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#SÃO

CARLOS

VOLTA A

SUA CASA

EDIÇÃO ARQUIVO 2020-21

TRANSMISSÃO ONLINE

29 JAN 2021 às 21H

CONCERTO

com a

ORQUESTRA

SINFÓNICA

PORTUGUESA

PEDRO MEIRELES

Violino

MARCO PEREIRA

Violoncelo

ANTÓNIO ROSADO

Piano

JOANA CARNEIRO

Direção Musical

SAOCARLOS.PT

#CULTURAÉIMAGINAÇÃO

Concerto

gravado a

05 SET 2020


CONCERTO

ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA

LUDWIG VAN BEETHOVEN

FIDELIO:

ABERTURA OP. 72C

GUSTAV MAHLER

SINFONIA N.º 5:

ADAGIETTO

LUDWIG VAN BEETHOVEN

TRIPLO CONCERTO

EM DÓ MAIOR PARA

VIOLINO, VIOLONCELO

E PIANO OP. 56

I. ALLEGRO

II. LARGO (ATTACCA)

III. RONDO ALLA POLACCA

M/6 Este programa pode ser alterado por motivos imprevistos

2


Pedro Meireles

< VIOLINO

Concertino principal da Orquestra Sinfónica

Portuguesa. Diretor conjunto dos Solistas

de Lisboa e 1.º violino do Quarteto Camões.

Estudou no Conservatório de Música do Porto

e, mais tarde, na Royal Academy of Music,

em Londres, onde concluiu a licenciatura

e o mestrado em violino e viola de arco,

com honras e prémios, tendo em 2016 sido

nomeado Membro Associado (ARAM). Desde os

nove anos de idade foi galardoado em mais

de 50 concursos nacionais e internacionais

tendo vencido por três vezes, o Prémio Jovens

Músicos da RTP, nas modalidades de violino

e viola. Como concertista e como músico de

câmara, realizou concertos em algumas das

mais conceituadas salas da Europa, tendo

estreado inúmeras obras de compositores

contemporâneos (muitas dessas obras gravadas

em CD). É frequentemente convidado para

orientar masterclasses de violino e viola,

bem como para integrar o júri dos principais

concursos e prémios de música em Portugal.

Marco Pereira

< VIOLONCELO

Laureado em inúmeros concursos nacionais

e internacionais como Prémio Jovens

Músicos Portugueses, «Liezen International

Wettbewerb für Violoncelo» (Áustria), «VI

Certamen de Música de Camara El Sardinero»

(Espanha), Concurso de Interpretação do

Estoril, entre outros. É violoncelo solo/

chefe de naipe na Orquestra Gulbenkian,

violoncelo do Quarteto de Cordas de

Matosinhos, Camerata Alma Mater e professor

de violoncelo na ANSO. Estreou mais de 20

obras para quarteto de cordas e violoncelo,

algumas já gravadas. Concluiu a licenciatura

na ANSO com Paulo Gaio Lima, depois de ter

começado os seus estudos musicais na EPMVC.

Posteriormente, ingressou na Escuela

Superior de Música Reina Sofia, em Madrid,

onde frequentou a classe de violoncelo com

Natalia Shakhovskaya, e música de câmara

com Rainer Schmidt. Trabalhou com grandes

nomes do violoncelo como Natalia Gutman, Gary

Hoffman, Phillipe Muller, Ivan Moneghetti,

Miklós Perényi, entre outros. Apresentou-se

a solo com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra

Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica

Portuguesa, Orquestra das Beiras, Joensuu

Orchestra (Finlândia), Orquestra do Atlantic

Music Festival (EUA), entre outras. Tem um

duo de violoncelo e piano com a sua esposa,

Joana David.

António Rosado

< PIANO

Dele disse a revista francesa Diapason que

é um «…intérprete que domina o que faz. Tem

tanto de emoção e de poesia, como de cor

e de bom gosto.»

