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Revista EXATO - Edição 23 - Março 2021

Fundada em 2019, a EXATO é, uma Revista Brasileira 100% Digital, produzida nos Estados Unidos, com foco na comunidade brasileira, com pautas sobre Política, Economia, Negócios e muito mais. A inspiração para criação da revista veio após um workshop criado para informar a comunidade brasileira residente nos Estado Unidos sobre as possibilidades de estudo, independente de status imigratório. O evento foi um sucesso e surgiu a ideia de levar informações para outras áreas que pudessem facilitar ou melhorar de alguma forma a vida do imigrante. Tempos depois, entendemos a necessidade de nos posicionar quanto ao nosso viés político e trazer mais informações nessa temática também.

Fundada em 2019, a EXATO é, uma Revista Brasileira 100% Digital, produzida nos Estados Unidos,
com foco na comunidade brasileira, com pautas sobre Política, Economia, Negócios e muito mais.

A inspiração para criação da revista veio após um workshop criado para informar a comunidade brasileira residente nos Estado Unidos sobre as possibilidades de estudo, independente de status imigratório. O evento foi um sucesso e surgiu a ideia de levar informações para outras áreas que pudessem facilitar ou melhorar de alguma forma a vida do imigrante.

Tempos depois, entendemos a necessidade de nos posicionar quanto ao nosso viés político e trazer mais informações nessa temática também.

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

1


2 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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3


ÍNDICE<br />

POLÍTICA<br />

14.<br />

Brasil: o que esperar<br />

de <strong>2021</strong>?<br />

EMPREENDEDOR DO MÊS<br />

22.<br />

Brasileira faz sucesso<br />

com produtos naturais<br />

da multinacional<br />

americana Young<br />

Living<br />

TECNOLOGIA<br />

28.<br />

Windows 7<br />

EMPREENDEDORISMO<br />

32.<br />

A hora para atualizar<br />

sua empresa é agora<br />

ECONOMIA<br />

46.<br />

A postura do banco<br />

central americano<br />

no início do governo<br />

Biden<br />

LINGUAGEM SILENCIOSA<br />

36.<br />

CAPA<br />

Luís Ernesto Lacombe:<br />

Na contramão da grande mídia<br />

50.<br />

A linguagem<br />

silenciosa das<br />

negociações<br />

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5


COLABORADORES<br />

Daniel<br />

Rohde<br />

CEO da revista<br />

<strong>EXATO</strong>, designer de<br />

marcas, catarinense,<br />

casado, formado em<br />

Administração pela<br />

Universidade Católica<br />

de Brasília. Gosta de<br />

ouvir música e<br />

tecnologia.<br />

@danielwrohde<br />

Simone<br />

Rohde<br />

Comercial da revista<br />

<strong>EXATO</strong>, paranaense,<br />

casada, formada em<br />

Administração pela<br />

Universidade Católica de<br />

Brasília, e pós-graduada<br />

em Administração com<br />

Ênfase em RH pela<br />

Unigran. Gosta de viajar,<br />

ler e escrever nas horas<br />

vagas.<br />

@simonewrohde<br />

Thaís P.<br />

Victorello<br />

Jornalista, assessora<br />

de imprensa, colunista<br />

social, produtora e editora<br />

chefe da revista <strong>EXATO</strong>;<br />

Paulistana, formada<br />

em jornalismo pela<br />

Universidade Cidade de<br />

São Paulo; cristã, casada<br />

e mãe de três filhos. Gosta<br />

de viajar e de estar com a<br />

família.<br />

@thaisvictorello<br />

Samuel<br />

Andrade<br />

Fotógrafo de casamentos,<br />

lifestyle e retrato. Com<br />

mais de 15 anos no<br />

mercado, venho buscando<br />

constantemente trazer<br />

para as pessoas uma<br />

experiência incrível,<br />

eternizando momentos<br />

através da arte da<br />

fotografia.<br />

@samuel.stp<br />

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7


EXPEDIENTE<br />

REVISTA MENSAL<br />

ANO 2 | EDIÇÃO <strong>23</strong><br />

MARÇO DE <strong>2021</strong><br />

CEO/FOUNDER:<br />

COMERCIAL:<br />

EDIÇÃO/DIAGRAMAÇÃO:<br />

DESIGNER GRÁFICO:<br />

AGÊNCIA DE PUBLICIDADE:<br />

JORNALISTA E EDITORA-CHEFE:<br />

FOTÓGRAFO:<br />

COLUNISTAS E ARTIGOS:<br />

Daniel Rohde<br />

Simone Rohde<br />

Daniel Rohde<br />

Daniel Rohde<br />

BRAUS Marketing Agency<br />

Thaís Partamian Victorello<br />

Samuel Andrade<br />

Thaís P. Victorello . Antônio J. Fonseca<br />

Fernanda Melo . Renato Gomes . Vernan Wolf<br />

Ricardo Ventura<br />

A REVISTA <strong>EXATO</strong> é uma publicação mensal.<br />

O conteúdo da revista, bem como artigos e<br />

anúncios são de inteira responsabilidade de<br />

seus autores e anunciantes.<br />

Pessoas sem registro em nosso expediente,<br />

não estão autorizadas a falar em nome da<br />

<strong>Revista</strong>. Na dúvida, entre em contato conosco.<br />

CAPA:<br />

Luis Ernesto Lacombe<br />

FOTO CAPA:<br />

Divulgação<br />

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Segunda a Sexta-Feira das 9:00 am às 5:00 pm<br />

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9


EDITORIAL<br />

CRIANDO<br />

SOLUÇÕES<br />

POR SIMONE ROHDE<br />

Você já percebeu que, assim como algumas ideias<br />

não colam, alguns negócios ou estratégias também<br />

não decolam? O livro que trazemos como<br />

sugestão de leitura para esse mês (pág. 5) discorre<br />

sobre essa temática, mas o artigo de tecnologia<br />

(pág. 28) também mostra como alguns produtos e/ou<br />

serviços também saem de mercado por não conseguirem<br />

solucionar um problema e assim conquistar o reconhecimento<br />

e respeito do público.<br />

E para oferecer soluções aos consumidores, as empresas,<br />

mais do que nunca, precisam se atualizar (pág.<br />

32). As tecnologias sobre as quais ouviremos muito este<br />

ano provavelmente não serão aparelhos sofisticados,<br />

como smartphones ou TVs de tela grande, mas coisas<br />

como software de trabalho e produtos de internet. A<br />

tecnologia já está substituindo lojas, por exemplo, com<br />

o crescimento do e-commerce e até mesmo lojas em<br />

redes sociais, como Facebook e Instagram. A ordem do<br />

ano é se atualizar para continuar - principalmente! - no<br />

mercado e com um modelo de negócio competitivo.<br />

E no meio das soluções que, como cidadãos, buscamos<br />

diariamente, está a reforma política. Um modelo de<br />

altos impostos ou no caminho da inflação, não agrada a<br />

ninguém. Aí veio a pandemia para “ajudar” e se soma a<br />

isso governantes com interesses próprios que deixam<br />

a população em segundo (ou terceiro, quarto?) plano.<br />

Como podemos conviver com esse sistema ou então<br />

contribuir para mudar o cenário? Na página 14, o artigo<br />

sobre Política traz uma reflexão sobre o cenário brasileiro<br />

e na coluna de Economia (pág. 46) o parecer dos economistas<br />

sobre o governo americano frente a medidas<br />

de recuperação da atual crise.<br />

E como já foi bem comprovado que as grandes e<br />

tradicionais mídias militam a favor de suas ideias ao invés<br />

de fazer um jornalismo sério e imparcial, trazemos<br />

uma figura que se destaca dentre esse meio como capa<br />

do mês: Luís Ernesto Lacombe. A entrevista ficou incrível,<br />

confira na página 36!<br />

Por último, trouxemos a história de uma brasileira que<br />

se destaca no empreendedorismo nos Estados Unidos<br />

(pág. 20) num dos setores que mais cresce atualmente:<br />

produtos naturais. Nunca sabemos de onde surgirá a<br />

próxima grande ideia empreendedora, o importante é<br />

ficar ligado nas tendencias, saber como negociar para<br />

fazer o empreendimento acontecer (pág. 50), se atualizando<br />

e estudando o mercado, solucionando a dor do<br />

consumidor, que a recompensa financeira é consequência<br />

garantida!<br />

Boa leitura,<br />

Simone Rohde<br />

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13


POLÍTICA<br />

BRASIL: O QUE<br />

ESPERAR DE <strong>2021</strong>?<br />

Uma democracia não pode ser instaurada por meios democráticos:<br />

para isso, ela teria de existir antes de existir.<br />

POR RENATO R. GOMES<br />

RENATO R. GOMES<br />

Mestre em Direito Público<br />

(UERJ05-07) Ex-oficial da<br />

Marinha do Brasil (EN90-<br />

93) e Escritor.<br />

@renatorgomesoficial<br />

Premissa elementar e geopoliticamente<br />

irrefutável: estamos<br />

numa guerra de quinta<br />

geração, pouco importando o<br />

achismo de cada um a seu respeito.<br />

Só não percebem os anestesiados<br />

ou hipnotizados: há dois lados nitidamente<br />

em combate. Apesar de<br />

se desenrolar em âmbito mundial,<br />

limitemo-nos ao território brasileiro.<br />

Quem seriam os contendores?<br />

O primeiro lado é denotado pelos<br />

defensores do globalismo: sujeitos<br />

difusos, provocadores, criminosos,<br />

inescrupulosos, maquiavélicos,<br />

psicopáticos, amorais, “espertos”,<br />

materialistas, ateístas. Tem-se por<br />

intocável e dono real do pedaço,<br />

controlador do governo, das instituições,<br />

do politicamente correto,<br />

das mentes alheias. Quem são seus<br />

componentes? Sem pretensão taxativa,<br />

destacam-se:<br />

i) Um sistema de justiça disfuncional,<br />

totalitário, ilegítimo, instrumento<br />

maior para o fomento, a<br />

manutenção e o agravamento da<br />

desordem pública, da insegurança<br />

jurídica e do caos socioeconômico.<br />

ii) Uma gama de políticos com<br />

mandato, que atua legislativamente<br />

em conluio com comparsas e companheiros<br />

das instituições de “justiça”.<br />

iii) Uma nata de advogados vexaminosos,<br />

gananciosos, antipatriotas,<br />

que, com a falsa máscara da legalidade<br />

encobrindo-lhes a cara de<br />

pau da desfaçatez, age temerariamente,<br />

em detrimento do respeito<br />

às regras de direito, das liberdades<br />

mais elementares, da vontade popular<br />

majoritária ora depositada no<br />

governo legitimamente constituído,<br />

do desenvolvimento do Brasil.<br />

iv) Uma imprensa sórdida, moralmente<br />

corrompida, ideologicamente<br />

doentia, partidária, militante,<br />

desinformativa, mentirosa, alienadora,<br />

meliante.<br />

v) Grande parcela de agentes<br />

públicos doutrinados, selecionados<br />

a dedo – por concurso ou indicação<br />

política – e que se apossou do Estado,<br />

incapaz de separar o público<br />

do privado; “progressista” amoral e<br />

intolerante com ideias e pensamentos<br />

contrários; pseudodemocrata,<br />

14 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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abusadora da autoridade inerente<br />

