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BATISMOS: Saindo dos extremos procurando o equilíbrio
vontade, o comum é não ficarmos. A sensação é de
que não temos a liberdade de um sócio, a liberdade
do pertencer.
Quando passa a ser sócio, você abre a
geladeira, entra na piscina, vai ao campo de futebol,
sem nenhum constrangimento ou com a
necessidade de pedir favores. Tudo fica mais fácil.
O batismo é a porta de entrada do pertencer,
do sentimento de que agora também sou “sócio”. Dá
liberdade de expressão, crescimento, ação. Você
pertence a um grupo; fez uma declaração pública e
isso o faz prosseguir, não regredir. É psicológico, e
funciona.
Hoje, em um mundo individualista, muitos
gostariam de ingressar em uma igreja só pelo senso
de pertencer, de ser aceito, amado. Quando
descobrem que a igreja pode oferecer muito mais
que isso – a salvação –, ficam maravilhados e nunca
mais querem sair desse cerco de proteção chamado
igreja.
Permita-me contar-lhe uma curta história: certa
ocasião, ao oferecer o batismo a uma pessoa que
frequentava a igreja, ela me disse: “Até que enfim
alguém está me convidando para fazer parte dessa
igreja. Tive que esperar um ano, frequentando todos
os cultos, para só então ser disponibilizado a mim o
convite de pertencer. Na verdade, o silêncio era tão
grande, que imaginei ter que esperar mais um ano
ou mais. Aceito o batismo. Aliás, – concluiu – é o
que eu mais quero.”
Parece ser mais fácil se associar a um clube
que a uma igreja, mas não deveria ser assim. É bem
verdade que o clube não corta privilégios, não
requer de você uma resposta moral, honesta, um
47- Edson Menegheze Bonetti