António Rosado tem uma carreira reconhecida

nacional e internacionalmente, corolário

do seu talento e do gosto pela diversidade,

expressos num extenso repertório pianístico.

Estudou no Conservatório Nacional de Música

de Lisboa, partindo aos dezasseis anos para

Paris onde foi discípulo de Aldo Ciccolini

no Conservatório Superior de Música e nos

Cursos de Aperfeiçoamento em Siena e Biella.

Já se apresentou a solo inúmeras vezes com

orquestras nacionais e internacionais, e a

sua discografia contempla obras marcantes

do repertório para piano solo e de música de

câmara. Laureado pela Academia Internacional

Maurice Ravel e pela Academia Internacional

Perosi, pelo Concurso Internacional Vianna

da Motta e pelo Concurso Internacional

Alfredo Casella de Nápoles. Em 2007 foi

distinguido pelo Governo Francês com o grau

de Chevalier des Arts et des Lettres.

3


Joana Carneiro

< DIREÇÃO MUSICAL

E MAESTRINA TITULAR DA OSP

É maestrina titular da Orquestra

Sinfónica Portuguesa desde 2014 e diretora

artística do Estágio Gulbenkian para

Orquestra. Compromissos recentes e futuros

incluem a Philharmonia Orchestra, BBC

Philharmonic, BBC Symphony, Royal Stockholm

Philharmonic, Swedish Radio Symphony,

Helsinki Philharmonic, RTE Symphony, Hong

Kong Philharmonic e Gothenburg Symphony,

Óperas de Estocolmo, Copenhaga, Escócia e

Inglaterra. Colaborou com a Royal Liverpool

Philharmonic, Royal Philharmonic Orchestra,

Orchestre Philharmonique de Radio France,

Ensemble Orchestral de Paris, Orchestre de

Bretagne, Norrköping Symphony, Norrlands

Opera Orchestra, Residentie Orkest/Hague,

Malmo Symphony, Orquestra Nacional de

Espanha e Orquestra Sinfónica do Teatro

La Fenice na Bienal de Veneza. Na América

dirigiu a Los Angeles Philharmonic, Toronto

Symphony, Saint Paul Chamber Orchestra,

Detroit Symphony, Colorado Symphony,

Indianapolis Symphony, Los Angeles Chamber

Orchestra, entre outras. Dirigiu em 2010

Œdipus Rex/Symphony of Psalms, com encenação

de Peter Sellars, premiada com um «Helpmann

Award». Entre 2009 e 2018 foi diretora

musical da Orquestra Sinfónica de Berkeley.

Orquestra Sinfónica

Portuguesa

a sua presença nos seguintes acontecimentos:

8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos

transmitido pela Eurovisão para cerca

de quinze países (1996); concerto de

encerramento do 47. o Festival Internacional

de Música e Dança de Granada (1997);

concerto de gala da Abertura da Feira do

Livro de Frankfurt; concerto de encerramento

da Expo’98; Festival de Música Contemporânea

de Alicante (2000) e Festival de Teatro

Clássico de Mérida (2003). Colabora

regularmente com a Rádio e Televisão

de Portugal através da transmissão dos

seus concertos e óperas pela Antena 2,

designadamente a realização da tetralogia

O Anel do Nibelungo, transmitida na RTP2,

e da participação em iniciativas da própria

RTP, como no Prémio Pedro de Freitas Branco

para Jovens Chefes de Orquestra, no Prémio

Jovens Músicos-RDP e na Tribuna Internacional

de Jovens Intérpretes. No âmbito das

temporadas líricas e sinfónicas, a OSP

tem-se apresentado sob a direção de notáveis

maestros, como Rafael Frühbeck de Burgos,

Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda,

Harry Christophers, George Pehlivanian,

Michel Plasson, Krzysztof Penderecki,

Djansug Kakhidze, Milán Horvat, Jeffrey

Tate e Iuri Ahronovitch, entre outros.