ao cargo; dissimulada, intelectualmente<br />

desonesta, construtora da<br />

novilíngua politicamente correta,<br />

manipuladora das leis e da constituição.<br />

vi) Pequena parcela de “policiais”<br />

que, “esquecendo-se” do seu<br />

papel de força auxiliar das Forças<br />

Armadas e de garantidora da ordem<br />

pública e das liberdades essenciais,<br />

implementa as ordens criminosas<br />

da chefia da ocasião, seja<br />

por medo, comodidade, covardia<br />

ou interesse inconfessável. A falta<br />

de sangue nas veias gera presumidamente<br />

amnésia: dever legal de<br />

jamais cumprir ordens ilícitas ou<br />

criminosas – como se diz na linguagem<br />

popular – “passa batido”.<br />

vii) Demais idiotas úteis (esquerdistas<br />

imbuídos, lutadores pela<br />

“causa”) e inúteis (“Maria vai com as<br />

outras”) de cabeças lavadas, espalhados<br />

por essas terras de Malboro,<br />

que aplaudem as idiossincrasias da<br />

trupe institucional, de “especialistas”<br />

integrantes de entidades privadas,<br />

ou de anônimos ainda camuflados<br />

numa coletividade sem rosto.<br />

Em comum a essa gente: todos<br />

absolutamente certos de que<br />

estão livres, leves e soltos para atacarem<br />

orquestrada, impunemente e<br />

com quaisquer meios imagináveis,<br />

o chefe do Poder Executivo, de governo<br />

e de Estado, seus ministros,<br />

seus apoiadores – pessoas físicas<br />

ou jurídicas – e, inclusive, as Forças<br />

Armadas, únicas e últimas bastiães<br />

de nossas liberdades; liberdades<br />

ora sob intensa opressão e agressão<br />

sem freios. Allan dos Santos<br />

e Oswaldo Eustáquio, Sara Winter<br />

e Roberto Jefferson, o general<br />

Pazuello e, inacreditavelmente, o<br />

próprio presidente da República,<br />

Jair Bolsonaro, chefe da Polícia<br />

Federal, já foram vítimas da banda<br />

podre policial. Banda podre que<br />

sequer processo administrativo<br />

responde pelos ilícitos que concretizam!<br />

Por quê?<br />

Essa massa de incontestes<br />

inimigos da nação atua como bem<br />

lhe convém, à margem ou não da<br />

lei. No fim das contas, o tal “ativismo<br />

judicial” segura as pontas soltas,<br />

valendo-se de sua pura vontade de<br />

poder, imposta e autocraticamente<br />

validada por uma doutrina ilógica,<br />

que idiotiza e aprisiona cognitivamente<br />

“99,99%” da população.<br />

Do outro lado da guerra, está<br />

aquele que maximamente representa<br />

a soberania popular: o presidente<br />

da República que, não por<br />

acaso, é o chefe supremo das Forças<br />

Armadas. Supostamente, já deu<br />

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15


POLÍTICA<br />

a entender que conhece bem o modus<br />

operandi pilantra dos inimigos<br />

do Brasil e saberá o que fazer, acaso<br />

o avanço ousado e abusado aproxime-se<br />

da trincheira presidencial e<br />

popular.<br />

Junto ao Bolsonaro, encontram-se<br />

em torno de 70% do povo<br />

brasileiro, trabalhador, conservador,<br />

teísta. Povo este que lhe assegura<br />

o poder constituinte originário, de<br />

direito ou de fato, para fazer o que<br />

tiver que ser feito, sempre e quando<br />

entender oportuno à garantia de<br />

suas prerrogativas e competências<br />

legais e constitucionais, e, sobretudo,<br />

das liberdades individuais. Mas<br />

povo desarmado, passivo, assustado,<br />

acostumado a ser docilmente<br />

subjugado à força por ilicitudes diversas,<br />

reiteradamente patrocinadas<br />

por agentes públicos e, em especial,<br />

da “justiça”.<br />

Compreensível: se “99,99%”<br />

dizem “amém” para qualquer espirro<br />

togado e mesmo que aberrante,<br />

por estarem cognitivamente encarcerados<br />

e mentalmente tolhidos,<br />

fácil, por exemplo, para agentes<br />

inimigos que “governam” estados<br />

e municípios, também se autocolocarem<br />

acima da lei e, por decretos,<br />

partirem para cima do povo “irresponsável”<br />

que insista em trabalhar<br />

ou empreender para garantir o autossustento<br />

ou o sustento de sua<br />

família.<br />

Se o trabalho e a livre iniciativa<br />

são fundamentos da República, isto<br />

é um “detalhe” de somenos importância<br />

constitucional. Associados<br />

à capa preta e aos policiais carecedores<br />

de transfusão sanguínea,<br />

e confiantes na paralisia cognitiva<br />

do povo de bem e dos que democrática<br />

e legitimamente o representam,<br />

esses “governantes” ficam<br />

imbatíveis. Ao menos enquanto o<br />

imponderável não der o ar de sua<br />

graça, fazendo valer a lei universal<br />

“as ações são opcionais; as consequências,<br />

compulsórias”.<br />

Expostos resumidamente o<br />

cenário e os agentes da guerra não<br />

convencional em pleno vapor, não<br />

declarada, tida por muitos como<br />

“teoria da conspiração”, e que infelizmente<br />

pouquíssimos enxergam,<br />

volto à pergunta do título: o que esperar<br />

de <strong>2021</strong>?<br />

Obviedades, a depender de<br />

quem vencer a guerra. E nem se<br />

venha com a extrema alegação utópica,<br />

inocente e inconscientemente<br />

embasada no politicamente correto<br />

(“democracia”, “democracia”,<br />

“democracia”…), de acreditar que o<br />

Brasil encerrará o período mais tenebroso<br />

de sua história e passará<br />

a prosperar, devido a novos ares<br />

produzidos em razão da vitória do<br />

Rodrigo Pacheco e do Arthur Lira<br />

para a presidência do senado e da<br />

câmara, da potencial indicação da<br />

Bia Kicis para a presidência da Comissão<br />

de Constituição e Justiça<br />

da câmara, da aprovação de um ou<br />

outro projeto de lei ou proposta de<br />

emenda constitucional, dentre outros<br />

eventos políticos meramente<br />

secundários, ilusórios e desviantes<br />

da causa da distopia Brasil.<br />

A causa, amigo leitor, amiga<br />

leitora, talvez esteja passando despercebida.<br />

Explicável: o aprisionamento<br />

cognitivo praticamente nos<br />

impede de desvelá-la. Eis o cancro:<br />

o golpe de estado consumado e<br />

dissimulado por defraudamento<br />

constitucional, via manipulação semântica<br />

da linguagem e do conteúdo<br />

de princípios, e a imanente ruptura<br />

do estado de direito, via ativismo<br />

judicial atentatório à independência<br />

entre os Poderes, ao regime com<br />

pretensão democrática, à federa-<br />

16 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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ção, às liberdades fundamentais, à<br />

segurança nacional. A banalização<br />

generalizada do ilícito, a certeza psicológica<br />

e jurídica da impunidade, e<br />

o que se vem fazendo com a pessoa<br />

do chefe de Estado, com a instituição<br />

Presidência da República e<br />

com as mais básicas das liberdades<br />

individuais – tais como as de se expressar<br />

e se autossustentar -, falam<br />

por si.<br />

Sem adentrar mais a fundo no<br />

bombardeado chiqueiro tupiniquim,<br />

especificando ou apontando coisas<br />

que poderiam ser efetivadas para<br />

retirar o país das garras do arbítrio<br />

de gente que, numa democracia<br />

de verdade, deveria estar vendo o<br />

“sol nascer quadrado”, fecho com<br />

as palavras do professor Olavo de<br />

Carvalho. Para um bom entendedor,<br />

são mais do que suficientes para o<br />

despertar da consciência política e<br />

para um senso de realidade.<br />

“Uma democracia não pode ser<br />

instaurada por meios democráticos:<br />

para isso, ela teria de existir antes de<br />

existir. Nem pode, quando moribunda,<br />

ser salva por meios democráticos:<br />

para isso, teria de continuar<br />

saudável enquanto vai morrendo. O<br />

assassino da democracia leva sempre<br />

vantagem sobre os defensores<br />

dela. Ele vai suprimindo os meios<br />

de ação democráticos e, quando alguém<br />

tenta salvar a democracia por<br />

outros meios – os únicos possíveis-,<br />

ele o acusa de antidemocrático. É<br />

assim que os mais pérfidos inimigos<br />

da democracia posam de supremos<br />

heróis da vida democrática.”<br />

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19


EMPREENDEDOR DO MÊS<br />

BRASILEIRA FAZ SUCESSO<br />

COM PRODUTOS NATURAIS DA<br />

MULTINACIONAL AMERICANA<br />

YOUNG LIVING<br />

Com mestrado, doutorado e pós-doutorado, Larissa largou o<br />

consultório dentário e hoje se dedica a empresa da família e a<br />

multinacional de produtos naturais<br />

POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO<br />

@thaisvictorello<br />

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, a cirurgiã<br />

dentista e empreendedora Larissa Durão Duarte<br />

Vilela, cresceu no Espírito Santo e reside nos<br />

Estados Unidos desde 2012, mas sua trajetória<br />

como imigrante teve início no Canadá, onde morou por<br />

11 anos e se dedicou aos estudos, fazendo mestrado,<br />

doutorado e pós-doutorado em Montreal, maior cidade<br />

da província de Quebec.<br />

Mesmo com uma carreira promissora na área<br />

odontológica, Larissa decidiu investir também em seu<br />

lado empreendedor. Já residindo no estado americano<br />

de Connecticut, Vilela assumiu o comando de uma escola<br />

de paraquedismo juntamente com o marido, o empresário<br />

brasileiro Mauricio Galante.<br />

Oriunda de uma família com histórico bem sucedido<br />

na área de empreendedorismo, essa foi apenas a<br />

primeira oportunidade de empreender na “Terra do Tio<br />

Sam”.<br />

Tempos depois o casal vendeu a escola de paraquedismo<br />

e mudou-se para o Texas, onde adquiriam um<br />

centro de golfe, o Golf Center of Arlington.<br />

Realizada na vida pessoal e profissional, ao buscar<br />

qualidade de vida e melhora na saúde dos dois filhos do<br />

casal, Larissa conheceu uma empresa de óleos essenciais<br />

e produtos naturais, da qual se tornou cliente. E ao<br />

ficar impressionada com os resultados obtidos na saúde<br />

e bem estar de toda a família, decidiu investir e se tornar<br />

parceira da empresa Young Living, uma multinacional<br />

fundada no estado americano de Utah, em 1993, com<br />

uma linha completa com mais de 600 produtos, desde<br />

óleos essenciais até produtos de higiene e cuidados<br />

pessoais, para adultos e crianças. A empresa está presente<br />

em mais de 150 países, inclusive no Brasil, sendo<br />

referência no mercado de produtos naturais, a base de<br />

plantas e sem aditivos químicos. Hoje Larissa lidera uma<br />

equipe de consultores no Brasil e nos EUA.<br />

20 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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PERFIL<br />

