APEGADOS
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Amir Levine e Rachel S. F. Heller
daqueles que a procuravam ativamente. Ela nos permitia entender
não só o que “dá errado” num relacionamento, mas também o que
“dá certo”, e nos permitia encontrar e realçar um grupo inteiro
de pessoas que mal era mencionado na maioria dos livros sobre
relacionamentos. Além disso, a teoria não rotulava os comportamentos
como saudáveis ou não saudáveis. Nenhum dos estilos
de apego em si mesmo é considerado “patológico”. Ao contrário,
comportamentos românticos que anteriormente foram considerados
estranhos ou equivocados agora pareciam compreensíveis,
previsíveis e até esperados. Você fica com alguém embora ele/ela
não tenha certeza se a/o ama? Compreensível. Você diz que quer
partir e alguns minutos depois decide que quer desesperadamente
ficar? Compreensível também.
No entanto, tais comportamentos são efetivos ou valem a
pena? Essa já é outra história. As pessoas com o estilo de apego
seguro sabem como comunicar suas próprias expectativas e reagir
às necessidades de seus parceiros efetivamente sem ter de
recorrer ao comportamento de protesto. Para o restante de nós,
a compreensão é só o começo.
Da teoria à prática — desenvolvendo intervenções baseadas
especificamente no apego
Por compreender que as pessoas variam enormemente em suas
necessidades de intimidade e proximidade, e que essas diferenças
criam colisões, as descobertas relativas ao apego adulto nos
ofereceram um novo modo de observar os relacionamentos românticos.
Mas, embora a pesquisa tornasse fácil a melhor compreensão
das ligações românticas, como poderíamos fazer a diferença? A teoria
oferecia a promessa de melhorar as uniões íntimas das pessoas,
porém a sua tradução, do laboratório para um guia acessível — que
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