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Revista Meus Peixes 07

Revista brasileira de aquarismo, com matérias interessantes sobre todos os segmentos desse hobby incrível

Revista brasileira de aquarismo, com matérias interessantes sobre todos os segmentos desse hobby incrível

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REVISTA

Meus Peixes

Nº 7 - Fevereiro/2022 - Distribução Gratuita

Escaneie o QR Code

para ler todas as

edições on line:

LEGALIZE JÁ!

Eles estão correndo

sério risco de extinção

DEPOIS DE

4 ANOS

ESTAMOS

DE VOLTA!

Aquascaping

a arte de criar

paisagens em aquários

Saiba o que

pode e o que

não pode no

aquário comunitário

CONHEÇA O

PURPLE FIREFISH

A importância da

suplementação de

cálcio no seu reef


QUANTO VALE A SAÚDE

DOS SEUS PEIXES?

Economizar em ração é gastar

com medicação!

Nutrição premium para cor & vitalidade

ENRIQUECIDA

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Amar é oferecer o melhor!

Sem corantes artificiais

Sem saborizantes artificiais

Sem conservantes artificiais

Sem hormônios


Editorial 3

E finalmente voltamos!

Após um longo período sem nenhuma publicação, nossa

última edição foi em fevereiro de 2018, estamos retomando

o projeto da Revista Meus Peixes, para divulgar o aquarismo

no Brasil e contribuir para o crescimento do hobby em nosso

país.

Desde então o mundo mudou muito, crises econômicas,

pandemia, inflação e com tudo isso o aquarismo também

mudou, cresceu, ficou mais exigente e moderno.

Mas o que nunca muda é a necessidade de informação.

Esse é o combustível que move o mundo e que impulsiona o

aquarismo também, pois sem informação não se cresce e

nem evolui.

E é por isso que estamos de volta. Para contribuir como

sempre fizemos, trazendo informação de qualidade e

relevância aos aficionados pelo aquarismo.

Agora com uma equipe motivada e engajada no projeto,

disposta a levar adiante nossa revista que começou lá nos

meados de 2016 e que volta com novas edições a cada dois

meses.

Esperamos que gostem!

Boa leitura!


A Fish Brazil Revoluciona o mercado do aquarismo!

Temos o melhor animal e parceria com a melhor ração

Em breve o melhor suplemento para o seu aquário

20 mil litros de água doce

25 mil litros de água salgada

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Contato: luiz@fishbrazil.com.br

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Índice 5

NOTÍCIAS, LANÇAMENTOS E

Um novo condicionador, Reef Day Brasil e

Gramma brasiliensis

NOVIDADES7

PEIXE DE REVISTA

Purple Fish e Papagaio Verdadeiro

PRIMEIROS PASSOS

Aquário comunitário

9

DOCTOR FISH

Ataque bacteriano

13

1

MATÉRIA DE CAPA

Legalize já!

15

8

AQUÁRIO

O AQUÁRIO

DA GALERA

Com Diego Ferreira

MARINHO

Suplementação de cálcio

Nudibrânquios

20

AQUAPAISAGISMO

A arte de criar paisagens

23

no aquário

25

CASE DE SUCESSO

27

As empresas que venceram

ÚLTIMA PÁGINA

30

Ajude a escrever a próxima edição!


Fale conosco 6

Sua participação é muito importante para ajudar-nos a escrever

esta revista, afinal ela é feita por aquaristas para aquaristas.

Então ninguém melhor do que os nossos leitores para sugerirem

o que gostariam de ler nas próximas edições.

As suas sugestões e críticas serão sempre bem vindas.

Envie uma mensagem por whats app para os números:

(53) 9 81131305 ou (53) 9 99190100.

Seus comentários poderão ser publicados aqui neste espaço nas

próximas edições, fale conosco!

LEIA ON LINE TODAS AS EDIÇÕES, ACESSE:

EXPEDIENTE

CAPA: Francesco Pacienza, fotógrafo submarino

Capa:

REVISTA DE AQUARISMO MEUS PEIXES

NÚMERO 7 – Revista bimestral. Fev/Mar 2022

Periódico de divulgação do aquarismo no Brasil. Todas as matérias publi cadas são de responsabilidade de seus

autores. A revista MEUS PEIXES não se responsabiliza por procedimentos veterinários que venham a ser executados

por leigos, seguindo instruções de suas matérias. Todo o procedimento veterinário deve ser realizado por

profissional capacitado.

Produzida e publicada por Ocean Clean Importação e Comércio. Anúncios - e patrocínios devem ser tratados no

endereço eletrônico contatooceancleanimport@gmail.com ou via Whatsapp no (53) 9 8113-1305.

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Notícias, lançamentos e novidades 7

Em setembro de 2021 aconteceu o primeiro Reef

Day Brasil, um evento de aquarismo único no

país, destinado aos aquários de recifes de corais.

Lá compareceram centenas de aquaristas

interessados nesse fantástico braço do

aquarismo.

Inúmeras empresas de aquarismo como

importadoras, lojas e fabricantes de produtos

estiveram presentes como a consagrada ração

norte-americana New Life Spectrum, Ocean

Clean Import, Fish Brazil Import, Aqualândia

Aquários, Barrak Ciência dos Cnidários entre

outras.

O evento foi um sucesso e a próxima edição já

está marcada para 24 e 25 de setembro de 2022.

Vale a pena conferir!

Onde: São Paulo, Capital

O que: Reef Day Brazil

Serviço

Quando: 24-25/09/2022

SUA MARCA AQUI


Notícias, lançamentos e novidades 8

Uma novidade que já está no mercado é o

condicionador OC SHELTER da Ocean Clean

Advanced Aquarium. Trata-se de um

removedor de cloro, cloramina e metais

pesados com Aloe vera e vitamina C, que além

de fazer o trabalho da remoção desses

compostos tóxicos, ainda reforça o sistema

imunológico dos animais e tem a propriedade

de restaurar mucosas, aliviar o estresse e uma

ação bactericida leve. Ideal para dar aquela

proteção após uma troca de água, pois é

comum alguns arranhões dos animais

durante a manutenção.

OC Shelter já vai fazer o trabalho de cuidar

disso naturalmente, em 3 tamanhos: 120, 250

e 500ml.

Novamente proibido!

Após uma portaria que liberava a

captura e a comercialização do Gramma

brasiliensis, a medida foi revista a fim de

proteger a espécie e agora apenas

p e i x e s o r i u n d o s d e c r i a t ó r i o s

r e g u l a r i z a d o s p o d e m s e r

comercializados. Da mesma a forma a

captura para formação de plantel está

permitida mediante a contemplação dos

requisitos necessários.