NOME:<br />

Larissa Durão Duarte Vilela<br />

NATURALIDADE:<br />

Rio de Janeiro (RJ)<br />

RESIDENTE:<br />

Arlington, Texas - USA<br />

RAMO DE ATIVIDADE:<br />

Produtos naturais<br />

REDES SOCIAIS:<br />

@divasdosoleos<br />

WEBSITE:<br />

www.tinyurl.com/yllarissa<br />

FRASE DE SUCESSO:<br />

“Sucesso é fazer bem feito e com<br />

amor o que te faz feliz, independente<br />

do que seja! E pode ser<br />

que o que te faça feliz hoje não é<br />

o mesmo que te fazia feliz há 10<br />

anos atrás, e está tudo bem!”<br />

Nascida no Rio de Janeiro e morando<br />

no Texas, Larissa Vilela lidera uma equipe<br />

de consultores no Brasil e nos EUA.<br />

Foto: Divulgação<br />

Larissa D. Vilela<br />

Empresária<br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

21


EMPREENDEDOR DO MÊS<br />

Na entrevista a seguir você vai<br />

conhecer um pouco mais da trajetória<br />

bem sucedida da empresária carioca,<br />

que abriu mão da odontologia<br />

para trilhar uma história de sucesso<br />

como empresária, investindo em<br />

um ramo em que ela se apaixonou e<br />

que, devido a flexibilidade de tempo,<br />

consegue conciliar com os afazeres<br />

de casa e a empresa da família.<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual foi a sua primeira<br />

oportunidade profissional nos<br />

EUA?<br />

Larissa Vilela: Foi em uma escola<br />

de paraquedismo (sim, eu saltava<br />

de paraquedas). Meu marido era<br />

instrutor de paraquedismo e tínhamos<br />

a escola há alguns anos, mas<br />

só pude me dedicar 100% quando<br />

me mudei definitivamente para os<br />

Estados Unidos após finalizar o pós-<br />

-doutorado e nosso primeiro filho<br />

ter nascido.<br />

<strong>EXATO</strong>: Na sua família existem<br />

outros empreendedores?<br />

Larissa Vilela: Meus avô paterno<br />

e materno foram, na minha opinião,<br />

grandes empreendedores. Um<br />

possuía o mercado popular numa<br />

cidadezinha do interior, e o outro<br />

empreendeu na área de pecuária,<br />

começou comprando e vendendo<br />

gado.<br />

<strong>EXATO</strong>: Como surgiu a ideia de<br />

se tornar uma empreendedora?<br />

Larissa Vilela: Teve um período<br />

na minha adolescência que minha<br />

mãe fazia pães para fora e eu e<br />

meus irmãos vendíamos na escola.<br />

Na época de faculdade também<br />

me aventurei vendendo produtos<br />

de beleza para ajudar com minhas<br />

despesas pessoais. Acho que todas<br />

essas experiências foram válidas<br />

para o que sou hoje.<br />

<strong>EXATO</strong>: Para você qual é a maior<br />

Larissa é casada com o também empresário<br />

dificuldade em ser um imigrante<br />

e empreender nos EUA?<br />

Mauricio Galante - Foto: Arquivo pessoal<br />

Larissa Vilela: Creio que a maior<br />

dificuldade é a adaptação ao modelo<br />

de negócio americano. Não<br />

que seja um modelo difícil, mas é<br />

bem diferente do modelo brasileiro,<br />

afinal são culturas e leis bem diferentes.<br />

As oportunidades para empreender<br />

aqui no EUA são incríveis,<br />

o sistema na minha opinião é muito<br />

menos burocrático, mais rápido e<br />

mais transparente que no Brasil.<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual foi a sua primeira<br />

oportunidade de empreender<br />

nos EUA?<br />

22 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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Larissa Vilela: A primeira grande<br />

oportunidade foi a aquisição de um<br />

centro de golf no Texas. Foi um salto<br />

bem grande que dei na vida empreendedora<br />

e uma grande aventura.<br />

Eu e meu marido vendemos a<br />

escola de paraquedismo em Connecticut<br />

e resolvemos mudar de<br />

ramo. Encontramos esse centro de<br />

golf que já estava à venda há quase<br />

2 anos, um lugar largado e sem<br />

manutenção nenhuma, mas o dono<br />

queria uma “fortuna” aos olhos dos<br />

outros. Nós vimos além, e vimos<br />

o potencial daquele lugar e sem<br />

pensar muito, nos mudamos para o<br />

Texas e compramos o Golf Center of<br />

Arlington (a história da compra daria<br />

uma outra entrevista).<br />

<strong>EXATO</strong>: Atualmente uma das<br />

suas áreas de atuação é produtos<br />

voltados para a saúde e<br />

o bem estar. Quais os produtos<br />

dessa linha?<br />

Larissa Vilela: Além de proprietária<br />

do Golf Center of Arlington,<br />

também sou uma parceira da marca<br />

(brand parter) da Young Living.<br />

Essa empresa possui mais de 600<br />

produtos, desde óleos essenciais a<br />

produtos de beleza, produtos para<br />

crianças e bebês, para animais de<br />

estimação, uso pessoal, e produtos<br />

de limpeza, entre outros.<br />

<strong>EXATO</strong>: Como surgiu o interesse<br />

e a oportunidade de trabalhar<br />

com a Young Living?<br />

Atualmente a Young Living está presente em<br />

Larissa Vilela: O interesse pelo<br />

uso dos óleos essenciais veio quando<br />

eu procurava por meios de melhorar<br />

a saúde dos meus filhos. Ouvi<br />

falar dos óleos através de uma amiga,<br />

e após um ano de muita leitura e<br />

busca por informações, resolvi adquirir<br />

os óleos para ajudar a melhorar<br />

a saúde do meu filho que já frequentava<br />

escola e minha filha que<br />

na época tinha 1 ano e tinha asma.<br />

Os resultados foram tão impressionantes<br />

que com o tempo passei a<br />

usá-los não apenas nos meus filhos<br />

mas em mim, em parentes e amigos.<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual o diferencial dela<br />

para as demais que atuam no<br />

mesmo ramo?<br />

Larissa Vilela: O grande diferencial<br />

na minha opinião é a seriedade<br />

e excelência em tudo que a empresa<br />

faz. Gary Young, o fundador da<br />

empresa (já falecido), sempre estudou<br />

muito sobre as plantas e os óleos<br />

essenciais, foi sua grande paixão,<br />

e ele passou isso para a empresa.<br />

E é visível a todos que se juntam a<br />

Young Living.<br />

<strong>EXATO</strong>: Há quanto tempo você<br />

trabalha com essa empresa e<br />

qual é o seu atual cargo nela?<br />

Larissa Vilela: Estou com a<br />

Young Living há 4 anos. Nos dois primeiros<br />

anos eu apenas consumia o<br />

produto, mas após ser apresentada<br />

mais de 150 países - Foto: Divulgação<br />

a possibilidade de me tornar um<br />

parceiro da marca e fazer o negócio<br />

resolvi tentar.<br />

<strong>EXATO</strong>: Quais os principais benefícios<br />

dos produtos?<br />

Larissa Vilela: Os benefícios são<br />

inúmeros que fica até difícil de citá-<br />

-los, mas são todos voltados para o<br />

bem-estar, uma vida mais saudável<br />

com produtos naturais, mais qualidade<br />

de vida e consequentemente<br />

uma melhor saúde.<br />

<strong>EXATO</strong>: Você já fazia uso de óleos<br />

essenciais ou passou a conhecer<br />

a partir dessa empresa?<br />

Larissa Vilela: Eu já havia ouvido<br />

falar dos óleos essenciais mas nunca<br />

havia usado. Desde pequena fui<br />

tratada com homeopatia e fitoterápicos,<br />

então cresci sabendo da importância<br />

de tratamentos naturais.<br />

Também cuidava dos meus filhos<br />

por meios naturais. Ao ouvir falar<br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