A discografia da OSP conta com dois CD para

a etiqueta Marco Polo, com as Sinfonias

n. os 1, 3, 5 e 6 de Joly Braga Santos, que

gravou sob a direção do seu primeiro maestro

titular, Álvaro Cassuto, e Crossing borders

(obras de Wagner, Gershwin e Mendelssohn),

sob a direção de Julia Jones, numa gravação

ao vivo pela Antena 2. No cargo de maestro

titular, seguiram-se José Ramón Encinar

(1999-2001), Zoltán Peskó (2001-2004)

e Julia Jones (2008-2011); Donato Renzetti

desempenhou funções de primeiro maestro

convidado entre 2005 e 2007. Atualmente,

a direção musical está a cargo de

Joana Carneiro.

Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica

Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos

do Teatro Nacional de São Carlos e tem

vindo a desenvolver uma atividade sinfónica

própria, incluindo uma programação regular

de concertos, participações em festivais de

música nacionais e internacionais. No âmbito

de outras colaborações, destaque-se também

4


Fidelio, Abertura op. 72c

Triplo concerto em Dó Maior

para violino, violoncelo e piano op. 56

LUDWIG VAN BEETHOVEN

A obra de Ludwig van Beethoven tem sido consensualmente

dividida em três grandes períodos criativos. É por volta

de 1803 que se observa uma mudança fundamental na sua

conceção estilística, para aquele que é comummente tido

como o seu período médio, ou «heróico». Esta fase prolongar-se-ia

até cerca de 1812, tendo sido marcada por um novo

ímpeto criativo revelador da sua recuperação da prostração

causada pelo surgimento da sua surdez progressiva.

O próprio compositor se revelou insatisfeito com o que havia

produzido até aí, manifestando a sua vontade de seguir um

novo caminho. Trata-se assim de um período marcado pelo

aprofundamento da linguagem musical que havia herdado

de Haydn e Mozart, bem como pela composição de várias

obras em grande escala.

É do início desta fase que data a primeira versão da sua

única ópera. Designada então como Leonore, a sua estreia

teve lugar em Viena, a 20 de novembro de 1805, mas, por

circunstâncias várias, conheceria sucessivas revisões até à

estreia da sua versão definitiva — Fidelio —, a 23 de maio de

1814. A sua abertura passou igualmente por grandes transformações:

as primeiras versões, hoje conhecidas como

Leonore n. os 1, 2 e 3, levantavam alguns problemas, em particular

devido ao facto de anteciparem demasiado material

da própria ópera — o que em nada diminui o seu impacto

enquanto peças de concerto —, e para a versão final

Beethoven compôs uma nova abertura, mais compacta e efetiva.

Concebida em forma sonata, o afirmativo gesto inicial dá

lugar a um primeiro tema, enunciado pela trompa, e depois

da apresentação de uma nova ideia, na trompa e nas cordas,

há uma secção de desenvolvimento sintética, mas intensa.

A recapitulação conduz a uma coda estimulante que prepara

o terreno para o começo da ação.

O Triplo concerto em Dó Maior para violino, violoncelo e piano

op. 56, foi composto em 1803, publicado no ano seguinte e

estreado em 1808. Os problemas que a sua composição colocou

ao compositor levaram-no a procurar todo um conjunto

de soluções, resultando numa obra cujo interesse

reside não tanto na elaboração dramática do material musical

que se observa noutras peças coevas, mas mais na

conceção de sonoridades contrastantes, na interação entre

os diversos intervenientes e na sua coerência formal.

5


Injustamente menorizada, esta é afinal uma

obra em que Beethoven introduziu diversas

inovações a vários níveis, as quais abriram

caminho a realizações ulteriores.