A portaria que regulamenta tudo é a

Portaria SAP Nº 387 DE 09/09/2021 e

está em vigor desde 1º/10/2021.

C U I D A D O A O A D Q U I R I R

EXEMPLARES DESSA ESPÉCIE!

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Primeiros passos 9

AQUÁRIO

COMUNITÁRIO

Por Marcelo Jodar

Escolher peixes que se dão bem é um desafio que todo

aquarista enfrenta. Embora existam certas combinações

que sabemos com relativa certeza que funcionam ou não na

maioria dos casos, existem inúmeras outras que podem

funcionar de qualquer maneira, dependendo de uma

variedade de fatores.

Aqui estão algumas coisas a ter em mente ao comprar

peixes para o seu aquário que podem ajudar a determinar a

compatibilidade dos peixes.

Tamanho do aquário

A maioria dos peixes precisa de espaço, e quanto mais eles

têm, melhor eles tendem a se dar bem. Quando o aquário

está lotado, os peixes ficam mais agitados e são mais

propensos a brigar com os companheiros de tanque. Além

disso, o que para nós é um grande aquário (tipo 200 litros),

ainda é apenas uma fração do espaço que os peixes têm em

seus habitats naturais.

Outra consideração são as dimensões do aquário. Peixes

diferentes preferem formas e espaços de natação

diferentes. Aquários mais largos dão aos peixes ativos,

como danios, o espaço para se espalhar, o que por sua vez

os ajuda a viverem bem. Por outro lado, aquários altos e

estreitos são atraentes para se olhar e caber em espaços

estreitos, mas não oferecem aos peixes tanto espaço ou

território para nadar quanto um aquário mais amplo. Estes

aquários devem ser usados para peixes menos ativos como

discos, bandeiras e gouramis.

Decorações e plantas

As decorações do aquário ajudam na compatibilidade de

peixes de várias maneiras. A maioria dos peixes precisa de

um lugar para chamar de seu e eles definem suas áreas

pessoais por limites físicos. Além disso, quando não podem

se ver, tendem a cuidar da própria vida. Rochas, cavernas,

troncos e outras decorações ajudam a definir territórios para

ciclídeos e outros peixes territoriais, enquanto plantas altas

e espessas fornecem habitat e dão aos peixes de cardume

como tetras, danios e rásboras suas próprias áreas para

ocupar.

Espécie/Origem do Peixe

Os peixes se comunicam de várias maneiras, e os sinais

podem ser mal interpretados porque os peixes de diferentes

partes do mundo "falam línguas diferentes". Pesquise os

peixes antes de comprar e tente povoar seu aquário com

peixes da mesma região, principalmente se forem espécies

agressivas ou territoriais.

Ciclídeos, certas espécies de tubarões, botias, peixes-faca,

mormirídeos e outros peixes territoriais não compartilham

bem o espaço com membros de sua própria espécie ou

espécies intimamente relacionadas. Aquários grandes com

bastante cobertura ajudam, mas muitos desses peixes são

melhor mantidos individualmente e os companheiros de

tanque não devem ser parecidos ou intimamente

relacionados.


Primeiros passos 10

Perguntar ao seu revendedor local sobre

como construir um aquário comunitário,

com uma variedade de espécies, é sempre

uma boa opção. Encontrar um peixe

adequado compatível com bettas, por

exemplo, pode ser um desafio, mas seu

lojista de confiança local pode ajudar

conforme necessário.

Idade dos Peixes

Os peixes juvenis geralmente são fáceis de

lidar, mesmo que sejam conhecidos por se

tornarem agressivos quando adultos. Eles

geralmente podem ser misturados com

uma seleção mais ampla de companheiros

de tanque, que eles aceitarão à medida

que crescem e amadurecem.

Um dos fatores muitas vezes esquecidos ao escolher peixes para um

aquário comunitário é o nível de natação que os peixes preferem.

Escolher peixes que preferem nadar em diferentes níveis resultará em

um aquário muito mais atraente, garantindo ao mesmo tempo que seus

peixes não terão que competir por espaço. Também reduzirá o

estresse que ocorre quando os peixes precisam lutar por territórios.

Tamanho do Peixe

Um velho ditado do aquarismo afirma que "se um peixe pode caber na boca de outro peixe, é provável que ele acabe lá".

A maioria dos peixes é oportunista quando se trata de comida, e mesmo peixes relativamente pacíficos tentarão comer outros peixes

se acharem que podem. Sempre compre peixes que sejam aproximadamente do mesmo tamanho dos que já estão no aquário.

Gênero dos Peixes

Peixes machos tendem a ser mais territoriais e agressivos, principalmente no acasalamento. Isto é especialmente verdadeiro para

ciclídeos. Evite ter mais de um macho da mesma espécie ou de espécies de ciclídeos próximas ou de outras espécies territoriais,

especialmente se as fêmeas estiverem presentes. Mantenha os vivíparos em proporções de 2 a 3 fêmeas por macho para difundir o

comportamento de acasalamento persistente dos machos.

Quantidade de peixes de aquário

Peixes agitados costumam se comportar melhor quando em grandes cardumes. Sempre compre peixes de cardume em grupos de 6

ou mais.


Primeiros passos 11

Sempre faça muita

pesquisa antes de

comprar novos

peixes para o seu

aquário e deixe

opções para

realocar os peixes

mau comportados

Reprodução no aquário comunitário

Todos os peixes que praticam o cuidado parental – principalmente, mas não restrito a ciclídeos – tornam-se especialmente defensivos na época de

reprodução. Eles vão assumir e controlar grandes áreas do aquário, empurrando todos os outros habitantes para um canto distante. Qualquer um

que tenha um par de bandeiras normalmente pacíficos em seu aquário pode atestar isso. Esteja preparado para mover "pais em potencial" para um

tanque de reprodução separado

Peixes predadores

Muitas vezes pensamos em peixes predadores como criaturas grandes e agressivas, tipicamente da Família Cichlidae. Mas existem outros tipos

de predadores, como bagre, meio-bico, peixe folha, peixe agulha, certos gobies, aruanãs, arraias e gar, para citar apenas alguns. Para esses

peixes, tudo o que eles acham que podem caber na boca é um jogo justo. Isso não os torna maus ou agressivos, apenas significa que eles estão

com fome. Muitas espécies de bagres são noturnos e saem à noite para caçar pequenos peixes que descansam no fundo.

USE SEMPRE O BOM SENSO!

Imagine que poderia

ser você vivendo ali!