<strong>23</strong>


EMPREENDEDOR DO MÊS<br />

pressionada com os resultados e já<br />

comentava com várias pessoas. Então<br />

fiquei sabendo da possibilidade<br />

de fazer uma renda extra apenas<br />

compartilhando os benefícios que<br />

eu obtive usando os óleos essenciais.<br />

<strong>EXATO</strong>: Onde o consumidor<br />

pode encontrar os produtos para<br />

compra?<br />

Larissa Vilela: A Young Living<br />

é uma empresa de marketing multinível,<br />

e os produtos podem ser<br />

adquiridos online no próprio site da<br />

empresa. O ideal é usar o link de referência<br />

ou número da pessoa que<br />

te indicou os produtos, pois dessa<br />

maneira a pessoa poderá sempre<br />

te auxiliar. Estou à disposição para<br />

ajudar quem tiver interesse em saber<br />

mais ou adquirir os produtos da<br />

Young Living.<br />

Apaixonada por produtos naturais, Vilela escolheu a Young Living pela excelência<br />

nos produtos e a possibilidade de flexibilidade no trabalho - Foto: Priscila Vilela<br />

sobre os óleos, por ser pesquisadora,<br />

comecei a ler bastante sobre<br />

o assunto, sobre a procedência dos<br />

óleos, sobre as diferentes marcas, e<br />

acabei optando pela Young Living.<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual produto é considerado<br />

atualmente o “carro chefe”<br />

da marca?<br />

Larissa Vilela: Eu pessoalmente<br />

acho que é a linha Thieves. O thieves<br />

é uma mistura dos óleos essenciais<br />

de cravo, canela, eucalipto,<br />

limão siciliano e alecrim. Por ser tão<br />

popular, há uma linha de produtos<br />

totalmente naturais para uso pessoal<br />

como pasta de dente, fio dental,<br />

sabonete, bem como uma linha de<br />

produtos para limpeza, como sabão<br />

para lavar louça, roupas, e limpeza<br />

em geral. É realmente uma linha incrível<br />

e ideal para quem procura se<br />

livrar de substâncias químicas e tóxicas<br />

no dia-a-dia.<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual é o público alvo da<br />

marca?<br />

Larissa Vilela: Pessoas que buscam<br />

um estilo de vida mais saudável<br />

com menos remédios farmacêuticos<br />

e mais produtos naturais. Pessoas<br />

que reconhecem os malefícios<br />

dos produtos químicos presentes<br />

na maioria dos produtos pessoais e<br />

de limpeza que se consomem atualmente.<br />

<strong>EXATO</strong>: Como surgiu a ideia em<br />

trabalhar nesse ramo?<br />

Larissa Vilela: A ideia surgiu<br />

após quase 2 anos usando os óleos<br />

essenciais. Estava realmente im-<br />

<strong>EXATO</strong>: Quais são seus projetos<br />

profissionais para o decorrer de<br />

<strong>2021</strong>?<br />

Larissa Vilela: No Golf Center of<br />

Arlington estamos planejando dar<br />

início a construção de um hotel temático<br />

estilo resort, e será o primeiro<br />

hotel nos Estados Unidos com<br />

sua própria driving range. O projeto<br />

é único e está incrível! Na Young<br />

Living os planos são de expandir<br />

minha equipe nos Estados Unidos<br />

e nos países onde tenho parceiros.<br />

Principalmente no Brasil, onde<br />

a empresa chegou a pouco tempo,<br />

mas tem crescido rapidamente.<br />

<strong>EXATO</strong>: Para você o que é o sucesso?<br />

Larissa Vilela: Sucesso e fazer<br />

bem feito e com amor o que te faz<br />

feliz, independente do que seja! E<br />

pode ser que o que te faça feliz hoje<br />

não é o mesmo que te fazia feliz há<br />

10 anos atrás, e está tudo bem!<br />

24 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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27


TECNOLOGIA<br />

WINDOWS 7<br />

O fim de uma era!<br />

POR ANTÓNIO J. FONSECA<br />

ANTÓNIO J. FONSECA<br />

Arquiteto, Analista de<br />

Sistemas, Auditor de<br />

Sistemas da Qualidade e<br />

Segurança da Informação,<br />

Consultor de Empresas,<br />

criador do treinamento<br />

Empreenda-se e CEO<br />

da bITs Tech Solutions.<br />

@antoniojfonseca<br />

Depois de quase 12 anos (lançado<br />

em julho de 2009), a<br />

Microsoft decretou o fim do<br />

Windows 7. Aliás, os usuários,<br />

ou boa parte deles, também. O suporte<br />

ao sistema já tinha sido encerrado<br />

em 2014, mas muita gente<br />

continuava, ou continua a usá-lo,<br />

por vários motivos: parque tecnológico<br />

ultrapassado, com máquinas<br />

mais antigas, com processadores<br />

lentos e pouca memória, sistemas<br />

e aplicativos desenvolvidos especificamente<br />

nesse sistema e com<br />

alto custo de adequação às novas<br />

versões... Os motivos variam.<br />

Mas o fato é que o Windows,<br />

desde sua criação, no final dos anos<br />

1970, sempre apresentou falhas de<br />

segurança e problemas de estabilidade.<br />

E na versão 7, não foi diferente,<br />

apesar de muitas melhorias terem<br />

sido feitas pela Microsoft. Ainda<br />

assim, o sistema continuava a usar<br />

um modo de funcionamento muito<br />

“promiscuo”, permitindo a execução<br />

de tarefas importantes sem a verificação<br />

de identidade e permissão<br />

do usuário.<br />

Já escrevi aqui nesta coluna<br />

sobre os modos de operação dos<br />

sistemas operacionais Windows,<br />

MacOS e Linux, sendo que o Windows<br />

é o único que funciona em<br />

modo desprotegido, onde qualquer<br />

usuário (e o usuário padrão da instalação)<br />

é administrador do sistema,<br />

a menos que seja alterado manualmente.<br />

A Microsoft, depois de muito<br />

tempo, resolveu alterar isso um<br />

pouco, passando a exigir que os<br />

usuários entrem a confirmação<br />

de execução de algumas tarefas.<br />

Ainda assim, esta alteração não<br />

resolveu a principal questão de segurança,<br />

que é o acesso de vírus e<br />

programas maliciosos ao núcleo do<br />

sistema.<br />

Além disso, a criptografia de<br />

senhas do Windows é fraca, permitindo<br />

a fácil quebra por ataque de<br />

força bruta. E foi isso que aconteceu<br />

recentemente aqui nos Estado<br />

Unidos, numa cidade de cerca de 15<br />

mil habitantes, Oldsmar. Um hacker<br />

conseguiu acessar um computador<br />

que executava Windows 7 e, além<br />

dos problemas intrínsecos ao Windows<br />

e já mencionados, o computador<br />

não estava atrás de nenhum<br />

firewall. Acontece que esse computador<br />

era de uma estação de tratamento<br />

de água da cidade.<br />

28 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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Nós já vimos esse filme.<br />