O Allegro inicia-se com uma afirmação em

sotto voce, após o que, num tempo moderado

de marcha, floresce um tema de carácter

grandioso, reconhecidamente beethoveniano,

para cuja pompa contribui uma figura

pontuada recorrente. Este tema metamorfoseia-se

num segundo grupo temático, que

surge inesperadamente em Lá menor, e não

na Dominante. O violoncelo é o primeiro

solista a apresentar-se, com uma linha melódica

eloquente em que se assume como o

grande protagonista da obra. O violino e o

piano avultam também pela elegância com

que iluminam o contínuo desfiar do material

temático, variando-o e ampliando-o. Segue-

-se um surpreendentemente breve Largo,

em Lá bemol maior, no qual o trio de solistas

elabora uma série de variações sobre a melodia

expressiva apresentada inicialmente

pelo violoncelo, estabelecendo um diálogo

emotivo sobre um acompanhamento discreto.

Este andamento constitui afinal uma

grande introdução ao Rondo alla Polacca,

emblemático da moda aristocrática da época.

A um primeiro tema que se distingue pela

vitalidade da pulsação e pela subtileza das

oscilações harmónicas segue-se novo grupo

temático, constituído por uma figura ascendente

sobre os orgulhosos ritmos de polonaise,

bem como por uma ideia mais nobre

e expressiva. Regressa o ambiente inicial,

com a sua dança pavoneante, e o andamento

encerra com uma coda animada que traz as

últimas evocações do material temático.

Sinfonia n.º 5, Adagietto

GUSTAV MAHLER

Considerado hoje um dos mais destacados

compositores da sua geração, Gustav Mahler

representa um elo fundamental na transição

entre a tradição austro-germânica do século

xix e o modernismo do início do século xx.

No contexto da sua obra, destaca-se a atenção

especial que conferiu ao género sinfonia,

tendo desde o início procurado levar aos

seus limites as práticas estabelecidas, estimulado

particularmente pelos modelos de

Wagner, Brahms e Bruckner. Depois de um

primeiro período criativo (c.1880-1901) marcado

pelas íntimas e complexas relações

entre as obras notáveis que produziu no

domínio da sinfonia e da canção com piano

ou orquestra, observou-se, numa segunda

fase do percurso criativo do compositor

(c.1901-1908) — na qual se inserem as Sinfonias

n. os 5, 6 e 7 —, a tendência para um

afastamento da conceção programática da

música sinfónica, embora tal mudança não

seja tão radical como à primeira vista se

pudesse pensar.

A Sinfonia n.º 5 foi composta entre 1901 e

1902, pela mesma altura em que o compositor

conheceu e esposou Alma Schindler.

A sua estreia teria lugar em Colónia, sob a

direção do próprio Mahler, a 18 de outubro

de 1904, pouco após a sua publicação, mas

o compositor realizaria revisões ao nível

da orquestração até 1911. A obra é marcada

por várias idiossincrasias, como sejam o

plano tonal e a estruturação em cinco andamentos,

por sua vez organizados em três

partes. Entre essas peculiaridades conta-

-se também a conceção do 4.º andamento,

Adagietto. Sehr langsam, o qual, após um exuberante

Scherzo, vem introduzir uma profunda

mudança de atmosfera. Numa instrumentação

bastante simples e em claro contraste

com a complexa orquestração da obra

em geral, cabe apenas às cordas, pontuadas

pelo expressivo e quase improvisatório dedilhar

da harpa, enunciar uma melodia de

um lirismo terno e sonhador, como se de

uma canção sem palavras se tratasse. Perto

do final, o compositor remete para a sua canção

«Ich bin der Welt abhanden gekommen»

[«Estou perdido para o mundo»], dos Rückert

Lieder, citando a passagem em que se lê: «eu

vivo sozinho no meu céu, no meu amor, na

minha canção».

LUÍS M. SANTOS

6


FOTOGRAFIA

CONCERTO

Orquestra sinfónica portuguesa por ©SUSANA CHICÓ

BIOGRAFIAS

Marco Pereira por ©SUSANA NEVES

António Rosado por ©KRISTARELINA

Joana Carneiro por ©BRUNO SIMÕES

/

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO OPART

Presidente CONCEIÇÃO AMARAL

Vogais ANNE VICTORINO D’ALMEIDA E ALEXANDRE SANTOS

Diretora Artística do TNSC ELISABETE MATOS


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