Referências:

https://oceancleanimport.com.br/BLOG/2020/09/02/aquarios-comunitarios-exigem-atencao/

https://www.revistapetcenter.com.br/aves-e-aquarismo/secao-aquarismo-aquarioscomunitarios-exigem-atencao/

https://www.indice.eu/pt/toda-a-saude/saude-animal/aquario-comunitario

https://www.aqueon.com/articles/fish-compatibility

Créditos das imagens:

https://www.flickr.com/photos/artesvaf/3361881255

Celso Yamao

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Nossos apoiadores 12


Peixe de revista 13

PURPLE FIREFISH

Por Marcelo Jodar

Esta jóia do

Indo-Pacífico

merece ser

aplaudida de pé!

O Nemmateleotris decora, comumente conhecido como

Purple Firefish , Purple Dartfish , Flame Firefish , Decorated

Dartfish , Fire Goby ou Decorated Firefish é natural da

região oeste do Oceano Indo-Pacífico. Sua coloração

natural é branca em vários graus de tons amarelos, com

profundos tons de roxo começando na cabeça e terminando

em vários tons de marrom nas pontas de suas barbatanas.

São peixes tímidos que se ambientam melhor em tanques

com uma boa quantidade de rochas em que podem se

esconder para se proteger.

Quando confortáveis e adaptados, esses peixes ocuparão o

espaço intermediário recuando para a estrutura ou pulando

para fora da água quando ameaçados. Uma tampa ou rede

é uma obrigação para manter esses peixes, já que o esporte

nacional do Purple Firefish é surfar no tapete da sala.

Alimentando

O Purple Firefish é comedor de zooplâncton, geralmente se alimentando de pequenos crustáceos e suas larvas na natureza.

Aqueles que vivem em um tanque aceitarão alegremente quaisquer pequenos alimentos carnudos à deriva, como artêmias,

mysids, crustáceos picados ou carne de moluscos. Suplementos vitamínicos ocasionais podem ser benéficos para ajudar a

manter as cores vibrantes e o bom estado de saúde deste peixe.

Eles também aceitam alimentos congelados para peixes marinhos ou flocos ou pellets ainda mais convenientes, então alimentálos

é bastante fácil e acessível.

Purple Firefish são agressivos para coespecíficos (mesma espécie) e peixes semelhantes, por isso é melhor manter um por

tanque. É possível mantê-los em pares, mas isso pode ser complicado, pois é difícil distinguir os gêneros.

Um peixe-fogo roxo é considerado seguro para os recifes e não está inclinado a beliscar corais ou moluscos.

Eles são geralmente peixes pacíficos e tímidos, melhor mantidos com outros companheiros de tanque de boas maneiras. Se

alojados com peixes agressivos, eles podem se sentir estressados e se esconder para evitar serem assediados, acabando por

adoecer ou passar fome.

FICHA TÉCNICA

Nome popular: Elegant Firefish, Purple Firefish Goby

Nome científico: Nemateleotris decora, Randall & Allen, 1973

Família: Ptereleotridae

Origem: Oceano Indo-Pacífico / Ilhas Mauricio, Ryukyu, Samoa, Nova Caledônia

Sociabilidade: Casal / Pequenos grupos

pH: 8.0 a 8.6

Temperatura: 22 a 26ºC

Reserva Alcalina: 20 a 25 dKH

Expectativa de vida: Cerca de 5 anos ou mais

Manutenção: Média

Densidade: 1.020 a 1.025

Tamanho adulto: Aproximadamente 9 cm.

Alimentação: Na natureza se alimentam principalmente de zooplâncton, larvas de

crustáceos e outros seres. Existem rações específicas para peixes marinhos, muitas

delas em gel, criadas especialmente para atender às necessidades da espécie.

Referência:

https://www.saltwateraquariumblog.com


Peixe de revista 14

PAPAGAIO VERDADEIRO

Pouco

conhecido,

este ciclídeo da

bacia amazônica

é um

espetáculo!

Stiffcichlids.com

Este é mais um peixe descrito por Heckel em 1840 (o homem que descreveu o acará-disco pela primeira vez). Natural da bacia

amazônica, com distribuição nos rios Negro, Preto da Eva, Urubu e Jamari, assim como no alto da bacia do Orinoco. Habita rios e

alagados, onde tem alimentação carnívora de pequenos peixes, insetos, crustáceos e vermes.

É um peixe lindo e robusto de coloração verde metálica que varia bastante conforme o ambiente, em locais mais escuros apresenta

coloração esverdeada mais pronunciada com manchas características ao longo do corpo. Em ambientes mais claros, tendem a

apresentar uma coloração também mais clara e uniforme.

O Hoplarchus psittacus ou

Peixe-Papagaio,

Papagaio-Verdadeiro ou

Parrot Cichlid

é um peixe grande e territorial

Por Cláudio Gabriel

Alcançando facilmente os 30 cm. Necessita de um aquário de no

mínimo 200 litros por peixe.

Quando colocado junto com peixes da mesma espécie podem

ocorrer agressões, mas em aquário grande o suficiente para se

esconderem não costuma ocorrer grandes problemas. Pode sofrer

agressões de outros ciclídeos de grande porte, já que são menos

agressivos do que um Óscar, por exemplo. Como a maioria dos

ciclídeos, os pais cuidam da prole após a eclosão dos ovos.

PEIXE DE REVISTA FOI UM OFERECIMENTO DE:

FICHA TÉCNICA

Nome popular: Papagaio Verdadeiro

Nome científico: Hoplarchus psita

Família: Cichlidae

Origem: Região amazônica

Sociabilidade: Agressivo

pH: 6,0 a 6,8

Temperatura: 25º a 28º C

Manutenção: Média

Tamanho adulto: Aproximadamente 30-35 cm.

Alimentação: Carnívoro/onívoro, quando adaptado aceita bem

rações e alimentos secos

Referências:

http://www.aquarismopaulista.com/papagaio-hoplarchus-psittacus/

http://www.fishbase.org/summary/47066

Créditos das imagens:

Stiffcichlids.com


Matéria de capa 15

LEGALIZE JÁ!

AFINAL PORQUE ELES SÃO PROIBIDOS?

O Axolote, (Ambistoma mexicanum), é um anfíbio da

classe caudada, uma salamandra parente das rãs, sapos e

pererecas. Endêmico de dois lagos no México, o

Xochimilco e o Chignahuapan, onde infelizmente ele está

em um grave perigo de extinção. Parte desses lagos foram

aterrados para construção de casas, sendo quase todo o

lago Chignahuapan aterrado completamente. Hoje o

Xochimilco é o único lugar do mundo onde o axolote pode

ser encontrado na natureza, graças a uma forte campanha

de preservação feita lá na universidade do México.