Mesmo! Numa das aventuras do policial<br />

John McLane, vivido por Bruce<br />

Willis no cinema, em Die Hard (ou<br />

Duro de Matar, em Português), ele<br />

tem que lidar com um grupo terrorista<br />

liderado por um genial e genioso<br />

criminoso cibernético que invade<br />

o sistema de controle da energia<br />

elétrica, água, sinais de trânsito etc e<br />

exige resgate... Bem, o nosso hacker<br />

de Oldsmar não pediu resgate. Nem<br />

tinha uma estruturada organização<br />

criminosa por trás, mas poderia ter<br />

causado graves problemas aos moradores<br />

da cidade.<br />

Depois de conseguir invadir<br />

o computador com Windows 7, ele<br />

iniciou uma sessão do TeamViewer,<br />

software utilizado por profissionais<br />

de TI para acesso e controle remoto<br />

da computadores, para manutenção<br />

ou execução de tarefas sem<br />

terem que ir ao local físico daquele<br />

equipamento.<br />

A partir desse acesso e com<br />

o TeamViewer, o hacker teve acesso<br />

a um segundo computador, que<br />

tinha como função controlar a dispensação<br />

de químicos na água durante<br />

o tratamento, para purificá-la<br />

e torná-la potável. Um desse químicos<br />

é o NaOH, ou hidróxido de sódio.<br />

Você não sabe o que é? Soda cáustica!<br />

É verdade. Nós bebemos soda<br />

cáustica na água que ingerimos. Ela<br />

é usada para eliminar metais pesados<br />

da água e ajustar a alcalinidade.<br />

Mas isso em doses “homeopáticas”,<br />

como se diz. A concentração normal<br />

de NaOH na água é de 100 partes<br />

de NaOH por 1.000.000 de partes<br />

de água. Em quantidades elevadas,<br />

o NaOH (soda cáustica) provoca<br />

diversos problemas, podendo até<br />

matar. E o nosso hacker em questão,<br />

ficou com acesso livre ao computador<br />

durante 5 minutos, tempo mais<br />

do que suficiente para alterar a concentração<br />

de soda cáustica de 100<br />

para 11.100 partes por milão. Mil e<br />

cem vezes mais do que o adequado.<br />

Felizmente, o sistema, ao contrário<br />

do Windows, tinha (e tem) algumas<br />

proteções. Uma delas é um retardo,<br />

fazendo que qualquer mudança<br />

nas concentrações de químicos<br />

para o tratamento da água só ocorra<br />

24 horas após a alteração. Outra<br />

proteção é que qualquer alteração<br />

emite um e-mail para o supervisor<br />

da estação.<br />

Neste caso, por sorte maior<br />

ainda, um funcionário estava em outro<br />

computador e percebeu quando<br />

o TeamViewer foi ativado para controle<br />

do computador dosador. Ao<br />

perceber isso, ele avisou o supervisor<br />

da estação e ambos verificaram<br />

o alteração, revertendo o processo<br />

e evitando que uma tragédia pudesse<br />

acontecer.<br />

E deixe eu te dizer uma coisa:<br />

esse ataque não foi um caso isolado.<br />

Casos semelhantes de invação<br />

a computadores de empresas com<br />

segurança fraca e sem proteções físicas/lógicas,<br />

como um firewall bem<br />

configurado, são frequentes. E após<br />

a reveleção dessa tentativa de envenenamento<br />

da água, expondo a<br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

29


TECNOLOGIA<br />

fragilidade do Windows 7 (ok, a falta<br />

do firewall ajudou bastante) acarretou<br />

um grande movimento de usuários<br />

em busca de atualizarem seus<br />

computadores para o Windows 10.<br />

A Microsoft também publicou uma<br />

nota em que pede aos usuários que<br />

descontinuem o uso do W7 e migrem<br />

o mais rápido possível para o<br />

Win10.<br />

Mais um exemplo de ataques<br />

com consequências bem perigosas<br />

fou um ataque realizado contra<br />

um hospital de Worcester, MA no<br />

final de 2019. Hackers conseguiram<br />

acesso aos computadores do hospital<br />

e tiveram acesso a informações<br />

confidenciais de saúde de milhares<br />

de pacientes, além de terem<br />

implantado um ransomware, tipo de<br />

vírus que “sequestra” o computador<br />

para obrigar os proprietários a<br />

pagarem resgate para liberação do<br />

acesso.<br />

No caso do hospital, o acesso<br />

só foi restaurado cerca de um<br />

mês após o início do ataque. A informação<br />

é de que não houve pagamento<br />

de resgate, mas que a equipe<br />

de TI conseguiu isolar a rede do<br />

hospital e formatar os computadores<br />

infectados (inclusive servidores),<br />

usando um backup. No entanto descobriram<br />

que o backup não estava<br />

sendo executado de forma correta<br />

e muitas innformações foram perdidas,<br />

obrigando muitos pacientes a<br />

retornarem para refazer exames.<br />

Então não deixe seu computador<br />

e suas informações “nas mãos<br />

da sorte”. Proteja-se, mantendo seu<br />

computador atualizado e com anti<br />

virus, além de usar senhas fortes. E<br />

se você tem empresa e depende<br />

do usol de computadores, invista<br />

em segurança e proteção. Lembre-<br />

-se: “Gasto com proteção de dados<br />

é sempre visto como excessivo. Até<br />

o dia em não é suficiente.”<br />

Um grande abraço e até à<br />

próxima edição.<br />

30 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

31


EMPREENDEDORISMO<br />

A HORA PARA<br />

ATUALIZAR SUA<br />

EMPRESA É AGORA<br />

Existem atualizações e tendências que podem fazer a diferença<br />

e impulsionar sua empresa em <strong>2021</strong>.<br />

POR FERNANDA MELO<br />

FERNANDA MELO<br />

Consultora de Empresas<br />

@femelo.co<br />

Se já existiam razões para uma<br />

empresa se atualizar no início<br />

de 2020, em <strong>2021</strong> elas se<br />

multiplicaram. Pelo menos é o<br />

que diz Bernard Marr, da Enterprise<br />

Tech, uma empresa que ajuda<br />

as empresas a entender as últimas<br />

tendências e tecnologias e oferece<br />

orientação sobre como preparar<br />

seus negócios para elas. De acordo<br />

com ele, existem atualizações e tendências<br />

que podem fazer a diferença<br />

e impulsionar uma empresa em<br />

<strong>2021</strong>. Muitas delas já estavam em<br />

evidência antes da pandemia, mas<br />

a crise gerada pelos lockdowns<br />

deu o empurrão para que as mudanças<br />

fossem quase imediatas.<br />

A primeira possível atualização<br />

que Bernard cita é a mais famosa<br />

tendência do período dos lockdowns:<br />

Trabalhar em casa. Embora<br />

essa mudança fosse inicialmente<br />

forçada pela pandemia para milhões<br />

de empresas, esse experimento inicial<br />

acabou ensinando para os empreendedores<br />

as vantagens de um<br />

modelo de negócio remoto. Será<br />

que ainda vale a pena investir todo o<br />

tempo, capital e energia com o antigo<br />

modelo dos escritórios? A maior<br />

lição da mudança foi que algumas<br />

empresas experimentaram um aumento<br />

na produtividade quando<br />

sua força de trabalho se distanciou.<br />

A alta produtividade surpreendeu<br />

alguns empresários que antes da<br />

pandemia, tinham receio de um modelo<br />

de negócio a distância. Portanto,<br />

em <strong>2021</strong>, as empresas precisam<br />

32 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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eimaginar seu modelo de negócio,<br />

a partir, obviamente, de todos os números<br />

e dados extraídos do tempo<br />

de trabalho remoto.<br />

Por falar em números e dados<br />

extraídos, uma segunda atualização<br />

recomendada é justamente aprimorar<br />

e valorizar ainda mais os dados.<br />

Google, Facebook e Instagram estão<br />

aí para provar que os dados de<br />

um cliente são o maior ativo de uma<br />

empresa. Essas empresas aproveitaram<br />

esses dados para entender<br />

melhor seus clientes e melhorar sua<br />

tomada de decisão e é exatamente<br />

por isso que elas estão claramente<br />

superando todas as outras. Duas<br />

questões devem ser consideradas<br />

quando o assunto é atualizar a forma<br />

como uma empresa cuida dos<br />

dados dos seus clientes.<br />

A primeira questão é a segurança,<br />

esses dados precisam da<br />

mais alta segurança. Na maioria das<br />

vezes esses dados estão arquivados<br />

em “cloud” ou armazenamento<br />

remoto como Google Drive, por<br />

exemplo. Isso facilita o acesso para<br />

hackers, por isso a recomendação<br />

é que os dados de clientes sejam<br />

protegidos por sistemas de segurança<br />

como múltiplas senhas e a<br />

autenticação de dois fatores.<br />

A segunda questão é organizar<br />

esse emaranhado de dados,<br />

de modo a obter a informação necessária<br />

para tomada de decisão<br />

a partir deles. Isso também requer<br />

um investimento em sistemas que<br />

possam processar, analisar e armazenar<br />

de forma eficiente e eficaz o<br />

fluxo de dados.<br />

Por último, mas não menos<br />

importante, é a automação. Automação<br />

é uma das principais recomendações<br />

de consultores de empresas<br />

para <strong>2021</strong>.<br />

Ela tem o potencial de reduzir<br />

custos, aumentar a produtividade e<br />

melhorar o atendimento ao cliente.<br />

Já houve algumas mudanças nessa<br />

direção de armazéns, cadeias de<br />

suprimentos, veículos autônomos,<br />

caminhões e navios, bem como<br />

chatbots que estão dominando em<br />

alguns segmentos o atendimento<br />

ao cliente. A tendência é que a automação<br />

seja ampliada em quantos<br />

sistemas operacionais forem possíveis.<br />

Além dessas tendências de<br />

atualizações na área tecnológica,<br />

existem novas tendências de mercado<br />

que estão mudando a forma<br />

como as empresas se relacionam<br />

com seus clientes. Existem atualizações<br />

recomendadas e necessárias<br />

para <strong>2021</strong>, na forma como as empresas<br />

interagem com seus clientes<br />

na esfera social e emocional. Essas<br />

novas tendências serão o tema<br />

abordado por essa coluna no próximo<br />

mês.<br />

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CAPA<br />

LUÍS ERNESTO LACOMBE:<br />

NA CONTRAMÃO DA<br />

GRANDE MÍDIA<br />

Prestes a estrear dois novos projetos na Rede TV,<br />

Lacombe comemora sucesso do programa “Opinião no Ar”<br />

POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO<br />

@thaisvictorello<br />

Com uma respeitada trajetória no jornalismo brasileiro,<br />

Luís Ernesto Lacombe já passou pelas principais<br />

emissoras de televisão do Brasil. Atualmente<br />

contratado pela Rede TV!, onde de segunda à<br />

sexta-feira comanda o programa “Opinião no ar”, ao<br />

lado dos comentaristas Silvio Navarro, Amanda Klein e<br />

Rodrigo Constantino, que participa diretamente da Flórida,<br />

além da presença de convidados, Lacombe tem<br />

conquistado cada vez mais a audiência do público na<br />

TV e a preferência também pela internet, alcançando<br />

com frequência a marca de uma das transmissões ao<br />

vivo mais assistidas pelo YouTube.<br />

No ar desde setembro de 2020, com pautas inerentes<br />

aos acontecimentos mais relevantes do país, o<br />

“Opinião no ar” já é considerado pelo público, principalmente<br />

conservador, como um dos melhores programas<br />

da atualidade da televisão brasileira.<br />

Satisfeito com a atual fase profissional, o jornalista<br />

carioca se prepara para dois novos projetos dentro da<br />

emissora paulista.<br />

Ele bateu um papo com a <strong>Revista</strong> Exato, onde fala<br />

sobre jornalismo, esporte, pandemia, política, internet e<br />

os novos projetos profissionais. Confira a seguir:<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual a profissão dos seus pais?<br />

Lacombe: Meu pai era administrador de empresas,<br />

formado pela Fundação Getúlio Vargas, do Rio de<br />

Janeiro, com pós-graduação em Paris, na ENA, École<br />

Nationale d’Administration. Foi executivo de grandes<br />

empresas. Minha mãe estudou Literatura Francesa na<br />

Sorbonne, também em Paris. Trabalhou por um período<br />

como tradutora-intérprete de francês, mas se aposentou<br />

como arquivista, especializada em iconografia, no<br />

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.<br />

<strong>EXATO</strong>: Em qual bairro do Rio de janeiro você foi<br />

criado?<br />

Lacombe: Nasci em Botafogo, na zona sul do Rio,<br />

onde morei até os nove anos, quando nos mudamos<br />

para o Flamengo. Já casado, morei por alguns anos no<br />

Leblon, até me mudar para a Barra da Tijuca, na zona<br />

oeste, em 2005.<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual é o seu esporte favorito e com qual<br />

frequência pratica?<br />

Lacombe: Comecei a nadar muito novo, aos quatro<br />

anos, e pratiquei, ao longo da vida, inúmeras modali-<br />

36 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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Atualmente Lacombe comanda o programa “Opinião no Ar”, de segunda a sexta-feira, na Rede TV - Foto: Divulgação<br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

37


CAPA<br />

AS PRÓXIMAS<br />

ELEIÇÕES SERÃO<br />

FUNDAMENTAIS<br />

PARA QUE AS<br />

IDEIAS LIBERAIS E<br />

CONSERVADORAS<br />

SE ESTABELEÇAM,<br />

GANHEM ESPAÇO.<br />

dades: judô, jiu-jitsu, vôlei, vôlei de<br />

praia, basquete, tênis e vela. Depois<br />

de muito tempo parado, voltei ao<br />

jiu-jitsu há cerca de um ano, mas as<br />

medidas restritivas por conta do coronavírus<br />

acabaram me impedindo<br />

de treinar. Normalmente, faço treinos<br />

de musculação e aeróbios cinco<br />

vezes por semana e jiu-jitsu de<br />

duas a três vezes.<br />

<strong>EXATO</strong>: Como e quando você<br />

decidiu pelo jornalismo como<br />

profissão?<br />

Lacombe: Eu não decidi pelo jornalismo...<br />

Meu pai me levou a cursar<br />

faculdades das quais eu não gostava:<br />

dois anos do que hoje chamam<br />

de Tecnologia da Informação e um<br />

ano de Estatística. Eu abandonei os<br />

dois cursos e fui estudar Psicologia.<br />

Durou um ano. O que eu queria, desde<br />

o início, era me dedicar a Letras,<br />

Literatura Brasileira... Quando tive<br />

coragem de dizer isso ao meu pai,<br />

ele respondeu assim: “Se você quer<br />

escrever, vai fazer jornalismo”. Prestei<br />

um novo vestibular, fui aprovado<br />

O jornalista optou pelo jornalismo por incentivo do pai - Foto: Divulgação<br />

em segundo lugar e, por conta das<br />

outras faculdades que já tinha cursado,<br />

com todas equivalências, me<br />

formei em dois anos e meio.<br />

<strong>EXATO</strong>: Você acredita que na<br />

sua época de estudante de jornalismo<br />

já havia influência esquerdista<br />

na faculdade por parte<br />

dos professores?<br />

Lacombe: Sempre houve. Infelizmente,<br />

grande parte dos professores<br />

se esforça para formar militantes<br />

de esquerda, e não profissionais<br />

da comunicação.<br />

<strong>EXATO</strong>: Como começou a sua<br />

trajetória no jornalismo televisivo?<br />

Lacombe: Como eu sonhava<br />

fazer Letras, meu desejo no jornalismo<br />

era trabalhar em veículos impressos:<br />

jornais e revistas (não havia<br />

internet na época). Um professor e<br />

um colega de faculdade acabaram<br />

me incentivando a fazer inscrição<br />

para seleção de estágio na TV Bandeirantes<br />

do Rio. Achavam que eu<br />

tinha um tipo físico e uma voz que<br />

funcionariam em tevê. Aceitei que,<br />

até surgir a chance de um estágio<br />

num veículo impresso, não havia<br />

problema em experimentar o telejornalismo.<br />

Fiz a inscrição na Bandeirantes<br />

e fui selecionado. Isso foi<br />

em 1988. Estou em televisão até<br />

hoje.<br />

<strong>EXATO</strong>: Em tempos de internet e<br />

38 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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INFELIZMENTE<br />

