecompreender, de uma vez por todas, quesacrifícios a curto prazo são necessáriospara garantir o bem maior a longo prazo.Para superar a pandemia sem renunciarmosde vez à empatia, ao altruísmoe à compaixão, precisamos de um nívelinédito e sem precedentes de sacrifícios ecooperação social.Talvez me chamem de otimista(ao que eu prontamente responderia que2020 tratou de apagar quaisquer resquíciosde otimismo que existiam em mim),mas eu não vejo porque não podemosnos comprometer a lidar de forma sériae responsável com a pandemia. É uma lógicasimples – se não o fizermos, temostudo a perder. Especialmente nossa humanidade.
Espetinhodo SerginhoFamoso na cidade,Serginho tem nochurrasquinho seu sustentogarantido com muito sabor.Espetinho do Serginho. Cadeiras deplástico em volta da barraca armada na calçadado Posto Pinheiros, com imagens de suculentosespetinhos de carne, frango, linguiça, cafta, queijocoalho... As iguarias do Serginho provocavamuma vontade cada vez maior de provar.A cena faz parte do dia a dia do local,que tem em Serginho (Sergio Anacleto) um lutadorque após vários anos dedicados aos negóciosquando atuou como corretor e também em umaempresa de reciclagem, , se encontrou como ochurrasqueiro. Junto com seu filho, Patrick Anacleto,serginho atende uma clientela fiel, quechega a consumir mais de 2000 espetinhos porsemana e como seu ambiente totalmenteaberto, arejado, transformou o espaçoem uma das mais deliciosas opções parao Happy Hour em Jaboticabal.Sendo assim, o famoso churrasquinhodo Serginho, passou a ser umaótima opção para o happy hour nas tardede Jaboticabal.Espetinho do Serginho, Vale apena esperimentar.
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