E por mais que haja um esforço, inclusive por motivos

científicos a respeito da espécie, a introdução de espécies

invasoras no Xochimilco, como a tilápia por exemplo, que

além de comerem as larvas (girinos) dos axolotes, comem

também a sua alimentação com o apetite de um verdadeiro

predador, faz com que seja ainda mais difícil encontrar um

exemplar na natureza.

(Responda quem souber)

Por Cláudio Gabriel

A preservação da espécie se dá por criadores anônimos, que por sorte

ou por acaso, conseguem manter uma ninhada desde a eclosão

mesmo longe do México.

No nosso país existem algumas restrições a respeito do axolote.

Algumas que não fazem o menor sentido... Mas não sou a melhor

pessoa pra julgar ou deliberar a respeito.

O que sabemos hoje é que, não é proibido você ter axolotes. Mas em

contra partida a exposição do animal em lojas, feiras, vitrines é crime

segundo a lei vigente.

No ano 2017, houve uma mobilização das entidades responsáveis

acerca da legalidade, mesmo ainda sendo restrita, daria uma ênfase

para a criação do axolote, que hoje ao meu ver, só não está realmente

extinto, por conta de criadores que com sucesso reproduziram seus

pets em cativeiro, com muito estudo e dedicação.

Lago Xochimilco

A estranha criatura mexicana que se regenera

sozinha é alvo de pesquisas científicas em todo

o mundo


Matéria de capa 16

No mapa ao lado é possível

visualizar a diminuta região

onde ainda existem no ambiente

natural os frágeis axolotes,

acima, um refúgio criado no

Lago Xochimilco, última

esperança para eles.

Espécie carismática, singular em inúmeros aspectos, quais me faltariam páginas para narrar em uma

só edição, estudado por cientistas do mundo todo por suas peculiaridades, principalmente pela sua

capacidade de regeneração, de reconstruir um membro por completo (carne, ossos, cartilagem...), até

metade do seu cérebro e parte do seu coração.

Encerro esse primeiro capítulo da série “axolotes” por aqui. Espero ver vocês na próxima edição para

abordarmos mais a respeito desse animal intrigante e magnífico que é o Axolote!

Condenado a extinção,

o «MONSTRO»

mexicano precisa ser

protegido e não

proibido de ser criado

ou exposto,mesmo que

em países estrangeiros

como é o Brasil, para a

espécie.

MATÉRIA DE CAPA FOI UM OFERECIMENTO DE:

O Autor: Cláudio

Gabriel é pescador

profissional e

aquarista no RS,criador

de Axolotes e outras

espécies de animais

para aquários,

fundador do canal

Sibérius Aqua Vlog no

YouTube e Instagram


EM BREVE

NO BRASIL!

VOCÊ NO CONTROLE

DO SEU REEF,

GOTA POR GOTA!


Doctor fish, falando de doenças 18

ATAQUE BACTERIANO

(O que fazer para evitar isso?)

Por Thiago Almeida

Outra prática muito corriqueira entre os aquaristas é não estar

preparado para situações que exigem intervenção, quando elas

ocorrem é necessário já ter em mãos o aquário hospital com os

equipamentos necessários e principalmente os medicamentos.

Sempre que me procuram com algum problema e identifico o

ataque bacteriano, pergunto qual antibiótico tem disponível, E

quando informam que não tem nenhum, faço a indicação e

muitas vezes escuto, «amanhã eu compro», se tratando dessas

infecções, amanhã geralmente o peixe já amanhece morto.

Então mantenha sempre uma pequena farmácia preparada

para tratar os principais problemas, isso fará toda a diferença

entre salvar ou perder o seu peixe.

As bactérias estão presentes em todo aquário e são um dos

problemas mais comuns na perda de peixes.

Ao contrário dos parasitas que necessitam do seu hospedeiro

para sobreviver, podendo levar meses até que o peixe venha à

óbito, as bactérias podem matar o peixe em questão de horas.

Elas são oportunistas e as principais causas para

desencadearem um ataque bacteriano são lesões, que são

porta de entrada para infecção e a queda na imunidade do

peixe.

É muito comum os aquaristas acharem que devem manter

seus aquários com temperaturas acima dos 30ºC,

principalmente durante tratamentos, porém chamo atenção

para que essa prática acaba acelerando a infestação de

parasitas e nos casos de ataque bacteriano, aceleram ainda

mais a velocidade com que ele evolui, levando o peixe à óbito

em menos tempo. Costumo e recomendo manter a

temperatura para peixes tropicais entre 27º C e 28º C.

As bactérias patogênicas que ocorrem com maior frequência

são gram-negativas dos gêneros Aeromonas, Pseudomonas,

Flavobacterium, Edwardsiella e Vibrio. Algumas bactérias grampositivas

também podem ocorrer, mas são menos comuns.

Aeromonas hidrophila

http://migre.me/4r9za

Micobacteriose

http://migre.me/4r9DQ

Os principais sintomas são:

- Apodrecimento das nadadeiras,

- Nadadeiras roídas apresentando vermelhidão nas

regiões afetadas,

- Olhos esbranquiçados,

- Olhos inchados,

- Feridas e ulceras,

- Abdômen inchado (pode indicar uma infecção interna),

- Placas brancas pelo corpo (pode ser facilmente

confundido com um sintoma de Costiose).


Doctor fish, falando de doenças 19

Tratamento:

Quanto antes for identificada a infecção, mais chances se tem de sucesso, no início dela

um produto muito bom que pode ser utilizado é o Bacter-Free da Aqua-Health, ele é um

produto a base de extrato de melaleuca e extrato de copaíba, sendo um excelente

bactericida leve e cicatrizante

Porém nos casos onde o estágio já está avançado, é necessário a utilização de

antibióticos como: Enrofloxacina, Oxitetraciclina, Neomicina, Nitrofurantoína e

Metronidazol.

ANTES PREVENIR QUE REMEDIAR

A prevenção das doenças é infinitamente mais fácil e mais

econômico do que o seu tratamento. As medidas mais importantes

para esta prevenção são :

- Manter uma excelente qualidade de água e parâmetros físicoquímicos

adequados á espécie em questão

É BOM SABER:

- Administrar uma dieta rica e variada . Nos períodos de adaptação e

de convalescença devemos recorrer a alimentos mais energéticos.

A utilização de vitaminas, suplementos à base de extrato de alho,

aumentam a palatibilidade da comida e ajudam a restabelecer a

imunidade.

O que são bactérias Gram-positivas e Gramnegativas?

Quando coloridas por um corante adequado e levadas ao

microscópio, pode-se diferenciar dois tipos distintos de

bactérias: as chamadas Gram-positivas e as Gramnegativas.

Elas são assim chamadas porque foi o médico

dinamarquês Hans Christian Joachim Gram, em 1884,

quem elaborou o processo de colorir e descolorir as

bactérias.