GRANDE<br />

PARTE DOS<br />

PROFESSORES<br />

SE ESFORÇA<br />

PARA FORMAR<br />

MILITANTES DE<br />

ESQUERDA, E NÃO<br />

PROFISSIONAIS<br />

DA COMUNICAÇÃO.<br />

redes sociais, qual é o maior desafio<br />

da profissão?<br />

Lacombe: É não se entregar ao<br />

desejo de “ser o primeiro a chegar<br />

com as últimas” e, com isso, resumir<br />

a apuração de uma história jornalística.<br />

É entender que as fontes primárias<br />

ainda são as principais, que<br />

pesquisa em internet não aponta<br />

sempre a verdade, não esgota todas<br />

as dúvidas, não responde todas<br />

as perguntas. É não se render à informação<br />

fácil, pasteurizada, manter<br />

a curiosidade e a desconfiança, seja<br />

qual for a pauta, o assunto, o tema.<br />

<strong>EXATO</strong>: Como surgiu a oportunidade<br />

de trabalhar com jornalismo<br />

esportivo?<br />

Lacombe: Eu era apresentador<br />

da GloboNews quando um amigo<br />

meu, Emanuel Castro, assumiu a<br />

direção do SporTV. Sabendo da<br />

No ar desde setembro de 2020, o “Opinião no ar” tem conquistado<br />

cada vez mais o público - Foto: Divulgação<br />

minha ligação com esporte, ele me<br />

convidou para apresentar o “Supervolley”,<br />

programa que estava<br />

sendo todo modificado. Depois, foi<br />

também o Emanuel que me indicou<br />

para apresentar o “Esporte Espetacular”<br />

como stand-by, na ausência<br />

do titular, que era o Tino Marcos. Em<br />

pouco tempo, fui efetivado como<br />

apresentador do programa esportivo<br />

dominical.<br />

<strong>EXATO</strong>: Como foi a experiência<br />

de apresentar o reality show<br />

Exathlon Brasil?<br />

Lacombe: Tinha tudo para ser<br />

uma experiência incrível e vitoriosa.<br />

Era um reality show ligado ao<br />

mundo do esporte, no qual eu tinha<br />

já 14 anos de experiência. O elenco<br />

era maravilhoso, não famosos e famosos,<br />

como Giba, Mauren Maggi,<br />

Daniele Hypólito, Pedro Scooby... Infelizmente,<br />

havia erros editoriais, as<br />

competições entre os participantes<br />

eram repetitivas... E enfrentei muitos<br />

problemas com os produtores<br />

turcos, na tentativa de melhorar o<br />

formato, que eles detinham. Fora<br />

questões éticas, das quais jamais<br />

abro mão.<br />

<strong>EXATO</strong>: Você chegou a sofrer algum<br />

tipo de censura ou boicote<br />

por parte de colegas de trabalho<br />

ou de empresas por sua posição<br />

política?<br />

Lacombe: Nenhum governo é<br />

100% defensável. Sou um jornalista<br />

posicionado, não um militante.<br />

Defendo as pautas liberais do ministro<br />

Paulo Guedes, a diminuição<br />

do Estado. Sou contra o aborto, a<br />

liberação das drogas, sou a favor da<br />

posse e do porte de armas. Quando<br />

o governo tomar medidas que eu<br />

considere boas para o Brasil, qualquer<br />

governo, vou apoiá-las. Quando<br />

eu considerar que há equívocos,<br />

há erros, eu os apontarei, como já<br />

fiz. Essa é a diferença entre um jornalista<br />

posicionado e um jornalista<br />

militante, esse que abre mão do<br />

senso crítico, que é partidário, que<br />

tem políticos de estimação, que faz<br />

parte de patotas, que é passional.<br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

39


CAPA<br />

NENHUM<br />

GOVERNO É 100%<br />

DEFENSÁVEL. SOU<br />

UM JORNALISTA<br />

POSICIONADO,<br />

NÃO UM<br />

MILITANTE.<br />

Alguns colegas se afastaram de<br />

mim, aqueles que acham que democrata<br />

é quem pensa como eles<br />

e que autoritário é quem pensa de<br />

forma diferente.<br />

<strong>EXATO</strong>: Você acredita que nos<br />

últimos anos o jornalismo ficou<br />

mais tendencioso ou já existia<br />

essa militância e hoje é só mais<br />

notória essa questão partidária?<br />

Lacombe: Quando comecei minha<br />

carreira, trabalhávamos com<br />

fatos. Opiniões não eram permitidas.<br />

Nem expressões faciais, como reação<br />

a uma reportagem, podíamos<br />

fazer. Nada de sorriso irônico, um<br />

olhar de reprovação. Esse comportamento,<br />

buscando isenção total,<br />

de certa forma, afastava o jornalista<br />

dos espectadores. Então, vieram os<br />

comentaristas.<br />

De economia, primeiro. Depois, os<br />

analistas políticos. Hoje, há mais<br />

opinião, mais posicionamento. O<br />

problema é ignorar os fatos, é não<br />

ter argumentação e aproveitar esse<br />

espaço para militância. Infelizmente,<br />

como nunca tinha acontecido,<br />

temos grande parte da imprensa<br />

Capa do livro “Cartas de Elise”, escrito<br />

por Lacombe - Foto: Divulgação<br />

agindo como um partido político<br />

derrotado na eleição, numa guerra<br />

particular contra o governo.<br />

<strong>EXATO</strong>: Você vem de uma família<br />

judaica. Qual é a sua opinião<br />

quando parte da esquerda acusa<br />

o presidente Jair Bolsonaro de<br />

nazista?<br />

Lacombe: O presidente quer<br />

desarmar a população? Quer mais<br />

Estado? Acredita em supremacia<br />

racial? Quem faz esse tipo de acusação<br />

é ignorante ou desonesto. Já<br />

fui chamado também de nazista...<br />

Mais de uma vez. A resposta costuma<br />

ser a mesma. Digo à pessoa que<br />

eu poderia indicar a ela dezenas de<br />

livros sobre o assunto, mas que indicaria<br />

apenas um: “Cartas de Elise<br />

– uma história brasileira sobre o nazismo”,<br />

que lancei em 2016. O livro<br />

conta a história da parte judia alemã<br />

da minha família, que foi devastada<br />

pelos nazistas.<br />

<strong>EXATO</strong>: As eleições de 2018 demonstraram<br />

que o eleitor está<br />

mais antenado com as questões<br />

políticas e é predominantemente<br />

conservador. Você acredita que<br />

ainda vai demorar para o país<br />

deixar de ser refém de pensamentos<br />

provindos da esquerda?<br />

Lacombe: As próximas eleições<br />

serão fundamentais para que as<br />

ideias liberais e conservadoras se<br />

estabeleçam, ganhem espaço. Tenho<br />

esperança de que a politização<br />

dos brasileiros seja capaz de guiá-<br />

-los por esse caminho. Quem tem<br />

acesso a informações verdadeiras<br />

não engole utopias, ideias que não<br />

deram e não darão certo em nenhum<br />

lugar, em época nenhuma. De<br />

qualquer maneira, o processo político<br />

é constante e sem fim, ninguém<br />

pode jamais esmorecer.<br />

<strong>EXATO</strong>: Você parece ter feito<br />

uma escolha muito assertiva ao<br />

ir para a Rede TV!, onde está à<br />

frente do “Opinião no Ar”, que<br />

tem tido um enorme alcance,<br />

tanto na TV quanto na internet.<br />

Você participa das reuniões de<br />

pauta e da produção do programa?<br />

Lacombe: O apresentador não<br />

é um ser que se materializa no estúdio<br />

e sai falando. Desde o início da<br />

minha carreira, sempre abracei todas<br />

as funções do jornalismo, como<br />

produtor, editor, repórter, editor-<br />

-executivo... Não abro mão de participar<br />

de tudo.<br />

<strong>EXATO</strong>: Como é a reação do público<br />

quando o encontram nas<br />

ruas?<br />

Lacombe: A reação é a melhor<br />

possível. Mesmo tendo trabalhado<br />

25 anos na Rede Globo, contando<br />

os cinco na afiliada em Santa Catarina,<br />

nunca tive o reconhecimento<br />

de hoje. E as mensagens que recebo<br />

em todo canto são de apoio, de<br />

encorajamento, do tipo: “Você é a<br />

nossa voz”, “Continue brigando pela<br />

40 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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TEMOS GRANDE<br />

PARTE DA<br />

IMPRENSA<br />

AGINDO COMO<br />

UM PARTIDO<br />

POLÍTICO<br />

DERROTADO<br />

NA ELEIÇÃO,<br />

NUMA GUERRA<br />

PARTICULAR<br />

CONTRA O<br />

GOVERNO.<br />

No ar desde setembro de 2020, o “Opinião no ar” tem conquistado<br />

cada vez mais o público - Foto: Divulgação<br />

verdade”, “Siga firme na luta”. Isso,<br />

claro, me deixa muito feliz, honrado<br />

e ciente da enorme responsabilidade<br />

que tenho.<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual é a sua opinião sobre<br />

a obrigatoriedade do uso de<br />

máscaras, lockdown e distanciamento<br />

social?<br />

Lacombe: O lockdown nos foi<br />

vendido como uma medida para<br />

impedir que muita gente se infectasse<br />

ao mesmo tempo, para “achatar<br />

a curva”, para permitir que o sistema<br />

de saúde se preparasse. Não<br />

tem relação com o número total de<br />

mortes. As pessoas se contaminam<br />

mesmo em casa, cumprindo quarentena.<br />

Muitas vidas se perderam e<br />

se perderão por conta do lockdown:<br />

pessoas que abandonaram tratamentos,<br />

que não fizeram exames<br />

para detecção precoce de doenças,<br />

pessoas que não puderam fazer<br />

transplantes de órgãos, pessoas<br />

que foram atiradas à depressão, à<br />

miséria, que ficaram sem dinheiro<br />

para comprar comida, remédios...<br />

Desde o início, deveríamos ter apostado<br />

na quarentena dos doentes, de<br />

quem teve contato com eles, das<br />

pessoas dos grupos de risco. As<br />

máscaras, parece, ajudam um pouco<br />

em ambientes fechados e com<br />

maior concentração de pessoas,<br />

mas usá-las em ambientes abertos<br />

é bobagem. A contaminação ao ar<br />

livre é raríssima. Sobre o distanciamento<br />

social, em certo grau, ainda é<br />

necessário. A questão é que o convívio<br />

social é fundamental para a<br />

saúde mental. Por isso, não embarco<br />

em paranoias. Quem só pensa<br />

em sobreviver esquece de viver.<br />

<strong>EXATO</strong>: Você acredita que a pandemia<br />

tornou-se uma guerra política<br />

em boa parte do mundo?<br />

Lacombe: Não tenho a menor<br />

dúvida disso. Os adoradores do Estado<br />

enorme estão se aproveitando.<br />

E ainda se vendem como salvadores<br />

da humanidade... É aquela velha<br />

promessa de proteção e segurança<br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

41


CAPA<br />

Silvio Navarro e Amanda Klein compõe a bancada do programa, juntamente com<br />

Rodrigo Constantino, que participa diretamente da Flórida - Foto: Internet<br />

que precede toda ditadura.<br />

<strong>EXATO</strong>: Qual aprendizado podemos<br />

tirar desse período de pandemia?<br />

Lacombe: Não podemos nunca<br />

abrir mão de questionar, indagar,<br />

ser desconfiados e curiosos. Não<br />

podemos permitir que neguem o<br />

debate e ainda nos chamem de negacionistas...<br />

<strong>EXATO</strong>: A esquerda mundial se<br />

mostra muito unida em seus<br />

propósitos, tanto que voltou ao<br />

poder nos EUA. Na sua opinião,<br />

como a direita poderia se unir<br />

para obter mais força e êxito em<br />

sua principais pautas?<br />

Lacombe: Eu acredito que as<br />

mudanças vêm dos indivíduos, dos<br />

núcleos familiares, das associações<br />

de bairro. As soluções começam de<br />

forma local e ganham corpo. Achar<br />

que a sociedade vai se modificar<br />

como um corpo único, que o coletivismo<br />

é o caminho me parece<br />

uma bobagem. É um trabalho de<br />

formiguinha e depende da tentativa<br />

de cada um de nós de ser melhor a<br />

cada dia.<br />

<strong>EXATO</strong>: Quais são os seus projetos<br />

para o decorrer de <strong>2021</strong>?<br />

Lacombe: Em alguns meses, terei<br />

mais dois projetos na Rede TV!,<br />

um diário e outro semanal. Quero<br />

escrever para mais jornais (hoje tenho<br />

colunas em dois importantes<br />

veículos), lançar meu curso on-line<br />

de jornalismo e um projeto incrível<br />

que Ana Paula Henkel, Guilherme<br />

Fiuza, Rodrigo Constantino e eu estamos<br />

preparando.<br />

42 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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Em breve Lacombe deve estrear outros dois projetos na emissora paulista - Foto: Divulgação<br />

BATE-BOLA:<br />

O que mais gosta de fazer nos<br />

momentos de lazer: Gosto de ler,<br />

de fazer churrasco em casa com minha<br />

mulher e meus filhos, de ficar estirado<br />

ao sol.<br />

Livro de cabeceira: Um só? “Quase<br />

Memória”, de Carlos Heitor Cony, e<br />

“Hora Aberta”, de Gilberto Mendonça<br />

Teles.<br />

Um filme: “Feitiço do Tempo”<br />

(“Groundhog Day”).<br />

Deus: Que nos proteja e guarde!<br />

Família: Por ela e com ela sempre.<br />

Greta Thunberg: Marionete.<br />

Movimentos ensaiados, frases de<br />

efeito, discurso alarmista. Não tem<br />

chances contra climatologistas<br />

que não se rendem às mentiras do<br />

globalismo.<br />

Vacina: Quer tomar? Tome, sabendo<br />

que são experimentais e que você será<br />

cobaia. Não pode ser obrigatória. Não<br />

pretendo tomar.<br />

Bolsonaro: Fazer oposição<br />

sistemática a ele é um crime contra o<br />

Brasil, contra a população do país.<br />

Lula: Preso!<br />

Escolas fechadas: Um crime.<br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

43


ECONOMIA<br />

A POSTURA DO BANCO<br />

CENTRAL AMERICANO NO<br />

INÍCIO DO GOVERNO BIDEN<br />

Recuperação desigual e longe de ser completa.<br />

POR VERNAN W. AURÉLIO<br />

VERNAN W. AURÉLIO<br />

Economista<br />

@vernanjonas<br />

A<br />

recuperação econômica dos<br />

EUA continua “desigual e longe<br />

de ser completa” e levará<br />

“algum tempo” antes que o<br />

Federal Reserve considere mudar<br />

as políticas que adotou para ajudar<br />

o país a voltar ao pleno emprego,<br />

disse o presidente do Fed, Jerome<br />

Powell, no último dia <strong>23</strong>.<br />

Os cortes das taxas de juros do<br />

banco central dos EUA e compras<br />

de US$ 120 bilhões em títulos do<br />

governo mensais “aliviaram substancialmente<br />

as condições financeiras<br />

e estão fornecendo apoio substancial<br />

à economia”, disse Powell<br />

em comentários preparados para<br />

entrega a uma audiência do Comitê<br />

Bancário do Senado sobre o estado<br />

de economia.<br />

“A economia está muito longe<br />

de nossas metas de emprego e inflação,<br />

e é provável que leve algum<br />

tempo para que um progresso<br />

substancial seja alcançado”, o obstáculo<br />

que o Fed estabeleceu para<br />

discutir quando seria apropriado<br />

reduzir o apoio.<br />

Enquanto a crise de saúde no<br />

país está melhorando e as vacinações<br />

em curso oferecem esperança<br />

de um retorno às condições mais<br />

normais ainda este ano, a trajetória<br />

da economia continua a depender<br />

significativamente do curso do vírus<br />

e das medidas tomadas para<br />

controlar sua propagação.<br />

A ida de Powell no Congresso<br />

chega em um momento significativo<br />

para a economia dos Estados<br />

Unidos, que ainda está se recuperando<br />

da pandemia, mas talvez<br />

esteja pronta para decolar no final<br />

deste ano se o programa de vacinação<br />

for implementado com sucesso.<br />

A audiência perante o Comitê<br />

Bancário do Senado, uma das aparições<br />

do chefe do Fed duas vezes<br />

44 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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por ano no Capitólio, é a primeira<br />

de Powell desde que os democratas<br />

conquistaram a Casa Branca e<br />

o controle de ambas as câmaras do<br />

Congresso.<br />

Após seus comentários iniciais,<br />

Powell responderá a perguntas de<br />

senadores que provavelmente se<br />

concentrarão na tensão entre uma<br />

pandemia que ceifou mais de meio<br />

milhão de vidas nos EUA e deixou<br />

milhões de desempregados e uma<br />

economia repleta de poupanças e<br />

apoio do banco central.<br />

A crescente probabilidade de<br />

o Congresso aprovar o plano de<br />

estímulo de US$ 1,9 trilhão do presidente<br />

Joe Biden levantou preocupações<br />

sobre um possível aumento<br />

da inflação e superaquecimento<br />

nos mercados de ativos, mas a mensagem<br />

de Powell para os legisladores<br />

provavelmente será familiar: não<br />

solte o gás.<br />

Mesmo com os americanos<br />

sendo vacinados a uma taxa de<br />

mais de 1,5 milhão por dia e o número<br />

de casos de coronavírus caindo,<br />

Powell e seus colegas legisladores<br />

do Fed estão focados nos quase 10<br />

milhões de empregos perdidos na<br />

economia em comparação a um<br />

ano atrás, e os potentes riscos ainda<br />

colocado pelo vírus.<br />

Eles se comprometeram a<br />

manter as taxas de juros baixas e<br />

usar outras ferramentas de política<br />

monetária para acelerar a recuperação<br />

do mercado de trabalho. Duas<br />

semanas atrás, Powell pressionou<br />

por um “compromisso de toda a<br />

sociedade” com esse objetivo – um<br />

empurrãozinho para os legisladores<br />

que debatiam o plano de estímulo<br />

de Biden.<br />

A escala do estímulo proposto,<br />

vindo na esteira de cerca de US$<br />

4 trilhões em ajuda federal e compras<br />

pesadas de títulos pelo Fed no<br />

ano passado, agitou as penas dos<br />

falcões da inflação e gerou críticas<br />

de que o banco central dos EUA<br />

aumentou os preços de ações e outros<br />

ativos a níveis insustentáveis.<br />

As autoridades do Fed estão<br />

unidas nessa frente, e eles não<br />

acham que a inflação é um risco<br />

e consideram grande parte da recente<br />

alta nos preços das ações,<br />

por exemplo, um sinal da confiança<br />

dos mercados em uma recuperação<br />

econômica pós-pandemia, não<br />

uma aceleração artificial alimentada<br />

por dinheiro barato. Biden terá<br />

que decidir nos próximos meses se<br />

irá renomear Powell, que foi escolhido<br />

para o cargo pelo ex-presidente<br />

Donald Trump. A nomeação está<br />

sujeita à ratificação do congresso<br />

americano, que é hoje controlado<br />

pelos democratas.<br />

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47


LINGUAGEM SILENCIOSA<br />

A LINGUAGEM<br />

SILENCIOSA DAS<br />

NEGOCIAÇÕES<br />

É preciso ser um bom negociador em qualquer momento da vida<br />

POR RICARDO VENTURA<br />

RICARDO VENTURA<br />

Cientista comportamental,<br />

psicanalista, escritor<br />

e especialista em<br />

Linguagem Silenciosa<br />

@naomintapramimoficial<br />

Não há como perder um bom<br />

negócio, por exemplo, se<br />

você tiver todas as ferramentas<br />

necessárias para conseguir<br />

avaliar claramente a oportunidade.<br />

Se tornar alguém capaz de<br />

lidar com qualquer relacionamento<br />

ou transação é algo que você pode<br />

aprender, principalmente porque<br />

existem vários cursos de técnica<br />

nesse sentido.<br />

Exatamente, ninguém nasce<br />

sabendo e nem abre os olhos negociando<br />

nada, portanto, não tenha<br />

medo de aprender. Por mais que<br />

muita gente tenha uma certa facilidade<br />

na hora de convencer ou enxergar<br />

as técnicas que constroem<br />

uma negociação, ainda assim é preciso<br />

adquirir experiência e se aprofundar<br />

no assunto.<br />

Não existe um “passe de mágica”<br />

que te transforma em um grande<br />

negociador, tudo é aprendizado e<br />

desenvolvimento. E não se engane,<br />

tudo envolve uma negociação, portanto,<br />

não fuja dessa possibilidade<br />

de se tornar um negociador melhor.<br />

Na vida profissional, você pode<br />

ter que vender um produto ou um<br />

serviço, mas também terá que convencer<br />

parceiros de equipe, levar<br />

as melhores ideias para seu chefe<br />

e conseguir aprovação de projetos.<br />

Tudo isso sem levar em conta pequenas<br />

negociações do dia a dia.<br />

Já no lado pessoal, convencer<br />

seu filho ou filha a qualquer coisa<br />

é algo comum, sem esquecer que<br />

a vida amorosa simplesmente não<br />

existe sem uma boa dose de negociação<br />

e convencimento e treinar a<br />

percepção é fundamental para ter<br />

sucesso.<br />

É preciso ser um bom negociador<br />

em qualquer momento da vida<br />

e você não pode se permitir deixar<br />

essas oportunidades passar por<br />

suas mãos.<br />

Por que aprender as técnicas<br />

de percepção e negociação?<br />

O primeiro ponto que você<br />

nunca pode esquecer é estar pre-<br />

48 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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parado. Não existe a possibilidade<br />