Bactérias Gram-positivas são aquelas cujas paredes

celulares não perdem a cor azul-arroxeada quando

submetidas a um processo de descoloração depois de

terem sido coloridas pela violeta de genciana.

As que assumem um tom róseo-avermelhado quando

submetidas ao mesmo processo são ditas Gramnegativas.

DOCTOR FISH FOI UM OFERECIMENTO DE:

BACTER-FREE

MAIS POR MENOS!

Anti-inflamatório

e antibiótico natural

para infecções de pele,

nadadeiras roídas,

olhos esbranquiçados

Restaura mucosas

Fungicida

Bactericida leve

Excelente para tratar

desovas e alevinos

Antiviral

O Autor: Thiago Almeida é

criador de Acará-disco e vem se

especializando no controle

parasitário desta espécie,

empreendendo estudos e

desenvolvimentos de protocolos

para garantir a sanidade nesta

espécie.

Créditos das imagens:

https://foodsafetybrazil.org/bacterias-gram-positivas-enegativas-o-que-isso-quer-dizer/


Aquário marinho 20

SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO NO REEF

Um dos aspectos mais importantes do sucesso do aquário de corais é manter os

níveis adequados de cálcio.

O cálcio não é apenas vital para a saúde e o crescimento dos corais, bem como

para muitos outros invertebrados marinhos, mas também desempenha um papel

crucial na manutenção do pH elevado, necessário nos sistemas marinhos.

Felizmente, o cálcio está presente em uma variedade de fontes naturais, como

rocha viva e substrato de aragonita. À medida que a rocha viva e o substrato de

aragonita se dissolvem gradualmente e naturalmente, eles liberam cálcio na

coluna d’água do aquário em uma forma biologicamente disponível.

Org. por Marcelo Jodar

A quantidade de cálcio fornecida através dos meios acima mencionados é suficiente para a maioria dos aquários marinhos apenas

com peixes ou aquários de recife com pouco estoque, onde a demanda biológica de cálcio é relativamente baixa. No entanto, em

aquários de recife muito abastecidos que utilizam cálcio rapidamente, a suplementação é necessária para repor esses níveis.

Suplementação de cálcio e alcalinidade

A suplementação adequada de cálcio representa um desafio único devido a uma variedade de interações químicas que ocorrem

quando introduzidas em um sistema de aquário de água salgada. Se os níveis de cálcio ficarem muito altos (acima de 500ppm), há

uma tendência de queda dos níveis de alcalinidade. Esta queda nos níveis de alcalinidade afeta a capacidade de tamponamento da

água do aquário e sem tamponamento adequado, os níveis de pH são suscetíveis a flutuações. Por outro lado, se a alcalinidade

ficar muito alta, os níveis de cálcio tendem a cair à medida que o cálcio precipita da solução. Um bom equilíbrio deve ser alcançado

entre os vários componentes químicos da água salgada para manter os níveis ideais de cálcio.

Os produtos comercialmente disponíveis ajudam a facilitar a suplementação de cálcio, eliminando as suposições. No entanto,

certifique-se de testar e monitorar os níveis de cálcio pelo menos a cada duas semanas, de preferência uma vez por semana, para

manter o nível ideal de cálcio em 350-450ppm. Ao testar os níveis de cálcio, lembre-se de testar e monitorar também a alcalinidade,

pois os níveis de cálcio e alcalinidade influenciam um ao outro.

O método mais comum de suplementação de cálcio envolve o uso de preparações de Kalkwasser, suplementos líquidos

balanceados de cálcio ou através do uso de reatores de cálcio.

Modelo de um configuração

de um reator de cálcio

Kalkwasser

Termo alemão para "água de cal", Kalkwasser é simplesmente hidróxido de cálcio dissolvido em água para

criar uma solução altamente concentrada. É usado tanto para suplementar cálcio quanto para manter altos

níveis de pH em aquários de recife de todos os tamanhos. É extremamente popular, pois está prontamente

disponível, barato e fácil de usar. No entanto, devido ao seu pH muito alto (12,00+), a solução de kalkwasser

preparada deve ser introduzida lentamente através de um sistema de dosagem para evitar aumentos

drásticos do pH. Os sistemas de dosagem variam de unidades eletrônicas a unidades simples alimentadas

por gravidade, semelhantes às unidades de gotejamento usadas em hospitais. Embora o preço dessas

unidades de dosagem possa variar, elas utilizam o mesmo princípio em que a solução de kalkwasser

preparada é gotejada lentamente no aquário principal ou no reservatório.


Aquário marinho 21

Suplementos de Cálcio Líquido Equilibrado

Suplementos de cálcio líquido equilibrados levam a conveniência

para o próximo nível. Esses suplementos aumentam com

segurança os níveis de cálcio sem afetar a alcalinidade e viceversa.

Os fabricantes desenvolveram formulações de duas partes

capazes de manter altos níveis de cálcio e alcalinidade sem causar

reações negativas. Por isso, eles também são chamados de

suplementos de cálcio de 2 partes. Se usado de acordo com as

recomendações do fabricante, há pouca chance de overdose ou

choque nos habitantes do aquário. Suplementos de cálcio líquido

balanceado são extremamente convenientes e são ideais para

aquários de recife menores.

Reatores de Cálcio

Dispositivos sofisticados, como reatores de cálcio, ajudam a automatizar a suplementação de cálcio em aquários de recife

grandes ou muito abastecidos. Esses sistemas são geralmente compostos por um reator de cálcio, bomba de circulação,

sistema de distribuição de CO2, meio de cálcio e um controlador de pH. O CO2 injetado na câmara do reator preenchida com o

meio de cálcio cria um ambiente ácido que dissolve-o lentamente. O cálcio dissolvido é então misturado com água salgada e a

solução resultante é gotejada lentamente no aquário principal. Os reatores de cálcio oferecem um meio muito preciso de manter

os níveis de cálcio em sistemas de recifes com altas demandas de cálcio.

Teste os níveis de cálcio e ajuste a suplementação com base na demanda

Existem muitas maneiras de suplementar os níveis de cálcio, dependendo do tamanho e do nível de estoque de um sistema de

aquário de recife específico. Independentemente do método de suplementação, é crucial testar os níveis de cálcio regularmente.

A suplementação de cálcio é parte de um processo dinâmico e orgânico no qual as necessidades de cálcio aumentam à medida

que crescem as colônias de corais (tanto moles quanto duros), algas coralinas e outros organismos que usam ativamente o

cálcio. Testes regulares e monitoramento dos níveis de cálcio fornecem informações sobre a taxa na qual os corais estão

utilizando cálcio e permitem que você mantenha os níveis ideais para um jardim de corais saudável e bonito.