de entrar em uma situação onde<br />

você deve negociar algo sem estar<br />

preparado. Do contrário, você já entra<br />

nessa negociação perdendo.<br />

Primeiro você descobre realmente<br />

o que irá discutir ou apresentar,<br />

depois estrutura isso de<br />

um jeito que você consiga estudar<br />

todo o assunto e não ter surpresas.<br />

Melhor ainda, tente entender<br />

o que seu público quer, no que ele<br />

está interessado, perceba quais são<br />

as necessidades por trás de seus<br />

comportamentos e ataque essas<br />

necessidades. Geralmente seus<br />

pontos francos são essas vontades,<br />

portanto, faça disso o seu ponto forte.<br />

Aos poucos, crie uma lista de<br />

interesses e dicas que cobrirão todas<br />

possibilidades e adapte isso em<br />

cada público diferente. O assunto<br />

pode mudar, o serviço ou produto<br />

pode até ser outro, mas você será<br />

capaz de adaptar suas experiências.<br />

O segundo passo é ter em<br />

mente que toda negociação de sucesso<br />

depende de muito timming.<br />

Por mais que você saiba o que fazer<br />

na hora, o que perguntar e o que a<br />

pessoa te responderá, sem entender<br />

o momento certo que fará isso,<br />

não conseguirá ir além da proposta,<br />

quando eu falo de timming estou<br />

me referindo também à percepção,<br />

isso envolve a “escuta consciente”.<br />

Existe um tempo para tudo,<br />

seja para perguntar, seja para escutar.<br />

A proposta precisa entrar no<br />

momento certo, assim como uma<br />

contraproposta tem que se encaixar<br />

no espaço que seu interlocutor<br />

lhe dá. Estudar o assunto é tão<br />

importante quanto analisar esses<br />

momentos e criar uma espécie de<br />

roteiro onde você poderá se sentir<br />

seguro diante de qualquer caminho<br />

que a negociação seguir.<br />

Analise o seu interlocutor, perceba<br />

o que ele expressa através do<br />

comportamento, das roupas, do<br />

olhar, não se prenda apenas ao que<br />

ele diz, repare na entonação de voz,<br />

sinta o que ele enfatiza enquanto<br />

fala.<br />

Entretanto, tenha cuidado na<br />

hora de experimentar as possibilidades,<br />

errar o timming pode colocar<br />

em jogo todo sucesso de sua<br />

negociação.<br />

E deixe seu ego de lado. Um<br />

grande negociador não quer ser<br />

lembrado por isso, mas por ter o sucesso<br />

de seus esforços. Se os créditos<br />

ficarem com outras pessoas ou<br />

seu interlocutor jurar que a ideia foi<br />

dele, tudo bem, o importante é fazer<br />

com que seu objetivo seja alcançado.<br />

Não importa de quem seja a<br />

ideia, o que importa é que ela exista<br />

e leve ao sucesso de sua negociação.<br />

No final das contas, não se<br />

preocupe, o resumo que fica é a<br />

quantidade de “sim” não quem levou<br />

àquilo.<br />

Essa parte do ego ainda te leva<br />

a um passo importante: escutar. Um<br />

bom negociador nunca fala mais<br />

que seu alvo. Escute e crie uma estrutura<br />

de argumentos através da<br />

análise daquilo que está sendo falado<br />

por seu interlocutor. Portanto,<br />

o ponto mais importante é, nunca<br />

interrompa ninguém.<br />

Mais importante ainda, faça<br />

com que a pessoa fale antes, deixe<br />

ela à vontade com suas próprias<br />

ideias. E nunca esqueça aquela ve-<br />

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<strong>Março</strong> de <strong>2021</strong> / REVISTA <strong>EXATO</strong><br />

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PSICOLOGIA<br />

lha máxima entre os vendedores,<br />

quem colocar primeiro as cartas na<br />

mesa, perde. É melhor escutar e ser<br />

quem encaixará seus argumentos<br />

dentro dos argumentos dos outros,<br />

do que o contrário. Quanto melhor<br />

você fizer isso, mais deixará a impressão<br />

de que você sabe o que a<br />

outra pessoa está pensando.<br />

Mas não deixe nunca que isso<br />

te impeça de ir para cima. O céu é<br />

sempre o limite, portanto, não tenha<br />

medo de negociar e testar o<br />

topo. Coloque o preço mais alto e<br />

não tenha medo de ver uma contraproposta.<br />

Ser convincente é um segredo<br />

importante, mas convencer<br />

alguém a fazer só o mínimo é um<br />

desperdício de energia.<br />

Por isso mesmo é tão importante<br />

antecipar essas concessões.<br />

Uma negociação é sempre um lugar<br />

onde dois pontos de vista irão querer<br />

defender seus interesses. Quando<br />

você joga o valor para o alto, tem<br />

espaço de sobra para a diminuição.<br />

Entretanto, aprenda a dizer<br />

“não”. Na verdade, treine isso. Exercite<br />

o olhar sincero e educado de uma<br />

negação, mas permaneça firme em<br />

seus limites. Você pode até se decepcionar<br />

com a perda da negociação,<br />

mas isso não deve nunca ser<br />

algo claro, afinal essas portas não<br />

devem se fechar, seja persistente<br />

mas aprenda a praticar o desapego.<br />

Se não der tudo certo, tudo<br />

bem, deixe bem claro que existirão<br />

outras oportunidades e que você irá<br />

tratá-las com a mesma importância.<br />

É o compromisso de não se desligar<br />

ou desistir que faz com que se mantenha<br />

uma relação duradora e mais<br />

um monte de possibilidades.<br />

Por fim, nunca se permita levar<br />

pelos problemas dos outros. É normal<br />

um dos lados dar as razões de<br />

negar a negociação ou baixar a pro-<br />

50 REVISTA <strong>EXATO</strong> / <strong>Março</strong> de <strong>2021</strong><br />

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posta diante de alguma dificuldade<br />

ou problema, mas isso não deve ser<br />

problema seu. Não deixe isso influenciar<br />

suas convicções.<br />

E, logicamente, se mantenha<br />

dentro de seus princípios. Não existe<br />

negociação que seja mais importante<br />

que sua consciência. Seus<br />

valores devem permanecer firmes<br />

e isso deve ficar claro na negociação,<br />

já que permanecer em seus<br />

princípios lhe dará uma importante<br />

sensação de confiança.<br />

Portanto, por mais que você<br />

consiga ganhar isso com experiência,<br />

o preço pago acaba sendo<br />

tempo demais e um desgaste ainda<br />

maior de tempo e energia. Obter experiência<br />

demora anos, mas treinar<br />

isso, entrar em um curso de técnica<br />

de negociação pode ser uma alternativa<br />

certeira e interessante.<br />

Vale a pena fazer curso de<br />

técnicas de negociação?<br />

Um bom curso te disponibilizará<br />

exemplos de soluções e produtos<br />

que ajudarão enquanto você<br />

estuda o assunto. Uma experiência<br />

que fará com que seu jogo mude,<br />

principalmente, porque entenderá<br />

o quanto poderá reorganizar seu<br />

negócio e conseguir se posicionar<br />

diante de uma eficácia maior.<br />

Para muita gente, um curso de<br />

técnica de negociação ainda será<br />

a oportunidade de descobrir seu<br />

próprio produto, criar seu próprio<br />

mercado e não depender mais das<br />

pressões do próprio mercado.<br />

Um curso ainda te ajudará a se<br />

tornar irresistível, único e entender<br />

como deverá construir uma narrativa<br />

que coloca você como única<br />

opção para seu cliente. Empacotar<br />

sua expertise e agregar valor a seus<br />

esforços.<br />

Mas principalmente, entenderá<br />

que um mestre da negociação é um<br />

mestre da comunicação. Entenderá<br />

que é a capacidade de entregar<br />

uma ideia que fará com você seja<br />

entendido e conseguirá convencer<br />

qualquer um ao seu redor.<br />

Um grande negociador irá<br />

sempre saber que pode usar essas<br />

capacidades na vida pessoal ou na<br />

profissional, mas principalmente<br />

entenderá o quanto é importante<br />

não perder qualquer tipo de oportunidade<br />

quando ela bater à sua<br />

porta.<br />

Eu já ensinei a muitas pessoas<br />

a arte da negociação e hoje tenho<br />

membros de minha equipe que assumiram<br />

o meu papel porque eu<br />

notei que existe algo que vem antes<br />

disso.<br />

Existe uma arte que facilita<br />

muito a absorção e a aplicação de<br />

qualquer outro tipo de conhecimento<br />

e se chama “arte da percepção”.<br />

Quando falamos em interação<br />

a ferramenta da percepção é fundamental<br />

para que tomemos decisões<br />

mais assertivas.<br />

Por isso hoje eu me dedico<br />

principalmente a trazer as pessoas<br />

de volta à realidade, a enxergar o<br />

mundo como ele realmente é.<br />

Quando estamos envolvidos<br />

em um emaranhado de informações<br />

que são entregues a nós de<br />

maneira truncada e parcial se torna<br />

fundamental saber interpretar entender<br />

e se posicionar frente ao que<br />

somos expostos. Somente a partir<br />

daí conseguiremos desenvolver as<br />

demais habilidades de forma mais<br />

simples e clara.<br />

Dominar a arte da percepção<br />

faz tudo fica mais fácil, e nos<br />

proporciona uma visão muito mais<br />

clara em nossas negociações e relacionamentos.<br />

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