O método Balling

Os métodos Balling e Balling Light estão se tornando programas de suplementação comuns para fornecer aos corais de recife os

minerais de que precisam.

Nomeado em homenagem a Hans-Werner Balling, que o desenvolveu, o método Balling busca resolver o problema de manter os

níveis de cálcio, carbonato, magnésio e oligoelementos em tanques de recife.

Este e o método de suplementação em duas partes são quase os mesmos, mas o último envolve duas soluções adicionadas

independentemente para suplementar cálcio ou alcalinidade.

Quais são suas composições químicas?

As soluções aquosas utilizadas nos métodos de duas partes e Balling contêm cloreto de cálcio, carbonato de sódio, cloreto de

magnésio e sulfato de magnésio.

Cloreto de cálcio e carbonato de sódio suplementam cálcio e alcalinidade, respectivamente, e ambos são necessários para

muitos organismos marinhos para desenvolver suas estruturas calcárias, como os esqueletos de Acropora spp. O último produto

químico listado, uma combinação de cloreto de magnésio e sulfato de magnésio, é incorporado ao Balling e geralmente é

combinado com duas partes para manter os níveis de magnésio para um total de três soluções líquidas.

Qual é o aspecto mais discutido do método Balling?

Isso envolve o uso de sal livre de NaCl. É literalmente uma mistura de sal sintético que não possui sódio (Na) e cloreto (Cl). Em

circunstâncias normais, a adição de sódio e cloreto não é uma preocupação, e minúscula em comparação com sua abundância

na água do mar.

No entanto, com a suplementação pesada, os subprodutos de sódio e cloreto do cloreto de cálcio e carbonato de sódio podem

aumentar a salinidade do aquário e podem prejudicar o equilíbrio iônico em relação a outros elementos.

ESTA MATÉRIA FOI UM OFERECIMENTO DE:

Referências:

https://www.reef2reef.com/ams/calcium-supplementation.835/

https://www.brasilreef.com/viewtopic.php?f=23&t=37680

https://www.practicalfishkeeping.co.uk/features/the-balling-method/

Créditos das imagens:

https://www.tfhmagazine.com/articles/saltwater/getting-started-in-thereef-aquarium-hobby

https://www.thesprucepets.com/what-do-i-feed-my-corals-2924038

https://worldwidecorals.com/blogs/news/nano-reef-aquariums-whatyou-should-know


Aquário marinho 22

BELOS (e mortíferos?) NUDIBRÂNQUIOS

Todos são carnívoros, pelo menos até onde se sabe, predadores vorazes e de

movimentos lentos que se alimentam de presas ainda mais vagarosas ou imóveis.

Pertencendo à subclasse dos moluscos conhecidos como opistobrânquios, esses

moluscos são seres hermafroditas, ou seja, machos e fêmeas ao mesmo tempo.

Eles precisam de outro indivíduo para se reproduzir e quando se encontram,

fertilizam um ao outro.

Algumas curiosidades

Dentro do grupo de nudibrânquios existem espécies muito diversas. Por exemplo,

algumas são inofensivas, mas imitam a aparência de espécies tóxicas para

parecerem perigosas:

Glaucus atlanticus: o dragão azul tem uma coloração incrível e um aspecto muito

curioso. No entanto, é a espécie mais mortal que existe.

Elysia chlorotica: esse exemplar pode realizar a fotossíntese por cloroplastos das

algas consumidas. Com a energia solar, os cloroplastos realizam a fotossíntese e o

nudibrânquio se alimenta dos produtos dela.

Ceratosoma gracillimum: o ceratosoma indonésio vive em simbiose com um

camarão imperial que o mantém limpo e, em troca, o nudibrânquio o transporta e

facilita a obtenção de alimento.

Vo c ê s a b e o q u e s ã o o s

nudibrânquios?

Esses pequenos moluscos

marinhos, que medem entre 2 e 6

c m , p o s s u e m c o r e s

espetaculares e incomuns. O

nome vem de suas brânquias

expostas, característica comum

a quase todas as três mil

espécies.

A s c o r e s v i b r a n t e s s ã o

associadas a substâncias tóxicas

e ajudam a afastar predadores.

Os animais que ainda assim

ousam atacar nudibrânquios –

como caranguejos e lagostas –

podem acabar surpreendidos por

uma mistura de ácido sulfúrico e

clorídrico.

Referências:

https://www.aquariomarinhodorio.com.br/

https://super.abril.com.br/ciencia/borboletas-d%C2%B7agua-belos-e-mortiferos-nudibranquios/

https://meusanimais.com.br/nudibranquios-joias-do-mar/

Créditos das imagens:

https://www.facebook.com/aquariomarinhodorio/photos/


O aquário da galera 23

O Aquário do Diego Ferreira

Por Cláudio Gabriel

Nesta edição temos o imenso prazer em trazer a

vocês no “Aquário da Galera” um exemplo de

humildade e superação de um, hoje, youtuber e

aquarista, Diego Ferreira, do canal «Aquarismo

Show, com Diego Ferreira» com perfil no

Instagram de mesmo nome.

Conheça um pouco sobre o Diego:

Diego Ferreira por Diego Ferreira

A princípio eu tinha deixado o aquarismo assim

que minha filha nasceu, pois com o nascimento

dela acabei me empenhando mais no trabalho e

não tinha muito tempo para o hobby. Então ficou

adormecida essa paixão pelo aquarismo até que

no ano de 2019 quando me recuperava de um

grave acidente (moto com ônibus) comecei a

passar por um quadro de depressão, por um

motivo bem óbvio, "não iria voltar a ter uma vida

normal" pois a possibilidade de não voltar a andar

sem algum apoio era grande.

Por esse motivo voltou uma grande vontade de encher um aquário que eu tinha em casa. Quando coloquei os primeiros peixes ali

naquele aquário, minha vida mudou, de repente senti algo diferente, que me motivava a seguir em frente...

“Minha ideia era só ter algo para ficar me distraindo enquanto eu estivesse sozinho em casa, pois estava impossibilitado de fazer

muitas coisas estando em uma cadeira de rodas. Depois de alguns meses fui estudando sobre qual era o melhor ambiente para os

peixes, e logo vi que era melhor ter um aquário mais natural possível. Diante disso já pensei no plantado!”

Depois do aquário que trouxe o Diego de volta ao hobby, 75cmCx40cmAx30cmL, ele continuou se aprimorando e aprendendo

sobre o que era preciso pra ter um aquário plantado de sucesso!

“Comprei algumas plantas e coloquei no aquário, de imediato, fiquei apaixonado pelo clima de natureza dentro de casa...”

Indagado sobre como lidava com um aquário plantado devido as

condições que ele se encontrava após o acidente ele responde:

“Tinha muita dificuldade, porém minha esposa

e filha me ajudavam na manutenção.”

O aquarismo se tornou um hobby familiar, servindo como terapia para a

recuperação do Diego e uniu a família em prol de um objetivo comum.

Logo em seguida, em uma de suas consultas médicas, viu em um

anúncio de um site de compra e venda, uma oportunidade única! Era o

aquário que hoje seria o “carro chefe” do canal aquarismo Show com

Diego Ferreira, um aquário de 510 litros!

“Foi em janeiro de 2020 que eu comecei a cogitar a hipótese de aumentar o aquário (normal de todo aquarista) (risos). Daí lembro

como se fosse hoje, eu fui fazer um exame de raio X, quando vi em um site de compras, na sala que estava aguardando ser

chamado, um aquário de 510 litros a venda por um preço imperdível. Quando saí do exame, falei com a minha esposa e logo ela

topou.”

A partir daí, Diego foi atrás do que era necessário pra manter um aquário desse porte. Pesquisou a respeito de plantas, lumens,

qual a influência do CO2 no aquário, etc...

“Minha filtragem é simples, apenas um sump de 150 litros com 12 litros de mídias biológicas, perlon e uma tela de mosquitos no

primeiro estágio para segurar a sujeira grossa. Uma bomba de recalque de 2700l/h. Tenho como o sistema principal de filtragem, as

próprias plantas.”


o aquário da galera 24

Basta olhar para ver que o aquário montado desde 2020, está com

suas plantas e peixes saudáveis, devido a dedicação incessante

desse que hoje pra mim é um exemplo a ser seguido.

“Mas eu sou o cara que opto pelos cuidados e sifonagem, pois

aquário com pouco peixe, não é aquário na “minha” opinião (risos).”

“Hoje a minha fauna é: acará-disco, neon negro, tetra rosa, tetra

negro, chilodus, saguru, barbus sumatra, barbus titeia, mato

grosso, comedor de algas siamês, raposa voadora, mocinha,

rodostomos, pinguim, cruzeiro do sul, tanicts, labeo bicolor, labeo

frenatus, kribensis, apistogramma, otocinclus, lápis, beijador e

cascudos”

“Minha flora é: Ludwigia repens, Rotala macandra, Rotala

Rotundifolia, Bacopa caroliniana, Hygrophila polysperma,

Hygrophila difformis, Hygrophila corymbosa, heteranthera

zosterifolia, Anubia lanceolata, Anubia barteri, Anúbia nana”

Plantas que são mantidas sem substrato fértil, com a adição

de fertilização líquida semanal, cápsulas de fertilizantes e um

cilindro de CO².

Indagado a respeito da quantidade e variedade da fauna de

um aquário plantado ele diz:

“Sim, realmente, um aquário plantado, requer uma quantidade

menor de peixes por fatores como fosfato e nitrogênio, porém

tem como você ter um comunitário com uma grande qualidade

e variedades de peixes, mas requer mais cuidados como

testes e sifonagem com mais freqüência.”

“Equipamentos, só a bomba de recalque de 2700l/h, um twinstar caseiro e

iluminação de 20 mil lumens”

E é isso pessoal, espero que tenham gostado dessa matéria

feita de aquarista para aquarista, comentários serão bem

vindos, se gostou compartilhe essa idéia, talvez seu aquário

também apareça aqui, entre em contato conosco!

Para conhecer mais o trabalho do Diego:

Aquarismo Show com Diego Ferreira

https://www.youtube.com/channel/UCO-BL5Rd5hDaAmZ3aeLsOAg

https://www.instagram.com/aquarismoshowcomdiegoferreira/


Aquapaisagismo 25

A ARTE DE CRIAR PAISAGENS

EM AQUÁRIOS

Por Júnior Strong

Quem não gostaria de ter um aquário com aquelas paisagens que parecem

reais, florestas, montanhas e até mesmo bonsais?

Esses são estilos de landscaping (paisagismo), uma vertente do aquarismo

que nos permite montar paisagens de tirar o fôlego em nossos aquários, e

comumente conhecida como Aquapaisagismo.

Mas quando surgiu o aquapaisagismo?

Não se sabe ao certo quem foi o criador dessa arte, mas em 1992 Takashi

Amano criou a ADA (Aqua Design Amano) empresa focada em

desenvolvimento de técnicas e soluções em aquapaisagismo e foi aí onde se

deu origem ao termo “Nature Aquarium”.

Já no Brasil em meados dos anos 1990 Rony Suzuki foi o precursor dessa

técnica, desenvolvendo e apresentando vários trabalhos em solo brasileiro.

Técnica essa onde o aquapaisagista escolhe plantas e peixes de forma

agradável e harmônica, com a intenção de reproduzir um ambiente que nem

sempre é um fundo de rio ou lago específico como vemos em alguns

biótopos, mas de recriar uma paisagem inundada que muitas vezes se

assemelha com o que vemos inclusive fora d'água tipo cânions, vales,

campos.

Montagem de Jefferson Ribeiro

O “aquapaisagista” detém as técnicas de poda de plantas e conhecimento em

fertilização líquida e conta também com substrato fértil, iluminação high-tech e

injeção de CO2, o famoso gás carbônico


Aquapaisagismo 26

Montagem de Júnior Strong

Para poder ter certo domínio dessa técnica, é

preciso conhecer os detalhes, cores, texturas e

crescimento de cada planta para confecção de sua

paisagem.

O “aquapaisagista em seu conhecimento necessita

também de noções de proporção e escala para

quando dispor de materiais para compor seu

“hardscape” como troncos, pedras e raízes, tenha

êxito em criar uma montagem que se aproxime das

paisagens reais.

Montagem de Júnior Marreira

Dessa forma vemos como tem crescido ao longo

desses anos e evoluindo a cada dia, técnicas e

estilos que são apresentados mundo à fora por

campeonatos e exposições.

O aquapaisagismo se mostrou a evolução dos

aquários plantados.

Por fim o aquarismo nos mostrou inúmeras

possibilidades de criarmos ambientes, montagens e

estilos diferentes levando todos a um só caminho, o

amor ao Hobby que enche nossos lares de vida e

beleza.

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de manutenção

Aumenta o oxigênio

dissolvido

Reforça as colônias

de bactérias

Rápida redução de

amônia e nitrito

Degrada matéria

orgânica, limpa

mangueiras, mídias

e substrato

O Autor: Junior Strong é

aquarista a mais de 15 anos,

especializado em criar

paisagens em aquário. Tem

como paixão o

aquapaisagismo, conquistou

recentemente o 6° lugar no

CPAQ (Campeonato Paulista

de Aquapaisagismo) na

categoria "Hardscape".


Case de sucesso 27

O SUCESSO NÃO CHEGA

DA NOITE PARA O DIA

Por Marcelo Jodar

A frase do título desta matéria é a mais pura verdade.

Dificilmente o sucesso chegará da noite para o dia em qualquer atividade que venhamos a realizar e no

aquarismo essa máxima se faz mais forte ainda.

Geralmente uma empresa do ramo do aquarismo começa pela paixão de seu fundador ou sócios. Um hobby

praticado desde cedo começa a tomar dimensões maiores e vai se transformando em uma atividade

comercial.

E em um belo dia já se está tão envolvido nisso que não tem mais como recuar. Pronto! Surge então a

materialização de um sonho.

Mas esse é só o começo, pois é aí que começa toda a luta que só pode ser vencida com muito trabalho,

iniciativa, criatividade e abnegação. Essa é a base para o sucesso e nesta seção iremos abordar de uma

forma direta, com perguntas e respostas para quem realizou isso qual é o segredo e o caminho para chegar

ao objetivo que nem sempre é visualizado quando se começa.

Na matéria inaugural vamos falar com um casal que é o exemplo disso tudo, o Roberto e Carol, sócios

proprietários da FLORA & FISH AQUÁRIOS, de Santos, São Paulo.

Vamos então a entrevista pois temos certeza que todos estão ansiosos.

Como começou a atração pelo aquarismo e quando

percebeu que isso poderia virar um negócio? Sou

aquarista desde pequeno, posso dizer desde 1988, e sempre tive

paixão pelo aquarismo. Isso acabou me levando a cursar biologia,

onde conheci minha esposa e sócia, Carolina. Nesse período de

faculdade meus pais haviam começado um pet shop onde tinha

uma seção de aquarismo que logo comecei a administrar e por fim

acabou nos levando a embarcar na idéia de um negócio próprio

após nos formarmos.

Há quanto tempo a empresa está no mercado e

quais foram os principais desafios enfrentados

no início da operação? Estamos no ramo há 16 anos.

A falta de capital. Iniciamos com uma loja muito pequena

(um box) com capital inicial muito baixo e dessa forma

vendíamos e reinvestíamos o lucro e foi assim que a Flora

& Fish foi formada. Um ano e meio depois mudamos para

uma loja com estrutura que possibilitou nossa expansão.


Case de sucesso 28

Atualmente a empresa atua apenas com loja física?

Atualmente atuamos em venda física e online através de

atendimento direto e market place, além de nosso

mercadoshops: www.floraefish.com.br

Quem gerencia e quem cuida dos animais? Vocês tem

funcionários? Quantos? Por muitos anos a empresa foi

gerenciada e cuidada somente por nós, mas hoje

contamos com 2 colaboradores que auxiliam nos

atendimentos e manutenção dos animais.

Quais os tipos de produtos e animais

que a empresa comercializa, ela é

segmentada a algum nicho específico?

Trabalhamos com a maior diversidade possível,

tentando atender todos os tipos de aquaristas.

Como a empresa enfrentou a pandemia e

outras crises? Quais foram as iniciativas

criativas para superar esses problemas?

Investimos durante a pandemia em aumentar as

vendas pela internet e whatsapp, aumentando as

entregas para os clientes.

Como vocês vêem o aquarismo no Brasil

atualmente, está em expansão ou

retração? Durante a fase mais aguda da

pandemia sentimos uma expansão, porém no

momento estamos numa fase entre estagnação e

retração. Mas esperamos que em breve as coisas

voltem a normalidade


Case de sucesso 29

Qual o papel das lojas físicas para fortalecer o

hobby? Nas lojas físicas os aquaristas tem contato

direto com animais vivos, além de encontrar outros

aquaristas. E nesse contato entre clientes e do vendedor

com eles surge a vontade de montar outros aquários ou

até mesmo começar no hobby. É na loja física que o

cliente tem oportunidade de escolher os exemplares

levando para casa muitas vezes plantas e peixes que

nem conhecia. Permite também que ele crie vínculo com

o animal adquirido aumentando a relação do peixe como

pet, que é essencial para um aquarismo consciente.

Quais os projetos (que possam ser relatados)

para o futuro da Flora & Fish? Por sermos uma loja

familiar durante a pandemia tivemos muita dificuldade em

manter nossa rotina com nossa filha pequena. E devido a

necessidade de espaço privativo para isso, há um ano

mudamos para um novo endereço com uma nova estrutura e

proposta. Hoje temos ambientes segmentados para aquários

marinhos e de água doce e também devido ao maior espaço

também pretendemos aumentar a quantidade de cursos e

eventos. Percebemos que os clientes sentem falta disso.

As duas fotos acima são da loja antiga

Para finalizar deixe uma dica para

quem pensa em empreender no

aquarismo, seja com loja física, e-

commerce ou mesmo com

prestação de serviço:

Profissionalize-se e procure sempre

fornecer informações de qualidade ao

aquarista. É importante lembrar que

estamos lidando com vidas que devem ser

respeitadas

E assim terminamos esse Case

de Sucesso, esperamos que

tenham gostado e até o próximo!

A equipe Flora & Fish (ao fundo a Carol e o Roberto)


Última página 30

E chegamos ao final desta edição que marca nosso retorno ao mundo editorial e da

divulgação do aquarismo no Brasil.

Estamos de portas abertas a todos que tenham vontade de contribuir para o

fortalecimento do hobby. Nossa revista não tem fins lucrativos e sempre vamos dar um

jeito de encontrar espaço para publicar matérias, artigos e reportagens que nossos leitores

venham a enviar para nossa redação.

Como todo trabalho ou projeto tem sempre um custo, agradecemos a todos os apoiadores

e patrocinadores que contribuíram para esta edição. Qualquer um pode divulgar sua

marca, canal, produto, site ou empresa em nossas páginas e temos diversas

possibilidades que com certeza se ajustarão a todos os perfis.

Não podemos deixar de agradecer aos parceiros que escreveram matérias para nossas

páginas como Thiago Almeida e Júnior Strong, além da contribuição do Diego do

Aquarismo Show com Diego Ferreira, que nos brindou com sua linda história de vida e

paixão pelo aquarismo, os amigos Roberto e Carol da Flora & Fish e claro meu grande

amigo e parceiro Cláudio «Sibérius» Gabriel, que além de co-editor, fez toda a diferença (e

pressão) para que esta edição chegasse até vocês.

Na próxima esperamos ter mais matérias escritas pelos próprios leitores, além de

sugestões, comentários, críticas e tudo que possa contribuir para que possamos fazer

uma revista cada vez melhor.

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Até Abril!

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